Buscar

Resumo Dalgalarrondo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Débora Pimenta - Famed XIII
Saúde Mental
Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais
INTRODUÇÃO GERAL À SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA
DEFINIÇÃO DE PSICOPATOLOGIA E ORDENAÇÃO DOS SEUS FENÔMENOS
FORMA E CONTEÚDO DOS SINTOMAS: PATOGÊNESE E PATOPLASTIA
ORDENAÇÃO DOS FENÔMENOS EM PSICOPATOLOGIA
SÍNDROMES E ENTIDADES NOSOLÓGICAS (TRANSTORNO ESPECÍFICOS)
CRITÉRIOS DE NORMALIDADE
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIAGNÓSTICO PSICOPATOLÓGICO
A PERDA DO SUJEITO DOENTE
MODELO BIOPSICOSSOCIAL
DESENVOLVIMENTO NORMAL DA CRIANÇA E ADOLESCENTE
FORMULAÇÃO PSICOLÓGICA PSICODINÂMICA
PERSPECTIVA BEHAVIORISTA
ENTREVISTA PSIQUIÁTRICA
MEMÓRIAS COGNITIVAS - FASES
INTRODUÇÃO A PSICOFARMACOLOGIA
ANTIDEPRESSIVOS
ESTABILIZADORES DE HUMOR
BENZODIAZEPÍNICOS
ANTIPSICÓTICOS
INTRODUÇÃO GERAL À SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA
● Semiologia é a ciência dos signos, campo de grande importância para o estudo da
linguagem, da música, das artes em geral, etc.
● Semiologia psicopatológica: sinais e sintomas dos transtornos mentais.
● Signo: sinal especial, sempre provido de significação. Ex: febre pode ser sinal/signo
de uma infecção; fala extremamente rápida e fluente pode ser sinal/signo de
síndrome maníaca.
● Signos de maior interesse para a psicopatologia
○ signos comportamentais - observação direta do paciente.
Débora Pimenta - Famed XIII
○ sintomas - vivências subjetivas relatadas pelos indivíduos.
DEFINIÇÃO DE PSICOPATOLOGIA E ORDENAÇÃO DOS SEUS
FENÔMENOS
● Psicopatologia: ciência que trata da natureza essencial da doença ou transtorno
mental, suas causas, mudanças estruturais e funcionais associadas a ela e suas
formas de manifestação.
● No seu estudo, não se julga moralmente aquilo que se estuda, busca-se apenas
observar, identificar e compreender os diversos elementos do transtorno mental.
FORMA E CONTEÚDO DOS SINTOMAS: PATOGÊNESE E PATOPLASTIA
● Forma dos sintomas: alucinação, delírio, ideia obsessiva, fobia, etc.
● Conteúdo: de culpa, religioso, de perseguição, de um delírio, de uma alucinação,
etc.
● Patogênese: processo de como os diferentes sintomas da psicopatologia se formam
e se estruturam.
● Patoplastia: a configuração e preenchimento dos conteúdos dos sintomas, ou seja,
como a forma é preenchido pelos temas específicos.
Débora Pimenta - Famed XIII
ORDENAÇÃO DOS FENÔMENOS EM PSICOPATOLOGIA
● Fenômenos semelhantes em todas ou quase todas as pessoas: experiências que
são semelhantes a todos os indivíduos: sede, sono, fome, medo, etc.
● Fenômenos em parte semelhantes e em parte diferentes: fenômenos que o ser
humano comum experimenta, mas que apenas em parte são semelhantes. Ex: sentir
tristeza, entretanto, tem as pessoas que tem depressão grave.
● Fenômenos qualitativamente novos, distintos das vivências normais: ocorrências e
vivências psicopatológicas. Ex: alucinações, delírios, turvação de consciência, etc.
