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Renato Nogueirol Lobo, Celina Trajano 
de Oliveira e André Junior de Oliveira
Teoria da contabilidade
Sumário
03
CAPÍTULO 4 – Técnicas Contábeis ...................................................................................05
Introdução ....................................................................................................................05
4.1 Mensuração e avaliação dos ativos ............................................................................05
4.1.1 Mensuração de ativos ......................................................................................06
4.1.2 Avaliação de ativos .........................................................................................09
4.2 Mensuração e avaliação do passivo ...........................................................................10
4.2.1 Mensuração dos passivos .................................................................................11
4.3 Avaliação do passivo ................................................................................................13
4.4 Mensuração e avaliação do patrimônio e de resultados ................................................14
4.4.1 Receitas..........................................................................................................15
4.4.2 Despesas ........................................................................................................16
4.4.3 Patrimônio líquido ...........................................................................................17
4.5 Tópicos especiais em mensuração dos ativos ...............................................................18
Síntese ..........................................................................................................................21
Referências Bibliográficas ................................................................................................22
Capítulo 4 
05
Introdução
Você já parou para refletir na quantidade de mudanças que ocorreram no mundo empresarial 
desde a Revolução Industrial? Estamos falando de formas de trabalho, de gestão, de adminis-
tração de processos, produtos e pessoas. São muitas, não é mesmo? E com a Contabilidade 
não é diferente. Em meio a tantas alterações e novidades, esta área tem buscado adaptar-se à 
evolução do desenvolvimento das entidades, mesmo que isso não tenha acontecido na mesma 
velocidade que as atividades econômicas. Por exemplo, embora tenhamos muitos estudiosos bus-
cando a identificação e a mensuração do ativo, este é um assunto extremamente controvertido 
entre os teóricos da área.
Lembre-se de que a Contabilidade tem a finalidade de prover informações úteis aos usuários. 
No entanto, para cumprir esse objetivo, utiliza de suas funções/técnicas, tais como: identificar, 
mensurar, registrar e informar as mutações que ocorrem no patrimônio das empresas com o 
devido fundamento. E o que são as técnicas contábeis? Elas são o conjunto de procedimentos 
utilizados na ciência contábil para que os fins propostos sejam atingidos. Dessa forma, fica mais 
fácil compreender a escrituração, a avaliação e a mensuração. 
Quanto à mensuração, podemos dizer que ela é traduzida no que pretendemos representar, pois 
mensurar é o mesmo que medir, certo? Na Contabilidade, mensurar é traduzir monetariamente 
o valor econômico dos itens componentes do seu patrimônio.
De acordo com Iudícibus (2009), o estudo dos ativos é tão importante que poderíamos dizer que 
é um capítulo fundamental da Contabilidade, visto que sua definição e mensuração estão liga-
das aos múltiplos relacionamentos contábeis que envolvem tanto as receitas quanto as despesas. 
Importante observar que a mensuração a valores históricos sempre foi a base de avaliação mais 
tradicional utilizada em Contabilidade. Porém, ao longo do tempo, foi possível perceber que, 
para alguns tipos de ativos e passivos, o consenso do mercado resultou na introdução de outras 
bases, como o valor justo, provendo informações mais atualizadas nas demonstrações financei-
ras mais condizentes com a atualidade. 
E quais serão nossos objetivos neste capítulo? Vamos distinguir as mais variadas técnicas con-
tábeis, classificando as avaliações de ativos, passivos e do patrimônio líquido. Vamos começar? 
Então, acompanhe-nos e bons estudos!
4.1 Mensuração e avaliação dos ativos
O que é ativo? É a parte positiva da posição patrimonial, que identifica em que os recursos 
foram aplicados, representa os benefícios presentes e futuros para a empresa. O ativo com-
preende o conjunto de bens e direitos das organizações, possuindo valores econômicos e que 
podem ser convertidos em dinheiro, assim, proporcionando ganhos para as empresas. Essa é a 
definição mais conhecida, porém, na teoria da Contabilidade, ela foi aperfeiçoada, tendo um 
direcionamento mais filosófico. Vamos conhecer? De acordo com o Comitê de Pronunciamentos 
Contábeis (CPC, 2011), os ativos são recursos controlados pela entidade como resultado de 
eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade. 
Para melhor entendermos o conceito de ativos, consideremos que o senhor Alexandre juntamente 
Técnicas Contábeis
06 Laureate- International Universities
Teoria da contabilidade
com a senhora Ana resolveram abrir um negócio. Ambos vendedores de uma concessionária 
de veículos, abriram uma revenda autorizada de veículos, denominada “Cia Automais Ltda.”. 
Ao abrirem a empresa, investiram a quantia de R$ 500.000,00 cada um, totalizando assim um 
capital social de R$ 1.000.000,00 para que, assim, pudessem dar início às atividades. O valor 
de imediato será aplicado nas seguintes situações: aquisição de mercadorias, no valor de R$ 
800.000,00, adequação das instalações, no valor de R$ 100.000,00, e fundo fixo de caixa, no 
valor de R$ 100.000,00. Podemos afirmar que todo o valor investido se transformou em ativos 
da empresa, pois se espera que, com as vendas das mercadorias, tenhamos um benefício futuro. 
As instalações também serão peças chave na atividade da empresa e o fundo fixo de caixa será o 
capital de giro, aquele necessário para que a empresa tenha uma folga financeira no desenvolver 
de sua atividade.
4.1.1 Mensuração de ativos
Como medimos os ativos? As contas pertencentes ao ativo são classificadas em ordem decres-
cente do grau de liquidez, ou seja, quanto mais rápido forem realizadas, mais rapidamente 
podem ser convertidas em dinheiro. Desse modo, deve ser compreendido como o conjunto de 
recursos financeiros e econômicos administrados com o objetivo de gerar mais recursos finan-
ceiros e econômicos, pois a finalidade de uma empresa é a obtenção de lucros, certo? E, como 
já vimos, o ativo é a aplicação de bens e direitos com o objetivo de maximizar e produzir lucro.
Mas para que qualquer conta possa ser considerada um ativo, é preciso o atendimento aos se-
guintes requisitos: 
•	 constituir bem ou direito para a empresa;
•	 ser de propriedade/posse ou controle da sociedade;
•	 ser passível de mensuração monetária; e 
•	 trazer benefícios ou, até mesmo, possuir expectativa de benefícios para a empresa.
O maior exemplo de ativo seria o dinheiro, pois é o meio de troca da economia e sua liquidez 
é plena, sendo assim, é ativo por excelência. Conforme visto anteriormente na “Cia Automais 
Ltda.”, o valor ora investido constituiu-se como ativo.
