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Anamnese Psiquiátrica e Exame do Estado Mental 1
🩺
Anamnese Psiquiátrica e 
Exame do Estado Mental
Índice
Introdução
Técnicas de vínculo:
Técnicas para perguntas:
Técnicas facilitadoras:
Técnicas para temas sensíveis:
Aspectos éticos
Estrutura da entrevista
Dados de identificação
Nome completo
Sexo / gênero
Cor da pele / etnia
Data de nascimento / idade atual
Procedência
Residência
Grau de escolaridade
Estado civil
Profissão / ocupação
Religião / credo / prática religiosa
Endereço
Forma de contato
Queixa principal e duração
Anamnese Psiquiátrica e Exame do Estado Mental 2
História da doença atual (HDA)
Início dos sintomas (ordem cronológica)
Evolução do quadro
Episódios anteriores semelhantes
Fatores de melhora ou piora
Tratamentos anteriores e sua eficácia
História patológica pregressa / Antecedentes pessoais patológicos
Doenças clínicas pregressas
História psiquiátrica
Antecedentes pessoais / Curva de vida e personalidade pré-mórbida
Pré-natal e nascimento (SN)
Desenvolvimento na infância, adolescência e idade adulta
Personalidade pré-mórbida
História familiar
Situação sócio-econômica
Hábitos de vida
Exame do Estado Mental
Avaliação geral do paciente
Aparência
Postura e atitudes durante a consulta
Exame das funções mentais
Nível de consciência
Estado cognitivo (OAMI)
Pensamento
Linguagem
Sensopercepção
Humor / afeto
Volição, impulso e prospecção
Psicomotricidade
Capacidade de insigths
Exame Clínico / Físico Geral
Instrumentos de avaliação psiquiátrica
Inventário neuropsiquiátrico 
Escala de avaliação de depressão de Hamilton
Escala de depressão geriátrica 
Escala Barratt de impulsividade
Escala geral de atividades de vida diárias 
Instrumento abreviado de avaliação de qualidade de vida 
Escala de satisfação com a vida 
Questionário de falhas cognitivas
Escala de avaliação de mania de Young
Escala de depressão pós parto de Edimburgo
Anamnese Psiquiátrica e Exame do Estado Mental 3
https://www.youtube.com/watch?v=0wtgr9wyXTo
Introdução
Eurípedes, poeta grego do século V a.C., escritor de clássicas tragédias, dizia que 
“um mau começo leva a um mau final”. 
Técnicas de vínculo:
Vínculo de autenticidade → 
apresentar-se de modo simples e 
empático, com humanidade.
Exemplo - Iniciar a conversa 
falando sobre algo casual, sem 
relação aparente com o motivo 
do encontro (cidade, tempo, 
religião).
Vínculo da empatia → demonstrar 
compreensão acerca do sentimento 
apresentado pelo paciente.
Exemplo - Expressar pelo olhar, 
expressão facial, postura 
corporal e/ou afirmações 
empáticas.
“Imagino como isso deve 
estar sendo difícil para 
você e como deve estar 
querendo voltar a se sentir 
alegre.”
Vínculo do conhecimento → 
validar os sintomas trazidos pelo 
paciente e elaborar perguntas 
Técnicas para 
perguntas:
Perguntas abertas → para 
estimular o paciente a se 
expressar.
Exemplos - “Como posso 
ajudá-lo? O que fez o senhor 
procurar um especialista?”.
Perguntas focadas → para 
explorar alguns tópicos específicos.
Exemplo - “Como está seu 
sono ultimamente?”
Perguntas fechadas → para 
explorar sintomas não discutidos ao 
longo da entrevista. Se for feita 
com opções, importante ter mais de 
duas para evitar influenciar nas 
respostas do paciente. 
Exemplo - “Qual é a sua 
principal dificuldade no sono: 
demora para adormecer, 
acorda várias vezes durante a 
noite ou desperta muito cedo?”
Questionário CAGE
Teste de Fagerstrom
https://www.youtube.com/watch?v=0wtgr9wyXTo
Anamnese Psiquiátrica e Exame do Estado Mental 4
passando a ideia de “eu conheço o 
seu caso”. 
