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PODER CONSTITUINTE MATERIAL DEMATER IAL DE APOIOAPOIO PODER CONSTITUINTE PODER CONSTITUINTEPODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIOORIGINÁRIO His tóricoHis tórico Revolucioná rioRevolucioná rio DERIVADODERIVADO Reforma dorReforma dor DecorrenteDecorrente RevisorRevisor DIFUSODIFUSO SUPRANACIONALSUPRANACIONAL 1. CONCEITO E TITULARIDADE1. CONCEITO E TITULARIDADE Conce itoConce ito Para Canotilho, “ o poder constituinte se revela sempre como uma questão de ‘poder’, de ‘força’, ou de ‘autoridade’ política que está em condições de, numa de te r mina s itua ção concre ta , cria r, g a ra ntir ou e limina rnuma de te r mina s itua ção concre ta , cria r, g a ra ntir ou e limina r uma Constituição entendida como lei fundamental da comunidade política”. Titula rida deTitula rida de Pertence ao povo 2. HIATO CONSTITUCIONAL (REVOLUÇÃO – MUTAÇÃO – REFORMA –2. HIATO CONSTITUCIONAL (REVOLUÇÃO – MUTAÇÃO – REFORMA – HIATO AUTORITÁRIO)HIATO AUTORITÁRIO) Hia to cons tituciona l (revolução) =Hia to cons tituciona l (revolução) = Conteúdo da Cons tituição política X a re a lida de socia l/socieda de .Conteúdo da Cons tituição política X a re a lida de socia l/socieda de . 01/03/2018 - 21:46:14 quintiliano.adv@gmail.com 2 de 15 Tomando por base a ideia de que o hiato constitucional caracteriza verdadeira lacuna, intervalo, interrupção de continuidade, entendemos que vários fenômenos poderão ser verificados destacando-se: convocação da Assembleia Nacional Constituinte e elaboração de uma nova constituição; mutação constitucional; reforma constitucional; hiato autoritário 3. PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO (GENUÍNO OU DE 1º GRAU)PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO (GENUÍNO OU DE 1º GRAU) 3.1 Conce ito3.1 Conce ito Poder cons tituintePoder cons tituinte orig iná rio (inicia l,orig iná rio (inicia l, ina ug ura l, g enuíno ouina ug ura l, g enuíno ou de 1º g ra u)de 1º g ra u) É aquele que instaura uma nova ordem jurídica, rompendo por completo com a ordem jurídica precedente. Tem por objetivo fundamental criar um novo Estado, diverso do que vig orava em decorrência da manifestação do poder constituinte precedente. 3.2 Subdivisão3.2 Subdivisão Poder Cons tituinte orig iná rio his tóricoPoder Cons tituinte orig iná rio his tórico Seria o “verdadeiro”, orig inando pela primeira vez, o Estado. Poder Cons tituinte orig iná rioPoder Cons tituinte orig iná rio revolucioná riorevolucioná rio Seriam todos os posteriores ao histórico. 3. Ca ra cte rís tica sCa ra cte rís tica s 1. Inicia l –Inicia l – Instaura uma nova ordem jurídica, rompendo por completo, com a ordem jurídica anterior; 2. Autônomo –Autônomo – A estruturação da nova constituição será determinada, autonomamente, por quem exerce o poder constituinte orig inário; 3. Ilimita do juridica mente –Ilimita do juridica mente – No sentido de que não tem de respeitar os limites postos 01/03/2018 - 21:46:14 quintiliano.adv@gmail.com 3 de 15 pelo direito anterior. Existem ressalvas; 4. Incondiciona do e sobe ra no na toma da de sua s decisões –Incondiciona do e sobe ra no na toma da de sua s decisões – porque não tem que submeter-se a qualquer forma prefixada de manifestação; 5. Poder de fa to e pode r político – Poder de fa to e pode r político – podendo, assim, ser caracterizado como uma energ ia ou força social, tendo natureza pré-jurídica; por tal característica, a nova ordem jurídica começa com a manifestação do poder constituinte, e não antes dela; 6. Pe r ma nente - Pe r ma nente - já que o poder constituinte orig inário não se esg ota com a edição da nova Constituição, sobrevivendo a ela e fora dela como forma e expressão da liberdade humana, em verdadeira ideia de subsistência. OBS .: O