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Abolição da tortura judicial no século XVIII

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Abolição da tortura judicial no século XVIII (A invenção dos direitos humanos, de Lynn Hunt)
De acordo com o livro A invenção dos direitos humanos Autora Lynn Hunt nós diz que em 1762 o filósofo iluminista usou pela primeira vez o termo “Direitos Humanos”, essa noção que o indivíduo possui determinados direitos comuns a todos algo que vai ser expresso pelos pensadores iluministas e a própria noção de direito ao homem o que chamaremos modernamente de direitos do ser humano. De direito humanos é algo que vai aparecer na segunda metade do século XVIII, isso em 1762. Que Rousseau publica um texto onde usa essa expressão “Direito dos homens”, nesse mesmo ano em 1762 um protestante francês Jean calas foi condenado por matar o filho para evitar que ele se converter para o catolicismo no mesmo ano que o Rousseau fala em direito do homem que o indivíduo e portador de determinado direito, levando a fazer a discussão sobre esta noção de direitos humanos a partir do destino que o Jean Calas teve.
Como relata que Jean Calas era um protestante foi acusado de matar o próprio filho para que ele não se convertesse ao catolicismo na França no século XVIII era a única religião permitida publicamente que era o catolicismo, Pois o culto protestante era proibido. 
E a partir que Calas foi denunciado e acusado por matar o próprio filho foi preso, e a partir daí esteve sua vida na mão do Estado francês, o que aconteceu havia uma acusação e para fazer a investigação e descobrir se acusação era procedia ou não o Jean Calas foi submetido há uma série de torturas ao final do julgamento sendo condenado à morte, mas até chegar nesse objetivo final as vivencia por Calas a todo esse processo de tortura foi condenado à morte pelo Súplice da rota, antes da morte ele foi torturado para nomear os cúmplices do crime. Uma das formas de tortura foi com o punho no apertados e uma barra atrás dele, como também foi este esticado por sistemas de manivela com peso de ferro atados aos pés.
Então ele é amarrado aos punhos para cima e é colocado um peso amarrado aos pés dele, sendo erguido de uma forma para provocar dor. Ao se recusar a entregar os nomes dos supostos cúmplices Jean calas foi submetido à tortura, dizendo que não tinha cúmplices ele é submetido a uma nova tortura que é chamada a tortura da água sendo atado a um banco e jarros de água foram despejados a força em sua garganta enquanto a boca ficava aberta mantida por dois pauzinhos.
Então Jean Carlos foi submetido ao suplício da ordem o que é a sentença final atado em uma cruz em forma de x Jean Calas teve os ossos dos antebraços as pernas coxas e braços todos quebrados, um assistente deslocou as vértebras do pescoço com uma corda Calas morreu sem admitir o crime. Ele falou que não havia matado o filho e não tinha cúmplice naquele crime por que na verdade não havia ocorrido um crime, então ele é submetido uma série de torturas para assumir a responsabilidade por um crime que ele afirmou que não tinha cometido.
 Na França o culto calvinista era proibido desde 1685, o que facilitou o trabalho das autoridades em acusar Cala, foi crime por motivos religiosos por que Jean Calas era uma figura que ele era devoto de uma crença religiosa que não era a socialmente aceita na França, pois o estado não conhecia os direitos plenos da crença protestante. Calas já está em uma condição bastante delicada onde ele é acusado de ter cometido um crime por motivos religiosos ser calvinista na verdade era algo que de ponha contra ele. Segundo informe o filho de Calas se suicidou que se descobriu. Como a lei francesa punia o suicídio como desonra a família disse que o filho tinha sido assassinado e o pai Jean Calas foi colocado como principal suspeito do assassinato.
O filósofo Voltaire denunciou a causa de Calas como fruto do fanatismo religioso dos policiais e dos juízes tolerância ao credo religioso calvinista, Voltaire falou que aconteceu ao calas tinha sido decorrência da intolerância por parte das autoridades em relação à crença da vítima que tinha sido acusado. Em 1762 e 1763 mostra-se que Voltaire não protestou contra a tortura, a tortura judicial só foi denunciada em 1766 pelo Voltaire com base no argumento compaixão pelo outro.
