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Infraestruturas de vias Terrestres Aula 2- Estudo de Tráfego Rodoviário -CIV 256- Prof. Ms. Marina Bedeschi Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas – DECIV Engenharia de Tráfego É a ciência que estabelece as metodologias para se determinar as quantidades de veículos em uma determinada via de circulação (estradas, ruas), bem como o estudo das leis básicas relativas ao fluxo de tráfego e sua origem, da aplicação destes parâmetros no planejamento, projeto e operação dos sistemas de tráfego. Estudo de Tráfego Finalidades: • Número de veículos/unidade de tempo; • Projeção futura de número de veículos/tempo; • Planejar as vias de forma a garantir a conservação e a segurança da mesma. Estudo de Tráfego Características do tráfego: • Volume de tráfego; • Velocidade; • Densidade; são três características fundamentais dos aspectos dinâmicos do tráfego. Estudo de Tráfego Volume de tráfego Define-se Volume de Tráfego (ou Fluxo de Tráfego) como o número de veículos que passam por uma seção de uma via, ou de uma determinada faixa, durante uma unidade de tempo. Estudo de Tráfego Volume de tráfego Unidades habituais de volume de tráfego são: • Veículos/dia; • Veículos/hora; Estudo de Tráfego Volume de tráfego VMD (volume médio diário) É a média dos volumes de veículos que circulam durante 24 horas em um trecho de via é dada a designação de “Volume Médio Diário” (VMD). Esse volume, que melhor representa a utilização ou serviço prestado pela via, é usado para indicar a necessidade de novas vias ou melhorias das existentes, estimar benefícios esperados de uma obra viária, determinar as prioridades de investimentos, calcular taxas de acidentes, prever as receitas dos postos de pedágio, etc. Estudo de Tráfego Volume de tráfego São de uso corrente os seguintes conceitos de volume médio diário: • Volume Médio Diário Anual (VMDa): número total de veículos trafegando em um ano dividido por 365. • Volume Médio Diário Mensal (VMDm): número total de veículos trafegando em um mês dividido pelo número de dias do mês. É sempre acompanhado pelo nome do mês a que se refere. • Volume Médio Diário Semanal (VMDs): número total de veículos trafegando em uma semana dividido por 7. É sempre acompanhado pelo nome do mês a que se refere. É utilizado como uma amostra do VMDm. • Volume Médio Diário em um Dia de Semana (VMDd): número total de veículos trafegando em um dia de semana. Deve ser sempre acompanhado pela indicação do dia de semana e do mês correspondente. Pesquisa de Tráfego Os procedimentos normalmente utilizados na engenharia de tráfego para levantamentos de dados de campo são as pesquisas, que podem ser feitas mediante entrevistas ou por observação direta. Nas entrevistas, o processo consiste em obter a informação formulando perguntas orais ou escritas ao usuário, classificando suas respostas de acordo com certos padrões estabelecidos. Na observação direta, trata-se de registrar os fenômenos de trânsito tal como são, sem perturbá-los. Pesquisa de Tráfego As pesquisas de tráfego podem ser divididas em: • Contagens Volumétricas (pesquisa em campo de forma manual ou mecânica) • Pesquisas de Origem e Destino. Contagem Volumétrica Contagens Volumétricas: Tem por objetivo identificar a quantidade de veículos que circulam em um determinado segmento de uma das vias, em uma determinada unidade de tempo, em um único sentido de deslocamento (ou em ambos), diferenciando cada tipo de veículo. Contagem Volumétrica Essas informações serão usadas na análise de capacidade, na avaliação das causas de congestionamento e de elevados índices de acidentes, no dimensionamento do pavimento, nos projetos de canalização do tráfego e outras melhorias. Contagem Volumétrica Locais básicos para realização das contagens: • nos trechos entre interseções identificar os fluxos de uma determinada via • interseções levantar fluxos das vias que se interceptam e dos seus ramos de ligação. Contagem Volumétrica Métodos de contagem: • Contagem Manual • Contagem Mecânica: São contagens feitas através de contadores automáticos de diversos