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O Brasil mais maduro – Os desafios para garantir a maior idade. Com os avanços na medicina, a expectativa de vida do ser humano tende a crescer cada vez mais. No Brasil, de acordo com o IBGE, esse aumento é significativo e reflete no número de idosos que compõem sua população. Entretanto, mesmo com essa longevidade, o país apresenta muitas falhas no que diz respeito ao trato com a melhor idade, tanto no âmbito familiar quanto no espaço público, visto que é preciso lhes garantir qualidade de vida, visando suas necessidades físicas, psicológicas e legais. Apesar da existência do Estatuto do Idoso, que garante a eles direito a saúde de qualidade, alimentação e lazer, por exemplo, ainda é alarmante o grau de desvalorização sofrido pelos mais velhos. Devido às limitações advindas da idade, sejam elas físicas, sejam psicológicas, os mais jovens os colocam como elementos descartáveis da sociedade, porque consomem mais do que são capazes de produzir para o coletivo. Ainda que existam jovens defendendo a valorização do idoso, é preciso ir além da teoria e respeitá-los na prática do dia a dia. Além disso, há uma negligência do Poder Público, que propicia atendimento e acesso de má qualidade à saúde pública, com grande defasagem no fornecimento de medicamentos. Sendo assim, os desafios para melhor garantir qualidade de vida à terceira idade são principalmente causados pelo comportamento individualista e excludente dos indivíduos em seus diversos círculos sociais. Falta empatia e paciência para observar e perceber a necessidade do outro e as possibilidades de aprendizado e ensinamento que uma relação entre uma pessoa mais jovem e outra mais velha pode proporcionar. Ainda é preciso ressaltar que o mundo contemporâneo, informatizado e imediatista, opera em tempo diferente do deles, o que não facilita a convivência dos idosos em sociedade e contribui para uma sensação ainda maior de exclusão e inadequação. Fica claro, portanto, que as dificuldades de interação e convivência do idoso em sociedade são reais e sérias, e que, para minimizar e por fim extinguir nessa desvalorização, é necessário um trabalho continuado de conscientização. O Governo precisa investir na saúde pública e em profissionais bem capacitados. Há também Núcleos de Estudo da Longevidade em Universidades, cuja ideia é de prevenção e busca de melhor vivência dessa fase. Daí o cuidado com a saúde, a inclusão em meios sociais, garantia de direitos e oportunidades trabalhistas, ampliação de interesses e incentivo a novos sonhos e planos que antes não eram ou não pareciam ser viáveis. Cabe também à família atuar de forma transformadora, fornecendo um lar acolhedor e nunca opressor, de modo que o idoso se sinta valorizado. Os desafios da educação inclusiva no Brasil. Um direito, não um favor O acesso à educação é um direito básico e de extrema relevância para a formação do indivíduo – sem qualquer distinção – enquanto cidadão. Entretanto, apesar de assegurado em lei, a dificuldade encontrada por uma parcela da sociedade, dando ênfase às crianças e jovens com deficiências, acaba por limitar a concretização dessa garantia. Nesse sentido, a aprovação da Lei Brasileira de Inclusão (LBI), também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, configura um grande avanço. Devemos, contudo, analisar de forma crítica sua aplicação prática, bem como seu diálogo com o atual sistema de ensino. Em primeiro lugar, é preciso falar daquilo que é apontado pelos responsáveis como um dos maiores obstáculos encontrados: a falta de acessibilidade. Isso engloba desde a escassez estrutural até a ausência de profissionais capacitados e preparados para lidar com as necessidades dessas crianças. Essa situação, aliada à cobrança indevida de taxas extras, feita por muitos estabelecimentos, causa revolta e impotência nos responsáveis, como foi mostrado em reportagem exibida no começo de 2016 pelo Fantástico. Por esse motivo, a LBI tem tamanha importância: busca sanar os problemas de livre acesso, visando à sua igualdade e permanência previstas na Constituição. Além disso, não podemos deixar de questionar o modelo atual de ensino adotado não só no Brasil, mas em grande parte do mundo. A exclusão, nesse contexto, não se restringe às crianças com necessidades especiais, mas tende a rejeitar também as superdotadas e portadoras de transtornos como o déficit de atenção. O modelo rígido de avaliações limita a análise do aprendizado a resultado em provas e termina por, como disse a coordenadora de Educação Especial de Florianópolis, Rosangela Machado, causar sofrimento para a criança, não valorizando seu real potencial. Por esse motivo, por muito tempo defendeu-se a ideia de que crianças com deficiência e transtornos deveriam frequentar escolas diferentes das ditas “crianças normais” ou tomar medicamentos para se adaptar ao padrão, reiterando a sua exclusão. É válido destacar, contudo, que a lei aprovada com o fim de garantir a inclusão nesses ambientes possui pontos passíveis de críticas. As adaptações e contratações de profissionais para atender a essa demanda geram custos paras as escolas. Manter um psicólogo especializado, um terapeuta ocupacional ou um fonoaudiólogo sem ter alunos nessas condições é uma despesa sem retorno, contudo, o estabelecimento precisaria estar pronto para receber esse aluno tão bem quanto qualquer outro, quando solicitado. Essa questão se mostra mais difícil quando falamos de escolas menores, não das grandes redes de ensino. Portanto, para que a LBI não seja apenas mais uma lei que não sai do papel, torna-se necessário levar em consideração a sua aplicação e obstáculos. Fica claro que é fundamental repensar, por meio da mobilização dos mais diversos setores da sociedade, em especial das famílias em parceria com o Estado, a forma de educar para incluir. Outra ação por parte deste deve ser a criação de associações, o fornecimento de incentivos e subsídios para as instituições privadas e a garantia de estabelecimentos bem equipados e preparados na rede pública. Por fim, é preciso, por parte das escolas, investir na contratação de profissionais qualificados – parcerias com empresas especializadas sanariam a questão da manutenção ociosa – e na capacitação daqueles que já integram seus quadros, além da adaptação do espaço físico. Assim, caminharemos para uma sociedade mais justa, na qual direitos não são tratados como favores. Os impactos da propaganda no Brasil contemporâneo. Educar para consumir A revolução industrial foi marcada pela excedente produção. Desde então, a lógica capitalista é aumentar o poder de consumo da população, estimulando a forma de gastar dos indivíduos. Além disso, com os avanços tecnológicos e dos meios de comunicação, surge o fenômeno da