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Exercício Avaliativo 2

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28/03/2020 Exercício Avaliativo 2
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Painel / Meus cursos / Gestão e Fiscalização de Contratos Administrativos / Módulo 2 - Contrato Administrativo
/ Exercício Avaliativo 2
Iniciado em domingo, 29 mar 2020, 00:14
Estado Finalizada
Concluída em domingo, 29 mar 2020, 00:33
Tempo
empregado 19 minutos 24 segundos
Notas 6,00/10,00
Avaliar 18,00 de um máximo de 30,00(60%)
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28/03/2020 Exercício Avaliativo 2
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Questão 1
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Acerca dos prazos de duração dos contratos, marque a alternativa correta.
 
a. Os prazos de duração dos contratos de natureza continuada poderão ter suas vigências
prorrogadas por iguais e sucessivos períodos, até o limite de 60 meses, findo os quais, em
hipótese alguma, poderão ser novamente prorrogados.
b. As obras contempladas em projetos de programas constantes do Plano Plurianual poderão
ser prorrogados além do exercício financeiro em que foram iniciadas, desde que essa
prorrogação tenha sido prevista no instrumento convocatório.  Essa é a resposta correta. A
regra geral dos contratos administrativos impõe que a vigência dos ajustes coincida com os
créditos orçamentários, mas as obras que integram os programas constantes dos Planos
Plurianuais constam das exceções a essa regra, conforme inciso I, do art. 57, da Lei
8.666/1993.
c. Os contratos de aluguel de equipamentos de informática estão dentre as exceções do art.
57, da Lei 8.666/1993, razão pela qual a vigência desses contratos não está adstrita ao
respectivo crédito orçamentário, podendo ser prorrogados por até 60 meses.
d. A possibilidade de prorrogação da vigência de um contrato administrativo atende ao
critério qualitativo, ou seja, depende do objeto do ajuste, podendo variar de um mínimo de 12
meses até os de prazo indeterminado, sempre com vistas à obtenção das melhores condições
de execução.
e. Os prazos de todos os contratos administrativos devem coincidir com o dos créditos
orçamentários das despesas incorridas por esses contratos
Os prazos de vigência dos contratos administrativos estão disciplinados no art. 57 da Lei
8.666/1993, devendo-se atentar para as quatro exceções à regra geral quanto à vinculação aos
créditos orçamentários (incisos I a V)*:
             - projetos com produtos contemplados no Plano Plurianual (PPA)
             - serviços de natureza continuada
             - aluguel de equipamento e utilização de programas de informática
             - material de segurança e defesa nacional, inovação e complexidade                    
 tecnológica
                     * o inciso III foi vetado quando da sanção da Lei
Esses créditos são condições para a contratação pública, ou seja, não se pode sequer licitar sem
que se tenha os recursos orçamentários necessários para cobrir as despesas decorrentes da
contratação. Os créditos orçamentários são definidos e fixados na lei orçamentária anual (LOA) que
tem vigência coincidente com o ano civil, que vai de 1º de janeiro a 31 de dezembro.
Assim, a regra é que os contratos devem respeitar a mesma vigência do crédito orçamentário que
irá 'cobrir' as despesas decorrentes da contratação, daí o que a Lei chamou de vinculação (adstrito)
aos respectivos créditos orçamentários.
Para os contratos decorrentes das situações elencadas nos incisos I, II, IV e IV a Lei abriu exceções,
disciplinando os prazos de vigência de acordo com suas peculiaridades ou necessidades.
Gabarito: As obras contempladas em projetos de programas constantes do Plano Plurianual
poderão ser prorrogados além do exercício financeiro em que foram iniciadas, desde que essa
prorrogação tenha sido prevista no instrumento convocatório.
Essa é a resposta correta. A regra geral dos contratos administrativos impõe que a vigência dos
ajustes coincida com os créditos orçamentários, mas as obras que integram os programas
constantes dos Planos Plurianuais constam das exceções a essa regra, conforme inciso I, do art.
57, da Lei 8.666/1993.
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Questão 2
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Das opções abaixo, assinale a alternativa que não é uma característica do contrato administrativo.
 
a. Possibilidade de modificação unilateral de cláusulas
b. Presença de cláusulas exorbitantes
c. Garantia de equilíbrio econômico-financeiro
d. Procedimento legal e forma prescrita em lei
e. Presença de interesses convergentes das partes  Essa é a resposta correta. A presença
de interesses convergentes entre os partícipes é uma característica dos convênios e não dos
contratos. A propósito, esse é um dos principais fatores que os diferencia.
Os contratos administrativos se diferenciam dos contratos em geral pela presença da
Administração Pública em um dos polos da relação. Essa presença os torna peculiares, quando
comparados com os contratos de direito privado, ante o desequilíbrio da relação contratual, no
sentido de dar à Administração prerrogativas inadmitidas se a relação fosse firmada entre
particulares.