tipos, em que os veículos são detectados através de tubos pneumáticos ou dispositivos magnéticos, sonoros, radar, células fotoelétricas, etc C o n ta g em V o lu m ét ri ca - M an u al Contagem Volumétrica • Contagem de 16 Horas: Efetuadas normalmente das 6 às 22 horas. Esse período contém a maioria do fluxo diário. • Contagem de 12 Horas: Normalmente das 7 às 19 horas. Em geral são realizadas nas áreas comerciais ou industriais onde neste período tem-se a maioria de todo o tráfego diário. • Contagem das Horas de Pico: Em geral são feitas nos períodos das 7 às 9 horas e das 16 às 18 horas. Contagem Volumétrica • Contagem de Fim de Semana: Normalmente cobrem o período das 18 horas de sexta-feira às 6 horas de segunda-feira. • Contagem de 24 Horas: Contagens que se iniciam à zero hora e termina às 24 horas. Contagem Volumétrica Variação semanal por tipo de rodovia Contagem Volumétrica Variação mensal Estudo de Tráfego Pesquisas de Origem e Destino: O objetivo básico identificar as origens e destinos das viagens realizadas pelos diferentes tipos de veículos em um determinado sistema de vias. Possibilitam, ainda, conforme a amplitude do estudo que se tem em vista, a obtenção de informações de diversas outras características dessas viagens, tais como: tipo, valor e peso da carga transportada, números de passageiros, motivos das viagens, horários, frequência, quilometragens percorridas por ano, etc. Pesquisas de origem e destino Essas informações são utilizadas no estudo do comportamento atual e futuro do tráfego, e permitem: • Identificar desvios de tráfego provenientes de alterações do sistema viário; • Determinar as cargas dos veículos transportadas nas rodovias; • Estimar taxas de crescimento; • Determinar custos operacionais, custos de manutenção e outras variáveis relativas à viabilidade de eventuais obras no sistema viário. Pesquisas de origem e destino Métodos: • Método de entrevistas em casa; • Método de entrevistas na via; • Método de identificação de placas consiste na anotação do número da placa dos veículos que se encontram estacionados em determinados locais. Esses locais são considerados como pontos de destino, enquanto os locais onde os veículos são guardados de forma permanente (dado que se pode obter das listas de registro) são considerados como pontos de origem. • Método de tarjetas postais o usuário recebe e preenche o questionário e devolve por correio Pesquisas de origem e destino Pesquisas de origem e destino em SP O Metrô de São Paulo continua a realizar as entrevistas nos domicílios que foram sorteados para participar da Pesquisa Origem Destino (POD). Feita por amostragem, a pesquisa vem sendo realizada desde junho de 2017 em todos os 96 distritos da capital e em Guarulhos e demais 37 municípios da Grande São Paulo. Considerada a mais completa pesquisa de mobilidade urbana do país, por entrevistar 150 mil pessoas em 32 mil domicílios, a POD apura todas as formas de deslocamentos motorizados (transporte coletivo e individual) e não motorizados (viagens a pé e de bicicleta) realizados na Grande São Paulo e em suas áreas de acesso. Por meio desta pesquisa é possível saber com precisão para onde as pessoas estão se deslocando, além de descobrir seus motivos e como elas fazem os trajetos. Os dados coletados pela POD permitem a adoção de políticas públicas para o planejamento urbano e da mobilidade. Capacidade e Nível de Serviço Estudos de capacidade e de níveis de serviço são realizados, visando a definição das características do projeto geométrico e objetivando uma análise de capacidade de rodovias Capacidade de Serviço A capacidade é definida como sendo o máximo número de veículos por unidade de tempo com condições razoáveis de trafegar por um determinado trecho de uma rodovia,sob as condições existentes de tráfego e da rodovia, sendo expressa pelo volume de tráfego horário máximo que a estrada comporta. Nível de Serviço É uma medida qualitativa de influência de diversos fatores sobre a qualidade da via e conforto do usuário, entre eles: • Velocidade; • Tempo de percurso; • Frequência das interrupções de