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Aula 11- Serviços de execução-terraplanagem

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Infraestruturas de vias 
Terrestres
Aula 11-Terraplanagem
-CIV 256-
Prof. Ms. Marina Bedeschi
Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas – DECIV
Terraplanagem
• Conceito: É um conjunto de operações mecanizadas ou não, executadas
durante a construção de uma estrada ou aeroporto, visando conformar o
perfil do terreno ao greide de Projeto.
Terraplanagem
Trabalhos preliminares:
Antes de iniciar a construção da estrada em um trecho virgem, é necessário que
primeiramente sejam realizadas as seguintes fases de trabalho:
• Reconhecimento;
• Exploração;
• Projeto;
• Locação;
Quando já existe um caminho ou estrada a melhorar, os procedimentos se simplificam.
Terraplanagem
Locação: depois de elaborado o projeto, feito o orçamento e aprovado a
construção da estrada, será feita a implantação do seu eixo no terreno, para em
seguida iniciarmos os trabalhos de terraplanagem.
Terraplanagem
Estudos que antecedem a execução da Terraplenagem:
• Anteprojeto
• Projeto
Terraplanagem
Fase de Anteprojeto
• Estudo preliminar da Terraplenagem:
• Levantamento topográfico
• Projeto geométrico
• Cubação
• Estudos das alternativas dos movimentos de terra
• Pré-dimensionamento da frota de equipamentos
• Cronograma Físico
Terraplanagem
Fase de Anteprojeto
• Estudos hidro-geológicos e Geotécnicos.
• Compatibilização dos Planos de Urbanização e Paisagismo com as
alternativas existentes.
• Quadro com resumo dos volumes de corte, por categoria e dos volumes de
aterro a compactar
Terraplanagem
Fase de Projeto
• Cálculo de cubação do movimento de terra
• Constituição dos aterros, indicando a origem dos materiais e o GC (grau de
compactação) a ser observado.
• Cálculo das distâncias de transporte.
Terraplanagem
Fase de Projeto
• Detalhes das seções transversais e das soluções adotadas: inclinação de
taludes, alargamento de cortes, fundações de aterro, etc.
• Locação do eixo definitivo; marcação dos “Off Sets”.
• Projeto de drenagem superficial; transversal e subterrânea.
• Projeto de proteção da natureza, na execução da terraplenagem.
Materiais utilizados na terraplanagem
• Rochas: materiais que formam a crosta terrestre, apresentando em geral 
apreciável resistência à penetração mecânica ainda que em prolongado 
contato com a água;
• Solos: materiais superficiais da crosta terrestre, provenientes de alteração de 
rochas, ou da acumulação de sedimentos oriundos de outras partes
Estudo dos materiais
 Terra comum: seriam os solos facilmente escaváveis com o emprego da pá ou enxada.
 Turfas: solos com grande porcentagem de partículas fibrosas de materiais de carbonos ao lado de matéria
orgânica no estado coloidal. Este tipo de solo pode ser identificado por ser fofo, não plástico e combustível.
 Laterita: solo de cor avermelhada, muito comum nas regiões quentes e úmidas
 Massapê: solo predominantemente no recôncavo baiano, apresentando coloração variada desde o branco ao
castanho escuro, de granulometria fina, possuindo elevada porcentagem de argila e de silte e também alto
índice de plasticidade, quando seco apresenta grande resistência e quando saturado resistência praticamente
nula.
 Saibro: solo geralmente de granulometria bem distribuída predominantemente arenosa, e com baixos limites
de consistência. Areia com granulometria menor que 4,8mm
 Moledo ou Piçarra: materiais mais compactos desmontados com o emprego de picareta.
 Rocha branda: constituídos por materiais compactos que exigem o emprego de explosivos de baixa
potência.
 Rocha dura: desmonte feito com o emprego de explosivos de alta potência.
Estudo dos materiais- Classificação
O DNER classifica os materiais de acordo com o nível de dificuldade da
execução da escavação:
1ªcategoria: são os materiais que são escavados facilmente pelas
laminas das máquinas. Os solos em geral, piçarra ou argila, as rochas
em adiantado estado de decomposição (pouco compactas), areia,
argila comum, cascalho.
Podem ser desmontados com ferramentas manuais comuns, e,
também, escavados com emprego de “lâmina”, “scraper” rebocado
ou motorizado, qualquer que seja o teor de umidade.