Aliança terapêutica → passar o 
sentimento de confiança, de ambas 
as partes, com cortesia, 
sensibilidade e acolhimento. 
Exemplo - “eu estou com você 
e quero lhe ajudar”. 
Técnicas facilitadoras:
Incentivos não verbais → 
estimulando o paciente a continuar 
falando, como manter o contato 
visual, sorrir discretamente, 
assentir com a cabeça ou um leve 
movimento de inclinação do corpo.
Incentivos verbais → 
demonstrando que está 
acompanhando e registrando o que 
está sendo relatado. 
a. Expressões reforçadoras - 
“entendo”, “continue”, 
“compreendo”, “prossiga”.
b. Escuta reflexiva - repetindo as 
últimas palavras do paciente 
com uma interrogação.
c. Elaboração de um breve 
resumo - pequena revisão do 
assunto para o paciente 
esclarecer possíveis dúvidas ou 
para transicionar para outro 
tema. 
Técnicas para temas 
sensíveis:
Normalização → introduzir a 
pergunta com uma afirmação 
“normalizadora”, sugerindo que o 
comportamento é compreensível, 
ou até esperado, no contexto 
vivenciado. 
 Exemplo - “Algumas pessoas, 
quando estão vivenciando um 
intenso sofrimento emocional, 
pensam em tirar a própria vida. 
Já aconteceu alguma vez com 
você?” ou “Muitos pacientes 
com depressão que 
acompanho já me relataram 
pensamentos de suicídio. Em 
algum momento, isso já passou 
pela sua cabeça?”. 
Expectativa de sintomas → 
questionar, dando a entender que 
já espera uma resposta afirmativa.
Exemplo - “Como você se 
diverte com seus amigos?”, 
“Vou para algumas festas raves 
com eles”, “E quantas balas 
Anamnese Psiquiátrica e Exame do Estado Mental 5
você toma em uma dessas 
festas?”, “Nem seu Dr, umas 
duas ou três”. 
Exagero dos sintomas → ver se o 
paciente, por achar que o 
comportamento será mal visto ou 
que será julgado, está 
minimizando-o. 
Exemplo - ‘Você bebe todo 
dia?”, “Sim Dr, apenas meia 
garrafa por dia”. 
Redução da culpa → elaborar a 
pergunta de modo a expressar que 
não será feito juízo de valor sobre 
as ações do paciente. 
Exemplo - “Você me falou que 
seu amigo ficou irritado e 
agressivo com você.”, “Sim, ele 
perde o controle algumas 
vezes.”, “E você revidou? Bateu 
nele?”, “Tive que me defender 
e o empurrei contra a parede”. 
Aspectos éticos
Confidencialidade:
Pressuposto ético fundamental da entrevista. 
Anamnese Psiquiátrica e Exame do Estado Mental 6
Mesmo que implícito, deve ser firmado no primeiro encontro.
Faz com que o paciente sinta mais confiança para expor seus 
conteúdos mais íntimos.
Quebra do sigilo médico-paciente de acordo com o Código de Ética Médica 
(CFM) e a legislação vigente:
Motivo justo, dever legal ou consentimento, por escrito, do paciente - 
Capítulo IX, artigo 73.
Quando a não revelação possa acarretar dano ao paciente - Capítulo IX, 
artigo 74, ou a terceiros. 
Exemplo - risco elevado de suicídio ou ideação homicida.
Notificação compulsória de doenças transmissíveis (Lei nº 6259/75 e 
decreto 49.974-A/69). 
Estrutura da entrevista
https://s3-us-west-2.amazonaws.com/secure.notion-static.com/49d20811-c8c
4-414e-9fc5-14217bd229cc/ORIENTACOES_PARA_EXAME_PSIQUITRICO.
pdf
Dados de identificação
Perguntar ativamente os dados pré-clínicos, mesmo que já escritos, pois pode-
se extrair informações importantes sobre a patologia do paciente. 
Na presença de elementos errôneos colhidos neste tópico, já se pode iniciar a 
pressuposição diagnóstica (vendo o comprometimento da cognição, áreas de 
memória e orientação auto e alopsíquica). 
