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CAPÍTULO 3
Gestão da Poluição atmosférica
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
 3 Conhecer e analisar os processos de geração, transporte, tratamento e 
monitoramento dos poluentes atmosféricos. 
 3 Relacionar e classificar os principais poluentes atmosféricos e os padrões de 
qualidade do ar. 
 3 Diferenciar e discutir as fontes e efeitos da poluição atmosférica. 
 3 Apontar e diferenciar os métodos de controle da poluição. 
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 Gestão de Resíduos: Sólidos, Líquidos e Atmosféricos
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Gestão da Poluição atmosférica
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 Capítulo 3 
contextualização
Caro aluno, a poluição atmosférica pode ser causada por qualquer 
substância que gere alterações em sua composição e prejudique o meio 
ambiente ou os seres vivos das mais diversas formas. Estes poluentes podem 
reduzir a visibilidade e a intensidade da luz, causar problemas respiratórios ou, 
ainda, provocar odores desagradáveis.
As fontes de poluição atmosférica podem ser naturais ou de origem 
antrópica e apresentar características físicas e químicas das mais diversas. 
De maneira geral, podemos dividir estes compostos poluentes em alguns 
grupos principais: os materiais particulados, compostos orgânicos voláteis 
e compostos halogenados. Apesar do ser humano ter o conhecimento da 
existência da poluição atmosférica há muito tempo, ela aumentou de forma 
significativa no século XX, período em que tem afetado de forma mais efetiva a 
população e, consequentemente, despertado maior interesse da comunidade 
técnico-científica para buscar alternativas para o tratamento deste tipo de 
resíduo. Este aumento significativo da poluição atmosférica no último século 
se deve a alguns fatores como o crescimento e a concentração populacional, 
bem como o crescimento industrial e a mudança nos hábitos de consumo da 
população. Aqui já podemos perceber que temos um compromisso enorme 
com o meio ambiente, pois estes fatores são os mesmos que influenciaram o 
aumento da poluição dos resíduos sólidos e efluentes líquidos.
Durante muito tempo a atmosfera foi capaz de diluir no ambiente as 
emissões antropogênicas, contudo, é possível observar que estamos 
esgotando a capacidade de autodepuração do nosso planeta. Vamos abordar 
algumas questões relativas à poluição atmosférica para que possamos 
conhecer um pouco mais sobre ela.
comPosição e estrutura da atmosfera
Para iniciarmos os estudos sobre poluição atmosférica devemos primeiro 
conhecer um pouco mais sobre a nossa atmosfera. 
A atmosfera é a camada de gases que envolve o planeta Terra e a sua 
composição tem um papel importante no planeta, pois, de certa forma, conecta 
todos os espaços da Terra de forma rápida, interagindo com os oceanos, solos, 
plantas e animais. Logo, emissões naturais ou de fontes antrópicas lançadas 
na atmosfera são facilmente transportadas para diversas regiões (Figura 46). 
Devido à grande interação e as reações que podem ocorrer entre a atmosfera 
Durante muito tempo 
a atmosfera foi 
capaz de diluir no 
ambiente as emissões 
antropogênicas, 
contudo, é possível 
observar que 
estamos esgotando 
a capacidade de 
autodepuração do 
nosso planeta.
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 Gestão de Resíduos: Sólidos, Líquidos e Atmosféricos
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e seus constituintes, as substâncias lançadas podem afetar as diferentes 
camadas do planeta, influenciando na composição química do ar, afetando o 
ambiente e alterando até mesmo o clima.
Figura 46 – Esquema dos processos que interligam a 
atmosfera aos diversos ambientes terrestres
 
Fonte: Adaptado de Albritton et al. (2003).
Um exemplo dessas interações é o efeito do lançamento 
de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera. Com lançamento 
excessivo de CO2 no ambiente há um acúmulo deste gás, pois 
a atmosfera leva mais de 100 anos para conseguir removê-lo do 
ambiente e, consequentemente, o efeito do seu acúmulo pode 
persistir por décadas. 
A atmosfera pode ser dividida em diferentes camadas, separadas pelas 
suas características para cada altitude. Estas camadas estão listadas a seguir:
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Gestão da Poluição atmosférica
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 Capítulo 3 
• A Exosfera, de 600 a 1.000 km de altitude, é a camada mais externa da 
atmosfera, a qual liga a atmosfera terrestre ao espaço interplanetário.
• A Termosfera ou Ionosfera, de 80 a 600 km de altitude. Nesta camada é 
onde ocorre um grande aumento da temperatura e é constituída por gases 
rarefeitos.
• A Mesosfera, que está entre 50 e 80 km e se caracteriza por atingir 
temperaturas muito baixas. As temperaturas nesta região reduzem 
significativamente porque esta camada não absorve energia solar.
• A Estratosfera, de 12 a 50 km, é a camada na qual a temperatura se mantém 
relativamente constante até os 25 km e aumenta nos 25 km superiores, 
devido à presença do ozônio, o qual absorve grande parte da radiação 
ultravioleta e protege a Terra dos efeitos negativos desta radiação.
• A Troposfera, que é a camada mais baixa e está presente a partir do 
nível do mar até 7 km nos pólos e 13 km no equador. É nesta camada 
que se processam todos os fenômenos meteorológicos. Na troposfera a 
temperatura diminui com a altitude e decresce, em média, 6,5 ºC para cada 
1.000 m. A figura 47 apresenta um gráfico com o perfil de temperaturas 
da atmosfera, o qual é fortemente influenciado pelos compostos presentes 
nas diferentes camadas.
 
Figura 47 – Perfil de temperatura da atmosfera
Fonte: Adaptado de NationalWeather Service. Layers of the Atmosphere. 
Online School for Weather., 2007. Disponível em: <http://www.srh.
noaa.gov/jetstream/atmos/layers.htm>. Acesso em: 10 jul. 2009.
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 Gestão de Resíduos: Sólidos, Líquidos e Atmosféricos
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A parte da atmosfera em que iremos prestar mais atenção é a camada 
de espessura de, aproximadamente, 40 km, correspondente a Troposfera 
e Estratosfera. É válido destacar que a maior parte da massa da atmosfera 
está localizada nos primeiros 11 km de altitude, ou seja, a maior parte dos 
gases está presente até esta altitude. Dentre os principais constituintes da 
atmosfera estão o nitrogênio, o oxigênio e o argônio. Além destes três, existem 
diversos outros gases e o dióxido de carbono representa uma grande parte 
destes. A figura 48 apresenta a distribuição percentual da composição básica 
da atmosfera. As ações do homem vêm alterando a quantidade de outros 
gases na atmosfera, dentre eles o CO2, o qual é um dos responsáveis pelo 
aquecimento global.