Estudo dos materiais- Classificação
2ª categoria: materiais que para serem escavados precisam ser
previamente escarificados. Rochas com resistência à penetração
mecânica inferior ao granito, blocos de pedra com volume inferior
a 2m³, matacões e pedras de diâmetro médio superior a 15 cm,
argilitos, massapê.
Estudo dos materiais- Classificação
3ª categoria: materiais que para serem escavados tornam
necessário o uso de explosivos. São rochas com resistência à
penetração mecânica superior ou igual a do granito e blocos de
rocha de volume igual ou superior a 2m³, cuja extração e redução,
para tornar possível o carregamento, se processa com o emprego
contínuo de explosivos. Ex: granitos, gnaisse, calcários
Ao trabalharmos com solos, esses mudam constantemente a sua
condição de compactação, mudando em consequência, a sua
densidade.
Sendo essa característica muito importante na execução da
terraplanagem.
Empolamento (𝜀) 
Podemos definir o empolamento como o aumento de volume sofrido por um
material ao ser removido de seu estado natural.
É geralmente expresso em porcentagem do aumento do volume sofrido em
relação ao volume original.
Exemplo: o empolamento da argila é de 39%, o que significa que em 1m³ de
argila no estado natural (antes de ser escavada) encherá um espaço de 1,39m³
no estado solto (depois de escavada)
Desempolamento/ compactação
É a redução sofrida por um material ao ser compactado no lugar em que é
depositado. É geralmente representado da mesma forma que o empolamento,
significando a redução do volume sofrido em relação ao volume inicial
(diminuição do volume de vazios).
Fator de conversão (f)
É a relação entre as densidades do material no estado solto e no natural.
Esse valor é adimensional e é importante pois nos contratos de terraplanagem
têm, em geral, seus preços referidos ao material medido no corte, ou seja no
seu estado natural.
O empreiteiro pode avaliar o número de metros cúbicos de material medido no
corte (antes de ser escavado), se registrar o número de metros cúbicos que
transporta (no estado solto) durante o serviço, simplesmente multiplicando o
volume solto pelo fator de conversão do material em questão.
Estudo dos materiais- Mudança de volume
dc . Vc = dT . VT = dA . VA
Estado natural Estado solto Compactado
• W - Peso de solo 
• Vc - Volume de corte 
• VT - Volume de Transporte 
• VA - Volume de aterro 
• Vvc ; VvT ; VvA - Volumes de 
vazios 
• dc ; dT ; dA - densidades 
• Ws - Peso de sólidos 
• f - Fator de conversão de volumes 
• 𝜀 - Empolamento
Estudo dos materiais- Mudança de volume
Igualando os pesos dos sólidos:
a) De corte em volume de aterro
Wc=Wa= dC . VC = dA . VA  f=
dC
dA
 VA=f. VC
b) De corte em volume de transporte
dT . VT = dC . VC  f=
d𝑇
dC
 VC=f. VT
Empolamento
𝜀 =
1
𝑓
− 1 . 100
Na tabela a seguir mostra alguns materiais
com suas densidades no estado solto (no
transporte) e no corte, o empolamento e o
fator de conversão.
Exercícios de aplicação 
1) Um volume de 500.000m³, medido no corte, admitindo dA=1,70; dT=1,20;
dC=1,60.
a) Corresponderá a quantos m³ no transporte?
b) E no aterro?
c) Qual o empolamento do material?
2) Um caminhão basculante, que transporta material solto, tem capacidade de 5m³. A
que volume corresponderá no corte, esse volume solto, sabendo-se que o fator de
conversão é igual a 0,80 ?
3) A caçamba de uma escavadeira tem 1 jarda cúbica de capacidade rasa, medida no
corte. Qual a sua capacidade em volume solto, sabendo-se que o solo tem
empolamento 32%? (1jarda³=0,76m³)
Solução- ex 1.
