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Análise das DCs - Apostila 01

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PAGE 
20
CENTRO UNIVERSITÁRIO BARRIGA VERDE – UNIBAVE
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
(PARTE 1)
Prof. Esp.: Angelo Assis Burin
ORLEANS, 1º SEMESTRE DE 2020
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
04
2 A Importância e a Responsabilidade da Análise de Balanços
05
2.1 Principais Demonstrações Contábeis
06
2.1.1 Balanço Patrimonial
06
2.1.1.1 Critérios de Classificação dos Elementos Patrimoniais
11
2.1.2 Demonstração de Resultado do Exercício - DRE
11
2.1.3 Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados - DLPA
15
2.1.4 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL
17
2.1.4.1 Mutações nas Contas Patrimoniais
17
2.1.4.2 Procedimentos para Elaboração
18
2.1.5 Demonstração dos Fluxos de Caixa - DFC
20
2.1.5.1 Outras Definições
21
2.1.5.2 Considerações de Técnica Contábil
22
2.1.5.3 Classificação das Atividades
23
 MODELO DE DFC – MÉTODO DIRETO
25
 MODELO DE DFC – MÉTODO INDIRETO
27
2.1.6 Demonstração do Valor Adicionado – DVA
28
2.1.6.1 Necessidade de Elaboração da DVA
29
2.1.6.2 Componentes da Demonstração
29
 A) Cálculo do Valor Adicionado (Agregado)
29
 B) Distribuição do Valor Adicionado (Agregado)
30
 C) Lucro Líquido
30
 D) Resultado de Participações Societárias
30
 E) Receitas Financeiras
30
2.1.6.3 Representação Gráfica
31
2.1.6.4 Dificuldade com Valores Totalizados
31
2.1.6.5 Importância da Demonstração – DVA
32
2.1.6.6 Entendimento das Definições
32
 EXERCÍCIO
38
2.1.7 Notas Explicativas
39
2.1.7.1 Da Forma de Apresentação
41
2.1.7.2 Do Objetivo e Conteúdo
41
2.1.7.3 As Notas Recomendadas pela CVM
42
2.1.7.4 Nota sobre Operações ou Contexto Operacional
42
2.1.7.5 Nota sobre os Principais Critérios de Avaliação
43
REFERÊNCIAS
49
1 INTRODUÇÃO
A profissão de contador é hoje reconhecida como uma das profissões mais importantes e está entre as melhores oportunidades oferecidas no mercado de trabalho em todo o mundo. Seu papel não é apenas registrar os atos e fatos ocorridos em uma organização, mas sim fornecer informações, através das Demonstrações Contábeis/Financeiras aos acionistas, administradores financeiros e dirigentes e também aos demais que estejam relacionados à organização.
Frente a uma concorrência acirrada, ocasionada pela abertura do mercado, cada setor da economia brasileira acaba exibindo uma realidade específica, com peculiaridades bem definidas. Essa ordem econômica está fazendo com que os desafios se entrelacem nas diferentes áreas do mercado, exigindo uma nova postura das empresas para atender as mudanças cada vez mais freqüentes. 
Pela intensa competitidade que move as ações das empresas, estar bem informado sobre as principais técnicas de análise de balanço tornou-se uma ferramenta fundamental, tendo em vista que não há espaço e nem tempo para erros. Sabe-se que corrigir imediatamente a ocorrência dos fatores que possam causar perdas é a prioridade para todos que estão no mercado atual.
As pequenas empresas, geralmente, na procura desesperada de manter-se no mercado, acabam negligenciando e deixando de lado fatores vitais como a utilização de ferramentas indispensáveis à análise de balanço.
Freqüentemente, na área contábil e financeira, surgem novos métodos e procedimentos desenvolvidos no sentido de contribuir com o crescimento da empresa. Ao considerar a importância da análise financeira de balanço em uma empresa surge a necessidade de abordar as principais técnicas de análise de balanço com um enfoque econômico-financeiro.
O objetivo desse material é mostrar que não se deve analisar uma empresa realizando apenas um tipo de análise, ou seja, realizando uma análise simplista, mas sim, uma análise detalhada, na qual contemple várias técnicas, pois sabe-se que a análise financeira de balanços propicia uma avaliação de maior precisão para as decisões tomadas.
Através de um melhor conhecimento do passado, retratado nas demonstrações contábeis/financeiras, é possível espelhar o futuro.
2 A IMPORTÂNCIA E A RESPONSABILIDADE DA ANÁLISE DE BALANÇOS
“A análise das demonstrações contábeis/financeiras consiste no exame isolado das contas, na comparação de grupos de contas entre si ou em relação ao todo”. (RAMOS, 1999). 
Essas comparações podem ser feitas através de algumas técnicas de análise baseadas em dados e informações gerados pelas demonstrações contábeis/financeiras, as quais visam avaliar o desempenho do passado, presente e projetar o futuro da empresa. (GITMAN, 2001, p. 205).
Desse modo, considera-se oportuno diferenciar dados e informações, onde:
“Dados são números ou descrição de objetivos ou eventos que, isoladamente, não provocam nenhuma reação no leitor”.
“Informações representam, para quem as recebe, uma comunicação que pode produzir reação ou decisão”.
Para exemplificar, cita-se:
As demonstrações financeiras mostram, por exemplo, que a empresa tem R$ 30.000.000,00 em dívida. Isto é um dado. A conclusão de que a dívida é excessiva ou é normal, de que a empresa pode ou não pagá-la é informação. (MATARAZZO, 2003, p. 17 e 18).
Sendo assim, o objetivo da análise de balanços é produzir informação, pois os dados já existem, que são as demonstrações contábeis/financeiras (MATARAZZO, 2003, p. 18).
Estas fornecem uma série de dados sobre a empresa, de acordo com as regras contábeis, sendo possível sintetizar ainda uma série de razões para realçar o quanto é importante esta análise para as empresas: (MATARAZZO, 2003, p. 17).
-
Se bem manuseada, pode se constituir num excelente e poderoso “painel de controle” da administração;
-
Se não for feita a partir de uma contabilidade manipulada pode trazer resultados bastante precisos;
-
É uma poderosa ferramenta à disposição das pessoas que se relacionam ou pretendem relacionar-se com a empresa, ou seja, os usuários da informação contábil ou financeira, sejam eles internos ou externos;
-
Permite diagnosticar o empreendimento, revelando os pontos críticos e permitindo apresentar um esboço das prioridades para a solução dos problemas;
-
Permite uma visão estratégica dos planos da empresa, bem como estima o seu futuro, suas limitações e suas potencialidades.
Diante dessas razões pode-se afirmar que as demonstrações contábeis/financeiras comunicam importantes fatos sobre uma empresa, possibilitando aos seus usuários tomar decisões fundamentais que afetam o seu bem-estar e a saúde geral da economia.
Portanto, é essencial que as demonstrações contábeis/financeiras sejam confiáveis, pois delas poderão ser extraídas informações excenssiais sobre sua posição econômica e financeira. (ASSAF, 2000).
2.1 Principais Demonstrativos Contábeis
Os principais demonstrativos contábeis são:
-
Balanço Patrimonial (BP);
-
Demonstração de Resultado do Exercício (DRE);
-
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA);
-
Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL);
-
Demonstração do Resultado Abrangente (DRA);
-
Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC);
-
Demonstração do Valor Adicionado (DVA);
-
Notas Explicativas.
2.1.1 Balanço Patrimonial
O balanço patrimonial é apurado segundo a legislação em vigor (Leis nºs 6.404/76 – 11.638/07 – 11.941/09 e complementos), cujo enunciado apesar de restringir inicialmente as sociedades por ações, estendeu-se, por força do Decreto-Lei nº 1.598/77, a diversos outros tipos de sociedades sujeitas à tributação do imposto de renda com base no lucro real.
“O balanço patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, quantitativamente e qualitativamente, numa determinada data, o patrimônio e a composição do patrimônio líquido da entidade”. (CFC, 2003, p. 96).
Tem por finalidade apresentar a situação patrimonial da empresa em dado momento, dentro de determinados critérios de avaliação. Por esse motivo, é chamado “Balanço Patrimonial”. É a demonstração que encerra a seqüência dos procedimentos contábeis, apresentando de forma ordenada os três elementos componentes do patrimônio: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido.
-
O ativo compreende as aplicações de recursos representadas por bens e direitos;-
O passivo compreende as origens de recursos representadas por obrigações;
-
O patrimônio líquido compreende os recursos próprios da Entidade, ou seja, a diferença a maior do ativo sobre o passivo. Na hipótese do passivo superar o ativo, a diferença denomina-se “Passivo a Descoberto”. (CFC, 2003, p. 97).
Essa demonstração deve ser estruturada de acordo com os preceitos das Leis nºs 6.404-76/ 11.638/07/ 11.941/09 e segundo os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade, como segue: (CRCSC, 2004, p. 11).
	ATIVO
	Resoluções CFC
	Lei Nº 6.404-76 (Atualizada)
	CIRCULANTE
	CIRCULANTE
	a) Disponível 
	Disponibilidades;
	b) Créditos
	Direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente;
	c) Estoques
	
	d) Despesas Antecipadas
	Aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte.
	e) Outros Valores e Bens
	 
	 
	 
	NÃO CIRCULANTE
	NÃO CIRCULANTE
	a) Realizável a Longo Prazo: São os ativos referidos nos itens b, c, d e e, anteriores, cujos prazos esperados de realização se situem após o término do exercício subseqüente à data do balanço patrimonial
	a) Realizável a Longo Prazo: São assim classificados os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia.
	 
	 
	b) Investimentos: São as participações em sociedades além dos bens e direitos que não se destinem à manutenção das atividades-fins da entidade.
	b) Investimentos: São as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não-classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa.
	c) Imobilizado: São os bens e direitos, tangíveis, utilizados na consecução das atividades-fins da entidade
	c) Imobilizado: São os direitos que se tenham por objeto bens destinados à manutenção das atividades da companhia e da empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade industrial ou comercial.
	d) Intangível: São os bens e direitos incorpóreos, capazes de serem separados ou divididos da entidade e vendidos, transferidos, licenciados, alugados ou trocados, sejam individualmente ou em conjunto com um contrato, ativo ou passivo relacionado; ou então resulte de direitos contratuais ou de outros direitos legais, quer esses direitos sejam transferíveis quer sejam separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações. 
	d) Intangível: São os bens e direitos incorpóreos, capazes de serem separados ou divididos da entidade e vendidos, transferidos, licenciados, alugados ou trocados, sejam individualmente ou em conjunto com um contrato, ativo ou passivo relacionado; ou então resulte de direitos contratuais ou de outros direitos legais, quer esses direitos sejam transferíveis quer sejam separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações. 
	e) Diferido: São as aplicações de recursos em despesas que contribuirão para formação do resultado de mais de um exercício social.
	e) Diferido: São as aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de mais um exercício social, inclusive os juros pagos ou creditados aos acionistas durante o período que anteceder o início das operações sociais.
	PASSIVO
	Resoluções CFC
	Lei Nº 6.404-76 (Atualizada)
	CIRCULANTE
	CIRCULANTE E NÃO CIRCULANTE
	São as obrigações conhecidas e os encargos estimados cujos prazos estabelecidos ou esperados se situem no curso do exercício subseqüente à data do balanço patrimonial
	As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para a aquisição de diretos do ativo permanente, serão classificados no passivo circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem vencimento em prazo maior.
	NÃO CIRCULANTE
	
	São obrigações conhecidas e os encargos estimados, cujos prazos estabelecidos ou esperados, situem-se após o término do exercício subseqüente à data do balanço patrimonial
	
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	Resoluções CFC
	Lei Nº 6.404-76 (Atualizada)
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	Capital: São os valores aportados pelos proprietários e os decorrentes de incorporação de reservas e lucros.
	Capital Social: discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.
	Reservas: São os valores decorrentes de retenções de lucros, de reavaliação de ativos e de outras circunstâncias.
	Reservas de Capital
	 
	a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações, sem valor nominal, que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;
	 
	b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;
	 
	c) o prêmio recebido na emissão de debêntures;
	 
	d) as doações e as subvenções para investimento.
	 
	Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção monetária do capital realizado, enquanto não capitalizado.
	 
	Reserva de Reavaliação: as contrapartidas de aumentos de valor atribuídos a elementos do ativo em virtude de novas avaliações com base em laudos.
	 
	Reserva de Lucros: são as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia.
	 
	Ações em tesouraria: destacadas no balanço patrimonial como deduçáo da conta do patrimônio líquido.
	
	Ajuste de Avaliação Patrimonial: Registra o aumento ou redução dos bens registrados no ativo circulante e não circulante, quando avaliados a valor justo.
	Lucros ou Prejuízos Acumulados: São os lucros retidos ou ainda não destinados e os prejuízos ainda não compensados, estes apresentados como parcela redutora do patrimônio líquido. Com o advento da Lei 11.638/07, foi proibida a manutenção de saldos de lucros nessa conta, os quais devem ser totalmente destinados à distribuição ou incorporados ao capital social. No entanto, para as sociedades NÃO Anônimas, existe a permissão para que os lucros acumulados permaneçam dentro do Patrimônio Líquido até que seja definida a sua destinação.
	Prejuízos Acumulados: prejuízos ainda não compensados, estes apresentados como parcela redutora do patrimônio líquido. Com o advento da Lei 11.638/07, foi proibida a manutenção de saldos de lucros nessa conta, os quais devem ser totalmente destinados à distribuição ou incorporados ao capital social.
Abaixo apresenta-se um modelo resumido de balanço patrimonial
	Modelo de Balanço Patrimonial
	Balanço Patrimonial em 31/XX/20XX
	Em R$ mil
	Ativo
	
	Passivo
	Circulante
	9.800
	
	Circulante
	9.000
	Disponibilidades
	1.800
	
	
	
	Caixa e equivalentes
	1.800 
	
	Títulos a Pagar
	2.000 
	
	
	
	Fornecedores
	2.000 
	
	
	
	Salários
	2.000
	Créditos
	3.000
	
	Impostos a recolher
	1.000
	Títulos a Receber
	3.000 
	
	Empréstimos
	2.000
	
	
	
	
	
	Estoques
	3.000
	
	
	
	Estoques de Materiais
	3.000 
	
	
	
	
	
	
	
	
	Despesas Antecipadas
	2.000
	
	
	
	Prêmios de Seguros
	2.000
	
	
	
	
	
	
	
	
	Não Circulante
	9.000
	
	Não Circulante
	
	Realizável a Longo Prazo
	1.500
	
	Exigível a Longo Prazo
	1.500
	
	
	
	
	
	Créditos
	1.500
	
	Títulos a Pagar
	500 
	Títulos a Receber
	1.500
	
	Empréstimos
	1.000
	
	
	
	
	
	Investimentos
	1.000
	
	
	
	Part. em Outras Empr.
	1.000
	
	Patrimônio Líquido
	9.200
	
	
	
	
	
	Imobilizado
	5.500
	
	Capital Social
	3.000 
	Terrenos
	5.000
	
	
	
	Veículos
	500
	
	Reservas
	2.500
	
	
	
	 De Capital
	1.000
	Intangível
	500
	
	 De Reavaliação 
	1.000 
	Softwares
	500 
	
	 De Lucros 
	500 
	
	
	
	
	
	Diferido
	500
	
	Lucros Acumulados
	2.800 
	
	
	
	
	
	Total
	18.800 
	
	Total
	18.800 
Uma vez entendida a natureza do Ativo (bens e direitos), do Passivo (obrigações), do Patrimônio Líquido (diferença entre o Ativo e o Passivo) e as rotinas e procedimentos contábeis, muito fácil se torna entender o que é o Balanço. 
Aimportância do balanço reside no fato de que, pelo mesmo, pode-se obter dados da situação econômica da empresa. Analisar suas variações durante determinado período de tempo, por meio da verificação direta dos registros contábeis. 
Mesmo nas pequenas empresas, podem ocorrer, diariamente, inúmeras operações e seus registros contábeis contêm grande número de particularidades. Daí a necessidade de resumir e apresentar os dados de forma adequada, que permitam aos interessados conhecer a situação patrimonial da empresa e as variações ocorridas durante certo período de tempo.
A visão de dois balanços consecutivos mostra facilmente essas variações, motivo pelo qual algumas empresa publicam o balanço do exercício corrente comparado com o balanço do exercício anterior.
2.1.1.1 Critérios de Classificação dos Elementos Patrimoniais
A apresentação dos elementos patrimoniais assume grande importância, pois se trata de peça contábil utilizada para revisão e análise dos negócios.
A classificação das contas depende da natureza da empresa e da função
de cada uma no conjunto. A liquidez é comumente utilizada como parâmetro. A lei
brasileira classifica os ativos dos mais líquidos aos menos líquidos, tendo a mesma interpretação para o passivo, onde são classificados dos mais exigíveis aos menos exigíveis. 
Alguns tipos jurídicos de sociedade têm o Balanço padronizado de acordo com normas especiais e entre eles destacam-se as companhias seguradoras e as instituições financeiras.
A Lei nº 6.404/76, que regulamenta as sociedades por ações, introduziu inúmeras inovações na legislação societária do Brasil no que tange às normas e aos princípios contábeis, inclusive na forma e conteúdo do Balanço. A adoção de agrupamentos padronizados e oficiais é útil, porque facilita a preparação das demonstrações, análises, interpretações, comparações e estudos estatísticos. (SILVA 2001).
Todavia, no Brasil, não há uso obrigatório, pelas empresas, de um Plano de Contas padronizado. A lei apenas disciplina, genericamente, a função e a ordem das contas dos vários grupos em que se divide o Ativo e o Passivo.
2.1.2 Demonstração de Resultado do Exercício - DRE
“A Demonstração de Resultado do Exercício – DRE tem por finalidade apresentar o resultado obtido pela empresa em determinado período, ou seja, se a empresa obteve lucro ou prejuízo no período apresentado”. (SILVA, 2001, p. 67).
“É a demonstração contábil destinada a evidenciar a composição do resultado num determinado período de operação da entidade. Quando observado o princípio da competência, evidenciará a formação dos vários níveis de resultados mediante confronto entre as receitas, e os correspondentes custos e despesas”. (CFC, 2003, p. 100).
“Sua estrutura conterá as receitas e os ganhos do período, independente de seu recebimento, e os custos, despesas, encargos e perdas pagos ou incorridos, correspondentes a esses ganhos e receitas”. (MATARAZZO, 2003, p. 47).
“É vedada a compensação de receitas, custos e despesas”. (CFC, 2003, p. 100).
A demonstração de resultado evidenciará, no mínimo, e de forma ordenada:
a)
as receitas decorrentes da exploração das atividades-fins;
b)
os impostos incidentes sobre as operações, os abatimentos, as devoluções e os cancelamentos;
c)
os custos dos produtos ou mercadorias vendidos e dos serviços prestados;
d)
o resultado bruto do período;
e)
os ganhos e as perdas operacionais;
f)
as despesas administrativas, com vendas, financeiras e outras e as receitas financeiras;
g)
o resultado operacional;
h)
as receitas e despesas e os ganhos e perdas não decorrentes das atividades-fins;
i)
o resultado antes das participações e dos impostos;
j)
as provisões para impostos e contribuições sobre o resultado;
k)
as participações no resultado;
l)
o resultado líquido do período. (CFC, 2003, p. 100).
Considerando o disposto acima, apresenta-se um modelo de Demonstração de Resultados do Exercícío – DRE.
	Demonstração de Resultado do Exercício – DRE
	 R$ 
	Receita Bruta
	185.000,00
	 Venda de produtos terminados
	150.000,00
	 Prestação de Serviços
	35.000,00
	 
	
	(-) Deduções 
	(27.500,00)
	 Vendas Canceladas
	(5.500,00)
	 Impostos sobre vendas
	(22.000,00)
	 
	
	(=) Receita Líquida
	157.500,00
	 
	
	(-) Custo
	(95.000,00)
	Custo dos produtos vendidos
	(75.000,00)
	Custo dos serviços prestados
	(20.000,00)
	 
	
	(=) Lucro Bruto
	62.500,00
	
	
	(+/-) Despesas/ Receitas Operacionais
	(7.000,00)
	 Despesas com vendas
	(15.000,00)
	 Despesas administrativas
	(15.000,00)
	 Outras receitas/ despesas
	23.000,00
	 
	
	(=) Resultado antes dos efeitos financeiros
	(55.500,00)
	
	
	 Resultado Financeiro
	(2.500,00)
	 Despesas financeiras
	(2.500,00)
	 Receitas financeiras
	0,00
	
	
	(=) Lucro antes dos Impostos, Contribuições e Participações
	53.000,00
	
	
	(-) Provisão para o Imposto de Renda
	(12.000,00)
	(-) Provisão para a Contribuição Social
	(9.000,00)
	(-) Participações
	-
	 
