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LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO E SUAS MODALIDADES

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LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO E SUAS MODALIDADES 
 
O Código Tributário Nacional, precisamente no Capítulo I do título III, artigo 142 
e parágrafo único, reza sobre lançamento tributário, dispondo: 
Art. 142 - Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o 
crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo 
tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, 
determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o 
sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. 
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e 
obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional. 
Um dos temas mais importante do Direito Tributário diz respeito ao 
lancamento do tributo. É ele que determina como se dará a cobrança e fiscalização da 
obrigação principal. É importante lembrar que o crédito tributário sempre irá decorrer 
de um lançamento de um tributo criado por lei, em seu sentido estrito, conforme o 
princípio da legalidade. O crédito tributário e a obrigação são coisas distintas. O crédito 
decorre da obrigação e tem a mesma natureza desta (art. 139). A lei descreve as 
hipóteses em que o tributo é devido, que são chamadas “hipóteses de incidência”. A 
ocorrência do Fato Gerador concretiza a hipótese de incidência, surgindo, então, a 
obrigação tributária. A obrigação tributária é o que vincula o contribuinte à força pela 
qual o sujeita a ter contra si, um lançamento tributário. 
A constituição do crédito tributário é de competência privativa da autoridade 
administrativa. Somente ela pode fazer o lançamento. Ainda que este seja apenas por 
homologação, como nos casos previstos no art. 150 do CTN. Sem a homologação do 
crédito, o lançamento não terá validade jurídica e, portanto, não terá constituído o 
crédito tributário. 
O art. 142 do CTN define a constituição do crédito tributário pelo lançamento, 
que é entendido como o procedimento administrativo tendente a verificar a 
ocorrência de fato geradora (elemento obrigatório para a constituição do crédito), 
determinar a matéria a qual é tributável, calcular o valor devido, identificar o sujeito 
passivo e, se for o caso, aplicar a sanção cabível. Esse procedimento é atividade 
administrativa vinculada e obrigatória. 
 
MODALIDADES DE LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO 
 
O lançamento possui modalidades de acordo com o grau de colaboração do 
contribuinte ou responsável, sendo que, c dispõe o art. 147 do Código Tributário 
Nacional, que o lançamento é efetuado com base na declaração prestada pelo sujeito 
passivo. 
Temos também que a retificação da declaração por iniciativa do declarante só 
pode ocorrer antes de efetuado o lançamento que o objetivo seja a redução ou 
exclusão do tributo comprovada em erro. 
Tais fatores servem para determinar qual tipo de lançamento se aplica a cada 
situação. 
Lançamento de Ofício ou Direto 
 Dispõe o art. 149 do CTN: 
“O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade 
administrativa nos seguintes casos: 
I - quando a lei assim o determine; 
II - quando a declaração não seja prestada, por quem de 
direito, no prazo e na forma da legislação tributária; 
III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha 
prestado declaração nos termos do inciso anterior, deixe de atender, 
no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de 
esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se 
a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo daquela 
autoridade; 
IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a 
qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de 
declaração obrigatória; 
V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da 
pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se refere 
o artigo seguinte; 
VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, 
ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de 
penalidade pecuniária; 
VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro 
em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação; 
VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não 
provado por ocasião do lançamento anterior; 
IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, 
ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou 
omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial.” 
Parágrafo único. “A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não 
extinto o direito da Fazenda Pública.” 
É aquele realizado pela autoridade competente sem qualquer tipo de auxílio 
por parte do contribuinte. Uma característica que deve ser observada é que o rol de 
hipóteses de lançamento de ofício apresentado pelo artigo acima mencionado é 
taxativo, o que significa dizer que somente nos casos previstos pela lei poderá a 
Administração Pública efetuar o lançamento. 
Rubens Gomes de Sousa enumera três tipos de lançamento direto: a) 
lançamento direto por investigação real, que é aquele em que o sujeito ativo procura 
determinar efetivamente a característica e o valor da matéria tributável; b) 
lançamento direto por presunção, que ocorre quando, em virtude da dificuldade de 
investigação real, a lei presume determinado valor para a matéria tributável; e c) 
lançamento indiciário, observado quando a lei define certos indícios como 
correspondendo à determinada importância de imposto a pagar. 
Exemplos claros desse tipo de lançamento ocorrem nos tributos como IPTU, 
IPVA, auto de infração, entre outros. 
Lançamento por Homologação 
 O at. 150. determina que: 
 “Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre 
quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever 
de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade 
administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, 
tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, 
expressamente a homologa. 
 § 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos 
deste artigo extingue o crédito, sob condição resolutória da ulterior 
homologação ao lançamento. 
 § 2º Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer 
atos anteriores à homologação, praticados pelo sujeito passivo ou 
por terceiro, visando à extinção total ou parcial do crédito. 
 § 3º Os atos a que se refere o parágrafo anterior serão, 
porém, considerados na apuração do saldo porventura devido e, 
sendo o caso, na imposição de penalidade, ou sua graduação. 
 § 4º Se a lei não fixar prazo à homologação, será ele de 
cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse 
prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se 
homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo 
se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação”. 
 Face ao exposto no art. 150, CTN, temos que o lançamento por 
homologação é aquele que ocorre quando a legislação atribui ao contribuinte ou 
responsável o dever de realizar o pagamento do tributo de forma antecipada, sem 
necessidade de prévio exame pela autoridade administrativa, sendo que quando a 
mesma toma conhecimento do mesmo homologa. 
 Referida homologação pode ser tácita ou expressa. É tácita quando no 
período de 05 (cinco) anos a autoridade competente não se manifestar sobre o 
pagamento, concluindo-se que o pagamento foi realizado corretamente, sendo o prazo 
contado a partir do fato gerador. 
 É expressa, quando por iniciativa da própria administração, a mesma 
pronuncia-se sobre o pagamento, acarretando ambos os tipos a extinção do crédito 
tributário. 
 Lançamento por Declaração 
Por fim temos a modalidade de lançamento por declaração ou misto, que é 
aquele que é feito pela autoridade administrativa em face de uma declaração 
fornecida pelo contribuinte ou responsável, que anteriormente ao recolhimento,prestou uma declaração com informações a respeito da matéria tributável. 
Ruy Barbosa Nogueira destaca três fases importantes, que são: a declaração, as 
apreciações e a fixação. O principal dever do sujeito consiste na entrega da declaração, 
cujo conteúdo esclarece se o crédito tributário é por ele reconhecido e em que 
quantia. A finalidade da declaração é informativa, como está especificado no caput do 
artigo. Feita a declaração, o sujeito ativo inicia a fase de apreciação cuja durabilidade 
no tempo e complexidade dependerão de cada caso, podendo, inclusive, demandar 
em perícias ou outras providências no estabelecimento do contribuinte ou nos 
estabelecimentos de crédito com os quais trabalha. Superadas essas duas fases, o 
sujeito ativo procederá a fixação do lançamento e notificará o sujeito passivo. Para a 
superação de todas essas fases torna-se necessária a prática de uma série de atos, 
configurando um verdadeiro procedimento, o que destaca essa modalidade de 
lançamento das demais, que se assemelham entre si, por não constituírem 
procedimento, mas atos administrativos. 
Cumpre ressaltar que pode o contribuinte retratar sua declaração sem 
necessidade de impugnação, desde que tal retratação ocorra até antes da notificação. 
Decorrido esse prazo, deverá o mesmo impugnar a notificação e declaração para 
eventual alteração do valor declarado a ser cobrado. 
Um dos exemplos dados pela doutrina é o ITCMD – Imposto de Transmissão 
Causa Mortis e Doação.

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