Figura 48 – Composição básica do ar atmosférico.
 
Fonte: Adaptado de Physlink air composition (2009). Disponível em: <http://
www.physlink.com/reference/AirComposition.cfmr>. Acesso em: 10 jul. 2009.
Diversas pesquisas têm demonstrado que as partículas atmosféricas ou 
aerossóis podem causar resfriamento ou aquecimento no sistema climático do 
planeta, dependendo, principalmente, das características físicas e químicas 
de suas camadas (IPCC, 2001). Podemos citar, por exemplo, os aerossóis 
compostos por sulfatos, os quais provocam resfriamento da atmosfera. Já os 
compostos de carbono são responsáveis por provocar o aquecimento global, 
sendo os mais conhecidos o dióxido de carbono e o gás metano. A figura 49 
apresenta um gráfico de diversos gases, conhecidos por produzir o efeito 
de aquecimento ou resfriamento da atmosfera. Observe que os gases estão 
listados da esquerda para direita conforme o nível de conhecimento que temos 
sobre eles e seus efeitos no planeta.
É válido destacar 
que a maior parte da 
massa da atmosfera 
está localizada nos 
primeiros 11 km
de altitude.
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Gestão da Poluição atmosférica
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 Capítulo 3 
Atividade de Estudos: 
1) Outros gases têm grande potencial de aquecimento devido à 
contribuição para o efeito estufa. Busque informações sobre o 
óxido nitroso, ele é responsável por auxiliar no resfriamento ou 
no aquecimento do planeta?
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Figura 49 – Gráfico dos gases mais conhecidos e 
seus efeitos na temperatura do planeta
 
Fonte: Adaptado de Albritton et al. (2003). 
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 Gestão de Resíduos: Sólidos, Líquidos e Atmosféricos
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Os aerossóis são partículas em suspensão no ar que podem 
estar na forma líquida ou sólida e podem ser resultado da queima 
de combustíveis fósseis ou vegetação. 
classificação dos Poluentes 
Os poluentes podem ser classificados de diversas formas, em nosso 
estudo iremos abordar duas delas: a classificação de acordo com a origem 
dos poluentes e de acordo com a composição química destes.
A classificação de acordo com a origem prevê dois grupos. São os 
poluentes primários aqueles que estão presentes na atmosfera por serem 
liberados diretamente das fontes de emissão, sendo os principais compostos 
os óxidos de enxofre (SOX), o sulfeto de hidrogênio (H2S), os óxidos de 
nitrogênio (NOX), a amônia (NH3), o monóxido de carbono (CO), o dióxido de 
carbono (CO2) e o metano (CH4). 
Além dos carbonetos, um grande problema é o lançamento de material 
particulado, que corresponde às partículas em suspensão. Estas partículas 
podem conter, além dos aerossóis emitidos pela combustão, elementos tóxicos, 
como o arsênio, o chumbo, o cobre e o níquel. (FREEDMAN, 1995). Logo, 
dentre os poluentes primários podemos destacar os gases e as partículas em 
suspensão. Dentre elas, estão as partículas sólidas e as partículas líquidas.
Os poluentes secundários são formados na atmosfera através de reações 
químicas entre os poluentes primários que podem ser formados, ou não, 
devido à fotoativação. Dentre eles, podemos citar o peróxido de hidrogênio 
(H2O2), o ácido sulfúrico (H2SO4), o ácido nítrico (HNO3), os nitratos (NO3-), os 
sulfatos (SO4-2), o ozônio (O3) e o peroxiacetilnitrato (PAN). Dentre os poluentes 
citados, alguns formam radicais livres e são muito prejudiciais à população e à 
vegetação. (FREEDMAN, 1995).
Fotoativação é o desenvolvimento de uma reação química 
ou biológica proporcionada pela luz. Um dos exemplos mais 
conhecidos é a ativação da clorofila das plantas pela luz do sol 
durante a fotossíntese.
Os poluentes 
secundários são 
formados na atmosfera 
através de reações 
químicas entre os 
poluentes primários.
São os poluentes 
primários aqueles que 
estão presentes na 
atmosfera por serem 
liberados diretamente 
das fontes de emissão.
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Gestão da Poluição atmosférica
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 Capítulo 3 
Poluentes atmosféricos, como é o caso de alguns óxidos de enxofre e 
óxidos de nitrogênio, quando estão presentes na atmosfera podem reagir com 
a água e formar a chuva ácida, que causa prejuízos à vegetação e corrosão de 
materiais. (figura 50). 
Figura 50 – Geração de poluição primária e secundária
 
Fonte: Adaptado de Chuvas Acidas (2009). Disponível em: <http://
netxplica2006.no.sapo.pt/>. Acesso em: 13 ago. 2009.
A outra forma de classificação destes poluentes é quanto a sua composição 
química. Podemos fazer uma classificação em função dos elementos presentes 
nos poluentes.
Os compostos de enxofre na atmosfera podem ser de origem natural ou 
gerados por ação antrópica. As fontes naturais de compostos de enxofre são 
a degradação biológica que ocorre na natureza e as emissões vulcânicas. As 
fontes antropogênicas mais importantes na geração dos óxidos de enxofre 
são a queima de combustíveis fósseis, a oxidação de minerais sulfurosos, os 
processos para o refinamento de petróleo, a indústria de celulose e as estações 
de tratamento de esgoto. Dentre os gases odorantes, o H2S ou sulfeto de 
hidrogênio, também formado em estações de tratamento de efluentes, é um 
gás tóxico e corrosivo. O SO4-2 é produzido a partir da oxidação do SO2 e é um 
dos responsáveis pela produção da chuva ácida.
A outra forma de 
classificação destes 
poluentes é quanto 
a sua composição 
química.
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 Gestão de Resíduos: Sólidos, Líquidos e Atmosféricos
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Os compostos que contêm carbono, também denominados de COV 
(compostos orgânicos voláteis), incluem ácidos, cetonas, aldeídos, alcoóis, 
compostos halogenados e hidrocarbonetos. Dentre os gases, alguns são mais 
conhecidos, como é o caso do monóxido de carbono, o qual é um gás incolor 
e inodoro e quando inalado, entra nos pulmões, misturando-se ao oxigênio. 