a) Cálculo do volume no transporte:
VT.dT=VC.dC  VT=500.000 ∗ 1,6/1,2 = 666.666,7𝑚
3
b) Volume no aterro compactado:
VA.dA=VC.dC  VA=
1,6
1,7
. 500.000 = 470.588,24𝑚³
b) Cálculo do empolamento: corte transporte f=
dT
dC
=
1,2
1,6
= 0,75
𝜀 =
1
0,75
− 1 . 100 = 33,3%Solução- ex 2 e 3
2. f=
𝑑𝑇
𝑑
𝐶
= 0,80  Vc=f. VT=0,8. 5=4m³
3. 32=
1−𝑓
𝑓
. 100 ⇒ 𝑓 = 0,76
Vc=f. VT VT=
𝑉𝑐
𝑓
=
0,76
0,76
= 1𝑚3(𝑠𝑜𝑙𝑡𝑜)
Execução da terraplanagem
• Locação (significa fazer marcas no terreno de
forma que oriente a operação)
A principal locação se refere ao eixo pois a partir
dele pode se marcar o restante das marcações.
As marcações são feitas com estacas e piquetes,
de 20 em 20m, em curvas podemos marcar a
cada 10m.
Depois de marcar o eixo, marca se os off-set
Execução da terraplanagem
• Marcação dos Off-sets
Linha de off set- é a linha que delimita onde o terreno natural termina e onde o
talude, artificialmente construído, inicia. Normalmente pode ser claramente
evidenciado nas estradas no ponto onde finaliza a camada de vegetação e onde
aparece a terra do talude.
Os off-sets orientarão os operadores e as máquinas
e é através deles que podemos saber se será necessário
cortar ou aterrar aquela parte da estrada.
Execução da terraplanagem
• Marcação dos Off-sets
Nas notas de serviço de terraplanagem são indicados as distâncias dos off-set até
o eixo e suas respectivas cotas, além das cotas do terreno, cotas do projeto e a
diferença dessas, a cota vermelha
Execução da terraplanagem
• Marcação dos Off-sets
Notas de serviço
terraplanagem
Execução da terraplanagem
• Marcação dos Off-sets
Nos aterros é comum marcar os off-sets afastados de 1 a 5m de forma que as
marcações não sejam danificadas. Em seguida o topografo deve nivelar todos os
off-sets, identificando os da esquerda e da direita
Execução da terraplanagem
• Bermas de equilíbrio (Bermas de Equilíbrio: são aterros laterais aos taludes
para equilibrar o peso exercido pelo maciço do aterro principal. Visam
impedir o expurgo de solos moles além dos off-set’s.)
O seu volume deve ser acrescido ao total do aterro.
Transporte de equipamentos
Envio dos equipamentos ao local da obra, as máquinas de esteiras e
outras de grandes dimensões devem ser transportadas por carretas
especiais. As unidades de pneus desde que devidamente autorizadas
pelos órgãos rodoviários, podem trafegar nas estradas, após
cuidados especiais de sinalização a fim de serem evitados acidentes.
OBS: as despesas com transporte das máquinas é um item do orçamento que não pode
ser omitido pois, no caso de grandes distâncias, esse custo pode ser elevado.
Transporte de equipamentos
Transporte de equipamentos:
Limpeza dos Terrenos, Desmatamento e 
Destocamento
Após a locação do eixo, são iniciados os serviços de destocamento e limpeza da
faixa delimitada pelos "off-sets", das áreas do terrapleno, jazidas ou outras áreas
definidas pela Fiscalização.
Limpeza dos Terrenos, Desmatamento e 
Destocamento
Chama se de limpeza quando se tem vegetação rasteira, sem a presença de
grandes árvores.
Quando a vegetação é de maior porte, denomina se desmatamento, que pode
ser leve ou pesado, conforme a altura e a quantidade de árvores (densidade).
Quando as árvores tem troncos grossos e raízes profundas é necessário fazer o
destocamento.
Limpeza dos Terrenos, Desmatamento e 
Destocamento
A limpeza e o desmatamento é composta de três itens:
a) Derrubada, remoção da vegetação e destocamento;
b) Retirada da camada vegetal;
c) Remoção de rochas, pedras isoladas, matacões etc.
Limpeza dos Terrenos, Desmatamento e 
Destocamento
É comum classificar a operação em três tipos, de acordo com o porte das
árvores:
• Até 20cm de diâmetro do tronco;
• De 20 a 40 cm de diâmetro;
• Diâmetros acima de 40 cm;
O diâmetros das árvores deve ser medido um metro acima do solo.
Limpeza dos Terrenos, Desmatamento e 
Destocamento
Na operação de limpeza e desmatamento são usados tratores de esteira e moto-
serras.
