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Direito do Consumidor -

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Direito do Consumidor- Resumo 
 
Direito do Consumidor 
 Introdução 
O Código de Defesa do Consumidor trata-se de um microssistema legislativo baseado 
em normas de ordem principiológicas que rege as relações de consumo, com normas 
de natureza pública e privada. Destarte, o CDC tem como função precípua resguardar 
a parte vulnerável da relação consumerista - o consumidor. 
 Princípios aplicáveis ao Direito do Consumidor 
1 - Vulnerabilidade: 
- É a razão a qual se justifica a criação do CDC como norma específica para reger as 
relações de consumo. 
- Objetiva a manutenção de uma relação equilibrada entre o Fornecedor e o 
Consumidor. 
- Tem presunção absoluta, ou seja, todo consumidor, em regra, é considerado 
vulnerável. 
- Vulnerabilidade X Hipossuficiência: Como visto alhures, todo consumidor é 
vulnerável. Entretanto, nem sempre um consumidor é hipossuficiente, pois esta é 
averiguada caso a caso de acordo com as condições econômicas da parte consumidora. 
- Hipossuficiência fundamenta a inversão do ônus da prova. 
- Vulnerabilidade pode ser técnica ou informacional, ou qualquer outra forma que 
evidencie a vulnerabilidade da parte. 
2 – Transparência: 
- Transparente é a conduta não ardilosa, baseada na boa-fé e lealdade. 
- a transparência veda que o fornecedor se valha de cláusulas dúbias ou contraditórias 
para excluir direitos do consumidor. 
3 – Informação: 
- Este princípio parte de uma dualidade de núcleos: a) dever de informar; b) direito de 
ser informado. 
- A omissão na informação pode caracterizar publicidade enganosa. 
- O consumidor tem o direito à informação certa, clara e precisa acerca do preço, 
quantidade, riscos e contraindicações dos produtos. 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91585/c%C3%B3digo-de-defesa-do-consumidor-lei-8078-90
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91585/c%C3%B3digo-de-defesa-do-consumidor-lei-8078-90
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91585/c%C3%B3digo-de-defesa-do-consumidor-lei-8078-90
4 – Segurança: 
- Ao fornecedor cabe assegurar que os produtos ou serviços postos no mercado de 
consumo sejam seguros, não causem danos, de qualquer espécie, aos consumidores. 
- Compete ao fornecedor, ao tomar conhecimento posterior à inserção dos produtos e 
serviços no mercado, incumbe o dever de informar às autoridades competentes e aos 
consumidores, mediante anúncio publicitário (Recall). 
- Os danos decorrentes da falta de segurança nos produtos ou serviço são de 
responsabilidade objetiva do fornecedor dispensando a comprovação de dolo ou culpa, 
bastando apenas o nexo e o dano. 
- O STJ, em 2017, decidiu que o motorista que embriagado que se envolver em 
acidente com morte poderá ser excluído do seguro de vida. 
- Convém frisar que, não serão considerados nocivos à segurança os produtos ou 
serviços que, por sua natureza já ofereçam riscos, arremata-se como exemplo: Faca, 
Venenos, etc.. 
5 – Equilíbrio nas prestações: 
- Considera-se exagerada a vantagem que se mostra excessivamente onerosa ao 
consumidor, gerando um desiquilíbrio entre as partes, ferindo o espírito norteador que 
fundamenta a existência do Direito do Consumidor. 
- São nulas de pleno direito as cláusulas que estabeleçam obrigações iníquas e 
abusivas, colocando em desvantagem o consumidor, ou que sejam incompatíveis com 
a boa-fé ou equidade. ( art. 51, IV) 
6 – Reparação Integral 
- Se o consumidor sofrer um dano lhe é assistido o direito ao ressarcimento ou 
compensação integral e efetiva, compreendendo todos os danos dela advindos, tais 
como materiais, morais e à imagem. 
- Súmula 402, STJ: “ O contrato de seguro por danos pessoais compreende os danos 
morais, salvo cláusula expressa em contrário. 
- Este princípio poderá ser relativizado se o consumidor contribuir, de algum modo, 
para o dano. 