Nome completo
Sexo / gênero
Cor da pele / etnia
Estado civil
Não necessariamente o estado legal. 
Na psiquiatria é importante saber 
se o paciente tem uma rede de 
https://www.notion.so/signed/https%3A%2F%2Fs3-us-west-2.amazonaws.com%2Fsecure.notion-static.com%2F49d20811-c8c4-414e-9fc5-14217bd229cc%2FORIENTACOES_PARA_EXAME_PSIQUITRICO.pdf?table=block&id=49534af1-6b6f-47ba-8b13-433cc3c1a937&spaceId=25073d3c-94ad-49b1-807d-6b5e539f166a&userId=3aa7ebee-98f9-4c3c-b9fa-691102cdd001&cache=v2
Anamnese Psiquiátrica e Exame do Estado Mental 7
Data de nascimento / idade 
atual
Procedência
Residência
Grau de escolaridade
apoio e um pilar nessa rede são as 
relações afetivas. 
Profissão / ocupação
Religião / credo / prática 
religiosa
Endereço
Forma de contato
Queixa principal e duração
Motivo da consulta ou queixa que mais lhe incomoda no momento, na 
presença de várias queixas.
Outra opção quando há um conjunto mais amplo de sintomas 
e comportamentos e/ou imprecisão no tempo deinício, o 
registro pode ser iniciado na HDA.
Escrita entre aspas e nas palavras do paciente.
História da doença atual (HDA)
Apenas da doença psíquica.
Coletar queixas, sintomas mais significativos, sinais, comportamentos 
diretamente do paciente. 
Acompanhantes podem auxiliar a elucidar a HDA nos casos de pacientes 
confusos, com processos demenciais, deficiência intelectual ou quadros 
psicóticos. 
Início dos sintomas (ordem cronológica)
Agudo ou insidioso;
Possíveis fatores psicossociais ocorridos antes do aparecimento do transtorno;
Relação com evento passível para causalidade ou não.
Evolução do quadro
Anamnese Psiquiátrica e Exame do Estado Mental 8
Como vem se apresentando no passar do tempo.
Piora e melhora, mantém piora, mantém melhora …
Episódios anteriores semelhantes
Fatores de melhora ou piora
Eventos que pioram ou melhoram os sintomas ao longo do tempo;
Relação com ritmos circadianos:
💡 - Variação dos sintomas ao longo do dia, dos meses/anos. 
- Relação com o período pré-menstrual, menarca ou menopausa. 
Uso de medicamentos.
Tratamentos anteriores e sua eficácia
Conhecer a sensibilidade do paciente a medicamentos, efeitos adversos;
Adesão ao tratamento prévio;
Concepção do paciente a respeito das doenças e suas terapêuticas (nível de 
insigth).
Se houve internação, se sim, qual foi a causa.
História patológica pregressa / Antecedentes 
pessoais patológicos
Doenças clínicas pregressas
TCEs, convulsões, disfunções tireoidianas, infecção no SNC.
Doenças crônicas e/ou debilitantes.
Uso de medicações “não psiquiátricas”.
Alergias, cirurgias e/ou internações anteriores.
História psiquiátrica
Caso passe algum ponto importante da HDA.
Anamnese Psiquiátrica e Exame do Estado Mental 9
Antecedentes pessoais / Curva de vida e 
personalidade pré-mórbida
Pré-natal e nascimento (SN)
Gestação:
Gravidez planejada, desejada, pré-natal, infecções ou 
doenças durante a gestação, uso de medicações durante a 
gestação, uso de drogas durante a gestação.
Parto: 
Via de parto, Apgar, peso, icterícia neonatal, distúrbio 
metabólico, hipóxia, intercorrências, uso de fórceps. 
Desenvolvimento na infância, adolescência e idade adulta
Infância:
Condições de saúde, desenvolvimento motor, da linguagem e 
controle esfincteriano. 
Efetivação do calendário vacinal. 
Vida escolar, socialização e aprendizagem. 
Comportamento ante frustrações / limites. 
Indícios de abuso físico ou sexual.
Adolescência:
Vida escolar, rendimento escolar, bulliyng, sexualidade, 
relacionamentos. 
Relacionamento com os pais ou figuras de autoridade. 