Quando as árvores são de porte pequeno são usados apenas os tratores com
esteira, que executam todas as operações desde o desmatamento até o
encoivaramento (operação de juntar a vegetação para a remoção ou queima).
Quando as árvores são maiores, deve se verificar a potência do trator de
esteiras para derrubá-las, caso seja necessário, deve se usar as moto-serras.
Nesses casos sendo necessário depois fazer o destocamento.
Limpeza dos Terrenos, Desmatamento e 
Destocamento
Devem ser analisados os métodos, equipamentos e procedimentos
que irão permitir a avaliação, com menor margem de erro, em
relação a produtividade das máquinas empregadas nesse serviço. De
forma que os custos de execução da terraplanagem esteja dentro do
orçamento esperado.
Desmatamento e Limpeza dos Terrenos
Fatores que vão influenciar no rendimento da execução da etapa de
limpeza:
• Porte da vegetação;
• Condições do solo;
• Topografia;
• Especificação da obra.
• Clima
Limpeza da faixa, desmatamento e 
destocamento
A derrubada da vegetação é feita preferencialmente, com tratores de
esteira com lâmina ou implementos especiais
• A experiência indica que o emprego de tratores de maior potência
(CAT D8 ou D9) é o mais apropriado pelo aumento de produção
obtido e redução dos custos em obras de grande porte
Limpeza da faixa, desmatamento e 
destocamento
Trator de esteira 
com lamina (D51)
Limpeza da faixa, desmatamento e 
destocamento
Pode se destacar dois processos utilizado no desmatamento, quando a
vegetação é de pequeno e médio porte, em terrenos planos e pouco ondulados:
a) Corte em paralelo: o trator percorre trajetos paralelos, mas com
sentidos contrários empilhando o entulho no dois lados. A
lâmina permanece na posição normal, sem angulagem, devendo
cada passada corresponder a sua largura
Limpeza da faixa, desmatamento e 
destocamento
b) Corte em ângulos: pode ser
feito em perímetros
crescentes ou descrentes,
com a lamina em posição
angulada (1 etapa), deixando
o entulho enleirado. A seguir
será empurrado para os dois
lados, formando pilhas
Limpeza da faixa, desmatamento e 
destocamento
Equipamentos utilizados na limpeza:
• Emprego de correntes: uso de
correntes pesadas alçadas em dois
tratores de mesmo modelo que
trabalham em paralelo. Indicado para
limpeza de áreas de vegetação de
arbustos ou árvores de pequeno
porte. Terreno pouco ondulado com
boa capacidade de suporte.
Limpeza da faixa, desmatamento e 
destocamento
Equipamentos utilizados na limpeza:
• Emprego de correntes: É necessário que o comprimento da corrente alcance, no
mínimo, três vezes a distancia entre os tratores para evitar que a queda da vegetação
os atinja. Por outro lado, essa distancia poderá ser diminuída, quando a resistência
oferecida pela corrente for elevada, ou aumentada em caso contrário.
Desmatamento com Tratores e correntes
Limpeza da faixa, desmatamento e 
destocamento
Equipamentos utilizados na limpeza:
• Emprego de lâmina desmatadora: laminas
projetadas para derrubada de árvores, pois a borda
inferior é provida de uma faca de corte muito
afiada.
Limpeza da faixa, desmatamento e 
destocamento
Equipamentos utilizados na limpeza:
• Emprego de lâmina desmatadora:
Limpeza da faixa, desmatamento e 
destocamento
Equipamentos utilizados na limpeza:
• Emprego de lâmina desmatadora:
• Emprego do destocador: é um implemento
destinado à remoção de tocos deixados após o
corte
• Emprego de ancinho:
Desmatamento e Limpeza dos Terrenos
Sequência serviços:
• Preparo das áreas de bota-fora;
• Destocamento;
• Limpeza do terreno com remoção da camada vegetal;
• Carga e transporte dos materiais provenientes do destocamento e limpeza
para os locais de bota-fora;
• Espalhamento dos materiais depositados nos bota-foras.
Projeto de proteção da natureza, na execução 
da terraplenagem.
Os projetos finais de engenharia,
sempre compreendem estudos
ambientais e planos de recuperação das
áreas degradadas (PRAD), sendo
previamente submetidos aos órgãos
governamentais controladores do meio
ambiente.
Projeto de proteção da natureza, na execução 
da terraplenagem.
