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GE - Economia e Mercado Global_04

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Economia e Mercado Global
UNIDADE 4
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Palavras do Professor
Prezado (a) aluno (a),
Desejamos a você boas-vindas à quarta unidade da disciplina de Economia e Mercado Global.
Na primeira unidade estudamos sobre os conceitos iniciais de economia, as nossas necessidades e 
desejos, sobre os bens econômicos e o custo de oportunidades. 
Já na segunda unidade abordamos sobre a história da economia, o sistema econômico, os fatores de 
produção e a curva de possibilidade de produção.
Na unidade III, estudamos sobre as estruturas de mercado, a lei da demanda, a lei da oferta e o equilíbrio 
de mercado.
Não esqueça que em cada unidade você encontrará vídeos que deverão ser assistidos, pois abordam 
vários conteúdos desta unidade. 
Estes vídeos irão complementar, além do Guia de Estudo, os livros indicados na Biblioteca Virtual e os 
vídeos externos (YouTube, por exemplo) a fim de ampliar ainda mais o seu conhecimento acerca do tema 
tratado em cada unidade.
Ao final de cada unidade você deverá realizar as atividades que constam no Ambiente Virtual de 
Aprendizagem (AVA). 
Nesta quarta unidade, você vai aprender sobre questões macroeconômicas como: PIB, desemprego, 
inflação e desigualdade de renda/pobreza.
Então, vamos começar? 
Desejo a você um ótimo estudo e muita atenção nos temas tratados. 
MaCroeCoNoMIa
Conforme estudamos nas unidades anteriores, a teoria econômica é dividida em macroeconomia e 
microeconomia, que é o estudo das relações entre a oferta e a demanda, consumidores, firmas e produção, 
para obter o equilíbrio em mercados específicos. 
Nesta unidade, vamos analisar a Macroeconomia, estudando a economia como um todo, especialmente 
de um país ou região. 
A macroeconomia estuda o comportamento dos agentes econômicos como um todo, analisa vários 
indicadores como nível de emprego, produção e renda e tem como principais objetivos o controle da 
inflação, o pleno emprego e o crescimento da economia. 
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O estudo da economia da perspectiva macro aborda questões relacionadas a agregados, é 
fundamentalmente o estudo dos agregados macroeconômicos de determinado país ou região. Alguns dos 
principais agregados estudados são RENDA, PRODUÇÃO, PREÇO. 
A produção, por exemplo, agrega as informações de cada análise microeconômica efetuada em um único 
número que abrange todos os mercados. O índice que mais usamos para falar do agregado “produção” no 
Brasil é o PIB (produto interno bruto), tanto que se ouve com muita frequência na mídia, o uso desse termo 
para indicar um bom ou mau desempenho da economia do país. 
O PIB é calculado pela soma de toda produção, de toda economia, somando cada setor onde a produção é 
calculada separadamente através do cálculo da oferta, efetuada pela análise microeconômica.
Então, se somar o valor (em reais) de toda produção de sapatos, toda produção de remédios, toda produção 
de automóveis, assim como todos os serviços prestados, seja ele de saúde, lazer, transporte ou outro 
qualquer. Somam-se tudo, agregam-se tudo, em um único número que vai representar a produção bruta 
do país. 
O mesmo acontece com a renda, agregando-se as informações sobre a renda média dos trabalhadores 
de cada setor econômico, tem-se a renda nacional. Com o preço, analisa-se a variação, quanto subiu 
ou baixou o preço de cada setor econômico, podendo assim, haver a constatação de inflação, que é o 
aumento persistente e generalizado dos preços dos bens e serviços em uma economia. 
Vamos tratar de cada um desses agregados de forma mais aprofundada ainda nesta unidade. 
eQUIlÍBrIo MaCroeCoNÔMICo
O equilíbrio da economia como um todo é o principal objetivo das políticas macroeconômicas. Em 
mercados específicos, o equilíbrio se dá quando os interesses da demanda e da oferta são satisfeitos 
simultaneamente. 