Doença Transtorno Diagnóstico
condição médica na qual os
fatores causais ou a
fisiopatologia são
conhecidos
condição médica na qual os
fatores causais ou a
fisiopatologia não são
conhecidos
opinião clínica de um
profissional sobre a
presença de uma
doença/transtorno em um
paciente particular
SÍNDROMES E ENTIDADES NOSOLÓGICAS (TRANSTORNO
ESPECÍFICOS)
● Os sinais e os sintomas não ocorrem de forma aleatória: clusters;
● Síndromes: agrupamentos relativamente constantes e estáveis de determinados
sinais e sintomas. A síndrome é puramente uma definição descritiva de um conjunto
momentâneo e recorrente de sinais e sintomas.
● Transtornos específicos: como esquizofrenia, doença de Alzheimer, anorexia
nervosa, etc.). São os fenômenos mórbidos nos quais podem-se identificar (ou pelo
menos presumir com certa consistência) certas causas ou fatores causais (etiologia),
o curso relativamente homogêneo, certos padrões evolutivos e estados terminais
típicos.
● Alterações comportamentais e mentais são de intensidade acentuada e de longa
duração, com sofrimento mental intenso e disfunções graves no dia a dia.
Débora Pimenta - Famed XIII
CRITÉRIOS DE NORMALIDADE
Normalidade como ausência de doença “ausência de sintomas, de sinais ou de
doenças”.
“aquele indivíduo que não é portador de um
transtorno mental definido. Tal critério é
bastante falho e precário, pois baseia-se
em uma “definição negativa”, ou seja,
define-se a normalidade pelo que lhe falta
(Almeida Filho & Jucá, 2002).”
Normalidade ideal Depende de critérios socioculturais e
ideológicos arbitrários.
Normalidade estatística norma e frequência. O normal passa a ser
aquilo que se observa frequentemente.
Normalidade como bem-estar OMS: saúde = “completo bem-estar físico,
mental e social” e não simplesmente como
ausência de doença. Conceito criticável por
ser muito amplo e impreciso. Completo
bem-estar físico, mental e social é utópico.
Normalidade como processo Aspectos dinâmicos do desenvolvimento
psicossocial, das desestruturações e das
reestruturações ao longo do tempo, de
crises, de mudanças próprias a certos
períodos etários. Conceito particularmente
útil na chamada psicopatologia do
desenvolvimento relacionada a psiquiatria e
Débora Pimenta - Famed XIII
psicologia clínica de crianças, adolescentes
e idosos.
Normalidade subjetiva Percepção subjetiva do próprio indivíduo
em relação a seu estado de saúde Falhas:
sint. Psicóticos, mania, depressão.
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIAGNÓSTICO PSICOPATOLÓGICO
Diagnóstico: são ideias fundamentais para o trabalho clínico e para o conhecimento
científico.
Baseia-se principalmente no perfil de sinais e sintomas apresentados pelo paciente na
história do transtorno, desde que surgiu até o momento atual da avaliação.
Quase sempre baseado preponderantemente nos dados clínicos (Não há sintomas
patognomônicos em psicopatologia, ou seja, não existem sinais ou sintomas
psicopatológicos específicos de determinado transtorno mental):
1) Entrevista psiquiátrica:
2) Dosagens laboratoriais:
3) Exames de imagem:
4) Testes psicológicos:
5) Exame do Estado Mental (EEM):
Débora Pimenta - Famed XIII
Débora Pimenta - Famed XIII
A PERDA DO SUJEITO DOENTE
Confiabilidade e validade do diagnóstico
em psicopatologia (reliability)
produzir, em relação a um mesmo indivíduo
ou para diferentes pacientes, o mesmo
diagnóstico. Reprodutibilidade do
diagnóstico.
Validade (validity): capacidade de um procedimento
diagnóstico identificar ou medir. Comparar
Débora Pimenta - Famed XIII
com o “padrão-ouro” A validade também se
refere à capacidade de o diagnóstico prever
a evolução do caso, a resposta a
tratamentos específicos e o desfecho final
do transtorno diagnosticado
Sensibilidade novo procedimento diagnóstico está
relacionada a sua capacidade de detectar
com acurácia os casos verdadeiros
incluídos na categoria diagnóstica que se
visa identificar.