Antigamente a faixa de limpeza e os
desmatamentos eram feitos em toda
a faixa dedomínio da estrada, mas
hoje, com um rigor maior
ambiental, os desmatamentos estão
sendo feito na menor área possível,
deixando uma pequena folga entre o
fim do desmatamento e o inicio do
corte, ou fim do aterro.
Verificação das benfeitoria ao redor da obra
Após a limpeza, ou enquanto ela está sendo feita, ou até mesmo antes dela iniciar, é
necessário encontrar linhas de transmissão de energia, de telefone, cercas ou qualquer
outra edificação que esteja no caminho da obra. Além das instalações, é importante,
avaliar todas as construções ou benfeitorias e plantações que estejam próximas a obra,
de forma a evitar qualquer dano, posterior ao inicio das obras.
Obs: quando o traçado é bem feito problemas como esses são previstos ou evitados,
pois todas as casas ou benfeitoria são desapropriadas anteriormente.
Canteiro de obras
Para instalar o canteiro executa-se, previamente, na área escolhida, os serviços
de desmatamento, destocamento, terraplenagem e drenagem.
Inicia-se, então, a construção dos caminhos de serviço, no menor número
possível, com boas características técnicas
• permitindo o acesso permanente das máquinas
• ligando o canteiro às diversas frentes de ataque e a estradas e cidades mais
próximas.
Canteiro de obras
Caminhos de serviço (DNIT 105/2009-ES-especificação de serviço)
Canteiro de obras
Caminhos de serviço
Sua construção é feita com equipamento adequado (em geral, tratores de
esteira com lâmina angulável), executando inclusive suas respectivas obras de
arte provisórias.
Canteiro de obras
De modo geral o canteiro
deve se situar o mais central
possível da rodovia.
As instalações podem ser fixas
ou móveis, depende da
necessidade e da duração da
obra.
Pode ser mais de um canteiro
em uma mesma rodovia.
Canteiro de obras
Composição do canteiro
Normas que regulam os
canteiros:
• NR-18 Condições e
meio ambiente do
trabalho na indústria da
construção (Ministério
do Trabalho);
• NB-1367 (NBR 12284) -
Áreas de vivência em
canteiros de obras
(ABNT).
Canteiro de obras
Instalação do canteiro de obras padrão de uma obra rodoviária deve conter as 
seguintes instalações:
• Escritório da obra;
• Almoxarifado;
• Oficina de manutenção;
• Alojamento, refeitórios, etc; (dependendo da localização)
• Água potável, esgoto, iluminação;
Canteiro de obras
Composição do canteiro 
(exemplo)
1 – Residência para engenheiros
2 – Caixa d’água
3 – Laboratório de controle técnico
4 – Escritório
5 – Almoxarifado
6 – Oficina mecânica
7 – Máquinas operatrizes
8 – Casa de força
9 – Residência funcionários
10 – Residência funcionários
11 – Bombas combustíveis
12 – Captação de água
13 – Refeitório
14 – Lavagem e lubrificação
Canteiro de obras- Escritório
Presta os seguintes serviços gerais:
• apropriação (coleta de dados, classificação, ordenação e cálculo de despesas por 
categorias); 
• comunicação entre o canteiro de serviço e a gerência; 
• comunicação entre o canteiro e terceiros; 
• controle de ponto; 
• pagamento de pessoal; 
• organização, distribuição e pagamento de contas e sua contabilização em livro 
próprio; 
• escrituração do livro "caixa" da obra;
• arquivamento de correspondência, fichário de máquinas, material de consumo, etc. 
Canteiro de obras- Almoxarifado
Responsável pela compra e distribuição de materiais, que se classificam 
em:
• materiais de consumo (combustíveis, óleos, graxas, alimentos, 
peças sobressalentes, etc.);
• materiais de aplicação (cimento, cal, pedra, areia, etc.);
• materiais permanentes (máquinas, móveis, grandes ferramentas, 
etc.). 
Canteiro de obras- Oficinas de manutenção
Responsável por:
• para reparos ligeiros, manutenção preventiva (revisão quinzenal de peças de 
alto desgaste, revisão de motores segundo especificações dos fabricantes). 
• Como indicação, deve ter 36 m2 por máquina em serviço. 