Para que as características de um ativo fiquem mais claras, vejamos um exemplo: Um prédio que 
perdeu seu valor como gerador de utilidade. Seu único valor está no sucateamento dos materiais 
de que é composto. Porém, se o custo de remoção for igual ou superior ao valor de liquidação 
dos materiais, o prédio não terá valor algum, não devendo ser um ativo, certo? Com relação ao 
controle, pensemos que a venda de uma instalação (o contrato de venda) leva a benefícios eco-
nômicos futuros para o vendedor (contas a receber). Assim que uma empresa assina um contrato, 
gera um benefício econômico provável sob o controleda empresa.
07
Luca Bartolomeo de Pacioli, nascido em 1445, foi um monge franciscano e célebre 
matemático italiano. Ele é considerado o pai	da	Contabilidade	moderna. Em 10 de 
novembro de 1494, foi descrito por ele, pela primeira vez, no livro Summa de Arithme-
tica, Geometria, Proportioni et Proportionalità (Conhecimentos de Aritmética, Geome-
tria, Proporção e Proporcionalidade), no capítulo “Tratactus de Computis et Scripturis” 
(Contabilidade por Partidas Dobradas), o famoso Método das Partidas Dobradas. Ele 
enfatiza que a teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números 
positivos e negativos. Esse método teve rápida difusão, sendo universalmente aceito e 
adotado desde essa época.
Fonte: www.socontabilidade.com.br
VOCÊ O CONHECE?
Outra observação importante é que, mesmo um ativo sendo aplicado de modo que o lucro da 
empresa seja maximizado, as contas do ativo grupo não se encerram com a apuração do resul-
tado do exercício e podem ser debitadas ou creditadas, sendo o saldo sempre devedor, salva as 
devidas exceções que seriam as contas do ativo, tendo sua classificação em dois grupos: o ativo 
circulante e o ativo não circulante.
De acordo com Hendriksen e Van Breda (2012), a mensuração é o processo de atribuição de 
valores monetários significativos a objetos ou eventos associados a uma empresa, e obtidos de 
modo a permitir agregação ou desagregação, quando exigida em situações específicas. Mesmo 
que em Contabilidade essa mensuração seja direcionada aos itens monetários, não podemos 
esquecer os itens não monetários que são possíveis também de mensurar: o processo de mensu-
ração em termos de avaliação de atributos. Os pontos fortes e fracos das medidas serão reexa-
minados à luz dos vários objetivos de divulgação financeira.
A mensuração tem a premissa de garantir que todas as medidas utilizadas em Contabilidade 
tenham fidelidade de representação, ou seja, tenham correspondência ou concordância em uma 
medida ou descrição e o fenômeno que se destina a representar. Além disso, deve concentrar-
-se na utilidade ou relevância para a Contabilidade, ou seja, a capacidade da informação de 
fazer alguma diferença em uma decisão, auxiliando os usuários a fazer predições a respeito dos 
resultados.
De acordo com o CPC 00-R1 (2011), como bases de mensuração temos: custo histórico e custo 
corrente. O que é custo	histórico? É aquele que representa o valor pelo qual um elemento do 
ativo foi adquirido, ou construído, sem que nenhuma atenção tenha sido dada à variação da ca-
pacidade aquisitiva da moeda entre a data de aquisição e outra qualquer, possuindo as seguintes 
vantagens e desvantagens: 
08 Laureate- International Universities
Teoria da contabilidade
VANTAGENS DESVANTAGENS
Valor que melhor atende aos 
conceitos de objetividade 
e praticabilidade, além de 
contribuir para proteção do 
capital. 
Defasagem de valor provoca-
da pela perda de poder aqui-
sitivo da unidade monetária.
Exige menos premissas defini-
das pelo avaliador, indepen-
dente do referencial pessoal, 
ou seja, da leitura de quem 
avalia o ativo.
Os valores de entrada 
fragilizam-se com o tempo, 
caracterizados pela perda 
de potencial preditivo das 
demonstrações contábeis, 
devido à dinâmica do próprio 
meio em que é gerada.
Os valores são verificáveis 
e comprováveis por docu-
mentos que deram suporte à 
transação. 
Não reconhece perdas e 
ganhos quando realmente 
acontecem, mas somente 
quando são realizados.
Forte relação com o fluxo de 
caixa.
Defasagem de valor provoca-
da pela perda de poder aqui-
sitivo da unidade monetária.
Quadro 1 – Vantagens e desvantagens da utilização do custo histórico.
Fonte: Adaptado de Santos (1994); Vasconcelos e Silva (2002); Martins (2012).
O que é o custo	corrente? É aquele que representa o preço de troca que seria exigido hoje para 
obter o mesmo ativo ou um ativo equivalente. Por exemplo, quando a empresa fabrica o ativo, 
seu custo corrente é a soma dos custos correntes dos fatores que entraram na sua produção, 
possuindo as seguintes vantagens e desvantagens:
VANTAGENS DESVANTAGENS
Avaliação mais adequada 
do resultado operacional por 
meio da utilização de bases 
correntes.
Nem sempre é possível en-
contrar mercados que possam 
refletir, adequadamente, o 
valor dos ativos da empresa.
Obtenção de uma aproxi-
mação razoável do valor 
que deveria desembolsar 
para obter um ativo igual ou 
equivalente àquele objeto de 
avaliação.
As variações de custos cor-
rentes nem sempre refletem 
mudanças nos preços corren-
tes de venda.
Identificar a parcela do lucro 
que não pode ser distribuída 
em cada operação, desde 
que se queira reinvestir na 
continuidade do mesmo 
negócio.
A contrapartida do ganho 
de utilidade, proporcionado 
pelo uso do custo corrente, 
representa uma redução nos 
níveis de praticabilidade e 
objetividade.
Quadro 2 – Vantagens e desvantagens da utilização do custo corrente.
Fonte: Santos (1994); Martins (2001).
09
4.1.2 Avaliação de ativos
Conforme já vimos, os ativos podem ser classificados como circulantes e não circulantes, porém, 
dentro desses grupos, existem outras classificações. Vamos compreender isso melhor? O ativo 
circulante constitui-se no grupo de contas que registra aquelas do subgrupo disponível (caixa, 
bancos, conta, movimento e aplicações financeiras), os títulos negociáveis (como duplicatas a 
receber), os estoques e outros créditos de realização a curto prazo, tais como: os adiantamentos 
a fornecedores e funcionários da empresa. Entende-se por curto prazo aquelas contas com rea-
lização (transformação em dinheiro) até o exercício seguinte (prazo de 12 meses seguintes ao do 
fechamento do balanço). No entanto, nas empresas em que o ciclo operacional, ou seja, aquele 
compreendido desde a aquisição da matéria-prima até o recebimento dos clientes, tiver duração 
maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo 
desse ciclo. Consideremos que aquisição dos veículos pela ”Cia Automais Ltda.”, o pagamento 
dessa aquisição, a venda e o recebimento seja realizado no prazo de 70 dias. Dessa forma, o 
prazo a ser considerado como ciclo operacional segue o critério dos 12 meses, porém naquelas 
empresas, tais como as de construção civil e indústria naval, tem um ciclo mais demorado, po-
dendo passar dos 12 meses.
