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ESTA002-17 – Circuitos Elétricos I Laboratório 3 – 2018.3 1 Laboratório 3: Medidas de Impedâncias 1. Objetivo: Medição de impedâncias complexas, tensões e correntes em regime permanente senoidal. 2. Impedâncias nos bipolos ideais: resistor, indutor e capacitor 2.1 Resistor (ideal) Figura 1: Tensão em regime permanente senoidal no resistor ideal Sendo: ( ) cos( )máxv t V tω φ= + [V,s] → ˆ máxV V φ= ∠ [V] Relação tensão-corrente no resistor: ( ) ( )v t Ri t= → ( )( ) v ti t R = Relação Fasorial: ˆˆ máx máx R V VVI Z R R φ φ∠= = = ∠ Figura 2: Relação entre a tensão e a corrente no resistor ideal R (ideal) V(t) i(t) es(t) + V(t) i(t) -180o 0o 180o 360o 540o Vmáx -Vmáx Imáx -Imáx 0 V(t) i(t) -180o 0o 180o 360o 540o Vmáx -Vmáx Imáx -Imáx 0 v(t) v(t) ESTA002-17 – Circuitos Elétricos I Laboratório 3 – 2018.3 2 No resistor, a tensão v(t) e a corrente i(t) estão em fase, conforme mostrado na Figura 2. O ângulo da corrente deve ser o mesmo ângulo da tensão, ou seja: ˆ máxVI R φ= ∠ → ( ) cos( )máxVi t t R ω φ= + [A,s] A impedância do resistor é dada por: o0 ∠= RZR [Ω] 2.2 Indutor (ideal) Figura 3: Tensão em regime permanente senoidal no indutor ideal Relação tensão-corrente no indutor: ( )( ) di tv t L dt = → 1( ) ( )i t v t dt L = ∫ Relação Fasorial: ˆˆ máx máx L L L L L V VVI Z X X φ φ θ θ ∠ = = = ∠ − ∠ , sendo e 2 L L LZ jX X L f Lω π= = = = reatância indutiva [Ω], ou seja: = 90oL L L LZ X Xθ= ∠ ∠ f = frequência da tensão aplicada [Hz] Figura 4: Relação entre a tensão e a corrente no indutor ideal L (ideal) V(t) i(t) es(t) + V(t) i(t) -180o 0o 180o 360o 540o Vmáx -Vmáx Imáx -Imáx 0 V(t) i(t) -180o 0o 180o 360o 540o Vmáx -Vmáx Imáx -Imáx 0 v(t) v(t) ESTA002-17 – Circuitos Elétricos I Laboratório 3 – 2018.3 3 No indutor, a tensão v(t) está adiantada de 90o em relação à corrente i(t), conforme mostrado na Figura 4. Como θL = 90o, tem-se: ˆ 90omáx L VI X φ= ∠ − → ( ) cos( 90 )omáx L Vi t t X ω φ= + − [A,s] A impedância do indutor é dada por: o90 ∠= LL XZ [Ω] 2.3 Capacitor (ideal) Figura 5: Tensão em regime permanente senoidal no capacitor ideal Relação corrente-tensão no capacitor: ( )( ) dv ti t C dt = Relação Fasorial: ˆˆ máx máx C C C C C V VVI Z X X φ φ θ θ ∠ = = = ∠ − ∠ , sendo 1 1 e 2 C C C Z jX X C f Cω π = − = = = reatância capacitiva [Ω], ou seja: = 90oC C C CZ X Xθ= ∠ ∠− Figura 6: Relação entre a tensão e a corrente no capacitor ideal C (ideal) V(t) i(t) es(t) + V(t) i(t) -180o 0o 180o 360o 540o Vmáx -Vmáx Imáx -Imáx 0 V(t) i(t) -180o 0o 180o 360o 540o Vmáx -Vmáx Imáx -Imáx 0 v(t) v(t) ESTA002-17 – Circuitos Elétricos I Laboratório 3 – 2018.3 4 No capacitor, a corrente i(t) está adiantada 90o em relação à tensão v(t), conforme mostrado na Figura 6 para 0oφ = . Como θC = –90o, tem-se: ( )ˆ 90 90o omáx máx C C V VI X X φ φ= ∠ − − = ∠ + → ( ) cos( 90 )omáx C Vi t t X ω φ= + + [A,s] A impedância do capacitor dada por: o90−∠= CC XZ [Ω] 2.4 Associação de elementos em série Figura 7: Associação de impedâncias em série Lei de Kirchhoff para as tensões (LKT): a soma das tensões instantâneas numa malha fechada é igual a zero (válida também para os fasores de tensão). Para o circuito da Figura 7, pode- se escrever: ( )1 2 3 1 2 3 1 2 3ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ ˆeqV V V V Z I Z I Z I Z Z Z I Z I= + + = + + = + + = . Portanto ˆˆ eq VI Z = , sendo 321 ZZZZeq ++= = impedância equivalente [Ω]. 