globalização e, com ele, a propaganda, principal responsável pelo consumo exagerado. No entanto, estimular o consumo, sem conscientizar os consumidores, tem acarretado diversos problemas sociais e ambientais. Em primeiro lugar, é importante ressaltar os impactos da propaganda na desigualdade social. Um dos fatores que contribuíram para o aumento do consumo foi a ascensão da classe C. Muitas dessas pessoas, que antes viviam marginalizadas, compram exageradamente, a fim de minimizarem a exclusão. Como a mídia e a propaganda são responsáveis por impor um padrão vida, boa parte da população gasta mais do que pode para se enquadrar nos moldes de uma sociedade dita perfeita. Entretanto, deve ser levado em consideração, também, o fato de o âmbito da publicidade gerar empregos em diversas áreas, dando, assim, oportunidades a muitas pessoas. Ademais, é imprescindível destacar os impactos ambientais causados pelo consumo exagerado incitado pela propaganda. O fenômeno chamado obsolescência programada consiste na prática de alguns produtores de desenvolver produtos com vida útil inferior à permitida pela tecnologia, motivando, assim, os consumidores a comprarem um novo modelo em pouco tempo. A propaganda tem papel fundamental nesse fenômeno, pois faz com que o indivíduo queira adquirir um novo produto, mesmoque não precise. Essa troca aumenta a produção de lixo, principalmente eletrônico. Além disso, o estímulo de produção gera mais gastos de energia e emissão de gases poluentes. Fica claro, portanto, que o consumo é um hábito enraizado. Mesmo que a publicidade tenha aspectos positivos, é preciso educar a sociedade quanto à questão do consumismo. Cabe à família controlar os gastos dos seus filhos desde cedo, não dando a eles o que não for necessário. A reciclagem e as orientações sobre os hábitos de consumo devem ser introduzidas na vida escolar, assim como o governo deve investir mais em pesquisas sobre desenvolvimento sustentável e, em parceria com a mídia, trabalhar a ideia de compra responsável, de forma que não haja desperdícios. Dessa maneira, minimizaremos os problemas sociais e ambientais. A cultura de assédio no Brasil. Belas, respeitadas, do lar e do bar No século XIX, o Romantismo transmitia, pela representação de personagens literárias, uma conduta de submissão feminina que compactuava com os valores morais da época. Nos dias atuais, a escritora nigeriana Chimamanda Adichie alega que o problema do gênero consiste em descrever como devemos ser, em vez de reconhecer quem somos, o que comprova um modelo arcaico enraizado na sociedade. Nesse sentido, a cultura de assédio no Brasil é fruto de reflexos históricos e, para garantir o respeito e liberdade à mulher, intervenções são necessárias. Primeiramente, uma das causas dos assédios é a visão machista sobre a conduta feminina. Mesmo que o Feminismo tenha assegurado maior autonomia política e social à mulher, o patriarcalismo ainda a subjuga pela sua vestimenta, direito de ir e vir e empoderamento. Desse modo, os ideais conservadores se sobrepõem à realidade. Em 2016, a revista Veja entrevistou a esposa do vice-presidente Michel Temer, em uma reportagem intitulada “bela, recatada e do lar”. Tal chamada unifica o papel da mulher, pois o machismo justifica que aquelas que fujam a esse padrão ao usarem roupas curtas e saírem desacompanhadas estão propícias ao abuso. Além disso, há hoje a banalização do assédio e as redes sociais se tornaram uma ferramenta para tentar combatê-lo. Nas ruas, festas, trabalho e até dentro da própria casa as cantadas, puxadas no cabelo e as tentativas de reprimir a vítima à violência sexual são ações que se naturalizaram, já que acontecem cotidianamente na vida de muitas mulheres. Para engajar jovens e adultas contra a sensação de impunidade, campanhas virtuais como “Meu Primeiro Assédio”, “Me avisa quando chegar” e “Vamos juntas?” percorreram o Facebook e o Twitter a fim de denunciar as opressões vividas, trocar experiências e atrair a atenção da mídia e das pessoas para conterem esse mal. Portanto, a cultura de assédio se solidificou na sociedade brasileira. A fim de alterar o olhar machista, debates e aulas de conscientização às crianças nas escolas fomentarão o respeito aos direitos da mulher. Ademais, os meios de comunicação, com impacto apelativo, devem transmitir noticiários sobre a equidade de gêneros e problematizar a banalização do abuso, induzindo a reflexão e mudança na conduta dos indivíduos. O Governo, ainda, sendo mais punitivo nas leis contra essa situação garantirá o reconhecimento da liberdade feminina, como anseia Chimamanda. A imparcialidade da imprensa brasileira em discussão no século XXI. Na prática, a teoria é outra Com a invenção da imprensa no século XV e o advento do rádio e da televisão no XX, a comunicação e a divulgação de ideias foi amplamente facilitada. Graças a isso, hoje podemos saber das notícias em tempo real e estar sempre informados sobre o mundo. A mídia é, então, detentora de uma grande função na sociedade moderna. No entanto, seu papel principal, que é o de informar, vem sendo realizado sem a responsabilidade devida, negando, muitas vezes, seus próprios preceitos. Em primeiro lugar, é importante destacar o problema da parcialidade midiática no Brasil. O quarto poder, no nosso país, não está longe dessa realidade alarmante. Assim como no resto do mundo, a imprensa vem exercendo um papel bastante contrário ao original, mostrando-se extremamente tendenciosa e manipuladora. Exemplo disso foi a cobertura jornalística das manifestações contra o aumento das passagens em 2013, em que muito pouco se via a real situação das ruas pelo Brasil, o que foi uma clara tentativa de esconder a repressão vivida pelos manifestantes. Nesse panorama, cabe avaliar de que maneira essa parcialidade se dá na sociedade brasileira e sua respectiva consequência. É comum que liguemos a televisão ou abramos um jornal e vejamos somente um lado da moeda, principalmente quando a notícia ou reportagem é de cunho político. Isso gera não só uma população desinformada, mas acrítica e manipulada. Por isso, é importante refletir que, embora a imparcialidade seja difícil de ser alcançada, deve ser amplamente buscada, especialmente por aqueles que assumem a grande responsabilidade desse papel social. É preciso, portanto, que encaremos que temos um grande problema nas mãos que, principalmente em um período político instável, precisa ser resolvido. Para tanto, o governo e a população em geral devem agir em conjunto, aquele promovendo o projeto regulamentação da mídia, que não só estabeleceria regras de ação, como punições para possíveis descumprimentos, esta denunciando massivamente tudo aquilo que considerar um desvio. A escola, com palestras e debates, além de aulas de análise do discurso, pode