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Apostila - Aula 01

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#AULA01 – INTENSIVÃO DO SETOR FISCAL 
3 
 Prof. Fellipe Guerra 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
#AULA01 – INTENSIVÃO DO SETOR FISCAL 
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 Prof. Fellipe Guerra 
 
1. OBETIVO DO EVENTO 
 
Apresentar uma visão que vai mudar sua percepção da área fiscal, a partir de um 
método que vai acelerar o seu aprendizado sobre tributos e Sistema Público de 
Escrituração Digital (SPED). 
 
2. FASE 1 DO SETOR FISCAL 
 
A FASE 1 do setor fiscal, será apresentado diferenças entre PESSOAS FÍSICAS e 
PESSOAS JURÍDICAS, assim focado nos principais tributos no ambiente federal, estadual 
e municipal. 
A diferença entre a pessoa física e a pessoa jurídica é que, enquanto o termo 
pessoa física se refere a um indivíduo concreto, a pessoa jurídica representa um sujeito 
abstrato. 
Em linhas gerais, a pessoa jurídica é uma entidade que reúne pessoas e 
patrimônio com uma finalidade, que pode ser prestar um serviço, produzir um bem ou 
vender um produto. São exemplos as empresas, as associações, as fundações, os 
partidos políticos, as igrejas, as administrações públicas, dentre outros. 
Ainda que seja formada por uma ou mais pessoas físicas, que são as responsáveis 
pela entidade criada, a pessoa jurídica possui uma personalidade jurídica independente e 
diferenciada em relação a cada um de seus membros. 
Já a pessoa física é todo ser humano enquanto indivíduo, do seu nascimento até a 
morte. Essa designação é um conceito jurídico e se refere especificamente ao indivíduo 
enquanto sujeito detentor de direitos e de deveres. Para que uma pessoa física exista 
perante o poder público, portanto, não é preciso que ela tenha um Cadastro de Pessoas 
Físicas (CPF), que é o registro dos cidadãos para fins fiscais. 
Ao contrário da pessoa física, que já adquire o reconhecimento de seus direitos e 
deveres a partir do momento em que nasce, a pessoa jurídica precisa ser formalmente 
#AULA01 – INTENSIVÃO DO SETOR FISCAL 
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 Prof. Fellipe Guerra 
criada e registrada perante os órgãos competentes para existir legalmente. Os registros 
mais comuns são o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e as inscrições 
municipais e estaduais. 
Agora, iremos tratar sobre aspectos conceituais dos tributos que, em regra, são 
devidos as PESSOAS JURÍDICAS: 
 ISS-QN (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) 
 ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) 
 IRPJ (Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas) 
 CSLL (Contribuição Social sobreo Lucro Líquido) 
 PIS (Programa de Integração Social) 
 COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) 
 
a. ISS-QN – Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza 
 
O ISS, imposto da competência municipal, apresenta inúmeros exemplos de 
cobrança cumulativa. A cumulatividade ocorre quando o serviço é prestado para outra 
empresa também prestadora de serviço. Assim, se uma empresa de construção civil 
constrói ou reforma um hospital, ou se uma empresa de decoração decora um hotel, o 
usuário do serviço arca com o ônus do imposto constante da fatura. Não há permissão 
para o aproveitamento do imposto e para o abatimento do ISS devido pelo hospital ou 
pelo hotel. 
Legislação aplicável: 
 Código Tributário Nacional (CTN) 
 Lei Complementar Federal 116/2003 
 Código Tributário do Município 
 Regulamento do ISSQN do município 
 
 
#AULA01 – INTENSIVÃO DO SETOR FISCAL 
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 Prof. Fellipe Guerra 
Fato Gerador do ISSQN 
Por determinação constitucional o fato gerador de qualquer imposto deve ser 
determinado por lei complementar. Com relação ao ISSQN, a situação jurídica em que 
faz surgir a obrigação de pagar o imposto sobre serviços é tratada no art. 1º da Lei 
Complementar nacional n° 116/2003, nos seguintes termos: 
Art. 1º - O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de 
competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem como fato 
gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda que 
esses não se constituam como atividade preponderante do prestador. 
§ 1º - O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior 
do País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País. 
§ 2º - Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa, os serviços 
nela mencionados não ficam sujeitos ao Imposto Sobre Operações 
Relativas à Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços de 
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS, 
ainda que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias. 
§ 3º - O imposto de que trata esta Lei Complementar incide ainda sobre 
os serviços prestados mediante a utilização de bens e serviços públicos 
explorados economicamente mediante autorização, permissão ou 
concessão, com o pagamento de tarifa, preço ou pedágio pelo usuário 
final do serviço. 
§ 4º - A incidência do imposto não depende da denominação dada ao 
serviço prestado. 
 