2.5 Associação de elementos em paralelo Figura 8: Associação de impedâncias em paralelo 1V 2V 3V V I 1Z 2Z 3Z I V 1I 2I 3I 1Z 2Z 3Z ESTA00 L um nó é fasores Portanto sendo Y Cuidad tensões 3. P 3.1 I 3.1.1 M capacito Comple frequên frequ 120 1kH 02-17 – Cir Lei de Kirc é igual à so de corrente I o 1 ZZ Y eq eq == do: As dua e correntes Parte Práti Impedânci Medir a resi or, utilizand ete os valor ncias? uência 0Hz Hz rcuitos Elétr + E gerad E chhoff para oma das cor e). Para o cir 1 2 ˆ ˆ ˆI I I= + + 21 111 ZZZ ++ as Leis de nem aos se ica a Capacitiv istência do r do o medid es na Tabel T R (Ω ricos I Emáx dor de sinais as corrente rrentes insta rcuito da Fi 3 1 ˆˆ V VI Z Z + = + 3 1 Z = admitâ Kirchhoff eus valores va resistor R, dor RLC, c la 1. Há var Tabela 1 – V Ω) Fi 50Ω I V es (LKC): a antâneas qu gura 8, pod 2 3 ˆ ˆ ˆV V V Z Z + = ˆ ˆ eqV Z I= ância equiva não podem s eficazes! L a capacitân com modelo ariação sign Valores dos c C igura 9: Cir R C a soma das c ue saem des de-se escrev 1 2 1 1V Z Z ⎛ + +⎜ ⎝ ˆˆ eq II Y = , alente [S]. m ser aplic Lembrar qu ncia C e re o paralelo, ificativa do componente (nF) cuito RC C capa CV RV correntes in ste mesmo er: 3 ˆ1 eq V Z Z ⎞ + =⎟ ⎠ cadas direta e estas gran esistência pa nas frequên os valores d es R e C RP acitor Laborató nstantâneas nó (vale ta ˆ eqVY= . amente aos ndezas são f arasita Rp e ncias de 12 dos elemento RP (Ω) ório 3 – 201 que chegam mbém para módulos d fasoriais! em paralelo 20Hz e 1kH os nestas du 8.3 5 m a a os das do Hz. uas ESTA002-17 – Circuitos Elétricos I Laboratório 3 – 2018.3 6 3.1.2 Montar o circuito mostrado esquematicamente na Figura 9, com os componentes de valores nominais: R = 1k Ω, C = 150 nF, sendo Emáx = 2,5 V e f = 1 kHz. Nota: Não se esqueça de configurar o gerador de sinais para “HIGH Z”. 3.1.3 Medir os módulos das tensões V̂ , R̂V , ĈV com os equipamentos indicados na Tabela 2, e preencher a tabela com as leituras fornecidas pelos equipamentos. Nota: Utilizar o canal 1 (CH1) do osciloscópio para medir V̂ , e o canal 2 (CH2), para medir R̂V . A tensão ĈV poderá ser obtida no osciloscópio através da função matemática (CH1-CH2). Para obter formas de onda menos ruidosas no osciloscópio, usar o recurso Média (tecla de Menu Acquire, modo de aquisição Average). 3.1.4 Medir a defasagem entre a corrente Î e a tensão V̂ utilizando a medida automática de Fase do osciloscópio. Nota: Lembrar que a corrente Î está relacionada com a tensão sobre o resistor, através da relação ˆ ˆ /RI V R= . Tabela 2- Impedância capacitiva – Medidas experimentais |V̂ | | R̂V | | ĈV | θ (defasagem entre Î e V̂ [graus] Osciloscópio (Vpp) multímetro de bancada (Vef) multímetro portátil (Vef) 3.1.5 Preencher a Tabela 3 com valores calculados das amplitudes dos fasores (valor de pico) e da defasagem entre corrente e tensão, obtidos a partir das medidas