7 – Interpretação mais favorável: 
- As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao 
consumidor, por se entender que a parte mais forte, em regra, é quem redige os 
contratos de consumo, que em sua maioria assumem a forma de contrato de adesão. 
- As cláusulas dúbias, obscuras, contraditórias ou omissas deverão ser interpretadas 
em favor do consumidor. 
- Este princípio não resguarda somente as cláusulas contratuais, mas também as leis 
em geral que, em conflito, deverão ser interpretadas a favor da parte mais vulnerável 
da relação. 
8 – Boa-Fé Objetiva: 
- Trata-se do princípio do direito contratual mais importante na contemporaneidade, 
pois exige das partes contratantes o dever de agir com lealdade, transparência e 
respeito às normas, assim, mantendo a relação harmônica na constância do contrato. 
9 – Adimplemento Substancial: 
- Trata-se da possibilidade de, em se tendo adimplido parte razoável da obrigação, não 
caber ao credor o direito de resolver o contrato e reintegrar-se na posse do produto, 
porém a dívida permanece incólume e cabendo ao credor apenas cobrar as prestações 
inadimplidas. 
- Em suma, se o consumidor já pagou parte considerável da dívida não será razoável o 
fornecedor tomar para si o bem com o fundamento do não pagamento de pequena 
parte das prestações. 
Característica do CDC 
1) Microssistema Multidisciplinar 
2) Lei Principiológica 
3) Normas de Ordem Pública e Interesse Social 
Normas de Ordem Pública: Não podem ser derrogadas pela vontade das partes, ou seja, 
indisponível. 
Interesse Social: Casos particulares geram repercussão perante a sociedade. 
Consumidor: é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produtor ou serviços 
como destinatário final. 
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou 
serviço como destinatário final. 
 
 Sujeitos da Relação de Consumo 
1. Consumidor: É consumidor toda pessoa física ou jurídica que adquire 
ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. 
- TEORIA MAXIMALISTA: Com uma ampla abrangência, dispõe que são 
consumidores aqueles que adquirem o produto ou serviço, usam produto ou serviço, 
utilizando de forma profissional, independentemente de ser pessoa física ou jurídica, 
desde que não tenha finalidade de revenda. 
- TEORIA FINALISTA: Noutro giro, esta teoria considera que será consumidor 
aquele que retira o produto ou serviço do mercado como destinatário final, sem fins 
lucrativos, destinando-o para si, sua família e seu uso doméstico. 
- TEORIA FINALISTA MITIGADA: Para esta linha de pensamento, ficará 
caracterizada a relação de consumo, mesmo que a destinação do produto ou serviço 
seja a fins profissionais (para empresas), assim incidindo o CDC se verificada a 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91585/c%C3%B3digo-de-defesa-do-consumidor-lei-8078-90
vulnerabilidade e que o produto adquirido não integre os serviços prestados ao cliente, 
mas como destinatária final. 
Ex: Empresa de imóveis que adquire uma aeronave para necessidade da própria 
pessoa jurídica , não se incorporando aos serviços prestados ao cliente. (REsp. 
1.321.083, STJ). 
OBS!: Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que 
indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. Ou seja, 
equipara-se aos consumidores todas aquelas pessoas que, embora não tenham 
participado diretamente da relação de consumo, vêm a sofrer consequências do 
evento danoso. 
EX: Se um estudante compra um alimento a ser consumido por demais colegas 
de uma república estudantil e este produto venha a causar danos a estes. 
1. Fornecedor: Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou 
privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, 
que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, 
transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização 
de produtos ou prestação de serviços. 
- Deve ser analisada a figura da habitualidade para a caracterização da pessoa do 
fornecedor. 
Camelô é fornecedor? Sim, desde que haja habitualidade na sua atividade.- Aqueles que são considerados fornecedores são imbuídos de Responsabilidade 
Objetiva, salvo para os profissionais liberais cuja a obrigação é de meio e depende da 
aferição de culpa (Responsabilidade Subjetiva). 
OBS! Em havendo mais de um responsável a responsabilidade é solidária. 