Especificidade procedimento refere-se à capacidade de
identificar verdadeiros “não casos” em
relação à categoria diagnóstica que se
pesquisa.
MODELO BIOPSICOSSOCIAL
DESENVOLVIMENTO NORMAL DA CRIANÇA E ADOLESCENTE
● Neurodesenvolvimento: Processo dinâmico que inicia durante o período gestacional
e termina na vida adulta.
Vida embrionária Neurulação, placa neural, tubo neural,
proliferação neuronal, migração neuronal;
0 a 6 meses Desenvolvimento intelectual, social,
emocional;
6 a 12 meses Desenvolvimento intelectual
Débora Pimenta - Famed XIII
8 meses Os sons das suas vocalizações começam a
acompanhar as modulações da conversa
dos adultos - utiliza "mamã" e "papá" com
significado
10 meses noção de causa-efeito encontra-se já bem
desenvolvida; Progressiva melhoria da
capacidade de atenção e concentração; A
primeira palavra poderá surgir por volta dos
10 meses + desenvolvimento social.
> 10 meses maior interesse pela interação com outros
bebês + desenvolvimento emocional
1 a 2 anos Desenvolvimento intelectual, social e
emocional
2 a 3 anos Desenvolvimento intelectual, da
consciência de si, social, emocional.
4 a 5 anos Desenvolvimento intelectual, social,
emocional, moral.
5 a 6 anos Desenvolvimento intelectual, social,
emocional, moral.
7 a 12 anosDesenvolvimento emocional e
comportamental
TEORIA DO APEGO
FORMULAÇÃO PSICOLÓGICA PSICODINÂMICA
1) Dependência Estágio oral Confiança X desconfiança básica
2) Controle Estágio anal Autonomia x vergonha/culpa
3) Autoestima Estágio Fálico Iniciativa X culpa _ auto eficácia
4) Intimidade/relacionamentos triádicos Estágio edípico
PERSPECTIVA BEHAVIORISTA
Reforço comportamental de um comportamento de adaptativo;
Reforço negativo para comportamento desejável;
Associação entre comportamento e estímulo ambiental que deflagre o comportamento.
Débora Pimenta - Famed XIII
ENTREVISTA PSIQUIÁTRICA
● Às vezes, o entrevistador precisa ouvir muito, pois o indivíduo “precisa muito falar,
desabafar, etc”, outras vezes, o entrevistador deve falar mais para que o paciente
não se sinta muito tenso ou retraído.
● Contexto institucional: UBS, CAPS, etc.
● Objetivos da entrevista: diagnóstico clínico, criar vínculo terapêutico inicial, etc.
● Personalidade do entrevistador: introvertido x extrovertido.
● Entrevistador deve evitar:
○ Posturas rígidas;
○ Atitude excessivamente neutra ou fria;
○ Reações exageradamente emotivas;
○ Julgamentos;
○ Reações emocionais intensas de pena ou compaixão;
○ Responder com hostilidade ou agressão;
○ Entrevistas excessivamente prolixas;
○ Fazer muitas anotações.
● Não tem haver com quantidade de tempo, mas sim, qualidade da atenção.
● Avaliar:
○ comunicação verbal;
○ não-verbal: centro da comunicação, inclui toda a carga emocional do ver e
ser visto, postura, vestimentas, etc.
Débora Pimenta - Famed XIII
○ sigilo e discrição;
● Crítica do paciente e insight em relação a sintomas e transtorno:
○ Insight: não é um fenômeno categorial e unidimensional, mas inclui vários
níveis de intensidade e distintas dimensões. Composto por 3 componentes:
■ Consciência de que tem um problema:
● Consciência de que tem um problema;
● Consciência de que tal problema pode ser um transtorno
mental.