Essa mistura reage com a hemoglobina, substituindo o oxigênio, o que pode 
provocar a morte por asfixia. Outro composto é o dióxido de carbono, um gás 
ligeiramente tóxico, inodoro, incolor e de sabor ácido, obtido como subproduto 
de algumas combustões.
Os compostos de nitrogênio normalmente apresentam odor ofensivo 
e, muitas vezes, característico, como o cheiro de amônia. Os óxidos de 
nitrogênio são produzidos por fontes naturais, como a atividade microbiana no 
solo, e processos fotolíticos ou biológicos nos oceanos. Também são gerados 
por fontes antropogênicas, como a queima de combustíveis fósseis e de 
biomassa, processos químicos industriais e estações de tratamento de esgoto.
Esta distribuição é muito simples e divide os poluentes em compostos de 
nitrogênio, compostos de enxofre e compostos de carbono. Contudo, existem 
outros compostos que não se enquadram em nenhum destes três conjuntos, 
por isso, fique atento a outros tipos de poluentes. 
Atividade de Estudos: 
1) Após chegar a esta etapa do estudo, sugiro que você busque 
maiores informações sobre os poluentes atmosféricos mais 
comuns. Acesse a internet no seguinte endereço, http://www.epa.
gov/air/urbanair/ e descubra quem são eles. 
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Gestão da Poluição atmosférica
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 Capítulo 3 
Padrões de Qualidade do ar
Os padrões de qualidade do ar definem o limite máximo de concentração 
de um determinado poluente na atmosfera. Estes valores devem ser 
seguidos para, assim, garantir a proteção da saúde dos seres vivos e a 
preservação do meio ambiente. Os padrões de qualidade no Brasil são 
regulamentados pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente, por meio da 
Resolução CONAMA no 03/90.
Você irá verificar que são estabelecidos padrões de qualidade primários 
e secundários. Contudo, é importante não confundir esses padrões com a 
classificação dos poluentes apresentada no item anterior. Aqui, os padrões 
primários de qualidade do ar são as concentrações estipuladas para 
determinados poluentes que, ao serem ultrapassadas, poderão afetar a saúde 
da população. Ou seja, são os níveis máximos toleráveis de concentração dos 
poluentes atmosféricos.
Os padrões secundários de qualidade do ar são as concentrações de 
poluentes abaixo das quais se prevê o mínimo efeito adverso sobre o bem-
estar da população, assim como o mínimo dano à fauna, à flora, aos materiais 
e ao meio ambiente em geral.
Contudo, nem todos os poluentes estão descritos nesta resolução.Os 
parâmetros regulamentados são os seguintes: partículas totais em suspensão, 
fumaça, partículas inaláveis, dióxido de enxofre, monóxido de carbono, ozônio 
e dióxido de nitrogênio. Os valores limites para os padrões nacionais de 
qualidade do ar estão apresentados na tabela 13.
Tabela 13 – Valores de concentração do parâmetros 
regulamentados para qualidade de ar no Brasil 
Fonte: Adaptado da Resolução CONAMA nº 03, de 28/06/1990.
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 Gestão de Resíduos: Sólidos, Líquidos e Atmosféricos
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A resolução estabelece, também, os critérios para eventos críticos de 
poluição do ar. Foram estabelecidos os níveis de atenção, alerta e emergência. 
Estes níveis foram definidos para permitir a elaboração de um plano de 
emergência para episódios críticos de Poluição do Ar. O objetivo é que sejam 
tomadas providências pelos governos de Estado e dos Municípios, assim como 
de entidades privadas e comunidade em geral para prevenir riscos graves e 
iminentes à saúde da população.
Para definir a quantidade de poluente na atmosfera, o Conama 
se refere à unidade de microgramas por metro cúbico (µg/m³). Para 
a atmosfera, valores muito baixos de poluentes são extremamente 
problemáticos. Por exemplo, se falarmos em 1.000.000 µg/m³, isso 
quer dizer que para cada metro cúbico de ar (aproximadamente 
uma caixa de 1000 L) teremos apenas 1 grama de poluente. Agora 
retorne à tabela 13 e reveja os valores estabelecidos, perceba 
como nosso ambiente é sensível.
O nível de atenção, alerta ou emergência será declarado quando, 
prevendo-se a manutenção das emissões, bem como condições 
meteorológicas desfavoráveis à dispersão dos poluentes nas 24 (vinte e 
quatro) horas subsequentes, for atingida uma ou mais das condições a seguir 
enumeradas na tabela 14.
Tabela 14 – Valores de referência para declarar 
nível de atenção, alerta ou emergência 
Fonte: Adaptado da Resolução CONAMA nº 03, de 28/06/1990.
Além da resolução CONAMA n° 03/1990, existe uma série de resoluções 
que define requisitos legais sobre lançamento de poluentes atmosféricos. A 
lista destas resoluções esta apresentada na tabela 15.
A resolução 
estabelece, também, 
os critérios para 
eventos críticos de 
poluição do ar. Foram 
estabelecidos os níveis 
de atenção, alerta e 
emergência.
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Gestão da Poluição atmosférica
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 Capítulo 3 
Tabela 15 – Lista das resoluções CONAMA com 
os requisitos legais sobre lançamento
Fonte: Adaptado de Lisboa (2008).
Se for do seu interesse aprofundar seus conhecimentos sobre 
as exigências para os lançamentos de poluentes na atmosfera, 
sugiro que você navegue pelo site do Ministério do Meio Ambiente 
(http://www.mma.gov.br/). Lá você terá acesso a todas as 
resoluções citadas na tabela 15 e poderá conhecê-las com mais 
detalhe e, ainda, poderá buscar outras resoluções correlatas.
fontes e efeitos da Poluição atmosférica
Agora que você já sabe que existe uma grande quantidade de poluentes 
atmosféricos cada um com suas características, vamos aprender um pouco 
sobre as fontes de poluição atmosférica. Dentre as fontes poluidoras do ar 
com origem antropogênica, um dos principais agentes é a combustão de 
combustíveis fósseis. Podemos destacar que este tipo de poluição é gerada, 
principalmente, na produção industrial, no transporte, na produção de 
energia elétrica e no aquecimento residencial e industrial. Contudo, além da 
poluição gerada pela queima dos combustíveis fósseis, temos outras fontes 
de poluição do ar, as quais não são tão evidentes, como a vaporização de 
líquidos contaminantes, operações industriais de atrito, como a perfuração 
e moagem de rochas, a combustão de resíduos sólidos, entre outros. Uma 
das características da poluição atmosférica de origem antropogênica é 
que, normalmente, está concentrada em regiões específicas. As fontes 
antropogênicas podem, também, ser classificadas como móveis ou fixas. 