No decorrer da década de 60, no século XVIII Rousseau fala pela primeira vez na noção de direitos ao homem em 66 o Voltaire denuncia a tortura como um crime em nome da compaixão pelo outro nesse momento se começa a desenvolver uma discussão em torno de quais são os direitos dos homens, os quais são os direitos dos indivíduos e o que o estado pode e não pode fazer, e aqui nos leva a pensar em relação da tortura judicial, ou seja, o estado enquanto instituição promovendo esse tipo de ato sobre os indivíduos que estão sobre sua tutela e vivem nos territórios que fazem parte da administração do Estado o que é a questão da tortura judicial.
Na tortura judicial Calas foi mais um exemplo a passar por esse processo a tortura judicial supervisionada apareceu ou reapareceu em alguns casos na maior parte dos países europeus no século XIII a tortura voltou à cena como conseguir do reflorescimento da lei Romana e do exemplo oriundo da inquisição católica para condenar hereges e infiéis então a tortura judicial ela apresenta um processo de Suplicy em relação ao indivíduo cometido pelas forças judiciais que fazem parte do Estado no caso de Jean Calas é um caso da segunda metade do século XVIII que faz parte de uma longa história que vem desde o final da idade média então ator prejudicial usada contra o Jean calas foi um caso à parte uma excepcionalidade era a regra do sistema judiciário e a regra do funcionamento do Estado como forma de combater com o que eles consideravam crime então ela reaparece na idade média em parte do reflorescimento da lei Romana da antiguidade que previa o jogo da tortura e também pelo surgimento da inquisição católica como forma de combater os infiéis e os hereges que tem uma criança diferente o cristianismo e o Eredes tinham uma leitura sobre o cristianismo diferente da ortodoxia católica então eles eram condenados pela igreja que havia um órgão específico para isso o que era o tribunal da Santa inquisição para que as pessoas que eram acusadas de serem infiéis.
Herege sofresse uma punição elas deveriam admitir a sua culpa à inquisição utilizava fundamentalmente da tortura então a pessoa já era condenada a princípio e passava por um processo qual ela tinha que admitir ou reconhecer a sua culpa sem nenhuma escapatória. Como diz o envolvimento do estado moderno à inquisição também passou a ser um instrumento do Estado o instrumento utilizado pelo estado que não apenas um instrumento utilizado pela igreja católica esses dois elementos ajudava a sedimentar a prática da teoria judicial.
Na Inglaterra em 1689, o que é um conjunto de leis criado dentro da esteira um processo revolucionário inglês, nessa lei de 1689 proibiu o castigo cruel, mas os juízes continuaram a condenar criminosos com açoites afogamento esquartejamentos e fogueira na França a maior parte das sentenças até fins do século XVIII e inclui a alguma forma de castigo corporal público como marcação de ferro uso de açoites então existiam duas modalidades de tortura, e a modalidade da tortura privada então o indivíduo estar dentro de um espaço e instituição do estado e lá sendo torturado por agentes de polícia sobre os olhos de juízes também havia tortura no espaço público para que as pessoas pudessem assistir.
 Os magistrados defendiam os judiciais da tortura, pois acreditava que os culpados de crime só podiam ter suas paixões controladas pelo uso de uma força externa usavam a tortura como um jurídico de acordo com os magistrados, o criminoso só iria confessar a culpa se fosse submetido a uma força e essa força é aplicada no corpo daqueles que estava sendo acusado, e a tortura é um método que consideravam mais eficaz a dor faz com que o indivíduo perca a sua resistência e admitia os seus próprios crimes.
