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COMECANDO DO ZERO DIREITO PREVIDENCIARIO 2019 CDZ_DIR_PREV_AULA_10

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 Parte I
 
Parcelas do salário de contribuição não integrantes 
 
− Benefícios do RGPS, exceto salário-maternidade 
− ajuda alimentação ao trabalhador, vedado o pagamento em dinheiro; 
− vale-transporte (mesmo pago em pecúnia); 
- participação nos lucros ou resultados da empresa (PLR), quando paga ou creditada de acordo com lei específi-
ca; 
- aviso prévio indenizado*
- diárias de viagem
- Abonos e prêmios pagos habitualmente
 
*Nota PGFN 465/2016 (Receita Federal não mais autua empresas por não recolher contribuição nesse caso) 
 
- férias indenizadas e respectivo adicional constitucional; 
- complementação ao valor do auxílio-doença, desde que este direito seja extensivo à totalidade dos empregados 
da empresa; 
- valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica relativo a programa de previdência complemen-
tar, aberto ou fechado, desde que disponível à totalidade de seus empregados e dirigentes; 
- valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio da empresa ou por ela conveni-
ado, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses, órteses, 
despesas médico-hospitalares e outras similares; 
- auxílio-creche e reembolso-babá; 
- os valores correspondentes a transporte, alimentação e habitação fornecidos pela empresa ao empregado con-
tratado para trabalhar em localidade distante da de sua residência, em canteiro de obras ou local que, por força da 
atividade, exija deslocamento e estada, observadas as normas de proteção estabelecidas pelo Ministério do Tra-
balho***; 
 
*** MP 870/2019 
 
- valor correspondente a vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos ao empregado e utilizados no 
local do trabalho para prestação dos respectivos serviços; 
- o ressarcimento de despesas pelo uso de veículo do empregado, quando devidamente comprovadas as despe-
sas realizadas. 
 
CONTRIBUIÇÃO – empregados, domésticos e trabalhadores avulsos 
 
I - Contribuição dos empregados, trabalhadores avulsos e domésticos 
 
 
 
Os empregados, os empregados domésticos e os trabalhadores avulsos gozam de presunção de recolhimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A empresa retém a contribuição de seus empregados e recolhe no mesmo prazo em que deverá pagar suas con-
tribuições previdenciárias. 
 
O órgão o órgão portuário – tratando-se de trabalhadores avulsos portuários – ou a empresa que remunera o tra-
balho do avulso ou o sindicato – nos casos de não portuários – farão a retenção das contribuições e repassarão 
para a União. 
 
O empregador doméstico terá até o dia 07 do mês seguinte ao da competência para: 
 
− pagar a sua contribuição própria de empregador, correspondente a 8,8% sobre o salário de contribuição do 
empregado; 
− recolher a contribuição retida do empregado doméstico na alíquota correspondente à sua faixa de remunera-
ção. 
 
Contribuição do Contribuinte Individual 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Contribuição do MEI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Parte II
 
Art. 195, § 8º, CF: 
 
“O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônju-
ges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão 
para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção 
e farão jus aos benefícios nos termos da lei.” 
 
1,3% sobre a receita bruta, proveniente da comercialização da sua produção. 
 
 
 
 CONTRIBUIÇÃO DO EMPREGADOR DOMÉSTICO E DAS EMPRESAS
 
Conceito previdenciário de empregador doméstico 
 
A pessoa ou família que admite a seu serviço, sem finalidade lucrativa, empregado doméstico. 
 
O empregador doméstico terá até o dia 07 do mês seguinte ao da competência para: 
 
− pagar a sua contribuição própria de empregador, correspondente a 8,8% sobre o salário de contribuição do 
empregado; 
− recolher a contribuição retida do empregado doméstico na alíquota correspondente à sua faixa de remunera-
ção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Contribuição = 8,8% sobre o salário de contribuição do empregado doméstico. 
 
8% + 
 
0,8% de SAT (seguro de acidente do trabalho). 
 