Quer dizer, quando o preço do bem no mercado estimula a produção de uma quantidade de produtos 
equivalente à quantidade que as pessoas (a demanda) estão dispostas a comprar. 
Não sobrando produtos sem vender, nem faltando produtos para comprar. Ajustes pontuais são operados 
com o objetivo que a economia flua de forma a crescer e se desenvolver. 
Outros objetivos são o pleno emprego dos fatores de produção, ou ao menos chegar próximo dele, 
melhorar a renda agregada, promover o crescimento e o desenvolvimento da economia e da sociedade. 
Vamos começar pelo PIB.
ProdUTo INTerNo BrUTo (PIB)
Ao julgar se uma economia vai bem ou mal, é natural examinar a renda total obtida por todos os membros 
da economia. Um país onde a renda das pessoas é mais elevada pode-se pressupor que tenham mais 
facilidade para pagar pelos bens necessários e supérfluos que existem e, assim, desfrutar de uma 
qualidade de vida mais elevada. Essa é a função do Produto Interno Bruto (PIB). 
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O PIB, como já vimos, consegue medir tanto a renda nacional quanto a despesa total, pois na prática, as 
duas são a mesma coisa, uma vez que cada “real” de despesa para o comprador corresponde a um “real” 
de renda para o vendedor.
GUarde essa IdeIa!
Produto Interno Bruto (PIB): É o valor do mercado de todos os bens e serviços finais produzidos em um 
país, em um dado período de tempo.
Para entendermos melhor o que significa o PIB, vamos observar cada parte da definição:
“É o valor do mercado…”
O PIB soma vários tipos diferentes de produtos em uma única medida de valor (preço de mercado). Se o 
preço de mercado de um determinado bem “A” for o dobro do preço de mercado do bem “B”, então o bem 
“A” contribuirá duas vezes mais para o PIB do que o bem “B”.
“…de todos…”
Inclui todos os itens produzidos na economia e vendidos legalmente no mercado. O PIB exclui apenas os 
produtos de difícil mensuração. Ex.: Drogas ilegais, verduras cultivadas e consumidas em casa.
“…os bens e serviços…” 
O PIB inclui tanto os bens tangíveis (alimento, vestuário, carros, imóveis) quanto os serviços intangíveis 
(corte de cabelo, faxina, consultas médicas). 
“…finais…”
Quando uma empresa produz cimento para outra empresa construir um imóvel, o cimento é um bem 
intermediário, e o imóvel, um bem final. O PIB inclui somente o valor dos bens finais. O valor do cimento 
já está no valor do imóvel. Somar o valor de mercado do cimento e o valor do imóvel seria uma dupla 
contagem. 
“…produzidos…” 
O PIB inclui bens e serviços produzidos no presente. Não inclui transações do passado. Ex.: carro novo x 
carro usado. 
“…em um país…” 
Mede o valor da produção dentro dos limites geográficos de um país, independente da nacionalidade do 
produtor.
“…em um dado período de tempo”.
O PIB mede o valor da produção que tem lugar em um intervalo de tempo específico. No Brasil, esta 
medição é anual, dividida em quatro trimestres.
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forMas de CalCUlar o PIB 
O Produto Interno Bruto pode ser calculado de três formas distintas. 
A primeira é através da produção, como estivemos falando até agora, considerando tudo o que é 
produzido para o consumidor final nos três setores da economia: o setor primário, que trata da agricultura, 
da pecuária e do extrativismo; o setor secundário, que abrange as indústrias, construção e tudo o que 
processa e beneficia o que foi produzido pelo setor primário; e o setor terciário, que inclui os serviços 
como médicos, de hospedagem, de educação etc. 
