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2019 MODERNIDADE E POS MODERNIDADE (1)

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PROFESSOR: JOÃO CARLOS DUARTE
PRÉ-MODERNIDADE - CIDADEZINHA QUALQUER
Casas entre bananeiras
Mulheres entre laranjeiras
Pomar amor cantar
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar... as janelas se olham.
Eta vida besta meu Deus.
ANDRADE, Carlos Drumond de. Antologia poética 42ª ed. Rio de Janeiro: Record, 1999.
*
CONCEITUANDO A PRÉ MODERNIDADE
	Na Comunidade Primitiva, onde o modo de produção era comunal, tudo era feito em comum, não havia classes sociais.
	Em seguida, os povos da Antiguidade e, posteriormente, a sociedade na Idade Média possuíam ainda algumas características da sociedade antiga.
	 O meio dominante de produção era a terra e a forma econômica dominante era a agricultura.
	As sociedades pré-modernas não possuíam consciência histórica. 
	Elas eram capazes de reproduzir-se por períodos extremamente longos; o trabalho não constituía uma esfera separada, existia inferioridade social e forte dependência econômica. 
http://www.brasilescola.com/sociologia/a-sociedade-individuo-educacao-que-temos-queremos.htm
	
Clara passeava no jardim com as crianças.
O céu era verde sobre o gramado,
A água era dourada sob as pontes,
Outros elementos eram azuis, róseos, alaranjados,
O guarda civil sorria, passavam bicicletas,
A menina pisou na relva para pegar um pássaro, 
O mundo inteiro, a Alemanha, a China, tudo era 
tranqüilo em redor de Clara.
CRÍTICA À MODERNIDADE - LEMBRANÇA DE UM MUNDO ANTIGO.
ANDRADE, Carlos Drumond de. Antologia poética 42ª ed. Rio de Janeiro: Record, 1999.
As crianças olhavam para o céu: não era proibido.
A boca o nariz, os olhos estavam abertos. 
Não havia perigo.
Os perigos que clara temia eram a gripe, o calor, os insetos.
Clara tinha medo de perder o bonde das 11 horas,
Esperava cartas que custavam a chegar,
Nem sempre podia usar vestido novo. 
Mas passeava no Jardim, pela manhã!!!
Havia jardins, havia manhãs naquele tempo!!!
CONCEITUANDO A MODERNIDADE
	A modernidade, nascida com a ilustração, teria privilegiado o universal e a racionalidade; teria sido positivista e tecnocêntrica, acreditado no progresso linear da civilização, na continuidade temporal da história, em verdades absolutas, no planejamento racional e duradouro da ordem social e política e teria apostado na padronização dos conhecimentos e da produção econômica como sinais da universalidade. 
	 (CHAUÍ,Marilena.Público, privado e despotismo. São Paulo: Companhia das Letras.)
	
Características da modernidade
	A modernidade, nascida com ilustração, teria privilegiado:
	o universal;
	a racionalidade;
	o positivismo; 
	a técnica; 
	a individualidade ;
	Secularização – laicização;
	a autonomia.
 O pensamento moderno teria acreditado: 
	que a razão e o método científico são as únicas fontes do conhecimento válidas,
	na negativa da concepção de mundo derivada de dogmas, da superstição e da fantasia.
	no planejamento racional e duradouro da ordem social e política;
	no progresso linear da civilização;
	 em verdades absolutas;
	 na padronização dos conhecimentos.
	 QUESTÃO ENADE 2006 .(CHAUÍ,Marilena.Público, privado e despotismo. São Paulo: Companhia das Letras.)
Bases para o surgimento da modernidade:
	 Revolução Industrial
	 Iluminismo e Revolução Francesa.
	SURGIMENTO DO ESTADO MODERNO
REFLEXOS DA MODERNIDADE.
	 Racionalização/ burocratização.
	 Dominação legal - contratos, códigos
	 Reino da impessoalidade.