Desconta a contribuição do segurado e repassa à União. 
 
Prazo de recolhimento = até o dia 07 do mês subsequente ao da competência. 
 
Conceito previdenciário de empresas 
 
Art. 15, I, Lei nº 8.212/91: 
 
“A firma individual ou sociedade que assume o risco da atividade econômica urbana e rural, com fins lucrativos ou 
não, bem como os órgãos e entidades da administração pública direta, indireta e fundacional.” 
 
, para os efeitos desta Lei, o contribuinte individual e a pessoa física na condição de pro-Equiparam-se a empresa
prietário ou dono de obra de construção civil, em relação a segurado que lhe presta serviço, bem como a coopera-
tiva, a associação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade, a missão diplomática e a repartição consular 
de carreira estrangeiras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CLUBE DE FUTEBOL PROFISSIONAL 
 
A contribuição empresarial da destinada à Segu-associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional 
ridade Social, em substituição à incidente sobre a remuneração de empregados e à GILRAT (20% + 1,2 ou 3%) 
será de: 
 
• 5% (cinco por cento) incidente sobre a receita bruta decorrente dos espetáculos desportivos de que participem 
em todo território nacional em qualquer modalidade desportiva, inclusive jogos internacionais; 
 
 o promotor do evento responsável pelo recolhimento da contribuição no prazo de dois dias úteis seguintes ao 
do espetáculo. 
 
Perceba que a contribuição substitutiva recai sobre a receita bruta dos espetáculos de todas as modalidades des-
. Assim, se a associação mantém, por exemplo, portivas que a associação promover dentro do território nacional
vôlei, basquete e o futebol profissional, a contribuição de 5% recairá sobre a receita bruta dos espetáculos do 
vôlei, do basquete e do futebol. 
 
• 5% sobre as verbas de qualquer forma de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade, 
propaganda e de transmissão de espetáculos desportivos. 
 
 caberá à empresa patrocinadora o recolhimento da contribuição até o dia 20 do mês seguinte ao da ocorrência 
do patrocínio. 
 
CONTRIBUIÇÃO SOBRE RECEITAS DE CONCURSO DE PROGNÓSTICOS 
 
Constitui receita da Seguridade Social a contribuição social sobre a receita de concursos de prognósticos (art. 
195, caput, inciso III, CF). 
 
O produto da arrecadação da contribuição será destinado ao financiamento da Seguridade Social. 
 
CONTRIBUIÇÃO SOBRE RECEITAS DE CONCURSO DE PROGNÓSTICOS 
 
A base de cálculo da contribuição equivale à receita auferida nos concursos de prognósticos, sorteios e loteri-
 as. 
 
A alíquota da contribuição corresponde ao percentual vinculado à Seguridade Social em cada modalidade lotérica, 
conforme previsto em lei. 
 
*ATENÇÃO! Alteração dos art. 26 da Lei nº 8.212/91 pela Lei nº 13.756/2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Parte III 
 
PRAZOS DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS 
 
As contribuições previdenciárias devem ser recolhidas no prazo estabelecido pela legislação, sob pena de serem 
aplicados multas e juros de mora sobre o valor principal devido. 
 
As terão até o dia 20 do mês subsequente ao da competência para recolher as contribuições de que empresas
são contribuintes, bem como aquelas em que figuram como responsáveis pela retenção e repasse para a União. 
 
Nos casos de prestação de serviço de cessão de mão de obra ou empreitada, o prazo para o recolhimento das 
contribuiçõesretidas (11% sobre o valor bruto da nota fiscal) é até o dia 20 do mês subsequente ao da emissão 
da respectiva nota fiscal ou fatura. 
 
O , também, terá até o dia 20 do mês subsequente ao da competência para recolher as suas contribuições – a MEI
de segurado e a de empregador. Nesse caso, quando não houver expediente bancário no dia 20 do mês, o reco-
lhimento das contribuições poderá ser efetuado até o dia útil imediatamente posterior, sem aplicação de multa ou 
juros de mora. 
 
