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Histologia Beatriz Câmara OLHO Estruturas a serem reconhecidas: • Esclera - área que tem a cor branca • Iris - cores diferentes a depender da quantidade de melanina e melanócitos • Pupila - um orifício ao centro da íris Globo ocular • Anatomia interna e estrutura que compõem esse orgão: - Três túnicas: - Fibrosa - Vascular - Retina - Três cavidades importantes: - Câmara anterior - Câmara posterior - Câmara vítrea. - O que preenche as câmaras posterior e anterior é o humor aquoso, a câmara vítrea é preenchida pelo humor vítreo • Túnica Fibrosa - Pr inc ipa l tec ido da camada é o conjuntivo. - Quais elementos compõem essa túnica? - No sexto mais anterior, a córnea e no restante, a esclera. - O limite corneo-escleral entre essas estruturas é o chamado limbo. - A córnea é translúcida, fica à frente da íris e é contínua com a esclera. • Túnica Vascular (ou Uvea) - Na região mais posterior do olho, temos a coróide. - Na região anterior, tem corpo ciliar, processos ciliares e íris. - Imediatamente interna a túnica fibrosa. • Retina - Área onde existem células neurossensoriais, os fotorreceptores. - Duas áreas importantes: retina cega e retina neural (ou sensitiva). - A área limítrofe entre essas duas é chamada de ora serrata - Por que é chamada de cega? Esta não possui neurônios e fotoreceptores, só as células epiteliais. Já a neural possui todas as populações celulares. - Quando olhamos a área mais interna da retina, limita a câmara vítrea, que é preenchida pelo humor vítreo. - Ponto com uma depressão que é a área de maior acuidade visual - fóvea. A área periférica a ele é a mácula. - Há um ponto chamado de papila, que é onde todos os axônios dos neurônios retinianos sairão para formar o nervo óptico. Nele também não há receptores, por isso é chamado de ponto cego, que é diferente de retina cega. - Nessa área da papila, existem vasos sanguíneos. - É a área observada pelo exame de fundo de olho. Há possibilidade de observar a presença de edemas, deposição de elementos, se a parede dos vasos está preservada e etc. - A papila está no disco óptico. Túnica Fibrosa CÓRNEA • É uma estrutura transparente, translúcida, avascular, convexa, compõe o sexto mais anterior do globo ocular • Contínua com a esclera • Inervada • Apesar de fazer parte da túnica fibrosa, e o principal tecido é o conjuntivo, possui revestimentos epiteliais - Existe um epitélio externo e um interno. O externo está voltado para o meio externo e o interno está voltado para a câmara interior. - O epitélio externo é estratificado, pavimentoso e não-queratinizado. - O epitélio interno é pavimentoso a cúbico e simples. Histologia Beatriz Câmara - Todo epitélio repousa numa lâmina basal que faz parte de uma membrana basal, então temos epitélio externo, interno e membranas basais. • O eixo central é chamado de estroma, que é composto por tecido conjuntivo. - Camada 1 é o epitelio anterior - Camada 2 é a membrana basa l especializada que apoia o epitélio anterior - membrana de Bowman - Camada 3 é o estroma conjuntivo - Camada 4 é a membrana basa l especializada que apoia o epitélio posterior - membrana de Descemet - Camada 5 é o epitélio posterior • Obs.: Membranas basais especializadas - Possuem apenas elementos de matriz e não células. Nem os epitélios e nem o conjuntivo de estroma são vascularizados. O tecido é chamado d e d e n s o m a s n ã o e n t r a n a classificação de modelado e não modelado, pois existem faixas de organização das fibras colágenas, principalmente do tipo I, em sentidos diferentes. Num corte histológico, a membrana de bowman nem sempre está bem evidenciada, mas está sempre imediatamente abaixo do epitélio anterior. - A s c é l u l a s d o e p i t é l i o a n t e r i o r superficiais tem uma característica: possuem pequenos microvi los na superfície apical. - Como ela não é vascularizada, precisa ser lubrificada pois está sujeita a ressecamento. - Há passagem de uma lâmina de lágrima e o filme passa a ter uma maior superfície de contato com a córnea, o que favorece a lubrificação da córnea. - O estroma da córnea é um tecido conjuntivo denso. Entre os feixes de fibras, existem fibroblastos - Existem terminações nervosas mas não vasos sanguíneos. - O epitélio posterior pode variar de cúbico a pavimentoso. - São transportadoras de íons e controlam o grau de hidratação da córnea. - O excesso de hidratação da córnea faz com que a mesma fique turva e dificulte a acuidade visual. - Essas células são responsáveis por fazer o controle, a retirada do excesso do humor aquoso excessivo das células do epitélio posterior, lançando, assim, no ha câmara anterior, onde há humor aquoso. - É avascular e nutrida por vasos que vão estar na região do limbo, da área de transição. O humor aquoso também contribui com essa nutrição. • Tipos de lesões na córnea - Nas células mais superficiais - Abranje apenas o tecido epitelial - Existe chance de renovação e reparo sem perda de acuidade visual - No estroma ou na membrana de bowman - G e r a c i c a t r i z fi b ro s a q u e p o d e comprometer a refração dos raios luminosos. Obs.: Transplante de córnea Um dos mais bem sucedidos pois, devido a sua avascularidade, não há chance de as células de defesa chegarem ao local facilmente, reduzindo o risco de rejeição do orgão. • Conjuntivas bulbar e palpebral - A conjuntiva bulbar é contínua com o epitélio anterior da córnea - A conjuntiva palpebral é contínua com o epitélio da pálpebra. - O epitélio das conjuntivas é também estratificado, no entanto, possui um aspecto diferente do epitélio anterior da córnea: estratificado com células caliciformes. - É possível ver onde é o epitélio anterior da córnea e onde é o epitélio da conjuntiva bulbar, que cobre a região da esclera e se continua com a pálpebra. ESCLERA • Parte branca do olho • Opaca • Vascularizada • Recobre os 5/6 posteriores do olho. • Parte da túnica fibrosa • Possuimos sub-regiões na esclera - Área com conjuntivo mais frouxo na externa e mais internamente, conjuntivo mais denso. Histologia Beatriz Câmara • Nas crianças, tende a ser mais azulada e nos idosos, mais amarelada devido ao acúmulo de pigmento de lipofucsina nas células. • Na área de transição entre a córnea e a esclera há o limbo. - Presença de uma estrutura importante: canal de Schlemm. - O humor aquoso, produzido e ejetado pelos processos ciliares, é lançado nas câmaras, preenchendo-as. - O líquido sairá da câmara posterior em direção à anterior, sendo drenado pelo canal de Schlemm. - Drena para veias chamadas de aquosas. (É nesse ponto entre a córnea e a esclera que está localizado esse canal.) - O líquido é constantemente produzido e drenado. - Existem pessoas que possuem estreitamento desse canal, o que pode a c a r r e t a r p a t o l o g i a s c o m o o glaucoma. - Leva ao aumento da pressão intraocular - Esfenose, constrição fará com que essa drenagem não ocorra de maneira correta. Túnica vascular ou uvea CORÓIDE • Ocupa a maior extensão. • É uma área conjuntiva (com tecido frouxo), muito vascularizada e rica em células pigmentadas. • Inervada • Existe uma grande quantidade de vasos e células pigmentadas no local. • Seus vasos nutrem parte da retina PROCESSOS E CORPO CILIARES • Todo conjuntivo da túnica vascular é altamente vascularizado. • No corpo ciliar, em meio a esse conjuntivo vascularizado, existem três grupos de músculo liso que são chamados de músculo ciliar. - Este está em meio ao conjuntivo do corpo ciliar. • A parte plana é chamada de corpo ciliar, a parte com projeções é chamada de processo ciliar. • Na parte dos processos ciliares, só há conjuntivo vascularizado, não há músculo. • No eixo central dos processos ciliados há conjuntivovascularizado. • Revestimento epitelial - O corpo, assim como os processos, vai apresentar o epitélio ciliar, que é duplo, um com células pigmentadas e outro com células não pigmentadas. • O estroma do corpo ciliar é vascularizado por capilares fenestrados e outros vasos sanguíneos. - O epitélio pigmentado está próximo dessa estrutura e repousa sobre uma lâmina basal. - As células do epitélio possuem grande quantidade de pigmentos, por isso, muitas vezes não é possível perceber o núcleo. - A região basal é muito pregueada e a apical, mais lisa. - Existe um espaço chamado canal ciliar e voltado para este estão os domínios apicais dos dois tipos de células