Vivência de perdas ou separações precoces.
Vida adulta: 
Anamnese Psiquiátrica e Exame do Estado Mental 10
Relacionamento conjugal, vida social, vida 
laboral/acadêmica.
Personalidade pré-mórbida
Como o paciente era antes do adoecimento.
Temperamento, padrões habituais de comportamento, funcionamento 
laboral/acadêmico, relacionamentos interpessoais.
Impacto do transtorno mental em sua trajetória de vida.
“Em que nível isso está prejudicando a sua vida?”
História familiar
Parentes e círculo social mais próximos → Pai, mãe, irmãos, cônjuge, filhos, 
etc.
Histórico de doenças psiquiátricas, história de suicídio, violação da lei.
Uso de psicofármacos e seus efeitos clínicos:
Possíveis similaridades genéticas quanto a resposta e tolerabilidade.
Funcionamento social, antecedentes importante e atmosfera familiar.
Genograma e ecomapa.
Situação sócio-econômica
Importante para avaliar outros fatores que interferem no processo saúde-
doença e possibilidade de compra de medicamentos.
Hábitos de vida
Tabagismo, etilismo, uso de drogas lícitas ou ilícitas:
Frequência, quantidade, material de uso, locais de uso, motivação para 
parar, quando parou, início, interferência no cotidiano.
Sono:
Número de horas por dia, satisfação, sono diurno, insônia (demora para 
pegar no sono, sono intercalado ou período curto de sono), hipersonia, 
sonambulismo, etc.
Anamnese Psiquiátrica e Exame do Estado Mental 11
Apetite/dieta:
Alimentação quantitativa e qualitativa.
Avaliar aumento ou diminuição do peso.
Sexualidade:
Diminuição ou aumento do desejo sexual, incapacidade de experimentar o 
prazer, ejaculação precoce ou retardada, necessidade de obter informações 
sobre o assunto, sexo seguro, planejamento familiar, etc.
Exame do Estado Mental
Avaliação geral do paciente
Aparência
1. Quanto à idade e saúde;
2. Presença de deformidades e peculiaridades físicas;
3. Modo de vestir-se e os cuidados pessoais, incluindo ordem, asseio e 
excentricidades.
4. Expressão facial, através da mímica e enquanto sinais sugestivos de doença 
orgânica, depressão, ansiedade, alegria exagerada ou sem motivo aparente.
Marcha, tipo de roupas, maquiagem, adornos, higiene pessoal, cabelos 
alinhados ou em desalinho.
Postura e atitudes durante a consulta
Relação e atitude para o entrevistador.
Cooperativo, opositor, hostil, suspicaz, reivindicante, arrogante, inibido, 
desinibido, sedutor, invasivo, evasivo, jocoso, irônico, dramático, teatral, pueril, 
dissimulado, indiferente, passivo, fóbico, agressivo, petulante, cabisbaixo, 
inseguro, histriônico, expansivo, submisso, maneirismo…
Exame das funções mentais
Anamnese Psiquiátrica e Exame do Estado Mental 12
Nível de consciência
Estado de lucidez em que a pessoa se encontra. 
Na neurologia avaliamos apenas o nível de vigilância, na psiquiatria avaliamos o 
aspecto quantitativo (nível de vigilância) + aspecto qualitativo (contato com a 
realidade, percepção, reconhecimento).
Inclui o reconhecimento da realidade externa ou de si mesmo em determinado 
momento, e a capacidade de responder a estímulos.
💡 Alterações quantitativas (do nível de vigilância ou estado de alerta):
Vigil → abertura ocular espontânea, estado alerta e responsivo. 
Sonolento → lentificação dos processos ideacionais com resmungos 
incoerentes ou movimentos desorganizados. 
Obnubilado → semelhante à letargia, o paciente tem interesse diminuído 
pelo ambiente, respostas lentas ao estímulo e tende a dormir mais que o 
normal, com torpor entre os estados do sono. 
Torporoso / estuporoso → estado de alerta profundamente reduzido, 
exceto quando há um estímulo doloroso e fala incompreensível. 
Coma → não pode ser acordado, estado de inconsciência profunda.