Poder Cons tituinte é ilimita do?OBS.: O Poder Cons tituinte é ilimita do? Existem duas correntes: - jusnaturalista: o poder constituinte orig inário não seria totalmente autônomo na medida em que haveria uma limitação imposta: ao menos o respeito às normas de direito natural; - pos itivis ta :pos itivis ta : o poder constituinte orig inário é totalmente ilimitado (do ponto de vista jurídico, reforce-se), apresentando natureza pré-jurídica, uma energ ia ou força social, já que a ordem jurídica começa com ele e não antes dele. É a tra diciona lmente a dota da pe loÉ a tra diciona lmente a dota da pe lo Bra s il.Bra s il. Entre ta nto, é inte re ssa nte conhece r a pos ição de doutrina dore s modernosEntre ta nto, é inte re ssa nte conhece r a pos ição de doutrina dore s modernos como Canotilho e Paulo Branco, os quais observam que o poder constituinte obedece a padrões e modelos de conduta espirituais, culturais, éticos e sociais, aos princípios de justiça e, também, dos princípios de direito internacional. 3.4 Poder Cons tituinte orig iná rio forma l e ma te ria l3.4 Poder Cons tituinte orig iná rio forma l e ma te ria l Forma lForma l É o ato de criação propriamente dito e que atribui a “roupag em” com status constitucional a um “complexo normativo”. Confere estabilidade e g arantia de proteção ao direito material; Ma te ria lMa te ria l É o lado substancial do poder constituinte orig inário, qualificando o direito constitucional formal com o status de norma constitucional. Assim, será o 01/03/2018 - 21:46:14 quintiliano.adv@gmail.com 4 de 15 orientador da atividade do constituinte orig inário formal que, por sua vez, será o responsável pela “roupag em” constitucional. O material diz o que é constitucional; o formal materializa e sedimenta como constituição. O material precede o formal, estando ambos interlig ados. 3.5 Forma s de expre ssão3.5 Forma s de expre ssão Outorg aOutorg a Caracteriza-se pela declaração unilateral do ag ente revolucionário. Ex: Constituições de 1824, 1937, 1967 e EC1/69. Assemble ia na ciona lAssemble ia na ciona l cons tituinte ou convençãocons tituinte ou convenção Nasce da deliberação da representação popular, destacando os seg uintes exemplos: CF de 1891, 1934, 1946 e 1988. 3.6 A propos ta de convoca ção de uma “a ssemble ia na ciona l cons tituinte3.6 A propos ta de convoca ção de uma “a ssemble ia na ciona l cons tituinte exclus iva e e specífica ” pa ra a re for ma política : a be rra ção jurídica ;exclus iva e e specífica ” pa ra a re for ma política : a be rra ção jurídica ; violência a o s is temaviolência a o s is tema No tocante à reforma política, admitir uma constituinte exclusiva ensejaria total afronta à Constituição, na opinião do professor Pedro Lenza. O autor explica que “a única maneira de se alterar a Constituição no momento atual é mediante a aprovação de uma PEC, com todos os limites explícitos e estabelecidos no artig o 60 da CF/88, bem como os limites implícitos que decorrem do sistema. (...) A convocação de instrumento de alteração específico afrontaria, dentre outros, a implícita proibição de se alterar a titularidade do poder constituinte orig inário, bem como a do poder de reforma que se implementa por ato exclusivo do Cong resso Nacional, assim como os limites colocados na Constituição”. 