investir em um olhar diferente por parte de seus alunos, de forma que, ainda que existam produções parciais, o indivíduo saiba interpretar e se posicionar com relação ao que foi apresentado. Dessa forma, a teórica imparcialidade ficará um pouco mais próxima da prática, e a informação será, com verdade, um serviço de utilidade pública. a coletânea de textos completa para este tema e faça já a sua redação: A saúde da mulher grávida em discussão no Brasil. Não apenas as dores do parto Dentre os graves problemas que assolam hoje a sociedade brasileira, é de se destacar a situação da mulher durante a gravidez. Época naturalmente turbulenta e sensível em suas vidas, tanto por questões de ordem biológica quanto de psicológicas, mas que costumava ser sinônimo de alegria, é vivenciada hoje como um drama para muitas brasileiras e suas famílias. As circunstâncias sociais que fazem parte dessa fase e o tratamento dispensado às gestantes exigem respostas eficazes por parte da sociedade e do poder público. Em primeiro lugar, é preciso discutir a questão das gestações indesejadas em nosso país. Muitos apontam que isso seria um reflexo da falta de planejamento familiar e de informação, sobretudo nas camadas populares, nas quais o acesso à informação é mais frágil, particularmente na adolescência. Não é incomum que esses quadros gerem uma série de conflitos pessoais, seja de ordem financeira, seja emocional, aumentando, assim, a taxa de abandono de recém-nascidos e de abortos clandestinos e colocando em risco muitas vidas. É evidente que se trata de um problema de saúde pública. Outro fator importante a ser analisado é a qualidade dos serviços de saúde destinados a atender as gestantes, tanto no âmbito público quanto no privado. Um dos pontos mais levantados recentemente sobre o sistema diz respeito à violência obstétrica. Práticas feitas durante o parto prejudicam sua boa evolução, aumentando o risco de sequelas graves ou morte para mãe e bebê e que atinge uma em cada quatro mulheres no Brasil, de acordo com a pesquisa Mulheres Brasileiras e Gênero nos Espaços Público e Privado, divulgada em 2010. Como fica claro no título da apuração da Fundação Perseu Abramo, esse cenário não se limita à rede pública, sendo, portanto e infelizmente, um problema “democrático” em sua abrangência. Sendo assim, não é inapropriado concluir que os dramas enfrentados no Brasil pelas grávidas não se reduzem às dores do parto. É preciso tomar atitudes buscando permitir que essa fase seja tão bem vivida quanto deveria ser. Por essa razão, é preciso que o Ministérioda Saúde, em parceria com escolas, invista em campanhas de planejamento familiar, tendo como alvo a população carente e os adolescentes. É relevante, por fim, um maior controle por parte dos órgãos responsáveis, punindo os profissionais e hospitais que ajam de forma antiética, prejudicando a integridade da mulher e do recém-nascido, desde a fase pré-natal até o nascimento. Resguardando os direitos das gestantes, estaremos lutando pelo futuro de nosso país. A violência na escola em questão no Brasil O bê-á-bá da violência A escola é, sobretudo, um local dedicado completamente à educação dos jovens. Porém, a cada dia tem se tornado, também, um palco de intolerância e violência. Esse não é um problema novo. Há muito tempo essas instituições deixaram de ser portos seguros. O que era tratado, antes, como uma questão disciplinar, hoje é visto como delinquência juvenil, chegando próximo à criminalidade. Por isso, é fundamental que esses próprios locais de ensino e famílias se façam intensamente presentes na vida do aluno. Em primeiro lugar, é importante destacar de que forma esse tipo de violência se propaga em um meio tão estranho à sua existência. Hoje, a questão do celular é umas das mais polêmicas, com relação a isso. Talvez o aparelho seja um dos maiores disseminadores desses atos ao gravar e propagar brigas, além de incentivar intrigas e rachas dentro de sala, até mesmo na questão do cyberbullying. Apesar da proibição, por lei, do uso dessa tecnologia em sala de aula, a presença exagerada desses meios nos colégios pode ser um agravador nos atos violentos. Outro fator determinante para a violência nas escolas é a segurança que aluno sente nesse ambiente. Se identificar com os professores, se sentir amparado e manter boas relações com os colegas é primordial para que isso não ocorra. Muitas vezes, o distanciamento criado entre aquela que dá aula e o que a vê pode alimentar essa agressividade, além da ideia de concorrência, investimento de muitos colégios. São inúmeros os casos, hoje, de estudantes violentando seus mestres, seus próprios colegas e até destruindo o ambiente escolar, o que pode ser reflexo direto dessa falta de proximidade entre o aluno e o ambiente em que está – ou deveria estar – inserido. Torna-se evidente, portanto, que a violência escolar, no Brasil, tem causas e consequências graves, sendo necessário que medidas sejam pensadas a fim de minimizar ou até resolver esse problema. Dessa maneira, para a retração desse cenário, pode-se pensar em uma redefinição das regras do uso de aparelhos celulares em sala, por parte da escola e, também, em uma conversa com os próprios pais. Além disso, é fundamental a orientação, da família, das instituições e dos próprios alunos, por especialistas em psicologia escolar. A psicopedagogia pode ser utilizada para que os estudantes se sintam à vontade com o diálogo, com a construção de relações de empatia para com seus colegas e com o ambiente em que passam a maior parte da sua semana. Só assim, revendo regras e debatendo ideias, será possível fazer do ambiente escolar um verdadeiro aprendizado para a vida em sociedade, e não um propagador de atitudes violentas. ompleta para este tema e faça já a sua redação: As atividades terroristas em questão no Brasil. A questão da segurança sempre foi um problema brasileiro, mas a iminência de ataques terroristas como os que assolam o continente europeu, por exemplo, não faziam parte da nossa realidade. Entretanto, devido aos megaeventos que vêm acontecendo no país, desde a Jornada Mundial da Juventude até as Olimpíadas de 2016, seria no mínimo imprudente pensar que o Brasil não se tornou um possível alvo. Por isso, a aprovação de uma lei antiterrorismo, em um período de grande recepção de turistas, ganhou destaque na pauta do Congresso Nacional e já está em vigor. Aqui, a preocupação está na própria definição dos atos e no preparo do país com relação a possíveis ataques, sendo necessárias medidas que evidenciem a necessidade de planejamentos de segurança antes do próximo megaevento. Em primeiro lugar, é importante considerar a definição de terrorismo e suas implicações no Brasil. O conceito abarca todo e qualquer ato de protesto violento que pretenda