realizadas. Comparar os resultados obtidos experimentalmente com aqueles calculados no Pré-Relatório. Tabela 3- Impedância capacitiva – Módulos dos fasores (calculados) |V̂ | [V] | ˆRV | [V] | ĈV | [V] θ (defasagem entre Î e V̂ [o] calculados no Pré- Relatório (com os valores nominais dos componentes) osciloscópio multímetro de bancada multímetro portátil ESTA002-17 – Circuitos Elétricos I Laboratório 3 – 2018.3 7 3.2 Impedância Indutiva 3.2.1 Medir a resistência do resistor R, a resistência parasita série do indutor (RL) e a indutância do indutor L, utilizando o medidor de impedâncias, com modelo série, nas frequências de 120Hz e 1kHz. Completar a Tabela 4. Há variação significativa dos valores dos elementos nestas duas frequências? Tabela 4 – Valores dos componentes R e L frequência R (Ω) L (mH) RL (Ω) 120Hz 1kHz 3.2.1 Montar o circuito mostrado esquematicamente na Figura 10, com os componentes de valores nominais: R = 1kΩ, L = 1 mH, sendo Emáx = 2,5 V e f = 200 kHz. Nota: Não seesqueça de configurar o gerador de sinais para “HIGH Z”. Figura 10- Circuito RL 3.2.3 Medir os módulos das tensões V̂ , R̂V , L̂V com os equipamentos indicados e preencher a Tabela 5 com as leituras fornecidas pelos equipamentos. Nota: Utilizar o canal 1 (CH1) do osciloscópio para medir V̂ , e o canal 2 (CH2), para medir R̂V . A tensão L̂V poderá ser obtida no osciloscópio através da função matemática (CH1-CH2). Para obter formas de onda menos ruidosas no osciloscópio, usar o recurso Média (tecla de Menu Acquire, modo de aquisição Average). 3.2.4 Medir a defasagem entre a corrente Î e a tensão V̂ utilizando a medida automática de Fase do osciloscópio. + RL R Emáx L gerador de sinais I indutorV RV E V 50Ω indutor ESTA002-17 – Circuitos Elétricos I Laboratório 3 – 2018.3 8 Nota: Lembrar que a corrente Î está relacionada com a tensão sobre o resistor, através da relação ˆ ˆ /RI V R= . Tabela 5- Impedância indutiva – Medidas experimentais |V̂ | | R̂V | | L̂V | θ (defasagem entre Î e V̂ [graus] Osciloscópio (Vpp) multímetro de bancada (Vef) multímetro portátil (Vef) 3.2.5 Preencher a Tabela 6 com os valores calculados das amplitudes dos fasores (valor de pico) e da defasagem entre corrente e tensão, obtidos a partir das medidas realizadas. Comparar os resultados obtidos experimentalmente com aqueles calculados no pré-relatório. Tabela 6- Impedância indutiva – Módulos dos fasores (calculados) |V̂ | [V] | R̂V | [V] | L̂V | [V] θ (defasagem entre Î e V̂ [graus] calculados no Pré- Relatório (com os valores nominais dos componentes) osciloscópio multímetro de bancada multímetro portátil 4. Questões de preparação (Trazer no Pré-Relatório) 4.1 Utilizando os valores nominais dos componentes ideais (R=1kΩ, C=150nF e RP=∞), calcule as impedâncias resistiva e capacitiva do circuito da Figura 9 e os fasores V̂ , Î , R̂V e ĈV , assumindo ˆ 2,5 0ogE = ∠ [V], na frequência de 1kHz. Insira os valores apropriados na Tabela 3. 