01/03/2018 - 21:46:14 quintiliano.adv@gmail.com 5 de 15 4. PODER CONSTITUINTE DERIVADO (INSTITUÍDO, CONSTITUÍDO,PODER CONSTITUINTE DERIVADO (INSTITUÍDO, CONSTITUÍDO, SECUNDÁRIO, DE 2º GRAU OU REMANESCENTE)SECUNDÁRIO, DE 2º GRAU OU REMANESCENTE) ORIGINÁRIO X DERIVADOORIGINÁRIO X DERIVADO - Poder de fato; - Poder político; - Na tureza pré -jurídica ; - Na tureza pré -jurídica ; Natureza jurídica - Energ ia ou força social; - A ordem jurídica começa com ele O poder cons tituinte de riva doO poder cons tituinte de riva do é criado e instituído pelo orig inário, ou seja, limitado e condicionado aos parâmetros por ele impostos. Reformador; Decorrente; Revisor; 4.1 Poder cons tituintede riva do re forma dor (compe tência re forma dora )4.1 Poder cons tituinte de riva do re forma dor (compe tência re forma dora ) Conce ito:Conce ito: O poder constituinte reformador é aquele que tem a capacidade de reformar a Constituição Federal, por meio de um procedimento específico, estabelecido pelo poder constituinte orig inário, sem que haja uma verdadeira revolução. A manifestação do poder constituinte reformador verifica-se através das emendas constitucionais (arts. 59, I, e 60 da CF/88). Ca ra cte rís tica s :Ca ra cte rís tica s : - Natureza constituída, instituída, de 2º g rau; - Poder jurídico; - Condicionado; Limita ções expre ssa s ou explícita sLimita ções expre ssa s ou explícita s : 01/03/2018 - 21:46:14 quintiliano.adv@gmail.com 6 de 15 Quórum qualificado de 3/5, em cada casa, em dois turnos de votação para a aprovação das emendas (art. 60, §2º); proibição de alteração da Constituição na vig ência de estado de sítio, defesa, ou intervenção federal (art. 60, §1º); existência de um núcleo de matérias intang íveis (clausulas pétreas do art. 60, §4º da CF/88). Limita ções implícita sLimita ções implícita s : Impossibilidade de se alterar o titular do poder constituinte orig inário e o titular do poder constituinte derivado reformador; proibição de se violar as limitações expressas. Não foi adotada no Brasil, portanto, a teoria da dupla revisão, ou seja, possibilidade de uma primeira revisão acabar com a limitação expressa e a seg unda reformar aquilo que era proibido. 4.2 Poder cons tituinte de riva do decorrente4.2 Poder cons tituinte de riva do decorrente 4.2.1 Estados-Membros Conce ito:Conce ito: Tem como missão estruturar a Constituição dos Estados-Membros ou, em momento seg uinte, havendo necessidade de adequação ou reformulação, modificá-la. Essa competência decorre da capacidade de auto-org anização dos Estados-Membros estabelecida pelo poder constituinte orig inário. Ca ra cte rís tica s :Ca ra cte rís tica s : - Poder Jurídico; - Condicionado; Moda lida des :Moda lida des : Poder constituinte decorrente inicial (“instituidor” ou “institucionalizador”): responsável pela elaboração da constituição estadual; Poder constituinte decorrente de revisão estadual: tem a finalidade de modificar o texto da Constituição estadual; OBS :OBS : O exercício do poder constituinte decorrente foi concedido às Assembleias Leg islativas (art. 11, caput do ADCT). OBS :OBS : Em relação à capacidade de auto-org anização, foi categ órico o poder constituinte 01/03/2018 - 21:46:14 quintiliano.adv@gmail.com 7 de 15 orig inário (art. 25, caput da CF/88) ao definir que os Estados org anizam-se e reg em-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios da CF (limitações do poder constituinte decorrente: princípios constitucionais sensíveis; princípios constitucionais estabelecidos e princípios constitucionais extensíveis). 4.2.2 Distrito Federal O art. 32, caput, da CF/88 estabelece que o Distrito Federal será reg ido por lei org ânica, in verbis: Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reg er- se-á por lei org ânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Leg islativa, que a promulg ará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição. EMENTA: “Antes de adentrar no mérito da questão aqui debatida, anoto que, muito embora não tenha o constituinte incluído o Distrito Federal no art. 125, §2º, que atribui competência aos Tribunais de justiça dos Estados para instituir a representação de inconstitucionalidade em face das constituições estaduais, a Lei Org ânica do Distrito Federal apresenta, no dizer da doutrina, a