Portanto, o fato gerador do imposto sobre serviços de qualquer natureza é a 
prestação de serviços constantes da lista de serviços anexa a lei que instituiu o imposto 
ou na lei modificadora da original, independentemente da natureza da pessoa que o 
exerça ou da denominação dada ao serviço e ainda, independe de ser a prestação do 
serviço atividade preponderante do prestador. 
 
Lista de Serviços 
A análise da ocorrência da hipótese de incidência do ISSQN deve ser 
complementada estudo da Lista de Serviços, pois é ela que descreve os serviços que 
podem ser alcançáveis pelo imposto. A Lista de Serviços complementa o artigo que o 
prescreve o fato gerador do imposto. Só desta forma será possível saber se determinada 
#AULA01 – INTENSIVÃO DO SETOR FISCAL 
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 Prof. Fellipe Guerra 
prestação de serviço gera a obrigação de pagar o ISSQN ou se é um fato gerador do 
ICMS, de outro imposto ou não é alcançável por nenhum outro imposto. 
Abaixo segue a lista de serviços anexa à Lei Complementar nº 116/2003 sem suas 
respectivas sub-divisões: 
1 - Serviços de informática e congêneres. 
2 - Serviços de pesquisas e desenvolvimento de qualquer natureza. 
3 - Serviços prestados mediante locação, cessão de direito de uso e 
congêneres. 
4 - Serviços de saúde, assistência médica e congêneres. 
5 - Serviços de medicina e assistência veterinária e congêneres. 
6 - Serviços de cuidados pessoais, estética, atividades físicas e congêneres. 
7 - Serviços relativos a engenharia, arquitetura, geologia, urbanismo, 
construção civil, manutenção, limpeza, meio ambiente, saneamento e congêneres. 
8 - Serviços de educação, ensino, orientação pedagógica e educacional, 
instrução, treinamento e avaliação pessoal de qualquer grau ou natureza. 
9 - Serviços relativos a hospedagem, turismo, viagens e congêneres. 
10 - Serviços de intermediação e congêneres. 
11 - Serviços de guarda, estacionamento, armazenamento, vigilância e 
congêneres. 
12 - Serviços de diversões, lazer, entretenimento e congêneres. 
13 - Serviços relativos a fonografia, fotografia, cinematografia e reprografia. 
14 - Serviços relativos a bens de terceiros. 
15 - Serviços relacionados ao setor bancário ou financeiro, inclusive aqueles 
prestados por instituições financeiras autorizadas a funcionar pela União ou por 
quem de direito. 
16 - Serviços de transporte de natureza municipal. 
17 - Serviços de apoio técnico, administrativo, jurídico, contábil, comercial e 
congêneres. 
18 - Serviços de regulação de sinistros vinculados a contratos de seguros; 
inspeção e avaliação de riscos para cobertura de contratos de seguros; prevenção e 
gerência de riscos seguráveis e congêneres. 
19 - Serviços de distribuição e venda de bilhetes e demais produtos de loteria, 
bingos, cartões, pules ou cupons de apostas, sorteios, prêmios, inclusive os 
decorrentes de títulos de capitalização e congêneres. 
20 - Serviços portuários, aeroportuários, ferroportuários, de terminais 
rodoviários, ferroviários e metroviários. 
21 - Serviços de registros públicos,cartorários e notariais. 
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 Prof. Fellipe Guerra 
22 - Serviços de exploração de rodovia. 
23 - Serviços de programação e comunicação visual, desenho industrial e 
congêneres. 
24 - Serviços de chaveiros, confecção de carimbos, placas, sinalização visual, 
banners, adesivos e congêneres. 
25 - Serviços funerários. 
26 - Serviços de coleta, remessa ou entrega de correspondências, documentos, 
objetos, bens ou valores, inclusive pelos correios e suas agências franqueadas; 
courrier e congêneres. 
27 - Serviços de assistência social. 
28 - Serviços de avaliação de bens e serviços de qualquer natureza. 
29 - Serviços de biblioteconomia. 
30 - Serviços de biologia, biotecnologia e química. 
31 - Serviços técnicos em edificações, eletrônica, eletrotécnica, mecânica, 
telecomunicações e congêneres. 
32 - Serviços de desenhos técnicos. 
33 - Serviços de desembaraço aduaneiro, comissários, despachantes e 
congêneres. 
34 - Serviços de investigações particulares, detetives e congêneres. 
35 - Serviços de reportagem, assessoria de imprensa, jornalismo e relações 
públicas. 
36 - Serviços de meteorologia. 
37 - Serviços de artistas, atletas, modelos e manequins. 
38 - Serviços de museologia. 
39 - Serviços de ourivesaria e lapidação. 
40 - Serviços relativos a obras de arte sob encomenda. 
 