tráfego; • Liberdade de manobras; • Segurança, comodidade em dirigir; • Custos de operação. Nível de Serviço A cada nível de serviço corresponde um volume de tráfego de serviço que é o número máximo de veículos que podem trafegar em um determinado trecho da rodovia. Foram estabelecidos seis níveis de serviço para aplicação nas condições existentes ou prevalecentes. Esses níveis variam da melhor condição de operação até o outro extremo o nível F corresponde à condição de congestionamento completo. N ív el d e S er v iç o Nível de Serviço Condições Operacionais A Fluxo Livre Não há restrições devido à presença de outros veículos. Conforto e conveniência: ótimo B Fluxo razoavelmente livre Os motoristas possuem razoável liberdade de escolha da velocidade e ainda têm condições de ultrapassagem. Conforto e conveniência: bom C Fluxo Estável Maior acréscimos de fluxo, resultando em mais frequentes e extensas filas de veículos e dificuldades de ultrapassagem. A velocidade média ainda excede 70 km/h, embora a demanda de ultrapassagem exceda a capacidade da operação. Conforto e conveniência: regular. D Fluxo aproximadamente instável A demanda de ultrapassagem é elevada, mas a sua capacidade de manobra se aproxima de zero. Conforto e conveniência: ruim E Fluxo instável Concentração extremamente alta. Nenhuma liberdade a escolha da velocidade e as manobras para mudanças de faixas somente são possíveis se forçadas. Conforto e conveniência: péssima F Fluxo forçado Velocidade e fluxo podem chegar a 0, longas e frequentes paradas, manobras só são possíveis se forçadas e contando com a colaboração do outro motorista. Conforto e conveniência: inaceitável Níveis de Serviço Velocidade de tráfego A velocidade é um importante elemento condicionante dos projetos viários, pois com a evolução tecnológica da indústria automobilística e os veículos cada vez mais rápidos e seguros, torna-se necessária a devida adequação dos projetos viários. Assim, podemos definir as seguintes velocidades: Velocidade de tráfego • Velocidade diretriz • Velocidade de operação • Velocidade de percurso [média e efetiva] • Velocidade instantânea • Velocidade média espacial • Velocidade média temporal Velocidade de tráfego A velocidade diretriz é a maior velocidade que pode se percorrer a rodovia com segurança levando em conta as características da via tais como: raio de curvatura, superelevação, superlargura e distância de visibilidade, das quais depende a operação segura e confortável dos veículos, sem levar em conta o tráfego. Velocidade de tráfego A velocidade de operação sofre influência da variação da quantidade de tráfego na estrada, portanto, o próprio tráfego é limitador da velocidade. A determinação ou medição desta velocidade é feita no campo, por amostragem e estatisticamente estudada, com base no acompanhamento do tráfego, fazendo a média das maiores velocidades alcançadas, respeitando a máx. permitida. V el o ci d ad es d e tr áf eg o V el o ci d ad es d e tr áf eg o V el o ci d ad es d e tr áf eg o Densidade Defini se como o número de veículos por unidade de comprimento da via. A densidade é um parâmetro crítico dos fluxos contínuos, porque caracteriza a proximidade dos veículos, refletindo o grau de liberdade de manobra do tráfego. Transporte Rodoviário O sistema rodoviário será dividido em: • Via • Veículos Vias rodoviárias É considerado como via toda superfície no qual circulam veículos, pessoas e animais. Vias terrestres se classificam em: • Urbanas • Rurais Vias Rurais São as estradas e rodovias, situadas fora das áreas urbanas*: • Rodovias- via rural pavimentada • Estradas- vias rural não pavimentada * Em geral, são consideradas áreas urbanas os locais mais densamente povoados, com população acima de 5000 pessoas, situados dentro de limites estabelecidos pelas autoridades responsáveis. Classificação das vias Rurais Segundo a Lei Nº 9.305/1997 do Código de Trânsito Brasileiro, as VIAS RURAIS podem ser estradas ou rodovias. Diferenciando-se pelo fato da rodovia obrigatoriamente ser pavimentada e a estrada não necessariamente. Classificação funcional das vias Urbanas As vias