● OBS: paciente em psicose aguda ou mania aguda quase
nunca têm insight, muitas vezes nem reconhecem que têm
algum problema; já aqueles fora do estado agudo costumam
ter relativamente um pouco mais de insight.
■ Modo de nomear e renomear os sintomas;
■ Adesão a tratamentos propostos: geralmente, pessoas que têm
insight sobre sua condição psicopatológica aceitam seguir os
tratamentos, inclusive o uso de psicofármacos.
EEM:
Débora Pimenta - Famed XIII
Débora Pimenta - Famed XIII
Débora Pimenta - Famed XIII
Possíveis atitudes globais do paciente
Débora Pimenta - Famed XIII
1) consciência:
a) Definição neuropsicológica: “consciência” no sentido de estado de vígil
(vigília), se iguala a consciência ao grau de clareza do sensório. Ou seja,
estar desperto, acordado, vígil, lúcido. Especificamente = nível de
consciência.
b) Definição psicológica: soma total das experiências conscientes de um
indivíduo em determinado momento. É a dimensão subjetiva da atividade
psíquica do sujeito que se volta para a realidade. Na relação do Eu com o
meio ambiente, a consciência é a capacidade do indivíduo de entrar em
contato com a realidade, perceber e reconhecer os objetos.
c) Alterações normais da consciência:
i) Ritmos circadianos
ii) Sono
iii) O sonho
Débora Pimenta - Famed XIII
d) Alterações patológicas quantitativas da consciência:
i) rebaixamento do nível de consciência
(1) obnubilação
(2) torpor
(3) sopor
(4) coma
ii) Perda abruptas da consciência
(1) Lipotimia: perda parcial e rápida da consciência.
(2) Síncope: colapso bem súbito, com perda abrupta e completa
da consciência.
iii) Síndromes psicopatológicas associadas ao rebaixamento prolongado
do nível de consciência
(1) Delirium
e) Alterações qualitativas da consciência
i) Estados crepusculares: obnubilação leve é acompanhada de relativa
conservação da atividade motora coordenada.
ii) Estado segundo
iii) Dissociação da consciência
iv) Estado hipnótico
2) atenção: direção da consciência, o estado de concentração da atividade mental
sobre determinado objeto. Dois tipos:
a) Voluntária: exprime a concentração ativa e intencional da consciência sobre
um objeto.
b) Espontânea: atenção suscitada pelo interesse momentâneo, incidental, que
desperta este ou aquele objeto.
c) Atenção externa: projetada para fora do mundo subjetivo do sujeito;
Débora Pimenta - Famed XIII
d) Atenção interna: que se volta para os processos mentais do próprio
indivíduo. Ação mais reflexiva, introspectiva e meditativa.
e) Atenção focal: se mantém concentrada sobre um campo determinado e
relativamente delimitado e restrito da consciência.
f) Atenção dispersa: não se concentra em um campo determinado,
espalhando-se de modo menos delimitado.
g) Tenacidade: capacidade do indivíduo de fixar e manter sua atenção sobre
determinado estímulo, em um tema da conversa ou em um campo de
atenção.
h) Vigilância: aspecto da atenção relacionado a mudança de foco, de um objeto
para outro. - Hipervigilância = atenção salta rapidamente de um estímulo
para outro.
i) Atenção flutuante: estado de como deve funcionar a atenção do psicanalista
durante uma sessão analítica. pág 92
3) orientação: capacidade de situar-se quanto a si mesmo e quanto ao ambiente é
elemento básico da atividade mental e fundamental para a sobrevivência do
indivíduo. Importante verificação das perturbações do nível de consciência, da
percepção, da atenção, da memória e de toda cognição.
a) Desorientação autopsíquica: pessoa pode estar desorientada quanto a si
mesmo.
b) Desorientação somatopsíquica: quanto ao próprio corpo.
c) Desorientação alopsíquica: quanto ao espaço e tempo.
