Buscar

totem e tabus

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
UFMS/ CAMPUS DE NAVIRAÍ
Curso de Graduação em Ciências Sociais (Licenciatura)
Disciplina: xxxxxx - Docente: Profa. Dra. Maria Raquel da C. Duran
Discente: Fernando Ferreira Jardim - 1º Semestre Ciências Sociais
Fichamento do livro:
ENRIQUEZ, Eugene. Da Horda ao Estado: Psicanálise do vínculo social. 2ºedição. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. Capítulos “Totem e Tabu” e “A relação homens/mulheres, primeira forma de dominação”. 
Capítulo “Totem & Tabu
Neste capítulo Eugene faz uma análise da obra de Freud, Totem e Tabus para explicar o surgimento da civilizações, proibições e leis e religião.
"O Retorno do Totemismo na Infância", Freud esboça a teoria sobre os arranjos das primeiras sociedades humanas (um único macho-alfa cercado por um harém de fêmeas, semelhante ao arranjo de grupos de gorilas) e a teoria do ritual de sacrifício tomado para concluir que a origem do totemismo repousa em um evento singular, quando irmãos pré-históricos expulsos do grupo do macho-alfa retornam para matar seu pai, que eles temiam e respeitavam. A esse respeito, Freud localizou os primórdios do complexo de Édipo nas origens das sociedades humanas, e postulou que todas as religiões foram em efeito uma forma extensa e coletiva de culpa e ambivalência para lidar com a morte da figura paterna (que ele considerava como o verdadeiro pecado original).
O desejos do Incesto - 
Algo curioso visto por Freud na relação das tribos consideradas primitivas com o totemismo é a constante presença do horror ao incesto e o laço com a exogamia (cruzamento de indivíduos não relacionados), pois membros do mesmo clã não podem casar ou ter relações sexuais entre si, sendo esses atos passíveis de punição severa independente da individualidade cultural e social de cada povo. O autor então ressalta que a proibição do incesto e o desejo de comete-lo são dois lados da mesma moeda – clinicamente tratado como ambivalência, isto é, dois sentimentos conflituosos muito presentes em neuróticos obsessivos –, pois não teria necessidade de proibir algo que ninguém quer fazer. Portanto, esse capítulo trabalha o horror ao incesto como uma prática de defesa, ou “evitação”, tendo em mente que na psicanalise, o primeiro impulso sexual do menino é incestuoso e ao crescer, ele liberta-se disso ou não.
Em Tabu e Ambivalência dos Sentimentos, Freud inicia o ensaio apresentando os diferentes possíveis significados da palavra “tabu” em diversas línguas, sendo os mais comuns a ver com algo reservado ou restrito. De origem polinésia, “tabu” apresenta significados antagônicos: sagrado e consagrado, porém proibido e impuro. Ao analisar os tabus primitivos, é notada uma inerente relação com as reprovações e alianças morais presentes na “modernidade”, pois esses “selvagens” criaram involuntariamente uma espécie de sistema penal, usando seus tabus como intermediários, pois a transgressão destes trariam punições e desgraças terríveis para todos.
"Animismo, Mágica e a Onipotência do Pensamento", Freud examina a fase animista e narcisística associada com uma compreensão primitiva do universo e do desenvolvimento libidinal precoce. Uma crença em magia e feitiçaria deriva da sobrevalorização de atos psíquicos através dos quais as condições estruturais da mente são transpostas para o mundo: Essa sobrevalorização sobrevive tanto em homens primitivos quanto em homens neuróticos. O modo animista de pensamento é governado pela "onipotência dos pensamentos", uma projeção da vida mental interior no mundo externo. Esta construção imaginária da realidade é também discernível em pensamento obsessivo, transtorno delirante e fobias. Freud comenta que a onipotência dos pensamentos tem sido guardada no reino mágico da arte. A última parte desse artigo conclui a relação entre magia, superstição e tabu, argumentando que as práticas de animismo são apenas uma cobertura da repressão instintiva.
A ordem Cultura
Neste ensaio o autor o finalizar a leitura e análise dos quatro capítulos, torna-se discutível a importância de tal obra para compreender os atos inconscientes e a formação da moralidade humana.

Continue navegando