Canteiro de obras
O tipo e tamanho do canteiro dependerá dos seguintes parâmetros:
• dimensão da obra; 
• proximidade de centro urbano;
• tempo de execução da obra;
• facilidades locais de energia elétrica e água potável, etc.
Construção de estradas de serviço 
provisórias
A fim de permitir o fácil acesso a todos os pontos do trecho a
ser implantado, dando condições para que os equipamentos
pesados atinjam as frentes de serviço, somos obrigados a
providenciar estradas provisórias.
Em geral são obras de baixo custo, com movimento de terra
mínimo, abrangendo a largura de 4 a 5m de plataforma.
Construção de estradas de serviço provisórias
Nas baixadas, para evitar os solos de má qualidade ou afastar o perigo de
inundações, é necessária a execução de pequenos aterros, com os respectivos
bueiros de drenagem.
Construção de estradas de serviço provisórias
Para essa tarefa os tratores de esteira com a lamina
anguláveis são os mais indicados já que, na maioria dos casos,
procura-se um traçado a meia-encosta, com secção mista de
corte e aterro.
Obras d’arte corrente
Logo após o desmatamento e implantação do canteiro, inicia-se a execução das
obras de arte corrente.
Obras d’arte corrente
Essas obras são representadas pelos bueiros tubulares, bueiros capeados,
bueiros celulares, pontilhões, bueiros de chapas metálicas corrugadas
Obras d’arte corrente
Bueiro: Obra de arte corrente destinada a conduzir as águas de um talvegue de um lado para outro da estrada,
podendo ser de talvegue ou de grota em função da declividade.
Os tipos de bueiros:
a. Bueiro Capeado: sua cobertura é realizada por meio de placas;
b. Bueiro Celular: aquele com seção formada por células;
c. Bueiro de Alvenaria: aquele construído em alvenaria;
d. Bueiro Metálico: aquele construído com chapas metálicas corrugadas ou não, de aço galvanizado;
e. Bueiro de Concreto: aquele construído em concreto;
f. Bueiro de Greide: aquele destinado a conduzir para o local de deságue seguro, fora do corpo estradal, as
águas coletadas por dispositivos de drenagem superficial;
Obras d’arte corrente
g. Bueiro de Grota: aquele destinado a conduzir as águas em uma grota, de um lado para o outro da
estrada;
h. Bueiro de seção Especial: aquele que tem seção diferente das comumente aplicadas;
i. Bueiro Duplo: aquele com seção dividida em duas partes;
j. Bueiro Triplo: aquele com seção dividida em três subseções;
k. Bueiro em Arco: aquele que tem sua parte superior em forma de arco
l. Bueiro Múltiplo: aquele cuja seção é dividida em várias subseções;
m. Bueiro Parabólico: aquele em arco de forma parabólica;
n. Bueiro Tubular: aquele com seção circular.
Obras d’arte corrente
Obras d’arte corrente
Os bueiros caso não executados a tempo, retardam os serviços
de terraplanagem.
É importante ter sempre uma frente de obras d’arte corrente já
concluídas, de modo que a terraplanagem possa ser concluída
sem interrupções.
Obras d’arte corrente
Execução:
Obras d’arte corrente
Execução:
Obras d’arte corrente
Execução:
Cortes e Aterros
Consolidação dos terrenos de fundação dos aterros:
É de fundamental importância a consolidação dos terrenos de
fundação do aterros, quando se apresentam com pouca consistência
e pequena capacidade de suporte, podendo levar a recalques
exagerados e a eventual escorregamentos laterais, ocasionando o
afundamento do mesmo.
Cortes e Aterros
Consolidação dos terrenos de fundação dos aterros:
Cortes e Aterros
Consolidação dos terrenos de fundação dos aterros:
Cortes e Aterros
Operações básicas na terraplanagem
• Escavação 
• Carga do material escavado 
• Transporte 
• Descarga e espalhamento
• Trator de esteira e moto-screipers  executam todas as operações 
• Escavo-carregadoras escavação e carga 
• Caminhões e vagões transporte
Cortes e Aterros
Operações básicas na terraplanagem
Operações em corte:
• Escavações dos materiais constituintes do terreno natural até o greide do projeto. 
• Escavação, em espessuras abaixo do greide de terraplenagem: 
• igual a 40 cm  rocha ou rocha em decomposição; 
• iguala 60 cm  solos de baixa capacidade de suporte ou solos orgânicos.