(SALES; CAVALCANTI; FRANCO NETO, 2004).
Uma das 
características da 
poluição atmosférica 
de origem 
antropogênica é 
que, normalmente, 
está concentrada em 
regiões específicas.
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 Gestão de Resíduos: Sólidos, Líquidos e Atmosféricos
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A eructação ou arroto dos bois libera quantidades significativas 
de metano. Veja a foto e acesse a internet para ver a reportagem. 
Pesquisadores argentinos encontraram resultados muito 
interessantes sobre a quantidade de metano lançado na atmosfera 
devido à criação de bovinos.
 
Fonte: Disponível em: <http://noticias.terra.com.br/ciencia/
interna/0,,OI2998739-EI8278,00.html>. Acesso em: 13 ago. 2009.
A poluição natural é originada de fenômenos biológicos e geoquímicos. 
Dentre as fontes naturais, podemos citar a decomposição biológica de 
matéria orgânica, a erosão eólica, os aerossóis marinhos, os vulcões, entre 
outros. Uma das características desta fonte de poluição é que ela está 
distribuída pelo mundo.
Atividade de Estudos: 
1) Busque informações sobre a poluição provocada pela 
erupção de um vulcão e compare com os valores de emissões 
provocadas por ações antrópicas, nós poluímos mais do que a 
erupção de um vulcão?
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 Capítulo 3 
As diversas fontes de poluição, assim como a classificação dos tipos 
de fontes poluidoras, foram organizadas na tabela 16. As informações 
apresentadas nesta tabela são apenas um resumo simplificado de toda a 
gama de poluentes que podem ser lançados na atmosfera. 
Tabela 16 – Classificação dos poluentes de acordo com sua fonte
Fonte: Adaptado de Maioli e Nascimento (2005).
Dentre os compostos listados nesta tabela, cada um pode ter diferentes 
efeitos na saúde com diferentes concentrações. A seguir iremos listar as 
principais características e os principais efeitos dos poluentes atmosféricos.
Os óxidos de enxofre são normalmente encontrados em regiões mais 
industrializadas e são provenientes da combustão de óleos e carvão. Também 
podem ser encontrados nos aerossóis marinhos e erupções vulcânicas. O 
enxofre liberado na queima destas substâncias se combina com o oxigênio 
do ar para formar compostos como o SO2, SO3 e o H2SO4. A inalação do 
dióxido de enxofre (SO2), mesmo em concentrações muito baixas, provoca 
espasmos passageiros dos músculos lisos dos bronquíolos pulmonares. Em 
concentrações mais elevadas o SO2 causa o aumento da secreção da mucosa 
nas vias respiratórias superiores, inflamações graves da mucosa e redução 
do movimento ciliar do trato respiratório, podendo aumentar a incidência de 
rinite, faringite e bronquite. O dióxido de enxofre lançado na atmosfera pode 
combinar-se com o hidrogênio presente na atmosfera sob a forma de vapor de 
água e, assim, gerar as chuvas ácidas. As águas da chuva, geada ou neblina 
ficam carregadas de ácido sulfúrico. Ao entrarem em contato com a superfície, 
alteram a composição química do solo e das águas, podendo destruir florestas 
(figura 51) e lavouras, danificar estruturas, monumentos e edificações.
Os óxidos de enxofre 
são normalmente 
encontrados em 
regiões mais 
industrializadas e 
são provenientes da 
combustão de
óleos e carvão.
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 Gestão de Resíduos: Sólidos, Líquidos e Atmosféricos
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Figura 51 – Efeitos da chuva ácida em uma floresta
 
Fonte: National Geographic. Disponível em:<http://environment.nationalgeographic.
com/environment/ /enlarge/mitchellacidtrees.html/>. Acesso em: 4 set. 2009.
Para você obter mais informações sobre a chuva ácida e 
seus efeitos, acesse o site: http://oceanworld.tamu.edu/resources/
oceanography-book/acidrain.html.
Os óxidos de nitrogênio também são característicos de instalações 
industriais e da combustão por motores de veículos. Os principais compostosde 
nitrogênio na atmosfera são o N2O, NO e o NO2. Dentre eles, os contaminantes 
atmosféricos mais importantes são o monóxido de nitrogênio (NO) e o dióxido 
de nitrogênio (NO2). O primeiro é um gás inodoro, sendo a combustão de 
comburentes em altas temperaturas sua principal fonte emissora. O NO2 é um 
gás de coloração marrom e odor característico, emitido em menor quantidade 
que o NO, e sua maior fonte é a oxidação do próprio NO. Em dias de intensa 
radiação, o NO é oxidado a NO2, que é altamente tóxico ao homem. Dentre os 
principais efeitos para a saúde do ser humano estão: a redução da capacidade 
pulmonar, tosse, aumento de ataques de asma, dores de cabeça e irritação 
nos olhos. Assim como outros oxidantes, causa aceleração na deterioração de 
materiais como borracha, têxteis e corantes. Além dos danos à saúde, os NOx 
também são responsáveis pela chuva ácida, na forma de ácido nítrico, e do 
smog fotoquímico. 
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Gestão da Poluição atmosférica
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 Capítulo 3 
O smog fotoquímico é a reação de hidrocarbonetos 
com gases presentes na atmosfera, O3, NO e NO2. O smog se 
caracteriza pela formação de uma espécie de neblina composta 
por poluição, vapor de água e outros compostos químicos e se 
forma, principalmente, em locais onde a poluição do ar é elevada.
O material particulado é composto por substâncias presentes na atmosfera 
em estado sólido ou líquido (exceto as provenientes da condensação da 
água). As partículas totais em suspensão (PTS) formam um grupo especial de 
material particulado que se distingue por ter dimensões superiores a 10 µm. As 
partículas menores que 10 µm (PM10), emitidas pelos veículos, principalmente 
os movidos a diesel, representam um problema mais grave à saúde, pois 
penetram mais profundamente no aparelho respiratório e não são retidas 
pelas defesas do organismo (mucosas). Estas partículas causam irritação nos 
olhos e garganta, reduzindo a resistência às infecções e, ainda, provocando 
doenças crônicas como pneumoconiose. (BRAGA; AMADOR; SALDIVA, 
2002). Partículas de 2,5 µm ou menores afetam a traquéia e partículas de 1 
µm ou menores afetam os alvéolos. (KHARE, 2007).