 Fornecedor: 
 Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou 
estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de 
produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, 
distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. 
§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. 
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante 
remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, 
salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. 
Entes Despersonalizada : 
Massa Falida 
Espolio 
 Responsabilidade Civil do CDC 
 Responsabilidade de FATO do Produto: (Artigo 12º e 13 º CDC). 
Produto defeituoso que não oferece a segurança que dele se esperar, sendo 
responsabilidade objetiva, ou seja, independente de prova de culpa. 
Dever de segurança = Ocorre acidente de consumo 
Obs: Comerciante responde pelo FATO do produto quando não houver identificação do 
FORNECEDOR. 
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador 
respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos 
causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, 
montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus 
produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização 
e riscos. 
§ 1° O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que dele legitimamente se 
espera, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais: 
I - sua apresentação; 
II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam; 
III - a época em que foi colocado em circulação. 
§ 2º O produto não é considerado defeituoso pelo fato de outro de melhor qualidade ter 
sido colocado no mercado. 
§ 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será responsabilizado 
quando provar: 
I - que não colocou o produto no mercado; 
II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste; 
III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. 
Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos termos do artigo anterior, quando: 
I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser identificados; 
II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor, 
construtor ou importador; 
III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis. 
Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado poderá exercer o 
direito de regresso contra os demais responsáveis, segundo sua participação na causação 
do evento danoso. 
 Responsabilidade de FATO do Serviços: (Artigo 14º CDC) 
 Serviço defeituoso: é aquele que não oferece a segurança que dele legitimamente se 
espera. Independente prova da culpa 
 EXEÇÃO (Artigo 4º § 4) – Profissional Liberal: será mediante verificação da Culpa. 
(Subsidiaria) 
 PROFISSIONAL LIBERAL = RESPONSABILIDADE SUBJETIVA 
 OBS. Exceto os profissionais liberais que praticam serviço com objetivo estético aqui 
responsabilidade objetiva. 
 Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, 
pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação 
dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição 
e riscos. 
§ 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele 
pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais: 
I - o modo de seu fornecimento; 
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam; 
III - a época em que foi fornecido. 
§ 2º O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas. 
§ 3° O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar: 
I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; 
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. 
§ 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a 
verificação de culpa. 
 Responsabilidade de VICIO do Produto: (Artigo 18º CDC) – ANIMAL NÃO É 
CONSUMIDOR. 
 Não sendo o vicio sanado no prazo de 30 dias, o consumidor pode a sua escolha exigir 
a substituição do produto, a restituição da quantia paga devido mais perdas e danos ou 
abatimento do preço. 
 Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem 
solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou 
inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por 
aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da 
embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes 
de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas. 
§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor 
exigir, alternativamente e à sua escolha: 
I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de 
uso; 
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de 
eventuais perdas e danos; 
III - o abatimento proporcional do preço. 
§ 2° Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação do prazo previsto no 
parágrafo anterior, não podendo ser inferior a sete nem superior a cento e oitenta dias. 
Nos contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá ser convencionada em separado, 
por meio de manifestação expressa do consumidor. 
§ 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do § 1° deste artigo 
sempre que, em razão da extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder 
comprometer a qualidade ou características do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar 
de produto essencial. 
§ 4° Tendo o consumidor optado pela alternativa do inciso I do § 1° deste artigo, e não 
sendo possível a substituição do bem, poderá haver substituição por outro de espécie, 
marca ou modelo diversos, mediante complementação ou restituição de eventual 
diferença de preço, sem prejuízo do disposto nos incisos II e III do § 1° deste artigo. 
§ 5° No caso de fornecimento de produtos in natura, será responsável perante o 
consumidor o fornecedor imediato, exceto quando identificado claramente seu produtor. 
§ 6° São impróprios ao uso e consumo: 
I - os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos; 
II - os produtos deteriorados, alterados, adulterados, avariados, falsificados, 
corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em 
desacordo com as normas regulamentares de fabricação, distribuição ou apresentação; 
III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem inadequados ao fim a que se 
destinam. 