CRISE DA RAZÃO OCIDENTAL – ESCOLA DE FRANKFURT
Trata-se de uma crítica da razão instrumental, do cientificismo, da exaltação da razão como ideologia, como crença de que a ciência e a tecnologia são a panacéia para todo e qualquer problema. 
Crítica à alienação produzida pelos meios de comunicação de massa – indústria cultural.
A ESCOLA DE FRANKFURT E A CRITICA DA RAZÃO OCIDENTAL
A filosofia iluminista 
tinha como meta a libertação do ser humano do medo, da ignorância
e das potências míticas por meio da razão. Corresponde ao longo processo
de secularização do pensamento que começa na antiguidade grega e tem seu
apogeu nos séculos XVII e XVIII. 
Na modernidade, essa forma de conhecimento,
consagrada pelo Iluminismo, vê-se mergulhada em uma nova
modalidade degradada de mistificação, na medida em que a instrumentalização
da razão, aliada ao poder do capital, traduz-se em nova forma
perversa de dominação. 
Essa razão instrumentalizada perpassa todo o ‘tecido’
social, mesmo em seus aspectos mais recônditos e insuspeitos: a política,
a ciência, a escola, a família, a sexualidade etc., tendo na indústria cultural
o seu mais poderoso veículo para a imposição desse novo aparato ideológico
de dominação e controle das massas. Assim, o que se constata na modernidade
é que as luzes converteram-se em trevas.
Colisão de razões
RAZÃO INSTRUMENTAL X 
RAZÃO COMUNICATIVA
NOCAUTE DA RAZÃO INSTRUMENTAL
A TECNOLOGIA 
A SERVIÇO DA MORTE
VITÓRIA DA MATEMÁTICA SOBRE A FILOSOFIA
Os engenheiros nazistas projetaram tecnicamente os fornos crematórios dos campos de concentração para atender aos critérios da utilidade, economia e eficácia.
DO DISCURSO DE AUTONOMIA AOS OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA
	"A massa mantém a marca, a marca mantém a mídia e a mídia controla a massa." 
(George Orwell)
CRISES
 
 “Mal estar
da modernidade” Período de transição
Novos paradigmas
Reinvenção 
CONCEITUANDO A PÓS MODERNIDADE
	Em oposição à modernidade, a pós-modernidade privilegiaria a heterogeneidade e a diferença como forças liberadoras da cultura; teria afirmado o pluralismo contra o fetichismo da totalidade e enfatizado a fragmentação, a indeterminação, a descontinuidade e alteridade recusando tanto as “metanarrativas”,isto é, filosofias e ciências com pretensão de oferecer uma interpretação totalizante do real, quanto os mitos totalizadores, como mito futurista da máquina, o mito comunista do proletariado e o mito iluminista da ética racional e universal.
(CHAUÍ,Marilena.Público, privado e despotismo. São Paulo: Companhia das Letras.)
DIAGNÓSTICO SOCIAL
	Diagnosticar uma doença não é o mesmo que curá-la – essa regra geral vale tanto para os diagnósticos sociológicos como para os médicos.
	 Mas note-se que as doenças da sociedades diferem das doenças do corpo num aspecto tremendamente importante.
	No caso de uma ordem social doente, a falta de diagnóstico adequado é parte crucial e talvez decisiva da doença.
 BAUMAN, ZYGMUNT. O Mal-Estar da Pós-Modernidade.
A teoria pós-modernista
	Crítica aos pensadores clássicos que se pautaram pelo conceito de que a história possui um formato – que leve ao progresso.
	O mundo pós-moderno é dominado pela nova mídia, que nos arranca de nosso passado.
	Sociedade pluralista e diversa, com muitas ideias e valores, que guardam pouca relação com a história da região que habitamos, ou mesmo com nossa própria história pessoal.
	Fonte; GIDDENS - 2005. pag 536 à 540
Teóricos pós-modernos
	Michel Foucault: pioneiro em novas interpretações que levaram ao pensamento pós-moderno: “vivemos em uma sociedade disciplinar” – desconstrucionismo.