Atividade de Estudos: 
1) A silicose é um tipo de pneumoconiose, ela é uma doença 
profissional que se desenvolve em pessoas que inalaram pó 
de sílica durante muitos anos. Quais os efeitos na saúde que 
podemos esperar?
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O material
particulado é composto 
por substâncias 
presentes na 
atmosfera em estado 
sólido ou líquido.
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Os hidrocarbonetos têm origem, principalmente, na combustão incompleta 
de combustíveis e da sua evaporação. São gases com odor desagradável e 
podem provocar irritação aos olhos, pele e trato respiratório superior. Diversos 
hidrocarbonetos são considerados carcinogênicos e mutagênicos.
O monóxido de carbono (CO) é um dos contaminantes mais abundantes 
nas camadas mais baixas da atmosfera em cidades devido ao grande consumo 
de combustíveis, tanto pela indústria como pelos veículos automotores. O 
problema deste composto se deve a sua afinidade com a hemoglobina do 
sangue ser muito maior que a do oxigênio. O CO ao ocupar o lugar do oxigênio 
pode causar a morte de seres vivos de sangue quente por asfixia. Contudo, 
se as concentrações no sangue não forem muito elevadas e a exposição 
ao composto for interrompida os efeitos cessarão. (BRAGA; AMADOR; 
SALVADINA, 2002).
A concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera aumentou 
cerca de 0,3% ao ano, nos últimos 100 anos, devido à utilização de petróleo 
e seus derivados, carvão e à destruição das florestas. A concentração de 
outros gases que contribuem para o efeito de estufa, tais como o metano e os 
clorofluorcarbonos, também aumenta rapidamente.
A Terra necessita de um manto de gases para evitar que se torne muito 
fria (-20 ºC) e inviabilize a vida. O efeito estufa é o modo pelo qual a Terra 
mantém sua temperatura constante. De toda a radiação solar que recebemos 
na superfície da Terra cerca de 35% é refletida de novo para o espaço e os 
outros 65% são absorvidos e transformados em calor. Contudo, somente parte 
da radiação deixa a Terra, pois os gases como o CO2, CH4, CFC e O3, presentes 
na atmosfera, têm uma ação refletora sobre os raios infravermelhos e retêm 
a radiação na Terra, proporcionando seu aquecimento. O grande problema é 
que com a ação humana tem ocorrido o aumento acelerado da concentração 
destes gases e, consequentemente, estamos aumentando a capacidade de 
reter calor da atmosfera.
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Gestão da Poluição atmosférica
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 Capítulo 3 
Figura 52 – Esquema do funcionamento do efeito 
estufa sobre a superfície da Terra
Fonte:Disponível em: <http://www.aceav.pt/blogs/jmjesus/trabalho/ 
Trabalhos%2010%20ano/>. Acesso em: 20 ago. 2009.
O ozônio, na estratosfera, é produzido naturalmente pela ação fotoquímica dos 
raios ultravioleta sobre as moléculas de oxigênio. Esses raios são suficientemente 
intensos para separar os dois átomos que compõem a molécula de O2, 
produzindo, assim, o oxigênio atômico, que, na presença de um catalisador, 
reage com o O2 e produz O3. A camada de ozônio protege a Terra de vários 
tipos de radiação. Com o desenvolvimento industrial e a utilização de produtos 
que emitem clorofluorcarbono, a camada de ozônio começou a ser destruída. 
Sem essa camada, a incidência de radiação ultravioleta se torna cada vez 
mais intensa, aumentando as chances de as pessoas desenvolverem câncer. 
Devemos atentar para o fato de que apesar de ser um gás importante 
para a Estratosfera, o ozônio presente no nível do solo, mesmo em baixa 
concentração, pode causar irritação dos olhos, nariz e garganta, dor de 
cabeça, náuseas, além de levar ao envelhecimento precoce da pele e possuir 
forte ação corrosiva, reduzindo a vida útil dos materiais.
Siga o link abaixo e veja uma reportagem sobre uma pesquisa 
em que um grupo de cientistas nos Estados Unidos avaliou os 
efeitos de três plantas comuns nos níveis de ozônio em ambientes 
fechados, para controle deste tipo de poluição.
http://www.agencia.fapesp.br/materia/11036/plantas-para-
cortar-ozonio-interno.htm
132
 Gestão de Resíduos: Sólidos, Líquidos e Atmosféricos
132
Os gases geradores de odores podem ter as mais diversas fontes. Existe 
uma grande variedade de substâncias capazes de gerar odores desagradáveis, 
tanto na indústria quanto nas estações de tratamento de efluentes. Dentre os 
diversos gases, um se destaca por apresentar grande capacidade de gerar 
odor, mesmo em pequenas concentrações, além de prejuízos a saúde quando 
presente em concentrações mais elevadas. Este é o gás sulfídrico (H2S).
A tabela 17 lista alguns compostos geradores de odor com a concentração, 
a partir da qual podemos sentir o cheiro e a que tipo de odor ele está associado. 
Como podemos observar, alguns compostos, mesmo em concentrações muito 
reduzidas, já podem ser detectados pelo nosso olfato.
Tabela 17 – Compostos odoríferos 
Fonte: Adaptado de WEF, 1995. Disponível em: <WEF. WATER ENVIRONMENT 
FEDERATION. Odor Control in Wastewater Treatment Plants – WEF Manual of 
Practtice n. 22. Library of Congress. 282 p. 1995>. Acesso em: 11 ago. 2009.
A ocorrência da inversão térmica pode acentuar os problemas de poluição 
atmosférica, advinda das diversas formas de poluição apresentadas, pois 
pode impedir a diluição de compostos prejudiciais à saúde.A inversão térmica 
é uma condição meteorológica que ocorre quando uma camada de ar quente 
se sobrepõe a uma camada de ar frio, impedindo o movimento ascendente 
do ar (figura 53), uma vez que o ar abaixo dessa camada fica mais frio, 
portanto, mais pesado. A inversão térmica, em si, não é um problema, ela 
se torna inconveniente quando ocorre em uma região com grande número 
de indústrias e circulação de veículos, como é o caso das grandes cidades. 
Como ela impede o movimento ascendente do ar, faz com que os poluentes 
se mantenham próximos da superfície e, assim, proporciona o aumento da 
concentração de poluentes, podendo ocasionar problemas de saúde, como 
pneumonia, bronquite, enfisemas, agravamento de doenças cardíacas, mal 
estar e irritação dos olhos.