	
	(=) Lucro Líquido do Exercício
	32.000,00
Uma vez observada a estrutura básica dessa demonstração, é prudente apresentar as características de seus principais componentes. Vejamos:
a)
Receita: “É aquela que decorre das operações normais e habituais da empresa”. (SILVA, 2001, p. 133).
b)
Receita Bruta: “É o valor bruto faturado pela empresa. Os ingressos provenientes das vendas de produtos ou serviços, sendo eles efetuados a vista ou a prazo. Da receita bruta devem ser deduzidos:
1
Vendas Canceladas: “São aquelas que por vários motivos possam ser devolvidas pelo cliente”.
2
Abatimentos Concedidos: “São considerados abatimentos os descontos decorrentes de algum defeito na mercadoria, ou mesmo decorrentes da compra de maiores quantidades”.
3
Imposto Incidentes sobre as vendas: “São os valores repassados ao poder público Federal, Estadual ou Municipal, incidentes diretamente no valor das vendas”. (SILVA, 2001, p. 134).
c)
Receita Líquida: “Conceitua-se Receita Líquida como efetivamente à parte da receita que ficará para a empresa cobrir seus custos e despesas e para gerar lucro”. (SILVA, 2001, p. 135).
d)
Custos dos Produtos, Mercadorias e Serviços Vendidos (CPV): Compõem-se da seguinte forma:
(=) EI
Estoque Inicial
(+) CL
Compras Líquidas
(-) EF
Estoque Final
(=) CPV
Custo dos Produtos Vendidos
e)
Lucro Bruto: “É o resultado da subtração do CPV da Receita Líquida da empresa”. (SILVA, 2001, p. 136).
Receita Líquida
(-) Custo dos produtos, mercadorias ou serviços vendidos
(=) Lucro Bruto
f)
Despesas: “Segundo a legislação fiscal, são operacionais as despesas não computadas nos custos, necessárias à atividade da empresa e à manutenção da respectiva fonte produtora, ou seja, as despesas necessárias às atividades da empresa”. (SILVA, 2001, p. 138).
Com o advento da Lei 11.638/07, as chamadas “Despesas não operacionais”, cujo nome surgiu pelo fato de não se fazerem necessárias à atividade principal da entidade, foram incluídas nas despesas operacionais. Assim, o DRE passou a demonstrar todas as despesas em um único grupo, eliminando-se o grupo de despesas não operacionais. O mesmo entendimento se estendeu para as receitas.
Desse modo, na Demonstração do Resultado do Exercício – DRE, figuram agora, somente os grupos de receitas e despesas, pois entende-se que toda e qualquer movimentação feita na empresa, é operacional e faz parte da atividade da entidade. (IUDÍCIBUS et al, 2010).
Diante disso, essas despesas foram divididas da seguinte forma:
1
Despesas Comerciais: São aquelas relacionadas com a comercialização dos produtos ou serviços, como: salários dos vendedores, bem como suas comissões.
2
Despesas Administrativas: Compreendem as despesas incorridas para a direção e execução das tarefas administrativas, bem como as despesas gerais que beneficiam os negócios da empresa, como: aluguel, telefone, água, salários dos funcionários do departamentos administrativos etc.
3
Despesas Financeiras: As despesas financeiras representam a remuneração paga a terceiros que financiaram a empresa,podendo ser: comissões e despesas bancárias, variação cambial, juros pagos, descontos concedidos etc. (MATARAZZO, 2003, p. 74).
4
Outras Despesas/ Receitas: São aqueles desembolsos que não estão relacionados diretamente à atividade da empresa, como por exemplo: multa de trânsito, brindes, doações, ganhos/perdas na equivalência patrimonial etc. São aquelas que advém de transações eventuais, que não ocorrem com freqüência na empresa.
g)
Lucro: “O lucro é o resultado positivo obtido após deduzidas as despesas do lucro bruto. Na hipótese desse resultado ser negativo, têm-se então Prejuízo”. (SILVA, 2001, p. 140).
h)
Lucro antes dos Impostos, Contribuição e Participações: Com o próprio enunciado diz, compreende o lucro do período antes da dedução dos impostos, contribuições e participações.
i) Lucro Líquido do Exercício: Apura o lucro propriamente dito, o que sobrou das deduções sobre a receita bruta.
2.1.3 Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados - DLPA
“Esta demonstração possibilita uma avaliação precisa das alterações ocorridas no saldo da conta de lucros ou prejuízos acumulados em relação aos dois últimos exercícios”. (BOLETIM INFORMARE, 2006).
Segundo o CRCSC (2004, p. 31), “ a demonstração de lucros ou prejuízos acumulados é a demonstração contábil destinada a evidenciar, num determinado período, as mutações nos resultados acumulados da entidade”.
Deve-se lembrar que a referida demonstração é também obrigatória para as sociedades limitadas e outros tipos de empresas, conforme a legislação do Imposto de Renda.
Tal demonstração discriminará:
a)
o saldo no início do período;
b)
os ajustes de exercícios anteriores;
c)
as reversões de reservas;
d)
a parcela correspondente à realização de reavaliação, líquida do efeito dos impostos correspondentes;
e)
o resultado líquido do período;
f)
as compensações de perjuízos;
g)
as destinações do lucro líquido do período;
h)
os lucros distribuídos;
i)
as parcelas de lucros incorporadas ao capital;
j)
o saldo no final do período.
Quanto a forma de elaboração é considerada simples e rápida, pois nada mais representa do que uma mera transcrição, de forma ordenada e racional, da conta de razão Lucros ou Prejuízos Acumulados. Assim sendo, para sua sua preparação deve-se tomar a ficha de razão dessa conta e prepará-la. Todavia, ela somente deve ser feita após todos os ajustes finais, ou seja, após se ter levantado o Balanço final do exercício. (IUDÍCIBUS, 1992, p. 545).
Abaixo segue um modelo dessa demonstração:
	Empresa Brasileira S.A
	DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS
	Exercício findo em 31-12-20X9
	 
	R$
	 
	 
	SALDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 20X8
	19.590,00 
	 
	 
	(+/-) AJUSTES DE EXERCÍCIOS ANTERIORES
	 
	Efeitos da mudança de critérios contábeis (Nota x)
	(2.800,00)
	Retificação de erro de exercícios anteriores (Nota y)
	(1.000,00)
	 
	 
	(-) PARCELA DE LUCROS INCORPORADA AO CAPITAL
	(8.000,00)
	 
	 
	(+) REVERSÕES DE RESERVAS
	 
	De Contingências
	1.300,00 
	De Lucros a Realizar
	1.200,00 
	 
	 
	(+/-) LUCRO/ PREJUÍZO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
	19.689,00 
	 
	 
	(-) PROPOSTA DA ADMINISTRAÇÃO P/ DESTINAÇÃO DO LUCRO
	 
	Transferência para Reservas
	 
	Reserva Legal
	(984,00)
	Reserva Estatutária
	(2.405,00)
	Reserva de Lucros a Realizar
	(3.077,00)
	Reserva de Lucros para Expansão
	(6.000,00)
	Dividendos a distribuir
	(7.920,00)
	 
	 
	(=) SALDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 20X9
	9.593,00 
“De acordo com o artigo 186, § 2º da Lei nº 6.404/76, a companhia poderá, à sua opção, incluir a demonstração de lucros ou prejuízos acumulados nas demonstrações das mutações do patrimônio líquido, se elaborada e publicada pela companhia” (BOLETIM INFORMARE, 2006).
Essa outra demonstração alternativa é bem mais útil e informativa, substituindo com vantagem a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, pois não inclui somente o movimento da conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados, mas também o de todas as demais contas do Patrimônio Líquido. (IUDÍCIBUS, 1992, p. 81).
2.1.4 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL
A demonstração das mutações do patrimônio líquido é aquela destinada a evidenciar as mudanças, em natureza e valor, havidas no patrimônio líquido da entidade, num determinado período de tempo. (IUDÍCIBUS et al, 2010).
Apesar de a Lei nº 6.404/76 não obrigar a divulgação da demonstração das mutações do Patrimônio Líquido, tornando-a apenas facultativa (art. 1832, § 2º), esse demonstrativo passou a ser obrigatório para a empresa de capital aberto, por exigência da Comissão de Valores Mobiliários, por meio da Instrução CVM nº 59, de 22/12/1986, fato que veio a ocasionar a substituição da demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados – DLPA. (SILVA, 2001).
Para fins de análise, a demonstração das mutações do patrimônio líquido é mais informativa e mostra a movimentação ocorrida com os lucros ou prejuízos acumulados e a movimentação ocorrida nas demais contas que integram o patrimônio líquido. (SILVA, 2001, p. 81).
Por ser uma desmonstração mais completa e abrangente, uma vez que evidencia a movimentação de todas as contas do patrimônio líquido durante o exercício social, observa-se anualmente, em virtude desse aspecto, que a maioria das empresas opta pela sua elaboração. (BOLETIM INFORMARE, 2006).
2.1.4.1 Mutações nas Contas Patrimoniais
As contas que formam o Patrimônio Líquido podem sofrer variações por inúmeros motivos, tais como:
I)
Itens que afetam o patrimônio total:
a)
acréscimo pelo lucro ou redução pelo prejuízo líquido do exercício;
b)
redução por dividendos distribuídos;
c)
acréscimo ou redução pelo ajuste de avaliação patrimonial;
d)
acréscimo por doações e subvenções para investimentos recebidos; (Vai estar dentro do lucro ou prejuízo)
e)
acréscimo por subscrição e integralização de capital;
f)
acréscimo pelo recebimento de valor que exceda o valor nominal das ações integralizadas ou o preço de emissão das ações sem valor nominal;
g)
acrécimo pelo valor da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;
h)
acréscimo por prêmio recebido na emissão de debêntures;
i)
redução por ações próprias adquiridas ou acréscimo por sua venda;
j)
acréscimo ou redução por ajuste de exercícios anteriores. (BOLETIM INFORMARE, 2006).
II)
Itens que não afetam o total do Patrimônio:
a)
aumento de capital com utilização de lucros e reservas;
b)
apropriações do lucro líquido do exercício reduzindo a conta Lucros Acumulados para formação de reservas, como Reserva Legal, Reserva de Lucros a Realizar, Reserva para Contingência e outras;
c)
Reversões de reservas patrimoniais para a conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados;
d)
Reversão das doações e subvenções recebidas que compõem o Lucro, para conta própria;
e)
Compensação de Prejuízos com Reservas. (BOLETIM INFORMARE, 2006).
2.1.4.2 Procedimentos para Elaboração
A elaboração da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido é relativamente simples, pois basta representar, de forma sumária e coordenada, a movimentação ocorrida durante o exercício nas diversas contas do Patrimônio Líquido, isto é, Capital, Reservas de Capital, Reservas de Lucros, Reservas de Reavaliação (se existentes), Ajuste de Avaliação Patrimonial e Lucros ou Prejuízos Acumulados. (BOLETIM INFORMARE, 2006).
Deve-se utilizar um papel de trabalho, utilizando uma coluna para cada uma das contas do patrimônio da empresa e abrindo uma conta total, que representa a soma dos saldos ou transações de todas as contas individuais. Essa movimentação deve ser extraída das fichas de razão dessas contas.
Dessa forma, a preparação consiste no seguinte:
a)
Abrir um papel de trabalho colunado, no qual se transcreve, no topo de cada coluna, os nomes das contas, reservando espaço nas primeiras colunas para descrição da natureza das transações, e uma coluna final para o total.
b)
Saldo de Abertura – Transcrever os saldos de cada conta na data do Balanço Final do Exercício anterior. Somar os saldos por conta para preencher a coluna Total.
c)
Adicionar ou subtrair os movimentos ocorridos nas referidascontas, no período. Abrindo linhas para cada natureza de transação, como:
- Ajustes de Exercícios Anteriores;
- Aumento de Capital;
- Lucro do Exercício;
- Dividendos distribuídos etc.
d)
Totalizar, ao final, as colunas, cujos saldos devem coincidir com os saldos do Balanço, e totalizar também as linhas. (IUDÍCIBUS, 1992, p. 558).
Quanto a forma de apresentação, cabe lembrar que esta poderá ser detalhada, onde seja demonstrado o movimento em cada conta patrimonial ou sumária, onde é demonstrado o movimento de cada grupo de conta do patrimônio.
O modelo detalhado tem a vantagem de ser mais completo, por apresentar todas as alterações nas contas patrimoniais. Todavia, o modelo sumáriado apresenta a vantagem de permitir uma compreensão melhor das mutações patrimoniais, por ser mais objetivo.
Quando adotado o modelo sumariado, as contas do patrimônio devem estar expostas individualmente no Balanço, de forma que seus subtotais coincidam com os totais das colunas da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.
A seguir apresenta-se um modelo dessa demonstração de forma sumária:
	Empresa Brasileira S.A
	DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	Exercício findo em 31-12-X6
	Em Reais
	EVENTOS
	Capital Realizado
	Reservas de Capital
	Reservas de Lucros
	Lucros Acumulados
	Total
(W1)
	SALDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 20X5
	67.000,00
	35.490,00
	26.976,00
	19.590,00
	149.056,00
	 