Além dessa forma de olhar o PIB, também se pode calculá-lo sob a ótica da renda. A produção de bens 
envolve o uso dos fatores de produção. Trabalho humano remunerado (mão de obra), uso e desgaste de 
máquinas e equipamentos (capital) e, ainda, uso de recursos naturais, cujos proprietários precisam ser 
remunerados para que sejam induzidos a empregar seus recursos no processo produtivo. 
A renda consiste assim, na remuneração de todos os fatores de produção utilizados para a fabricação de 
produtos, e prestação de serviços. A soma de todas as remunerações pagas aos que possuem fatores de 
produção resulta na renda nacional, considerada equivalente ao Produto Interno Bruto.
O PIB também pode ser calculado sob a ótica da despesa (ou dispêndio,como preferem alguns autores), 
sendo uma medida de valor de bens e serviços comprados pelos governos, pelas famílias, por investidores 
e por estrangeiros. Esse método também é conhecido como despesa nacional, que é a soma de todos os 
gastos dos agentes econômicos com o PIB. 
Para esse cálculo, soma-se todo o consumo das famílias, todo investimento das empresas, mais os gastos 
públicos, mais as exportações brasileiras, subtraindo-se as importações. 
Concluímos assim que o fluxo em reais da despesa com bens finais equivale ao valor do PIB, assim como 
também ao fluxo (em reais) da renda gerada na produção de bens finais.
CalCUlaNdo o PIB Na PersPeCTIva dos GasTos
Os economistas estudam a composição do PIB de acordo com os diversos tipos de gastos.
O PIB (Y) é composto de quatro componentes: Consumo (C), Investimentos (I), Compras do Governo (G) e 
Exportações Líquidas (EL).
Y = C + I + G + el
Vamos analisar cada um destes quatro componentes:
Consumo: É a despesa das famílias em bens (duráveis e não duráveis) e serviços, com a exceção de 
novas moradias.
Investimento (fBCf): São as despesas em bens de capital, estoques e estruturas, incluindo a compra de 
novos imóveis residenciais pelas famílias.
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Compras do Governo: São as despesas dos governos municipais, estaduais e federais em bens e 
serviços. Isso inclui a remuneração dos funcionários do governo e obras públicas.
exportações líquidas: São as compras por parte dos estrangeiros dos bens produzidos internamente 
(exportações) menos as compras internas de bens estrangeiros (importações).
PIB Per CaPITa
O PIB per capita é a renda/despesa média por indivíduo em uma economia. Para medirmos o PIB per 
capita, dividimos o PIB pelo número de habitantes de um país.
O PIB per capita pode até ser uma aproximação falha do nível de bem-estar de uma sociedade, mas não 
é uma variável de todo rejeitável. 
Uma família com uma renda per capita alta pode passar horas no trânsito, respirando poluição e não ter 
tempo de lazer juntos. Porém, esta família tende a ter melhores condições de saúde, lazer e educação.
Agora que já estudamos o PIB, vamos estudar sobre o desemprego. Vamos em frente!
deseMPreGo
Neste tópico, iremos entender detalhadamente como a economia trata o desemprego, como calculamos 
a taxa de desemprego e os tipos de desemprego.
Inicialmente, precisamos entender o que aparentemente é óbvio: trabalhadores são aquelas pessoas que 
exercem algum trabalho. 
Em economia, considera-se como trabalho, remunerado ou sem remuneração, em atividade econômica o 
exercício de:
•	 Ocupação remunerada em dinheiro, produtos, mercadoria ou benefícios na produção de bens e 
serviços;
•	 Ocupação remunerada em dinheiro ou benefícios no serviço doméstico; ou
•	 Ocupação econômica sem remuneração na produção de bens e serviços, em ajuda na atividade 
econômica de membro da unidade domiciliar (agricultura, silvicultura, pecuária, extração vegetal ou 
mineral, caça, pesca e piscicultura).
Não se inclui no conceito de trabalho o exercício de ocupação sem remuneração desenvolvida em ajuda a 
instituição religiosa, beneficente ou de cooperativismo; e ocupação na produção para o próprio consumo 
ou uso de membro(s) da unidade domiciliar.