urbanas podem ser divididas em: • Sistema Arterial Principal (80km/h); • Sistema Arterial Secundário (60km/h); • Sistema Coletor (40km/h); • Sistema Local (30km/h) Classificação funcional das vias Rurais As vias rural podem ser divididas em: • Sistema Arterial Principal • Sistema Arterial Primário • Sistema Arterial Secundário • Sistema Coletor Primário • Sistema Coletor Secundário • Sistema Local Classificação das vias Rurais As vias rural podem ser divididas em: Rodovias: • 110km/h para automóveis, caminhonetes e motocicletas; • 90km/h para ônibus e micro-ônibus; • 80km/h para os demais; Estradas: 60km/h Classificação Funcional das Vias Podemos classificar as vias de acordo com sua principal função: MOBILIDADE: atender à demanda de tráfego de passagem pela região atravessada, proporcionando fluidez no deslocamento, principalmente de longas distancias. ACESSIBILIDADE: atender à demanda de tráfego local e de propriedades ou instalações lindeiras. Hierarquia de Movimentos ACESSO M O V IM .E N T O P R IN C IP A L DISTRIBUIÇÃO TRANSIÇÃO C A P T A Ç Ã O C A P T A Ç Ã O DISTRIBUIÇÃO TRANSIÇÃO ACESSO Hierarquia de Movimentos • Acesso: estágio inicial (ou final) da viagem, em que é utilizada VIA LOCAL, normalmente de tráfego reduzido. • Captação: segundo (ou penúltimo) estágio da viagem, feito em via de maior tráfego, usada para coletar os veículos das vias locais: VIA COLETORAS. • Distribuição: terceiro (antepenúltimo) estágio, executado em via com características geralmente superiores à de captação: VIA ARTERIAL SECUNDARIA Hierarquia de Movimentos • Transição: quarto estágio, realizado através de uma rampa de acesso ou ramal de intersecção. • Movimento principal: quinto estágio, executando em via de alto padrão, no caso uma via expressa: VIA ARTERIAL PRINCIPAL *as rodovias intermediárias nem sempre são necessárias, podendo uma via coletora estar ligada diretamente ao uma via arterial principal. Classificação Funcional das Vias • Arteriais: proporcionam mobilidade para grandes fluxos de tráfego, sua principal função é atender ao tráfego de longas distancias. • Coletoras: atendem a núcleos populacionais ou centros geradores de tráfego de menor vulto, não servidos pelo sistema arterial, proporcionam acesso e mobilidade dentro de determinada área; • Locais: constituídas geralmente, por rodovias de pequena extensão, destinada basicamente a proporcionar acesso ao tráfego intramunicipal de áreas rurais ou de pequenas localidade às rodovias mais importantes. Classificação Funcional das Vias Classificação Funcional das Vias Sistema Arterial forma uma rede de rodovias com finalidade de prestar os seguintes serviços: Proporcionar alto nível de mobilidade para grandes volumes de tráfego; Promover ligação de cidades e outros centros geradores de tráfego capazes de atrair viagens de longa distancia; Integrar municípios, estados e países. Classificação Funcional das Vias Sistema Arterial • Arterial Principal: Rodovias utilizadas para viagens internacionais e inter- regionais; conexão entre cidades com mais de 150.000 habitantes (vel. de operação de 60 a 120km/h); • Arterial Primário: Para viagens inter-regionais e interestaduais; conexão entre cidades com mais de 50.000 habitantes (vel. de operação de 50 a 100km/h); • Arterial Secundário: Para viagens intra-estaduais e intermunicipais;conexão entre cidades com mais de 10.000 habitantes (vel. de operação de 40 a 80km/h). Classificação Funcional das Vias Sistema Coletor tem função de atender o tráfego intermunicipal e centros geradores de tráfego de menor vulto não servidos pelo sistema arterial. Proporciona mobilidade e acesso dentro de uma área especifica do Estado. • Coletor Primário: Rodovias que atendem ao tráfego intermunicipal, sendo alimentadoras do sistema arterial; conexão entre cidades com mais de 5.000 habitantes (vel. de operação de 30 a 70km/h); • Coletor Secundário: Rodovias que devem proporcionar mobilidade e especialmente o acesso as áreas dentro de um mesmo estado; conexão entre cidades com mais de 2.000 habitantes (vel. de operação de 30 a 60km/h). Classificação Funcional das Vias