	Jean Baudrillard: “A vida social é influenciada sobretudo por sinais e imagens emitidos pela TV”..
	Exemplos: morte da princesa Diana e os rumores recentes sobre o caos da Copa 2014, no faceboock.
	Fonte: GIDDENS - 2005. pag, 536 à 540.
Teóricos pós-modernos
	Ulrich Beck: Sociedade de risco, de incertezas. “Do risco natural às incertezas geradas pelo desenvolvimento da ciência e da tecnologia”.
	Manuel Castells: “a economia em rede, a sociedade da informação”.
	Jean Baudrillard: Cultura do simulacro.
	Gilles Lipovetsky – Era do vazio, Tempos Hipermodernos.
	Zygmunt Bauman: “da Modernidade Sólida à Modernidade Líquida”.
	Fonte: GIDDENS - 2005. pag 536 à 540.
Pós-modernidade
 * PILARES : sociedade pós-industrial,globalização, ideologia neoliberal.
* anúncio do eclipse de todas as narrativas grandiosas como:
o socialismo clássico, 
a redenção cristã, 
o progressoiluminista, 
a unidade romântica, 
o racismo nazista, 
o equilíbrio econômico.
ATAQUES À PÓS-MODERNIDADE
	espetáculo da mídia, sumiço da realidade; 
	 fim da história; 
	desreferencialização;
	 fragmentação;
	Atuação no microcosmo do cotidiano; 
	sociedade tecnocêntrica. 
	niilismo; individualismo possessivo, narcisismo;
	da igreja ao shopping - consumismo - altar pós-moderno.
	O virtual é real.
 Fonte: Pelas sendas da Modernidade- UNICAMP
DIALOGANDO COM BAUMAN
DIAGNÓSTICO SOCIAL
	Diagnosticar uma doença não é o mesmo que curá-la – essa regra geral vale tanto para os diagnósticos sociológicos como para os médicos.
	 Mas note-se que as doenças da sociedades diferem das doenças do corpo num aspecto tremendamente importante.
	No caso de uma ordem social doente, a falta de diagnóstico adequado é parte crucial e talvez decisiva da doença.
 BAUMAN, ZYGMUNT. O Mal-Estar da Pós-Modernidade.
Modernidade Sólida 		
CARACTERISTICAS: 
	ordem e progresso; 
	Planejamento;
	razão instrumentalizada; 
	Ciência >>> domínio da natureza física e humana.
	Estado nação >>> eliminação dos de fora nômades.
 Fonte: BAUMAN, ZYGMUNT. Modernidade Líquida.
	202
DA MODERNIDADE PESADA A MODERNIDADE LEVE
	Da fábrica Fordista à fabrica Toyotista.
	Da coca cola ao facebook
	Volume e tamanho de recursos à riscos. (Peso, gordura)
	Era da instantaneidade, do corpo esguio da adequação ao movimento;
	Tudo leve: roupa, tênis, portáteis, descartáveis.
	Fonte: BAUMAN,. Modernidade Líquida.
MODERNIDADE LÍQUIDA
	É o conjunto de relações e instituições, além de sua lógica de operações, que se impõe e que dão base para a contemporaneidade. 
	É uma época de liquidez, de fluidez, de volatilidade, de incerteza e insegurança. 
	É nesta época que toda a fixidez e todos os referenciais morais da época anterior, denominada pelo autor como modernidade sólida, são retiradas de palco para dar espaço à lógica do agora, do consumo, do gozo e da artificialidade.
	https://colunastortas.wordpress.com/2013/07/22/modernidade-liquida-o-que-e/
IDENTIDADE 	CONSUMERISTA
	A individualidade é condicional à posse de objetos específicos.
	Comprar como símbolo de identidade.
	A vida desejada tende a ser a vida vista na TV.
	A saúde tornou-se um fator patogênico mais importante.
	O capitalismo não entregou os bens às pessoas; as pessoas foram crescentemente entregue aos bens.