epiteliais, pigmentada e da não pigmentada. - Essa célula também se apoia numa lamina basal e delas vão surgir estruturas que se ancoram na capsula do cristalino. Quais são elas? - E l e m e n t o s d e m a t r i z , pr inc ipa lmente co lágeno e elastina, que formam as fibras da zônula ciliar. Estas se ligam às células não pigmentadas e se ligam à capsula do cristalino. • Na área dos processos ciliares, vemos que as células não pigmentadas estão ligadas as fibras da zônula, que vai se ligar a capsula do cristalino. • O processo ciliar está relacionado ao processo de produção de humor aquoso que vai cair na câmara posterior e ir em direção a câmara anterior e também com a composição das fibras das zônula, que vão ser importantes no processo de acomodação visual, pois a ação da musculatura do corpo ciliar vai gerar tensão nessas fibras, mudar a morfologia do cristalino e participar do processo de acomodação visual. Histologia Beatriz Câmara ÍRIS • Controla a quantidade de luz que passa pelo olho. • Estrutura relacionada a miose e midríase, c o n t r a ç ã o e d i l a t a ç ã o d a p u p i l a , respectivamente. - Para essa ação, há dois conjuntos de músculos: Esfíncteres e dilatadores da pupila. - Estão na área central da íris, no chamado de estroma da íris. - Em meio ao conjuntivo há músculos que estão em posições e sentidos diferentes, mas há também vasos sanguíneos e células pigmentadas. - Por que as íris tem cores diferentes? - Isso está relacionado à quantidade de melanócitos e melanina presentes no estroma, pois todos os olhos possuem epitélio pigmentado na íris. - O epitélio posterior pigmentado duplo é bem evidente - Na região anterior, voltada para a câmara anterior, existe uma controvérsia: alguns autores falam que nela há o mesmo epitélio da região da córnea, simples pavimentoso. Outros falam que são melanócitos intercalados com fibroblastos. • Músculos - O dilatador fica mais próximo do epitélio posterior da córnea, o mais pigmentado. - O grupo mais perto da borda da pupila é o músculo constritor. CRISTALINO • Estrutura convexa e transparente, ligada através da cápsula pelos ligamentos da zônula ciliar, que se liga ao processo ciliar. - Existe uma cápsula, um epitélio anterior, que é simples e cúbico e um grupo de células longas que são chamadas de fibras lente (ou fibras do cristalino) - não são elementos de matriz mas são muito alongadas. • É uma lente relacionada com a conversão dos raios luminosos em direção a fóvea. • Essa lente está presa aos processos ciliares pelos ligamentos. - A ação da musculatura do corpo ciliar tensiona os processos, as fibras da zona ciliar e modifica a forma do cristalino e, consequentemente, a convergência do raio em direção a fóvea. Focalização. - A importância da ligação das fibras, é que o cristalino muda de forma e se adapta, se acomoda - O cristalino possui epitélio anterior, posterior e uma cavidade no centro. A medida que o olho vai se desenvolvendo, as células vão se alongando, causando oclusão na cavidade interna e chegando a tocar as células do epitélio anterior. • Depois que a cavidade foi obstruída e as células se alongaram, ao longo da vida, o olho cresce, o cristalino aumenta. - Na área equatorial, existem células com potencial mitótico e se diferenciam no que chamamos de fibras secundárias. - As primárias se originam no epitélio posterior e as secundárias surgiram de mitose e diferenciação das células da área equatorial. - As células são muito alongadas, possuem poucas organelas e acumulam algumas proteínas em seu citoplasma. - A principal delas é a cristalina, que são translúcidas. - Quando há alteração conformacional da estrutura destas, se tornam opacas. A patologia relacionada a essa alteração é a Catarata. - A refração luminosa é prejudicada, redução da capacidade de foco e de enxergar cores - perda de acuidade visual. - Para resolver esse problema, é possível retirar o cristalino e colocar uma prótese, que é uma lente. RETINA • População de células que compõem a retina: - Células da glia - Células epiteliais - Neurônios - Subtipos: - Interneurônios, que fazem conexões entre os receptores sensoriais e as céluas eferentes - Neurônios de projeção ou