Local da Incidência do ISSQN 
Outro elemento que precisa ser apreciado, quando do exame do fato gerador do 
ISSQN, é o local da incidência do imposto (elemento espacial do fato gerador), para 
poder saber onde ocorreu o fato gerador e a quem a exação é devida, ou seja, a qual 
sujeito ativo (município) o imposto deve ser pago. 
Como regra geral, o ISSQN é devido no estabelecimento ou domicílio do prestador 
do serviço. Todavia, o artigo 3º da LC Federal 116/2003 traz exceções a essa regra, 
citando serviços cujo ISSQN é devido no local da prestação. 
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 Prof. Fellipe Guerra 
Sujeição Passiva 
No CTN, o sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao 
pagamento do tributo. Este pode ser considerado contribuinte quando é a pessoa que 
pratica o fato gerador e responsável quando tem ligação com o fato gerador e a lei o 
obriga a pagar o imposto. 
 
Responsável/Contribuinte Substituto 
O contribuinte do ISSQN na LC n° 116/2003 é tratado no seu artigo 5º, como 
sendo o prestador do serviço. 
A LC n° 116/2003, buscando retirar qualquer dúvida em relação à possibilidade ou 
não da transferência a terceiros da responsabilidade pelo pagamento do imposto, 
reproduziu, com pequenas modificações, em seu art. 6º, o disposto no artigo 128 do 
CTN, nos seguintes termos: “Os Municípios e o Distrito Federal, mediante lei, poderão 
atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, 
vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do 
contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial 
da referida obrigação, inclusive no que se refere à multa e aos acréscimos legais”. 
Base de Cálculo 
A Lei Complementar nº 116/2003, ao tratar da base de cálculo do ISSQN em seu 
artigo 7º, estabeleceu que a base de cálculo será o preço do serviço. Esta é a regra geral 
para a base de cálculo do imposto. 
A citada norma complementar prevê ainda no parágrafo segundo do seu artigo 7º, 
que na base de cálculo dos serviços previstos nos itens 7.02 e 7.05 da Lista de Serviços 
não se inclui o valor dos materiais fornecidos pelo prestador dos serviços. 
 
 
 
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Alíquotas 
Atualmente, em relação à alíquota do ISSQN, a EC nº 37/2002 estabeleceu que a 
sua alíquota mínima será de 2% (dois por cento) e a LC n° 116/2003 estabeleceu que a 
sua alíquota máxima será de 5% (cinco por cento). Desta forma a legislação municipal 
pode estabelecer qualquer alíquota para o ISSQN, deste que obedecido ao limite máximo 
de 5% e ao mínimo de 2%. 
ISSQN e o Simples Nacional 
A opção pelo SN não exime que o prestador de serviços sofra a retenção do ISS 
de acordo com a Legislação do Município onde estiverem estabelecidos. A Alíquota a ser 
utilizada deverá ser indicada pelo prestador do serviço, observado as regras do SIMPLES 
NACIONAL. 
Na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno porte estar sujeita à 
tributação do ISS no Simples Nacional por valores fixos mensais, não caberá à retenção 
na fonte. 
 O prestador dos serviços deve informar, no "corpo" da Nota Fiscal de Serviços, a 
alíquota do ISSQN que será retido na fonte. 
Caso a microempresa ou empresa de pequeno porte constate que houve diferença 
entre a alíquota utilizada e a efetivamente apurada, ela deverá ser recolhida no mês 
subseqüente ao do início de atividade em guia própria do Município. 
 Também não será eximida a responsabilidade do prestador de serviços quando a 
alíquota do ISS informada no documento fiscal for inferior à devida, hipótese em que o 
recolhimento dessa diferença será realizado em guia própria do Município. 
Caso a ME ou EPP não informe a alíquota do ISSQN na Nota Fiscal de Serviços, o 
tomador deverá efetuar a retenção aplicando a maior alíquota do Imposto Municipal 
prevista nos anexos da Lei Complementar nº. 123/2006. 
 Quando do cálculo do SIMPLES NACIONAL, informar quanto da receita auferida 
foi retida na fonte, para que o contribuinte pague em duplicidade o Imposto em questão. 
#AULA01 – INTENSIVÃO DO SETOR FISCAL 
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 Prof. Fellipe Guerra 
 
b. ICMS – Imposto sobre a Circulação das Mercadorias e Serviços 
 
O ICMS na Constituição Federal de 1988 – consoante o art. 155, incisos II, da 
CF/1988, somente os Estados e o Distrito Federal tem competência tributária privativa 
para instituir o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre 
Prestações de Serviço de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – 
ICMS, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior. 
Principais normas atinentes à Legislação Tributária do ICMS - Lei Complementar 
87, de 13 de setembro de l996, e suas posteriores alterações, que estabeleceu normas 
gerais destinadas a regular, em todo o País, a instituição do ICMS, nos termos definidos 
no inciso XII, do art. 155 da CF/88. Já a Lei 12.670, de 27 de dezembro de 1996, e suas 
posteriores alterações. 
 