	
	
	
	
	
	AJUSTES DE EXERCÍCIOS ANTERIORES
	
	
	
	
	
	Efeitos da mudança de critérios contábeis (Nota x)
	0,00
	0,00
	0,00
	(2.800,00)
	(2.800,00)
	Retificação de erro de exercícios anteriores (Nota y)
	0,00
	0,00
	0,00
	(1.000,00)
	(1.000,00)
	 
	
	
	
	
	
	AUMENTO DE CAPITAL
	
	
	
	
	
	Com Lucros e Reservas
	45.000,00
	(33.420,00)
	(3.580,00)
	(8.000,00)
	0,00
	Por subscrição realizada
	20.000,00
	2.000,00
	0,00
	0,00
	22.000,00
	 
	
	
	
	
	
	REVERSÕES DE RESERVAS
	
	
	
	
	
	De Contingências
	0,00
	0,00
	(1.300,00)
	1.300,00
	0,00
	De Lucros a Realizar
	0,00
	0,00
	(1.200,00)
	1.200,00
	0,00
	 
	
	
	
	
	
	LUCRO/ PREJUÍZO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
	0,00
	0,00
	0,00
	19.689,00
	19.689,00
	 
	
	
	
	
	
	PROPOSTA DA ADMINISTRAÇÃO P/ DESTINAÇÃO DO LUCRO
	
	
	
	
	
	Transferência para Reservas
	
	
	
	
	
	Reserva Legal
	0,00
	0,00
	984,00
	(984,00)
	0,00
	Reserva Estatutária
	0,00
	0,00
	2.405,00
	(2.405,00)
	0,00
	Reserva de Lucros a Realizar
	0,00
	0,00
	3.077,00
	(3.077,00)
	0,00
	Reserva de Lucros para Expansão
	0,00
	0,00
	6.000,00
	(6.000,00)
	0,00
	Dividendos a distribuir
	0,00
	0,00
	0,00
	(7.920,00)
	(7.920,00)
	 
	
	
	
	
	
	SALDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 20X6
	132.000,00
	4.070,00
	33.362,00
	9.593,00
	179.025,00
	MUTAÇÕES DO PERÍODO
	65.000,00
	(31.420,00)
	6.386,00
	(9.997,00)
	29.969,00
W1
Esse total representa o saldo do Patrimônio Líquido no início e fim do exercício em questão.
Como informação complementar, vale mencionar que essa demonstração poderá ser informada alternativamente em uma Nota Explicativa, caso a empresa venha a publicar a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados – DLPA.
2.1.5 Demonstração dos Fluxos de Caixa - DFC
A Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC é uma demonstração que visa demonstrar a origem de todo o dinheiro que entrou no Caixa, bem como a aplicação de todo o dinheiro que saiu do Caixa em determinado período, e, ainda o Resultado do Fluxo Financeiro (IUDÍCIBUS et al, 2010).
A informação dos fluxos de caixa fornece uma base para avaliação da capacidade de geração e utilização desses fluxos de forma estruturada por natureza de atividades. Os usuários da informação contábil estão interessados em saber como a empresa gera caixa e como aplica eventuais excedentes, obtendo assim uma convicção sobre a capacidade financeira do empreendimento. (IUDÍCIBUS et al, 2010).
A DFC refletirá as transações de caixa oriundas:
a) Das atividades operacionais;
b) Das atividades de investimentos;
c) Das atividades de financiamentos.
Também, deverá ser apresentada uma conciliação entre o resultado e o fluxo de caixa líquido gerado pelas atividades operacionais visando fornecer informações sobre os efeitos líquidos das transações operacionais e de outros eventos que afetam o resultado.
A função primordial de uma DFC é a de propiciar informações relevantes sobre as movimentações de entradas e saídas de caixa de uma entidade num determinado período ou exercício. As informações contidas numa DFC, quando utilizadas com os dados e informações divulgados nas demonstrações contábeis, destinam-se a ajudar seus usuários a avaliar a geração de fluxos de caixa para pagamento de obrigações e lucros e dividendos a seus acionistas ou cotistas, ou a identificar as necessidades de financiamento, as razões para as diferenças entre o resultado e o fluxo de caixa líquido originado das atividades operacionais e, finalmente, revelar o efeito das transações de investimentos e financiamentos, com a utilização ou não de numerário, sobre a posição financeira. (IUDÍCIBUS, et al, 2010).
Conforme já relatado, a DFC refletirá as transações de caixa oriundas das atividades operacionais, de investimentos e de financiamentos.
2.1.5.1 Outras Definições
FLUXO DE CAIXA: São ingressos e saídas de caixa e equivalentes; (IUDÍCIBUS, et al, 2010).
CAIXA OU EQUIVALENTES DE CAIXA: O caixa compreende numerário em mãos e depósitos bancários disponíveis. Equivalentes de caixa são todos investimentos de curto prazo, de alta liquidez, que são prontamente conversíveis em valores de caixa e que estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor; (IUDÍCIBUS, et al, 2010).
ATIVIDADES OPERACIONAIS: São as principais atividades geradoras de receita da entidade, além de outras atividades diferentes das de investimento e financiamento; Esses fluxos são basicamente derivados de transações geradoras de receita da entidade e, portanto, geralmente resultam das transações e outros eventos que entram na apuração do resultado. Exemplos são os recebimentos em dinheiro pela venda de bens e serviços e o pagamento em dinheiro a fornecedores, a empregados, a seguradores por prêmios e impostos; (IUDÍCIBUS, et al, 2010).
ATIVIDADES DE INVESTMENTO: São aquisições e vendas de ativos de longo prazo e outros investimentos que representam gastos destinados a gerar receitas futuras e fluxos de caixa e que não estão incluídos nos equivalentes de caixa. Exemplos são os desembolsos para aquisição de ativo imobilizado, intangível e outros ativos de longo prazo, recebimento pela venda de ativo imobilizado, aquisição ou venda de ações ou instrumentos de dívida de outras entidades; (IUDÍCIBUS, et al, 2010).
ATIVIDADES DE FINANCIMENTO: São atividades que resultam em mudanças no tamanho e na composição do patrimônio líquido e empréstimos a pagar da entidade, que representam exigências impostas a futuros fluxos de caixa pelos fornecedores de capital à entidade. Exemplos são os numerários provenientes da emissão de ações ou instrumentos de capital, pagamento a investidores para adquirir ou resgatar ações da entidade, numerário proveniente da emissão de debêntures, tomada de empréstimo a curto e longo prazo, amortização de empréstimos e, pagamento de arrendamento (Leasing). (IUDÍCIBUS, et al, 2010).
Determinados recebimentos ou pagamentos de caixa podem ter características que se enquadrem tanto no fluxo de caixa das atividades operacionais, como nas atividades de financiamentos ou nas atividades de investimentos. 
Se for o caso, a classificação apropriada deverá levar em consideração qual atividade é predominante na geração do fluxo de caixa. Por exemplo, as transações envolvendo imóveis geralmente são consideradas como atividades de investimentos. Todavia, se um imóvel é adquirido com o objetivo de revenda, o fluxo de caixa gerado por essa transação é considerado como operacional, por possuir a característica de estoques, como numa entidade do ramo imobiliário. Adicionalmente, outro exemplo é a manutenção de ativos e passivos financeiros sem o objetivo primário de auferir ganhos financeiros. (IUDÍCIBUS, et al, 2010).
Informações sobre atividadesde investimentos e de financiamentos que resultaram em reconhecimento de um ativo ou de um passivo, mas que não resultaram em pagamentos ou recebimentos de caixa, devem ser excluídas da DFC e serem apresentadas em local apropriado nas demais demonstrações ou em notas explicativas. Exemplo desse tipo são as aquisições realizadas por meio de empréstimos ou financiamentos.
Dessa forma, apenas as transações que afetam o fluxo de caixa devem ser apresentadas na DFC.
2.1.5.2 Considerações de Técnica Contábil
A DFC para um determinado período ou exercício deve apresentar o fluxo de caixa oriundo ou aplicado nas atividades operacionais, de investimentos e de financiamentos e o seu efeito líquido sobre os saldos de caixa, conciliando seus saldos no início e no final do período ou exercício.
Entidades sujeitas a órgãos reguladores devem utilizar, se houver, modelos estabelecidos pelos respectivos órgãos.
Na preparação da DFC, poderá ser utilizado dois métodos, como segue:
a) Método Direto;
Caracteriza-se por apresentar os componentes dos fluxos por seus valores brutos, ao menos para os itens mais significativos dos recebimentos e dos pagamentos. (IUDÍCIBUS, et al, 2010).
Nesse método, devem ser apresentados, no mínimo, os seguintes tipos de recebimentos e pagamentos relacionados às operações:
- Recebimentos de clientes;
- Juros, lucros e dividendos recebidos;
- Pagamentos a fornecedores e empregados;
- Juros pagos;
- Imposto de renda pago;
- Outros recebimentos e pagamentos.
b) Método Indireto.
Caracteriza-se por apresentar o fluxo de caixa líquido oriundo da: 
- Movimentação líquida das contas que influenciam na determinação dos fluxos de caixa das atividades de investimentos e de financiamentos, a partir das disponibilidades geradas pelas atividades operacionais, ajustadas pelas movimentações dos itens que não geram caixa, tais como: depreciação, amortização, baixas de itens do ativo permanente, etc. (IUDÍCIBUS, et al, 2010).
Como complemento dessa demonstração, deve-se apresentar, tanto para o método direto como para o indireto, a conciliação do resultado com o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais. Todos os ajustes de conciliação entre o resultado e o caixa gerado pelas atividades operacionais devem ser claramente identificados como itens de conciliação.
2.1.5.3 Classificação das Atividades
Conforme já relatado, a DFC refletirá as transações de caixa oriundas das atividades operacionais, de investimentos e de financiamentos.
Diante disso apresenta-se a seguir, alguns exemplos que devem ser enquadrados em cada uma dessas atividades. (IUDÍCIBUS, et al, 2010).
ATIVIDADE OPERACIONAL: Deve-se classificar como oriundo de atividade operacional o numerário recebido de:
- Clientes por venda de produtos e serviços;
- Subsidiárias avaliadas pelo método de equivalência patrimonial, a título de lucros ou dividendos;
- Reembolso de fornecedores, companhias de seguro, restituição de impostos, etc.
Ao mesmo tempo, deve-se classificar como atividade operacionais pagos a:
- Fornecedores por compra de material produtivo;
- Empregados;
- Processos, reembolsos a clientes etc;
- Governo, por impostos e contribuições.
ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS: Deve-se classificar como oriundo de atividade de investimentos o numerário recebido por:
- Venda de ativos (Investimentos e Imobilizado);
- Distribuição de lucros ou dividendo de outros investimentos.
Também, deve-se classificar como atividade de investimentos os numerários utilizados para aquisição de bens do Ativo Imobilizado/ Inangível).
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS: Deve-se classificar como oriundo de atividade de financiamentos o numerário recebido por:
- Integralização de Capital;
- Colocação de títulos a longo prazo (debêntures e equivalentes);
- Obtenção de empréstimo
Também, deve-se classificar na atividade de financiamento o numerário pago a:
-Acionistas ou cotistas por lucros, dividendos, juros sobre o capital próprio ou reembolso de capital;
- Credores de obrigações por financiamentos.
Como forma de propiciar o entendimento, apresenta-se a seguir os dois modelos de DFC citados aqui no texto, como segue:
MODELO DE DFC – MÉTODO DIRETO
	DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA - MÉTODO DIRETO
	 