Sistema Local Composto por rodovias de pequena extensão destinadas essencialmente a proporcionar acesso ao tráfego intra-municipal de áreas rurais e de pequenas localidades até as rodovias de nível superior pertencentes, em geral, ao sistema coletor secundário. Caracteriza-se por apresentar baixo volume de tráfego e fácil acesso (vel. de operação de 20 a 50km/h). Classificação Funcional das Vias Vias urbanas São ruas, avenidas, vielas ou caminhos e similares abertos para a circulação pública nas áreas urbanas das cidades. Classificação Funcional das Vias Condicionantes para a Classificação Técnica Para a Classificação Técnica de uma rodovia alguns condicionantes devem ser avaliados, tais como: • O volume de tráfego que deverá apresentar no 10º ano após sua abertura ao tráfego constitui-se no principal parâmetro de análise; • A classe funcional do sistema viário a que pertencem, lembrando que as rodovias de um nível hierárquico superior deverão sempre possuir características superiores, mesmo que não sejam absolutamente indispensáveis sob o ponto de vista do tráfego; • As condicionantes econômicas, separadas em relação aos custos de construção, definido pelas soluções geométricas condicionantes pelo relevo regional (terreno plano, ondulado ou montanhoso); • A política de transportes e do desenvolvimento, integrando as diretrizes governamentais que devem traduzir os anseios da população. Características da via segundo sua classe Classificação Padrão Técnico de Projeto A classificação se dá por classes de 0 a 4 Classes de projeto das Rodovias- Padrão Técnico de Projeto Classe 0 via expressa, elevado padrão técnico; controle total de acesso, bloquei total de pedestres; prepondera a função mobilidade; alto volume de tráfego. Vias com mais de uma pista. Classe I-A Pista dupla e controle parcial de acesso. Classe I-B Pista simples; prevista para um tráfego inferior ao classe I-A 1400<VDM<5500; 3ª faixa em regiões montanhosas; Elevado padrão técnico. Classe II Pista simples; 700<VDM<1400 Classe III Pista simples; 300 VDM <700 Classe IV Pista simples; VDM< 300; alta acessibilidade. Com características técnicas suficientes para o atendimento a custo mínimo do trafego previsto, geralmente contendo apenas revestimento primário. Revestimento Primário Classe IV Relação das classe funcionais e de projeto das Rodovias Classificação das vias Quanto à sua administração ou jurisdição: • Federais Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT) Vias que interessa diretamente à Nação, quase sempre percorrendo mais de um estado; Constituídas e mantidas pelo governo federal • Estaduais Departamentos de Estradas e Rodagens (DER's) Ligam cidades entre si e a capital de um estado; Atendem a necessidade do estado, ficando contida em seu território. Classificação das vias Quanto à sua administração ou jurisdição: • Municipais Departamentos Municipais Construídas e mantidas pelo governo municipal; Interesse de um município ou de municípios vizinhos; Atende ao município que a administra • Particulares. Órgãos do sistema Nacional de Transito Classificação das vias • Quanto às suas características físicas: • Não pavimentadas; • Pavimentadas; • Com pistas simples ou duplas. Classificação das rodovias quanto a posição geográfica- Nomeclatura das Rodovias • Federais: BR-XYZ • Para X: • 0 rodovias radiais: compreendendo as rodovias cujo os traçados tem uma extremidade em Brasília e outra extremidade noutro ponto importante do país Classificação das rodovias quanto a posição geográfica- Nomeclatura das Rodovias • Federais: BR-XYZ • Para X: • 1 rodovias longitudinais, rodovias cujo o traçado se desenvolve na direção Norte-Sul Classificação das rodovias quanto a posição geográfica- Nomeclatura das Rodovias • Federais: BR-XYZ • Para X: • 2 rodovias transversal, incluindo os traçados que se desenvolve de Leste-Oeste Classificação das rodovias quanto a posição geográfica- Nomeclatura das Rodovias • Federais: BR-XYZ • Para X: • 3 rodovias diagonal, rodovias que se desenvolvem nos sentidos: Noroeste-Sudeste (pares), Nordeste- Sudoeste (ímpares) Classificação das rodovias quanto a posição geográfica- Nomeclatura das Rodovias • Federais: BR-XYZ • Para X: • 4 rodovias de ligação, categoria que abarca as rodovias que não se enquadram nas categorias anteriores. Classificação das rodovias quanto a posição geográfica- Nomeclatura das Rodovias BR-0YZ • Para YZ: • Rodovias radiais varia à razão de 5 em 5, sendo estabelecido proporcionalmente o azimute aproximado do traçado. Ex: BR-040 99 00 Consideraremos que a variação dos ângulos será de 00, considerando o sentido horário, até 99, considerando o norte como referência. 