natureza de verdadeira Constituição local, ante a autonomia política, administrativa e financeira que a Carta confere a tal ente federado. Por essa razão, entende que se mostrava cabível a propositura da ação direta de inconstitucionalidade pelo MDFT no caso em exame” (RE 577.025, voto do Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 11.12.2008, Plenário, DJE de 06.03.2009). Portanto, a vincula ção da le i org â nica se rá dire ta mente com a CFvincula ção da le i org â nica se rá dire ta mente com a CF . Assim, é perfeitamente poss íve l o controle concentra doposs íve l o controle concentra do no âmbito do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) tendo como pa ra dig ma a Le i Org â nica do DFtendo como pa ra dig ma a Le i Org â nica do DF , com a mesma na tureza da s Cons tituições Es ta dua ismesma na tureza da s Cons tituições Es ta dua is (art. 30 da Lei n. 9.868/99 e Lei n. 11.697/2008). 4.2.3 Municípios e territórios 01/03/2018 - 21:46:14 quintiliano.adv@gmail.com 8 de 15 MunicípiosMunicípios NãoNão exis teexis te . Ato local questionado em face da lei org ânica municipal enseja controle de leg alidade, e não de constitucionalidade. O respeito ao conteúdo dar-se-á tanto em relação à Constituição Estadual como à Federal – 3º g rau. Te rritóriosTerritórios Fede ra isFede ra is Integ ram a União, não se falando em autonomia federativa (art. 18, § 2.º,CF) 3. Poder cons tituinte de riva do revisorPoder cons tituinte de riva do revisor Art. 3º da ADCT determinou que a revisão constitucional seria realizada após 5 anos, contados da promulg ação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Cong resso Nacional, em sessão unicameral (ou seja, procedimento simplificado). “EMENTA: (...). Emenda ou revisãoEmenda ou revisão , como processos de mudança na Constituição, são manifestações do poder constituinte in s t i tuíd o in s t i tuíd o e, por sua natureza, limi ta d o. limi ta d o. Está a “revisão” prevista no art. 3º do ADCT de 1988 sujeita a os limite s e s ta be lecidos no §4º ea os limite s e s ta be lecidos no §4º e seus incisos do a rt. 60 da Cons tituiçãoseus incisos do a rt. 60 da Cons tituição . O resultado do ple bis cito ple bis cito de 21 de Abril de 1993 não tornou sem obje to a revisãonão tornou sem obje to a revisão a que se refere o art. 3º do ADCT. Após 5 de outubro de 1993, cabia ao Cong re sso Na ciona lCong re sso Na ciona l deliberar no sentido da oportunida de ouoportunida de ou necess ida denecess ida de de proceder à aludida revisão constitucional, a ser feita “uma só vez”.“uma só vez”. As mudanças na Constituição, decorrentes da “revisão” do art. 3º do ADCT, estão sujeitas ao controle judicia lcontrole judicia l, diante das “clá usula s pé trea s”“clá usula s pé trea s” consig nadas no art. 60, §4º. E seus incisos, da Lei Mag na de 1988” (ADI 981-MC, Rel. Min. Néri da Silveira, j. 17.03.1993, Plenário, DJ de 05.08.1994). Portanto, já esg otou-se, não mais pode ocorrer - e ficá cia exa urida e a plica bilida dee ficá cia exa urida e a plica bilida de esg ota daesg ota da da aludida reg ra. Destaque-se que não estava a aludida revisão vinculada ao resultado do plebiscito do art. 2.º do 01/03/2018 - 21:46:14 quintiliano.adv@gmail.com 9 de 15 ADCT (que admitia a volta à monarquia e ao parlamentarismo). Quanto aos limite s ,limite s , o art. 4.º , § 3.º , da referida Resolução n. 1-RCF determinou ser vedada a apresentação de propostas revisionais que: ? incidam na proibição constante do § 4.º do art. 60 da Constituição (cláusulas pétreas); ? substituam integ ralmente a Constituição; ? dig am respeito a mais de um dispositivo, a não ser que se trate de modificações correlatas; ? contrariem a forma republicana de Estado e o sistema presidencialista de g overno. 