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Aula 7 e 8 - interpretação e integração da legislação fiscal - CCJ0030

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Direito Financeiro e Tributário I 
#Aulas 7 e 8 
Tema: legislação tributária, fontes e hermenêutica tributária. 
 
 
 
1. LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA 
1.1. Aspectos gerais 
De acordo como art. 96 do CTN, a legislação tributária deve ser 
entendida em sentido amplo, englobando diversos atos normativos, pois 
compreende: leis, tratados, convenções internacionais, decretos e normas 
complementares. 
Exemplo: art. 113, § 2º ou art. 97 do CTN 
1.2. Espécies normativas 
a. Leis: 
• A leis podem ser ordinárias ou complementares, sendo ordinárias quando 
a CF apenas utilizar a expressão “lei” (maioria simples) e complementar 
quando expressamente mencionar (maioria absoluta). 
Obs.: ampla doutrina entende ser possível LC tratar de matéria de LO, porém o 
contrário não é possível. 
 
a.1. Lei Ordinária: 
• Mais usual meio de expressão de matérias tributárias, sobretudo quanto 
à instituição, modificação ou extinção dos tributos. 
Pegadinha: o tratamento tributário dos atos cooperativos praticados pelas 
sociedades cooperativas e o tratamento diferenciado dados as ME’s e as EPP’s 
só podem ocorrer por LC. 
a.2. Lei Delegada (art. 68 da CF): 
• Ato normativo elaborado pelo Poder Executivo, em que o Presidente 
solicita autorização do Congresso Nacional para legislar sobre dada 
matéria. (A delegação é dada por meio de “Resolução”) 
Obs.: Lei Delegada não poderá versar sobre matéria reservada à LC (Art. 68, § 
1º da CF). 
 
a.3. Medida Provisória (Art. 62 da CF) 
• A CF permite sim que MP institua e majora impostos, desde que 
observa 2 requisitos: 
 
➢ Primeiro: que o imposto possa ser instituído por L.O., haja vista o art. 
62, § 1º, III vedar edição de MP sobre matéria reservada à LC; 
 
➢ Segundo: em se tratando de impostos, é necessário que a MP seja 
convertida em lei até o final do ano para que possa surtir efeitos no 
ano seguinte, salvo nos casos de II, IE, IOF, IPI ou Imposto 
Extraordinário de Guerra. 
 
a.4. Tratados e convenções internacionais 
• Atos firmados entre 2 ou mais Estados, a fim de firmar normas comuns 
em escala internacional, evitando a bitributação no mercado exterior; 
• Duas dicas: 
➢ São inseridos no ordenamento por meio de Decretos 
Legislativos, em que não há necessidade sanção do 
Executivo conforme o art. 49, I da CF; 
➢ Art. 98 do CTN – tratados e convenções revogam ou modificam 
a “legislação tributária” interna. 
Obs. MASTER BLASTER: Segundo o STF, tratados internacionais tratados e 
convenções internacionais podem conceder isenções para tributos estaduais 
e municipais. 
 
a.5. Lei X Decreto: decretos são utilizados pelo chefe do executivo para gerar 
a correta aplicação e execução das leis, sem ampliar ou restringir seus 
conteúdos (Art. 84, IV da CF). 
 
SOMENTE POR LEI PODE SER POR DECRETO 
Criação e extinção de tributo Mudança de prazo de pagamento 
Aumento/Diminuição do tributo Alteração de alíquota (II, IE, IOF, IPI e 
CIDE-C). 
Definir FG da OT principal Definição do local de pagamento 
Fixação da alíquota e BC Atualização do valor da BC 
Previsão de penalidade (multas) Consolidação das leis fiscais (RICMS) 
Casos de Suspensão, Extinção ou 
Exclusão do CT 
 
Hipóteses de dispensa ou redução de 
penalidades. 
 
 
a.6. Normas complementares (art. 100 do CTN) 
São 4 espécies de atos normativos complementares: 
➢ Atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; 
➢ Decisões dos órgãos singulares ou coletivos da jurisdição administrativa, 
a que a lei atribua eficácia normativa; 
➢ Práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas; 
➢ Convênios que entre si celebrem a U/E/DF/M. 
 
 
 
2. Vigência e Aplicação da lei fiscal 
2.1. Vigência no espaço: 
 
• A regra é a territorialidade, ou seja, a lei fiscal se aplica ao território do 
ente político que a editou; 
• Exceção: vigência extraterritorial no que concerne aos convênios 
pactuados pelos Estados, DF ou Municípios. 
 
2.2. Vigência no tempo: 
• O CTN segue a regra do art. 1º da LINDB, porém possui regras próprias: 
➢ Art. 103: atos normativos de autoridades administrativas começam 
a vigorar nas datas de suas publicações; 
➢ Decisões adm. com eficácia normativa entram em vigor 30 dias 
após suas publicações, e os convênios na data neles prevista; 
 
2.3. Aplicação da lei (Art. 105 d CTN) 
 
APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA 
FG não consumado Aplicação imediata 
FG pendente Aplicação imediata 
FG já finalizado Não se aplica, salvo art. 106 e 144, § 
1º do CTN 
 
3. INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
3.1. Introdução 
Via de regra, são admitidos no direito fiscal todas as formas de 
interpretação admitidas no Direito, ressalvadas as hipóteses do art. 111 do CTN. 
Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que 
disponha sobre: 
I - suspensão ou exclusão do crédito tributário; 
II - outorga de isenção; 
III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias 
acessórias. 
 
3.2. Interpretação literal 
Então, conforme o art. 111 do CTN, os seguintes casos somente podem 
ser interpretados literalmente: 
➢ Causas de suspensão (art. 151 do CTN) e exclusão do CT; 
➢ Outorga de isenção; 
➢ Dispensa do cumprimento de OT acessória 
 
3.3. Integração da norma tributária: quando houver obscuridade ou lacuna 
da lei, admitir-se-á a integração para suprir tal falha, utilizando 
sucessivamente os seguintes instrumentos: 
 
➢ Analogia; 
➢ Princípio gerais de direito tributário; 
➢ Princípio gerais de direito público; 
➢ Equidade. 
TAREFINHA DO LAR: 
A. O que é “Federalismo Fiscal”? 
B. O que significa “Repartição de Receitas Tributárias”? Explique e 
exemplifique.

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