EEM:
Débora Pimenta - Famed XIII
1) Postura,
2) consciência,
3) orientação,
4) atenção
EEM:
1) Sensopercepção
a) Sensação: fenômeno passivo elementar gerado por estímulos físicos,
químicos ou biológicos variados, originados fora ou dentro do organismo, que
produzem alterações nos órgãos receptores, estimulando-os. Dimensão
neuronal.
b) Percepção: fenômeno ativo, entende-se a tomada de consciência, pelo
indivíduo, do estímulo sensorial. Dimensão propriamente neuropsicológica e
psicológica.
Alterações quantitativas da sensopercepção: imagens perceptivas têm
intensidade anormal, para mais ou menos.
● Hiperestesia: condição na qual as percepções encontram-se
anormalmente aumentadas em sua intensidade ou duração. Ocorre
por intoxicações por alucinógenos.
● Hiperpatia: sensação desagradável (queimação dolorosa) é produzida
por um leve estímulo da pele. Comum nas síndromes talâmicas.
● Hipoestesia: observada em alguns pacientes com depressão grave,
o mundo circundante é percebido como mais escuro, odores perdem
intensidade.
● Hipoestesias táteis: alterações localizadas em territórios cutâneos de
inervação anatomicamente determinada, compondo as síndromes
sensitivas.
● Anestesias táteis: perda da sensação tátil em determinada área da
pele.
● Analgesias: perda das sensações dolorosas.
Alterações qualitativas:
● Ilusão: percepção deformada, alterada, de um objeto real e presente.
Há sempre um objeto real e presente externo real, gerador do
processo de sensopercepção, tal percepção é deformada, adulterada
por fatores patológicos diversos. Ocorre em três condições básicas:
○ Estados de rebaixamento do nível de consciência;
○ Estados de fadiga grave ou de inatenção marcante;
○ Alguns estados afetivos.
Tipos de ilusão:
● Ilusões visuais: paciente geralmente vê pessoas,
monstros, animais, etc.
● Ilusões auditivas: surgem a partir de estímulos
sonoros inespecíficos.
● Alucinação: percepção de um objeto sem que este esteja presente,
sem o estímulo sensorial respectivo.
○ Alucinações auditivas
Débora Pimenta - Famed XIII
■ Alucinações auditivas simples: ouve-se apenas ruídos
primários; tinnitus. Mais frequente são zumbidos.
■ Complexas: alucinação audioverbal, na qual o paciente
escuta vozes sem qualquer estímulo real. Geralmente
são vozes que ameaçam ou insultam. Ex: na
esquizofrenia.
■ Musicais: de tons musicais, melodias, ritmos e
harmonias sem o correspondente estímulo auditivo
externo. Menos frequente.
○Alucinações visuais
■ Simples (fotopsias): indivíduo vê cores, bolas e pontos
brilhantes. Mais comum em pacientes com doenças
oculares, com déficit ou privação visual.
■ Complexas ou configuradas: incluem figuras e imagens
de pessoas, de parte do corpo, de entidades, de
objetos inanimados, animais ou crianças.
○ Alucinações táteis: paciente sente espetadas, choque ou
insetos ou pequenos animais correndo sobre sua pele.
■ Olfativas (fantosmias): manifestam-se como o “sentir” o
odor de coisas pobres, de cadáver, de fezes, de gás,
etc. Ex: na esquizofrenia, em epilepsia do lobo
temporal ou até mesmo precedendo crises de
enxaqueca.
■ Gustativas (fantageusias): os pacientes sentem, na
boca, o sabor de ácido, de sangue, de urina, etc., sem
qualquer estímulo gustativo presente.
● Alucinose: fenômeno pelo qual o paciente percebe a experiência
alucinatória como estranha a sua pessoa. Ocorre mais em quadros
psico-orgânicos. Na visual, ocorre mais em casos por intoxicações
por substância alucinógenas.