Mas afinal, como se mede o desemprego?
No Brasil, segundo o IBGE, o desemprego é calculado através de pesquisas (em seis regiões metropolitanas: 
Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre) e, a partir delas, a formulação 
de dados estatísticos, as pessoas com 10 anos ou mais (População em Idade Ativa - PIA). 
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A População em Idade Ativa (PIA) é composta pela População Economicamente Ativa (PEA) e População 
Não Economicamente Ativa (PNEA).
PIa = Pea + PNea
A População Ocupada (PO) e a População Desocupada (PD) compõem a População Economicamente Ativa 
(PEA).
População ocupada (Po) - Empregados: Pessoas que exerceram trabalho, remunerado ou sem remuneração, 
durante pelo menos uma hora ou que tinham trabalho remunerado do qual estavam temporariamente 
afastadas.
População desocupada (Pd) - Desempregados: Pessoas sem trabalho na semana de referência, mas 
que estavam disponíveis para assumir um trabalho nessa semana e que tomaram alguma providência efetiva 
para conseguir trabalho (procura de trabalho) no período de referência de 30 dias, sem terem tido qualquer 
trabalho ou após terem saído do último trabalho que tiveram nesse período.
Entende-se por procura de trabalho a tomada de alguma providência efetiva para conseguir trabalho, ou seja, 
o contato estabelecido com empregadores; a prestação de concurso; a inscrição em concurso; a consulta a 
agência de emprego, sindicato ou órgão similar; a resposta a anúncio de emprego; a solicitação de trabalho a 
parente, amigo, colega ou por meio de anúncio; a tomada de medida para iniciar negócio; etc.
População economicamente ativa (Pea) - É à força de trabalho (trabalhadores), ou seja, é a soma dos 
empregados e desempregados.
Pea = PoPUlaÇÃo oCUPada + PoPUlaÇÃo desoCUPada
População Não Economicamente Ativa (PNEA): Pessoas em idade ativa que não foram classificadas como 
ocupadas, nem como desocupadas.
O IBGE define a Taxa de Desemprego como o percentual de População Desocupada (PD) em relação à 
População Economicamente Ativa (PEA), ou seja, a taxa de desemprego indica o percentual da força de 
trabalho que está sem emprego.
TAXA DE DESEMPREGO = x 100PD
PEA
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Agora que entendemos como o governo calcula a taxa de desemprego, você já deve ter uma ideia do que 
é o desemprego. Porém, ainda não é possível entender por que as economias apresentam desemprego.
A primeira explicação é que leva algum tempo para os trabalhadores buscarem os empregos mais 
adequados, devido as suas preferências e habilidades. 
O desemprego que resulta no processo de combinar trabalhadores com emprego é chamado de desemprego 
friccional e é comumente considerado como a explicação para curtos períodos de desemprego.
A outra explicação sugere que em alguns mercados de trabalho o número de empregos disponíveis é 
insuficiente para empregar todas as pessoas que desejam trabalhar. 
Esse tipo de emprego é denominado de desemprego estrutural e é frequentemente considerado para 
explicar os longos períodos de desemprego.
Vamos continuar avançando nos temas macroeconômicos. É hora de estudarmos sobre a inflação!
INflaÇÃo
A inflação é definida como um aumento generalizado e contínuo dos preços. Quando, ao contrário, ocorre 
uma baixa generalizada e contínua dos preços, chamamos de deflação.
Generalizado: O aumento de um bem em particular não causa inflação na economia. Porém, podemos 
medir a queda ou o aumento do preço de um, ou de um grupo, de bens em particular. 
A inflação que a economia analisa e busca controlar é generalizada, como já vimos antes e, portanto, 
ocorre apenas quando há um aumento de preço na totalidade dos bens e serviços. Se a maioria dos bens 
e serviços se torna mais caros, tem-se a inflação.