Anamnese Psiquiátrica e Exame do Estado Mental 13
💡 Alterações qualitativas (do campo da consciência):
Estados crepusculares → estreitamento transitório da consciência, com 
conservação de uma atividade relativamente coordenada (ex. na 
epilepsia, quadros de embriaguez, esquizofrenia). 
Dissociação da consciência → perda momentânea da unidade psíquica 
(fragmentação da consciência), (ex. recebeu uma notícia de CA terminal - 
passa a não focar consciente na doença). 
Transe → perda da consciência da identidade, conservação da 
consciência do ambiente. Uma espécie de sonho acordado. 
Estado segundo → semelhante ao estado crepuscular, mas a atividade 
psicomotora é estranha à personalidade do sujeito. Atos extravagantes, 
em contradição com a educação e conduta habitual do paciente, mas 
quase nunca graves e violentos. Mais frequentemente provocada por 
choques emocionais intensos. 
Possessão → substituição da sua realidade por outra. 
Estado hipnótico → atenção fixada para coisa única e a forma de reagir 
à realidade fica prejudicada. 
Experiência de quase morte → experiência transcultural e sugerem ou 
um mecanismo cerebral similar ou acesso a uma realidade transcedente.
Estado cognitivo (OAMI)
ORIENTAÇÃO
Autopsíquica → em relação a pessoa (dados pessoais, se 
reconhece familiares e pessoas com quem está em contato).
Mais difícil de ser alterada.
Alopsíquica → quanto ao tempo e espaço.
A criança se orienta melhor no espaço primeiro - a 
temporal é mais sofisticada.
ATENÇÃO → capacidade de centrar-se em uma atividade. 
Anamnese Psiquiátrica e Exame do Estado Mental 14
💡 Hipoprosexia → diminuição global da atenção. 
Hiperprosexia → muita tenacidade ou muita vigilância.
Vigilância(atenção espontânea)→ capacidade não 
intencional de redirecionar o foco de atenção para estímulos 
externos. 
💡 Hipervigilante → vigilância aumentada. 
Hipovigilante → vigilância diminuída.
Tenacidade (atenção voluntária) → “colar”, “fixar” - 
capacidade de manter-se em uma tarefa específica, 
resistindo à fadiga.
💡 Hipotenacidade → não consegue manter sua atenção 
em uma tarefa específica. 
Hipertenacidade → mantém sua atenção de maneira 
intensa e duradoura, sobre um determinado fato/tarefa 
em detrimento das demais.
⚠ Tenacidade e vigilância são qualidades opostas: se 
uma aumenta, a outra tende a diminuir de intensidade.
Concentração → capacidade de manter a atenção 
voluntária, em processos internos de pensamento ou em 
alguma atividade mental. 
Anamnese Psiquiátrica e Exame do Estado Mental 15
💡 Examinar pedindo para se subtrair, consecutivamente, 
o número 7 a partir do 100 (Mini Exame do Estado 
Mental - MEEM).
MEMÓRIA → capacidade de registrar, fixar, reter, evolar e 
reconhecer objetos, pessoas, experiências ou estímulos 
sensoriais. 
Imediata → últimos 5 minutos.
Recente → últimos dias e horas.
Remota → desde os primeiros anos de vida. 
INTELIGÊNCIA → conjunto de habilidades cognitivas resultante 
dos diferentes processos intelectuais. 
Inclui raciocínio, planejamento, resolução de problemas, 
pensamento abstrato, compreensão de ideias complexas, 
aprendizagem rápida e aprendizagem a partir da 
experiência. 
Compara-se a média esperada para o grupo social, cultural 
e para a faixa etária. 
Anamnese Psiquiátrica e Exame do Estado Mental 16
💡 Raciocínio lógico; 
Capacidade de fazer contas; 
Dificuldades em estudar; 
Capacidade de abstração (analogias e metáforas); 
Capacidade de generalização; 
Juízo crítico (perceber e avaliar adequadamente a 
realidade externa e separar do mundo interno e 
subjetivo). 
Pensamento
Conjunto de funções integrativas capazes de associar conhecimentos prévios e 
novos, integrar a estímulos externos e internos, analisar, abstrais, julgar, concluir, 
sintetizar e criar. 