Constituição Federal de 1988 
 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; 
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de 
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as 
operações e as prestações se iniciem no exterior; 
 III - propriedade de veículos automotores. 
§ 1.º O imposto previsto no inciso I: 
I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da 
situação do bem, ou ao Distrito Federal 
II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se 
processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito 
Federal; 
#AULA01 – INTENSIVÃO DO SETOR FISCAL 
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 Prof. Fellipe Guerra 
III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar: 
a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior; 
b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu 
inventário processado no exterior; 
IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal; 
§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: 
I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação 
relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado 
nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal; 
II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação:a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações 
ou prestações seguintes; 
b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores; 
III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos 
serviços; 
IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de 
um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá 
as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação; 
V - é facultado ao Senado Federal: 
a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de 
iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros; 
b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico 
que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e 
aprovada por dois terços de seus membros; 
VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos 
do disposto no inciso XII, "g", as alíquotas internas, nas operações relativas à circulação 
#AULA01 – INTENSIVÃO DO SETOR FISCAL 
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 Prof. Fellipe Guerra 
de mercadorias e nas prestações de serviços, não poderão ser inferiores às previstas 
para as operações interestaduais; 
VII - em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a 
consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á: 
a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto; 
b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele; 
VIII - na hipótese da alínea "a" do inciso anterior, caberá ao Estado da localização 
do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a 
interestadual; 
IX - incidirá também: 
a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física 
ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua 
finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao 
Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da 
mercadoria, bem ou serviço; 
b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com 
serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios; 
X - não incidirá: 
a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços 
prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do 
montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores; 
b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive 
lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica; 
c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º; 
d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão 
sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita; 
#AULA01 – INTENSIVÃO DO SETOR FISCAL 
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 Prof. Fellipe Guerra 
XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre 
produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a 
produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos 
dois impostos; 
XII - cabe à lei complementar: 
a) definir seus contribuintes; 
b) dispor sobre substituição tributária; 
c) disciplinar o regime de compensação do imposto; 
d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, 
o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços; 
e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e 
outros produtos além dos mencionados no inciso X, "a" 
f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro 
Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias; 
g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, 
isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. 
h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma 
única vez, qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto 
no inciso X, b; 
i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também 
na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço. 
§ 3º À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste artigo e o 
art. 153, I e II, nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas a energia 
elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do 
País. 
§ 4º Na hipótese do inciso XII, h, observar-se-á o seguinte: 
#AULA01 – INTENSIVÃO DO SETOR FISCAL 
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 Prof. Fellipe Guerra 
I - nas operações com os lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo, o 
imposto caberá ao Estado onde ocorrer o consumo; 
II - nas operações interestaduais, entre contribuintes, com gás natural e seus 
derivados, e lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo, o 
imposto será repartido entre os Estados de origem e de destino, mantendo-se a mesma 
proporcionalidade que ocorre nas operações com as demais mercadorias; 
III - nas operações interestaduais com gás natural e seus derivados, e 
lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo, destinadas a não 
contribuinte, o imposto caberá ao Estado de origem; 
IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e 
Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, g, observando-se o seguinte: 
a) serão uniformes em todo o território nacional, podendo ser diferenciadas por 
produto; 
b) poderão ser específicas, por unidade de medida adotada, ou ad valorem, 
incidindo sobre o valor da operação ou sobre o preço que o produto ou seu similar 
alcançaria em uma venda em condições de livre concorrência; 
c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando o disposto no art. 
150, III, b. 
§ 5º As regras necessárias à aplicação do disposto no § 4º, inclusive as relativas à 
apuração e à destinação do imposto, serão estabelecidas mediante deliberação dos 
Estados e do Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, g. 
§ 6º O imposto previsto no inciso III: 
I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal; 
II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização. 
 
Lei Kandir - ICMS 
 
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 Prof. Fellipe Guerra 
A Lei Kandir, lei complementar brasileira nº 87 publicada em 13 de setembro 
de 1996, entrou em vigor em 01 de novembro de 1996 no Brasil, dispõe sobre 
o imposto dos estados e do Distrito Federal, nas operações relativas à circulação de 
mercadorias e serviços (ICMS). A lei Kandir isenta do tributo ICMS os produtos e serviços 
destinados à exportação. A lei tem este nome em virtude do seu autor, Antônio Kandir, à 
época ministro do Planejamento do Governo Fernando Henrique Cardoso. 
Surgiu da necessidade de estimular as exportações. Usando como lema "Exportar 
é o que importa". 
Como o ICMS é um imposto estadual, e pelo decreto ser federal, ficou acordado 
que a União compensaria os estados essa perda. Em 2020, o STF homologou este 
acordo. 
A Lei Complementar nº 87/1996 prevê a isenção do pagamento do Imposto sobre 
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre as exportações de produtos 
primários, como itens agrícolas, semielaborados ou serviços. 
Feita pelo então ministro do Planejamento Antonio Kandir, no governo de 
Fernando Henrique Cardoso, a medida de isenção fiscal tem o objetivo de dar maior 
competitividade ao produto brasileiro no mercado internacional. 
Por conta da desoneração deste tributo de competência estadual, a lei sempre 
provocou polêmica entre os governadores e exportadores, que alegam perda de 
arrecadação devido à isenção do imposto nesses produtos. 
 