Quando não houver expediente bancário no dia 20 do mês, o recolhimento das contribuições deverá ser efetuado 
até o dia útil imediatamente anterior, sem aplicação de multa ou juros de mora. Essa regra não vale para o caso 
do MEI que poderá pagar até o dia útil imediatamente posterior. 
 
O , com a obrigação de recolher a sua própria contribuição (parte patronal correspondente a segurado especial
1,3%* sobre a receita bruta da comercialização da produção), deverá efetuar o recolhimento até o dia 20 do mês 
subsequente da competência. 
 
* 1,2% + 0,1% (SAT) 
 
O , quando tiver a obrigação de recolher a sua própria contribuição (parte patronal produtor rural pessoa física
correspondente a 1,3%* da receita bruta da comercialização da produção), deverá efetuar o recolhimento até o dia 
20 do mês subsequente ao da competência. 
 
Os terão o prazo até o dia 15 do mês seguinte ao da competên-contribuintes individuais e segurados facultativos 
cia para recolherem as contribuições de sua responsabilidade. 
 
Se não houver expediente bancário no dia 15, o recolhimento deverá ser efetuado até o dia útil imediatamente 
posterior, sem aplicação de multa ou juros de mora. 
 
O deverá recolher a sua contribuição e a do seu empregado doméstico até o dia 07 do empregador doméstico 
mês seguinte ao da competência. 
 
Se no dia 07 não houver expediente bancário, o pagamento deverá ser antecipado para o dia útil imediatamente 
anterior à data do vencimento. 
 
RECOLHIMENTO FORA DO PRAZO 
 
As contribuições previdenciárias que não forem pagas dentro do prazo previsto pela legislação tributária, acarre-
tam para os responsáveis a imposição de e , incidentes sobre o valor principal devido. multa juros de mora
 
ACRÉSCIMOS LEGAIS = JUROS DE MORA + MULTA 
 
RECOLHIMENTO FORA DO PRAZO – MULTA DE MORA 
 
A multa de mora aplicada quando da ocorrência de recolhimento fora do prazo legal é calculada à taxa de 0,33% 
por dia de atraso, incidente sobre o valor da contribuição devido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A multa é calculada a partir do primeiro dia subsequente ao do vencimento do prazo previsto para o pagamento da 
contribuição até o dia em que ocorrer o seu pagamento, ficando limitada ao percentual de 20%. 
 
RECOLHIMENTO FORA DO PRAZO – JUROS DE MORA 
 
Quando as contribuições previdenciárias são pagas após o vencimento, são acrescidos juros moratórios inciden-
tes sobre o valor da contribuição devida, calculados da forma seguinte: 
 
• taxa SELIC, acumulada mensalmente, a partir do primeiro dia do mês subsequente ao do vencimento do prazo 
até o mês anterior ao do pagamento; 
• 1% no mês do pagamento. 
 
Veja que não há incidência de juros de mora no mês do vencimento, ao contrário da multa de mora que já se inicia 
no primeiro dia subsequente ao dia do vencimento, ou seja, dentro do próprio mês do vencimento. Os juros de 
mora somente serão aplicados a partir do mês seguinte ao do vencimento. 
 
DECADÊNCIA – CONTRIBUIÇÕES DA SEGURIDADE SOCIAL 
 
A Secretaria da Receita Federal do Brasil (SRFB) tem o prazo decadencial de 05 anos para constituir possíveis 
créditos da Seguridade Social, contado a partir: 
 
− do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o crédito poderia ser constituído; 
− da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, a constituição de crédito 
anteriormente efetuada. 
 
PRESCRIÇÃO – CONTRIBUIÇÕES DA SEGURIDADE SOCIAL 
 
A ação de cobrança das contribuições da seguridade social está sujeita ao prazo prescricional de conta-05 anos 
dos da data da constituição definitiva do crédito. 
 