Contínuo: Caracterizado pelo movimento contínuo do processo inflacionário. Os agentes econômicos têm 
a percepção de que os preços tendem a aumentar.
O aumento de um bem em particular não causa inflação em uma economia. Porém, através da inflação 
também podemos medir a queda ou o aumento do preço de um, ou de um grupo, de bens em particular. 
A inflação que a economia analisa e busca controlar é a generalizada, como já vimos antes e, portanto, 
ocorre apenas quando há um aumento generalizado dos preços. 
Se a maioria dos bens e serviços torna-se mais caro, tem-se a inflação.
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o índice oficial do Governo Federal para 
medição das metas inflacionárias. 
A coleta de preços é realizada em estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, concessionária 
de serviços públicos e domicílios (para levantamento de aluguel e condomínio), de forma contínua e 
sistemática. 
A variação de preço abrange os grupos de bens e serviços das famílias com rendimentosmensais 
compreendidos entre 1 (hum) e 40 (quarenta) salários-mínimos, qualquer que seja a fonte de rendimentos, e 
residentes nas áreas urbanas das regiões (isso equivale a aproximadamente 90% das famílias brasileiras).
Quanto maior a inflação mais alta é a perda do poder aquisitivo, ou seja, se gasta mais para consumir os 
mesmos bens e serviço, reduzindo a renda disponível.
alguns aspectos que diferem as fontes de inflação em cada país:
•	 estrutura de mercado: Concorrencial, monopolista ou oligopolista.
•	 Grau de abertura da economia: Quanto mais aberta a economia à competição externa, maior 
a concorrência interna entre fabricantes.
•	 estrutura das organizações trabalhistas: Quanto maior o poder de barganha dos sindicatos, 
maior a capacidade de obter reajustes de salários.
Dados os diversos fatores capazes de influenciar o aumento dos preços, não é possível explicar todos os 
tipos de inflação. 
Os principais economistas, que procuram explicar a inflação, classifica a inflação em cinco tipos principais: 
inflação de demanda, de custo, inercial, estrutural e administrada. 
Vejamos cada um deles:
•	 Inflação de demanda: Ocorre quando há excesso de demanda em relação à produção disponível. 
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•	 Inflação de Custos: É decorrente da elevação dos custos das empresas repassados para os 
preços.
•	 Inflação Inercial: Expectativas compulsivas que levam à remarcação contínua dos preços. 
Causada pela cultura inflacionária, a exemplo do que ocorreu no Brasil nas décadas passadas.
•	 Inflação estrutural: Pressupõe uma ineficiência nos serviços prestados por um governo, elevando 
custos de produção e, consequentemente, de preços. A ineficiência de infraestrutura brasileira 
(estradas, portos e aeroportos), por exemplo, impõe custos maiores para se produzir. Em nosso país 
esse ônus é conhecido por “custo Brasil”.
•	 Inflação administrada: As empresas monopolistas e oligopolistas aumentam seus preços com 
o objetivo de lucrarem mais, uma vez que o consumidor não tem alternativa, senão deixar de consumir 
os produtos/serviços se não quiser pagar mais por eles.
Agora vamos avançar para o nosso último tema. Vamos tratar da relação entre crescimento e 
desenvolvimento. Este é um tema bem importante na economia e é pauta de grande discussão. Fiquem 
atentos. Vamos lá!
CresCIMeNTo eCoNÔMICo
O Crescimento Econômico é identificado como a expansão da capacidade produtiva de uma economia e é 
muito importante para uma economia de mercado como a nossa, pois promove o aumento da renda real. 
O aumento da produção gera mais empregos e assim, mais renda, mais consumo e, novamente, mais 
produção. O crescimento é a condição esperada por qualquer economia. 