No ativo não circulante são registrados os direitos que serão realizados após o final do exercício 
(ano) seguinte (longo prazo), assim como os bens de uso para manutenção das atividades (ve-
ículos, máquinas, imóveis, entre outros) e de renda da empresa (aluguéis, imóveis para vendas 
etc.). No ativo não circulante são incluídos todos os bens de natureza permanente (duráveis) cuja 
finalidade é o funcionamento das atividades da sociedade e do seu empreendimento. De acordo 
com a legislação vigente, o ativo não circulante está dividido em quatro grupos, sendo eles: o 
realizável a longo prazo, os investimentos, o imobilizado e o intangível.
O ensaio teórico “Teoria da contabilidade: Evolução e tendências”, cujo autor é um 
importante teórico da contabilidade: Sérgio de Iudícibus. O estudo analisa aspectos 
relevantes relacionados à teoria da Contabilidade. Acesso o link e conheça mais: 
<www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/rcmccuerj/article/view/5389/4102>
NÃO DEIXE DE LER...
Os ativos são avaliados pelos critérios expostos no artigo 183 da Lei 6.404/1976, que estabe-
lece que os direitos e títulos de crédito, como exemplo pode se dizer dos empréstimos efetuados, 
ou vendas a prazo para clientes e quaisquer valores mobiliários não classificados como investi-
mentos em outras empresas, serão avaliados pelo valor justo (o que o mercado está disposto a 
pagar) ou pelo custo de aquisição.
Caso o valor dos bens constantes no ativo imobilizado seja considerado defasado, a Lei 6.404/76 
estabelece, também, que pode haver uma reavaliação desses ativos, sendo o valor da reavalia-
ção do ativo imobilizado a diferença entre o valor líquido contábildo bem e o valor de mercado, 
com base em laudo técnico elaborado por três peritos ou entidade especializada. 
Contudo pode se afirmar que a reavaliação é a adoção do valor de mercado para os bens rea-
valiados, em substituição ao princípio do registro pelo valor original. 
Os ativos da empresa, tanto aqueles com vida útil definida ou não, devem ser avaliados perio-
dicamente pelo teste de impairment, que na prática é a mensuração dos ativos que geram be-
nefícios presentes e futuros. O impairment é o instrumento utilizado para adequar o ativo a sua 
real capacidade de retorno econômico. Sendo aplicado em ativos fixos (ativo imobilizado), ativos 
10 Laureate- International Universities
Teoria da contabilidade
de vida útil indefinida (goodwill), ativos disponíveis para venda, e investimentos em operações 
descontinuadas.
4.2 Mensuração e avaliação do passivo
O patrimônio das empresas é composto por bens, direitos e obrigações. Por sua vez, estes bens 
e direitos são classificados no grupo intitulado ativo, enquanto as obrigações são classificadas 
no passivo. As obrigações também podem ser chamadas de exigibilidades, podendo ser próprias 
ou de terceiros. E qual a diferença entre elas? As obrigações próprias são aquelas oriundas de 
relação existente entre os sócios e a organização. Quer ver um exemplo? O momento em que os 
sócios integralizam o capital social, e que surgem recursos para que a empresa possa executar 
as suas atividades, porém a classificação da conta capital social no passivo seria um lembrete, 
a todo momento, de que aquele capital que foi investido é dos sócios e que a empresa existe 
graças a eles e, em um anseio de ampliar as suas próprias riquezas, viram uma oportunidade 
nessa personalidade jurídica. 
Durante muito tempo, os passivos foram considerados contrapartida dos ativos. Quando não 
havia débito, não havia crédito. Para que existisse um crédito, era necessário existir um débito 
correspondente, ou seja, para que houvesse uma conta a pagar, primeiramente, era comprado 
um bem, e quando era feita uma aquisição de recursos junto ao mercado, nesse caso, um em-
préstimo só era registrado como dívida quando se lançava a aplicação desse recurso. Somente 
após isso resultava um passivo a pagar. Os créditos sempre vinham depois dos débitos. Porém, 
as circunstâncias têm forçado uma mudança importante de atitude: com o passar do tempo, os 
passivos assumiram sua posição de direito como medidas diretas de obrigações de empresas.
Algumas circunstâncias, tais como o reconhecimento da magnitude e o crescimento das obriga-
ções econômicas decorrentes de reestruturação societária, as crescentes obrigações decorrentes 
de benefícios de aposentadorias, os prêmios de milhagem de voos, os arrendamentos mercantis, 
e a existência de novos tipos de passivos (a votação do Código Florestal, no dia 25 de maio de 
2012), motivaram uma importante mudança nessa relação. 
O aumento da diversidade de passivos tem sido alimentado, em parte, pelo uso de operações 
alavancadas em processo de reestruturação societária, mais especificamente em casos de fusões 
e aquisições. A PriceWaterhouse Cooper (PwC) faz levantamentos anuais sobre o assunto, con-
forme gráfico a seguir: 
Figura 1 – Transações referentes à reestruturação societária, 2003/2015.
Fonte: PwC, 2015.
11
De acordo com o Relatório da PwC e este gráfico, podemos observar que, no ano de 2015, 114 
transações de reestruturação societária foram concluídas, um número inferior à média apresen-
tada entre os anos de 2011 a 2014. Importante ressaltar que, no período compreendido entre 
os anos de fevereiro de 2014 e fevereiro de 2015, a desvalorização da moeda brasileira, com-
parada com a moeda americana, pode ser entendida como uma vantagem para os investidores 
internacionais, porém, as incertezas do mercado brasileiro e a instabilidade política foram fatores 
de redução de credibilidade e, consequentemente, na redução dos volumes de fusões, cisões e 
incorporações.
4.2.1 Mensuração dos passivos
Os passivos são as obrigações assumidas diante dos credores sendo eles de terceiros ou pró-
prios, e de acordo com SFAC.6 (1986), passivos são prováveis porque podem ou não acontecer, 
sacrifícios futuros de benefícios econômicos decorrentes de obrigações presentes de uma dada 
entidade, quanto à transferência de ativos ou prestação de serviços a outras entidades no futuro, 
em consequência de transações ou eventos passados. Nesse conceito, é possível dimensionar os 
seguintes quesitos: 
•	 os sacrifícios futuros são obrigações presentes que, em determinado momento, deverão 
ser pagas;
•	 estes sacrifícios serão financeiros;
•	 as obrigações presentes são como um dever ou responsabilidade de agir ou desempenhar 
determinada tarefa;
•	 a transferência de ativos ou prestação de serviço seriam o sacrifício propriamente dito, 
sendo formas de liquidação do passivo ora assumido;
•	 transações ou eventos passados deixa bem claro que as ações já foram efetuadas.