● Pseudo-alucinação: fenômeno que, embora se pareça com a
alucinação, dela se afasta por não apresentar os aspectos vivos e
corpóreos de uma imagem perceptiva real. Apresenta mais as
características de uma imagem representativa, de uma
representação. Auditiva, a voz é pouco nítida, por exemplo.
2) memória:
MEMÓRIAS COGNITIVAS - FASES
Memória: capacidade de codificar, armazenar e evocar as experiência, impressões e fatos
que ocorrem em nossas vidas. Todos os processos relacionados com a memória são
altamente contextualizados, integrados em uma rede de múltiplas informações e contextos
da vida. Possui três elementos básicos:
1) Codificação: captar, adquirir e codificar informações. Depende muito da atenção.
2) Armazenamento: reter as informações de modo fidedigno.
Débora Pimenta - Famed XIII
3) Recuperação ou evocação (lembranças ou recordações): fase em que as
informações são recuperadas para distintos fins.
a) Lembrança: capacidade de acessar elementos no banco da memória de
longo prazo.
b) Reconhecimento: capacidade de identificar uma informação apresentada ao
sujeito com informações já disponíveis na memória de longo prazo.
c) Esquecimento: impossibilidade de evocar e recordar.
Processo de memorização (codificação, armazenamento e evocação) depende de;
● Nível de consciência e estado geral do organismo;
● Atenção focal;
● Organização e distribuição temporal;
● Interesse e colorido emocional → relacionado à vontade e afetividade.
● Conhecimento anterior;
● Capacidade de compreensão do significado da informação;
● Estabelecimento de um contexto rico e elaborado;
● Codificação da informação nova em mais de uma via.
Lei de Ribot:
Memória Cognitiva Processo Temporal
Memória Cognitiva Classificação por Estrutura Cerebral
1) Memória de trabalho: processos e habilidades da atenção e os da memória imediata.
2) Memória episódica: relacionada a eventos específicos da experiência pessoal do
indivíduo, ocorridos em determinado contexto.
3) Memória semântica: refere-se ao aprendizado, à conservação e à utilização do
arquivo geral de conceitos e conhecimentos do indivíduo. Conhecimentos gerais
sobre o mundo. Ex: céu é azul.
4) Memória de procedimentos: memória automática não consciente. Ex: habilidades
motoras e perceptuais, como andar de bicicleta.
Alterações patológicas quantitativas
Alterações patológicas qualitativas (paramnésia)
Envolvem sobretudo a deformação do processo de evocação. Tipos:
● Ilusões mnêmicas:
● Alucinações mnêmicas:
3) afeto vontade
4) pensamento e juízo
Débora Pimenta - Famed XIII
INTRODUÇÃO A PSICOFARMACOLOGIA
ANTIDEPRESSIVOS
ESTABILIZADORES DE HUMOR
BENZODIAZEPÍNICOS
ANTIPSICÓTICOS
Prova
1) Defina anamnese médica e os dados a serem investigados
Anamnese médica é o recolhimento de todos os dados necessários para um
diagnóstico pluridimensional do paciente, inclui informações como dados sociais ou
identificação (nome, idade, estado civil, família, naturalidade e residência,
escolaridade e se exerce algum tipo de trabalho, se possui alguma religião, se está
com acompanhante), dados demográficos, a queixa principal (motivo para o
atendimento, paciente relata com suas palavras), a história da moléstia atual
(queixa, há quanto tempo, fatores desencadeantes e de alívio ou agravo, evolução
clínica, tratamentos prévios ou atuais, etc., e os antecedentes patológicos. Pode-se
investigar ainda, a história de vida do indivíduo, como a história psiquiátrica
pregressa (desenvolvimento neuropsicomotor, uso de substâncias lícitas ou ilícitas,
se teve alguma doença e qual, se usa algum medicamento, etc.), avaliação das
interações familiares e sociais do paciente; e história familiar (avaliação de doenças
clínicas e psiquiátricas entre os membros da família, se tem histórico de depressão,
por exemplo).