c. IRPJ (Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas)e CSLL (Contribuição 
Social sobre o Lucro Líquido) 
 
Desde a instituição do chamado sistema de bases correntes a partir do ano-
calendário de 1992, o Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas - IRPJ e a Contribuição 
Social sobre o Lucro Líquido - CSLL são devidos na medida em que os rendimentos e 
lucros forem sendo auferidos. A apuração dos valores a pagar se faz num período dado 
pela lei. É o chamado período de apuração. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_complementar
https://pt.wikipedia.org/wiki/1996
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imposto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Distrito_Federal
https://pt.wikipedia.org/wiki/ICMS
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tributo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Exporta%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B4nio_Kandir
https://pt.wikipedia.org/wiki/Minist%C3%A9rio_do_Planejamento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Governo_Fernando_Henrique_Cardoso
https://pt.wikipedia.org/wiki/ICMS
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imposto
https://pt.wikipedia.org/wiki/STF
#AULA01 – INTENSIVÃO DO SETOR FISCAL 
17 
 Prof. Fellipe Guerra 
O período de apuração que era mensal até o ano-calendário de 1996, agora é 
como regra, trimestral. A apuração anual, com recolhimentos mensais por estimativa é 
uma opção deferida às pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real, obrigatoriamente ou 
por terem escolhido esta sistemática de tributação. 
As empresas optantes pelo lucro presumido apuram o imposto de renda e a 
contribuição social sobre o lucro trimestralmente. 
Para a apuração do IRPJ e CSLL, temos regimes tributários específicos para 
adequação a realidade das empresas: 
 Microempreendedor Individual (MEI) 
 Simples Nacional (específico para Microempresas e Empresas de Pequeno 
Porte) 
 Lucro Presumido 
 Lucro Arbitrado 
 Lucro Real 
 
d. PIS (Programa de Integridade Social) e COFINS (Contribuição para o 
Financiamento da Seguridade Social 
 
As contribuições ao Programa de Integração Social e ao Programa de Formação do 
Patrimônio do Servidor Público (PIS/PASEP) e a Contribuição para o Financiamento da 
Seguridade Social (COFINS), que são de competência da União, encontram sua 
fundamentação legal na Constituição Federal no artigo 195 que diz: 
A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e 
indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, 
incidentes sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº. 20, de 1998) 
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a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a 
qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº. 20, de 1998) 
b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº. 20, de 
1998) 
c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº. 20, de 1998)... 
 
Isenção / Não Incidência 
 
As contribuições não incidem sobre: 
 exportação de mercadorias para o exterior; 
 vendas a empresa comercial exportadora com o fim específico de 
exportação; 
 o faturamento correspondente a vendas de materiais e equipamentos, bem 
assim da prestação de serviços decorrentes dessas operações, efetuadas 
diretamente a Itaipu Binacional; 
 a prestação de serviços para pessoa física ou jurídica residente ou 
domiciliada no exterior, cujo pagamento represente ingresso de divisas; 
 do transporte internacional de cargas ou passageiros 
 
Base de Cálculo das Contribuições 
 
A base de cálculo das contribuições é o faturamento, assim entendido como a 
receita bruta da pessoa jurídica qualquer que seja o tipo de atividade por ela exercida e a 
classificação contábil adotada para as receitas, menos as exclusões admitidas. 
A decisão do Supremo Tribunal Federal - STF, que trata da inconstitucionalidade 
do § 1º do art. 3º da Lei 9718 de 1998, que havia aumentado a base de cálculo da 
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contribuição para o PIS e da COFINS, somente beneficia as empresas autoras dos 
recursos extraordinários já julgados, embora o caminho para aqueles que possuem ações 
pendentes, bem como os contribuintes que ainda pretendem iniciar a ação no Judiciário 
deva ser de êxito. Conforme previsão constitucional, o Supremo também poderá 
comunicar ao Senado a decisão, para que o Legislativo providencie a suspensão da parte 
declarada inconstitucional, e aí sim, o disposto na decisão valerá para todos. 
Lembramos ainda que anteriormente à Lei 9.718, a base de cálculo das 
contribuições compreendia tão-somente o faturamento da pessoa jurídica, e, após a 
referida Lei, passou a ser a receita bruta, muito mais abrangente, entendida como a 
totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevantes o tipo de 
atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para as receitas. 
A receita deve ser tomada sem o IPI e sem dedução do ICMS destacado, que 
integra a receita bruta. 
Quando a empresa cobrar ICMS como substituta tributária, esse valor não integra 
a receita bruta. 
As pessoas jurídicas optantes pelo lucro presumido poderão adotar o regime de 
caixa, para fins de apuração da base de cálculo mensal do PIS/Pasep e da COFINS, desde 
que também tenham adotado este regime para apuração trimestral do IRPJ e da CSLL. 
Adotado o regime de caixa, cabe à pessoa jurídica: 
 emitir documento fiscal idôneo, quando da entrega do bem ou direito ou da 
conclusão do serviço; e 
 indicar, no livro Caixa, em registro individualizado, o documento fiscal a 
que corresponder cada recebimento. 
A pessoa jurídica que mantiver escrituração contábil, na forma da legislação 
comercial, deverá controlar os recebimentos de suas receitas em conta específica, na 
qual, em cada lançamento, será indicado o documento fiscal a que corresponder o 
recebimento. 
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Exclusões Admitidas 
 
