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fichamento A INVENÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
Déborah L. R. L. Antunes
FICHAMENTO DO TEXTO “A INVENÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS” 
 LYNN HUNT 
Rio de Janeiro
2015.2
	A autora se debruça nas práticas de tortura nos séculos XVI, XVII e XVIII. Utilizando o exemplo do caso Calas e da sua grande repercussão, gerada principalmente pelos protestos manifestando uma profunda indignação, de alguns pensadores iluministas como Voltaire e Rousseau. No primeiro momento, Voltaire não criticava diretamente a tortura, mas o fato de ela ser aceita e visto como um “ritual da verdade”, legitimizado pela religião e juízes, o que para ele, não era sinônimo de civilização (p. 73)
	“ O caso Calas galvanizou a atenção quando foi adotado por Voltaire alguns meses depois da sua execução. Voltaire arrecadou dinheiro para a família, escreveu cartas em nome de vários membros da família Calas com o intuito de apresentar suas visões originais dos fatos e depois publicou um panfleto e um livro baseado no caso. O mais famoso desses foi o seu Tratado sobre a tolerância e morte de Jean Calas, no qual ele usou pela primeira vez a expressão “direito humano”; o ponto principal de seu argumento era que a intolerância não podia ser um direito humano (ele não propunha o argumento positivo de que a liberdade de religião era um direito humano). Voltaire não protestou inicialmente nem contra a tortura, nem contra o suplício da roda. O que o enfureceu foi o fanatismo religioso que ele concluiu ter motivado a policia e os juízes...”
		Ao longo do texto, a autora trata de varias formas de tortura, afirmando que não é um fenômeno unicamente francês. E apresenta a “confissão por culpa”, que em 1780 a monarquia francesa para de utilizar – e depois passa a utilizar a guilhotina. A autora deixa claro que, nesse momento, as torturas públicas também faziam parte do entretenimento popular. (p. 75)
	“Assim como aconteceu com os direitos humandos de modo mais geral, as novas atitudes sobre a tortura e sobre uma punição mais humana se cristalizaram primeiro na década de 1760, não apenas na França, mas em outros países europeus e nas colônias americanas. Frederico, o Grande, da Prússia, amigo de Voltaire, já tinha abolido a tortura judicial nas suas terras em 1754. Outros imitaram seu exemplo...”
	Contudo, a autora apresenta mudanças na forma de punição, chegando à abolição, tanto na Europa, quanto nas colônias americanas. Que ela atribui a uma mudança no pensamento coletivo, influenciado pelas várias leituras e campanhas, que levaram a um inconformismo e possível sentimento de compaixão pelo próximo e por influência também do Iluminismo. (p.80)
	“Mas a década de 1760 em diante, campanhas de vários tipos levaram à abolição da tortura sancionada pelo estado e a crescente moderação nos castigos (até para escravos). Os reformadores atribuíam suas realizações à difusão do humanitarismo do Iluminismo...”
	Porém, a elite letrada, não faz uma ligação direta e imediata entre esse sentimento de compaixão e de tentativa de entender o outro, a tortura e o incipiente pensamento de diretos humanos. (p.81)
	“ Entretanto, como mostra o exemplo de Voltaire, a elite educada não compreendeu imediatamente a conexão entre a linguagem nascente dos direitos humanos e a tortura e o castigo cruel...”
	Para a autora, essa nova forma de ver o outro, estava relacionada diretamente com a nova forma de visão de si próprio. A população começou a ficar mais introspectiva e atenta aos seus próprios gostos, costumes e hábitos. Se limitando cada vez mais com medo do julgo do outro e de si mesmo. A autocrítica gerada por essa maior atenção particular, refletia no sentimento de dor e humilhação do sujeito punido. Essa mudança no comportamento e mentalidade da sociedade, foi exemplificada no texto pela abordagem das pinturas, que começaram a ser cada vez mais retratos que refletisse a individualidade da pessoa. (p. 82 – 83)
	“... era um novo interesse pelo corpo humano. Antes sagrado apenas dentro de uma ordem religiosamente definida, em que os corpos individuais podiam ser mutilados ou torturados para o bem comum, o corpo se tornou algo sagrado...”
	“O fundamento de toda a autoridade estava se deslocando de uma estrutura religiosa transcendental para uma estrutura humana interior...”

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