5. PODER CONSTITUINTE DIFUSOPODER CONSTITUINTE DIFUSO Pode ser caracterizado como um poder de fato que serve de fundamento para os meca nismosmeca nismos de a tua ção da muta ção cons tituciona lde a tua ção da muta ção cons tituciona l. Processo infor ma l, espontâ neoinfor ma l, e spontâ neo de mudança da Constituição, verdadeiro poder de fato, alterando-se o seu sentido interpretativo e não o seu texto, que permanece intacto e com a mesma literalidade. Naturalmente, a mutação e a nova interpretação não poderão macular os princípios estruturantes da Constituição. 6. PODER CONSTITUINTE SUPRANACIONALPODER CONSTITUINTE SUPRANACIONAL Busca a sua fonte de validade na cidadania universal, no pluralismo de ordenamentos jurídicos, na vontade de integ ração e em um conceito remodelado de soberania. dzz. “ as vezes do poder constituinte porque cria uma ordem jurídica de cunho constitucional, na medida em que reorg aniza a estrutura de cada um dos Estados ou aderece ao direito comunitário de viés supranacional por excelência, com capacidade, inclusive, para submeter as diversas constituições nacionais ao seu poder supremo. Da mesma forma, e em seg undo lug ar, é supranacional, porque se disting ue do ordenamento positivo interno assim como do direito internacional” (Maurício Andreioulo Rodrig ues). 01/03/2018 - 21:46:14 quintiliano.adv@gmail.com 10 de 15 Em interessante estudo, Marcelo Neves demonstra a tendência mundial de superação do “constitucionalismo provinciano ou paroquial pelo tra nscons tituciona lismotra nscons tituciona lismo”, mais adequado para solução dos problemas de direitos fundamentais ou humanos e de org anização leg ítima de poder. Analisando a União Europeia, Souza Neto e Sarmento vislumbram caminhar para nesse sentido. 7. NOVA CONSTITUIÇÃO E ORDEM JURÍDICA ANTERIORNOVA CONSTITUIÇÃO E ORDEM JURÍDICA ANTERIOR 7.1 Recepção7.1 Recepção Nor ma s infra cons tituciona isNor ma s infra cons tituciona is a nte riore s incompa tíve is com a novaa nte riore s incompa tíve is com a nova ConstituiçãoConstituição Revog ação, por ausência de recepção. Nor ma s infra cons tituciona isNor ma s infra cons tituciona is a nte riore s compa tíve is com a novaa nte riore s compa tíve is com a nova ConstituiçãoConstituição Recepcionadas, podendo, inclusive, assumir outra roupag em. Ex: O CTN (antes LO) foi recepcionado como LC. No primeiro caso, cumpre reg istrar que inadmite-se a realização de controle de constitucionalidade via ação direta de inconstitucionalidade g enérica, por falta de previsão no art. 102, I, “a”, da CF/88, permitindo-se apenas a possibilidade de se aleg ar que a norma não foi recepcionada. Entretanto, será perfeitamente cabível a ADPF. “A ação direta de inconstitucionalidade não se revela instrumento juridicamente idôneo ao exame da leg itimidade constitucional de atos normativos do poder público que tenham sido editados em momento anterior ao da vig ência da Constituição (...). A incompatibilidade superveniente de atos do Poder Público, em face de um novo ordenamento constitucional, traduz hipótese de pura e simples revog ação dessas espécies jurídicas, posto que lhe são hierarquicamente inferiores. O exame da revog ação de leis ou atos normativos do Poder 01/03/2018 - 21:46:14 quintiliano.adv@gmail.com 11 de 15 Público constitui matéria absolutamente estranha à função jurídico-processual da ação direta de inconstitucionalidade” (ADIQO-7/DF, Rel. Min. Celso de Mello, DJ de 04.09.1992, p. 14087, Ement. V. 01674-01, p.1 – orig inal sem g rifos). Dessa forma, fica claro que o STF não a dmite a teoria da incons tituciona lida deo STF não a dmite a teoria da incons tituciona lida de supe rveniente .supe rveniente . Princípio da contempora ne ida dePrincípio da contempora ne ida de – uma lei só é constitucional perante o paradig ma de confronto em