As taxas de crescimento podem continuar subindo até a curva de possibilidade de produção (como vimos 
na unidade I) apontar o pleno uso dos fatores de produção, quando a retomada do crescimento dependeria 
de novas tecnologias, mais eficientes que viessem a substituir as antigas e obsoletas formas de produção. 
Contudo, o crescimento econômico pode esconder verdades distorcidas e sempre exige de quem o analisa 
um bom senso crítico para evitar um alto “custo de oportunidade”. 
exeMPlo
Tenha, por exemplo, a floresta amazônica com toda sua riqueza natural de flora e fauna, 
grande potencialidade de basear descobertas importantes sobre uso de princípios-
ativos naturais para solucionar problemas de nossa sociedade, como doenças, ou até 
na produção de cosméticos, etc. 
Porém, a potencialidade do valor da floresta não é calculada para o PIB, uma vez que não 
corresponde uma produção. Mas, a expansão da fronteira agropecuária gera produção 
de carne ou soja, por exemplo, que são produtos mensuráveis e assim ajudando um 
tipo de crescimento econômico que gera, por custo de oportunidade, um grande dano 
ao meio ambiente. 
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Para fins de cálculos econômicos, CRESCIMENTO ECONÔMICO é igual ao CRESCIMENTO DO PIB, assim, 
não importa se a atividade produtiva tenha um impacto negativo do ponto de vista ambiental ou social, 
desde que gere dinheiro e movimente a economia. 
Observe que isso acontece, mesmo se o dano causado for maior que a receita gerada. Essa é a forma que 
calculamos a economia de um país ou região hoje em dia, basta observar, em algum noticiário, as comuns 
referências ao desempenho da economia baseadas exclusivamente na variação da produção interna. 
Essa simplificação é muito perigosa e chega a ofender a população, excluindo-a categoricamente de uma 
discussão mais consciente da economia e do uso econômico dos fatores de produção. 
Como poderia dizer Darcy Ribeiro, uma população mal educada e miserável, pouco pode contribuir para 
o debate econômico, e deixando de tomar suas próprias decisões, delega inconscientemente a outros a 
sua tomada de decisão.
Como forma de desenvolver uma alternativa a esse modelo em vigor, alguns economistas em todo o 
mundo estão trabalhando para criar instrumentos mais precisos de análise econômica, que não sejam 
baseados exclusivamente em produção, mas também em outros aspectos ainda mais relevantes. 
Para contrapor ao paradigma do crescimento infinito da economia de mercado, um novo conceito vem 
sendo crescentemente utilizado e divulgado por parte da mídia que não está totalmente vendida. 
deseNvolvIMeNTo sUsTeNTÁvel
A regulamentação direta da atividade econômica representa uma grande parte da evolução da política 
ambiental. O governo impõe regras aos produtos finais e estes precisam ajustar seus modos de produção 
de modo a adequá-los às normas estabelecidas. 
Essas medidas, no entanto, não têm sido suficientes para alcançar o objetivo maior do desenvolvimento 
sustentável, que é de conseguir conciliar qualidade ambiental com a prosperidade econômica. 
Esse desafio é especialmente brutal em sociedades subdesenvolvidas devido à relativa abundância de 
alguns recursos (por enquanto!), precariedade do modo de vida da população mais carente e ausência de 
aparatos de Estado para orientar, educar e fiscalizar os desmandos ambientais.
O desafio mais amplo desse tipo de desenvolvimento passa pelo âmbito pessoal. Trata-se da escolha que 
bilhões de pessoas fazem diariamente sobre o que e porque comprar, o que e como produzir.
Apenas compreendendo as ligações reais, porém implícitas, entre o que consumimos e sua cadeia 
produtiva e seus efeitos colaterais, poderemos tomar decisões mais acertadas sobre de quais empresas 
NÃO vamos consumir de modo algum, uma vez que compreendermos que ela causa mais dano que 
benefícios. 
Como seriam o exemplo de carnes com altas doses de antibióticos, alimentos e seus tóxicos, empresas 
que usam mão de obra infantil ou regimes de trabalho análogos ao escravo.