• Transporte dos materiais escavados para aterro ou bota-foras. 
• Retirada das camadas de má qualidade visando o preparo das fundações de aterro.
Cortes e Aterros
Operações básicas na terraplanagem
Operações em corte
• Estabilidade:
• Inclinação adequada; 
• Boa drenagem; 
• Proteção contra a erosão;
Cortes e Aterros
Operações básicas na terraplanagem
Operações em aterros
Os aterros compactados são executados, simultaneamente com as escavações de
materiais selecionados, provenientes dos cortes e/ou empréstimos.
Execução da camada dos aterro:
• Preparo da Superfície; 
• Descarga do Material; 
• Espalhamento;
• Eventual Correção de Umidade e Homogeneização; 
• Compactação no Grau especificado. 
Cortes e Aterros
Operações básicas na terraplanagem
Operações em aterros
O espalhamento das camadas do aterro são executados com motoniveladoras,
mantendo declividades de maneira a permitir um perfeito escoamento das
águas em dias de chuva.
A espessura das camadas são determinadas no campo, na fase experimental, no
inicio dos trabalhos com a devida assistência da Fiscalização.
Paralelamente à execução do aterro, são executados os serviços de proteção de
taludes
Cortes e Aterros
Operações básicas na terraplanagem
Cuidados especiais com os aterros 
• Utilizar solos melhor selecionado nos últimos 60cm do aterro;
• Compactação mais rigorosa nas ultimas camadas;
• Nivelamento cuidadoso;
Cuidados especiais com os cortes:
• Cortes em rochas é aconselhável utilizar drenos cegos e uma camada 
drenante para evitar acúmulo de água nos pontos mais baixos criados pela 
escavação;
Equipamentos para terraplanagem
Tipos de execução de terraplanagem (aprofundaremos nos equipamentos na
próxima aula)
A. Terraplenagem Manual  FERRAMENTAS utilizadas na escavação
B. Terraplenagem Mecanizada  Maquinas e Equipamentos
Tempo de Ciclo (T)
Tempo de ciclo de um equipamento é o intervalo de tempo
necessário para a execução de uma operação completa de uma série
de operações repetitivas.
Assim, o tempo de ciclo de um trator de lâmina que empurra uma
certa quantidade de terra, corresponde ao intervalo de tempo que o
mesmo consome em, iniciar o movimento de empurrar a terra,
parar, voltar, parar de novo e iniciar o movimento de empurrar uma
nova carga.
Tempo de Ciclo (T)
O tempo de ciclo pode ser decomposto em duas parcelas
denominadas de tempo fixo e tempo variável.
• Tempo fixo: é o necessário para que um equipamento possa
carregar (ou ser carregado), descarregar, fazer a volta, parar e
iniciar um novo ciclo, tempo esse mais ou menos igual em um
dado serviço;
• Tempo variável: é o necessário para que um equipamento se
locomova do local de carregamento, até o local onde efetua a
descarga e retorne ao local de carregamento
Tempo de Ciclo (T)
Os tempos fixos podem ser obtidos de tabelas fornecidas pelos
fabricantes de equipamentos, tabelas que indicam os tempos gastos
em condições normais de trabalho. Essas tabelas auxiliam na
elaboração de cálculos de produção.
É aconselhável determinar o tempo variável com maior precisão
no campo, registrando os tempos, efetivamente, gastos pelos
equipamentos, em condições reais de serviço.
Tempo de Ciclo (T)
T=tf+tV
Notações:
• Tempo de ciclo T;
• Tempo fixo tf; (escavação+ carga + manobras + descarga)
• Tempo variável tv (velocidade de ida e volta e distância de transporte)
Tempo de Ciclo (T)
tV=
0,06.𝑑
𝑉
Notações:
• V=velocidade (km/h)
• d=distância de transporte do trecho (m)
• tV=tempo variável total (min)
Fator de eficiência (FE)
Se não houvesse perda de tempo na jornada diária de trabalho, a
eficiência seria de cem por cento (100%) e o valor do FE, alcançaria a
unidade (1,0).
Esse valor só é obtido em casos excepcionais. Em uma hora de trabalho
diário devem ser descontados os minutos perdidos por razões tais, como:
a) Espera de unidades auxiliares;
b) Pequenos reparos mecânicos e a manutenção preventiva;
c) Breves pausas causadas pela fadiga do operador;
d) Recebimento ou transmissão de instruções.
