9 Ritos e mitos

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29/03/2020 9. Ritos e mitos
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ANTROPOLOGIA
9. Ritos e mitos
Por: LAINO ALBERTO SCHNEIDER
 
Neste capítulo, o tema são os ritos e mitos.
Os temas mitológicos são atemporais, e a inflexão cabe à cultura a qual ele
está vinculado. Os mitos oferecem modelos de vida, sendo que
devem ser adaptados ao tempo em que se está vivendo; já os ritos trazem o
movimento da humanidade, sua história.
Mitos:
a) remontam às origens da humanidade;
b) são histórias contadas, mas não têm autor ou criador;
c) são narrativas.
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Ritos:
a) caracterizam-se pela ligação, pelo movimento e por sintetizar a
história e o movimento da cultura;
b) têm como
função integrar o individual ao coletivo ou o indivíduo ao grupo;
c) relatos simbólicos.
Os ritos são a “materialização” dos mitos. Eles fazem parte da mesma
faceta da atividade sacramental. Porém, a função dos ritos é criar, por
repetição, uma temporalidade, integrando a comunidade no todo
cósmico. Os mitos são metáforas da potencialidade espiritual do ser humano.
Dentre os estudiosos da mitologia, destacamos Joseph Campbell:
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Observemos alguns autores:
Lévi‐Strauss --> os mitos e os ritos têm a função de preservar até os dias
atuais formas de reflexão e observação de tempos imemoráveis.
Malinowski --> o mito acarreta uma atitude comunitária e religiosa.
Campbell --> o mito tem quatro funções: Mística; Cosmológica; Sociológica;
Pedagógica.
Ullmann --> a função dos mitos é que as pessoas de uma cultura compartilhem
a mesma maneira de pensar.
A função dos ritos é de integração social; já os mitos têm a função de fomentar
a solidariedade do grupo. 
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Imagem disponível em: <http://www.heroisemitos.com.br/2012/12/a-jornada-do-
heroi.html>. Acesso em: 28 set. 2017. 
1 Ritos de passagem
Antes de iniciarmos, fica um convite para a leitura da reportagem Os rituais dos
guerreiros Xavantes
Os rituais dos guerreiros Xavantes.
Os ritos são o suporte para as transições pelas quais um grupo pretende
passar. 
https://brasil.elpais.com/brasil/2014/11/28/politica/1417197438_573823.html
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Tribo dos Unambal, no noroeste da Austrália - Wikipedia Commons
Os ritos de passagem são:
a) celebrações em que se põe em relevo a mudança de um estado a outro;
b) dizem respeito a eventos marcantes da vida;
c) são as tentativas de superação de problemas;
d) é a vida e seus movimentos (decisões);
e) pode ser material, bem como imaterial – dado o seu caráter sacramental:
mágico, religioso.
f) põe‐se em relevo a mudança de um estado para outro;
g) é de conscientização de valores;
h) pontos mais importantes realçados nos ritos de passagem são: nascimento,
puberdade, casamento e morte.
Nascimento
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 Puberdade
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Casamento
Morte
Os ritos de passagem estão presentes no cotidiano do ser humano, fazem
parte do indivíduo e do todo social, pois é a partir da ritualização que se
estabelece e se organiza a existência no grupo.
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Graças à ritualização é que se verifica se o indivíduo faz parte de um grupo
determinado ou não.
No capítulo sobre os ritos e mitos, aprendemos que os ritos são os grandes
fatores de integração ou de exclusão das pessoas e sociedades nos
processos, pois são eles que auxiliam na identificação e conferem movimentos
aos fatores socioculturais. Compreender essa dinâmica demonstrou que o
dinamismo acontece na integração em que algo permanece enquanto o novo
seleciona e ressignifica o que já foi dado. Na ritualização, acontece a fusão
entre o passado e o futuro. Também verificamos que são os mitos que vão
criando as suas verdades com as suas crenças. Somos o passado na
perspectiva de futuro, pois nos ritos e mitos eternizamos a memória da jornada
que se fez.
ROSSI, Marina. Os rituais dos guerreiros Xavantes: Para passar para a fase
adulta, os meninos dessa etnia enfrentam uma longa batalha. Disponível em:
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<https://brasil.elpais.com/brasil/2014/11/28/politica/1417197438_573823.html>.
Acesso em: 7 out. 2017.
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