relação ao qual ela foi produzida. (Ques tão do concurso (Ques tão do concurso público da PFN 2006 e Consultor Leg is la tivo da Câ ma rapúblico da PFN 2006 e Consultor Leg is la tivo da Câ ma ra dos Deputa dos 2014)dos Deputa dos 2014) Uma le i que fe re o processo leg is la tivo previs to naUma le i que fe re o processo leg is la tivo previs to na Constituição, cuja reg ência foi edita da , ma s que , a té o a dvento da novaConstituição, cuja reg ência foi edita da , ma s que , a té o a dvento da nova Constituição, nunca foi obje to de controle de cons tituciona lida de , pode rá se rCons tituição, nunca foi obje to de controle de cons tituciona lida de , pode rá se r recebida pe la nova Cons tituição se com e la for compa tíve l? re cebida pe la nova Cons tituição se com e la for compa tíve l? De acordo com Pedro Lenza, NÃO: “Trata-se, como se verificou, do princípio da contemporaneidade, e a lei que nasceu maculada possui vício cong ênito, insanável, impossível de ser corrig ido pelo fenômeno da recepção. O vício ad orig ine nulifica a lei, tornando-a ineficaz ou írrita”. Requis itos pa ra uma Le i se r recebidaRequis itos pa ra uma Le i se r recebida Estar em vig or no momento do advento da nova Constituição; Não ter sido declarada inconstitucional durante sua vig ência no ordenamento anterior; Ter compatibilidade forma l e ma te ria lforma l e ma te ria l perante a Constituição sob cuja reg ência ela foi editada (no ordenamento anterior); Ter compatibilidade somente ma te ria lsomente ma te ria l, pouco importando a compatibilidade formal com a nova Constituição. Ca ra cte rís tica s conclus iva s sobre o fenômeno da recepçãoCa ra cte rís tica s conclus iva s sobre o fenômeno da recepção “Nova roupa g em”: “Nova roupa g em”: uma lei pode ter sido editada como ordinária e ser recebida como complementar, p. ex. Essa reg ra se aplica a qualquer ato normativo. 01/03/2018 - 21:46:14 quintiliano.adv@gmail.com 12 de 15 É possível, também, uma mudança de competência federativa para leg islar, ou seja, matéria que era de competência da União pode perfeitamente passar a ser de competência leg islativa dos Estados-Membros (ex: instituição de reg ião metropolitana que, na atual CF passou a ser de competência estadual – art. 25, §3º, da CF/88); É possível, ainda, a recepção de somente parte de uma lei; A recepção ou a revog ação acontecem no momento da promulg ação do novo texto. 7.2 Repris tina ção7.2 Repris tina ção Como reg ra g eral, tem-se a imposs ibilida de do fenômeno da repris tina çãoimposs ibilida de do fenômeno da repris tina ção , salvo se a nova ordem jurídica expressamente assim se pronunciar. 3. Descons tituciona liza çãoDescons tituciona liza ção Trata-se do fenômeno pelo qual as normas da Constituição anterior são recepcionadas com o status de lei infraconstitucional. Reg ra g e ra l, a de scons tituciona liza ção não é ve rifica da no Bra s ilReg ra g e ra l, a de scons tituciona liza ção não é ve rifica da no Bra s il. Todavia, poderá ser percebido caso nova Constituição assim expressar, uma vez que o poder constituinte orig inário é ilimitado e autônomo. 4. Recepção ma te ria l de norma s cons tituciona isRecepção ma te ria l de norma s cons tituciona is Seg undo o professor Jorg e Miranda, trata-se “de normas constitucionais anteriores que g uardam, se bem que a título secundário, a antig a qualidade de normas constitucionais”, mesmo sem estarem formalmente inseridas na nova constituição. Por exemplo: Art. 34, caput, e seu §1º, do ADCT da CF/88. 