E tinha um caráter pedagógico o que é a idéia de depois de passar por um processo de tortura anível privado dentro do espaço da instituição, esse indivíduo é levado para a praça e a tortura tem o seu momento final aos olhos de um público. E isso de acordo com as forças do Estado devia ter um caráter pedagógico. Então a tortura no espaço público como, por exemplo, a condenação do indivíduo à morte por meio da fogueira queimando vivos em praça pública. E as pessoas eram excitadas pelo o Estado a irem assistir aquela cena, e isso tinha um caráter pedagógico para as pessoas saberem o que não deveria fazer e o que não deveria, e o que elas fizessem algo errado o que era considerado errado pelo estado elas iriam passar pelo mesmo destino, e ao mesmo tempo aquela cena da tortura pública mostra para as pessoas que assistem o poder que o Estado tinha sobre elas.
As execuções públicas reuniam mais de centenas ou milhares de pessoas com o intuito de celebrar a recuperação da comunidade do dano provocado por um crime durante muito tempo essas cenas tinham respaldo social para a população geral. Porém não condenavam que o ato de um indivíduo ser morto por meio da tortura, a idéia é que se o indivíduo estava sendo morto por meio da tortura, era porque ele havia cometido algum delito e estava sendo penalizado por isso. O Estado estaria agindo de forma correta e a partir da década de 1760 e estendendo até o fim da década de 1780 ganharam as campanhas, abolições das torturas selecionadas do Estado digam que na parte de Jean Calas, ajudaria a impulsionar todo aquele contexto filosófico iluminista. O desenvolvimento de uma campanha civil para abolição da tortura promovida pelo Estado chamado tortura judicial.
Nos anos de 1760 em números advogados publicaram pensões denunciando a injustiça da condenação de calas, ainda que sem questionar o uso da tortura. No início dessas campanhas não questiona diretamente abertura, mas sim as injustiças do Estado, ou seja, o estado é uma constituição que era mais na seqüência o fato do Estado era colocar em cheque o próprio uso da tortura. Uma antiga tradição européia afirmava que o caráter da pessoa, um dia ser desvendado por meio de marcas ou sinais no corpo a tortura ajudaria nesse processo, mas no caso de Calas teria demonstrado que sua inocência foi assegurada apesar de toda dor e sofrimento por meio da tortura, ou seja, o caso de calas mostrou que essa antiga tradição era incorreta a dor infligida no corpo do indivíduo, as marcas que o corpo expressa ao seu submetido à tortura não poderiam ser usadas que o indicativo era culpado no caso de Calas. 
Na década de 1770 e 80 a campanha pela abolição da tortura ganhou um impulso quando a sociedade, erudita ofereceu prêmios, por ensaio pela reforma penal, e com o passar dos anos o fortalecimento dessa campanha civil pela abolição da tortura. Acrescente critica, com a tortura desde o século XVIII esteve tão bem relacionado ao aumento na preocupação na valorização com o corpo humano na ordem medieval os corpos das pessoas podiam ser mutilados em nome da salvação da alma. Dentro da sociedade medieval européia e dentro da visão predominante na sociedade medieval européia a relação corpo e alma era uma relação hierárquica. O que era mais importante é o superior a alma. Porém alma é superior ao corpo e para salvar a alma do indivíduo ou corpo podem ser submetidas as mais graves conseqüências como, por exemplo, ser torturado então que o corpo sofreria por meio da tortura que fosse utilizado seja açoitado ou esquartejado e etc.
A idéia que o castigo público poderia ter um caráter pedagógico, também perdeu forcas ao decorrer da segunda metade do século XVIII o espectador na verdade seria brutalizado com a dor alheia que foi denunciado, por essa campanha pelo fim da tortura, na verdade não existia um caráter pedagógico e sim uma naturalização da tortura e violência, fazendo com que o publico não visse aquilo como algo que ensine uma lição e sim como algo natural, passando a ser questionada, a idéia que passa a ser definida a partir de então para aqueles indivíduos que cometeriam crimes não seriam mais punidos por meio da tortura e da morte, mais deveriam passar por um processo reeducação para ser novamente inseridos na sociedade.
Att.. APONUCENA, LIMA. 
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28/05/2020

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