Forma → relação e nexo das ideias entre si. 
Anamnese Psiquiátrica e Exame do Estado Mental 17
💡 Coerência → em relação à sintaxe. 
Logicidade → fundado na realidade. 
Circunstancialidade → expressão do pensamento por 
meio de detalhes irrelevantes e redundantes, mas o 
paciente consegue chegar no objetivo. 
Tangencialidade → o objetivo nunca é alcançado, ou 
não é claramente definido, embora o paciente fique 
perto da meta. 
Arborização do pensamento → as ideias se 
encadeiam mas os pensamentos tendem a se 
distanciar do foco original, com mudanças progressivas 
do tema do discurso (ex. quadros maniformes, alguns 
quadros psicológicos). 
Fuga de ideias → associações tênues ou livres, o 
paciente muda de tema do discurso de forma muito 
mais rápida que na arborização (ex. fase maníaca do 
TAB). 
Prolixidade → incapacidade de distinguir o que é 
fundamental. 
Perseveração → dificuldade em abandonar o tema do 
discurso (ex. transtornos mentais orgânicos). 
Desagregação do pensamento → as ideias tendem a 
não se encadearem uma nas outras, sendo o discurso 
composto por frases desconexas, ou às vezes frases 
desconexas (salada de palavras) (ex. quadros 
psicóticos). 
Fluxo / curso → velocidade em que as ideias passam pelo 
pensamento.
Anamnese Psiquiátrica e Exame do Estado Mental 18
💡 Acelerado, lentificado, adequado, bloqueado. 
Conteúdo → conceitos emitidos pelo paciente e sua relação 
com a realidade. 
💡 Conteúdo predominante / ideias prevalentes → 
conteúdo que em função de sua carga afetiva, ocupa 
maior parte do pensamento. 
Preocupações. 
Obsessões → pensamentos de caráter intrusivo, 
reconhecidos pelo próprio paciente como absurdas, 
mas de difícil controle. 
Ideação suicida ou homicida. 
Presença de delírios → crenças irreais podendo ser 
de referência, persecutória, mística, grandiosidade, de 
ruína, ciúme. 
 # Convicção irremomível e crença inabalável. 
 # Deve ser impenetrável e incompreensível 
para o indivíduo normal. 
 # Impossibilidade de conteúdo plausível.
Linguagem
Modo de se comunicar. 
Envolve linguagem verbal, gestos, olhar, expressão facial e escrita.
Quantidade → espontânea, não espontânea, apenas em 
resposta a perguntas, mutismo, monossilábico, etc.
Anamnese Psiquiátrica e Exame do Estado Mental 19
Velocidade → rápida, lenta, hesitante, latência para iniciar as 
respostas.
Qualidade → conteúdo do discurso (pobre, elaborado), 
alterações na articulação das palavras (disartria), prejuízo na 
compreensão ou transmissão de ideias (afasia), neologismos, 
ecolalia, gagueira, rouquidão.
Volume → alto ou baixo.
Sensopercepção
Capacidade de perceber e interpretar os estímulos que se apresentam aos órgãos 
dos cinco sentidos. 
Ilusões → ocorrem quando os estímulos reais são confundidos 
ou interpretados erroneamente.
Alucinações → ocorrem quando há percepção sensorial na 
ausência de estímulos externos (percepção sem objeto). 
Despersonalização → alteração da percepção de si próprio, 
manifestada por sentimento de estranheza ou irrealidade.
Desrealização → alteração na percepção do meio ambiente.
Humor / afeto
HUMOR OU
ESTADO DE
ÂNIMO
Estado emocional de longa duração, interno, não dependente de
estímulos externos. É a tonalidade de sentimento predominante. Pode
influenciar a percepção de si mesmo e do mundo ao seu redor. - Exemplo
→ depressivo, ansioso, eufórico, disfórico.
AFETO
Experiência imediata e subjetiva das emoções sentidas em relação à
situação. Inclui a manifestação externa da resposta emocional do paciente
a eventos. Acompanha uma ideia ou representação mental. Pode ou não
ser congruente com o humor. - Exemplos → tristeza, culpa, alegria,
vergonha.