	 
	1) Fluxo de Caixa originados de 
	Atividades Operacionais
	
	
	(+) Valores Recebidos de Clientes
	29.500,00 
	(+) Juros recebidos de clientes
	300,00 
	(+) Recursos de Duplicatas descontadas
	5.000,00 
	(-) Valores pagos a fornecedores
	(10.000,00)
	(-) Juros pagos a fornecedores
	(1.000,00)
	(-) Valores pagos a empregados
	(21.000,00)
	(-) Impostos e Contribuições pagos
	(2.000,00)
	(-) Pagamentos de Contingências
	0,00 
	(+) Recebimento por reembolso de seguros
	0,00 
	(+) Recebimento de Lucros e dividendos de subsidiárias
	0,00 
	(+) Outros recebimentos
	0,00 
	(-) Outros pagamentos
	(2.600,00)
	
	
	(=) Disponibilidades Líquidas geradas pelas Atividades Operacionais
	(1.800,00)
	 
	 
	2) Fluxo de Caixa originados de 
	Atividades de Investimentos
	
	
	(+) Recebimentos por vendas de Ativos Permanentes
	15.000,00 
	(-) Pagamentos por compras de Ativos Permanentes
	(20.000,00)
	(+) Juros recebidos de contratos de mútuo
	0,00 
	(-) Pagamentos por aquisições de ações/ cotas
	0,00 
	
	
	(=) Disponibilidades Líquidas geradas pelas Atividades de Investimentos
	(5.000,00)
	
	
	3) Fluxo de Caixa originados de 
	Atividades de Financiamentos
	
	
	(+) Integralização de Capital
	10.000,00 
	(-) Pagamentos de lucros ou dividendos
	(1.500,00)
	(+) Juros recebidos de empréstimos
	0,00 
	(-) Juros pagos por empréstimos
	0,00 
	(+) Empréstimos tomados
	10.000,00 
	(-) Pagamentos de empréstimos/ debêntures
	0,00 
	 
	 
	(=) Disponibilidades Líquidas geradas pelas Atividades de Financiamentos
	18.500,00 
	
	
	4) Aumento ou Redução nas Disponibilidades
	11.700,00 
	Disponibilidades no início do período
	5.600,00 
	Disponibilidades no final do período
	17.300,00 
	
	
	Fechamento (1+2+3-4)
	0,00 
A entidade deverá divulgar, ainda, informação sobre a demonstração dos fluxos de caixa referentes à conciliação do resultado do exercício com o valor das disponibilidades líquidas geradas ou utilizadas nas atividades operacionais, conforme segue:
	DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA - MÉTODO DIRETO - CONCILIAÇÃO
	 
	 
	1) RESULTADO DO EXERCÍCIO
	3.900,00 
	 
	 
	2) Ajustes para conciliar o resultado com o valor das disponibilidades geradas 
	 
	 
	 
	(+) Depreciação e amortização
	1.500,00 
	(-) Lucro na venda de imobilizado
	(3.000,00)
	(+) Prejuízo na venda de imobilizado
	0,00 
	(-) Resultado positivo da Equivalência Patrimonial
	0,00 
	 
	 
	(=) Soma
	(1.500,00)
	 
	 
	3) Variações nos Ativos e Passivos
	 
	 
	 
	(-) Aumento das duplicatas a receber
	(10.000,00)
	(+) Redução das duplicatas a receber
	0,00 
	(+) Aumento em PDD
	500,00 
	(-) Redução do PDD
	0,00 
	(+) Aumento em duplicatas descontadas
	5.000,00 
	(-) Redução em duplicatas descontadas
	0,00 
	(-) Aumento dos estoques
	(3.000,00)
	(+) Redução dos estoques
	0,00 
	(-) Aumento das despesas antecipadas
	(2.000,00)
	(+) Redução das despesas antecipadas
	0,00 
	(+) Aumento de fornecedores
	13.000,00 
	(-) Redução de fornecedores
	0,00 
	(+) Aumento da provisão de férias
	0,00 
	(-) Redução da provisão de férias
	0,00 
	(+) Aumento dos salários a pagar
	0,00 
	(-) Redução dos salários a pagar
	(7.000,00)
	(+) Aumento da provisão de IRPJ e CSL
	0,00 
	(-) Redução da provisão de IRPJ e CSL
	(700,00)
	 
	 
	(=) Soma das variações
	(4.200,00)
	 
	 
	4) Disponibilidades Líquidas geradas (aplicadas) nas atividades operacionais (1+2+3)
	(1.800,00)
MODELO DE DFC – MÉTODO INDIRETO
	DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA - MÉTODO INDIRETO
	 
	 
	1) Fluxo de Caixa originados de 
	Atividades Operacionais
	 
	 
	(+) Lucro Líquido do Exercício
	3.900,00 
	(-) Prejuízo do Exercício
	0,00 
	(+) Depreciação e amortização
	1.500,00 
	(-) Lucro na venda de imobilizado
	(3.000,00)
	(+) Prejuízo na venda de imobilizado
	0,00 
	(-) Resultadopositivo da Equivalência Patrimonial
	0,00 
	(-) Aumento das duplicatas a receber
	(10.000,00)
	(+) Redução das duplicatas a receber
	0,00 
	(+) Aumento em PDD
	500,00 
	(-) Redução do PDD
	0,00 
	(+) Aumento em duplicatas descontadas
	5.000,00 
	(-) Redução em duplicatas descontadas
	0,00 
	(-) Aumento dos estoques
	(3.000,00)
	(+) Redução dos estoques
	0,00 
	(-) Aumento das despesas antecipadas
	(2.000,00)
	(+) Redução das despesas antecipadas
	0,00 
	(+) Aumento de fornecedores
	13.000,00 
	(-) Redução de fornecedores
	0,00 
	(+) Aumento da provisão de férias
	0,00 
	(-) Redução da provisão de férias
	0,00 
	(+) Aumento dos salários a pagar
	0,00 
	(-) Redução dos salários a pagar
	(7.000,00)
	(+) Aumento da provisão de IRPJ e CSL
	0,00 
	(-) Redução da provisão de IRPJ e CSL
	(700,00)
	 
	 
	(=) Disponibilidades Líquidas geradas pelas Atividades Operacionais
	(1.800,00)
	 
	 
	2) Fluxo de Caixa originados de 
	Atividades de Investimentos
	 
	 
	(+) Recebimentos por vendas de Ativos Permanentes
	15.000,00 
	(-) Pagamentos por compras de Ativos Permanentes
	(20.000,00)
	(+) Juros recebidos de contratos de mútuo
	0,00 
	(-) Pagamentos por aquisições de ações/ cotas
	0,00 
	 
	 
	(=) Disponibilidades Líquidas geradas pelas Atividades de Investimentos
	(5.000,00)
	 
	 
	3) Fluxo de Caixa originados de 
	Atividades de Financiamentos
	 
	 
	(+) Integralização de Capital
	10.000,00 
	(-) Pagamentos de lucros ou dividendos
	(1.500,00)
	(+) Juros recebidos de empréstimos
	0,00 
	(-) Juros pagos por empréstimos
	0,00 
	(+) Empréstimos tomados
	10.000,00 
	(-) Pagamentos de empréstimos/ debêntures
	0,00 
	 
	 
	(=) Disponibilidades Líquidas geradas pelas Atividades de Financiamentos
	18.500,00 
	 
	 
	4) Aumento ou Redução nas Disponibilidades
	11.700,00 
	Disponibilidades no início do período
	5.600,00 
	Disponibilidades no final do período
	17.300,00 
	 