A prescrição tributária pode ser interrompida se ocorrer uma das hipóteses previstas no art. 174, parágrafo único, 
do CTN: 
 
I. pelo despacho do juiz que ordenar a citação do devedor; 
II. pelo protesto judicial; 
III. por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; 
IV. por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento de débito do devedor. 
 
RESTITUIÇÃO, COMPENSAÇÃO E REEMBOLSO 
 
A Lei nº 8.212/91 e o Regulamento da Previdência Social dispõem sobre a possibilidade que tem o contribuinte de 
ver restituída ou compensada a contribuição para a Seguridade social arrecadada pela Receita Federal do Brasil 
(RFB) quando se tratar de recolhimento indevido. 
 
Art. 89, Lei 8.212/91: As contribuições sociais previstas nas alíneas a, b e c do parágrafo único do art. 11 desta 
Lei, as contribuições instituídas a título de substituição e as contribuições devidas a terceiros somente poderão ser 
restituídas ou compensadas nas hipóteses de pagamento ou recolhimento indevido ou maior que o devido, nos 
termos e condições estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. 
 
§1º: Revogado §2º: Revogado §3º: Revogado 
 
§4º: O valor a ser restituído ou compensado será acrescido de juros obtidos pela aplicação da taxa referencial do 
Sistema Especial de Liquidação e de Custódia – SELIC para títulos federais, acumulada mensalmente, a partir do 
mês subsequente ao do pagamento indevido ou a maior que o devido até o mês anterior ao da compensação ou 
restituição e de 1% (um por cento) relativamente ao mês em que estiver sendo efetuada. 
§5º: Revogado §6º: Revogado §7º: Revogado 
 
 
 
 
 
 
 
 
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§8º: Verificada a existência de débito em nome do sujeito passivo, o valor da restituição será utilizado para extin-
gui-lo, total ou parcialmente, mediante compensação. 
§9º: Os valores compensados indevidamente serão exigidos com os acréscimos moratórios de que trata o art. 35 
desta Lei. 
 
COMPENSAÇÃO 
 
O contribuinte compensará o seu crédito com parcelas ainda vincendas de contribuições por sua conta e risco. 
 
A compensação de pagamentos indevidos de contribuição previdenciária somente é permitida entre créditos de 
origem previdenciária. Não se pode compensar créditos de contribuições previdenciárias com débitos de COFINS, 
PIS ou outro tributo. 
 
Os valores a serem compensados serão acrescidos de juros de mora, observando a mesma sistemática de apli-
cação quando do recolhimento das contribuições fora do prazo legal de vencimento. 
 
RESTITUIÇÃO 
 
A restituição também é possível quando houver pagamento indevido ou a maior do que o devido. O órgão arreca-
dador analisará o pedido de restituição e dará despacho conclusivo sobre a possibilidade ou não de ver restituída 
a importância. 
 
A restituição de contribuição indevidamente descontada do segurado somente poderá ser feita ao próprio segura-
do ou ao seu procurador, salvo se comprovado que o responsável pelo recolhimento já procedeu à devolução. 
 
O valor a ser restituído será acrescido de juros de mora, observando a mesma sistemática de aplicação dos juros 
quando da compensação das contribuições previdenciárias. 
 
Tanto para a compensação quanto para a restituição das contribuições previdenciárias é necessário que o contr i-
buinte não esteja em débito com a Previdência Social. 
 
REEMBOLSO 
 
O reembolso ocorre quando a empresa paga o benefício diretamente ao segurado e compensa estes valores com 
o total a pagar à SRFB. 
 
Não é liberalidade da empresa, mas a lei, em duas hipóteses, determina à empresa que efetue o pagamento do 
benefício, deduzindo este valor da guia de recolhimento. 
 
O reembolso de pagamento obedecerá aos mesmos critérios aplicáveis à restituição. 
 
O reembolso é restrito ao salário-família e ao salário-maternidade para afastamentos a partir da competência de 
setembro/2003. 
 