 
Alguns compostos, 
mesmo em 
concentrações muito 
reduzidas, já podem 
ser detectados pelo 
nosso olfato.
A ocorrência da 
inversão térmica 
pode acentuar os 
problemas de poluição 
atmosférica.
133
Gestão da Poluição atmosférica
133
 Capítulo 3 
Figura 53 – Esquema de um ambiente normal e 
outro com ocorrência de inversão térmica
Padrão normal
Inversão térmica
Fonte: Disponível em: <http://www.pollution-china.com/images/ /
stories/20070613-thermal%20inversion.jpg>. Acesso em: 16 ago. 2009.
Atividade de Estudos: 
1) O que você acha que podemos fazer quando ocorre a inversão 
térmica? Pense sobre o assunto e anote suas observações. 
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 Gestão de Resíduos: Sólidos, Líquidos e Atmosféricos
134
métodos de controle da Poluição
Agora já conhecemos diversos poluentes que podem ser gerados de 
maneiras diferentes e causar efeitos prejudiciais à saúde humana, aos 
materiais e ao meio ambiente. Para o gerenciamento deste problema, devemos 
proporcionar a minimização ou tratamento destes resíduos. Para isto, podemos 
abordar o controle da poluição atmosférica de duas formas distintas, através 
de medidas indiretas e medidas diretas.
medidas indiretas
As medidas indiretas são as primeiras ações a serem tomadas no 
controle da poluição atmosférica e objetivam a redução da poluição através 
da adaptação dos processos e equipamentos, substituição de insumos 
e combustíveis, diluição do poluente, segregação ou afastamento e 
desodorização de poluentes. A seguir, vamos comentar sobre as medidas 
indiretas mais usuais:
•	 Mudança de processos e equipamentos: uso de sistemas completamente 
fechados, reutilização de vapores, processos úmidos ao invés de secos, 
utilização de equipamentos modernos (figura 54), etc.
Figura 54 - Substituição de equipamentos 
antigos por equipamentos modernos
Fonte: OLD ENGINE (2009, 2005) e BMW_M512 (2009). Disponível em: <http://
jasonwertz.com/images/Old%20Engine.jpg>.Acesso em: 16 ago. 2009.
•	 Substituição de insumos e combustíveis: evitar combustíveis com alto 
teor de enxofre, trocar combustíveis líquidos por gasosos, utilizar energia 
proveniente de fontes renováveis (figura 55), etc.
Para o gerenciamento 
da poluição 
atmosférica de duas 
formas distintas, 
através de medidas 
indiretas e medidas 
diretas.
135
Gestão da Poluição atmosférica
135
 Capítulo 3 
Figura 55 – Exemplo de usina de energia fotovoltaica
Fonte: Disponível em: <http://cheapergreener.wordpress.com/2008/01/09/ electricity-
provider-offers-fixed-price-on-green-energy/solar-farms/>. Acesso em: 16 ago. 2009.
Contudo, é importante saber que, com a tecnologia disponível atualmente, 
em alguns casos não é possível a utilização de energias renováveis quando 
comparados a fontes de energia tradicionais, devido a custos, quantidade de 
energia que pode ser gerada, demanda necessária, etc.
•	 Diluição através de chaminés elevadas (figura 56): Neste caso, deve ser 
feita avaliação criteriosa, considerando-se o tipo de poluente a ser diluído e 
as questões meteorológicas para se subsidiar com estudos e informações 
os órgãos ambientais.
Figura 56 – Foto de uma chaminé elevada. 
 
Fonte:CHEMINEE (2009). Disponível em: <http://www.fixator-lift.com/
images/FCKeditor/Image/Cheminee.jpg/>.Acesso em: 16 ago. 2009.
136
 Gestão de Resíduos: Sólidos, Líquidos e Atmosféricos
136
• Desodorização de poluentes através do uso de produtos que irão mascarar 
o odor através da mistura com cheiros mais agradáveis.
medidas diretas
As medidas diretas são ações que visam a reduzir o lançamento de 
poluentes através de retenção física, química ou biológica dos compostos 
presentes no ar. Segundo Lisboa (2008), os equipamentos utilizados para o 
controle da poluição podem ser classificados em relação ao estado físico do 
poluente ou em relação ao uso ou não de água ou outro líquido no processo. 
Independente de que medida direta será utilizada, é necessário evitar a 
dispersão dos poluentes e encaminhá-los para o sistema de tratamento antes 
que o ar seja lançado na atmosfera. Para o encaminhamento e concentração 
do ar a ser tratado, é necessária a utilização de sistemas de exaustão (figura 
57). Estes sistemas nada mais são do que equipamentos que irão coletar 
partículas, gases ou vapores de um determinado ambiente e encaminharão 
para o sistema de tratamento.
 
Figura 57 – Foto de um exaustor centrífugo industrial
Fonte: Disponível em: <http://www.infotechfrance.com/london/
upload/photo_2852.jpg/>. Acesso em: 21 ago. 2009.
Após coletados, é necessário fazer a retenção ou tratamento dos 
compostos através de uma determinada tecnologia. A tabela 18 apresenta 
um resumo das tecnologias mais usualmente utilizadas. Em seguida, faremos 
algumas considerações sobre as principais tecnologias existentes, utilizadas 
no controle de poluentes atmosféricos.
137
Gestão da Poluição atmosférica
137
 Capítulo 3 
Tabela 18 – Equipamentos de controle de poluição 
através do uso de medidas diretas
Fonte: O autor
O Coletor mecânico gravitacional, como o próprio nome já destaca, é um 
coletor que se baseia na força gravitacional para a retenção física de partículas 
e está entre os coletores classificados como secos. Estes equipamentos são 
muito utilizados devido a sua simplicidade, porém, conseguem reter apenas 
partículas suspensas relativamente grandes, com diâmetros maiores que 
50 µm, e apresentam uma eficiência reduzida para partículas menores. 
(EPA, 2003a). O esquema deste tipo de unidade pode ser visto na figura 58. 
Existem algumas variações deste tipo de equipamento, porém a teoria de 
funcionamento é a mesma.
Figura 58 – Esquema de um coletor mecânico gravitacional.
Fonte: Disponível em: <http://www.solerpalau.pt/images/formacion/
Ffitxa26_ilus_1.gif>. Acesso em: 24 ago. 2009.