Como exemplo da situação acima citada, imagine que a “Cia Automais Ltda.” no ato do inves-
timento dos sócios no capital social, no valor de R$ 1.000.000,00 está assumindo junto aos 
sócios a obrigação de, no futuro, reembolsá-los, ou seja haverá um sacrifício financeiro futuro, 
de ordem financeira.
Segundo o CPC (2011), passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos 
passados, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos da entidade capazes de 
gerar benefícios econômicos. A obrigação presente caracteriza-se por evidência disponível de 
que é mais provável de que vai existir, surgem em decorrência de uma necessidade da empresa 
e não possuir dinheiro para tal aquisição, estas obrigações são advindas de eventos passados, 
visto que as obrigações são criadas quando a entidade não tem outra alternativa, senão liquidar 
a obrigação, gerada por meio evento passado, seja por imposição ou pelo fato de o mesmo criar 
expectativas válidas em terceiros, dada a prática da empresa.
Por fim, e não menos importante, destacamos o conceito de Iudícibus (2009), em que trata o pas-
sivo como sinônimo de exigibilidades, ressaltando que, em um sentido mais amplo, estaríamos 
nos referindo a todas as contas de saldo credor, constantes no lado direito do balanço patrimo-
nial. Esta é uma definição mais condizente e óbvia, que concorda com os conceitos básicos de 
Contabilidade, deixando clara a noção de que exigibilidades são passivos, que ocupam o lado 
do Balanço Patrimonial, representativo das contas credoras.
Em atenção ao CPC (2011), um requisito essencial para a existência de um passivo é que a 
entidade tenha uma obrigação presente, ou seja, um dever ou responsabilidade de agir ou fazer 
de certa maneira, podendo ser legalmente exigíveis em consequência de um contrato ou de re-
quisitos estatutários, sendo normalmente as contas a pagar por mercadorias e serviços recebidos. 
12 Laureate- International Universities
Teoria da contabilidade
As obrigações surgem também de práticas comuns de negócios, usos, costumes e o desejo de 
manter boas relações comerciais ou agir de maneira equitativa.
Conforme apresentamos anteriormente, as obrigações presentes têm liquidação certa, uma vez 
que foram assumidas por meio de compromisso, assim, gerando uma responsabilidade de existir 
sacrifícios futuros, neste caso, a transferência de ativos para que as obrigações sejam liquidadas, 
sendo consideradas, portanto, como obrigações realizadas.
Segundo Hendriksen e Van Breda (2012), essas características são, na verdade, combinações 
complexas de várias condições distintas, por exemplo, a obrigação presente, quando oriunda de 
despesas referentes ao próximo exercício, não pode ser considerada como passivo do exercício 
corrente. As obrigações têm que ser entre entidades, exclui o auto seguro de sua propriedade, 
impede que uma empresa crie uma reserva para a aquisição de propriedades futuras. Tendo 
que haver um momento no qual a obrigação será cumprida, não se pode incluiruma obrigação 
inteiramente em aberto como passivo. As obrigações podem ser classificadas em: legais, justas e 
construtivas. Acompanhe-nos para compreender melhor cada uma delas.
•	 A obrigação	legal é derivada de um contrato por meio de termos explícitos ou implícitos. 
Por exemplo: pode ser criada uma obrigação trabalhista, advinda de uma legislação 
específica, nesse caso, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
•	 As obrigações	 justas são resultado de limitações éticas ou morais, sendo que seu 
cumprimento pelas organizações independe de lei. Nesse caso, temos a clara definição 
da questão da consciência de responsabilidade social ou preocupação com a reputação 
da empresa, sendo muito importante na atualidade, uma vez que a preocupação com 
causas ambientais é bastante crescente. Por exemplo: podemos citar a restauração de 
área devastada pela empresa sem instrumento legal que obrigue sua execução. 
•	 As obrigações	construtivas são aquelas resultantes dos costumes e das práticas negociais 
tradicionais. Acontecem quando as empresas, conscientes de sua responsabilidade social, 
estão interessadas em usar todos os meios necessários e disponíveis, visando, assim, 
proporcionar o bem-estar da comunidade na qual estão inseridas. Por exemplo: podemos 
citar a redução de uma contaminação para níveis inferiores aos exigidos pela legislação, 
visto que a empresa considera como sua responsabilidade diminuir tais riscos. Outro 
exemplo bastante atual é o caso do empresário Dan Price. De acordo com informações 
do jornal americano New York Times, o empresário aumentou o salário mínimo de sua 
empresa, localizada nos Estados Unidos, planejando, assim, aumentar o salário de todos 
os seus 120 funcionários. A explicação para tal feito é simplesmente o bem-estar de seus 
empregados. Interessante, não é mesmo?
NÃO DEIXE DE VER...
O professor José Carlos Marion, no vídeo “Aspectos da teoria da Contabilidade”, faz 
uma leitura sobre a teoria e as mudanças da teoria da Contabilidade ao longo do tem-
po. Acesse e compreenda melhor o assunto no link:
<www.youtube.com/watch?v=msnbsAfI188>
Afinal, o que é mensurar? O termo significa determinar a medida, calcular, isto é, um sinônimo 
para a palavra “medir”. Os passivos são mensuráveis, ou seja, podem ser medidos, porém a de-
terminação da medida foge das referências de medição padrão, não sendo medidos em metros, 
hectares e outras unidades de medidas. A mensuração do passivo pode ser feita por meio dos 
seguintes critérios: custo histórico, custo corrente, valor realizável, valor presente e valor justo.
13
Vamos compreender cada um deles melhor? Então, acompanhe-nos!
•	 No custo	 histórico, os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram 
recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos montantes em 
caixa ou equivalentes de caixa que serão necessários para liquidar o passivo no curso 
normal das operações. Ou seja, é o valor propriamente dito da negociação que foi 
efetuada: em caso de contrato, seu valor nominal; em caso de nota fiscal emitida, o valor 
da nota fiscal.
•	 De acordo com o critério custo	corrente, os passivos são reconhecidos pelos montantes 
em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que se espera que seriam necessários 
para liquidar a obrigação se ela fosse quitada na data do balanço. Por exemplo: temos 
o valor atualizado do bem; é como se as dívidas fossem atualizadas para a data de 
fechamento do balanço patrimonial, em que pudessem incorrer acréscimos de valores até 
a data do balanço.