4.2 Utilizando os valores nominais dos componentes (R=1kΩ, L=1mH e RL=0), calcule as impedâncias resistiva e indutiva do circuito da Figura 10 e os fasores V̂ , Î , ˆRV , L̂V , assumindo ˆ 2,5 0ogE = ∠ [V], na frequência de 200kHz. Insira os valores apropriados na Tabela 6. ESTA002-17 – Circuitos Elétricos I Laboratório 3 – 2018.3 9 4.3 O osciloscópio mostra em sua tela apenas sinais de tensão. Como poderemos obter informações sobre a forma de onda da corrente nos circuitos mostrados nas Figuras 9 e 10? 4.4 Como é possível medir a defasagem, em graus, entre dois sinais de tensão visualizados no osciloscópio, sabendo-se que este instrumento mostra a variação temporal das tensões? Questões para responder no Relatório: 4.5 Os valores medidos para cada tensão das Tabelas 2 e 5 foram os mesmos para todos os instrumentos utilizados? Explique eventuais discrepâncias. 4.6 Explique as eventuais diferenças entre os valores calculados e os valores medidos dos fasores de tensões e da defasagem entre tensão e corrente nas impedâncias analisadas. 4.7 Compare os valores de capacitância e de indutância determinados: • a partir dos valores de módulos e defasagens medidos entre tensão e corrente; • a partir dos valores medidos dos componentes, utilizando o medidor RLC. 5. Material utilizado • Gerador de sinais • Osciloscópio de dois canais e pontas de prova • Multímetro portátil • Multímetro digital • Medidor de impedâncias • Resistor de 1 kΩ, capacitor de 150nF, indutor de 1mH • Protoboard 6. Referências Bibliográficas Notas de aula da disciplina “EL-031(L): Laboratório de Circuitos Elétricos I”, Departamento de Engenharia Elétrica, Faculdade de Engenharia Industrial. Edminister, Joseph A., “Circuitos Elétricos”, Coleção Schaum, Reedição da Edição Clássica, Editora McGraw-Hill, 1991. ESTA002-17 – Circuitos Elétricos I Laboratório 3 – 2018.3 10 Laboratório 3: Medidas de Impedâncias Resultados Experimentais Equipe __________ Data:______________ RA Nome Ao final da aula, cada equipe deverá entregar uma cópia destas folhas ao professor, contendo todos os valores calculados previamente e os valores medidos durante o experimento. 3.1 Impedância Capacitiva Tabela 1 – Valores dos componentes R e C frequência R (Ω) C (nF) Rp (Ω) 120Hz 1kHz Tabela 2- Impedância capacitiva – Medidas experimentais |V̂ | | R̂V | | ĈV | θ (defasagem entre Î e V̂ [graus] Osciloscópio (Vpp) multímetro de bancada (Vef) multímetro portátil (Vef) Tabela 3- Impedância capacitiva – Módulos dos fasores (calculados) |V̂ | [V] | ˆRV | [V] | ĈV | [V] θ (defasagem entre Î e V̂ [graus] calculados no Pré- Relatório (com os valores nominais dos componentes) ESTA002-17 – Circuitos Elétricos I Laboratório 3 – 2018.3 11 osciloscópio multímetro de bancada multímetro portátil 3.2 Impedância Indutiva Tabela 4 – Valores dos componentes R e L frequência R (Ω) L (mH) RL (Ω) 120Hz 1kHz Tabela 5- Impedância indutiva – Medidas experimentais |V̂ | | R̂V | | L̂V | θ (defasagem entre Î e V̂ [graus] Osciloscópio (Vpp) multímetro de bancada (Vef) multímetro portátil (Vef) Tabela 6- Impedância indutiva – Módulos dos fasores (calculados) |V̂ | [V] | R̂V | [V] | L̂V | [V] θ (defasagem entre Î e V̂ [graus] calculados no Pré- Relatório (com os valores nominais dos componentes) osciloscópio multímetro de bancada multímetro portátil
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