Buscar

ETA ETE e doenças

Prévia do material em texto

ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
FUNDAMENTAÇÃO QUIMICA
 Sistema operacional de uma e Estação de tratamento de água Estação de Tratamento de Esgoto e Doenças Causadas.
MANAUS – AM
2019
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA (ETA)
Para que possamos utilizar produtos de limpeza, cozer alimentos, realizar a assepsia, dentre outras ações que utilizem água de forma tranquila, a água destinada ao consumo humano deve preencher condições mínimas para que possa ser ingerida ou utilizada para fins higiênicos, o que se consegue através dos processos de uma estação de tratamento.
 Vejamos as etapas que acontecem no processo de tratamento da água:
1 – Captação, a água passa por um sistema de grades que impede a entrada de elementos macroscópicos grosseiros (animais mortos, folhas, etc.) no sistema. Parte das partículas está em suspensão fina, em estado coloidal ou em solução, e por ter dimensões muito reduzidas (como a argila, por exemplo), não se depositam, dificultando a remoção.
2 – Coagulação, visa aglomerar essas partículas, aumentando o seu volume e peso, permitindo que a gravidade possa agir. Isso é feito, geralmente, através da adição de cal hidratada (hidróxido de cálcio) e sulfato de alumínio, sendo agitada rapidamente. Esses materiais fazem as partículas de sujeira se juntarem.
3 – Floculação, a água é agitada lentamente, para favorecer a união das partículas de sujeira, formando os flocos. Em solução alcalina, o sulfato de alumínio reage com íons hidroxila, resultando em polieletrólitos de alumínio e hidroxila (policátions) com até 13 átomos de alumínio. Esses polieletrólitos de alumínio atuam pela interação eletrostática com partículas de argila carregadas negativamente e pelas ligações de hidrogênio devido ao número de grupos OH, formando uma rede com microestrutura porosa (flóculos).
4- Decantação, a água não é mais agitada e os flocos vão se depositando no fundo, separando-se da água. O lodo do fundo é conduzido para tanques de depuração. O ideal é que ele seja transformado em adubo, em um biodigestor. A água mais limpa vai para o filtro de areia.
5- Filtração. A água já decantada passa por um filtro de cascalho/areia/antracito (carvão mineral), onde vai se livrando dos flocos que não foram decantados na fase anterior e de alguns microrganismos.
6- Cloração. A água filtrada está limpa, mas ainda pode conter microrganismos causadores de doenças. Por isso, ela recebe um produto que contém cloro, que mata os microrganismos. Na água, o cloro age de duas formas principais: a) como desinfetante, destruindo ou inativando os microorganismos patogênicos, algas e bactérias de vida livre; e b) como oxidante de compostos orgânicos e inorgânicos presentes.
Quando o cloro é adicionado a uma água isenta de impurezas, ocorre a seguinte reação:
 
Dependendo do pH da água, o ácido hipocloroso (HClO) se ioniza, formando o íon hipoclorito (ClO–), segundo a reação a seguir:
Ambos os compostos possuem ação desinfetante e oxidante; porém, o ácido hipocloroso é mais eficiente do que o íon hipoclorito na destruição dos microrganismos em geral.
6- Fluoretação. Nas grandes cidades brasileiras a água tratada ainda recebe o flúor, que ajuda a prevenir a cárie dentária.
7, 8 – Reservação. A água tratada é armazenada em grandes reservatórios, antes da distribuição. Esses reservatórios sempre são instalados nos locais mais altos das cidades.
9 – Distribuição. A água tratada é distribuída para as residências, comércio e indústria a partir dos reservatórios de água potável.
* A correção de PH é feita quando se coloca cal hidratada ou carbonato de sódio, corrigindo uma possível alcalinidade da água (PH). Este procedimento também previne uma possível corrosão futura da rede de encanamento que irá distribuir a água tratada.
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE)
O tratamento dos esgotos domésticos tem como objetivo, principalmente: remover o material sólido; reduzir a demanda bioquímica de oxigênio; exterminar micro-organismos patogênicos; reduzir as substâncias químicas indesejáveis.
As diversas unidades da estação convencional podem ser agrupadas em função das eficiências dos tratamentos que proporciona. Assim temos:
Tratamento preliminar: gradeamento, remoção de gorduras e remoção de areia.
Tratamento primário: tratamento preliminar, decantação, digestão do lodo e secagem do lodo.
Tratamento secundário: tratamento primário, tratamento biológico, decantação secundária e desinfecção.
DOENÇAS CAUSADAS POR ÁGUA CONTAMINADA
Doenças Causadas por Parasitas
Amebíase: O contágio se dá através de água contaminada com cistos provenientes de fezes humanas.
Esquistossomose: O contágio se dá através do contato direto com água onde há larvas provenientes de caramujos contaminados.
Ascaridíase: O contágio se dá com o consumo de água onde há o parasita Áscaris Lumbricoides.
Giardíase: O contágio se dá com o consumo de água onde há o parasita Giárdia Lamblya.
Doenças Causadas por Vírus
Hepatite Viral tipo A e Poliomielite: O contágio se dá ao contato (consumo ou banho) com água contendo urina ou fezes humanas.
Doenças causadas por Bactérias
Meningoencefalite: O contágio se dá pelo contato (consumo ou banho) com águas contaminadas.
Cólera: O contágio se dá com o consumo de água contaminada por fezes ou vômito de algum indivíduo contaminado.
Leptospirose: A água contaminada por urina de ratos é a principal causa da doença, cuja incidência aumenta com chuvas fortes e enchentes. Apresenta maior perigo em águas próximas a depósitos de lixo e em áreas sem esgotamento sanitário.
Febre Tifoide: O contágio se dá pela ingestão de água ou alimentos contaminados (a contaminação de alimentos ocorre ao se lavar alimentos com água contaminada).
Gastroenterites: a ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes causam muita variedade de distúrbios gástricos, geralmente associados a fortes diarreias.
Desinteria Bacilar: Uma série de bactérias causam, através da ingestão de água sem tratamento, severas formas de diarreias, formando um quadro de febre, dores e mal-estar geral.

Continue navegando