 
 Responsabilidade de VICIO do Serviço: (Artigo 19º) 
 Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos vícios de quantidade do 
produto sempre que, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, seu conteúdo 
líquido for inferior às indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou 
de mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua 
escolha: 
I - o abatimento proporcional do preço; 
II - complementação do peso ou medida; 
III - a substituição do produto por outro da mesma espécie, marca ou modelo, sem os 
aludidos vícios; 
IV - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de 
eventuais perdas e danos. 
§ 1° Aplica-se a este artigo o disposto no § 4° do artigo anterior. 
§ 2° O fornecedor imediato será responsávelquando fizer a pesagem ou a medição e o 
instrumento utilizado não estiver aferido segundo os padrões oficiais. 
 
 CONSUMIDOR EQUIPARADO 
 São as vitimas do acidente de consumo (BY STANDER), é o sujeito que não esta 
praticando o ato de consumo, mas acaba sofrendo seus efeitos. 
Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do 
evento. 
 EX: Acidente do Shopping explodiu e matou 
pessoas que estavam no lado de fora do shopping, que não estavam consumindo estão 
protegidos pelo Artigo 17º, sendo vitima de uma relação de consumo. 
 
 Prazo 
 Vicio: Decadencial (Perda do Direito Artigo 16º CDC). 
 Vicio aparente ou de fácil constatação: 
 Bem de Consumo NÃO DURAVEL: 30 DIAS 
Bem de Consumo DURAVEIS: 90 DIAS 
 CONTADO DA ENTREGA DO PRODUTO OU DO TERMINO DA 
EXECUÇÃO DO SERVIÇO 
 Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em: 
I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis; 
II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis. 
§ 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou 
do término da execução dos serviços. 
§ 2° Obstam a decadência: 
I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de 
produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de 
forma inequívoca; 
II - (Vetado). 
III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento. 
§ 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que 
ficar evidenciado o defeito. 
 
 Vicio Oculto : 
 Bem de Consumo NÃO DURAVEL: 30 DIAS 
Bem de Consumo DURAVEIS: 90 DIAS 
 Só que será contado da ciência do vicio. 
 FATO= PRESCRICIONAIS (Artigo 27º) 
 Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato 
do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem 
do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria. 
Prazo Para o Direito de Arrependimento : (Artigo 49º CDC)- Direito Potestativo 
 O consumidor pode desistir de compra no prazo de 7 DIAS contando da entregado 
produto e da celebração ou do termino do serviço sempre que o negocio for 
realizado FORA DO ESTABELICIMENTO. 
 EX: DOMICILIO/ TELEFONE/ INTERNET. 
 O dinheiro pago devidamente corrigido. 
 Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua 
assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de 
fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, 
especialmente por telefone ou a domicílio. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/Mensagem_Veto/anterior_98/vep664-L8078-90.htm#art26%C2%A72ii
Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento previsto neste 
artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de 
reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados. 
 Prazo do Orçamento (Artigo 40º) 
 Que o fornecedor de serviço deve entregar ao consumidor um orçamento contendo: 
 O VALOR DA MÃO DE OBRA 
DOS EQUIPAMENTOS E DOS MATERIAIS 
PREÇOS E CONDIÇÕES DE PAGAMENTO 
DATA DE INCIO E DO TERMINO DA OBRA 
SALVO PREVISÃO EM CONTRATO O ORÇAMENTO TERÁ VALIDADE POR 10 
DIAS CONTADO DO SEU RECEBIMENTO. 
 Art. 40. O fornecedor de serviço será obrigado a entregar ao consumidor orçamento 
prévio discriminando o valor da mão-de-obra, dos materiais e equipamentos a serem 
empregados, as condições de pagamento, bem como as datas de início e término dos 
serviços. 
§ 1º Salvo estipulação em contrário, o valor orçado terá validade pelo prazo de dez dias, 
contado de seu recebimento pelo consumidor. 
§ 2° Uma vez aprovado pelo consumidor, o orçamento obriga os contraentes e somente 
pode ser alterado mediante livre negociação das partes. 