O reembolso à empresa ou equiparada,de valores de quotas de salário-família e salário-maternidade pagos a 
segurados a seu serviço, poderá ser efetuado mediante dedução no ato do pagamento das contribuições devidas 
à Previdência Social, correspondentes ao mês de competência do pagamento do benefício ao segurado, devendo 
ser declarado em GFIP. 
 
Quando o valor a deduzir for superior às contribuições previdenciárias devidas no mês, o sujeito passivo poderá 
compensar o saldo a seu favor no recolhimento das contribuições dos meses subsequentes, ou requerer o reem-
bolso. 
 
É vedada a dedução ou compensação do valor das quotas de salário-família ou de salário-maternidade das con-
tribuições arrecadadas pela Receita Federal do Brasil para outras entidades ou fundos. 
 
As receitas denominadas de outras fontes estão elencadas no art. 27 da Lei nº 8.212/91 e compõem recursos 
adicionais ao caixa securitário. São elas: 
 
 
 
 
 
 
 
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I – as multas, a atualização monetária e os juros moratórios. 
II – A remuneração recebida por serviços de arrecadação, fiscalização e cobrança prestados a terceiros. 
III – As receitas provenientes de prestação de outros serviços e de fornecimento ou arrendamento de bens. 
IV – As demais receitas patrimoniais, industriais e financeiras. 
V – As doações, legados, subvenções e outras receitas eventuais. 
VI – 50% (cinquenta por cento) dos valores obtidos e aplicados na forma do parágrafo único do art. 243 da Consti-
tuição Federal. 
VIII – Outras receitas previstas em legislação específica. 
 
As são impostas quando há o descumprimento de obrigações acessórias ou quando as contribuições soci-multas
ais da Seguridade Social são recolhidas após o prazo legal de vencimento. Essas últimas são chamadas multas 
de mora. 
 
Os são aplicados em casos de pagamento das contribuições após o vencimento imposto pela legis-juros de mora
lação tributária. 
 
As são obrigadas a recolher determinadas contribuições sociais que não são enquadradas como securi-empresas
tárias, mas que têm a base de cálculo idêntica às contribuições previdenciárias. Elas incidem sobre a remunera-
ção dos empregados e serão destinadas a programas sociais diversos. São chamadas contribuições de terceiros, 
ou contribuições do sistema “S” e, dentre elas, podemos destacar a contribuição do salário-educação (FNDE), do 
INCRA, SESI, SENAC, etc. 
 
As contribuições do sistema “S” são arrecadadas, fiscalizadas e cobradas pela Secretaria da Receita Federal do 
Brasil (SRFB) que, posteriormente, repassa os valores para as entidades as quais são vinculadas. 
 
Pelo serviço de arrecadação, fiscalização e cobrança dessas contribuições, a Seguridade Social recebe o percen-
tual de 3,5% do montante arrecadado, exceto no caso do salário-educação cujo percentual é de 1%. Essa remu-
neração, a partir da vigência da Lei nº 11.457/2007, passou a ser creditada ao Fundo Especial de Desenvolvimen-
to e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização. 
 
Registre-se que essas contribuições do sistema “S” são recolhidas juntamente com as contribuições previdenciá-
rias na guia de recolhimento da Previdência Social – GPS – até o dia 20 do mês subsequente ao da competência. 
 
O parágrafo único do art. 243 da CF/88 dispõe que todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em de-
 será confiscado e corrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo
reverterá a fundo especial com destinação específica, na forma da lei. 
 
Assim, de acordo com a Lei de Custeio, 50% dos valores obtidos com os bens apreendidos em decorrência do 
 serão repassados pelo INSS aos órgãos responsáveis pelas ações de proteção à saúde e serão tráfico de drogas
aplicados no tratamento e recuperação de viciados em entorpecentes e drogas afins. 
 