modificar determinados governos por meio do “terror”. No nosso país, a primeira proposta de lei, muito vaga e propensa a vastas interpretações, foi veementemente criticada. Por isso, a nova formulação tipificou terrorismo como apenas a prática de atos violentos com o intuito de intimidar o Estado. Sendo assim, excluiu-se o artigo no qual os manifestantes poderiam ser enquadrados como criminosos. Isso é importante, já que garante o direito de todo cidadão manifestar-se tanto a favor quanto contra o governo, de maneira pacífica e organizada. É crucial destacar, também, o valor da criação dessa lei em um momento oportuno. O Brasil, em um cenário normal, não corre nenhum risco ou possui ameaças iminentes de ataques terroristas, mas devemos entender que, em um contexto de Olimpíadas, é importante oferecer segurança para que as delegações se sintam protegidas ao estarem no Brasil. Assim, evitaremos que aconteça, por exemplo, outro “Massacre de Munique”, no qual 11 atletas olímpicos israelenses foram mortos por palestinos, em 1972, nas Olimpíadas da Alemanha. A medida, então, abre os olhos da autoridade para o problema e pede providências que assegurem a população e os visitantes. É evidente, portanto, que, a fim de que sejam prevenidos possíveis ataques terroristas e para garantir uma sensação de segurança durante os grandes eventos, o governo pode trabalhar no aumento do policiamento e, em parceria com o setor privado, aproveitar modernos recursos de tecnologia para a prevenção de atos de terror. Além disso, a mídia, em parceria com as escolas, pode trabalhar na conscientização da população da gravidade do ato terrorista e da punição, agora legal, dos crimes. Só assim poderemos, enfim, preparar o Brasil para qualquer ameaça, criando um sentimento e um legado de segurança no país e deixando a festa dos megaeventos acontecer sem maiores preocupações. Os desafios no mercado de trabalho do Brasil contemporâneo. Crise econômica. Desigualdade social. Desemprego. Infelizmente, é nesse contexto em que, atualmente, vive o brasileiro. A dificuldade para ingressar no mercado de trabalho é uma problemática real, ocasionada por diferentes motivos – desde os desafios enfrentados pela situação econômica do país até os problemas enraizados na nossa sociedade, como o preconceito racial e de gênero, e má qualidade de educação. Em primeiro lugar, é importante analisar o cenário econômico em que o Brasil se encontra. Qualquer indivíduo com a mínima noção do assunto é capaz de perceber os sinais de deterioração da economia brasileira e, também, entender como isso interfere na oferta de empregos. A partir do momento que o país se encontra em uma crise, acontecem as demissões em massa e os empregadores param de oferecer vagas. Dessa forma, aqueles que estão sem trabalho, principalmente os recém-formados, acabam recorrendo a subempregos. Além disso, é importante ressaltar outros obstáculos que não fazem parte de uma situação passageira. É evidente que ainda vivemos em uma sociedade racista, e esse problema aparece, nitidamente, no mercado de trabalho. Não são dadas as mesmas oportunidades aos negros, como são aos brancos. Assim como o racismo, o machismo também está evidenciado nesse cenário, dificultando a inserção das mulheres e a valorização do seu trabalho, principalmente refletindo na discrepância entre os salários feminino e masculino. Outro fator preocupante é a má qualidade de diversas instituições de ensino, gerado pela “comercialização” da educação, que acabam formando profissionais não tão qualificados para entrar no mercado de trabalho. Fica claro, portanto, que a situação vivida pelos brasileiros não evidencia uma solução prática e de curto prazo. Cabe ao governo a responsabilidade de tomar as medidas necessárias para amenizar os reflexos da crise, nesse cenário, trabalhando nãosó na oferta de cargos públicos, mas também em parceria com empresas privadas, dando vantagens e estimulando a abertura de novas vagas. Cabe à sociedade dar as mesmas oportunidades a todos os indivíduos e educar para que esse erro não se repita no futuro. Com o próprio poder público, os subsídios poderiam, também, estimular uma contratação mais diversificada. Por fim, cabe às instituições de ensino investir, de fato, em uma boa formação, melhorando a mão de obra e inserindo indivíduos qualificados no mercado de trabalho. A importância da literatura na formação infantil. Ler engrandece a alma Na obra “Dom Quixote”, do escritor Miguel de Cervantes, o personagem Alonso Quijano cultivava o prazer pela leitura e explorava sua inclinação imaginária ao projetar seus sonhos, temores e emoções para o mundo fictício. Assim como ocorre com Alonso, as crianças também usufruem da fantasia e, a partir dela, criam novas visões e questionamentos; neste contexto, a literatura contribui na construção da formação infantil. No entanto, um empecilho ao desenvolvimento dos pequenos é que nem sempre há o estimulo à leitura, ficando clara a necessidade de alterações. Em primeiro lugar, muitas escolas não utilizam os livros literários como um recurso aliado para instigar a curiosidade e o senso crítico dos alunos. A falta de projetos pedagógicos estimulantes em sala de aula e a ausência de acompanhamento dos pais são fatores que desencorajam as crianças, em geral, a não terem o hábito da leitura, uma vez que esses pequenos não têm uma referência que os motive. Além disso, a formação cidadã do indivíduo começa desde a infância, e a literatura pode ser usada para, desde já, combater pré-conceitos, como visto nas obras de Maurício de Sousa, que utiliza seus personagens para dialogar sobre a inclusão de deficientes visuais e físicos, por exemplo. Outra barreira que compete atenção com escritores destinados ao público infantil é a tecnologia. O problema não consiste nas novas formas de entretenimento, mas no tempo que as crianças se dedicam às redes sociais e jogos eletrônicos, fazendo com que, na maioria das vezes, não haja espaço para a leitura. Desse modo, seus interesses podem se limitar apenas às satisfações do mundo globalizado, provocando um desprendimento às indagações e ao desenvolvimento criativo fomentado pela literatura, como, ainda, o desinteresse pela convivência em grupo. Portanto, medidas devem ser tomadas a fim de instigar os pequeninos o hábito de ler, visto que a literatura é imprescindível na formação infantil. Para tal, as escolas podem promover rodas de leitura, a criação de peças teatrais baseadas nas obras lidas e a inserção de bibliotecas nas instituições engajarão os alunos ao costume de ler. Ademais, o pais também devem dar o exemplo e acompanhar a desenvoltura dos filhos. Ainda que vivamos na Era Digital, é preciso que os responsáveis organizem os períodos que seus filhos desfrutam da tecnologia para que