Fator de eficiência (FE)
FE=
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜
1 ℎ𝑜𝑟𝑎(60𝑚𝑖𝑛)
Ex. FE=50/60 50minutos de efetivo serviço em uma hora de trabalho
Rendimento da máquina (produção horária)
R=
𝑄
𝑇
. 𝑓. FE (m³/min) ou R=
𝑄
𝑇
.f.FE.60 (m³/h) 
Notações:
• R- rendimento ou produção real
• Q- capacidade da caçamba (m³)
• FE- fator de eficiência
• T- tempo de ciclo (min)
• f- fator de conversão de volume
Rendimento da máquina
• Rendimento medido no corte
Rc=
(𝑄.𝑓.𝐹𝐸.60)
𝑇
(m³/h)
• f=
𝑑
𝑇
𝑑
𝐶
• Q- volume solto no transporte
Rendimento da máquina
• Rendimento medido no transporte
RT=
(𝑄.𝐹𝐸.60)
𝑇
(m³/h)
• f=
𝑑
𝑇
𝑑
𝑇
= 1
• Q- volume solto no transporte
Rendimento da máquina
• Rendimento medido no aterro
RA=
(𝑄.𝑓.𝐹𝐸.60)
𝑇
(m³/h)
• f=
𝑑
𝑇
𝑑
𝐴
Q- volume solto no transporte
Exercício de aplicação
1) Uma Pá-Mecânica cuja capacidade da caçamba é de 2,0 m³ está executando
uma escavação com depósito lateral num ciclo completo de aproximadamente
50 segundos. Qual a sua Produção Horária (rendimento)?
• Densidade no corte: 1, 6
• Densidade na caçamba: 1,2
• Eficiência: 80%
Solução
-Calculo do fator de conversão de volumes:
f=
𝑑
𝑇
𝑑
𝐶
=
1,2
1,6
=0,75
-Calculo da produção horária
RT=
(𝑄.𝑓.𝐹𝐸.3600)
𝑇
=
2.0,75.0,8.3600
50
= 86,4m³/h
Exercício de aplicação
2) Um moto-scraper de 20 m³ de capacidade de caçamba executa um corte de
5.000 m³ a uma distancia média de transporte de 1.500m. Pede-se:
a) O rendimento no corte e no aterro;
b) O tempo total para execução do corte considerando uma jornada diária de
10 horas.
São dados: Motoscraper: FE = 0,75; Vel. ida= 40 km/h; Vel. volta= 60 km/h;
Tf(tempo fixo) = 3,25 min
Solo : dc = 1,8 ; dt = 1,1 ; dA = 1,6
Solução
a) Rendimento no corte e no aterro:
R=
(𝑄.𝑓.𝐹𝐸.60)
𝑇
Ciclo completo: T=tf+tV
tV=
1500.0,060
40
+
1500.60
60
=3,75min
T=3,25+3,75= 7min
Solução
a) Rendimento no corte e no aterro:
Rendimento medido no corte: f=
𝑑
𝑇
𝑑
𝐶
=
1,1
1,8
= 0,611
RC=
(20.0,611.0,75.60)
7
=78,56m³/h
Rendimento medido no aterro: f=
𝑑
𝑇
𝑑
𝐴
=
1,1
1,6
= 0,6875
RA=
(20.0,6875.0,75.60)
7
=88,39m³/h
Solução
b) Tempo para execução do corte:
RC=
𝑄
𝑇
(m³/h)=> t=
𝑄
𝑅𝑐
= 
5000
78,56
= 63,645 horas
Considerando a jornada de 10h/dia
t=
63,645 ℎ
10ℎ/𝑑𝑖𝑎
= 6,36 𝑑𝑖𝑎𝑠 = 1 𝑠𝑒𝑚𝑎𝑛𝑎
Fazer !
Formar grupos e fazer uma pesquisa rápida e apresentar, sobre o que faz e qual o(s) 
principal(s) equipamento(s) que representam cada um dos tipos de equipamento 
abaixo:
• Unidades Escavadoras-empurradoras; 
• Unidades Escavadoras-transportadoras; 
• Unidades Escavadoras-carregadoras; 
• Unidades Aplainadoras; 
• Unidades de Transporte;
Muito Obrigada!

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