Para efeito de apuração da base de cálculo do PIS/Pasep e da COFINS, podem ser 
excluídos ou deduzidos da receita bruta, quando a tenham integrado, os valores: 
 das vendas canceladas; 
 dos descontos incondicionais concedidos; 
 do ICMS, quando destacado em nota fiscal e cobrado pelo vendedor dos 
bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário; 
 das reversões de provisões (A exclusão não se aplica na hipótese de 
provisão que tenha sido deduzida da base de cálculo quando de sua 
constituição); 
 das recuperações de créditos baixados como perdas, limitados aos valores 
efetivamente baixados, que não representem ingresso de novas receitas; 
 dos resultados positivos da avaliação de investimentos pelo valor do 
patrimônio líquido e dos lucros e dividendos derivados de investimentos 
avaliados pelo custo de aquisição, que tenham sido computados como 
receita, inclusive os derivados de empreendimento objeto de Sociedade em 
Conta de Participação (SCP); 
 a receita decorrente da venda de bens do ativo permanente. 
 
Alíquotas do PIS e da COFINS 
 
As alíquotas do PIS e COFINS para as pessoas jurídicas ou para as receitas 
inseridas na sistemática da "cumulatividade" são de: 
 0,65% para o PIS/PASEP; e 
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 3% para a COFINS. 
As alíquotas do PIS e COFINS para as pessoas jurídicas ou para as receitas 
inseridas na sistemática da "não-cumulatividade" são de: 
 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco centésimos por cento) para o 
PIS/PASEP; e 
 7,6% (sete inteiros e seis décimos por cento) para a COFINS. 
 
Créditos do PIS/PASEP e da COFINS "Não-Cumulativas" 
 