Débora Pimenta - Famed XIII
2) Transcorra sobre os princípios gerais do diagnóstico psicopatológico
Diagnóstico: são ideias fundamentais para o trabalho clínico e para o conhecimento
científico. Pode-se dizer que é uma hipótese clínica do profissional de saúde sobre a
presença de um transtorno em um paciente.
1. Baseia-se principalmente no perfil de sinais e sintomas apresentados pelo paciente
na história do transtorno, desde que surgiu até o momento atual da avaliação.
2. Quase sempre baseado preponderantemente nos dados clínicos:
a. Entrevista psiquiátrica;
b. Dosagens laboratoriais;
c. Exames de imagem;
d. Testes psicológicos;
e. Exame do Estado Mental (EEM);
3. Não há sintomas patognomônicos em psicopatologia, ou seja, não existem sinais ou
sintomas psicopatológicos específicos de determinado transtorno mental.
4. O diagnóstico, muitas vezes, apenas é possível pela observação do curso do
transtorno. Observação do padrão evolutivo do quadro clínico, o que pode fazer com
o que o profissional repense e refaça continuamente seu diagnóstico.
5. O diagnóstico deve ser sempre pluridimensional, várias dimensões clínicas e
psicossociais devem fazer parte da construção diagnóstica completa: identificar o
transtorno, avaliação da personalidade e do nível intelectual do paciente, etc.
6. Por último, confiabilidade e validade do diagnóstico em psicopatologia. A
confiabilidade (reliability) refere-se a capacidade de produzir em circunstância
diversas o mesmo diagnóstico. Já a validade (validity) é a capacidade de um
procedimento diagnóstico conseguir captar, identificar e medir o que se propõe a
reconhecer. Ou seja, comparar um procedimento com outro para conseguir validá-lo,
tem a ver também com prever a evolução do caso, resposta ao tratamento e
desfecho. A sensibilidade está relacionada a capacidade de detectar com precisão
os casos verdadeiros. Por fim, a especificidade, refere-se a identificação de
verdadeiros “não casos”.
3) O que são caps?
CAPS: Centros de Atenção Psicossocial, em suas diferentes modalidades, são
pontos de atenção estratégicos da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). São
unidades especializadas em prestação de saúde aberta e comunitária, composto por
uma equipe multidisciplinar. Realiza atendimentos aos indivíduos com sofrimento
mental ou transtorno mental. Lembrando que devem ser substitutos e não
complementares aos hospitais psiquiátricos.
4) Descreva o exame do estado mental, citando pelo menos 5 esferas a serem
avaliadas
Primeiro, a consciência. A definição neuropsicológica da palavra é no sentido de
estado de vigília, se iguala a consciência ao grau de clareza do sensório. Ou seja,
estar desperto, acordado, vígil, lúcido. Especificamente é o nível de consciência. Já
a definição psicológica é a soma total das experiências conscientes de um indivíduo
em determinado momento; é a dimensão subjetiva da atividade psíquica do sujeito
que se volta para a realidade. Na relação do Eu com o meio ambiente, a consciência
Débora Pimenta - Famed XIII
é a capacidade do indivíduo de entrar em contato com a realidade, perceber e
reconhecer os objetos. Como alterações normais da consciência pode-se citar os
ritmos circadianos, o sono e os sonhos. Alterações patológicasquantitativas da
consciência está relacionada ao rebaixamento do nível de consciência, como
obnubilação, torpor, sopor e coma.
Segundo, a atenção, que é a direção da consciência, o estado de concentração da
atividade mental sobre determinado objeto. Podemos citar - 1. Voluntária: exprime a
concentração ativa e intencional da consciência sobre um objeto. 2. Espontânea:
atenção suscitada pelo interesse momentâneo, incidental, que desperta este ou
aquele objeto. 3. Atenção externa: projetada para fora do mundo subjetivo do sujeito.