	A ação de escolher é mais importante que a coisa escolhida.
	Acumular é tarefa de longo prazo, gastar é aqui e agora – (Master card)
INDÚSTRIA DO CORPO VIDEO AREZZO
CULTO À CELEBRIDADES INSTANTÂNEAS
	Na ausência de autoridades confiáveis, lideres, guias, professores – sobra espaço para os conselheiros no sofá da TV de sua casa e de livros de auto-ajuda.
	Do espaço de privacidade à publicização do privado. (depoimentos)
	De líderes à conselheiros. – o sofá da Hebe - reafirmação do que podem fazer e de como fazer - 201
 CLICO, 
 LOGO, 
 EXISTO!!!
DO VIRTUAL AO REAL
	Ao se conectarem ao mundo pela internet, as pessoas estão se desconectando da sua própria realidade.
	Nos contatos online se a coisa fica chata ou muito quente, você pode simplesmente desligar sem necessidade de explicações complexas, sem inventar desculpas, como no contatos off-line.
	CONCLUINDO - a existência humana é uma tragédia pautada pela ambigüidade – ganha-se e perde-se ao mesmo tempo.
AMOR LÍQUIDO
	Amor até um segundo aviso – mantenha – os enquanto eles te trouxerem satisfação e os substitua por outros que prometam ainda mais satisfação.
	Não é a qualidade é a quantidade é que vale.
	Para todo problema há uma solução – não há mais tristeza – há antidepressivos na esquina.
	Da descartabilidade e obsolescência programada dos objetos na relação de consumo à mudança das relações afetivas – amizades, namoros, casamentos, etc.
	Os contratos não são mais ate que a morte nos separe, mas apenas enquanto durar a satisfação.
	Não há gente feia – falta dinheiro para mil cirurgias plásticas e falta de aptidão para malhar na academia.
 Fonte: BAUMAN. Amor Líquido.
Filme Medianeras
	O tema é a solidão, não de uma forma dramática e melancólica, mas a solidão urbana que todo mundo aprendeu a suportar, aquela sensação de estar só no meio de uma multidão. 
	Trata ainda do "amor líquido", como postulado por Zigmunt Bauman, ou relacionamentos que não são feitos para durar, e duas pessoas que estão buscando exatamente o oposto.
	Há algo mais desolador no século 21 que não ter nenhum e-mail na caixa de entrada? Martin 
	O que se pode esperar de uma cidade que dá as costas para o seu rio? Mariana
	http://www.cafecomfilme.com.br/criticas/critica-do-filme-medianeras-buenos-aires-na-era-do-amor-virtual
	
Dois cachorros e um divórcio. Um para cada um? A necessária superação da visão de pet ser coisa
	Em recente decisão de um Tribunal de Justiça, em ação de divórcio (processo 2014.045256-3), o julgador fez questão de consignar que resolveria o mérito da ação “com a solução fria e técnica do Direito”. Partilhou, assim, dois cachorros como bens móveis: um para cada cônjuge. 
	http://patriciadantasadvogada.jusbrasil.com.br/noticias/236543282/dois-cachorros-e-um-divorcio-um-para-cada-um-a-necessaria-superacao-da-visao-de-pet-ser-coisa
	
	Segundo recentes dados do IBGE, os brasileiros possuem mais cães e gatos do que crianças. 
	“PROF. JOÃO C. - FADIPA, A ALUNA, A PROVA E O CACHORRO DOENTE”
CAZUZA NÃO MORREU
Meus heróis morreram de overdose
Meus inimigos estão no poder
Ideologia
Eu quero uma pra viver.
Ideologia
Eu quero uma pra viver.
Dialogando com Lipovetsky
	Gilles Lipovetsky: nasceu em Milau, França, em 24/09/1944. Filósofo e sociologo francês, professor de filosofia da Universidade de Grenoble, teórico da Hipermodernidade e autor dos livros:
Principais obras
A Era do Vazio: ensaios sobre o individualismo (1983)
	Indiferença aos conteúdos, a comunicação sem finalidade e sem público, o desejo de se expressar, de se manifestar a respeito de nada. 