Dos bens que a Secretaria da Receita Federal do Brasil apreender e forem levados a leilão, 40% dos valores re-
 serão destinados a financiar o Sistema de Seguridade Social brasileiro. cebidos com esses leilões
 
Tem-se, ainda, que parte da arrecadação do seguro obrigatório de danos pessoais causados por veículos automo-
, de que trata a Lei nº 6.194, de dezembro de 1974 – –, deverá ser repassada à tores de vias terrestres DPVAT
Seguridade Social. 
 
As companhias seguradoras que mantêm o DPVAT devem repassar à Seguridade Social 50% (cinquenta por 
cento) do valor total do prêmio, recolhido e destinado ao Sistema Único de Saúde (SUS) para custeio da assistên-
cia médico-hospitalar dos segurados vitimados em acidentes de trânsito. 
 
O Código de Trânsito Brasileiro (Lei nº 9.503/97) determina, em seu art. 78, que 10% dessa arrecadação (5% do 
valor total do prêmio recolhido) serão destinados ao Coordenador do Sistema Nacional de Trânsito para aplicação 
em programas destinados à prevenção de acidentes. Portanto, resta à Seguridade Social apenas 45% da receita 
. total do DPVAT
 
 
 
 
 
 
 
 
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Parte IV 
 
COMPETÊNCIAS DA SECRETARIA 
 
DA RECEITA FEDERAL 
 
DO BRASIL E DO INSS 
 
COMPETÊNCIAS DA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL E DO INSS 
 
Com a publicação da Lei nº 11.457 em 16 de março de 2007, com entrada em vigor a partir de 02 de maio do 
mesmo ano, a SRP foi definitivamente extinta e a Secretaria da Receita Federal passou a ter a denominação de 
Secretaria da Receita Federal do Brasil, passando a ter a atribuição de arrecadar, fiscalizar e cobrar as contribui-
ções previdenciárias, além dos outros tributos que já eram de sua competência. 
 
Art. 33, Lei nº 8.212/91: À Secretaria da Receita Federal do Brasil compete planejar, executar, acompanhar e ava-
liar as atividades relativas à tributação, à fiscalização, à arrecadação, à cobrança e ao recolhimento das contribui-
ções sociais previstas no parágrafo único do art. 11 desta Lei, das contribuições incidentes a título de substituição 
e das devidas a outras entidades e fundos. 
 
Contribuições = Contribuições previdenciárias 
 
É prerrogativa da Secretaria da Receita Federal do Brasil, por intermédio dos Auditores-Fiscais da Receita Federal 
do Brasil, o exame da contabilidade das empresas, ficando obrigados a prestar todos os esclarecimentos e infor-
mações solicitados o segurado e os terceiros responsáveis pelo recolhimento das contribuições previdenciárias e 
das contribuições devidas a outras entidades e fundos. 
 
Ocorrendo , ou sua apresentação deficiente, a Secre-recusa ou sonegação de qualquer documento ou informação
taria da Receita Federal do Brasil pode, sem prejuízo da penalidade cabível, lançar de ofício a importância devida. 
Cabe, nesse caso, ao contribuinte ou à empresa o ônus da prova em contrário. 
 
Esta técnica de apuração do crédito é chamada de , que somente deve ser utilizada quando a falta ou arbitramento
inadequação da documentação impeça o trabalho da auditoria fiscal. 
 
Os auditores-fiscais da SRFB , poden-têm livre acesso a todas as dependências ou estabelecimentos da empresa
do efetuar a verificação física dos segurados em serviço para confronto com os registros e documentos da empre-
sa, podendo requisitar e apreender livros, notas técnicas e demais documentos necessários ao perfeito desempe-
nho de suas funções, caracterizando-se como embaraço à fiscalização qualquer dificuldade oposta à consecução 
do objetivo. 
 
Com as novas atribuições da SRFB relativamente às contribuições previdenciárias, o INSS tem, hoje, apenas a 
atribuição de conceder e manter os benefícios previdenciários e o benefício de prestação continuada da Assistên-
cia Social, não mais atuando na arrecadação e na cobrança das contribuições chamadas previdenciárias desde 
outubro de 2004. 
 