O Coletor mecânico 
gravitacional, como 
o próprio nome já 
destaca, é um coletor 
que se baseia na força 
gravitacional para a 
retenção física de 
partículas.
138
 Gestão de Resíduos: Sólidos, Líquidos e Atmosféricos
138
Os coletores mecânicos centrífugos ou ciclones também pertencem à classe 
dos coletores secos, considerados como equipamentos de pré-tratamento, pois 
podem ser associados a outros equipamentos, dependendo do material que 
se deseja reter. (EPA, 2003b). Utilizam basicamente a força centrífuga para 
proporcionar a separação de partículas e do ar. Estes equipamentos são utilizados 
para remoção de material particulado de até 10 µm. A figura 59 apresenta um 
esquema simplificado de um separador ciclônico.
Figura 59 – Esquema de um separador ciclônico
 
Fonte: Disponível em:<http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons//a/a2/SeparadorCiclonico.jpg>. Acesso em: 24 ago. 2009.
O filtro com tecido funciona com a passagem do ar no qual as partículas 
ficam retidas. Ao longo da operação, as partículas vão se acumulando no seu 
interior e, em intervalos de tempo, é necessário realizar a troca ou limpeza 
destes tecidos para evitar o excesso de resíduos e o aumento significativo 
da perda de carga no filtro. O intervalo de tempo é definido em função do 
tempo de uso, das características das partículas e do tipo de material filtrante 
utilizado. (EPA, 2003c). Os filtros são classificados pelo seu formato e os dois 
mais usuais são o filtro tipo manga e o envelope (figura 60). Estes filtros podem 
operar sob pressões positivas ou negativas.
 
Os coletores 
mecânicos centrífugos 
ou ciclones utilizam 
basicamente a 
força centrífuga 
para proporcionar 
a separação de 
partículas e do ar.
139
Gestão da Poluição atmosférica
139
 Capítulo 3 
Figura 60 – Esquema de um filtro com tecido
Fonte: Disponível em: <http://cache-media.britannica.com/eb-
media/99/27099-004-1D079347.gif>. Acesso em: 26 ago. 2009.
Os precipitadores eletrostáticos são equipamentos utilizados na retenção 
de material particulado de gases e funcionam carregando eletrostaticamente 
as partículas. Depois capturam-nas pela atração eletromagnética (figura 61). 
Apresentam custo elevado e consumo energético importante se comparados 
a outros sistemas. Contudo, estes equipamentos podem apresentar eficiência 
entre 99% e 99,9% para partículas com dimensões da ordem de até 2,5 µm. 
(EPA, 2003d).
Figura 61 – Foto de um precipitador eletrostático 
Fonte: Disponível em: <http://img.alibaba.com/photo/214722368/ 
Electrostatic_Precipitator_for_DOP_Oil_Fume_Industrial_
Oil_Mist_Collection.jpg>. Acesso em: 4 set. 2009.
140
 Gestão de Resíduos: Sólidos, Líquidos e Atmosféricos
140
Dentre os coletores úmidos podemos citar os lavadores ou scrubbers. 
Estes equipamentos têm como princípio básico a absorção do material através 
do contato com o meio líquido. Estes lavadores podem ser utilizados para 
o controle de material particulado (pó) e para o controle de gases (dióxido 
de enxofre) e vapores. Podem, ainda, ser utilizados para gases em altas 
temperaturas. A umidade do material a ser retido não impede a utilização 
destes equipamentos e, quando bem projetados, podem obter ótima eficiência. 
Podemos citar como a principal desvantagem deste tipo de processamento a 
geração de resíduo líquido ou sólido úmido ao qual deverá ser dado o destino 
ou tratamento adequado. (EPA, 2003e; EPA, 2003f; EPA, 2003g). Existe uma 
série de variantes para os lavadores, a figura 62 apresenta um exemplo. 
Figura 62 – Esquema em corte com exemplo de um lavador (scrubber)
 
Fonte: Adaptado de Scrubber. Disponível em: <http://oceanworld.tamu.edu/resources/
oceanography-book/Images/ 20051208_scrubber.jpg>. Acesso em: 4 set. 2009.
141
Gestão da Poluição atmosférica
141
 Capítulo 3 
Os equipamentos denominados de absorvedores são equipamentos 
similares aos lavadores, com a principal diferença de que são utilizados 
para o tratamento de partículas líquidas e dispõem de alguns itens internos 
distintos dos lavadores. O funcionamento destes consiste na transferência 
de um composto (absorbato) presente no gás ou vapor a ser removido para 
um líquido (absorvente). Ou seja, a absorção é um processo de transferência 
de massa que ocorre pela diferença de concentração entre os meios em 
questão. Além da retenção de material particulado, estes equipamentos são 
utilizados no controle de compostos orgânicos voláteis, compostos de enxofre 
(EPA, 2003h), compostos de nitrogênio e hidrocarbonetos leves. Dentre os 
absorvedores existentes, Lisboa (2008) destaca os mais comuns: as torres de 
enchimento, torres de pratos, lavadores venturi e as torres de aspersão.
Os adsorvedores são equipamentos utilizados para remoção de compostos 
presentes em gases e vapores em baixas concentrações. Estes equipamentos 
são muito utilizados na remoção de odores e recuperação de solventes. O 
processo de adsorção se dá pela retenção do adsorbato na superfície do 
adsorvente, que é composto por materiais extremamente porosos. Alguns 
dos materiais adsorventes mais conhecidos são o carvão ativado, a sílica em 
gel e a alumina ativada. Estes materiais apresentam grande área superficial, 
chegando a várias centenas de metros quadrados de superfície para cada 
grama de material. Este processo permite a obtenção de eficiências da ordem 
de 100 % de remoção dos compostos presentes na corrente gasosa.
Os incineradores ou oxidantes térmicos (figura 63) são utilizados para a 
destruição de compostos odoríferos, COV e alguns tipos de hidrocarbonetos. 
(EPA, 2003j; WEF, 1995). A maioria das aplicações desta tecnologia é vista 
em atuações industriais, através da indústria de petróleo, de alimentos e de 
papel. O princípio de funcionamento deste equipamento é o processo de 
combustão que depende de diversas interações químicas e físicas para o bom 
funcionamento destes sistemas. As temperaturas para permitir a combustão de 
diversos poluentes são da ordem de 1.000ºC. A eficiência destes equipamentos 
varia de 98% a 99,99% quando bem projetados e operados.
 
142
 Gestão de Resíduos: Sólidos, Líquidos e Atmosféricos
142
Figura 63 – Esquema de um oxidante térmico.