As chamadas cláusulas exorbitantes propiciam a aplicação do princípio da prevalência do interesse
público sobre o interesse privado. Isso não significa, no entanto, que a Administração possa atuar
com excesso de poderes, fora dos ditames da lei, ignorando direitos do particular. O maior exemplo
dessa limitação, em que pese a presença das cláusulas exorbitantes é a impossibilidade de
administração alterar unilateralmente cláusulas do contrato, com impacto na relação econômico-
financeiro estabelecida inicialmente, sem recompô-la, pois essa relação deve se manter inalterada
ao longo do contrato, ainda que se tenha ocorrido alterações na quantidade ou qualidade dos
produtos e serviços contratados incialmente pela Administração.
Gabarito: Presença de interesses convergentes das partes
Essa é a resposta correta. A presença de interesses convergentes entre os partícipes é uma
característica dos convênios e não dos contratos. A propósito, esse é um dos principais fatores
que os diferencia.
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Questão 3
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Para fins de prestação do serviço de transporte de servidores, após regular processo licitatório, na
modalidade Tomada de Preços, foi feita a contratação de empresa, para o período de 12 meses (de
janeiro a dezembro), pelo valor mensal de 45 mil reais. O Edital previu a possibilidade de
prorrogação por até 60 meses.
Foi proposta a prorrogação sumária do contrato, por meio de aditivo que teve fundamento no
inciso II, do art. 57, da Lei 8.666/93, que afirma o seguinte: a duração dos contratos ficará
submetida à vigência dos respectivos créditos orçamentários exceto quando relativos à prestação
de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por
iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a
administração, limitada a 60 meses;
Como gestor do contrato, você foi chamado a opinar sobre a regularidade ou não da proposta de
prorrogação sumária. Escolha a alternativa que melhor descreve a boa técnica e de modo a não
cometer irregularidade alguma.
 
a. A prorrogação pode ser feita na forma como foi proposta, pois o serviço é de natureza
continuada, cuja vigência pode se estender até 60 meses.
b. A prorrogação pode ser feita, desde que as condições de execução e de preço se mostrem
ainda vantajosos para a administração, que deverá verificar a compatibilidade dos preços comos praticados no mercado à época da prorrogação.
c. A prorrogação não pode ser feita, pois o valor final da contratação, após a prorrogação,
extrapolará o limite de R$ 650.000,00 da modalidade Tomada de Preços adotada na licitação. 
 A resposta está certa. A escolha da modalidade licitatória que esteja atrelada a valor da
futura contratação deve ser de acordo com o valor total do contrato, já incluída possíveis
prorrogações previstas no edital. No caso em análise, para que a prorrogação sumária pudesse
ser feita, além da vantajosidade da proposta, a licitação deveria ter sido feita na modalidade
Concorrência ou Pregão.
d. A prorrogação pode ser feita, desde que seja pelo mesmo período de 12 meses, bastando
para isso o apostilamento da prorrogação.
e. A prorrogação não pode ser feita, pois a vigência dos contratos administrativos deve estar
adstrita aos correspondentes créditos orçamentários.
Observar que quando a licitação for na modalidade pregão não há a restrição apontada, pois a
escolha da modalidade não está atrelada a valor, mas à contratação de bens e serviços comuns,
como, via de regra, a prestação de serviço de transporte de servidores é considerada.
Assim, para que a vigência do contrato possa ser prorrogada, é preciso verificar se o limite da
modalidade da licitação que precedeu à contratação não será extrapolado, e se a contratação ainda
é vantajosa para a Administração. Observar ainda o limite máximo de prorrogação de 60 meses e a
formalização por meio de aditivo.
Vale reforçar dois conceitos importantes para a melhor compreensão:
Bens e serviços comuns - a Lei os define como "aqueles cujos padrões de desempenho e
qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no
mercado" (parágrafo único, do art. 1º, da Lei 10.520/2002). Já o TCU, na obra Licitações e Contratos.
Orientações e Jurisprudência, esclarece que:"Bem ou serviço será comum quando for possível
estabelecer, para efeito de julgamento das propostas, por intermédio de especificações utilizadas
no mercado, padrões de qualidade e desempenho peculiares ao objeto. O estabelecimento desses
padrões permite ao agente público analisar, medir ou comparar os produtos entre si e decidir pelo
melhor preço."