§ 3° O consumidor não responde por quaisquer ônus ou acréscimos decorrentes da 
contratação de serviços de terceiros não previstos no orçamento prévio. 
 Publicidade 
 Fundamento: Direito a informação do consumidor e um dever de informação do 
fornecedor. Vale para toda a relação de consumo e não só para a publicidade. 
 Diferença entre Publicidade e Propaganda. 
 Publicidade: Tem um fim econômico 
Ex: Campanha da Coca Cola 
 Propaganda: Visa a propagar uma ideia. 
 Ex: Campanha contra dengue ou prevenção do câncer de Mama. 
 Diferença entre Publicidade Enganosa e Abusiva. 
 Publicidade Enganosa: Critério objetivo, ela é falsa leva o consumidor a erro. 
Ex. Faça um anuncio que o carro tem Air- Bag quando ele não tem. 
 Publicidade Abusiva: Critério Subjetivo, é aquele é discriminatório, estimulo o 
preconceito, desrespeito e valores ambientais, se vale do discernimento da criança. 
 Responsabilidade Civil nas Relações de Consumo 
1. Vício no produto: são os vícios que tornem o produto impróprio para o 
consumo, não atendendo as suas legítimas expectativas, diminuindo o 
seu valor. 
- Podem ser vícios de qualidade ou quantidade; 
- Vício no produto não exclui o direito à indenização por Danos Morais. 
- Intrínseco ao produto. 
- em situação de vício no produto o consumidor poderá em não sendo o vício sanado 
no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua 
escolha: I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas 
condições de uso; II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente 
atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; III - o abatimento proporcional 
do preço. 
1. Vício no Serviço: São os vícios de qualidade que tornem o serviço 
impróprio para o consumo, lhes diminuindo o valor ou em 
desconformidade com anúncios publicitários. 
2. Fato no Produto: São os “defeitos” que exorbitam o campo da 
aplicação do produto atingindo a integridade física ou patrimonial do 
consumidor. 
- Chamado de Acidente de Consumo 
- Um produto não será considerado defeituoso pelo fato de haver outro de melhor 
qualidade no mercado. (art. 12 § 2º) 
d) Fato no Serviço: São os danos causados aos consumidores por defeitos relativos à 
prestação de serviços, bem como informação insuficiente ou inadequada sobre seus 
riscos. 
- Um serviço não será considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas. 
- Caduca em 5 anos o prazo para pleitear a reparação de danos materiais e morais, 
independente de serem consumidores em sentido estrito (teoria finalista). 
Prazo decadencial do vício: 
1. Produtos duráveis: 90 dias 
2. Produtos não duráveis: 30 dias 
- os prazos supracitados aplicam-se apenas para os vícios de fácil constatação. Em 
senso vício oculto – redibitório, inicia-se a contagem no instante em que ficar 
evidenciado o vício. 
OBS! Observar art. 18 § 1ºao 3º e art. 26, CDC. 
Prazo prescricional do fato: 
1. Prescreve em cinco anos a pretensão para a reparação de danos causados 
por fato no produto ou serviço. 
OBS! Observar art. 27, CDC 
OBS! Vício do produto: resp. solidária entre fornecedor e comerciante. Fato do 
produto: Resp. Subsidiária do comerciante em relação ao fornecedor. 
 Excludentes de responsabilidade 
1. O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será 
responsabilizado quando provar: I - que não colocou o produto no 
mercado; II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito 
inexiste; III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiros. 
2. O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar: I - 
que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; II - a culpa exclusiva do 
consumidor ou de terceiros. Obs! O ônus da prova é do fornecedor, a 
quem cabe provar a inexistência do defeito 
3. Fortuito interno é aquele que guarda relação com a atividade 
desenvolvida pelo ofensor. Não exime o fornecedor de 
responsabilidade. 
4. Fortuito externoé aquele dano que não tem nenhuma relação com a 
atividade desenvolvida pelo ofensor. Afasta o dever de indenizar. 
 Da Publicidade no CDC 
O Código de Defesa do Consumidor trata, com clareza solar, que o consumidor tem 
como direito básico a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva. (art. 6º IV). 