	Comunicar por comunicar, expressar-se sem qualquer outra finalidade a não ser expressar-se e ser ouvido por um micro-público, esta é a lógica do vazio. 
	O isolamento do ser social e a valorização do ser individual.
TEMPOS HIPERMODERNOS
	A Hipermodernidade é caracterizada por uma cultura do excesso, do sempre mais. 
	As coisas se tornam intensas e urgentes. 
	O movimento é uma constante e as mudanças ocorrem em um ritmo quase esquizofrênico determinando um tempo marcado pelo efêmero, no qual a flexibilidade e a fluidez aparecem como tentativas de acompanhar essa velocidade.
	Uma sociedade embasada na moda (tendências) - sociedade neofílica - tarada pelo novo.
	 Hipermercado, hiperconsumo, hipertexto, hipercirculação, hipercorpo: tudo é elevado à potência do mais, do maior.
Concha egocêntrica 
	“O indivíduo pós-moderno está ligado à música de manhã à noite; tudo se passa como se tivesse necessidade de estar sempre noutro lugar, de ser transportado e envolvido por uma atmosfera ambiente sincopada” (p.10). 
	Ele quer ser só, sempre e cada vez mais só, ao mesmo tempo em que não suporta a si mesmo estando só. 
Narcisismo e redes sociais
 
	Narcisismo: “o seu corpo é você, o corpo deve ser cuidado, amado, exibido” (p. 15). 
	Perfis de redes sociais – Facebook – idealização da imagem, mundo pessoal harmonioso, feliz e cheio de paz.
	( SERÁ !!!!!! )
	Os narcisistas digitais são aquelas pessoas “incapazes de distinguir entre uma imagem do que se imaginam ser e uma imagem do que realmente são”. 
	 Não são poucos os casos em que observamos em perfis de redes sociais (atualmente com ênfase no Facebook) o processo de idealização, em que a imagem que o indivíduo veicula é plena de um desejo de demonstrar que seu mundo pessoal é harmonioso, feliz e cheio de paz.
	Estamos criando máscaras, num grande jogo teatral, em que o prazer primevo deve se identificar com a satisfação parcial e focada sobre simesmo, em uma imagem idealizada.
http://somostodosum.ig.com.br/clube/artigos.asp?id=38491
	camilomota@terapeutaholistico.com.br
NOVO BAILE DE MÁSCARAS 
AMIGOS À DISTÂNCIA
	FACEBOOK
"Nas redes sociais, o indivíduo autônomo se revela 
dependente dos outros. Espera que alguém curta 
sua foto ou faça comentários", diz Lipovetsky (IstoÉ, n. 2231).
REINO DAS IMAGENS
	Para o filósofo GUY DEBORD, cineasta e ativista francês, a sociedade estava contaminada pelas imagens, sombras do que efetivamente existe, onde se torna mais fácil ver e verificar a realidade no reino das imagens, e não no plano da própria realidade.
	 Leva o homem à passividade e à aceitação dos valores preestabelecidos pelo capitalismo.
EFEITO SANDUÍCHE
	O efeito-sanduíche realidade-ficção/ficção-realidade, pelo qual os telejornais (reino da realidade) se organizam como melodramas (reino da ficção) e as novelas (reino da ficção) vão se alimentar no reino da realidade. 
	O reino da notícia bebe no da ficção, e vice-versa, produzindo um entendimento parcial, fragmentado, e nunca pleno do mundo dos acontecimentos. 
	Eugênio Bucci apresenta as cinco leis não escritas – não explicitadas – da televisão brasileira no livro Brasil em tempos de TV, da Boitempo Editorial, 1997, 
Passado revisitado 
	A valorização do passado é um fenômeno mais hipermoderno que pós-moderno: museus, obsessão comemorativa, preservação do patrimônio, democratização do turismo, valorização do “legítimo ou autêntico”. 