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Mas a grande mídia privada e financiada pelas grandes empresas não vai divulgar isso muito fácil, será 
preciso uma rede de articulação orgânica entre as pessoas, de modo a estimular a troca de informações 
diretas, denúncias e acompanhamento massivo do desdobramento de casos descobertos. 
Uma participação popular mais pró-ativa é fundamental para a estruturação de um sistema econômico 
que melhor atenda aos interesses, não apenas das grandes corporações, mas principalmente dos seres 
humanos, a quem a ciência econômica deveria servir.
O Conceito de DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO se difere de crescimento, pois não considera apenas 
o valor da produção, da renda ou da despesa como única fonte de informação sobre o desempenho da 
economia. A renda é importante, mas como um dos meios do desenvolvimento, e não como seu fim. 
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) publica anualmente o Índice de 
Desenvolvimento Humano (IDH) que leva em conta características sociais, culturais e políticas que 
influenciam na qualidade de vida humana. 
vIsITe a PÁGINa
O IDH “é uma medida resumida do progresso a longo prazo em três dimensões básicas 
do desenvolvimento humano: renda, educação e saúde”. Clique aqui para acessar.
Trago o conceito de sustentabilidade para encerrarmos com chave de ouronossa breve jornada pela 
ciência econômica de modo a indicar o caminho viável para os próximos passos desse estudo. 
Por SUSTENTABILIDADE se entende um uso adequado dos recursos diversos que possuímos hoje para 
suprir as necessidades e aspirações da sociedade, mas de um modo que não comprometa a qualidade e 
abundâncias desses recursos sejam asseguradas para as gerações futuras. 
Trata-se de se tomar consciência de que as decisões atuais, individuais e coletivas, ditarão as condições de 
vida futura, inclusive, dependendo de nossa incompetência, comprometendo a possibilidade de existência 
de vida humana no planeta em um futuro muito menos distante do que se possa imaginar. 
vIsITe a PÁGINa
Para aprofundar essas questões, vale a pena verificar sites sobre ECONOMIA 
SOLIDÁRIA e novas formas de praticar economia de forma mais conscientes, analisando 
cuidadosamente as reais consequências de nossas escolhas. 
Mais importante ainda, é encontrar meios para trocar experiências e informações 
com pessoas antenadas nesta mesma questão, através do mundo. Hoje em dia, com a 
internet, isso é fácil. Clique aqui para acessar.
http://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/idh0/conceitos/o-que-e-o-idh.html
http://www.mtps.gov.br/trabalhador-economia-solidaria
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Palavra fINal
Caro (a) aluno (a),
Agradeço a atenção dispensada e espero ter contribuído para romper um pouco com esse repúdio à 
economia, tão comum nas pessoas de nossa sociedade, não por acaso. 
Aproximar o pensamento econômico da nossa vida cotidiana consciente é um objetivo para que a gente 
fique bem atento às escolhas que tomamos e os desejos que resolvemos buscar atender. 
Não deixe de visitar o fórum, postar e discutir com seus colegas virtuais, de modo a enriquecer e aprofundar 
nesses temas. 
Desejo muito sucesso ao longo de sua caminhada e lembro que o conhecimento sobre Economia e 
Mercado Global não deve ficar restrito apenas aqui. Busque ler em fontes externas e fortaleça cada dia 
mais seu aprendizado.
Agora, você deve ir ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e realizar as atividades referentes ao 
conteúdo aprendido nesta unidade. 
Lembre-se! Faça a leitura do livro-texto e em caso de dúvidas, consulte o seu tutor. Ele está a sua 
disposição para orientá-lo (a) no que for necessário para lhe tornar um profissional qualificado.
Boa sorte na caminhada e conte sempre conosco para lhe ajudar na formação profissional. 
Quem sabe nos encontramos em outra oportunidade? 
Até lá!

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