Com o advento da Lei nº 13.134/2015, o INSS passou a ter competência administrativa para processar e deferir o 
seguro-defeso para o pescador artesanal. 
Em relação ao benefício assistencial de prestação continuada (BPC – LOAS) no valor de um salário mínimo para 
idosos e deficientes, esclarece-se que a competência do INSS foi delegada pela própria União, responsável pelo 
benefício.A concessão do benefício é feita pelo INSS, embora a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) em seu art. 12, 
inciso I, disponha que compete à União “responder pela concessão e manutenção dos benefícios de prestação 
continuada definidos no art. 203 da Constituição Federal”. 
 
O que aconteceu, nesse caso, foi apenas pela operacionalização do a delegação ao INSS da responsabilidade
BPC pelo Decreto nº 6.214/2007. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O art. 125-A da Lei nº 8.213/91 deu maiores poderes de investigação ao servidor do INSS. 
 
Poderá o servidor do INSS efetuar diligências em empresas para verificação de assuntos de interesse dos segu-
rados da Previdência Social. O que se deve ter em mente é que não poderá o servidor exercer atividades que são 
. privativas dos auditores fiscais da SRFB
 
 RECURSOS ADMINISTRATIVOS
 
- Nas decisões do Instituto Nacional do Seguro Social-INSS nos processos de interesse dos beneficiários da Se-
guridade Social caberá recurso para o Conselho de Recursos da Previdência Social, conforme Regulamento. 
- A propositura, pelo beneficiário de ação judicial que tenha por objeto idêntico pedido sobre o qual versa o pro-
cesso administrativo importa renúncia ao direito de recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso in-
terposto. 
 
 CONSELHO DE RECURSOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL – CRPS
 
Órgão colegiado integrante da estrutura do Ministério da Economia, atuando como revisor das decisões adminis-
trativas do INSS nos processos de interesse dos beneficiários do RGPS. 
 
COMPOSIÇÃO 
 
I – vinte e nove (29) Juntas de Recursos com a competência para julgar, em primeira instância, os recursos inter-
postos contra as decisões prolatadas pelos órgãos regionais do INSS, em matéria de interesse de seus beneficiá-
rios); 
II – quatro (04) Câmaras de Julgamento com a competência para julgar, em segunda instância, os recursos inter-
postos contra as decisões proferidas pelas Juntas de Recursos que infringirem lei, regulamento, enunciado ou ato 
normativo ministerial) 
III – Conselho Pleno com a competência para uniformizar a jurisprudência previdenciária mediante enunciados, 
podendo ter outras competências definidas no Regimento Interno do Conselho de Recursos da Previdência Soci-
al) 
 
O CRPS é presidido por representante do Governo, com notório conhecimento da legislação previdenciária, no-
meado pelo Ministro da Economia. 
 
As Juntas de Recursos e as Câmaras de Julgamento são, também, presididas por representantes do Governo. 
 
São compostas por quatro membros nomeados pelo Ministro da Economia, sendo: 
 
 dois representantes do Governo; 
 um representante das empresas; 
 um representante dos trabalhadores. 
 
O mandato dos conselheiros do CRPS é de dois anos, permitida a recondução. 
 
É de o prazo para interposição de recursos e para o oferecimento de contrarrazões, contados da ciência trinta dias 
da decisão e da interposição do recurso, respectivamente. 
 
O Instituto Nacional do Seguro Social pode reformar sua decisão, deixando, no caso de reforma favorável ao inte-
ressado, de encaminhar o recurso à instância competente. 
 
Se o reconhecimento do direito do interessado ocorrer na fase de instrução do recurso por ele interposto contra 
decisão de Junta de Recursos, ainda que de alçada, ou de Câmara de Julgamento, o processo, acompanhado 
das razões do novo entendimento, será encaminhado: 
 
 à Junta de Recursos, no caso de decisão dela emanada, para fins de reexame da questão; ou\ 
 à Câmara de Julgamento, se por ela proferida a decisão, para revisão do acórdão, na forma que dispuser o seu 
Regimento Interno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Os recursos tempestivos contra decisões das Juntas de Recursos do Conselho de Recursos da Previdência Soci-
al têm efeito suspensivo e devolutivo. 
 