Serviços de natureza continuada - como vimos em nosso material de estudos, não há uma
definição na Lei 8.666/1993 do que venham a ser exatamente esses serviços, mas a doutrina os
classifica como "aqueles imprescindíveis ao funcionamento das atividades institucionais e que se
interrompidos podem causar a solução de continuidade, a exemplo: limpeza, manutenção elétrica
predial". A Instrução Normativa MPOG 02/2008, traz a seguinte definição de serviços continuados:
são aqueles cuja interrupção possa comprometer a continuidade das atividades da Administração e cuja
necessidade de contratação deva estender-se por mais de um exercício financeiro e continuamente.
O TCU, por meio da Portaria 297/2012, que disciplina a fiscalização dos seus contratos de prestação
de serviços terceirizados de natureza continuada, ao conceituar o contrato de tais serviços (inciso I,
do art. 2º), define os serviços contínuos como "atividades acessórias, instrumentais e complementares".
Gabarito: A prorrogação não pode ser feita, pois o valor final da contratação, após a
prorrogação, extrapolará o limite de R$ 650.000,00 da modalidade Tomada de Preços adotada na
licitação.
A resposta está certa. A escolha da modalidade licitatória que esteja atrelada a valor da futura
contratação deve ser de acordo com o valor total do contrato, já incluída possíveis prorrogações
previstas no edital. No caso em análise, para que a prorrogação sumária pudesse ser feita, além
da vantajosidade da proposta, a licitação deveria ter sido feita na modalidade Concorrência ou
Pregão.
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Questão 4
Incorreto
Atingiu 0,00 de 1,00
Analise a seguinte situação, e assinale a alternativa correta.
Uma empresa de consultoria em engenharia foi contratada pela Prefeitura para fiscalizar uma
obra, pelo período de 18 meses, coincidindo com o prazo de vigência do contrato da obra
fiscalizada. Como houve paralisação dos trabalhos do contrato da obra que estava sendo
fiscalizada no décimo mês, determinada pela Administração, e que durou 5 meses, foi feita
também a prorrogação do contrato de consultoria pelo mesmo período, perfazendo um total de 23
meses de vigência. No período de paralisação da obra, a empresa contratada para fiscalizar
continuou recebendo o valor mensal acordado.
Marque o item que melhor representa o posicionamento técnico sobre a situação descrita neste
enunciado.
 
a. O procedimento foi errado, pois, apesar da possibilidade de prorrogação, acompanhando o
contrato de obra fiscalizado, deveria ter havido também a diminuição ou supressão de
remuneração do contrato de consultoria em face da paralisação da obra.
b. O procedimento foi correto, pois o contrato em questão se refere a um serviço de natureza
continuada, cuja vigência pode se estender até 60 meses.
c. O procedimento foi errado, pois não se admite a alteração do prazo inicialmente pactuado
em contratos de fiscalização de obra.
d. O procedimento foi correto, pois a empresa contratada para fiscalizar não pode ter
prejuízo em razão de um fato de terceiro, no caso, a determinação da Administração para
paralisação da obra.  Essa resposta está errada. Como o contrato de fiscalização tem
escopo próprio, o do tempo de execução do contrato de obra, não deve haver pagamento se
não há a contraprestação de serviço de fiscalização, admitindo-se, porém o pagamento de
estrutura mínima de funcionamento ou desmobilização e mobilização de equipe (devidamente
comprovadas).
e. O procedimento foi errado, pois como o contrato perdurou por 23 meses, implicou em um
acréscimo contratual de 27,8%, inadmitido na legislação, conforme § 1º do art. 65, da Lei
8.666/1993.
Os processos de fiscalização de obras têm a peculiaridade de o seu objeto estar vinculado ao
objeto de outro contrato e com ele se relacionar diretamente, mormente a fruição de prazo de
vigência. E não poderia ser diferente, na medida em que a fiscalização deve ocorrer no mesmo
ritmo que as obras são executadas.
Dessa forma, os contratos de fiscalização, supervisão e gerenciamento de obras devem conter
cláusulas com previsão de diminuição, ou até mesmo suspensão, da remuneração nos casos em
que as obras forem paralisadas, ou caso seu ritmo diminua significativamente.
Essas alterações de prazo e eventuais suspensões de atividades não se configuram alteração do
objeto do contrato, conquanto este continua o mesmo. Logo, não estão sujeitas às regras de
vedação sobre aumento ou redução quantitativo do objeto.
Gabarito: O procedimento foi errado, pois, apesar da possibilidade de prorrogação,
acompanhando o contrato de obra fiscalizado, deveria ter havido também a diminuição ou
supressão de remuneração do contrato de consultoria em face da paralisação da obra.
Essa é a resposta correta. O contrato de fiscalização é acessório e deve acompanhar a vigência
do contrato principal. Na hipótese de paralisação ou diminuição de ritmo das obras, há que se
ajustar o contrato de fiscalização na mesma medida, inclusive quanto aos pagamentos.
