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Profa. Dra Samira Reschetti Marcon Médico Residente Gil Lemes Rosa Cuiabá, 20 de abril de 2016 UFMT Avaliação do estado mental OBJETIVO Compreender a importância da avaliação do estado mental no sentido de fornecer elementos para o cuidado em um projeto terapêutico elaborado pela equipe. Compreender as diferentes manifestações de sofrimento psíquico, utilizando tecnologias de assistência em saúde mental. SOFRIMENTO PSÍQUICO EMOÇÕES SENTIMENTOS • Representações culturais • Autoproteção e defesa; • Dificuldades de compreender o comportamento e integrar a assistência ATITUDES INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO: Importante recurso tecnológico norteador para a sistematização do cuidado ATITUDES • Aproximação • Curiosidade • Afastamento • Indiferença Oliveira (2013) A entrevista e o exame mental (muitas vezes não somente no primeiro contato, mas nos subseqüentes) permite a elaboração de um diagnóstico, porém, a avaliação de outras variáveis são tão ou mais importantes do que o diagnóstico. O diagnóstico como dado único, isolado, serve principalmente para estabelecer a estratégia de intervenção psicofarmacológica. O diagnóstico mais, as variáveis extra clínicas permitem determinar uma estratégia de intervenção mais articulada. Saraceno et al. (2010); Oliveira (2013) AVALIAÇÃO DO ESTADO MENTAL PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR (PTS) Objeto de olhares interdisciplinares na sua construção Processo dinâmico não restrito a preenchimento de instrumentos e modificável ETAPAS DAS ATIVIDADES DA EQUIPE DE SAÚDE PROCESSO DE DIAGNÓSTICO Sintomas idade, sexo Problemas trazidos pelo sujeito História do sofrimento/transtorno Agudeza, cronicidade Qualificação diagnóstica por grandes classes PAPEL DA EQUIPE Avaliação dos recursos do sujeito e do serviço Projeto Terapêutico Singular IntervençãoRESULTADO Avaliação periódica Saraceno et al. (2010); CLASSIFICAÇÕES DIAGNÓSTICAS • CID Classificação Internacional das Doenças e de Problemas relacionados à saúde que está na 10ª revisão. • DSM referente ao Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, publicado pela American Psychiatric Association, Washington, sendo a sua 5ª edição conhecida pela designação “DSM V”. A CID-10 é a classificação usada no Brasil nos serviços de saúde para referenciar todos os quadros de enfermidades e doenças, inclusive os transtornos mentais. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicopatologia http://pt.wikipedia.org/wiki/CID http://pt.wikipedia.org/wiki/Manual_Diagn%C3%B3stico_e_Estat%C3%ADstico_de_Transtornos_Mentais http://pt.wikipedia.org/wiki/Manual_Diagn%C3%B3stico_e_Estat%C3%ADstico_de_Transtornos_Mentais http://pt.wikipedia.org/wiki/Manual_Diagn%C3%B3stico_e_Estat%C3%ADstico_de_Transtornos_Mentais http://pt.wikipedia.org/wiki/Manual_Diagn%C3%B3stico_e_Estat%C3%ADstico_de_Transtornos_Mentais http://pt.wikipedia.org/wiki/Manual_Diagn%C3%B3stico_e_Estat%C3%ADstico_de_Transtornos_Mentais http://pt.wikipedia.org/wiki/Manual_Diagn%C3%B3stico_e_Estat%C3%ADstico_de_Transtornos_Mentais http://pt.wikipedia.org/wiki/Manual_Diagn%C3%B3stico_e_Estat%C3%ADstico_de_Transtornos_Mentais http://pt.wikipedia.org/wiki/Manual_Diagn%C3%B3stico_e_Estat%C3%ADstico_de_Transtornos_Mentais http://pt.wikipedia.org/wiki/Manual_Diagn%C3%B3stico_e_Estat%C3%ADstico_de_Transtornos_Mentais