haja tempo para a leitura. Em casa, contar histórias e ajudá-los a ler aumentarão, assim, o vínculo familiar e farão com que a literatura seja algo prazeroso e não taxado como obrigatório. ENEM 2014: PUBLICIDADE INFANTIL O verdadeiro preço de um brinquedo É comum vermos comerciais direcionados ao público infantil. Com a existência de personagens famosos, músicas para crianças e parques temáticos, a indústria de produtos destinados a essa faixa etária cresce de forma nunca vista antes. No entanto, tendo em vista a idade desse público, surge a pergunta: as crianças estariam preparadas para o bombardeio de consumo que as propagandas veiculam? Há quem duvide da capacidade de convencimento dos meios de comunicação. No entanto, tais artifícios já foram responsáveis por mudar o curso da História. A imprensa, no século XVIII, disseminou as ideias iluministas e foi uma das causas da queda do absolutismo. Mas não é preciso ir tão longe: no Brasil redemocratizado, as propagandas políticas e os debates eleitorais são capazes de definir o resultado de eleições. É impossível negar o impacto provocado por um anúncio ou uma retórica bem estruturada. O problema surge quando tal discurso é direcionado ao público infantil. Comerciais para essa faixa etária seguem um certo padrão: enfeitados por músicas temáticas, as cenas mostram crianças, em grupo, utilizando o produto em questão.Tal manobra de “marketing” acaba transmitindo a mensagem de que a aceitação em seu grupo de amigos está condicionada ao fato dela possuir ou não os mesmos brinquedos que seus colegas. Uma estratégia como essa gera um ciclo interminável de consumo que abusa da pouca capacidade de discernimento infantil. Fica clara, portanto, a necessidade de uma ampliação da legislação atual a fim de limitar, como já acontece em países como Canadá e Noruega, a propaganda para esse público, visando à proibição de técnicas abusivas e inadequadas. Além disso, é preciso focar na conscientização dessa faixa etária em escolas, com professores que abordem esse assunto de forma compreensível e responsável. Só assim construiremos um sistema que, ao mesmo tempo, consiga vender seus produtos sem obter vantagem abusiva da ingenuidade infantil. PUBLICIDADE INFANTIL "A publicidade infantil movimenta bilhões de dólares e é responsável por considerável aumento no número de vendas de produtos e serviços direcionados às crianças. No Brasil, o debate sobre a publicidade infantil representa uma questão que envolve interesses diversos. Nesse contexto, o governo deve regulamentar a veiculação e o conteúdo de campanhas publicitárias voltadas às crianças, pois, do contrário, elas podem ser prejudicadas em sua formação, com prejuízos físicos, psicológicos e emocionais. Em primeiro lugar, nota-se que as propagandas voltadas ao público mais jovem podem influir nos hábitos alimentares, podendo alterar, consequentemente, o desenvolvimento físico e a saúde das crianças. Os brindes que acompanham as refeições infantis ofertados pelas grandes redes de lanchonetes, por exemplo, aumentam o consumo de alimentos muito calóricos e prejudiciais à saúde pelas crianças, interessadas nos prêmios. Esse aumento da ingestão de alimentos pouco saudáveis pode acarretar o surgimento precoce de doenças como a obesidade. Em segundo lugar, observa-se que a publicidade infantil é um estímulo ao consumismo desde a mais tenra idade. O consumo de brinquedos e aparelhos eletrônicos modifica os hábitos comportamentais de muitas crianças que, para conseguir acompanhar as novas brincadeiras dos colegas, pedem presentes cada vez mais caros aos pais. Quando esses não podem compra-los, as crianças podem ser vítimas de piadas maldosas por parte dos outros, podendo também ser excluídas de determinados círculos de amizade, o que prejudica o desenvolvimento emocional e psicológico dela. Em decorrência disso, cabe ao Governo Federal e ao terceiro setor a tarefa de reverter esse quadro. O terceiro setor – composto por associações que buscam se organizar para conseguir melhorias na sociedade – deve conscientizar, por meio de palestras e grupos de discussão, os pais e os familiares das crianças para que discutam com elas a respeito do consumismo e dos males disso. Por fim, o Estado deve regular os conteúdos veiculados nas campanhas publicitárias, para que essas não tentem convencer pessoas que ainda não têm o senso crítico desenvolvido. Além disso, ele deve multar as empresas publicitárias que não respeitarem suas determinações. Com esses atos, a publicidade infantil deixará de ser tão prejudicial e as crianças brasileiras poderão crescer e se desenvolver de forma mais saudável." PUBLICIDADE INFANTIL Por um bem viver 'O ornamento da vida está na forma como um país trata suas crianças'. A frase do sociólogo Gilberto Freyre deixa nítida a relação de cuidado que uma nação deve ter com as questões referentes à infância. Dessa forma, é válido analisar a maneira como o excesso de publicidade infantil pode contribuir negativamente para o desenvolvimento dos pequenos e do Brasil. É importante pontuar, de início, que a abusivapublicidade na infância muda o foco das crianças do que realmente é necessário para sua faixa etária. Tal situação torna essas crianças pequenos consumidores compulsivos de bens materiais, muitas vezes desapropriados para determinada idade, e acabam por desvalorizar a cultura imaterial, passada através das gerações, como as brincadeiras de rua e as cantigas. Prova disso são os dados da UNESCO afirmarem que cerca de 85% das crianças preferirem se divertir com os objetos divulgados nas propagandas, tornando notório que a relação entre ser humano e consumo está “nascendo” desde a infância. É fundamental pontuar, ainda, que o crescimento do Brasil está atrelado ao tipo que infância que está sendo construída na atualidade. Essa relação existe porque um país precisa de futuros adultos conscientes, tanto no que se refere ao consumo, como às questões políticas e sociais, pois a atenção excessiva dada à publicidade infantil vai gerar adultos alienados e somente preocupados em comprar. Assim, a ideia do líder Gandhi de que o futuro dependerá daquilo que fazemos no presente parece fazer alusão ao fato de que não é prudente deixar que a publicidade infantil se torne abusiva, pois as crianças devem lidar da melhor forma com o consumismo. Dessa forma, é possível perceber que a publicidade infantil excessiva influencia de maneira negativa tanto a infância em si como também o Brasil. É preciso que o governo atue iminentemente nesse problema através da aplicação de multas nas empresas de publicidade que ultrapassarem os limites das faixas etárias estabelecidos anteriormente pelo Ministério da Infância e da Juventude. Além disso, é preciso que essas crianças sejam estimuladas pelos pais e