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CASO 1 
Desejando comprar o novo IPhone, Joselito, pessoa de apenas 20 anos, resolveu cometer 
o crime de roubo em uma loja. O que ele queria era subtrair o dinheiro do caixa do 
estabelecimento. Joselito, contou sua ideia para Adamastor Creontes, seu vizinho. No 
entanto, ele se recusou a ajudá-lo. 
Joselito, desejando muito o IPhone, quis praticar o roubo sozinho. Joselito entrou no 
estabelecimento, simulou portar uma arma de fogo, ameaçou de morte o único cliente que 
havia na loja e o forçou a sair, pois sua intenção era somente de subtrair dos valores do 
caixa. Quando Joselito conseguiu ter acesso ao caixa, percebeu que o único funcionário 
presente na loja era um senhor de cadeira de rodas. Joselito lembrou de Mariazinha, sua 
amada leviana, e se arrependeu do que estava fazendo e saiu da loja sem levar nada, antes 
mesmo que o funcionário o percebesse. 
Ao sair da loja, Joselito foi surpreendido por policiais militares. Os policiais deram um 
“baculejo” e verificaram que não havia arma em posse de Joselito, e disseram que 
Adamastor Creontes o havia alcaguetado. 
O Ministério Público quando tomou conhecimento dos fatos, requereu a conversão do 
flagrante em preventiva e denunciou Joselito pela prática da conduta prevista no art. 157, 
§ 2º-A, I, c/c o art. 14, II, todos do Código Penal. 
Após decisão do juiz competente da 1ª Vara Criminal de Paulo Afonso/BA, de conversão 
da prisão e recebimento da denúncia, o processo seguiu regularmente. O cliente da loja 
nunca foi ouvido porque não tinha sido localizado, e no dia da ocorrência ele não 
demonstrou interesse em ver Joselito responsabilizado. 
Em sede de interrogatório, Joselito afirmou integralmente os fatos, contando, inclusive 
que se arrependeu do crime que pretendia praticar. No processo constavam a folha de 
antecedentes criminais sem qualquer anotação e a folha de antecedentes infracionais onde 
havia uma representação pela prática de ato infracional análogo ao crime de tráfico de 
tóxicos, com decisão definitiva de procedência da aplicação de medida socioeducativa. O 
juiz abriu prazo para as partes se manifestarem por memoriais. O MP requereu a 
condenação nos termos da denúncia. O advogado de Joselito renunciou aos poderes, 
quando em ato contínuo, o juiz abriu vista para a Defensoria apresentar as alegações 
finais. 
Ao final, o juiz decidiu pela condenação nos termos da denúncia. Ao fixar a pena-base, 
reconheceu os maus antecedentes do ato infracional e aumentou a pena em 06 meses de 
reclusão. Não houve reconhecimento de agravantes nem atenuantes. Na terceira fase, o 
juiz aumentou em 2/3 a pena, por ele ter simulado portar uma arma de fogo, sendo 
dispensável a apreensão dela. Com a redução de 1/3 pela modalidade tentada, a fina final 
restou em 4(quatro) anos de reclusão. O regime inicial aplicado foi o fechado porque o 
magistrado entendeu que o crime de rouba é de gravidade extrema e aterroriza os cidadãos 
de Paulo Afonso todos os dias. Intimado, o MP apenas tomou ciência da decisão. 
A irmãzinha de Joselito procura você para, na condição de advogado, adotar as medidas 
cabíveis. A intimação da sentença pela defesa ocorreu em 18 de dezembro de 2018. Com 
base nas informações expostas acima e naquelas que podem ser inferidas do caso 
concreto, redija a peça cabível, excluída a possibilidade de habeas corpus, no último dia 
do prazo para interposição, sustentando todas as teses jurídicas pertinentes.

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