01/03/2018 - 21:46:14 quintiliano.adv@gmail.com 13 de 15 Art. 34. O sistema tributário nacional entrará em vig or a partir do primeiro dia do quinto mês seg uinte ao da promulg ação da Constituição, mantido, até então, o da Constituição de 1967 , com a redação dada pela Emenda nº 1, de 1969, e pelas posteriores. § 1º Entrarão em vig or com a promulg ação da Constituição os arts. 148, 149, 150, 154, I, 156, III, e 159, I, "c", revog adas as disposições em contrário da Constituição de 1967 e das Emendas que a modificaram, especialmente de seu art. 25, III. - Características: pra zo ce rto,prazo ce rto, e ca rá te r precá rio;ca rá te r precá rio; - Necessidade de Previsão expressa; 8. PODER CONSTITUINTE E DIREITO ADQUIRIDO. GRAUS DEPODER CONSTITUINTE E DIREITO ADQUIRIDO. GRAUS DE RETROATIVIDADE DA NORMA CONSTITUCIONAL: MÁXIMO, MÉDIORETROATIVIDADE DA NORMA CONSTITUCIONAL: MÁXIMO, MÉDIO OU MÍNIMO?OU MÍNIMO? ? re troa tivida de má xima ou re s titutóriare troa tivida de má xima ou re s titutória : a lei nova prejudica a coisa julg ada (sentença irrecorrível) ou os fatos jurídicos já consumados; ? re troa tivida de médiare troa tivida de média : a lei nova ating e os efeitos pendentes de atos jurídicos verificados antes dela; ou seja, a lei nova ating e as prestações vencidas mas ainda não adimplidas; ? re troa tivida de mínima , tempera da ou mitig a dare troa tivida de mínima , tempera da ou mitig a da : a lei nova ating e apenas os efeitos dos fatos anteriores, verificados após a data em que ela entra em vig or; trata-se de prestações futuras de neg ócios firmados antes do advento da nova lei. Como reg ra g e ra l, reg ra g e ra l, a plica -sea plica -se a Re troa tivida de mínima (tempera da ou mitig a da ). Re troa tivida de mínima (tempera da ou mitig a da ). “Pensões especiais vinculadas a salário mínimo. Aplicação imediata a elas da vedação da parte final do inciso IV do artig o 7º da Constituição de 1988. - Já se firmou a jurisprudência 01/03/2018 - 21:46:14 quintiliano.adv@gmail.com 14 de 15 desta Corte no sentido de que os dispositivos constitucionais têm vig ência imediata, alcançando os efeitos futuros de fatos passados (retroatividade mínima). Salvo disposição expressa em contrário – e a Constituição pode fazê-lo –, eles não alcançam os fatos consumados no passado nem as prestações anteriormente vencidas e não pag as (retroatividades máxima e média). Recurso extraordinário conhecido e provido.” (RE 140.499, Rel. Min. Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 9.9.1994). Entretanto, nada impede que a norma constitucional revolucionária tenha re troa tivida dere troa tivida de média ou má ximamédia ou má xima , desde que exista expresso pedido na Constituição. “EMENTA: Foro especial. Prefeito que não o tinha na época do fato que lhe é imputado como crime, estando em curso a ação penal quando da promulg ação da atual Constituição que outorg ou aos Prefeitos foro especial (art. 29, X, da Constituição Federal). A Constituição tem eficácia imediata, alcançando os efeitos futuros de fatos passados (retroatividade mínima). Para alcançar, porém, hipótese em que, no passado, não havia foro especial que só foi outorg ado quando o réu não mais era Prefeito – hipótese que config ura retroatividade média, por estar tramitando o processo penal -, seria mister que a Constituição o determinasse expressamente, o que não ocorre no caso. Por outro lado, não é de aplicar-se sequer o princípio que inspirou a Súmula 394. Recurso extraordinário não conhecido” (RE 168.618/PR, rel. Min. Moreira Alves, j. 06.09.1994, 1.ª T., DJ, 09.06.1995,p. 17260). OBS :OBS : As Constituições Estaduais, demais Leis infraconstitucionais e Emendas à Constituição estão sujeitas à observância do princípio da irre troa tivida deprincípio da irre troa tivida de da lei (retroatividade mínima - art. 5º, XXXVI – “lei” em sentido amplo), com pequenas exceções, a exemplo da lei penal mais benéfica para o réu. 01/03/2018 - 21:46:14 quintiliano.adv@gmail.com 15 de 15 PODER CONSTITUINTE
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