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Questão 5
Incorreto
Atingiu 0,00 de 1,00
As cláusulas exorbitantes são uma designação da doutrina para qualificar algumas disposições dos
contratos administrativos, e que são elementos de diferenciação dos contratos de natureza
privada, pois enquanto nestes há o necessário equilíbrio contratual entre as partes, naqueles há
disposições que colocam a Administração Pública contratante em posição de superioridade, com
fundamento no princípio da supremacia do interesse público.
A prerrogativa de fiscalizar os contratos se apresenta como uma dessas cláusulas, cuja decorrência
pode ser, inclusive, a aplicaçãode penalidade ao contratado pela própria Administração
contratante.
Com base no que foi estudado no curso e tomando como referência o texto acima, assinale a
alternativa correta.
 
a. A fiscalização do contrato administrativo é considerada cláusula exorbitante apenas
quando é exercida pelo representante da Administração. Quando exercida pelo preposto da
empresa contratada, ele se regula pela teoria geral dos contratos, expressa no art. 54 da Lei
8.666/1993.
b. Apesar de ser considerada cláusula exorbitante, não há disposição legal que ampare essa
prerrogativa da Administração. Em verdade, a atividade de fiscalizar o contrato é
fundamentada nos princípios da supremacia do interesse público e de sua indisponibilidade. 
 Essa resposta está errada. A fiscalização é uma prerrogativa da Administração
fundamentada em dois dispositivos da Lei 8.666/1993, os arts. 58 e 67.
c. O exercício da competência fiscalizatória dos contratos administrativos é exclusivo da
autoridade máxima do órgão, pois cabe ao representante designado conforme art. 67 da Lei
8.666/1993 atuar em consonância com a delegação a ele concedida.
d. A Lei 8.666/1993 instituiu o regime jurídico aplicável aos contratos administrativos, do qual
se extrai a autorização legal para fiscalizar a execução de contratos dessa natureza.
e. Não há fundamento legal para aplicação de penalidades apoiadas em apontamento do
fiscal do contrato quando este for decorrente de licitação na modalidade pregão, por falta de
disposição legal da Lei 10.520/2002 que instituiu a modalidade.
É dever da Administração acompanhar e fiscalizar o contrato para verificar o cumprimento das
disposições contratuais, técnicas e administrativas, em todos os seus aspectos, consoante o
disposto no art. 67 da Lei 8.666/1993. Acompanhamento e fiscalização de contrato são medidas
poderosas colocadas à disposição do gestor na defesa do interesse público (Licitações e Contratos:
orientações e jurisprudência do TCU).
Além de atender a princípios caros ao Direito Administrativo como os da eficiência, da
economicidade e da vinculação ao instrumento convocatório, a fiscalização dos contratos
administrativos tem comandos expressos na Lei 8.666/1993 sobre os quais não se pode esquivar o
administrador público, sob pena de, não apenas descumprir a Lei, como também e principalmente,
colocar em risco um dos objetivos principais da licitação, que é a obtenção da proposta mais
vantajosa para a Administração.
Até mesmo em face do seu caráter necessário e obrigatório, a fiscalização deve se cercar de
formalidades indispensáveis para que produza os efeitos pretendidos e também que coíba os
nefastos, na execução dos contratos administrativos. Por exemplo, o ato de designação do fiscal
deverá ser ato formal, as ocorrências deverão ser devidamente registradas em documento e as
comunicações deverão ser por escrito e protocolares, garantindo a recuperação das informações
ou sua utilização, no caso de imposições de medidas sancionatórias.
Gabarito: A Lei 8.666/1993 instituiu o regime jurídico aplicável aos contratos administrativos, do
qual se extrai a autorização legal para fiscalizar a execução de contratos dessa natureza.
Essa é a resposta correta. A Lei 8.666/1993 é o diploma legal que regula as normas gerais de
contratos administrativos, e como tal, por meio dos arts. 58 e 67, estabelece a base legal para a
obrigatoriedade da fiscalização dos contratos regidos pela Lei.
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Questão 6
Incorreto
Atingiu 0,00 de 1,00
A manutenção do equilíbrio econômico-financeiro de um contrato administrativo conta com a
proteção constitucional de que as avenças firmadas com a Administração manterão ao longo da
sua vigência as condições da proposta ofertada.
Um dos instrumentos utilizados é o reajustamento do valor do contrato que se prolongue por mais
de 12 meses, como forma de preservar as condições iniciais que poderiam (caso não houvesse o
instrumento) ter seu valor corroído, ao longo do tempo, pelos efeitos da variação dos preços dos
insumos dos produtos e serviços que constituem o contrato.
Nesse sentido, a sequência de fatos abaixo apresenta uma situação hipotética de uma licitação
para contratação de uma obra.
Assinale a alternativa correta, acerca da data em que o contratado poderá ter seus preços reajustados.
