Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA 02 CRIMINAL DA COMARCA DE PORTO ALEGRE/RS.
Autos nº_______________
Breno, já qualificado nos autos em epígrafe que lhe move o Ministério Público, por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, interpor
APELAÇÃO
com fulcro no art. 593, I, do Código de Processo Penal, não se conformando com a respeitável sentença que o condenou como incurso no art. 157, I c/c art. 14 do Código Penal.
Requer seja recebido e processado o presente recurso, encaminhando 21 as inclusas razões ao Egrégio Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.
Termos em que
pede deferimento
RIO GRANDE DO SUL LOCAL E DATA
Advogado 
OAB
RAZÕES DE APELAÇÃO
APELANTE: BRENO
 APELADO: MINISTÉRIO PÚBLICO
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO GRANDE DO SUL 
COLENDA CÂMARA 
 DOUTA PROCURADORIA DE JUSTIÇA
Não obstante a respeitável sentença proferida pelo Meritíssimo Juízo “a quo”, impõe-se a reforma, pelas razões de fato e de direito abaixo aduzidas.
I – DOS FATOS
Breno, nascido em 7 de junho de 1945, na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, falsifica uma assinatura em uma folha de cheque e a apresenta em loja de eletrodomésticos localizada no bairro de sua residência, com a intenção de realizar compras no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). 
Após a apresentação do cheque, apesar de a falsificação não ser grosseira e ser apta a enganar, o gerente do estabelecimento comercial percebe que aquele cheque não fora assinado pelo verdadeiro correntista do banco, já que o nome que constava do título de crédito era de um grande amigo seu. 
Descoberta a fraude, o referido gerente aciona a polícia, e Breno é preso em flagrante antes de obter a vantagem pretendida. Com o recebimento dos autos, o Ministério Público opina pela liberdade de Breno e oferece denúncia pela prática dos crimes dos arts. 171, caput, e 297, § 2º, na forma do art. 69, todos do Código Penal. 
Após concessão da liberdade provisória e recebimento da denúncia, houve juntada do laudo pericial do cheque, constatando a falsidade e a capacidade para iludir terceiros, bem como da Folha de Antecedentes Criminais, na qual consta uma condenação definitiva pela prática, no ano anterior, do crime de homicídio culposo na direção de veículo automotor, além de uma ação em curso pela suposta prática de crime de furto.
Durante a instrução, todos os fatos acima descritos são confirmados pelas testemunhas, não tendo sido o réu interrogado, já que, apesar de intimado, apresentou problemas de saúde no dia e não pôde comparecer à audiência. Ainda durante a audiência de instrução e julgamento, após a instrução, as partes apresentaram suas alegações, sendo consignado pela defesa o inconformismo com a ausência do réu, já que foi apresentado atestado médico, e, em seguida, o juiz proferiu sentença condenatória nos termos da denúncia, condenando o agente pela prática dos dois delitos em suas modalidades consumadas. 
No momento de fixar a pena-base, aumentou o magistrado a pena do estelionato em dois meses, destacando que o comportamento de Breno não deixa qualquer dúvida de que agiu com dolo. Já a pena do uso de documento falso foi aplicada em seu patamar mínimo. Na segunda fase, não foram reconhecidas atenuantes, mas foi reconhecida a agravante da reincidência, aumentando a pena de cada um dos delitos em mais dois meses de reclusão. 
No terceiro momento, não foram reconhecidas causas de aumento ou de diminuição. Assim, foi fixada a pena de um ano e quatro meses de reclusão e 14 dias-multa, no que tange ao crime de estelionato, e dois anos e dois meses de reclusão e 12 dias-multa para o crime de falsificação de documento equiparado ao público, restando a pena final em três anos e seis meses de reclusão e 26 dias-multa.
 O regime inicial de cumprimento de pena aplicado pelo magistrado foi o semiaberto e não houve substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direito, tudo fundamentado na reincidência do agente. Intimado da decisão, o Ministério Público apenas tomou ciência de seu teor, não apresentando qualquer medida. Já a defesa técnica de Breno foi intimada de seu teor em 6 de dezembro de 2017, quarta-feira, sendo quinta-feira dia útil em todo o país.
II – DO DIREITO
DA NULIDADE
Reza o art. 5º, LV, da CF, o princípio da ampla defesa, ou seja, aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
No caso em tela, como o apelante possuía advogado constituído nos autos e este renunciou antes de apresentar as alegações finais, e o Juízo “a quo” deveria ter intimado o recorrente, para informar se tinha interesse em constituir novo advogado ou ser assistido pela Defensoria Pública.
Assim, resta patente que, a decisão do juiz de encaminhar, imediatamente, os autos para Defensoria Pública violou o princípio da ampla defesa no tocante a defesa técnica. Havendo efetivo prejuízo, pois as alegações finais foram apresentadas sem qualquer contato do Defensor com o apelante sendo este foi condenado.
DO MÉRITO
Prevê o art. 15 do Código Penal que o agente que, voluntariamente, desistir de prosseguir na execução só responde pelos atos já praticados. A desistência voluntária não se confunde com a tentativa.
Nesta, o agente inicia atos de execução, mas não consuma o crime por circunstâncias alheias à sua vontade. Na desistência voluntária, o agente tem possibilidade de prosseguir na empreitada criminosa, mas antes de esgotar todos os meios que têm à sua disposição, desiste voluntariamente de prosseguir e consumar o delito.
No caso, o apelante poderia prosseguir na empreitada criminosa, mas optou por desistir. Iniciada a execução, teve acesso ao caixa do estabelecimento comercial contendo dinheiro, mas, ao verificar que o funcionário do local possuía dificuldades de locomoção, desistiu e abandonou a empreitada criminosa. Restaria, apenas, os atos já praticados, no caso uma ameaça ao cliente que estava no local. 
Ocorre que o crime de ameaça é de ação penal pública condicionada à representação e como esta nunca ocorreu, não poderia o apelante ser condenado por este delito.
Dessa forma, verifica-se que o apelante deve ser absolvido do roubo que lhe foi imputado. Subsidiariamente, caso Vossa Excelência não entenda pela absolvição, requer:
Aplicação da pena base no mínimo legal, tendo em vista a existência de primariedade e bons antecedentes do recorrente, uma vez que a representação pela prática de ato infracional não justifica o reconhe96 cimento de maus antecedentes.
Na 2ª fase, da dosimetria da pena deve ser considerada a atenuante da menoridade relativa, pois o apelante era menor de 21 anos na data dos fatos, assim como a atenuante da confissão, nos termos dos art. 65, 100 I e III, “d”, CP.
Na 3ª fase, deve ser afastada a causa de aumento pelo emprego de arma de fogo, tendo em vista que a vítima nem mesmo foi ouvida e não foi apreendida qualquer arma de fogo com o mesmo. Ademais, não há prova de sua utilização, sendo certo que o apelante apenas simulou estar portando arma de fogo. 
A simulação de porte de arma não traz o incremento do risco, além de nem mesmo se adequar ao princípio da legalidade, já que não houve prova de emprego de arma de fogo, mas tão somente a configuração da grave ameaça.
Nesse sentido, requer a redução máxima da causa de diminuição da tentativa, possibilitando a suspensão condicional da pena, ou então, a fixação do regime inicial de cumprimento aberto, pois a fundamentação do magistrado para aplicação do regime fechado foi insuficiente, tendo em vista que as Súmulas 718 e 719 do STF, ou 440 do STJ trazem o seguinte teor: “a gravidade em abstrato do crime não justifica o reconhecimento de regime inicial de cumprimento de pena mais severo do que aquele de acordo com a pena aplicada”.
PEDIDO
Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, a fim de que seja:	
a) Reconhecida a nulidade a partir da apresentação dos memoriais;b) Absolvido o apelante, nos termos do art. 386, III, do CPP;
c) Subsidiariamente em caso de condenação, seja aplicada a pena base no mínimo legal;
d) Reconhecida as atenuantes da menoridade relativa e confissão espontânea, conforme art. 65, I e III, “d”, CP;	
e) Afastada da causa de aumento e pena do uso de arma, em virtude da ausência de comprovação de sua utilização;
f) Aplicada a causa de diminuição da tentativa, no patamar máximo;
g) Fixado regime inicial de cumprimento aberto, de acordo com o art. 33, § 2º, “c”, do CP.
h) Aplicação da suspensão condicional da pena, nos termos do art. 77 do CP.
i) Expedição do Alvará de Soltura como medida da mais lídima JUSTIÇA!!!
Local e data
Advogado 
OAB
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE
 