http://pt.wikipedia.org/wiki/Manual_Diagn%C3%B3stico_e_Estat%C3%ADstico_de_Transtornos_Mentais http://pt.wikipedia.org/wiki/Manual_Diagn%C3%B3stico_e_Estat%C3%ADstico_de_Transtornos_Mentais http://pt.wikipedia.org/wiki/Manual_Diagn%C3%B3stico_e_Estat%C3%ADstico_de_Transtornos_Mentais http://pt.wikipedia.org/wiki/Manual_Diagn%C3%B3stico_e_Estat%C3%ADstico_de_Transtornos_Mentais http://pt.wikipedia.org/wiki/Manual_Diagn%C3%B3stico_e_Estat%C3%ADstico_de_Transtornos_Mentais http://pt.wikipedia.org/wiki/DSM_IV http://pt.wikipedia.org/wiki/DSM_IV http://pt.wikipedia.org/wiki/DSM_IV http://pt.wikipedia.org/wiki/CID-10 http://pt.wikipedia.org/wiki/CID-10 http://pt.wikipedia.org/wiki/CID-10 CLASSIFICAÇÃO DIAGNÓSTICA Sofrimento psíquico (Classificação indicada pela OPAS) Vertente Desintegração Vertente conflito Transtornos Psicóticos Transtornos neuróticos Saraceno et. al, (2010) Vertente da desintegração Vertente do conflito • Psicoses orgânicas (delirium, demência, transtornos de memória); • Psicoses funcionais (psicoses afetivas, esquizofrenias); • Deficiência mental • Neuroses (TOC, histeria (paralisia, surdez, formigamento...), fobias, pânico, depressões, somatizações (pode acarretar lesão orgânica); • Transtornos da personalidade (abuso fármacos e drogas) Saraceno et. al, (2010) Classificação médica • F00-F09 • F10-F19 • F20-F29 • F30-F48 • F40-F48 • F50-F59 • F60-F69 • F70-F79 • F80-F89 • F90-F98 Classificação OPAS: • Vertente Desintegração • Vertente conflito Classificações diagnósticas AVALIAÇÃO MENTAL • Apresentação • Abordagem (chamar pelo nome, privacidade) • Escutar sujeito (prioridade) • Comunicação adequada a situação • Demonstrar aceitação • Atentar para a expressão verbal e ao conteúdo não verbal • Garantir a segurança Oliveira (2013) • Iniciar com a pergunta: Por que procurou o serviço? Ou Conte-me como você está! Registras as falas entre aspas • Coletar a história do desenvolvimento psicossocial – nascimento, infância, puberdade, casamento, escolaridade, convívio familiar e social, uso de drogas, etc. • História familiar – situações de perdas e adoecimentos, costumes, hábitos e valores, uso de drogas/álcool. • História do problema que demandou o atendimento – como começou, como evoluiu, fatores que contribuem para agravar ou amenizar a situação, tratamentos realizados, uso de medicamentos, etc. AVALIAÇÃO MENTAL Oliveira (2013) EXAME MENTAL HISTÓRIA EXPRESSÃO VERBAL COMPORTAMENTO PERCEPTÍVEL RACIOCÍNIO CLÍNICO AVALIAÇÃO MENTAL FUNÇÕES PSÍQUICAS Afetividade Pensamento Senso- percepção Orientação Consciência Atenção Memória Linguagem Psicomotricidade Juízo crítico O que avaliar? AVALIAÇÃO MENTAL CONDIÇÕES GERAIS Observar: • Aparência geral: (físico, cabelo, maquiagem, vestimenta, higiene e cuidado pessoal); • Expressão facial: (olhar, boca, testa); • Postura • Comportamento: Atitude: hostil, sedutor, reservado, extrovertido, desinibido, preocupado, perturbado, comportamentos bizarros, cooperação com a entrevista, isolamento. Oliveira (2013) AFETIVIDADE Capacidade de experimentar sentimentos e emoções Alterações: • Ansiedade • Embotamento afetivo • Incongruência do afeto • Euforia • Anedonia • Ambivalência afetiva • Labilidade afetiva • Afeto deprimido Oliveira (2013) PENSAMENTO Ato reflexivo Alterações: Distúrbio no curso do pensamento: Aceleração do pensamento Lentificação e pobreza do pensamento Interceptação ou bloqueio Distúrbio na produção ou forma do pensamento: Fuga de ideias Afrouxamento