Considere que foi devidamente consignada tal possibilidade, tanto no edital como no contrato.
 
a. O contrato só poderá ser reajustado a partir de 01/04/2017, pois completa um ano da
assinatura do contrato, que, por determinação legal, só pode ser reajustado após 12 meses.
b. O contrato só poderá ser reajustado do dia 02/05/2017 em diante, pois completará um ano
do efetivo início das obras, a partir de quando a empresa efetivamente incorrerá em
dispêndios.
c. O contrato só poderá ser reajustado a partir de 01/01/2017, pois completará um ano da
data da proposta, sobre a qual foram calculados os custos dos serviços.
d. O contrato só poderá ser reajustado a partir de 30/03/2017, pois completará um ano da
homologação da licitação, que é o ato de controle da autoridade competente atestando a
conformidade legal do procedimento.  Essa resposta está errada. A homologação da
licitação não estabelece uma relação contratual com o licitante, pois é um ato de controle da
autoridade competente no qual tal autoridade atesta a legalidade do procedimento licitatório,
para que possa produzir os efeitos jurídicos da escolha do licitante, e cria no adjudicado a
expectativa de contratação. É o mesmo que dizer que, em se consumando a necessidade de
contratação, esta se dará com o adjudicado. Dessa forma, a data da homologação não pode ser
usada como referência para fins de contagem de prazo para reajustamento de preços.
e. O contrato só poderá ser reajustado a partir de 15/02/2017, pois completará um ano da
data limite para a apresentação das propostas, marco inicial para a validade dos preços
contratados.
As propostas de uma licitação para a contratação de obras envolvem uma série de procedimentos
que as tornam diferentes de uma contratação de fornecimento de bens comuns, por exemplo.
Enquanto estes têm um centro de custos de fácil apuração, pois envolvem, basicamente, os custos
de aquisição e entrega do produto, os serviços de engenharia exigem orçamentos complexos com
apuração de custos de insumos e serviços na elaboração de preços dos serviços unitários que
compõem a planilha com o preço final da obra. Esses custos são referenciados em tabelas com
variações mensais de preços, de modo que se adota uma data-base anterior à da sessão de
abertura das propostas para a possibilitar aos interessados a sua elaboração uniforme. Essa data-
base deve estar prevista no edital e no anexo em que constar o orçamento estimativo e/ou projeto
básico.
Dessa forma, a data-base a partir da qual, após transcorrido o prazo legal, tem-se o direito de
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reajustamento do contrato deve ser estabelecida previamente, devendo ser adotada por todos os
licitantes como sendo a data da proposta ou do orçamento a que ela se referir.
Há uma dúvida, infundada, acerca da possibilidade de a data para o reajustamento do contrato ser
após um ano da sua assinatura. É preciso diferenciar o direito do contratado ao reajustamento
dos preços (aspecto monetário) da vigência do contrato (aspecto temporal). Este último tem
disciplina no art. 57 da Lei nº 8.666/1993, que, no caso de obras, ampara-se na possibilidade de
prorrogações e se vincula ao cumprimento do objeto (a obra), enquanto aquele é uma prerrogativa
constitucional de manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do ajuste.
Gabarito: O contrato só poderá ser reajustado a partir de 15/02/2017,pois completará um ano
da data limite para a apresentação das propostas, marco inicial para a validade dos preços
contratados.
Essa é a resposta correta. Para aqueles casos em que não exista um orçamento a ser utilizado na
formação da proposta, como no caso de Convenção Coletiva de Trabalho - CCT, que fixe valores
para os salários de empregados terceirizados, a anualidade será contada da data limite para a
apresentação das propostas.
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Questão 7
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Equilíbrio econômico-financeiro, assegurado pela Constituição Federal, consiste na manutenção
das condições de pagamento estabelecidas inicialmente no contrato, de maneira que se mantenha
estável a relação entre as obrigações do contratado e a justa retribuição da Administração pelo
fornecimento de bem, execução de obra ou prestação de serviço.
Em relação ao equilíbrio econômico-financeiro do contrato, assinale a alternativa correta.
 
a. As modificações unilaterais dos contratos para melhor ajustá-los ao interesse público não
são motivadoras de revisão do equilíbrio econômico-financeiro inicialmente estabelecido, pois
não decorrem da hipótese de fato imprevisível ou ainda de caso fortuito, de força maior ou de
fato do príncipe.
b. Na superveniência de fatos imprevisíveis, a Administração está obrigada a,
unilateralmente, recompor o equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
c. No caso da alteração unilateral promovida pela Administração, para que seja concedido o
reequilíbrio econômico-financeiro do contrato, é necessário que a contratada demonstre que
tal alteração tenha provocado a quebra da relação inicialmente estabelecida.  Essa é a
resposta correta. O que determina a recomposição da relação econômico-financeira
inicialmente estabelecida não é a alteração contratual, mas eventuais encargos do contratado
provocados por essa alteração, na dicção do § 6º, do art. 65, da Lei 8.666/1993.
d. A modificação de alíquota de encargos incidente sobre os serviços contratados não justifica
a alteração de contratos, pois se insere na álea econômica ordinária.
e. A manutenção do equilíbrio econômico-financeiro é uma prerrogativa exclusiva do
contratado, decorrente de uma proteção constitucional, expressa no art. 37, inciso XXI, da CF.
