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Fraturas Em Vertebras

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ANTÔNIO RODRIGUES DE MELO NETO 
BRUNA MIKAELLA DE ALMEIDA NUNES 
KAIO ALVES DE ARAUJO 
VICTOR FREITAS CABRAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FRATURA EM VERTEBRAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOA VISTA 
2020 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 3 
2. DEFINIÇÃO ................................................................................................................... 4 
3. TIPOS DE FRATURA ..................................................................................................... 5 
4. BIOMECÂNICA .............................................................................................................. 6 
5. TRATAMENTOS ............................................................................................................ 7 
5.1 MEDICAMENTOSO ................................................................................................... 7 
5.2 FISIOTERAPÊUTICO ................................................................................................. 8 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................... 9 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 10 
 
 
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1. INTRODUÇÃO 
As vértebras são ossos que compõem a coluna, normalmente possuindo 33 vértebras nos 
seres humanos. Assim como outros ossos do nosso corpo a vértebra é um osso bastante 
resistente, mas por ser um ponto de equilíbrio sofre impactos diariamente e esses impactos pode 
causar graves lesões, principalmente em atletas como ginastas. 
Uma das patologias que podem acometer a coluna vertebral é a espondilolistese, que se 
caracteriza pelo deslizamento anterior de um corpo vertebral sobre a vértebra subjacente. 
(OLIVEIRA, 2013). 
Esse compêndio busca mostrar quais tipos, e seus principais meios de tratamentos 
usados atualmente no meio da medicina e da fisioterapia visando a qualidade de vida do 
paciente. 
 
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2. DEFINIÇÃO 
As vértebras como já mencionado são ossos que compõe nossa coluna vertebral e é peça 
fundamental no equilíbrio do corpo, realizando movimentos como rotação, flexão entre outros 
que fazemos diariamente. 
Como mostraremos no tópico subsequente há alguns tipos de fraturas, uma delas é por 
estresse. Esse tipo de fratura gera uma patologia chamada de espondilolistese comum em 
ginastas justamente pelo os mesmos provocarem estresse nas vertebras. 
Como o artigo “Espondilólise e espondilolistese em ginastas jovens” descreve em sua 
introdução “O risco de lesão na prática desse esporte é o dobro do de qualquer outro esporte 
feminino. A coluna vertebral responde por 17,2% do total de lesões na ginástica olímpica, 
correspondendo à segunda sede mais frequente de acidentes. A espondilólise compromete 11% 
das ginastas do sexo feminino. O local mais frequente é a quinta vértebra lombar e é 
caracterizada pela presença de dores lombares que pioram com a corrida e a queda e 
melhoram com o repouso e a flexão do tronco. ” 
Mas não só ginastas e atletas fazem parte dessas estatísticas, pessoas no grupo de risco 
como idosos de 60 anos ou mais também compõem esse quadro. No artigo realizado com 
mulheres no grupo de risco em Chapecó, a fratura de coluna vertebral, tende a ser a 
manifestação mais comum e precoce, relacionada a essa fragilidade em populações de mulheres 
com idade superior a 45 anos. Ocorre principalmente na junção da coluna torácica e lombar e 
na área média do tórax. (OLIVEIRA, 2010). 
Outro fator de risco para as fraturas é seu diagnóstico, afinal, quando, mas cedo se 
descobre, mas fácil de reverter e o tratamento se tornar mais eficiente, tanto o medicamentoso, 
quanto o fisioterapêutico que é de suma importância nesses casos. 
Esse tipo é fratura, apesar do nome fraturas, nem sempre se manifestam com dor nas 
costas ou algo do tipo, estimasse que 30% não sabem que tem fraturas vertebrais e somente 
25% das fraturas são diagnosticas. Uma explicação para tamanha insânia, dar se pelo fato de 
que a radiografia da coluna não é feita ou solicitada com frequência, o que dificulta tal 
diagnóstico precoce. 
Outra conjuntura que contribui para tal feito sobre as fraturas é a osteoporose, que 
somado ao baixo consumo de cálcio, além do tabagismo. Mas por que a osteoporose é um fator 
que geras fraturas? A reposta é simples e vem com a própria definição de osteoporose. É uma 
condição que deixa os ossos frágeis e porosos. Ou seja, com ossos fragilizados e “ocos” 
podendo dizer assim. Sendo qualquer impacto simples ou mais complexo, provocam fraturas. 
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A maioria absoluta das fraturas por osteoporose ocorre nos idosos do sexo feminino, 
principalmente após os 70 anos. Como muitas fraturas vertebrais são assintomáticas, os cálculos 
de frequência e morbidade são subestimados. Estima-se que cerca de 30% das fraturas 
osteoporóticas ocorram na coluna, sendo que entre as idades de 60 e 90 anos, a incidência 
aumenta 10 vezes nos homens e 20 vezes nas mulheres. (FIGUEIREDO, 2003). 
 