	Na sociedade hipermoderna, o modelo de mercado e seus critérios operacionais conseguiram entrar até na conservação do patrimônio histórico, vemos o surgimento do capitalismo cultural e da mercantilização da cultura.
	O passado é muito mais um momento do consumo e da preservação da imagem - mesmo que falsa - de uma sociedade plural do que uma realidade refletida na hipermodernidade.
Autossedução
	Nas atuais festas, tudo é em excesso, o som, as luzes, o ritmo musical, o laser, projeção de filmes, o frenesi eletrizante de hiperteatralização entre seus participantes.
	Os jovens estão mais empenhados em sentir seus corpos em dança, do que em se comunicar com o outro.
CIBERCULTURA
PROF. EUGENIO TRIVINHO – REVISTA ISTO É. 
PROF. EUGENIO TRIVINHO – REVISTA ISTO É
O quanto de cópia deve a cópia ter para ter efeito sobre aquilo de que é cópia?
Crimes cibernéticos
	Delitos praticado contra ou por intermédio de computadores (dispositivos informáticos, em geral).
	O criminoso informático pode cometer mais de uma conduta lesiva ao mesmo tempo.
	Pode estar em diversos lugares simultaneamente.
	Possui vantagem de haver poucos profissionais de segurança pública capacitados para investigar sua ação, analisar as provas e os indícios. 
	Cyberbullying é a intimidação e a violência na internet. 
Lei Carolina Dieckmann
A Lei n. 12.737, de 30 de novembro de 2012 (entrou em vigor no dia 02 de abril de 2013), 
	Carolina Dieckmann teria tido suas fotos intimas copiadas após ter levado um computador para manutenção. 
	O autor do “roubo” usando essas imagens, tentou obter vantagens por meio da chantagem (crime que consta de nosso Código Penal).
Os delitos previstos na Lei Carolina Dieckmann são: 
	Art. 154-A - Invasão de dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita. Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. 
	Art. 266 - Interrupção ou perturbação de serviço telegráfico, telefônico, informático, telemático ou de informação de utilidade pública - Pena - detenção, de um a três anos, e multa. 
	Art. 298 - Falsificação de documento particular/cartão - Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. 
PERIGOS DA ERA DIGITAL – 
CIBERCRIME
Delitos cometidos com o uso de meios eletrônicos, na medida em que o acesso à internet cresceu. 
Existem grandes dificuldades para reprimir ações consideradas lesivas.
Pedofilia, Fraudes bancárias; 
Disseminação de vírus eletrônico; 
Clonagem de celulares; 
Clonagem de cartões de crédito; 
Espionagem industrial; 
Vide: LEI 12. 737-2012 – ART. 154 –A , B. art. 266 E 298 C. PENAL
CIBERCONDRIA
	O acesso fácil à informações de saúde estimula o surgimento de um novo doente imaginário: o cibercondríaco. 
	De tanto fuçar nos sites para fazer auto diagnóstico, ele cria sintomas e tem crises de ansiedade por idéia sobre doenças baseadas no DOUTOR GOOGLE. 
	Jornal Folha de São Paulo.
O homem deve ser educado para unir o conhecimento tecnológico com a sensibilidade necessária para não ser uma nova máquina de seu tempo. 
BIBLIOGRAFIA.
	BAUMAN, ZYGMUNT. O Mal-Estar da Pós-Modernidade – Tradução Mauro Gama – Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 1998.
	BAUMAN, ZYGMUNT. Modernidade Líquida. Tradução Plínio Dentzien. – Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 1999.
	COUTINHO,Karine Dias. Mestranda em Educação da UFRS- 2000.
	 MOCELLIM, Alan. Revista Eletrônica dos Pós-Graduandos em sociologia Política da UFSC. Em tese. 2007.
	PRADO, Adriano. Isto é Entrevista a Bauman – 28- 05-2013.
	UNICAMP – Pelas sendas da modernidade – virtual.

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