pelas escolas a terem um maior hábito de ler, através de concessões fiscais às famílias mais carentes, em livrarias e papelarias, distando um pouco do padrão consumista atual, a fim de que o Brasil garanta um futuro com adultos mais conscientes. Afinal, como afirmou Platão: “o importante não é viver, mas viver bem”. PUBLICIDADE INFANTIL "Criança: futuro consumidor A propaganda é a principal arma das grandes empresas. Disseminada em todos os meios de comunicação, a ampla visibilidade publicitária atinge seu principal objetivo: expor um produto e explicar sua respectiva função. No entanto, essa mesma função é distorcida por anúncios apelativos, que transformam em sinônimos o prazer e a compra, atingindo principalmente as crianças. As habilidades publicitárias são poderosas. O uso de ídolos infantis, desenhos animados e trilhas sonoras induzem a criança a relacionar seus gostos a vários produtos. Dessa maneira, as indústrias acabam compartilhando seus espaços; como exemplo as bonecas Monster High fazendo propaganda para o fast food Mc Donalds. A falta de discussão sobre o assunto é evidenciada pelas opiniões distintas dos países. Conforme a OMS, no Reino Unido há leis que limitam a publicidade para crianças como a que proíbe parcialmente – em que comerciais são proibidos em certos horários -, e a que personagens famosos não podem aparecer em propagandas de alimentos infantis. Já no Brasil há a autorregulamentação, na qual o setor publicitário cria normas e as acorda com o governo, sem legislação específica. A relação entre pais, filhos e seu consumo se torna conflituosa. As crianças perdem a noção do limite, que lhes é tirada pela mídia quando a mesma reproduz que tudo é possível. Como forma de solucionar esse conflito, o governo federal pode criar leis rígidas que restrinjam a publicidade de bens não duráveis para crianças. Além disso, as escolas poderiam proporcionar oficinas chamadas de “Consumidor Consciente” em que diferenciam consumo e consumismo, ressaltando a real utilidade e a durabilidade dos produtos, com a distribuição de cartilhas didáticas introduzindo os direitos do consumidor. Esse trabalho seria efetivo aliado ao diálogo com os pais. Sérgio Buarque de Hollanda constatou que o brasileiro é suscetível a influências estrangeiras, e a publicidade atual é a consequência direta da globalização. Por conseguinte é preciso que as crianças, desde pequenas, saibam diferenciar o útil do fútil, sendo preparados para analisar informações advindas do exterior no momento em que observarem as propagandas." PUBLICIDADE INFANTIL "A Revolução Industrial, ocorrida inicialmente na Inglaterra durante o século XVIII, trouxe a necessidade de um mercado consumidor cada vez maior em função do aumento de produção. Para isso, o investimento em publicidade tornou-se um fator essencial para ampliar as vendas das mercadorias produzidas. Na sociedade atual, percebe-se as crianças como um dos focos de publicidade. Tal prática deve ser restringida pelo Estado para garantir que as crianças não sejam persuadidas a comprar determinado produto. A partir da mecanização da produção, o estímulo ao consumo tornou-se um fator primordial para a manutenção do sistema capitalista. De acordo com Karl Marx, filósofo alemão do século XIX, para que esse incentivo ocorresse, criou-se o fetiche sobre a mercadoria: constroi-se a ilusão de que a felicidade seria alcançada a partir da compra do produto. Assim, as crianças tornaram-se um grande foco das empresas por não possuírem elevado grau de esclarecimento e por serem facilmente persuadidas a realizarem determinada ação. Para atingir esse objetivo, as empresas utilizam da linguagem infantil, de personagens de desenhos animados e de vários outros meios para atrair as crianças. O Conselho Nacional de Direitos de Criança e do Adolescente aprovou uma resolução que considera a publicidade infantil abusiva, porém não há um direcionamento concreto sobre como isso vai ocorrer. É imprescindível uma maior rigidez do Estado sobre as campanhas publicitárias infantis, pois as crianças farão parte do mercado consumidor e devem ser educadas para se tornarem consumidores conscientes. Logo, o Estado deve estabelecer um limite para os comerciais voltados ao público infantil por meio da proibição parcial, que estabelece horários de transmissão e faixas etárias. Além disso, o uso de personagens de desenhos animados em campanhas publicitárias infantis deve ser proibido. Para efetivar as ações estatais, instituições como a família e a escola devem educar as crianças para consumirem apenas o que é necessário. Apenas assim o consumo consciente poderá se realizar a médio prazo." PUBLICIDADE INFANTIL "A publicidade infantil tem sido pauta de discussões acerca dos abusos cometidos no processo de disseminação de valores que objetivam ao consumismo, uma vez que a criança, ao passar pelo processo de construção da sua cidadania, apropria-se de elementos ao seu redor, que podem ser indesejáveis à manutenção da qualidade de vida. O sociólogo Michel Foucault afirma que 'nada é político, tudo é politizável, tudo pode tornar-se político'. A publicidade politiza o que é imprescindível ao consumidor à medida que abarca a função apelativa associada à linguagem empregada na disseminação da imagem de um produto, persuadindo o público-alvo a adquiri-lo. Ao focar no público infantil, os meios publicitários elencam os códigos e as características do cotidiano da criança, isto é, assumem o habitus – conceito de Pierre Bourdieu, definido como 'princípios geradores de práticas distintas e distintivas' – típico dessa faixa etária: o desenho animado da moda, o jogo eletrônico socialmente compartilhado, o brinquedo de um famoso personagem da mídia, etc. Por outro lado, a criança necessita de um espaço que a permita crescer de modo saudável, ou seja, com qualidade de vida. Os abusos publicitários afetam essa prerrogativa: ao promoverem o consumo exarcebado, causam dependência material, submetendo crianças a um círculo vicioso de compras, no qual, muitas vezes, os pais não podem sustentar. A felicidade é orientada para um produto, em detrimento de um convívio social saudável e menos materialista. De modo a garantir o desenvolvimento adequado da criança e diminuir os abusos da publicidade, algumas medidas devem ser tomadas. O governo deve investir empolíticas públicas que atuem como construtoras de uma 'consciência mirim', através de meios didáticos a fomentar a imaginação da criança, orientando-a na recepção de informações que a cercam. Em adição, os pais devem estar atentos aos elementos apropriados pelos seus filhos em propagandas, estimulando o espírito crítico deles, a contribuir para a futura cidadania que os espera." PUBLICIDADE INFANTIL "Desde o fim da Guerra Fria, em 1985, e a consolidação