3. TIPOS DE FRATURA 
 Há classificação diversas, pois esse além de realizar diversos movimentos, sofrem os 
mais variados impactos e por isso gera variadas classificações. 
Os tipos de fratura são divididos de acordo com o mecanismo de trauma: Fratura por 
compressão: muito comum em paciente com condições que enfraquecem os ossos (osteoporose 
ou neoplasias). Neste tipo, a parte anterior da vértebra é achatada e não comprometimento da 
estabilidade. Fratura por explosão: causada por traumatismo de alta energia. A vértebra é 
esmagada por forças axiais e apresenta múltiplos fragmentos, que eventualmente podem 
comprimir as estruturas neurológicas adjacentes, motivo pelo qual apresenta potencialmente 
instabilidade. Fratura por flexão-distração: causada por traumatismos de alta energia, quando 
a corpo é projetado bruscamente para frente, lesionando os ligamentos da coluna, além da parte 
óssea. Normalmente, são lesões instáveis. Fratura-luxação: são as lesões mais graves e mais 
instáveis, com grande potencial de lesão neurológica, na qual a coluna sofre um 
"deslocamento". 
 A classificação proposta pelo grupo AO supracitada tem recebido crescente aceitação, 
pois, ela não só classifica de forma geral como também em subgrupos o que facilita em criar 
um plano sendo no momento uma das mais empregadas, pois auxilia no entendimento da 
fisiopatologia da lesão e no seu planejamento terapêutico. Esta classificação não é recente, 
tendo sido desenvolvida por Magerl. (DELFINO, 2002). 
As fraturas podem ser classificadas na Escala de Magerl: Tipo A: atuação de forças 
compressivas resultando em fraturas com redução da altura do corpo vertebral; Tipo B: forças 
de distração presentes causando rupturas transversas; Tipo C: atuação de torque axial 
ocasionando lesões rotacionais. 
 
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4. BIOMECÂNICA 
A função primária da coluna vertebral é dotar o corpo de rigidez longitudinal, 
permitindo movimento entre suas partes. Além de constituir uma base firme para sustentação 
de estruturas anatômicas contíguas, como costelas e músculos abdominais, permitindo a 
manutenção de cavidades corporais com forma e tamanho relativamente constantes. 
(NATOUR, 2004). 
Como descrito no artigo “A biomecânica da fratura e o processo de cicatrização” 
(MOREIRA, 2013) e transcrevido para esse compêndio, a coluna é um osso dinâmico, que 
apresenta movimentação constante com entrada e saída de minerais. Diariamente, pode entrar 
ou sair do osso em uma pessoa adulta até cerca de meio grama de cálcio, e por semana o corpo 
humano recicla cerca de 5 a 7% de sua massa óssea. O osso tem em sua composição uma matriz 
de sais inorgânicos e colágeno, que é encontrado em todo o tecido conjuntivo. 
O estresse causa deformaçãouma mudança de direção, que acontece dentro da estrutura 
óssea, em resposta às cargas aplicadas no sentido de fora para dentro do osso. Basicamente a 
deformação pode ser linear, causando mudança no comprimento da espécie, e a deformação 
tangencial, que leva a mudanças nas relações angulares dentro da estrutura óssea. 
 Existe uma crescente prevalência das fraturas do dente do áxis na coluna, que acontece 
devido a traumas de alta intensidade que demonstram muita dificuldade no período de 
tratamento. 
Um fator que tem contribuído enormemente para esse tipo de fratura são os 
acidentes com veículos. Estes traumatismos de alto impacto estão relacionados com o paciente 
politraumatizado, e os traumas de cervical alta. Outros mecanismos de trauma estão 
relacionados com essas fraturas, como: ferimentos por projétil de arma de fogo, quedas de lugar 
alto, quedas da própria altura em pacientes idosos e traumas esportivos. 
A maneira como ocorre, como o osso absorve e distribui esse impacto, ou seja, sua 
biomecânica, varia de acordo com seu tipo de trauma como já mencionado aqui. Por exemplo 
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nas fraturas do tipo compressão, há colapso do corpo de um osso das costas, geralmente devido 
a pressão excessiva. Essas fraturas ocorrem geralmente no meio ou na parte inferior das costas. 
Elas são mais comuns entre pessoas idosas, normalmente aquelas com osteoporose, a qual 
enfraquece os ossos. Às vezes, essas fraturas ocorrem em pessoas que têm câncer que se 
disseminou para a espinha enfraquecendo-a (chamado fraturas patológicas). Quando um osso 
estiver enfraquecido, as fraturas de compressão podem surgir de força muito pequena, como 
eventualmente acontece quando pessoas erguem um objeto, se inclinam para frente, saem da 
cama ou tropeçam. Por vezes, a pessoa não se lembra de qualquer evento que possa ter causado 
a fratura. (CAMPAGNE, 2017). 
 