	 
	Fechamento (1+2+3-4)
	0,00 
2.1.6 Demonstração do Valor Adicionado - DVA
É a demonstração contábil destinada a evidenciar, de forma concisa, os dados e as informações do valor da riqueza gerada pela entidade em determinado período e sua distribuição. (IUDÍCIBUS et al, 2010).
Valor adicionado ou valor agregado representa a riqueza criada por uma entidade num determinado período de tempo (geralmente, um ano). Pode-se afirmar que a soma das importâncias agregadas, representa, na verdade, a soma das riquezas criadas. (IUDÍCIBUS et al, 2010).
A Demonstração do Valor Adicionado – DVA tem a função de divulgar e identificar o valor da riqueza gerada pela entidade, e como essa riqueza foi distribuída entre os diversos setores que contribuíram, direta ou indiretamente, para a sua geração. (IUDÍCIBUS et al, 2010).
O valor adicionado constitui-se da receita de venda deduzida dos custos dos recursos adquiridos de terceiros. É, portanto, o quanto a entidade contribuiu para a formação do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Por se tratar de um demonstrativo contábil, suas informações devem ser extraídas da escrituração contábil, com base nas Normas Contábeis vigentes e tendo como base o Princípio Contábil da Competência. (IUDÍCIBUS et al, 2010).
A riqueza gerada pela empresa, medida no conceito de valor adicionada, é calculada a partir da diferença entre o valor de sua produção e os bens e serviços produzidos por terceiros utilizados no processo de produção da empresa.
A utilização da DVA como ferramenta gerencial pode ser resumida da seguinte forma:
A) Como índice de avaliação do desempenho na geração da riqueza, ao medir a eficiência da empresa na utilização dos fatores de produção, comparando o valor das saídas com o valor das entradas, e;
B) Como índice de avaliação do desempenho social à medida que demonstra, na distribuição da riqueza gerada, a participação dos empregados, do Governo, dos Agentes Financiadores e dos Acionistas;
O valor adicionado demonstra, ainda, a efetiva contribuição da empresa, dentro de uma visão global de desempenho, para a geração de riqueza da economia na qual está inserida, sendo resultado do esforço conjugado de todos os seus fatores de produção.
A Demonstração do Valor Adicionado, constitui, desse modo, uma importante fonte de informações à medida que representa esse conjunto de elementos que permitem a análise do desempenho econômico da empresa, evidenciando a geração de riqueza, assim como os efeitos sociais produzidos pela distribuição dessa riqueza. (IUDÍCIBUS et al, 2010).
2.1.6.1 Necessidade de Elaboração da DVA
A necessidade de elaboração da DVA surgiu tendo em vista que:
A)
A Demonstração do Resultado do Exercício – DRE identifica apenas qual a parcela da riqueza criada que efetivamente permanece na empresa na forma de lucro, logo não identifica as demais gerações de riquezas (valores adicionados ou agregados);
B)
As demais demonstrações contábeis também não são capazes de indicar quanto de valor (riqueza) a entidade está adicionando ou agregando às mercadorias que adquire; e
C) As demonstrações mencionadas não identificam, ainda, quanto e de que forma foram distribuídos os valores adicionados ou agregados (ou seja, não identificam de que forma foram distribuídas as riquezas geradas pela empresa).
2.1.6.2 Componentes da Demonstração
A) Cálculo do Valor Adicionado (Agregado)
De maneira genérica, o valor adicionado pode ser calculado pela diferença entre o valor das vendas brutas (já deduzido o valor das devoluções de vendas e dos descontos incondicionais concedidos) e o total dos insumos adquiridos de terceiros (CMV, matéria-prima e demais insumos consumidos, serviços adquiridos de terceiros etc.).
B) Distribuição do Valor Adicionado (Agregado)
Como distribuição do valor agregado, devem ser considerados os seguintes valores:
a) Mão-de-obra de terceiros (sem computar o valor dos encargos sociais);
b) Encargos Sociais;
c) Impostos e contribuições (valores do governo municipal, estadual e federal);
d) Juros, aluguéis e outras remunerações a terceiros;
e) Lucro Líquido (inclusive a parcela não distribuída).
C) Lucro Líquido
A parcela do valor adicionado pertencente ou relativa aos proprietários engloba na verdade os lucros totais, ou seja, os lucros distribuídos e os lucros retidos.
Os lucros retidos deverão aparecer na DVA dentro do subgrupo acionistas ou sócios, para indicar qual o montante da parcela que compõe o Valor Adicionado que pertence efetivamente aos proprietários.
D) Resultado de Participações Societárias
Os rendimentos de participações societárias avaliadas pela equivalência patrimonial ou pelo custo de aquisição (Ganhos em Equivalência Patrimonial ou Receita de Dividendos) não representam geração de valor adicionado.
Esses rendimentos devem ser considerados como transferências de riquezas criadas ou geradas pela sociedade investida.
E) Receitas Financeiras
As receitas financeiras da entidade também não representam criação de riqueza pela mesma. Resultam da aplicação do capital, em empreendimentos de terceiros, os quais produziram riqueza e transferiram uma parcela da mesma para a entidade, a título de juros.
Essas receitas devem ser somadas ao Valor Adicionado pela pessoa jurídica, formando um montante que iremos denominar de Valor Adicionado a Disposição da entidade.
2.1.6.3 Representação Gráfica
A Demonstração do Valor Adicionado – DVA pode ser representada da seguinte forma:
	Demonstração do Valor Adicionado – DVA
	 
	 
	I - Geração do Valor Adicionado – Elementos
	R$
	 
	 
	Receitas 
	 
	(-) Custo das Mercadorias, Produtos e Serviços Vendidos
	 
	(-) Serviços adquiridos de terceiros
	 
	(-) Materiais e Insumos, Energia, Comunicação, Propaganda, etc.
	 
	(-) Outros Valores
	 
	 
	 
	(=) Valor Adicionado Bruto
	 
	(-) Despesas de Depreciação, Amortização e Exaustão
	 
	 
	 
	(=) Valor Adicionado Líquido
	 
	
	
	 (+) Valores remunerados por terceiros (Juros, Aluguéis e outros)
	 
	 
	 
	(=) Valor Adicionado à Disposição da Empresa
	 
	 
	 
	II - Distribuição do Valor Adicionado
	R$
	Remuneração do TrabalhoRemuneração do Governo (Impostos e Contribuições)
	 
	Remuneração do Capital de Terceiros (Juros, Aluguéis, etc)
	 
	Remuneração do Capital Próprio (Dividendos e Lucros Retidos)
	 
	Outros
	 
	 
	 
	(=) Total do Valor Distribuído (igual ao total gerado)
	 
	 
	 
2.1.6.4 Dificuldades com Valores Totalizados
Uma das grandes dificuldades para a elaboração dessa demonstração por profissionais externos ao estabelecimento é que existem vários itens nas demonstrações financeiras tradicionais que não separam o que representa valor adicionado do que representa compra de insumos de terceiros.
Como exemplo, pode-se mencionar:
a) O Custo dos Produtos Vendidos (CPV), onde não se demonstra o que representa mão-de-obra e o que são insumos adquiridos de terceiros;
b) O grupo de Despesas (Despesas com vendas, administrativas/ gerais e outras), que não separa o que representa gastos com pessoal do que representa gastos com materiais e demais insumos adquiridos.
2.1.6.5 Importância da Demonstração - DVA
Algumas nações exigem que as empresas internacionais que desejam se instalar no país, demonstrem qual o valor adicionado que pretendem gerar. Para estes países não é interessante a empresa produzir muito, o fundamental é medir a nova riqueza gerada pela empresa (valor adicionado no país), bem como a forma de distribuição dessa riqueza. (IUDÍCIBUS et al, 2010).
Essa demonstração indica de forma clara e precisa a parte da riqueza que pertence aos sócios ou acionistas, a que pertence aos demais capitalistas que financiam a entidade (capital de terceiros), a que pertence aos empregados e finalmente a parte que fica com o governo. (IUDÍCIBUS et al, 2010).
Na Demonstração do Resultado do Exercício – DRE, a parte de terceiros (capitalistas, empregados, governo) são consideradas como despesas ou custos, porque, do ponto de vista dos proprietários, esses valores distribuídos representam redução do lucro e conseqüentemente redução da parcela que cabe a cada proprietário.
Como se pode observar, a Demonstração do Resultado do Exercício e a Demonstração do Valor Adicionado – DVA têm enfoques bem diferentes e objetivam fornecer informações sob distintos pontos de vista, o que as torna complementares e imprescindíveis, pois a elaboração e divulgação de ambas atende de forma eficaz a necessidade que os usuários possuem de informações às atuais demonstrações contábeis obrigatórias. (IUDÍCIBUS et al, 2010).
2.1.6.6 Entendimento das Definições
Exemplo 01
Suponha que determinada empresa que não tenha empregados (os próprios sócios efetuam o trabalho) apresenta a seguinte Demonstração do Resultado do Exercício – DRE:
	
	R$
	Receita de Venda
	 100.000,00 
	(-) Custo das Mercadorias Vendidas
	 (30.000,00)
	(=) Lucro 
	 70.000,00 
Nesse exemplo hipotético e simplificado, a Demonstração do Valor Adicionado seria representada da seguinte forma:
	Geração do Valor Adicionado
	R$
	 
	 
	Receita de Venda
	100.000,00
	(-) Custo das Mercadorias Vendidas
	(30.000,00)
	(=) Valor Adicionado
	70.000,00
	 
	
	Distribuição do Valor Adicionado
	
	Lucros Retidos
	70.000,00
Exemplo 02
Imagine neste momento, num exemplo um pouco mais realista, que para obter o resultado acima a empresa tenha incorrido e/ou desembolsado os seguintes valores:
a) Impostos s/ vendas 
R$ 21.000,00
b) Despesas de Salários dos empregados
R$ 9.000,00
c) Encargos Sociais sobre Salários
R$ 3.000,00
Total
R$ 33.000,00
A Demonstração do Resultado do Exercício seria apresentada da seguinte forma:
	Receita Bruta de Vendas
	 100.000,00 
	(-) Impostos incidentes s/ vendas
	 (21.000,00)
	(=) Receita Líquida
	 79.000,00 
	 
	 
	(-) Custo das Mercadorias Vendidas
	 (30.000,00)
	(=) Lucro Bruto
	 49.000,00 
	 
	 
	(-) Despesas Operacionais
	 
	De Salários
	 (9.000,00)
	De Encargos s/ Salários
	 (3.000,00)
	 
	 
	(=) Lucro Líquido do Exercício
	 37.000,00 
Por sua vez, a Demonstração do Valor Adicionado seria representada da seguinte forma:
	Geração do Valor Adicionado
	R$
	 