50 2575 Classificação das rodovias quanto a posição geográfica- Nomeclatura das Rodovias BR-1YZ • Para YZ: • Rodovias longitudinais: varia de 01 a 99, crescendo e leste para oeste, tomando Brasília como referencia o número 50 Ex: BR-101, BR 153 e BR174 Classificação das rodovias quanto a posição geográfica- Nomeclatura das Rodovias BR-2YZ • Para YZ: • Rodovias transversais: varia de 01 a 99, crescendo e leste para oeste, tomando Brasília como referencia o número 50 Ex: BR-230, BR-262, BR-290 Classificação das rodovias quanto a posição geográfica- Nomeclatura das Rodovias BR-3YZ • Para YZ: • Rodovias diagonal pares (noroeste-sudeste), necessariamente será número par, variando de 02 a 98, crescendo de noroeste para sudeste, considerando Brasília, número 50. • Rodovias diagonal ímpar (nordeste- sudoeste), necessariamente ímpar, variando de 01 a 99, crescendo de nordeste para sudoeste, considerando Brasília, número 50 Classificação das rodovias quanto a posição geográfica- Nomeclatura das Rodovias BR-4YZ • Para YZ: • Rodovias de ligação: varia de 01 a 99, reservando a numeração inferior a 50 para rodovias situadas ao norte do paralelo que passa por Brasília, e a numeração superior a 50 nas rodovias ao sul do paralelo que passa em Brasília, a numeração cresce de norte para o sul. Classificação das rodovias quanto a posição geográfica- Nomeclatura das Rodovias • Estaduais: SP-XYZ • Longitudinais XYZ: azimute do alinhamento médio, aproximado para número par. Classificação das rodovias quanto a posição geográfica- Nomeclatura das Rodovias • Estaduais: SP-XYZ • Transversais XYZ: distância média da rodovia até a cidade de SP, aproximada para o valor ímpar Veículos Existem características, especificações básicas, configurações e condições para o registro, o licenciamento e a circulação de veículos nas vias públicas Veículos • Largura máxima: 2,60m; • Altura máxima: 4,40m; • Comprimento total: • Veículos simples: 14,00m; • Veículos articulados: 18,15m; • Veículos com reboque: 19,80m; Veículos Dimensões e pesos de veículos até 45 t • PBT-peso bruto total • C: veiculo simples ( caminhão ou ônibus) ou veiculo trator + reboque; • S: veiculo trator + semi-reboque • I = veículo trator + semi-reboque com distância entre-eixos > 2,40 m (eixos isolados); • J = veículo trator+ semi reboque com um eixo Isolado e um eixo em Tandem • X = veículos especiais. Veículos Legenda: • 3C = caminhão simples com 3º eixo • 3C3 = caminhão simples com 3 eixos + 1 reboque com 3 eixos trafegando sem AET • 2S3 = caminhão trator (cavalo mecânico) com 2 eixos + semi-reboque com 3 eixos • 2I1 = caminhão trator com 2 eixos + semi-reboque com 1 eixo isolado • 3D3 = caminhão simples com 3 eixos + reboque especial com 3 eixos • 3Q4 = caminhão simples com 3 eixos + 2 reboques com 4 eixos - treminhão • 3T6 = caminhão trator com 3 eixos + 2 ou 3 semi-reboques com 6 eixos - rodotrem ou tri-trem • 3X6 = caminhão trator com 3 eixos + reboque com 6 eixos - carga excepcional PBTC/CMT (Peso Bruto Total Combinado / Capacidade Máxima de Tração) Veículos- Configuração dos eixos EIXOS SIMPLES: conjunto de duas ou mais rodas, cujos centros estão em um plano transversal vertical ou podem ser incluídos entre dois planos transversais distantes de 100 cm, que se estendem por toda a largura do veículo. Podem ser de dois tipos: • DE RODAS SIMPLES: com 2 rodas, uma em cada extremidade; • DE RODAS DUPLAS: com 4 rodas, sendo duas em cada extremidade (4 pneus) Veículos- Configuração dos eixos EIXOS TANDEM (RODAS DUPLAS): dois ou mais eixos consecutivos, cujos