O CDC exige ainda, na latitude do seu art. 36, que a publicidade seja veiculada de 
modo que o consumidor perceba que está diante de um anúncio publicitário. 
1. Publicidade enganosa: É enganosa qualquer modalidade de informação 
ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, 
por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro 
o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, 
quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre 
produtos e serviços (art. 37 § 1º). 
2. Publicidade abusiva: É abusiva, dentre outras a publicidade 
discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o 
medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e 
experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz 
de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa 
à sua saúde ou segurança (art. 37 § 2º) 
3. Publicidade enganosa por omissão: A publicidade é enganosa por 
omissão quando deixar de informar dado essencial do produto ou serviço 
(art. 37 § 3º) 
4. Merchandising: Trata-se daquela publicidade feita para passar 
despercebida, ou seja, que incite ao consumo do produto sem que o 
consumidor perceba que está diante de uma peça publicitária. 
OBS! Observar o art. 30 e 38, CDC. 
 Da Cobrança de Dívidas 
- O sistema de defesa do consumidor institui, proíbe, na cobrança de dívidas que o 
consumidor seja submetido a meios agressivos ou humilhantes, situações vexatórias, 
exposto ao ridículo ou qualquer forma de coação ou ameaça. 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10605675/artigo-18-da-lei-n-8078-de-11-de-setembro-de-1990
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10605675/artigo-18-da-lei-n-8078-de-11-de-setembro-de-1990
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10604414/artigo-26-da-lei-n-8078-de-11-de-setembro-de-1990
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91585/c%C3%B3digo-de-defesa-do-consumidor-lei-8078-90
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10604044/artigo-27-da-lei-n-8078-de-11-de-setembro-de-1990
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91585/c%C3%B3digo-de-defesa-do-consumidor-lei-8078-90
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https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10603232/artigo-36-da-lei-n-8078-de-11-de-setembro-de-1990
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10603696/artigo-30-da-lei-n-8078-de-11-de-setembro-de-1990
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10602941/artigo-38-da-lei-n-8078-de-11-de-setembro-de-1990
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- O consumidor não poderá ser cobrado por débitos durante seus horários de trabalho, 
descanso ou lazer. 
Obs! O exposto acima deve ser analisado de forma razoável, de acordo com o 
caso concreto e situações de fato. 
-“ O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por 
valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e 
juros legais, salvo hipótese de engano justificável. “ 
Obs! Trata-se da clara função pedagógica do CDC ao inibir condutas lesivas ao 
consumidor. 
OBS! OBSERVAR OS ARTS. 44 A 45, CDC. 
 Das Práticas Abusivas 
- O CDC trás de modo exemplificativo, na latitude do seu art. 39, treze incisos que 
comportamentos e situações consideradas abusivas no mercado de consumo. 
- Trata-se de um rol exemplificativo. 
- Cumpre salientar que, no que dispõe o inciso I, deverá ser observada a situação 
abusiva ao tratar da venda casada. Isto é, caso haja o condicionamento na vende de 
produtos, não será abusiva se houver a possibilidade da compra individual. 
- O parágrafo único do art. 39 dispõe que na hipótese do inciso III os produtos 
entregues se equiparam a amostra grátis. Ex: cartão de crédito entregue sem prévia 
solicitação equipara-se à amostra grátis e dispensa o pagamento das anuidades, mas os 
valores correspondentes às compras deverão ser pagos em nome da boa-fé objetiva. 
OBS! OBSERVAR O ROL DO ART. 39, CDC. 
 Do Orçamento 
- Estabelece o art. 40 do Códex que, o fornecedor de serviço será obrigado a entregar 
ao consumidor orçamento prévio discriminando o valor da mão-de-obra, dos materiais 
e equipamentos a serem empregados, as condições de pagamento, bem como as datas 
de início e término dos serviços. 
1º Salvo estipulação em contrário, o valor orçado terá validade pelo prazo de dez dias, 
contado de seu recebimento pelo consumidor; 
2º Uma vez aprovado pelo consumidor, o orçamento obriga os contraentes e somente 
pode ser alterado mediante livre negociação das partes; 
3º O consumidor não responde por quaisquer ônus ou acréscimos decorrentes da 
contratação de serviços de terceiros não previstos no orçamento prévio. 