	 
	Receita de Venda
	 100.000,00 
	(-) Custo das Mercadorias Vendidas
	 (30.000,00)
	(=) Valor Adicionado
	 70.000,00 
	 
	 
	Distribuição do Valor Adicionado
	 
	Remuneração do Trabalho
	 9.000,00 
	Encargos Sociais
	 3.000,00 
	Governo (Impostos)
	 21.000,00 
	Lucros Retidos
	 37.000,00 
	(=) Valor Total
	 70.000,00 
Exemplo 03:
Adicione as seguintes despesas aos dados fornecidos no exemplo anterior:
a) Serviços contratados de terceiros
R$ 2.000,00
b) Materiais, Energia, Telefone
R$ 3.000,00
c) Propaganda e Publicidade
R$ 5.000,00
Total
R$ 10.000,00
Têm-se então a seguinte DRE:
	Receita Bruta de Vendas
	 100.000,00 
	(-) Impostos incidentes s/ vendas
	 (21.000,00)
	(=) Receita Líquida
	 79.000,00 
	 
	 
	(-) Custo das Mercadorias Vendidas
	 (30.000,00)
	(=) Lucro Bruto
	 49.000,00 
	(-) Despesas Operacionais
	 
	De Salários
	 (9.000,00)
	De Encargos s/ Salários
	 (3.000,00)
	Serviços Contratados
	 (2.000,00)
	Materiais, Energia, Telefone
	 (3.000,00)
	Propaganda e Pubilicidade
	 (5.000,00)
	 
	 
	(=) Lucro Líquido do Exercício
	 27.000,00 
Nessa hipótese, o lucro líquido do exercício seria de R$ 27.000,00, ou seja, (37.000,00 – 10.000,00), e a Demonstração do Valor Adicionado seria representada da seguinte forma:
	Geração do Valor Adicionado
	R$
	 
	 
	Receita de Venda
	 100.000,00 
	(-) Custo das Mercadorias Vendidas
	 (30.000,00)
	(-) Serviços Contratados
	 (2.000,00)
	(-) Materiais, Energia, Telefone
	 (3.000,00)
	(-) Propaganda e Pubilicidade
	 (5.000,00)
	 
	 
	(=) Valor Adicionado
	 60.000,00 
	Distribuição do Valor Adicionado
	 
	Remuneração do Trabalho
	 9.000,00 
	Encargos Sociais
	 3.000,00 
	Governo (Impostos)
	 21.000,00 
	Lucros Retidos
	 27.000,00 
	(=) Valor Total
	 60.000,00 
Exemplo 04:
Observe os dados abaixo:
	Demonstração do Resultado do Exercício - DRE
	 
	 
	Receita Bruta de Vendas
	 1.450.000,00 
	 
	 
	(-) Deduções da Receita Bruta
	 
	Devoluções e Abatimentos
	 (50.000,00)
	Impostos Incidentes s/ vendas
	 (300.000,00)
	 
	 
	(=) Receita Líquida
	 1.100.000,00 
	 
	 
	(-) Custo das Mercadorias Vendidas
	 (350.000,00)
	 
	 
	(=) Lucro Bruto
	 750.000,00 
	 
	 
	(-) Despesas e Receitas Operacionais
	 
	Vendas e Administrativas
	 (250.000,00)
	Receitas de Vendas de Imobilizado
	 50.000,00 
	(-) Custo do Imobilizado Vendido
	 (20.000,00)
	
	
	(=) Resultado antes dos efeitos Financeiros
	 530.000,00 
	
	
	(+/-) Resultado Financeiro
	20,000,00
	 Despesas financeiras
	 (20.000,00)
	 Receitas financeiras
	 40.000,00 
	 
	 
	(=) Lucro antes do IRPJ e CSLL
	 550.000,00 
	(-) Provisão do IRPJ
	 (70.000,00)
	(-) Provisão da CSL
	 (50.000,00)
	 
	 
	(=) Lucro após os Impostos
	 430.000,00 
	 
	 
	(-) Participação nos Lucros
	 
	Debêntures
	 (43.000,00)
	Empregados
	 (37.000,00)
	 
	 
	(=) Lucro Líquido do Exercício
	 350.000,00 
Dados Adicionais:
1º)
As Despesas Operacionais (Vendas e Administrativas) estão subdivididas nas seguintes contas:
Ordenados e Salários
R$ 100.000,00
Encargos Sociais s/ Salários
R$ 30.000,00
Serviços de Terceiros Utilizados
R$ 20.000,00
Materiais de Escritório/ Consumo
R$ 10.000,00
Propaganda e Publicidade
R$ 40.000,00
Imposto Predial
R$ 15.000,00
Luz, Água, Telefone
R$ 15.000,00
Depreciação e Amortização
R$ 20.000,00
(=) Total
R$ 250.000,00
2º)
As Despesas financeiras referem-se a juros sobre empréstimos e financiamentos de bens do ativo, obtidos junto a estabelecimentos bancários;
3º)
As receitas financeiras foram obtidas através de aplicações no mercado financeiro, juros recebidos pelo atraso no recebimento de créditos e descontos obtidos no pagamento de obrigações.
Com base nos dados fornecidos elabora-se a Demonstração do Valor Adicionado:
	Geração do Valor AdicionadoR$
	Receita Bruta de Vendas
	 1.450.000,00 
	 
	 
	(-) Custo das Mercadorias Vendidas
	 (350.000,00)
	(-) Serviços Utilizados de Terceiros
	 (20.000,00)
	(-) Materiais de Escritório/ Consumo
	 (10.000,00)
	(-) Propaganda e Publicidade
	 (40.000,00)
	(-) Luz, Água, Telefone
	 (15.000,00)
	 
	 
	(=) Valor Adicionado Bruto
	 1.015.000,00 
	
	
	(-) Retenções e devoluções
	 (70.000,00) 
	(-) Devoluções e Abatimentos
	 (50.000,00)
	(-) Depreciação e Amortização
	 (20.000,00)
	 
	 
	(=) Valor Adicionado Líquido
	 945.000,00 
	(+) Valores recebidos de terceiros em Transf.
	 70.000,00 
	Receitas financeiras
	40.000,00
	Resultado da venda de bens
	30.000,00
	
	 
	(=) Valor Adicionado a disposição da Entidade
	 1.015.000,00 
	 
	 
	Distribuição do Valor Adicionado
	R$
	Remuneração do Trabalho e participações
	 137.000,00 
	Encargos Sociais
	 30.000,00 
	Governo (Impostos)
	 435.000,00 
	Distribuição à Terceiros (Juros e debêntures)
	 63.000,00 
	Lucros retidos
	 350.000,00 
	 
	 
	(=) Valor Total
	 1.015.000,00 
EXERCÍCIO
Com base nas informações abaixo, elabore a Demonstração do Valor Adicionado – DVA:
	Demonstração do Resultado do Exercício - DRE
	CIA BETA S/A
	 
	 
	Receita Bruta de Vendas
	 480.000,00 
	 
	 
	(-) Deduções da Receita Bruta
	 
	Devoluções e Abatimentos
	 (20.000,00)
	Impostos Incidentes s/ vendas
	 (110.000,00)
	 
	 
	(=) Receita Líquida
	 350.000,00 
	 
	 
	(-) Custo das Mercadorias Vendidas
	 (240.000,00)
	 
	 
	(=) Lucro Bruto
	 110.000,00 
	 
	 
	(-) Despesas Operacionais
	 
	Vendas e Administrativas
	 (50.000,00)
	
	
	(=) Resultado antes dos Efeitos Financeiros
	60.000,00 
	
	
	(+/-) Resultado Financeiro
	5.000,00
	 Despesas financeiras
	 (10.000,00)
	 Receitas financeiras
	 15.000,00 
	 
	 
	(=) Lucro antes do IRPJ e CSLL
	 65.000,00 
	(-) Provisão do IRPJ
	 (8.000,00)
	(-) Provisão da CSL
	 (4.000,00)
	 