•	 O valor	realizável consiste no valor de realização ou de liquidação, sendo o valor atual 
de mercado. Por exemplo: podemos citar o caso da aquisição de um passivo; o valor 
obtido se na data do balanço patrimonial a obrigação for desfeita.
•	 O	valor	presente refere-se ao valor histórico deduzido os ônus financeiros acrescentados 
na data do acordo. Por exemplo, podemos citar as compras a prazo, visto que em todas 
compras a prazo são adicionadas de custo financeiro; o registro é feito costumeiramente 
pelo valor total da nota fiscal, resultando, assim, em fornecedores. Resumindo: o valor 
presente é o valor total da nota fiscal menos o custo financeiro embutido nessa nota.
•	 O valor	justo refere-se ao valor que um ativo pode ser negociado ou ao valor que um 
ativo possa ser liquidado. Podendo as transações acontecerem entre partes interessadas, 
independentes entre si e com conhecimento do negócio, com ou sem fatores que 
pressionem a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. 
Em resumo, pode-se dizer que o valor justo é o valor que o mercado está disposto a 
pagar pela aquisição de tal bem ou quanto está disposto a receber para que seja paga 
determinada obrigação.
Outra classificação existente para os passivos são os contingentes. Contingência é uma condição 
ou situação em que o resultado final poderá ser favorável ou desfavorável, dependendo, assim, 
de eventos futuros incertos. Em Contabilidade, essa definição se restringe às situações existentes 
à data das demonstrações e informações contábeis, cujo efeito financeiro será determinado por 
eventos futuros que possam ocorrer ou deixar de ocorrer. No caso dos passivos, contingentes 
não devem ser registrados, porque são obrigações consideradas possíveis, visto que ainda há 
de ser confirmado se a entidade tem ou não uma obrigação presente que possa conduzir a uma 
saída de recursos que incorporam benefícios econômicos. Somente quando estiver efetivamente 
assegurada a sua obtenção é que devem ser reconhecidos contabilmente.
4.3 Avaliação do passivo
De acordo com a Lei 6.404/76, os elementos que compõem o passivo serão avaliados confor-
me os seguintes critérios: as obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive 
imposto sobre a renda a pagar, com base no resultado do exercício, serão computados pelo 
valor atualizado até a data do balanço e as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de 
paridade cambial, serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do 
balanço.
14 Laureate- International Universities
Teoria da contabilidade
4.4 Mensuração e avaliação do patrimônio e 
de resultados
As receitas são o fluído vital da empresa e, na prática, a mensuração, o reconhecimento e o 
registro de receitas decorrem de definições comumente associadas a procedimentos contábeis 
específicos. Muitos autores recorrem a definições de receitas que não estão ligadas a uma defini-
ção de lucro. Em lugar disso, apoiam-se em variações de ativos e passivos. O resultado é que o 
lucro tende a decorrer de definições de receita e despesa, e não o contrário. Assim, de um ponto 
de vista teórico, o reconhecimento de receitas e despesas tende a obedecer à prática usual, e não 
à prática ideal, para não falar da teoria. As empresas têm frequentemente feito uso das defici-
ências de definições para apresentar cifras discutíveis a título de receitas, inflacionando o lucro.
Tal como o termo receita, a despesa também é um conceito de fluxo. Porém, representa as va-
riações desfavoráveis dos recursos da empresa. Dessa forma, as despesas são os custos assu-
midos para gerar receitas. Contudo, frequentemente é difícil determinar uma associação entre 
receitas e despesas, de modo que diversas regras relativamente arbitrárias são utilizadas para 
reconhecimento das despesas. O resultado é comumente utilizado como medida de performance 
da empresa, tais como: o retorno do investimento ou o resultado por ação. Os elementos direta-
mente relacionados com a mensuração do resultado são as receitas e as despesas. De maneira 
análoga, as empresas têm encontrado brechas com as quais evitam incluir certos itens, como 
despesa de determinado exercício, assim, inflacionando seu lucro.
No passado, as discussões sobre a elaboração de demonstrações úteis para tomada de decisão 
resultou em duas abordagens, apresentadas no SFAC 6: ativos-passivos (direto) e receitas-
despesas (indireto). Em funçãodas deficiências de interpretação do método indireto, o enfoque 
ativos-passivos prevaleceu, nos pressupostos de que garantia o cumprimento dos objetivos da 
Contabilidade.
Pergunta: Sabendo que o ativo ocupa o lado positivo do balanço patrimonial e o pas-
sivo o lado negativo, como se obtém uma situação líquida positiva? E uma situação 
líquida negativa? E uma situação líquida neutra?
Resposta: 
Situação líquida positiva: quando ativo > passivo
Situação líquida negativa: quando ativo < passivo
Situação líquida neutra: quando ativo = passivo
NÓS QUEREMOS SABER!
À medida que uma boa evidenciação dos elementos constitutivos do patrimônio líquido possa 
auxiliar no discernimento dos interesses dos usuários, a principal finalidade das demonstrações 
contábeis estará sendo cumprida. Isto é, ajudar o investidor a avaliar a continuidade do negó-
cio. Nesse sentido, o capital residual que é resultante da abordagem ativos-passivos remete à 
definição de patrimônio líquido, tendo efeitos importantes sobre mensuração, reconhecimento e 
manutenção dos elementos do patrimônio das empresas. 
15
De acordo com a Lei 6.404/76, o patrimônio líquido é composto pelo capital social, pelas reser-
vas de capital, pelos ajustes de avaliação patrimonial, pelas reservas de lucros, pelas ações em 
tesouraria e pelos prejuízos acumulados. Importante salientar que não existe uma forma de men-
surar as reservas, uma vez que, conforme abordado anteriormente, os critérios de mensuração 
dos itens que compoem o patrimônio líquido são, na verdade, as mesmas bases de mensuração 
do ativo e passivo.
O capital social corresponde ao investimento dos acionistas, podendo este ter sido em espécie 
ou em bens. As reservas de capital correspondem à contribuição dos investidores que ultrapassar 
o valor nominal das ações, ou seja, o ágio existente no valor de uma ação é classificado como 
reserva de capital.
Os ajustes de avaliação patrimonial são a conta que tem a função de receber os valores que 
pertencem ao patrimônio da entidade e que tiveram seus valores revistos, ou seja, as correções 
dos valores de ativos e passivos em relação ao valor justo.
As reservas de lucros são constituídas pelos lucros obtidos no decorrer das atividades da empre-
sa, retidos com finalidade específica com base nos critérios estabelecidos, sendo feita a transfe-
rência da conta lucros ou prejuízos acumulados para as respectivas reservas.
Ações em tesouraria são àquelas emitidas por uma companhia e que foram posteriormente rea-
dquiridas no mercado pela mesma companhia. Os motivos para tal fato são diversos, podendo 
ser como forma de obter ações para os programas de incentivo de empregados ou para serem 
dadas na forma de proventos aos acionistas da empresa, ou até mesmo para revende-las no 
futuro, ou seja, esperando um melhor momento de avaliação das ações para que assim esta seja 
melhor avaliada e vendida.