DIREITO DA 1ª VARA 02 
CRIMINAL DA COMARCA DE 
PORTO ALEGRE/RS.
 
 
 
 
 
 
Autos nº_______________
 
 
Breno, 
já qualificado
 
nos aut
os em epígrafe que lhe move 
o Ministério
 
Público, 
por seu advogado que 
esta subscreve, vem, respeito
samente, à presença de 
Vossa Excelência, interpor
 
 
APELAÇÃO
 
com fulcro no art. 593, I, do Código de 
Processo Penal, não se confor
mando 
com a respeitável sentença que o c
ondenou como incurso no art. 
157, I c/c art. 
14 do Código Penal.
 
Requer seja recebido e processado o presente recurso, encaminhando 21 as 
inclusas razões a
o Egrégio Tribunal de Justiça do
 
Rio Grande do Sul
.
 
 
Termos em que
 
pede deferimento
 
 
RIO GRANDE DO SUL 
LOCAL E DATA
 
 
Advogado 
 
OAB
 
 
RAZÕES DE APELAÇÃO
 
 
APELANTE: 
BRENO
 
 
APELADO: MINISTÉRIO PÚBLICO
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA 02 
CRIMINAL DA COMARCA DE PORTO ALEGRE/RS. 
 
 
 
 
 
Autos nº_______________ 
 
Breno, já qualificado nos autos em epígrafe que lhe move o Ministério Público, 
por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de 
Vossa Excelência, interpor 
 
APELAÇÃO 
com fulcro no art. 593, I, do Código de Processo Penal, não se conformando 
com a respeitável sentença que o condenou como incurso no art. 157, I c/c art. 
14 do Código Penal. 
Requer seja recebido e processado o presente recurso, encaminhando 21 as 
inclusas razões ao Egrégio Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. 
 
Termos em que 
pede deferimento 
 
RIO GRANDE DO SUL LOCAL E DATA 
 
Advogado 
OAB 
 
RAZÕES DE APELAÇÃO 
 
APELANTE: BRENO 
 APELADO: MINISTÉRIO PÚBLICO

Mais conteúdos dessa disciplina