das associações Desagregação do pensamento Distúrbio no conteúdo do pensamento: Delírios Oliveira (2013) Delírios *Delírio de perseguição ou persecutório *Delírio de grandeza *Delírio místico ou religioso *Delírio de influência *Delírio de referência *Delírio niilista *Delírio de negação de órgãos *Delírio sexual ou amoroso *Delírio de ciúme, infidelidade conjugal Oliveira (2013) SENSO PERCEPÇÃO Formas de alucinações: * Visuais * Táteis e de contato * Olfativas e gustativas * Auditivas Alteração de Senso-percepçãoAlucinações Ilusões Sonorização do pensamento Audição de vozes sobre forma de diálogo Audição de vozes que interferem na atividade Oliveira (2013) Refere-se a capacidade de se auto-reconhecer e de situar-se no tempo e espaço. TEMPO: O paciente identifica as datas corretamente, podem ser datas aproximadas, hora do dia, se hospitalizado se sabe há quanto tempo. ESPAÇO: O paciente sabe onde está? PESSOA: O paciente sabe seu nome, relações de parentesco…ORIENTAÇÃO Alterações: • Desorientação alo e/ou autopsíquica Oliveira (2013) CONSCIÊNCIA Estado de alerta, capacidade de responder a estímulos e reconhecimento de si e da realidade. Alterações quantitativas: • Turvação/ obnubilação/ sonolência (rebaixamento leve a moderado) • Estupor • Coma (não há atividade voluntária consciente) • Estado confusional agudo (delirium) Oliveira (2013) No aspecto da atenção espontânea, destacam-se as alterações: Hipervigilância - hiperatenção aos estímulos ambientais, dificuldade de concentração. Hipovigilância – desatenção em relação ao ambiente. Pode haver ou não prejuízo da concentração. ATENÇÃO Atenção voluntária: concentração ou capacidade de manter este foco. Atenção espontânea: focaliza o interesse incidentalmente de acordo com as demandas do ambiente. Oliveira (2013) É a capacidade de registrar, manter e relembrar situações ou fatos ocorridos. Pode-se dividi-la em três: Memória imediata (poucos segundos). Se relaciona com a atenção. Memória de fixação ou curto prazo (dias ou horas) Memória de evocação ou longo prazo (fatos passados) Oliveira (2013) MEMÓRIA LINGUAGEM Instrumento de comunicação e importante na elaboração e expressão do pensamento. Alterações: • Logorréia • Bradilalia • Mutismo • Ecolalia • Mussitação (repetição palavras sem sentido, murmúrio) Oliveira (2013) PSICOMOTRICIDADE Alterações • Hipobulia • Negativismo • Compulsão (automutilação, comprar...) • Excitação psicomotora • Inibição psicomotora • Tiques • Acatisia Oliveira (2013) • Auto avaliação • Visão realista de si mesmo • Compreensão de suas dificuldades e qualidades • Capacidade de julgamento JUÍZO CRÍTICO Oliveira (2013) Filmes Referências: • DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artmed, 2014. • OLIVEIRA, A. G. B. Entrevista inicial e exame psíquico. In: MARCOLAN, J. F.; CASTRO, R. C. B. R. de. Enfermagem em saúde mental e psiquiátrica: desafios e possibilidades do novo contexto do cuidar. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. p.03-17. • SARACENO, B. et. al. Manual de saúde mental: guia básico de atenção primária. São Paulo: Hucitec, 2010. T e le s s a ú d e M a to G ro s s o - T e le E d u c a M T Núcleo Técnico Científico de Telessaúde MT www.telessaude.mt.gov.br www.youtube.com/teleeducamatogrosso www.teleconhecimentomt@gmail.com Tel: (65) 3615-7352 (65) 3661-3559/3661-2934 http://www.teleconhecimentomt@gmail.com/
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