O restabelecimento do Equilíbrio Econômico-Financeiro do contrato, que consiste na manutenção
das condições pactuadas na época da contratação, é uma garantia para as partes de que, na
ocorrência de fatos supervenientes e não conhecidos, a relação entre as obrigações de uma parte e
a justa retribuição da outra seja mantida equilibrada durante a vigência do ajuste. De destacar que
o instituto é uma via de mão dupla, ou seja, tanto se aplicada em favor do contratado, quanto em
favor da Administração, pois as partes são igualmente tuteladas. Ou melhor, protege-se o contrato
e sua relação inicial.
Assim, fatos imprevisíveis que alteram demasiadamente o contrato, a exemplo de alta excessiva de
um determinado insumo, que importem em redução extremada das margens de lucro do
contratado (para aquele objeto), podendo inviabilizar a continuidade do contrato, devem ser
motivadores de revisão do contrato.
A Lei não qualifica as alterações que autorizam o restabelecimento do equilíbrio econômico-
financeiro do contrato, cabendo à análise e certa dose de subjetividade de cada caso do que venha
a ser considerado "alteração demasiada do contrato" e "redução extremada das margens de lucro".
Devido a margem de subjetividade atribuída ao gestor, a decisão tomada em relação à o
restabelecimento deverá ser bem fundamentada e motivada.
Nas hipóteses expressamente previstas em lei, é possível à Administração, mediante acordo com o
contratado, restabelecer o equilíbrio ou reequilíbrio econômico-financeiro do contrato.
Reequilíbrio econômico-financeiro do contrato se justifica nas seguintes ocorrências:
fato imprevisível, ou previsível porém de consequências incalculáveis, retardadores ou
impeditivos da execução do que foi contratado;
caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, que configure álea econômica
(probabilidade de perda concomitante à probabilidade de lucro) extraordinária e
extracontratual (Licitações e Contratos - Orientações e Jurisprudência do TCU).
Gabarito: No caso da alteração unilateral promovida pela Administração, para que seja
concedido o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato, é necessário que a contratada
demonstre que tal alteração tenha provocado a quebra da relação inicialmente estabelecida.
Essa é a resposta correta. O que determina a recomposição da relação econômico-financeira
inicialmente estabelecida não é a alteração contratual, mas eventuais encargos do contratado
provocados por essa alteração, na dicção do § 6º, do art. 65, da Lei 8.666/1993.
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Questão 8
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Durante o trabalho de inspeção anual realizado pela Controladoria do município, em janeiro de
2014, foi constatada a existência do Contrato de Limpeza nº 001/2009 (Tomada de Preços nº 10/08),
assinado e publicado no dia 01 de janeiro de 2009, com gastos mensais de R$ 10.833,00 e
prorrogável até 60 meses.
Em sua última prorrogação, o contrato de limpeza foi prorrogado até o final de 2014, sem qualquer
justificativa, bem como as sucessivas prorrogações foram feitas de forma automática.
Diante do exposto e com base na legislação vigente, marque abaixo a alternativa que melhor
descreve a conclusão que se poderia chegar.
 
a. O contrato não pode ser enquadrado como serviço continuado e a vigência deveria ser
anual.
b. O contrato não poderia ser prorrogado até dezembro de 2013.
c. A vigência deveria ter sido de apenas um ano.
d. As sucessivas prorrogações deveriam ser precedidas da comprovação da vantajosidade
para Administração, bem como não houve justificativa e demonstração da situação excepcional
para prorrogação acima de 60 meses.  Este item está correto! As sucessivas prorrogações
deveriam ser justificadas por escrito e previamente autorizadas pela autoridade competente
(art. 57, §2º da Lei 8.666/93), demonstrada nos autos do processo a vantajosidade da
prorrogação e a compatibilidade do preço com o mercado. A prorrogação após sessenta meses
é uma excepcionalidade prevista no § 4º do art. 57, que demanda uma justificativa e
autorização da autoridade superior.
e. Quando justificadas por escrito, previamente autorizadas pela autoridade competente,
demonstrada a vantajosidade da prorrogação e a compatibilidade do preço com o mercado,
não há limite de prazo para as prorrogações. Por isso, não há irregularidades na situação
descrita.