Fonte: Adaptado de THERMAL-OXIDIZER. Disponível em: 
<http://www.engineersedge.com/manufacturing/images/
thermal-oxidizer.jpg>. Acesso em: 2 set. 2009.
O tratamento biológico ou biofiltros utiliza microorganismos, incluindo 
bactérias e fungos imobilizados em um biofilme, os quais viabilizam a 
degradação de compostos poluentes. Segundo Belli et al. (2001), a desodorização 
de gases através do uso de reatores biológicos reproduz processos realizados 
naturalmente no solo e na água. Os biofiltros funcionam basicamente 
transferindo-se os compostos orgânicos voláteis e odorantes para a fase 
líquida e, então, estes compostos são degradados através da ação de 
microrganismos. Dentre os compostos que podem ser removidos através da 
utilização de biofiltros (figura 64) estão os alcoóis, ésteres, ácidos orgânicos, 
aminas, mercaptanas, óxidos de nitrogênio, óxidos de enxofre, entre 
outros. Os sistemas biológicos são mais complexos de serem mantidos, 
pois exigem controle delicado da umidade, pH, temperatura, tempo de 
contato e concentração dos compostos. Contudo, se bem operados, podem 
ser muito eficientes, além de representarem economia no que se refere aos 
gastos com produtos químicos para sua operação. A EPA (2003i) apresenta 
as tecnologias denominadas de biofiltros, filtros percoladores, biolavadores 
entre outras tecnologias. 
143
Gestão da Poluição atmosférica
143
 Capítulo 3 
 Figura 64 – Esquema simplificado de um biofiltro
Fonte: Adaptado de Biofilter. Disponível em: <http://encoco.
co.kr/images/Biofilter.jpg>. Acesso em: 02 set. 2009.
monitoramento de Poluentes atmosféricos
Cabe aos Estados a competência para realizar o monitoramento da 
qualidade do ar e também é deles a responsabilidade pela declaração dos 
diversos níveis de poluição. Dentre os Estados brasileiros, São Paulo, através 
da Cetesb, tem um sistema de monitoramento de qualidade do ar que pode 
servir de exemplo para aplicação em outros Estados.
A Cetesb correlaciona os resultados do monitoramento dos parâmetros 
através da utilização do índice de qualidade do ar. Este índice é uma 
ferramenta matemática desenvolvida para simplificar o processo de divulgação 
da qualidade do ar. A Cetesb disponibiliza no seu site a qualificação do ar 
em relação a diversos parâmetros. Para cada poluente medido é feita uma 
correlação com um índice, através do qual o ar recebe uma qualificação, feita 
conforme apresentado na tabela 19.
Cabe aos Estados 
a competência 
para realizar o 
monitoramento da 
qualidade do ar e 
também é deles a 
responsabilidade 
pela declaraçãodos 
diversos níveis de 
poluição.
144
 Gestão de Resíduos: Sólidos, Líquidos e Atmosféricos
144
Tabela 19 – Valores de referência para aviso do 
nível de atenção, alerta ou emergência
Fonte: Disponível em:<http://www.cetesb.sp.gov.br/Ar/
ar_indice_padroes.asp>. Acesso em: 15 ago. 2009.
Observe que este índice é o utilizado pela Cetesb. Contudo, 
existem diversos outros índices utilizados pelo mundo. Visite o site 
http://airnow.gov/ e conheça outra metodologia de classificação da 
poluição atmosférica. 
Para efeito de divulgação, a Cetesb utiliza o índice mais elevado, ou seja, 
o pior caso de uma determinada estação de monitoramento. Esta qualificação 
do ar está associada aos efeitos prováveis sobre à saúde da população, 
conforme apresentado na tabela 20.
Tabela 20 – Efeitos na saúde em função do índice obtido
Fonte: Adaptado de CETESP. Disponível em: <http://www.cetesb.
sp.gov.br/Ar/ar_indice_padroes.asp>. Acesso em: 15 ago. 2009.
145
Gestão da Poluição atmosférica
145
 Capítulo 3 
Atividade de Estudos: 
1) No Brasil existem outras ações de monitoramento. Busque na 
internet informações sobre este monitoramento.
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alGumas considerações
No decorrer do texto, foi possível perceber como nossas ações interferem 
na atmosfera, devido aos diversos compostos que lançamos diariamente. 
Pudemos conhecer os poluentes mais comuns, verificando seus efeitos na 
atmosfera e a concentração a partir da qual começam a nos afetar. Também 
fomos apresentados a algumas ações e métodos de controle que podem nos 
auxiliar na definição de formas de gerenciamento dos poluentes atmosféricos.
Agora que chegamos ao final do caderno, gostaria de perguntar sobre a 
sua percepção dos três capítulos. Você pôde perceber como é vasto o número 
de poluentes e também de alternativas para seu controle? E como todos os 
resíduos sólidos, efluentes líquidos e a poluição atmosférica estão intimamente 
conectados? Acredito que, com as informações aqui adquiridas, foi possível 
proporcionar uma pequena contribuição para o seu crescimento intelectual, 
fornecendo uma visão ampla de diversos fatores envolvidos nas questões de 
geração e controle de poluentes.
146
 Gestão de Resíduos: Sólidos, Líquidos e Atmosféricos
146
Caro aluno, espero que você tenha aproveitado as informações e o 
conhecimento que foi disponibilizado para você. O que foi estudado neste 
caderno é apenas uma breve introdução sobre o assunto. Você deverá buscar 
constantemente o aperfeiçoamento e a ampliação dos seus conhecimentos 
nesta área para poder subsidiar suas decisões e, assim, tornar-se um 
excelente gestor ambiental.
Desejo sucesso para você!
referências
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Disponível em: <http://www.climatescience.gov/Library/stratplan2003/final/
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BRAGA, Alfesio Pereira; AMADOR, Luiz Alberto; SALDIVA, Paulo Hilário 
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_____. Fact Sheet of Paper/Nonwoven Filters – Cartridge Collector Type. 
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_____. Fact Sheet of Dry Electrostatic Precipitator. EPA-452/F-03-028. 
6 p. 2003d. Disponível em: <http://www.epa.gov/ttn/catc/dir1/fdespwpl.pdf>. 
Acesso em: 18 set. 2009.
147
Gestão da Poluição atmosférica
147
 Capítulo 3 
_____. Fact	Sheet	of	Orifice	Scrubber. EPA-452/F-03-014. 4 p. 2003e. 
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