centros estão distantes de mais de 100 cm e menos de 200 cm, e ligados a um dispositivo de suspensão que distribui a carga igualmente entre os eixos (balancim). O conjunto desses eixos constitui um Eixo Tandem. Podem ser: • TANDEM DUPLO: 2 eixos com 2 rodas em cada extremidade (8 pneus), sendo nos fabricantes nacionais, o espaçamento médio de 1,36 m Veículos- Configuração dos eixos • TANDEM TRIPLO: 3 eixos, com 2 rodas em cada extremidade (12 pneus) Veículos- Configuração dos eixos OUTROS EIXOS: • EIXO DUPLO NÃO EM TANDEM: com 2 eixos, rodas duplas (8 pneus), mas com espaçamento entre eixos superior a 2,00 m; • EIXO DUPLO ESPECIAL: típico dos TRIBUS, compreendendo conjunto de 2 eixos, sendo um com rodas duplas e outro com rodas simples (6 pneus) Veículos Limites legais licenciados nos países do Mercosul • Peso bruto total por unidade ou combinações de veículos: 45t; • Peso bruto por eixo isolado: 10t; • Peso bruto por conjunto de dois eixos em tandem: 17t; • Peso bruto por conjunto de dois eixos não em tandem: 17t; • Peso bruto por conjunto de três eixos em tandem: 25t; • Peso bruto por conjunto de dois eixos com total de seis pneumáticos interligados por suspensão especial: 9t a 13,5t. Veículos Os tipos de veículos rodoviários são: • reboques e semi-reboques • caminhões: pesados, médios e leves • ônibus • utilitários: caminhonetes e furgões • automóveis • motocicletas • bicicletas • tração animal Veículos Veículos de projeto Esse veículo de projeto precisa ter dimensões, peso e potência de motor compatíveis com as características geométricas da via, em planta e perfil. É a única condição limite, pois se a via atender a esse veículo de projeto, atenderá a todos os demais, com características mais favoráveis. Veículos Veículos de projeto • A largura do veículo de projeto influenciará na largura da pista de rolamento, dos acostamentos e dos ramos; • A distância entre eixos influi no cálculo da superlargura das pistas principais e na determinação da largura e dos raios mínimos das pistas e dos ramos; Veículos Veículos de projeto • O comprimento total do veículo influenciará na extensão das faixas de espera, a capacidade da rodovia e das dimensões dos estacionamentos; • A relação entre o peso bruto total e a potência do veículo influência na limitação da rampa máxima admissível e participa na determinação da necessidade de faixas adicionais; Veículos Veículos de projeto • O peso bruto admissível dos veículos influi no dimensionamento e configuração do pavimento, de separadores rígidos de tráfego e defensas; • A altura condiciona o gabarito vertical sob redes aéreas, viadutos, túneis, sinalizações verticais e semáforos. Veículos Entretanto, alguns elementos do projeto geométrico da via não consideram o veículo de projeto. Por exemplo, o gabarito vertical é estabelecido em função dos veículos de maior altura e as distâncias de visibilidade são estabelecidas, a partir da altura dos olhos dos motoristas de automóveis pequenos. Veículos Segundo a AASHTO existem quatro grupos básicos de veículos de projeto a serem adotados, conforme as características predominantes do tráfego: • VP: Veículos de passeio leves, física e operacionalmente assimiláveis ao automóvel, incluindo utilitários, pickups, furgões e similares; • CO: Veículos comerciais rígidos, compostos de unidade tratora simples Abrangem os caminhões e ônibus convencionais, normalmente de 2 eixos e 6 rodas; Veículos • SR: Veículos comerciais articulados, compostos normalmente de unidade tratora simples e semi reboque; • O: Representa os veículos comerciais rígidos de maiores dimensões que o veículo CO básico, como ônibus de longo percurso e de turismo, e caminhões longos • RE - Representa os veículos comerciais com reboque. É composto de um caminhão trator trucado, um semi-reboque e um reboque, e que mais se aproxima do veículo conhecido como bitrem. Seu comprimento é o máximo permitido pela legislação. Veículos Veículo de Projeto-VP Veículo de Projeto-CO Veículo de Projeto-O Veículo de Projeto-RS Veículo de Projeto-RE Muito Obrigada!
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