Embora o título desta modalidade de contribuição sugira a implantação da não-
cumulatividade,este instituto não foi adotado em sua plenitude, pois as Leis nº. 
10.637/2002 e nº. 10.833/2003 preferiram a técnica de listar as operações que geram e 
as que não geram direito a crédito. 
Como regra geral, o direito ao crédito do PIS/PASEP e da COFINS nasce com a 
aquisição, em cada mês, de bens e serviços que, na fase anterior da cadeia de produção 
ou de comercialização, se sujeitaram às mesmas contribuições e cuja receita da venda ou 
da revenda integrem a base de cálculo do PIS/PASEP e da COFINS "não-cumulativas". 
Para a apuração do PIS/PASEP e da COFINS não-cumulativas poderão ser 
descontados créditos calculados em relação a: 
 bens adquiridos para revenda; 
 bens e serviços, utilizados como insumo na prestação de serviços e na 
produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive 
combustíveis e lubrificantes, exceto em relação ao pagamento de que trata 
o art. 2o da Lei no 10.485, de 3 de julho de 2002, devido pelo fabricante 
ou importador, ao concessionário, pela intermediação ou entrega dos 
veículos classificados nas posições 87.03 e 87.04 da TIPI; (Redação dada 
pela Lei nº. 10.865, de 2004) 
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energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumidas 
nos estabelecimentos da pessoa jurídica; (Redação dada pela Lei no 11.488, de 15 de 
junho de 2007) 
aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa jurídica, utilizados 
nas atividades da empresa; 
 valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de 
pessoa jurídica, exceto de optante pelo Simples (Redação dada pela Lei nº. 
10.865, de 2004); 
 máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, 
adquiridos ou fabricados para locação a terceiros, ou para utilização na 
produção de bens destinados à venda ou na prestação de serviços; 
(Redação dada pela Lei nº. 11.196, de 2005) 
 edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados 
nas atividades da empresa; 
 bens recebidos em devolução cuja receita de venda tenha integrado 
faturamento do mês ou de mês anterior, e tributada conforme o disposto 
nesta Lei; 
 armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos casos dos 
incisos I e II, quando o ônus for suportado pelo vendedor. 
 dos encargos de depreciação e amortização de máquinas, equipamentos e 
outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos ou fabricados 
para locação a terceiros, ou para utilização na produção de bens 
destinados à venda ou na prestação de serviços, bem como das edificações 
e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas 
atividades da empresa; 
Não dará direito a crédito o valor: (Redação dada pela Lei nº. 10.865, de 2004) 
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 de mão-de-obra paga a pessoa física; e (Incluído pela Lei nº. 10.865, de 
2004) 
 da aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento da 
contribuição, inclusive no caso de isenção, esse último quando revendidos 
ou utilizados como insumo em produtos ou serviços sujeitos à alíquota 0 
(zero), isentos ou não alcançados pela contribuição; (Incluído pela Lei nº. 
10.865, de 2004) 
 O IPI incidente na aquisição, quando recuperável pelo comprador. 
 O direito ao crédito aplica-se, exclusivamente, em relação: 
 aos bens e serviços adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País; 
 aos custos e despesas incorridos, pagos ou creditados a pessoa jurídica 
domiciliada no País; 
O crédito não aproveitado em determinado mês poderá sê-lo nos meses 
subseqüentes. Na hipótese de a pessoa jurídica sujeitar-se à incidência não-cumulativa 
da COFINS, em relação apenas à parte de suas receitas, o crédito será apurado, 
exclusivamente, em relação aos custos, despesas e encargos vinculados a essas receitas. 
Deverá ser estornado o crédito da COFINS relativo a bens adquiridos para revenda 
ou utilizados como insumos na prestação de serviços e na produção ou fabricação de 
bens ou produtos destinados à venda, que tenham sido furtados ou roubados, 
inutilizados ou deteriorados, destruídos em sinistro ou, ainda, empregados em outros 
produtos que tenham tido a mesma destinação. (Incluído pela Lei nº. 10.865, de 2004) 
Opcionalmente, o contribuinte poderá calcular o crédito relativo à aquisição de 
máquinas e equipamentos destinados ao ativo imobilizado, no prazo de 4 (quatro) anos, 
mediante a aplicação, a cada mês, das alíquotas cabíveis sobre o valor correspondente a 
1/48 (um quarenta e oito avos) do valor de aquisição do bem, de acordo com 
regulamentação da Secretaria da Receita Federal. (Incluído pela Lei nº. 10.865, de 
2004). 
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A empresa de serviço de transporte rodoviário de carga que subcontratar serviço 
de transporte de carga prestado por: (Incluído pela Lei nº. 11.051, de 2004) 
a) pessoa física, transportador autônomo, poderá descontar, da Cofins devida em 
cada período de apuração, crédito presumido calculado sobre o valor dos pagamentos 
efetuados por esses serviços; (Incluído pela Lei nº. 11.051, de 2004) 
b) pessoa jurídica transportadora, optante pelo SIMPLES, poderá descontar, da 
Cofins devida em cada período de apuração, crédito calculado sobre o valor dos 
pagamentos efetuados por esses serviços. (Incluído pela Lei nº. 11.051, de 2004) 
Relativamente aos créditos para as empresas de serviço de transporte rodoviário 
de carga que subcontratar serviço de transporte de carga, seu montante será 
determinado mediante aplicação, sobre o valor dos mencionados pagamentos, de 
alíquota correspondente a 75% da alíquota padrão da não cumulatividade. (Incluído pela 
Lei nº. 11.051, de 2004) 
 
Recolhimento 
 
As contribuições ao PIS/Pasep e a COFINS devem ser pagos, de forma 
centralizada na matriz, até o vigésimo quinto dia do mês subseqüente ao mês de 
ocorrência dos fatos geradores (MP 447/2008). Na prática, todo dia 25, sendo que se 
esse dia cair em um sábado, domingo ou feriado, o vencimento é antecipado para o dia 
útil imediatamente anterior. 
 