4. Atenção interna: que se volta para os processos mentais do próprio indivíduo.
Ação mais reflexiva, introspectiva e meditativa. 5. Atenção focal: se mantém
concentrada sobre um campo determinado e relativamente delimitado e restrito da
consciência. 6. Atenção dispersa: não se concentra em um campo determinado,
espalhando-se de modo menos delimitado. 7. Tenacidade: capacidade do indivíduo
de fixar e manter sua atenção sobre determinado estímulo, em um tema da conversa
ou em um campo de atenção. 8. Vigilância: aspecto da atenção relacionado a
mudança de foco, de um objeto para outro. no estado de hipervigilância, atenção
salta rapidamente de um estímulo para outro. 9. Atenção flutuante: estado de como
deve funcionar a atenção do psicanalista durante uma sessão analítica.
Terceiro, orientação: capacidade de situar-se quanto a si mesmo e quanto ao
ambiente, é elemento básico da atividade mental, é fundamental para a
sobrevivência do indivíduo. Importante verificação das perturbações do nível de
consciência, da percepção, da atenção, da memória e de toda cognição. Pode-se
citar a desorientação autopsíquica, a pessoa pode estar desorientada quanto a si
mesmo, e a desorientação alopsíquica, quanto ao espaço e tempo.
Quarto, a sensopercepção, que é a sensação, é um fenômeno passivo elementar
gerado por estímulos físicos, químicos ou biológicos variados, originados fora ou
dentro do organismo, que produzem alterações nos órgãos receptores,
estimulando-os; dimensão neuronal. A percepção, por sua vez, é fenômeno ativo,
entende-se a tomada de consciência, pelo indivíduo, do estímulo sensorial;
dimensão propriamente neuropsicológica e psicológica. Citando as alterações
quantitativas da sensopercepção: imagens perceptivas têm intensidade anormal,
para mais ou menos. Pode-se conceituar ainda a hiperestesia, condição na qual as
percepções encontram-se anormalmente aumentadas em sua intensidade ou
duração; ocorre por intoxicações por alucinógenos e a hipoestesia, observada em
alguns pacientes com depressão grave, por exemplo, o mundo circundante é
percebido como mais escuro, odores perdem intensidade.
Por fim, a memória, que é capacidade de codificar, armazenar e evocar as
experiência, impressões e fatos que ocorrem em nossas vidas. Todos os processos
relacionados com a memória são altamente contextualizados, integrados em uma rede de
múltiplas informações e contextos da vida. Possui três elementos básicos, a codificação,
que é captar, adquirir e codificar informações; depende muito da atenção. O
armazenamento que é a retenção das informações de modo fiel; e a recuperação ou
evocação (lembranças ou recordações), que é a fase em que as informações são
recuperadas para distintos fins. Pode-se conceituar também a lembrança, que é a
Débora Pimenta - Famed XIII
capacidade de acessar elementos no banco da memória de longo prazo. O reconhecimento,
capacidade de identificar uma informação apresentada ao sujeito com informações já
disponíveis na memória de longo prazo e o esquecimento, impossibilidade de evocar e
recordar.
5) Diferencie alucinação de ilusão.
Alucinação é a percepção clara e definida de um objeto sem que este esteja
presente, sem o estímulo sensorial respectivo. Já a ilusão é a percepção
deformada, alterada, de um objeto real e presente. Há sempre um objeto real e
presente externo real, gerador do processo de sensopercepção, tal percepção é
deformada, adulterada por fatores patológicos diversos. Ocorre em três condições
básicas: estados de rebaixamento do nível de consciência; estados de fadiga grave
ou de inatenção marcante e em alguns estados afetivos, subdiv

Continue navegando