EMOÇÕES Movimentos afetivos intensios, com apresentação brusca e de curta
Anamnese Psiquiátrica e Exame do Estado Mental 20
duração. Momentâneas, desencadeadas por estímulos importantes. -
Exemplo → tristeza, raiva, alegria, medo.
SENTIMENTOS
Conjunto amplodas experiências afetivas. Vivências afetivas constituídas
pela fusão entre emoções, humor, sentimentos, sensações corporais,
conteúdos intelectuais, valores e representação. - Exemplos → amizade,
paixão, amor, agressividade, perigo.
Avalia-se pela expressão facial, gestos, tonalidade afetiva da voz, conteúdo do 
discurso e psicomotricidade, choro fácil, risos imotivados, etc. 
Qualidade do afeto → tristeza, culpa, alegria, vergonha, etc.
Modulação do afeto → capacidade de variar entre afetos.
Anamnese Psiquiátrica e Exame do Estado Mental 21
💡 Hipermodulação → aumento da modulação afetiva 
esperada em determinada situação existencial. 
Hipomodulação → diminuicão da modulação afetiva 
esperada em determinada situação existencial. 
Labilidade afetiva → emoções e estados de ânimos 
modificam-se constantemente com ou sem a influência 
dos estímulos externos (ex. deficiência mental, 
personalidades imaturas, lesões cerebrais, mania). 
Embotamento → praticamente nenhum sinal de 
expressão afetiva, a voz é monótona e o rosto imóvel. 
Rigidez → indivíduo não deseja/tem dificuldade ou 
impossibilidade de modular e mudar as emoções. 
Ambivalência afetiva → apresentação simultânea de 
sentimentos contraditórios sobre um mesmo objeto ou 
situação (ex. amor e ódio simultâneos sem que um 
anule o outro - obsessões, esquizofrenia, TAB). 
Paratimia ou afetos inadequados → incongruência 
afetiva. Desajuste entre as emoções e o conteúdo das 
vivencias (ex. chorar e lamentar-se ao receber uma 
boa notícia - síndromes orgânico-cerebrais, 
esquizofrenia residual). 
Incontinência afetiva → falta de controle sobre as 
emoções, que susgem de modo brusco e exagerado, 
diante de pequenos estímulos, sem que se possa 
controlar (ex. demência senil). 
Tonalidade afetiva
Anamnese Psiquiátrica e Exame do Estado Mental 22
💡 Hipotimia → sintomas depressivos. 
Hipertimia → euforia. 
Disforia → tonalidade afetiva desagradável, mal-
humor. 
Apatia → diminuição da excitabilidade emotiva eafetiva, subjetiva (ex. depressão, esquizofrenia). 
Anedonia → paciente percebe sua perda da 
capacidade de sentir prazer (ex. depressão 
melancólica). 
Indiferença ou frieza afetiva → falta ou perda da 
capacidade de produção de respostas emocionais, não 
manifestam sentimentos pelos outros, não sentem 
afetos, podem ser brutos, sem culpa ou remorso (ex. 
personalidades antissociais, dependentes de heroína, 
dependentes de álcool com lesões cerebrais). 
Volição, impulso e prospecção
Volição/vontade → normobulia, hipobulia, abulia, hiperbulia.
Psicomotricidade
Integração das funções motrizes e mentais sob o efeito da educação e do 
desenvolvimento do sistema nervoso. Exibidos pelo paciente durante a entrevista.
Velocidade e intensidade da mobilidade geral da marcha, 
quando sentado e na gesticulação. 
Agitação ou retardo
Acatisia → movimento de “amassar o barro”.
Maneirismos → movimentos involuntários e esteriotipados.
Anamnese Psiquiátrica e Exame do Estado Mental 23
Tiques → movimentos involuntários e espasmódicos.
Presença de sinais de catatonia → obediência automática, 
flexibilidade cérea. 
Capacidade de insigths
Não é uma condição estática, podendo haver uma modificação nas consultas 
subsequentes.
a) Consciência do problema:
Consciência de apenas um problema;
Consciência de que tal problema pode ser um transtorno mental;
b) Capacidade de nomear ou renomear os sintomas.
c) Adesão aos tratamentos propostos.