Sistemática de apuração 
 
Com o advento das Leis 10.637/2002 e 10.833/2003, a sistemática de cálculo do 
PIS e da COFINS passau a ser, em regra geral, na modalidade não cumulativa. Todavia, 
permanecem sujeitas às normas da legislação do PIS/Pasep e da COFINS, vigentes 
anteriormente as leis que disciplinam a não cumulatividade: 
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 as pessoas jurídicas tributadas pelo imposto de renda com base no lucro 
presumido ou arbitrado; 
 as pessoas jurídicas optantes pelo SIMPLES; 
 as pessoas jurídicas imunes a impostos; 
 os órgãos públicos, as autarquias e fundações públicas federais, estaduais 
e municipais, e as fundações cuja criação tenha sido autorizada por lei, 
referidas no art. 61 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da 
Constituição; 
 sociedades cooperativas, exceto as de produção agropecuária, sem 
prejuízo das deduções de que trata o art. 15 da Medida Provisória no 
2.158-35, de 24 de agosto de 2001, e o art. 17 da Lei no 10.684, de 30 de 
maio de 2003, não lhes aplicando as disposições do § 7o do art. 3o das 
Leis nos 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e 10.833, de 29 de 
dezembro de 2003, e as de consumo; (Redação dada pela Lei nº. 10.865, 
de 2004) 
 as receitas decorrentes das operações: 
 a) sujeitas à substituição tributária do PIS e da COFINS; 
 b) referidas no art. 5o da Lei no 9.716, de 26 de novembro de 1998 (venda 
de veículos automotores usados); 
 as receitas decorrentes de prestação de serviços de telecomunicações; 
 as receitas decorrentes de venda de jornais e periódicos e de prestação de 
serviços das empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e 
imagens; (Redação dada pela Lei nº. 10.865, de 2004) 
 as receitas submetidasao regime especial de tributação previsto no art. 47 
da Lei no 10.637, de 30 de dezembro de 2002 (mercado atacadista de 
energia elétrica); 
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 as receitas relativas a contratos firmados anteriormente a 31 de outubro de 
2003: 
 a) com prazo superior a 1 (um) ano, de administradoras de planos de 
consórcios de bens móveis e imóveis, regularmente autorizadas a funcionar 
pelo Banco Central; 
 b) com prazo superior a 1 (um) ano, de construção por empreitada ou de 
fornecimento, a preço predeterminado, de bens ou serviços; 
 c) de construção por empreitada ou de fornecimento, a preço 
predeterminado, de bens ou serviços contratados com pessoa jurídica de 
direito público, empresa pública, sociedade de economia mista ou suas 
subsidiárias, bem como os contratos posteriormente firmados decorrentes 
de propostas apresentadas, em processo licitatório, até aquela data; 
 as receitas decorrentes de prestação de serviços de transporte coletivo 
rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário de passageiros; 
 as receitas decorrentes de serviços: (Redação dada pela Lei nº. 10.865, de 
2004) 
 a) prestados por hospital, pronto-socorro, clínica médica, odontológica, de 
fisioterapia e de fonoaudiologia, e laboratório de anatomia patológica, 
citológica ou de análises clínicas; e (Incluído pela Lei nº. 10.865, de 2004) 
 b) de diálise, raios X, radiodiagnóstico e radioterapia, quimioterapia e de 
banco de sangue; (Incluído pela Lei nº. 10.865, de 2004) 
 as receitas decorrentes de prestação de serviços de educação infantil, 
ensinos fundamental e médio e educação superior. 
 as receitas decorrentes de prestação de serviço de transporte coletivo de 
passageiros, efetuado por empresas regulares de linhas aéreas domésticas, 
e as decorrentes da prestação de serviço de transporte de pessoas por 
empresas de táxi aéreo; (Incluído pela Lei nº. 10.865, de 2004) 
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 as receitas auferidas por pessoas jurídicas, decorrentes da edição de 
periódicos e de informações neles contidas, que sejam relativas aos 
assinantes dos serviços públicos de telefonia; (Incluído pela Lei nº. 10.865, 
de 2004) 
 as receitas decorrentes de prestação de serviços das empresas de call 
center, telemarketing, telecobrança e de teleatendimento em geral; 
(Incluído pela Lei nº. 10.865, de 2004) 
 as receitas decorrentes da execução por administração, empreitada ou 
sub-empreitada de obras de construção civil, até 31 de dezembro de 2010; 
(Redação dada pela MP 451 de 2008) 
 as receitas auferidas por parques temáticos, e as decorrentes de serviços 
de hotelaria e de organização de feiras e eventos, conforme definido em 
ato conjunto dos Ministérios da Fazenda e do Turismo. (Incluído pela Lei 
nº. 10.865, de 2004) 
 as receitas decorrentes da prestação de serviços postais e telegráficos 
prestados pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos; (Incluído pela 
Lei nº. 10.925, de 2004) 
 as receitas decorrentes de prestação de serviços públicos de 
concessionárias operadoras de rodovias; (Incluído pela Lei nº. 10.925, de 
2004) 
 as receitas decorrentes da prestação de serviços das agências de viagem e 
de viagens e turismo. (Incluído pela Lei nº. 10.925, de 2004) 
 as receitas auferidas por empresas de serviços de informática, decorrentes 
das atividades de desenvolvimento de software e o seu licenciamento ou 
cessão de direito de uso, bem como de análise, programação, instalação, 
configuração, assessoria, consultoria, suporte técnico e manutenção ou 
atualização de software, compreendidas ainda como softwares as páginas 
eletrônicas. (Incluído pela Lei nº. 11.051, de 2004) 
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 as receitas relativas às atividades de revenda de imóveis, 
desmembramento ou loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e 
construção de prédio destinado à venda, quando decorrentes de contratos 
de longo prazo firmados antes de 31 de outubro de 2003; (Incluído pela 
Lei nº. 11.196, de 21/11/2005)

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