Os lucros ou prejuízos acumulados representam os resultados acumulados obtidos decorrentes da 
atividade da empresa. Quando lucros foram retidos sem finalidade específica e quando prejuízo 
estão à espera de absorção futura, ou seja, caso o resultado seja positivo é feito a composição 
das reservas caso negativo, este valor fica sob controle até acontecer uma absorção específica.
4.4.1 Receitas
As receitas representam produtos da empresa, medidas pela quantidade de novos ativos que são 
recebidos dos clientes, por meio do pagamento resultante das vendas dos produtos da empresa. 
Por meio delas, é possível distinguir as atividades produtoras de riqueza da empresa (atividades 
próprias tais como venda de mercadorias), das transferências inesperadas de riqueza decorrentes 
de doações ou eventos imprevistos, sendo esses eventos e transações de caráter significativamen-
te diferente das atividades típicas ou usuais da entidade, os quais não devem ocorrer frequen-
temente nem serem considerados fatores recorrentes na avaliação do processo operacional da 
empresa. Como exemplo, tem-se a venda de determinado bem, aquele que um dia foi útil nas 
atividades empresariais e na atualidade apenas ocupa espaço.
Todas as atividades, sejam relacionadas ou não às atividades produtoras de riqueza da empresa, 
seriam incluídas na categoria geral de receita, resultando, assim, em uma visão mais abrangente 
das receitas. O critério de que ela deve ser medida pelo valor presente do dinheiro ou do equiva-
lente monetário a ser finalmente recebido pressupõe que as devoluções de vendas, os descontos 
concedidos aos clientes e outras reduções do preço faturado (impostos sobre as vendas) devem 
ser traduzidos da receita resultante de transações específicas, dessa forma, devem ser tratados 
como as reduções de receita e não como despesa.
Quando os bens ou serviços forem objeto de troca ou permuta por bens ou serviços de natureza 
e valor semelhantes, a troca não é vista como transação que gera receita. Por outro lado, quando 
os bens são vendidos ou os serviços são prestados em troca de bens ou serviços não semelhan-
tes, tais trocas são vistas como transações que geram receita. Vejamos um exemplo: citações 
16 Laureate- International Universities
Teoria da contabilidade
envolvendo petróleo ou leite em que os fornecedores trocam ou realizam permuta de estoques 
em vários locais para satisfazer a procura.
A maior parte das mensurações contábeis baseia-se em fluxos de caixa passados, presentes ou 
esperados. As receitas são, geralmente, medidas em termos do valor líquido de numerário que 
se espera receber em função da venda de bens ou da prestação de serviços. Uma vez que a 
receita é uma parte do lucro, as regras de reconhecimento de receitas fazem parte das regras de 
reconhecimento do lucro. 
Ainda com relação às receitas, a determinação de quando foi obtida e realizada é essencial, 
portanto, para o entendimento de quando o lucro deve ser reconhecido. Um item deve ser reco-
nhecido como receita de uma empresa quando é parte do produto da organização, quando pode 
ser medido, quando possui valor preditivo ou valor como feedback, e quando pode ser verificado 
com precisão. Ainda, as regras gerais de reconhecimento em Contabilidade dizem que o item 
deve corresponder à definição do elemento e ser mensurável, relevante e confiável.
4.4.2 Despesas
De acordo com o SFAC 6, as despesas são saídas ou outros usos de ativos ou ocorrências de 
passivos (ou ambos) para entrega ou produção de bens, prestação de serviços ou realização de 
outras atividades que representem as principais operações em andamento da entidade. As recei-
tas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de entrada 
de recursos, ou aumento ou diminuição de passivos que resultam em aumentos do patrimônio 
líquido e não se confundem com os que resultam de contribuições dos proprietários da entida-
de. Por outro lado, as despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período 
contábil sob a forma de saída de recursos, ou redução de ativos, ou existência de passivo que 
resultam em decréscimo do patrimônio líquido e não se confundem com os que resultam de dis-
tribuições dos proprietários da entidade.
Ao falar de despesas, é importante falar em perdas, sendo estas as reduções de ativos líquidos, 
originadas de transações periféricas, aquelas que acontecem fora do ambiente da empresa, tais 
como a incidência de uma multa ou incidentais, aquelas envolvidas nas atividades de uma enti-
dade, como exemplo pode se citar a quebra de uma peça e de todas as outras transções, eventos 
ou circunstâncias que afetam a entidade. As perdas representam outros itens que se enquadram 
na definição de despesas e podem ou não surgir no curso das atividades ordinárias da entidade, 
representando decréscimos nos benefícios econômicos e, como tal, não são de natureza diferen-
te das demais despesas.
De acordo com Silva e Niyama (2011), podemos afirmar que a diferença básica entre receitas 
e perdas consiste no seguinte: por meio das despesas, temos a obtenção de receita,estando 
estritamente vinculadas, enquanto que as perdas, em sua essência, não geram benefício futuro e 
não estão vinculadas à receita. Por fim, é importante destacar que é preciso distinguir despesas 
e reduções de receitas. 
As devoluções, os descontos e as perdas com clientes devem ser tratados como reduções da 
receita bruta, e não como despesas. No entanto, nenhum deles representa o uso de bens ou 
serviços para gerar receitas; cada um representa uma redução do valor a ser recebido em troca 
do produto. De forma geral, podemos dizer que o grande fato gerador de despesa é o esforço 
continuado para produzir receita, já que tanto despesa é consequência de receita, como receita 
pode derivar de despesa, ou melhor dizendo, a receita futura pode derivar de gastos passados 
ou correntes (futuros).
Pensemos na seguinte situação: certa empresa adquiriu 10 camisetas pelo valor de R$ 210,00, e 
vende os itens para o cliente Xpela quantia de R$ 300,00 à vista. Como a venda foi à vista, ele 
17
concedeu desconto de 10%. Diante disso, registra-se como vendas o montante de R$ 300,00; 
como deduções da receita o desconto concedido no valor de R$ 30,00; e como custo de mer-
cadoria vendida, o valor de R$ 210,00. Dessa forma, a empresa obteve o lucro de R$ 60,00 
(300-30-210).
4.4.3 Patrimônio líquido
De acordo com Tostes (2009), o patrimônio líquido está diretamente relacionado com os elemen-
tos da equação patrimonial. Em uma formulação geral, a soma do ativo representa o patrimônio 
dos financiadores do ativo. Patrimônio líquido é o valor residual dos ativos da entidade, depois 
de deduzidos todos os seus passivos. Em uma empresa, o patrimônio líquido é o Direito do Pro-
prietário.