Exame Clínico / Físico Geral
TÓPICO AVALIAÇÃO E RELAÇÃO COM A PSIQUIATRIA
Estado geral
(Ectoscopia)
Nível de consciência, orientação, postura, fáscies, tegumento,
fâneros, tecido subcutâneo, edemas e presença ou não de
linfonodomegalias. - Presença de lesões elementares de pele
podem ser sugestivas de lesões autoinfringidas, comportamento de
skin pickin ou cicatrizes de automutilações. - Quantidade e
distribuição de pelos, assim como espessura das unhas, pois a
alopecia pode ser induzida por estabilizadores de humor e outros
psicofármacos ou pode sugerir comportamento de tricotilomania.
Medidas
antropométricas
Peso, altura e IMC podem revelar algumas condições medicas. -
IMC < 18,5 pode sugerir recusaalimentar ou diminuição do apetite.
- IMC < 17 e associado a outros sintomas pode indicar anorexia
nervosa. - IMC elevado também é importante pois pode influenciar
a escolha de agentes terapêuticos e análise de efeitos colaterais de
algumas medicações que levam ao ganho ponderal.
Aferição da Pressão
Arterial (PA)
- Pacientes com transtorno de ansiedade podem apresentar
comorbidades com HAS e risco CVC mais elevado quando
comparados à população geral. - Sindrome serotoninérgica
associada a alguns medicamentos que aumentam o nível de
serotonina no SNC pode aumentar a PA.
Temperatura corporal - Para descartar alterações em doenças infecciosas que cursem
Anamnese Psiquiátrica e Exame do Estado Mental 24
com quadros confusionais ou alterações associadas a alguns
psicofármacos (ex. clozapina).
Frequência Cardíaca
(FC)
- É comum haver taquicardia em razão de efeitos anticolinérgicos
ou bloqueio alfa-1-adrenérgico de antipsicóticos e dos ADT. - A
síndrome da taquicardia ortostática postural é um diagnóstico
diferencial para sintomas de ansiedade e crise de pânico.
Cabeça
- Condições psiquiátricas como depressão, ansiedade, transtorno
do pânico e transtorno obsessivo-compulsivo são comorbidades
frequentes em indivíduos com enxaqueca e cefaleia tensional. -
Pacientes com migrânea têm maior prevalência de ansiedade
generalizada e/ou depressão maior, principalmente nos casos com
aura. - Tontura e vertigem pode ocorrer como efeito colateral de
alguns psicofármacos.
Olhos, ouvidos, nariz
e garganta
- Glaucoma é um alerta na escolha de medicações com efeito
anticolinérgico. - Visão borrada ou turva pode ser efeito colateral de
ADTs, trazodona e clozapina. - Zumbidos podem ser induzidos por
psicofármacos, assim como fazer parte da síndrome de retirada de
antidepressivo. - Afonia pode ser desencadeada por episódios
dissociativos.
Sistema respiratório
- Diferenciar doenças pulmonares ou obstruções de dispneias
psicogênicas.
Sistema
cardiovascular
- Palpitações e taquicardia podem ser sintomas ansiosos mas
devem ser avaliados para verificar a ocorrência de ritmo cardíaco
irregular ou sopros.
Trato gastrointestinal
- Gosto amargo ou metálico podem ocorrer pelo uso de ADT e lítio.
- Constipação e diarréia podem ser efeitos colaterais de
medicamentos ou sintomas ansiosos.
Exame neurológico
Avaliar nervos cranianos, equilíbrio, marcha, motricidade,
coordenação e sensibilidade.
Instrumentos de avaliação psiquiátrica
Inventário neuropsiquiátrico 
Escala de avaliação de depressão de Hamilton
Escala de depressão geriátrica 
Anamnese Psiquiátrica e Exame do Estado Mental 25
Escala Barratt de impulsividade
Escala geral de atividades de vida diárias 
Instrumento abreviado de avaliação de qualidade de 
vida 
Escala de satisfação com a vida 
Questionário de falhas cognitivas
Escala de avaliação de mania de Young
Escala de depressão pós parto de Edimburgo
Questionário CAGE
Teste de Fagerstrom

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