5. TRATAMENTOS 
5.1 MÉDICO 
O tratamento médico se mostra mais conservador comparado a fisioterapia. Alguns 
desses tratamentos inclui: dias de repouso, analgésicos e, muitas vezes, o uso de órteses. Esses 
reduzem em caso de dor, mas não reparam o osso quebrado. 
Em caso mais graves se faz o uso cirúrgico, principalmente quando a medula é afetada, 
sendo utilizado um suporte de metal semelhante a parafusos, que alinha a coluna e suporta o 
peso do corpo. Mas dentro das opções cirúrgicas podemos citar duas opções a primeira é a 
cifoplastia com balão que é quando um paciente sofre uma fratura, os objetivos do tratamento 
são consertar esta fratura e recolocar o osso em sua posição anatômica correta. 
Além de ser um procedimento pouco invasivo, pode reparar vértebras fraturas na coluna 
vertebral, bem como reduzir sintomas dolorosos. O procedimento recebe este nome em virtude 
dos balões ortopédicos usados para levantar o osso quebrado de forma a recolocá-lo na posição 
anatômica correta. 
E a cirurgia de fusão espinhal que tem sido utilizado para tratar doenças degenerativas 
da coluna vertebral. Usando enxertos ósseos e instrumentação, como placas metálicas e 
parafusos, este procedimento funde ou cria uma ligação entre duas ou mais vértebras adjacentes. 
O objetivo é estabilizar a coluna vertebral e proporcionar o alívio da dor. 
Citamos aqui também que a osteoporose tem um fator influenciável nas fraturas por 
isso, a vertebroplastia feito em casos de fratura, e que consiste na injeção de cimento ósseo na 
vértebra para aliviar as dores da fratura, estabilizando e prevendo novas fraturas. 
 