Iudicibus (2010) relaciona que o patrimônio líquido contém elementos que constituem os iin-
teresses residuais em casos de liquidação; os interesses em participar em distribuição de divi-
dendos e fluxos de caixa; os direitos de participação no patrimônio líquido de uma entidade em 
continuidade, com direito de venda ou aumento de sua participação.
Quando o empresário diz que o “patrimônio de minha empresa” é de dez milhões de reais, ele 
quer dizer o “ativo de minha empresa” é de dez milhões de reais. Ativo e patrimônio são usados 
como sinônimos. “Meu patrimônio na empresa” é de dez milhões: podemos interpretar como o 
capital que ele tem investido na empresa é de dez milhões. Nesse caso, patrimônio significa a 
parcela de capital que o investidor considera como seu direito de propriedade.
As principais fontes do patrimônio líquido são: os valores pagos por acionistas; o excesso de lu-
cro líquido sobre dividendos pagos (reservas); os valores resultantes de reavaliações e correções 
de ativos; as doações para investimentos realizados por terceiros. O patrimônio líquido pode ser 
representado graficamente da seguinte forma:
Patrimônio
líquido
Capital Capitalsocial
Reservas
de capital
Reservas
de lucros
Reservas
Ajustes de avaliação
patrimonial
Ações em
tesouraria
Prejuízos
acumulados
Figura 2 – Demonstração gráfica do patrimônio líquido.
Fonte: Iudicibus, 2009.
18 Laureate- International Universities
Teoria da contabilidade
4.5 Tópicos especiais em mensuração dos 
ativos
O ativo é dividido em circulante e não circulante, sendo que, no Não circulante, são classificados 
os bens e direitos realizáveis em prazo superior ao exercício seguinte. Estes bens são classificados 
em três subgrupos: investimentos, imobilizado e intangível. Acompanhe-nos para conhecê-los 
melhor.
O ativo	 imobilizado	 é formado pelo conjunto de bens necessários para a manutenção das 
atividades da empresa, caracterizados por apresentarem-se na forma tangível, isto é, palpável 
(edifícios, máquinas, equipamentos, veículos, entre outros), abrangendo, também, os custos das 
benfeitorias realizadas em bens locados ou arrendados. No imobilizado, ainda são classificados 
os recursos aplicados ou já destinados à aquisição de bens de natureza tangível, mesmo que 
ainda não em operação, tais como: construções em andamento, importações em andamento etc. 
sejam mantidos por uma entidade para uso na produção ou na comercialização de mercadorias 
ou serviços, para locação, ou para finalidades administrativas; tenham a expectativa de serem 
utilizados por mais de 12 meses; exista a expectativa de auferir benefícios econômicos em decor-
rência da sua utilização; e que possa o custo do ativo ser mensurado com segurança.
Os ativos imobilizados são passíveis de depreciação e, para que você saiba mais so-
bre o assunto, Leia este material intitulado “A depreciação segundo os critérios da Lei 
11.638/2007”. Disponível em: <www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/depre-
ciacao_lei11638.htm>.
NÃO DEIXE DE LER...
Quais contas compõem o grupo imobilizado? Imóveis que fazem parte da empresa e que podem 
ser utilizados para o desenvolvimento das atividades necessárias, assim como os terrenos de 
uso da empresa. As edificações, isto é, as construções de uma forma geral, por exemplo, casas, 
prédios, viadutos e indústrias também estão no grupo imobilizado. Resumindo: é uma forma ge-
nérica de se referir às construções. As máquinas e equipamentos são aqueles que a empresa usa 
para desenvolver as suas atividades. 
Vejamos o exemplo de uma padaria, onde o padeiro precisa usar as máquinas de fazer pães 
em grande escala para desenvolver o produto que venderá. Os móveis e utensílios são aqueles 
usados na empresa, como as mesas e cadeiras da sala da administração, os utensílios de uma 
empresa de restaurante (garfos, facas, pratos, colheres), entre outros. Os veículos são os carros, 
motos, camionetes, caminhões etc. que são usados para o desenvolvimento da organização, 
seja para entrega de produtos, deslocamento dos funcionários e para qualquer outra atividade 
da empresa. As ferramentas compreendem qualquer instrumento utilizado para a realização de 
determinados trabalhos. Servem para facilitar a realização de uma tarefa mecânica que requer o 
uso de força. Como exemplo, temos as chaves de fenda, alicate, martelo, entre outros.
Como calcular o custo de um bem do imobilizado?
É preciso considerar: 
•	 o preço de compra; 
•	 (+) impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra; 
19
•	 (-) descontos comerciais e abatimentos;
•	 (+) custos diretamente atribuíveis para instalar e colocar o ativo em condições operacionais 
para o uso pretendido.
Como exemplos de custos diretamente atribuíveis existem os custos com empregados, incluindo 
todas as formas de remuneração e encargos proporcionados por uma entidade a seus funcio-
nários ou a seus dependentes originados diretamente da construção ou da aquisição do item do 
imobilizado; o custo da preparação do local; o custo de entrega inicial e manuseio; o custo de 
instalação e montagem; o custo de testes para verificação do funcionamento do bem, deduzido 
das receitas líquidas obtidas durante o período de teste, tais como amostras produzidas quando 
o equipamento era testado; e os honorários profissionais. 
Importante salientar que o custo estimado para desmontar e remover o ativo, deve considerar 
a restauração o local no qual na qual o bem estava instalado, permitindo assim que este es-
paço seja utilizado novamente. Por fim, o custo de um bem do imobilizado é o preço pago ou 
equivalente na data da aquisição. Os encargos financeiros de empréstimos e financiamentos de 
terceiros para a construção ou montagem de bens do imobilizado devem ser capitalizados até o 
momento em que o bem estiver em condições de operação.
Os bens corpóreos registrados no ativo imobilizado são passiveis de depreciação. O que signi-
fica isso? Corresponde ao encargo periódico que determinados bens sofrem seja por uso, obso-
lescência ou desgaste natural. A taxa anual de depreciação de um bem será fixada em função do 
prazo, durante o qual se possa esperar utilização econômica. 
A quota de depreciação a ser registrada na escrituração contábil da pessoa jurídica, como custo 
ou despesa operacional, serádeterminada mediante a aplicação da taxa de depreciação sobre 
o valor do bem em reais. É importante observarmos que o limite de depreciação é o valor do 
próprio bem. Dessa forma, deve-se manter um controle individualizado por bem, do tipo “ficha 
do imobilizado” ou “planilha de item do imobilizado”, para que o valor contabilizado da depre-
ciação somado às quotas já registradas anteriormente não ultrapasse o valor contábil do respec-
tivo bem. Como exemplo, citamos uma empresa que possui um veículo para uso comercial, de 
acordo com critérios estabelecidos pela Receita Federal do Brasil, por meio da IN SRF 162, de 
1998, que diz que a vida útil dos veículos é de quatro anos, contudo seu percentual de deprecia-
ção é de 25% ao ano (100% dividido por 4 pela vida útil). Ou seja, ao longo de o anos o veículo 
estará totalmente depreciado. Em termos numéricos, caso este veículo tenha sido adquirido por 
R$ 100.000,00, vai ser depreciado em R$ 25.000,00 ao ano e, ao longo de quatro anos, será 
totalmente depreciado.