eferentes. - Células com funções diferentes: uma de receptor sensorial, uma de conexão e outra de projeção. Histologia Beatriz Câmara • A área de maior acuidade visual é a fóvea, que está no centro da mácula. • Há uma face da retina que está voltada para a coróide e uma face voltada para câmara vítrea. Como é a organização das 10 camadas? - Normalmente, a primeira camada descrita da retina está apoiada na coróide. - Existe um epitélio repousando sobre uma lâmina basal, este é o epitélio pigmentar da retina, com células pigmentadas que apresentam microvilos na região apical. - E s t e s e c o n t a c t a c o m o s fotoreceptores, que são células bem grandes, apresentam segmento externo, interno, axônio, núcleo, são células que tem áreas diferenciadas no seu corpo. - Quem são os fotoreceptores? Cones e bastonetes. - Quem está mais relacionada a visão precisa e colorida? O cone. Na fóvea, há concentração de cones. • Os fotoreceptores vão se contactar com um interneurônio, que é uma célula bipolar. Uma das poucas áreas que possuem esse tipo de neurônio é a retina. Este se contacta com uma célula eferente, que é a célula ganglionar. - Por que eferente? Porque o axônio dela forma as fibras que irão compor o nervo óptico. - Epitélio pigmentar fotorreceptor, ganglionar, bipolar. • Presença de interneurônios integradores - Células horizontais que integram vários fotorreceptores entre si, já que, em c i r c u i t o s m u i t o l i n e a r e s , o s fotor receptores não ter iam essa integração com as células bipolares, ganglionares e entre eles mesmos. • Presença de células amácrinas, que também são células integradoras entre si, na interface com as ganglionares e com as bipolares. • Podemos observar que existem áreas de contato sinápticos entre neurônios - plexiforme. • Células gliais - São grandes, percorrendo quase toda a extensão da retina. - Se ligam entre si por junções de adesão - Células de Miller. - Apresenta limite interno e externo • AS CAMADAS (meu irmão que inferno eu vo mata essa matéria Chernobyl eu não aguento mais) - Primeira camada: Epitélio pigmentar da retina - Segunda camada: Onde estão localizados os segmentos externos dos cones e bastonetes - Terceira camada: Membrana limitante externa. - é a face mais externa da membrana de Miller. - Quarta camada: Camada nuclear externa - c o n c e n t r a ç ã o d o s n ú c l e o s d o s fotorreceptores - Quinta camada: Camada plexiforme externa - Área de sinapse entre os fotorreceptores e as bipolares - Sexta camada: Camada nuclear interna - Onde estão localizados os núcleos das células bipolares, horizontais, amácrinas e de miller. - Sétima camada: Camada plexiforme interna - Oitava camada: Células ganglionares - Nona camada: Camada de fibras do nervo óptico - Décima camada: Membrana limitante interna - face mais interna da membrana deMiller. Obs.: As membranas limitantes interna e externa não são muito bem visualizadas na microscopia óptica. • Quando a luz atravessa a retina, já passou pela córnea, câmara anterior, cristalino e câmara vítrea. Já aconteceu transdução? Não. - Quem são as células responsáveis pela transdução visual? Os cones e os bastonetes. - A luz entra e estimula as áreas dos fotorreceptores e o estimulo elétrico sai via axônios das células ganglionares - A transdução ocorre na interface do segmento externo dos cones e bastonetes com o epitélio pigmentar. Os estímulos passam de célula para célula e se projetam nos órgãos subcorticais através do nervo óptico. Histologia Beatriz Câmara • Os cones e bastonetes são diferentes pela forma do segmento externo e o tipos de pigmento. • Na interface dos segmentos externos com a célula epitelial, estas não estão relacionadas a p e n a s c o m a s u s t e n t a ç ã o d o s fotorreceptores, mas também com a fagocitose de restos de pigmentos visuais, armazenamento de vitamina A e etc. • O que acontece na fóvea? - Todas as camadas ficam rebatidas e os fotorreceptores ficam expostos, então a luz chega mais fácil neles e, por isso, há maior acuidade visual. - N e s s a r e g i ã o , h á q u a s e q u e exclusivamente cones e no restante há mais bastonetes do que cone.
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