do modelo econômico capitalista, cresce no mundo o consumismo desenfreado. Entretanto, as consequências dessa modernidade atingem o ser humano de maneira direta e indireta: através da dependência por compras e impactos ambientais causados por esse ato. Nesse sentido, por serem frágeis e incapazes de diferenciar impulso de necessidade, as crianças tornaram-se um alvo fácil dos atos publicitários. Por ser uma questão de cunho global, as ações de propagandas infantis também são vivenciadas no Brasil. Embora a economia passe por um período de recessão, a vontade de consumir pouco mudou nos brasileiros. Com os jovens não é diferente, influenciados, muitas vezes, por paradigmas de inferioridade social impostos tanto pela mídia, quanto pela sociedade, além de geralmente serem desprovidos de uma educação de consumo, tornam-se adultos desorganizados financeiramente, ao passo que dão continuidade a esse ciclo vicioso. Diante desse cenário, os prejuízos são sentidos também pela natureza, uma vez que o descarte de materiais gera poluição e mudança climática na Terra. No entanto, o Brasil carece de medidas capazes de intervir em ações publicitárias direcionadas àqueles que serão o futuro da nação, hoje, facilmente manipulados e influenciados por personagens infantis e pela modernização em que passam os produtos. Em outras palavras, é preciso consumir de maneira consciente desde a infância, para que se construam valores e responsabilidade durante o desenvolvimento do indivíduo. Dessa forma, sabe-se que coibir a propaganda voltada ao público infanto-juvenil não é a melhor medida para superar esse problema. Cabe aos pais, cobrarem ações do governo – criação de leis mais rigorosas – além de agirem diretamente na formação e educação de consumo dos filhos: impondo limites e dando noções financeiras ainda enquanto jovens. Ademais, as escolas têm papel fundamental nesse segmento. É imprescindível, também, utilizar a própria mídia para alertar sobre os problemas ambientais decorrentes do consumo em larga escala e incentivar o desenvolvimento sustentável." PUBLICIDADE INFANTIL "Mais família e menos mídia Em Esparta, importante pólis grega, os meninos eram exaustivamente treinados para serem guerreiros que defenderiam sua cidade. Hoje, no Brasil, as crianças não tem essa preocupação: crescem e no futuro, podem escolher suas profissões. Porém, a publicidade infantil tem influenciado, não só este, mais inúmeros outros aspectos dos jovens, e não deveria. No Brasil, é comum que se ligue a televisão e esteja passando alguma propaganda com teor apelativo aos jovens: publicitários usam de inúmeros meios para atrair a atenção das crianças, e conseguem. Estas, cada vez mais conectadas a todo tipo de mídia, acabam se influenciando pelo que é divulgado na televisão e pedem aos seus pais que compre o que foi ofertado. O problema é que cabe aos pais escolher qual brinquedo o filho deve ter, por exemplo, e não ao grande empresário. Este tem como finalidade o lucro, enquanto aqueles querem o crescimento de seus jovens. Dessa forma, é comum que os donos de empresas criem brinquedos que não têm a menor intenção de ensinar nada às crianças. Os pais, pelo contrário, tendem a escolher, por exemplo, os brinquedos que passem a seus filhos conhecimentos que julguem necessários. Com a publicidade infantil, os empresários tomam para si, funções que cabem aos pais, e por isso este tipo de publicidade deve ter fim. Muitas pessoas, porém, pensa que esta é uma forma de censura, similar à que Vargas implantou com o Departamento de Imprensa e Propaganda, mas não é. Crianças ainda estão na fase de aprendizado básico e, pela falta de maturidade, não desenvolveram censo crítico: ao verem propagandas fantasiosas, acham que o produto é maravilhoso e desejam adquiri-lo no mesmo instante. Não sabem, porém, que o refrigerante possui muito corante – e pode desencadear uma alergia, ou que o brinquedo é muito frágil, e logo se quebrará. Os pais, por esses motivos, não irão comprar os produtos, o que, em muitos casos, deixará o filho desapontado. Sabendo que as crianças não têm censo crítico para selecionar o que é bom através da publicidade infantil, observa-se que estas devem ser pouco, ou nada, divulgadas. Vendo a questão publicitária sob esta ótica, um implemente à lei deve ser colocado em prática. Deve partir do Governo uma adequação ao projeto pedagógico brasileiro: aulas de filosofia e sociologia, colocadas na base da escola, ensinariam aos jovens como a mídia de comporta. Com o tempo, e a maturidade, as crianças verão que os pais estão, na maioria dos casos, corretos na formação que lhe deram. Dessa forma, a sociedade irá crescer e se desenvolver de forma mais humana e menos financeira." PUBLICIDADE INFANTIL "Amor à venda A vitória do capitalismo na Guerra Fria gerou muitas consequências para o mundo, sendo uma delas a competição desenfreada das multinacionais por novos mercados. Um dos principais alvos desse cenário são as crianças, indivíduos facilmente manipuláveis devido a sua pequena capacidade de julgamento crítico. Sua inocência é, dessa forma, cruelmente convertida em lucro, fato que não deve ser permitido nem tolerado. A infância é uma fase de formação e aprendizagem, sendo necessário, portanto, que os bons costumes sejam cultivados. É, também, uma fase em que tudo é novo e interessante. Dessa forma, os produtos apresentados em comerciais inevitavelmente seduzirão meninos e meninas que, por sua vez, passarão a pautar sua felicidade naquilo que podem adquirir. A ausência cada vez maior dos pais na vida dos filhos é outro fator que torna urgente a intervenção do Estado nos meios de comunicação. A presença constante o carinho paterno são, hoje, raros às crianças e, cientes disso, tentam compensar o desfalque lhes dando tudo o que pedem, desde carrinhos de controle remoto a iPhones. Mal sabem que o que estão fazendo é fomentar uma indústria que, aos poucos, aprisiona seus filhos ao materialismo e escraviza-os aos gostos do capitalismo. A proteção das crianças brasileiras quanto às investidas do mercado deve, portanto, ser promovida não apenas pelo Estado, mas também por aqueles que são responsáveis por sua formação. Ao primeiro cabe apresentar projetos de lei que limitem o teor persuasivo das propagandas. Sua aprovação contaria com a aprovação da população. Além disso, disciplinas extras poderiam ser criadas com o respaldo na atual LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), para que houvesse a conscientização desses 'pequenos cidadãos' no que se refere a problemática do consumo excessivo. Vale ainda citar o papel dos pais, aos quais cabe a importante função de ser um bom exemplo, afinal, a verdadeira felicidade não pode ser mediada por elementos materiais e sim pelo amor." PUBLICIDADE INFANTIL "Responsabilidade social A Revolução Técnico-Científica do século XX inaugurou a Era da Informação e possibilitou a divulgação de propagandas nos meios de comunicação, influenciando o consumo dos indivíduos de diferentes faixas etárias. Nesse contexto, a publicidade destinada ao público infantil é motivo de debates entre educadores e psicólogos no território nacional. Assim, a proibição parcial da divulgação de produtos para as crianças é essencial para um maior controle dos pais e para um menor abuso de grandes empresas sobre os infantes. Os indivíduos com idade pouco avançada, em sua maioria, ainda não possuem condições emocionais para avaliar a necessidade de compra ou não de determinado brinquedo ou jogo. Isso porque eles não desenvolveram o senso crítico que possibilita uma escolha conscientee não impulsiva por um produto, como já observou Freud em seus estudos sobre os desejos e impulsos do homem. Consequentemente, os pais, principais responsáveis pela educação dos filhos, devem ter o controle sobre o que é divulgado para eles, pois possuem maior capacidade para enxergar vantagens e desvantagens do que é anunciado. Além disso, pela pouca maturidade, as crianças são facilmente manipuláveis pela mídia. Isso ocorre por uma crença inocente em imagens meramente ilustrativas, que despertam a imaginação e promovem o deslocamento da realidade, deixando a sensação de admiração pelo produto. Como consequência, empresas interessadas na venda em larga escala e no lucro aproveitam esse quadro para divulgar propagandas enganosas, em muitos casos. Portanto, é fundamental uma regulação da publicidade infantil, permitindo-se o controle de responsáveis e impedindo-se ações irresponsáveis de muitas empresas. Faz-se necessário, então, que propagandas com conteúdo infantil sejam direcionadas aos responsáveis em horários mais adequados, à noite, por exemplo, evitando-se o consumo excessivo dos anúncios pelas crianças. Ademais, o Governo Federal deve promover uma central nacional de reclamações para denúncias de pais, via internet ou telefonema, que avaliem determinada informação como abusiva ou desnecessária na mídia. Assim, infantes viverão com maior segurança e proteção." PUBLICIDADE INFANTIL "Em meio a uma sociedade globalizada, é evidente o crescimento dos recursos capazes de estimular a adesão ao consumo. Em meio a esse contexto, encontram-se as propagandas destinadas às crianças, que, por possuírem seu caráter em processo de formação, tornam-se alvos fáceis desses anunciantes. A regulamentação da publicidade infantil constitui, assim, um fator imprescindível, visando à preservação da integridade mental desse público. Com o advento do capitalismo e, principalmente, do modelo liberal introduzido pelo pensador iluminista Adam Smith, as pessoas encontram-se inseridas em uma sociedade de consumo, na qual o apelo à adesão popular é realizado de diferentes formas, como, por exemplo, por meio da mídia. Diante disso, estão as crianças, que ao possuírem, muitas vezes, fácil acesso a veículos de comunicação massivos, são estimuladas a construírem um ideal de consumismo desenfreado, tento em vista que não possuem o discernimento entre o que é necessário e o que é supérfluo. Imersa nessa logística, encontra-se a participação de famosos em propagandas ou mesmo a alusão a desenhos animados, que visam ao convencimento da criança de que aquele produto anunciado é essencial. Isso evidencia a falta de regulamentação no setor de propagandas do país, já que não há sequer determinação de horários para a veiculação delas, proporcionando uma recepção massiva daquilo que é divulgado para o público infantil. A par disso, aqueles que são responsáveis pela promoção de tais propostas de adesão ao consumo mostram-se contrários à concretização da proposta, ratificando a preocupação exclusivamente econômica com a realização de uma publicidade desregulamentada. É certo que a mídia constitui um instrumento de massificação da sociedade e, por serem indivíduos que ainda estão em processo de construção do caráter, as crianças necessitam de medidas protecionistas, que garantam sua integridade mental. Nessa perspectiva, deve-se proibir a veiculação de propagandas infantis em determinados horários, como naqueles em que há uma programação destinada a esse público; com a instituição de leis federais. Dessa forma, anunciantes e emissoras devem ser fiscalizados e punidos com aplicação de multas em caso de desrespeito ao estabelecido. Além disso, é necessária a introdução de disciplinas de educação financeira e direcionada ao consumo, visando à formação de consumidores conscientes. Assim, a criança deixará de ser alvo dessas práticas apelativas.". TEMA: A persistência da violência contra mulher (940) Em uma das cenas mais célebres dos quadrinhos, o herói Homem Aranha se depara com um grupo de homens assediando uma garota em um beco. Indignado, o justiceiro ataca os criminosos e salva a jovem Mary Jane. Fora dos gibis, a violência contra mulher continua sendo uma realidade no Brasil, tornando necessária a tomada de novas medidas que resolvam definitivamente a questão. Contemporâneo do movimento feminista, o filósofo Jean-Paul Sartre afirmou que a violência, independente de como ela se manifestar, é sempre uma derrota. O Ministério da Saúde estima que 1 a cada 5 mulheres de até 40 anos sofrerá abuso sexual em algum momento da vida. Apesar da classificação do feminicídio como crime hediondo e da criação de leis específicas para proteger os brasileiros, o número de mulheres assassinadas aumentou 230% nos últimos 30 anos, mostrando que a violência persiste. Entretanto, muitos problemas dificultam a resolução do impasse. Por falta de funcionários e defensores públicos nos juizados, apenas 30% dos processos de violência doméstica são julgados. O restante acaba sendo arquivado e os culpados saem impunes. Ademais, por medo, ameaça do agressor ou desconhecimento de como proceder diante da violência muitas mulheres não os denunciam, perpetuando os abusos e a impunidade. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Em parceria com a Organização dos Advogados do Brasil, o Ministério da Justiça deve disponibilizar um maior número de defensores públicos para levar adiante e defender os processos de violência doméstica. Além disso, a Polícia Civil precisa criar uma ouvidoria pública online que receba denúncias anônimas de abuso contra a mulher e investigue-as, preservando a identidade e integridade das vítimas. De acordo com Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Assim sendo, o MEC instituirá nas escolas palestras ministradas por psicólogos, que discutam o combate à violência contra mulher e divulguem as formas de denunciar tais abusos, com o fito de conscientizar as futuros gerações e impedir futuros crimes.