 Das Cláusulas abusivas 
- O CDC dispõe de um mecanismo próprio de nulidades afim de proteger o 
consumidor – sua tarefa precípua. 
- São Nulas de pleno direito, e não anuláveis. 
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https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10601637/artigo-44-da-lei-n-8078-de-11-de-setembro-de-1990
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10601518/artigo-45-da-lei-n-8078-de-11-de-setembro-de-1990
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https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10602881/artigo-39-da-lei-n-8078-de-11-de-setembro-de-1990
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- Devem ser conhecidas de ofício pelo magistrado, por contrariarem as regras ou 
princípios do CDC. 
- Traz um rol de cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos ou 
serviços 
- Não é um rol taxativo, podendo conter outras que não se encaixem no rol do art. 51, 
mas que se existente o abuso devem ser banhadas de nulidade. 
- São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao 
fornecimento de produtos e serviços que: 
I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios 
de qualquer natureza dos produtos e serviços ou impliquem renúncia ou disposição de 
direitos. Nas relações de consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica, 
a indenização poderá ser limitada, em situações justificáveis; 
II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia já paga, nos casos 
previstos neste código; 
III - transfiram responsabilidades a terceiros; 
IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o 
consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a 
equidade; 
VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do consumidor; 
VII - determinem a utilização compulsória de arbitragem; 
VIII - imponham representante para concluir ou realizar outro negócio jurídico pelo 
consumidor; 
IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o contrato, embora obrigando o 
consumidor; 
X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variação do preço de maneira 
unilateral; 
XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato unilateralmente, sem que igual 
direito seja conferido ao consumidor; 
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XII- obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrança de sua obrigação, sem 
que igual direito lhe seja conferido contra o fornecedor; 
XIII - autorizem o fornecedor a modificar unilateralmente o conteúdo ou a qualidade 
do contrato, após sua celebração; 
XIV - infrinjam ou possibilitem a violação de normas ambientais; 
XV - estejam em desacordo com o sistema de proteção ao consumidor; 
XVI - possibilitem a renúncia do direito de indenização por benfeitorias necessárias. 
 Da Defesa do Consumidor em Juízo 
- A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser 
exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo. ( art. 81, CDC) 
1. interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste 
código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam 
titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato; 
Ex: Divulgação de publicidade enganosa em um canal de tv. Todas as pessoas que 
viram foram atingidas. 
1. interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste 
código, os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular 
grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte 
contrária por uma relação jurídica base; 
Ex: Alunos do Curso de Direito de uma Faculdade; 
1. interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os 
decorrentes de origem comum. 
- Nesta hipótese temos a individualização dos titulares dos direitos violados, porém é 
mais conveniente para a justiça a defesa de forma coletiva. 
Ex: Assinantes de determinada TV por assinatura que tem o valor mensalidades 
excessivamente majorado. 
- Legitimados para promover a defesa: 
1. Ministério Público; União, os Estados, os Municípios e o Distrito 
Federal; 
2. as entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda 
que sem personalidade jurídica, especificamente destinados à defesa dos 
interesses e direitos protegidos por este código; 
3. as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que 
incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos 
protegidos por este código, dispensada a autorização assemblear. 
 Algumas hipóteses de não aplicação do CDC: 
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1. Entre a previdência e seus beneficiários; 
2. Nas relações jurídicas tributárias; 
3. Nas relações de contrato locação; 
4. Aplicações financeiras com intuito de ampliar o capital de giro; 
5. Ao contrato de fornecimento de insumos agrícolas entre as cooperativas 
e os cooperados; 
6. Entre o representante comercial autônomo e a sociedade representada; 
7. Não se enquadra relação entre empresa de porte, sem que haja 
hipossuficiência; 
8. Ao contrato de credito educativo (ex: Fies); 
9. Ao contrato de transporte internacional de carga.

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