A duração dos contratos administrativos é o período estipulado para que os contratos possam
produzir direitos e obrigações entre as partes. A regra é que o prazo de vigência seja limitado ao
exercício em que foram iniciados, adstrito à vigência dos créditos orçamentários, conforme previsto
no art. 57, caput, da Lei 8.666/93. O inciso II do citado artigo prevê que à prestação de serviços a
serem executados de forma contínua, poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e
sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para
Administração Pública, limitada a sessenta meses.
Toda prorrogação de prazo deverá ser justificada por escrito e previamente autorizada pela
autoridade competente para celebrar o contrato.
Já o parágrafo 4º estabelece em caráter excepcional, devidamente justificado e mediante
autorização superior, que o prazo de sessenta meses poderá ser prorrogado em até doze meses.
Alerta: é importante verificar se o valor total do contrato, incluindo as prorrogações, fica dentro do
limite da modalidade de licitação utilizada para a contratação. No caso de Pregão, não há limite de
valores máximos, ou seja, as contratações de objetos de qualquer valor podem ser feitos pela
modalidade Pregão.Gabarito: As sucessivas prorrogações deveriam ser precedidas da comprovação da
vantajosidade para Administração, bem como não houve justificativa e demonstração da
situação excepcional para prorrogação acima de 60 meses.
Este item está correto! As sucessivas prorrogações deveriam ser justificadas por escrito e
previamente autorizadas pela autoridade competente (art. 57, §2º da Lei 8.666/93), demonstrada
nos autos do processo a vantajosidade da prorrogação e a compatibilidade do preço com o
mercado. A prorrogação após sessenta meses é uma excepcionalidade prevista no § 4º do art.
57, que demanda uma justificativa e autorização da autoridade superior.
28/03/2020 Exercício Avaliativo 2
https://mooc.escolavirtual.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=5298304 11/12
Questão 9
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Em um contrato de obras, foi apontada a necessidade de alterações quantitativas nos serviços
contratados, de modo que haveria acréscimos e supressões de serviços, conforme a seguir
detalhado:Valor original do contrato: R$ 800.000,00
                             Serviços                       Contrato             Aditivo         Contrato com aditivo
                          Fundações                       300.000,00        120.000,00             420.000,00
                          Alvenaria                          160.000,00        - 40.000,00             120.000,00
                          Cobertura                         100.000,00          40.000,00             140.000,00
                          Pintura                              80.000,00         - 20.000,00              60.000,00
                          Instalações elétricas          30.000,00           10.000,00               40.000,00
                          Instalações hidráulicas       20.000,00             5.000,00               25.000,00
                          Pavimentação                    90.000,00            60.000,00            150.000,00
                          Urbanização                      20.000,00            10.000,00              30.000,00
                                       Valor Total          800.000,00          185.000,00            985.000,00
Verificar a pertinência e conformidade legal da alteração, que se dará por meio de aditivos, com
fundamento no art. 65, § 1º, da Lei 8.666/1993.
 
a. A alteração pode ser feita, pois está dentro do limite de 25% do valor do contrato, pois o
aditivo com as alterações importa em R$ 185.000,00 de um contrato com valor inicial de R$
800.000,00, que representa cerca de 23%.
b. A alteração não pode ser feita, pois alguns serviços tiveram acréscimos ou supressões
superiores ao limite legal de 25%, a exemplo dos serviços Fundações e Cobertura (+ 40% cada),
Pavimentação (+ 66%) e Urbanização (+ 50%).
c. A alteração somente pode ser feita para os itens Alvenaria, Pintura e Instalações
Hidráulicas, pois somente eles respeitaram o patamar de 25% previsto no art. 65, § 1º, da Lei
8.666/1993.
d. A alteração pode ser feita porque nenhum acréscimo de serviço ultrapassou,
individualmente, o limite legal de 25% do valor total do contrato.
e. A alteração não pode ser feita, pois o conjunto de acréscimos totalizou R$ 245.000, o que
representa cerca de 31% do valor do contrato, estando acima, portanto do limite de 25%
imposto pela Lei 8.666/1993.  A alternativa está correta. O motivo de a alteração pretendida
estar em desacordo com o previsto na Lei 8.666/1993 é que a verificação deve ser feita
comparando-se o conjunto de acréscimos e de supressões separadamente, sem nenhum tipo
de compensação entre eles. Assim, no exemplo, as supressões importaram em R$ 60.000,00 (-
7,5%) e os acréscimos, em R$ 245.000,00 (+ 31%).
Gabarito: A alteração não pode ser feita, pois o conjunto de acréscimos totalizou R$ 245.000, o
que representa cerca de 31% do valor do contrato, estando acima, portanto do limite de 25%
imposto pela Lei 8.666/1993.