 
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5.2 FISIOTERAPÊUTICO 
 Os artigos mostram que temos cada vez temos tratamentos de bons resultados, apesar 
de que o tratamento depende de um pré diagnostico e como foi explanado aqui, boa parte das 
pessoas que tem algum traumatismo na coluna não sentem nenhum sintoma ou algo do tipo, 
descobrindo assim na fase idosa, quando se agrava, ou por acaso de um exame radiográfico da 
coluna. 
 Um método usado nesse tipo de fratura é o pilates. De acordo com o estudo realizado 
em pacientes com espondilolistese em L4-L5, o resultado se mostrou eficiente. Em todos os 
testes realizados ocorreram melhoras. Para o enrolamento repetitivo do tronco, os valores foram 
de 28 repetições na avaliação pré-intervenção e 39 na pós-intervenção. No teste estático de 
resistência das costas de Sorenson, os valores passaram de 17 segundos na avaliação inicial 
para 65 na avaliação final. Para o teste de sentar e alcançar, inicialmente o paciente atingiu -5 
cm e na reavaliação 2 cm. Na avaliação da dor (EVA) o voluntário passou do nível 7 para o 
nível 3. 
Outro tratamento é usar um aparelho de magnetoterapia, chamado de Magnetron, que 
estimula a formação de osso, facilitando a consolidação da fratura. 
Outro artigo também mostra que a terapia manual tem visíveis resultados, concluindo 
nesse artigo que o tratamento fisioterapêutico melhorando suas condições musculares e 
articulares, proporcionando funcionalidade. Houve uma melhora quanto à mobilidade, 
a flexibilidade e também quanto à força muscular. Não obteve se melhora completa da 
mobilidade da coluna lombar ainda, portanto a referida paciente deverá continuar em 
tratamento. É importante que haja um programa de reabilitação física adequado, visando o 
paciente como um todo e trabalhando em seus diferentes aspectos, para assim evitar o 
aparecimento de complicações decorrentes da imobilidade e do quadro álgico. 
A fisioterapia ortopédica e a fisioterapia geriátrica são fundamentais para ajudar 
no equilíbrio, melhorar a postura e a mobilidade, diminuir o risco de queda e reduzir a dor. 
Além disso, a hidroterapia, que é um tipo mais leve de fisioterapia dentro de água, pode ser 
uma excelente forma para acelerar o processo de recuperação porque permite trabalhar e 
fortalecer os músculos da coluna sem causar dor. 
 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 No decorrer deste trabalho vimos diversas classificações, e os meios de tratamentos que 
são usados para esse tipo de trauma, que também vem tendo um crescente, já que não são 
previamente identificados. 
 O objetivo final desse compêndio foi fazer um apanhado geral de artigos e matérias 
relacionadas, afim de expor de forma resumida e de fácil leitura. Esse apanhado não inclui todas 
as classificações e/ou tratamento no meio medico ou fisioterapêutico, pois há diversas formas 
para tanto. Citamos apenas as mais usadas e até então eficazes. Talvez em uma atualização 
futura as classificações tenham sido mudadas ou os meios de tratamento como o fisioterapêutico 
tenha também mudado ou tenham sido criados novo(s) método(s) ainda mais eficaz(es). 
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REFERÊNCIAS 
 
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compressão: relato de caso. REVISTA UNINGÁ, 2009. Disponivel em: 
<http://revista.uninga.br/index.php/uninga/article/view/852/512>. Acesso em: 31 Março 2020. 
CAMPAGNE, D. Fraturas de compressão da coluna. Manual MSD, 2017. Disponivel em: 
<https://www.msdmanuals.com/pt/casa/les%C3%B5es-e-envenenamentos/fraturas/fraturas-
de-compress%C3%A3o-da-coluna>. Acesso em: 31 Março 2020. 
CENTRAL DA FISIOTERAPIA. FISIOTERAPIA - TRATAMENTO FRATURA NA 
COLUNA VERTEBRAL. Central da Fisioterapia. Disponivel em: 
<https://www.centraldafisioterapia.com.br/especialidades/fisioterapia-ortopedica/osteoporose-
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DELFINO, H. L. A. Classificação das fraturas da coluna torácica e lombar. Revista Coluna, 
2002. Disponivel em: 
<http://www.plataformainterativa2.com/coluna/html/revistacoluna/volume1/classificacao_frat
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DR. PEDRO COUTINHO. FRATURAS NA COLUNA VERTEBRAL. Dr. Pedro 
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Acesso em: 30 Março 2020. 
FIGUEIREDO, N. Vertebroplastia percutânea: opção de tratamento para a fratura vertebral 
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<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-282X2003000400019&script=sci_arttext>. 
Acesso em: 26 Março 2020. 
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MOREIRA, B. D. S. A BIOMECÂNICA DA FRATURA E O PROCESSO DE 
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NATOUR, J. Coluna vertebral conhecimentos básicos. 2. ed. São Paulo: etcetera editora, 
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OLIVEIRA, L. C. D. O método Pilates no tratamento de espondilolistese traumática em L4-
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<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-51502013000300016&script=sci_arttext>. 
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Acesso em: 26 Março 2020. 
11 
 
SANTOS, B. B. D. Fratura na vértebra: saiba mais sobre essa lesão na coluna. Ativo Saúde, 
2018. Disponivel em: <https://www.ativosaude.com/saude/fratura-na-vertebra/>. Acesso em: 
30 Março 2020.

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