O ativo	investimentos são as participações em caráter permanente em outras empresas, assim 
como os direitos de qualquer natureza que não são classificados no ativo circulante e que não 
se destinem à manutenção da atividade da empresa investidora. Com relação aos investimentos, 
é importante destacar o que seria influência significativa, que pode ser entendido como o poder 
de participar nas decisões de políticas financeiras e operacionais da investida, sem controlar de 
forma individual ou conjunta essas políticas. Portanto, em casos em que os investimentos efetu-
ados em participações societárias representem percentual acima de 20% do patrimônio líquido 
das entidades investidas, há a existencia de influência significativa.
E o que são bens intangíveis? São os bens que não podem ser tocados ou vistos, já que são incor-
póreos, isto é, não têm corpo. Eles possuem valor econômico, mas carecem de substância física 
(material), tendo o valor patrimonial nos direitos de propriedade imaterial que são conferidos a 
seus possuidores. De acordo com o inciso VI do artigo 179 da Lei 6.404/76 (incluído pela Lei 
11.638/2007), as contas no intangível serão classificadas da seguinte forma: "Os direitos que 
20 Laureate- International Universities
Teoria da contabilidade
tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com 
essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.”
Por meio do CPC, foi aprovado o CPC 04, que trata de ativos intangíveis. Essa norma diz que as 
entidades devem seguir as novas definições para o novo tratamento contábil dos ativos intangí-
veis, assim como seguir os critérios para seu o reconhecimento e mensuração, além de analisar e 
efetuar as divulgações específicas referentes a esses ativos. O que isso significa na prática? Que 
a empresa deve reconhecer um ativo intangível somente se determinados critérios forem atendi-
dos, além de especificar como devem ser avaliados e quais são as divulgações necessárias para 
esse novo subgrupo do ativo. É importante saber que o intangível passou a existir e fazer parte 
do balanço patrimonial com a chegada da Lei 11.638/2007.
O livro Avaliação dos ativos intangíveis dos autores Jose Luiz dos Santos e Paulo Shi-
midt,. Nele, os autores discorrem sobre vários aspectos de itens do ativo, tais como: 
avaliação de ativos intangíveis, goodwill, capital intelectual, marcas e patentes, pro-
priedade intelectual, pesquisa e desenvolvimento.
NÃO DEIXE DE LER...
O maior exemplo de bem intangível é o goodwill, que pode ser definido como o capital intelec-
tual das organizações, surgido, na maioria das vezes, em função da aquisição de uma empresa 
por outra. O goodwill é normalmente a diferença entre o que uma empresa paga para adquirir 
outra e o valor patrimonial dessa mesma empresa. Podemos afirmar que o goodwill é o reflexo 
do valor intangível de uma empresa que se consubstancia, por exemplo, no valor da sua marca, 
na sua carteira de clientes, nos seus recursos humanos, o ponto onde é estabelecida, entre outras 
características, que podem, assim, agregar valor àquela empresa. Vejamos o exemplo de uma 
empresa que tenha um capital próprio (valor patrimonial) reduzido, mas que tenha uma carteira 
de clientes muito vasta ou inovações tecnológicas no seu processo produtivo, que lhe permitam 
antever um grande crescimento. Então, dizemos que elaterá um grande goodwill.
De acordo com Cavalcanti (2012), os ativos intangíveis são usados na manutenção dos negó-
cios e diferenciam-se do imobilizado por não terem existência física, além do goodwill. Outros 
exemplos de intangível são as marcas (aquisição de marca de um produto bastante conhecido no 
mercado) e patentes (fórmulas de novos produtos); os gastos de organização; os direitos autorais 
de livros, revistas e produções artísticas; licenças para empresas de telecomunicações; direitos 
de concessão ou explorações de serviços de água, esgoto, eletricidade e transporte de jazidas de 
petróleo ou de minas; e os gastos com pesquisa e desenvolvimento de novos produtos.
O patrimônio das empresas tem sua mensuração e avaliação fundamentada na Lei 6.404/76, 
que estabelece a classificação nos grupos de controle (ativo e passivo) e resultado (receita e 
despesa). No decorrer das atividades da empresa, esses grupos interagem entre si de forma a 
maximizar o patrimônio dos sócios. O capital social, aquele originado no investimento efetuado 
pelos sócios no início das atividades, é aplicado em bens, direitos e obrigações, de forma que, 
dependendo da dinâmica apresentada no texto na elaboração do balanço patrimonial e da de-
monstração do resultado do exercício, tem-se o resultado para aquele período apurado. Caso 
as receitas sejam superiores às despesas, o resultado é positivo, ou seja, representa que houve 
lucro. Se ocorrer o inverso, o resultado é negativo, então temos prejuízo.
21
Síntese
Neste capítulo, você pôde compreender que:
•	 a Contabilidade é uma ciência social aplicada, que registra e informa as mutações 
ocorridas no patrimônio de pessoas físicas e jurídicas. 
•	 a mensuração é uma das principais técnicas utilizadas, a qual consiste em traduzir 
monetariamente o valor econômico dos itens componentes do patrimônio das organizações.
•	 o balanço patrimonial é composto por ativos, passivos e patrimônio líquido.
•	 o ativo é a parte positiva da posição patrimonial, identificando em que os recursos foram 
aplicados.
•	 o passivo é a parte negativa do balanço patrimonial. Nele constam as obrigações, também 
chamadas de exigibilidades, podendo ser próprias ou de terceiros. 
•	 as obrigações próprias são aquelas oriundas de relação existente entre os sócios e a 
organização. Por outro lado, as obrigações para com terceiros são aquelas assumidas 
no decorrer da atividade empresarial com os fornecedores, com as instituições bancárias, 
governo e outros credores. 
•	 as receitas são transferências resultantes de ingressos nas empresas provenientes das 
atividades operacionais das organizações. 
•	 as despesas são decréscimos nos benefícios econômicos, durante o período contábil, sob 
a forma de saída de recursos, redução de ativos ou existência de passivo, que resultam 
em decréscimo do patrimônio líquido, e não se confundem com os que resultam de 
distribuições dos proprietários da entidade.
Síntese
22 Laureate- International Universities
Referências
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Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm>. Aces-
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