	 
	(=) Lucro Líquido do Exercício
	 53.000,00 
A composição das Despesas Operacionais (Vendas e Administrativas) é a seguinte:
Ordenados e Salários
R$ 30.000,00
Serviços de Terceiros Utilizados
R$ 9.000,00
Materiais de Escritório/ Consumo
R$ 4.000,00
Luz, Água, Telefone
R$ 1.800,00
Comissão de Representantes
R$ 1.200,00
Impostos e Taxas
R$ 1.000,00
Depreciação e Amortização
R$ 3.000,00
(=) Total
R$ 50.000,00
RESPOSTAS:
1) O total de valor adicionado bruto pela CIA BETA foi de:
a) R$ 460.000,00
b) R$ 220.000,00
c) R$ 202.200,00
d) R$ 225.200,00
e) R$ 224.000,00
2) O total de valor adicionado líquido da companhia foi de:
a) R$ 201.000,00
b) R$ 204.000,00
c) R$ 200.000,00
d) R$ 205.200,00
e) R$ 220.000,00
3) As parcelas do total de valor adicionado que ficaram em poder dos sócios da companhia e dos seus empregados foram, respectivamente:
a) R$ 53.000,00 e R$ 30.000,00
b) R$ 53.000,00 e R$ 31.200,00
c) R$ 53.000,00 e R$ 110.000,00
d) R$ 111.000,00 e R$ 31.200,00
e) R$ 110.000,00 e R$ 30.000,00
4) O Governo se apropriou, do valor adicionado pela companhia, da importância equivalente a:
a) R$ 110.000,00
b) R$ 111.000,00
c) R$ 123.000,00
d) R$ 122.000,00
e) R$ 13.000,00
2.1.7 Notas Explicativas
A forma de apresentação e o conteúdo das Notas Explicativas estão explictados na Resolução CFC nº 737, de 27-11-92, que aprova a NBC T – 6 – Da Divulgação das Demonstrações Contábeis.
As informações nelas contidas devem ser relevantes, complementares e/ ou suplementares àquelas não suficientemente evidenciadas ou não constantes nas demonstrações contábeis propriamente ditas. (CRCSC, 2004, p. 39).
As notas explicativas incluem informações de natureza patrimonial, econômica, financeira, legal, física e social, bem como os critérios utilizados na elaboração das demonstrações contábeis e eventos subseqüentes ao balanço.
A Lei nº 6.404/76 dispõe, em seu artigo 176, § 4º, que “As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício”.
No § 5º do mesmo artigo da Lei 6.404/76, constam as informações que deverão estar inclusas nas notas explicativas, estabelecendo que deverão indicar:
a)
Os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos do ativo;
b)
Os investimentos em outras sociedades, quando relevantes;
c)
O aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações;
d)
Os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes;
e)
A taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo;
f)
O número, espécies e classes das ações do capital social;
g)
As opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício;
h)
Os ajustes de exercícios anteriores;
i)
Os eventos subseqüentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da companhia. (CRCSC, 2004, p 40).
Conforme relatado acima, a Lei nº 6.404/76 relacionou nove dados que deverão constar em nota explicativa, contudo podem ocorrer outras situações que não foram mencionadas na Lei, mas que deverão ser mencionadas em nota. (CRCSC, 2004, p. 40).
Da mesma forma, a menção a esses casos de Nota pela Lei não significa que sempre se deva ter, no mínimo, essas notas, pois muitas vezes algumas não são aplicáveis, ou não representam informações relevantes, ou seja, de utilidade para esclarecimento da demonstração financeira. É o caso de uma companhia de prestação de serviços, em que os seus estoques podem nada mais representar do que mero almoxarifado de materiais de escritório, o qual não tem significância dentro das demonstrações financeiras como um todo para esse tipo de empresa. (IUDÍCIBUS, 1992, p. 598).
2.1.7.1 Da Forma de Apresentação
A divulgação é o ato de colocar as demonstrações contábeis da entidade à disposição de seus usuários.
São meios de divulgação:
a)
A publicação das demonstrações contábeis na imprensa, oficial ou privada, em qualquer das suas modalidades;
b)
A remessa das demonstrações contábeis a titulares do capital, associados, credores, órgãos fiscalizadores ou reguladores, bolsas de valores, associações de classe, entidades de ensino e pesquisa, e outros interessados;
c)
A comunicação de que as demonstrações contábeis estão à disposição dos titulares do capital, associados e demais interessados, em local ou locais identificados.
Os meios de divulgação referidos no itens a, b e c podem decorrer tanto de disposições legais, regulamentares ou regimentais, como de iniciativa da própria entidade. (CFC, 2003, p. 112).
2.1.7.2 Do Objetivo e Conteúdo
A divulgação das demonstrações contábeis tem por objetivo fornecer, aos seus usuários, um conjunto mínimo de informações de natureza patrimonial, econômica, financeira, legal, física e social que lhes possibilitem conhecimento e a análise da situação da entidade.
O conteúdo, a forma de apresentação e a divulgação das demonstrações contábeis de entidades com atividades atípicas ou com regulamentação específica sáo tratados em normas próprias. (CFC, 2003, p. 112).
A entidade deve observar os seguintes aspectos na elaboração das notas explicativas:
a)
As informações devem contemplar os fatores de integridade, autenticidade, precisão, sinceridade e relevância;
b)
Os textos devem ser simples, objetivos, claros e concisos;
c)
Os assuntos devem ser ordenados obdecendo a ordem nas demonstrações contábeis, tanto para os agrupamentos como para as contas que os compõem;
d)
Os assuntos relacionados devem ser agrupados segundo seus atributos comuns;
e)Os dados devem permitir comparações com os de datas de períodos anteriores;
f)
As referências a leis e deccretos, regulamentos, normas brasileiras de contabilidade e outros atos normativos devem ser fundamentadas e restritas aos casos em que tais citações contribuam para o entendimento do assunto tratado na nota explicativa. (CFC, 2003, p. 113).
2.1.7.3 As Notas Recomendadas pela CVM
Em complemento às notas previstas na Lei nº 6.404/76, a Comissão de Valores Mobiliários vem apresentando recomendações sobre a divulgação de diversos assuntos relevantes para efeito de melhor entendimento das demonstrações contábeis. Os temas objetos dessas sugestões são os seguintes:
a)
Ações em Tesouraria;
b)
Arrendamento Mercantil;
c)
Capital realizado atualizado;
d)
Demonstrações complementares;
e)
Demonstrações consolidadas;
f)
Dividendo por ação;
g)
Imposto sobre operação de câmbio;
h)
Investimentos societários no exterior;
i)
Mudança de critério contábil;
j)
Remuneração dos administradores;
l)
Reservas – detelhamento;
m)
Reservas de lucros a realizar;
n)
Retenção de lucro;
o)
Transações entre partes relacionadas;
p)
Dividendos – cálculo;
q)
Seguros;
r)
Amortização de ágio/ deságio – equivalência patrimonial;
s)
Distribuição do resultado do exercício. (IUDÍCIBUS, 1992, p. 598).
2.1.7.4 Nota sobre Operações ou Contexto Operacional
Para que analistas e demais usuários das demonstrações contábeis possam melhor avaliar a situação da empresa e os seus resultados, bem como julgar da razoalbilidade de índices de rentabilidade, de liquidez e outros, é muito importante que se conheça qual é o objeto social da empresa, ou seja, qual é a sua atividade, suas bases de operações e mercado e qual o estágio do empreendimento se estiver em implantação ou se estiver em expansão.
Por esse fato, entende-se ser muito oportuna e em inúmeras vezes até necessária essa divulgação.
Inúmeras empresas têm adotado essa sadia prática, apesar de não prevista pela Lei das S.A’s, pela CVM ou qualquer outro pronunciamento profissional. Essa divulgação tem sido feita usualmente como a primeira das notas explicativas com o título “Operações, Contexto Operacional”, ou similar. (IUDÍCIBUS, 1992, p. 599).
2.1.7.5 Nota sobre os Principais Critérios de Avaliação
Para atingir o próprio objetivo das demonstrações contábeis, de exprimir com clareza a composição do patrimônio da empresa e evidenciar as suas mutações no exercício, há necessidade da divulgação dos principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, podendo-se denominá-las Sumário das Práticas Contábeis.
O objetivo de divulgar uma Nota Explicativa com esse sumário é permitir aos usuários o conhecimento das práticas contábeis, necessário para uma melhor compreenção da situação patrimonial e financeira da empresa e de suas operações. De fato, essa informação é de utilidade, pois, dependendo das práticas contábeis utilizadas pela empresa, os resultados poderão sofrer variações.
Portanto, a companhia deve divulgar as práticas contábeis adotadas para todas suas principais operações e elementos patrimoniais. Um aspecto importante a ser considerado é que expressem também nessa nota os critérios contábeis de operações típicas de seu ramo.
Dentro desse contexto global, os aspectos mais importantes a serem cobertos pelas Notas Explicativas são:
a)
O critério de avaliação das aplicações temporárias em títulos e valores mobiliários (custo atualizado ou valor de mercado), em ouro etc;
b)
A base da constituição da provisão para devedores duvidosos;
c)
Os critérios de avaliação dos estoques, isto é, se estão ao custo médio de aquisição ou produção, ao custo das compras mais antigas (UEPS) ou mais recentes (PEPS), ou ao valor de mercado;
d)
Os critérios de avaliação do imobilizado, por principais classes, inclusive as taxas de depreciação ou exaustão utilizadas em função da vida útil econômica estimada dos bens e o método de aplicação dessas taxas;
e)
O critério de avaliação dos investimentos, ou seja, se estão avaliados ao custo menos provisão para perdas, ou pelo método da equivalência patrimonial, no caso de investimentos relevantes em coligadas e/ ou controladas;
f)
O critério de avaliação do Ativo Diferido, ou seja, as bases adotadas pela empresa para ativar os gastos de implantação e pré-operacionais de novos projetos e critérios de sua amortização;
g)
O critério de registros dos passivos, particularmente quanto aos empréstimos e financimentos, ou seja, se estão atualizados pelas variações monetárias correspondentes e juros, e o critério contábil quanto à apropriação das despesas financeiras (encargos do exercício, ativo diferido, se a empresa estiver em fase pré-operacional);
h)
A base de contabilização da Provisão para o imposto de Renda, inclusive quanto à consideração ou não dos incentivos fiscais correspondentes e a adoção do diferimento do Imposto de Renda. (IUDÍCIBUS, 1992, p. 601).
Como se verifica, existem inúmeras práticas contábeis importantes das principais contas da empresa que devem ser descritas. Como já mencionado, para ramos específicos devem-se ainda incluir, dentro desse “Sumário das Práticas Contábeis”, as operações típicas e critérios adotados de avaliação dos ativos, de registros dos passivos e da forma e época de reconhecimento das receitas e das despesas.
A título de exemplo, apresenta-se um Sumário dessas Principais Práticas Contábeis, como segue:
As principais práticas contábeis adotadas pela sociedade são:
a)
Títulos e Valores Mobiliários: São demonstrados ao custo, acrescido dos rendimentos proporcionais até a data do balanço, não ultrapassando o valor de mercado.
b)
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa: É constituída pelo valor estimado para cobrir as perdas esperadas na realização das contas a receber de clientes e de outros créditos.
c)
Estoques: São avaliados ao custo médio de aquisição ou produção, estando reduzidos, mediante a provisão evidenciada, ao valor de mercado ou de realização, quando inferiores ao custo.
d)
Ativo Imobilizado: É registrado ao custo de aquisição ou construção e reavaliação, deduzido da depreciação acumulada, atualizado monetariamente. As depreciações são calculadas pelo método linear, com base em taxas que levam em consideração a vida útil econômica dos bens, segundo parâmetros estabelecidos pela legislação tributária ou com base em laudo técnico de peritos avaliadores. As taxas de depreciação são as seguintes, considerando sua utilização normal de um turno de trabalho:
- Edificações
4%
- Maquinas, Equipamentos e Instalações
10%
- Móveis e Utensílios
10%
- Veículos
20%
As depreciações de Máquinas, Equipamentos e Instalações são proorcionalmente acrescidas quando da maior utilização dos bens em função dos turnos de trabalho, à base dos coeficientes de 1,5 para utilização em 2 turnos e de 2,0 para utilização em tempo integral.
e)
Investimentos: As participações relevantes em coligadas e controladas são avaliadas pelo método da equivalência patrimonial. As demais participações em outras sociedades são registradas ao custo acrescido de Correção Monetária menos Provisão para Perdas Permanentes.
f)
Empréstimos e Financiamentos: São atualizados pelas variações monetárias incorridas até a data do balanço e os juros respectivos transcorridos estão provisionados. As variações monetárias e os juros são apropriados em despesas financeiras, exceto pela parte correspondente aos empréstimos destinados às obras em andamento que são lançados como gastos de implantação no Ativo Diferido, para amortização a partir do início das operações correspondentes; a parcela diferida nesse exercício importou R$ 5.600.000,00.
g)
Imposto de Renda: É provisionado no exercício dentro do regime de competência, pelo valor bruto que engloba os incentivos fiscais correspondentes. Estes são reconhecidos no ativo a crédito de Reservas de Capital – Subvenções para Investimentos, à medida do efetivo desembolso.
h)
Correção Monetária: Os efeitos da inflação sobre as demonstrações contábeis são reconhecidos através da

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