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Regulamentação de Blockchain na União Europeia

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Antas da Cunha Ecija : escritório da palestrante
Regulamentação de blockchain da União Europeia – Daniela Guimarães (dguimaraes@adcecija.pt)
China, EUA e EU são os lideres sobre o blockchain. A grande questão que se coloca é a sua aplicação entre privados, devendo haver regulação que proteja o consumidor e atraia investimento privado, que assegure funcionamento no mercado interno, entretanto, o que existe atualmente em termos legislativos na EU, ainda não é suficiente.
Os problemas para aplicação do RGPD são: o paradigma descentralizado, anônimo, imutável e de automação do blockchain. European Union Blockchain Observatory, pretente acelerar a inovação do ecositema blochcain na união europeia, entretanto, não encontrou regulamentação adequada.
O lobby na EU é regulada, podendo surgir parcerias publico privadas sobre, tal como a INAPA, e reúne stakeholders para iniciativas.
O enquandramento legislativo mais adequado passa por três abordagens:
1. Utiliza a legislação existente e dapta a mesma às especificidades da tecnologia;
2. Altera o quadro legislativo existente, acrescentando anormas que venham responder aos desafios diretos da blockchain;
3. Cria legislação complementamente nova.
Atualmente a blockchain utiliza criptografia para realizar operações, mas pode passar a utilizar outros meios no futuro, motivo pelo que o ato legislativo adequado não poderá restringir tais fatore de mutabilidade, sob prejuízo de inviabilizar o negócio.
O único país que legislou sobre o tema é Lienchenstein, pioneiro de forma autônoma e comleta, law on tokens and Trustworthy Technologies service providers, com espetro legislativo tecnologicamente neutro, com alterações à legislação civil e comercial a par com previsões novas, conceitos genéricos, sem especificar sua tecnologia. Apesar desse país não fazer parte do espaço econômico europeu, é membro da europa. 
A nível público, a Estônia é referência, uma vez que tem cerca de 99% dos serviços públicos em forma digital, tendo base o blockchain. O estado português terá sua primeira sandbox, que é um espaço em que se possa aplicar tecnologias em ambiente livre de regulação, para avançar sem os impedimentos legais.
A ausência legislativa de países como Portugal sobre o assunto, deixa as fintecs interessadas em trabalhar no local, uma vez que permite fazer o que deseja.
O anonimato ou pseudonimização do Blockchain é relativo, visto que é possível chegar aos intervenientes, entretanto, é possível validarem-se entre sí, sem precisar entrar no conteúdo. Nesse ponto não há problemas, entretanto, caso seja necessário atribuir responsabilidades pelo tratamento de dados, haverá divergências.

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