A alternativa está correta. O motivo de a alteração pretendida estar em desacordo com o
previsto na Lei 8.666/1993 é que a verificação deve ser feita comparando-se o conjunto de
acréscimos e de supressões separadamente, sem nenhum tipo de compensação entre eles.
Assim, no exemplo, as supressões importaram em R$ 60.000,00 (- 7,5%) e os acréscimos, em R$
245.000,00 (+ 31%).
Apesar de ser comum a existência de alterações contratuais, especialmente em contratos de obras,
pelas peculiaridades, especificidades e complexidades de tais contratos, devem ser tratadas como
exceções, redobrando-se os cuidados com vistas a evitar o ganho indevido pelo particular em
detrimento da Administração.
Na esteira desse cuidado, e com o objetivo de evitar que as alterações desnaturassem
completamente o processo seletivo prévio de escolha da proposta mais vantajosa para a
Administração é que o TCU firmou o entendimento acerca da forma de verificação desse limite,
pois, do contrário, estar-se-ia desnaturando a proposta que passou pelo crivo da licitação,
alterando de tal forma o objeto que restaria frustrada a pretensão do processo licitatório de buscar
no mercado a proposta mais vantajosa, conforme expresso no voto condutor do Acórdão
2819/2011-TCU-Plenário .
Quanto aos limites estabelecidos na Lei 8.666/1991 e a sua forma de apuração, o Acórdão
591/2011-TCU-Plenário assim dispôs:
" ... para efeito de observância dos limites de alterações contratuais previstos no art. 65 da
Lei nº 8.666/1993, passe a considerar as reduções ou supressões de quantitativos de forma
isolada, ou seja, o conjunto de reduções e o conjunto de acréscimos devem ser sempre
calculados sobre o valor original do contrato, aplicando-se a cada um desses conjuntos,
individualmente e sem nenhum tipo de compensação entre eles, os limites de alteração
estabelecidos no dispositivo legal".
28/03/2020 Exercício Avaliativo 2
https://mooc.escolavirtual.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=5298304 12/12
Questão 10
Incorreto
Atingiu 0,00 de 1,00
Uma das características mais marcantes do contrato administrativo é a presença de cláusulas
exorbitantes, em que o princípio da supremacia do interesse público sobre o privado é explicitado
em disposições contratuais como possibilidade de rescisão unilateral, imposição de sanções e
modificação unilateral.
No entanto, há também disposições que protegem o particular contratado na relação com o Poder
Público.
Uma empresa que tenha firmado contrato com a administração pública possuirá nesse contrato
quais das prerrogativas listadas abaixo?
 
a. Extinção unilateral do contrato por descumprimento de cláusulas contratuais.
b. Modificação unilateral do contrato com acréscimo ou redução de quantitativos nos limites
permitidos.
c. Paralisação dos trabalhos e rescisão do contrato quando houver atrasos de pagamento
superiores ao prazo estipulado em contrato.  Essa resposta está errada. Os contratos
firmados pela Administração, como decorrência do expresso na alínea 'a', do inciso XIV, do art.
40 da Lei 8.666/1993, devem prever o pagamento no prazo máximo de 30 dias a partir do
cumprimento da obrigação pelo contratado. No entanto, o inciso XV do art. 78 da mesma Lei, dá
a Administração a prerrogativa de atrasar o pagamento em até 90 dias, sem que isso se
constitua motivo para a rescisão contratual.
d. Manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
e. Fiscalização da execução do contrato.
Os contratos administrativos possuem características que privilegiam o atendimento do que a
doutrina chama de 'pedras de toque' do direito administrativo, quais sejam: o princípio da
supremacia do interesse público e o princípio da indisponibilidade do interesse público. É por
meio das cláusulas exorbitantes, ausentes nos contratos regidos exclusivamente pelo direito
privado, que o Estado exerce essas prerrogativas quando figura no polo de contratante com o
particular contratado.
Além disso, algumas características identificam o contrato administrativo, a exemplo da indicação
do ato autorizativo, processo licitatório ou de contratação direta que o precedeu, sujeição às
normas daLei 8.666/1993 e publicação na imprensa oficial como forma de eficácia de suas
disposições, dentre outras.
Gabarito: Manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
Essa é a resposta correta. A relação estabelecida quando da contratação, expressa na justa
remuneração do objeto contratado, deve se manter ao longo da vigência do ajuste. Em que pese
a possibilidade de alteração unilateral dos contratos administrativos pela Administração, a
manutenção desse equilíbrio se constituiu em uma garantia para o contrato, evitando que a
remuneração projetada seja corroída ou pelo tempo ou em consequência de possíveis
alterações.
https://mooc.escolavirtual.gov.br/mod/book/view.php?id=110626
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