Não se considera recurso o pedido de revisão de acórdão endereçado às Juntas de Recursos e Câmaras de Jul-
gamento. 
 
É vedado ao INSS escusar-se de cumprir as diligências solicitadas pelo Conselho de Recursos do Seguro Social, 
bem como deixar de dar cumprimento às decisões definitivas daquele colegiado, reduzir ou ampliar o seu alcance 
ou executá-las de modo que contrarie ou prejudique seu evidente sentido. 
 
CRIMES CONTRA A SEGURIDADE SOCIAL 
 
CRIME DE APROPRIAÇÃO INDÉBITA 
 
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma 
legal ou convencional: 
 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
 
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem deixar de: 
 
I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência social que tenha sido des-
contada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do público; 
II – recolher contribuições devidas à previdência social que tenham integrado despesas contábeis ou custos relati-
vos à venda de produtos ou à prestação de serviços; 
III – pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à 
empresa pela previdência social. 
§ 2º É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contri-
buições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou 
regulamento, antes do início da ação fiscal. 
 
A jurisprudência dominante tem entendimento consolidado de que o pagamento integral do débito previdenciário 
extingue a punibilidade do acusado, sendo que a adesão ao programa de parcelamento suspende o andamento 
do prazo prescricional até sua revogação ou a posterior extinção da punibilidade, em razão do pagamento integral. 
(AgRg no AREsp 774580 / SC, Agravo Regimental no Agravo em REsp 2015/0226727-2; Ministro Relator Jorge 
Mussi, 5ª Turma, DJ 20/03/18, DJe em 04/04/18. 
 
§ 3º É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a multa se o agente for primário e de bons 
antecedentes, desde que: 
 
I – tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da contr ibuição 
social previdenciária, inclusive acessórios; ou 
II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previ-
dência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. 
 
O STJ vem entendendo pela aplicação do princípio da bagatela quando o débito não ultrapassa o valor de R$ 
10.000,00. Esse limite era, à época do julgamento, utilizado pela Administração Pública como sendo o mínimo 
para o ajuizamento de suas execuções fiscais. 
 
AgRg no REsp 1609757/SP, Ministro Antônio Saldanha Filho, 6ª Turma, DJ 27/02/2018, DJe 08/03/2018. AgRg no 
REsp. 1300666/RS 
 
§ 4o A faculdade prevista no § 3o deste artigo não se aplica aos casos de parcelamento de contribuições cujo 
valor, inclusive dos acessórios, seja superior àquele estabelecido, administrativamente, como sendo o mínimo 
para o ajuizamento de suas execuções fiscais. 
 
* Para débitos parcelados cujo valor seja superior a R$20.000,000 não se aplica o perdão judicial 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Cabe registrar que a ausência de pagamento das contribuições patronais não constitui crime. 
 
 CRIME DE SONEGAÇÃO PREVIDENCIÁRIA
 
Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes 
condutas: 
 
I – omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela legislação previden-
ciária segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado que 
lhe prestem serviços; 
 
 CRIME DE SONEGAÇÃO PREVIDENCIÁRIA
 
O simples fato de não declarar a GFIP não configura, em tese, crime 
 
É necessário que esta conduta seja acompanhada da falta de recolhimento das contribuições. 
 
II – deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as quantias descontadas dossegurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços; 
III – omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou creditadas e demais fatos 
geradores de contribuições sociais previdenciárias. 
 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
 
§ 1º É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e confessa as contribuições, importâncias ou 
valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do 
início da ação fiscal. 
§ 2º É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons 
antecedentes, desde que: 
 
I – (VETADO) 
II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previ-
dência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. 
 
* R$20.000,00 
 
§ 3º Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de pagamento mensal não ultrapassa 5.155,31 (cinco mil 
cento e cinquenta e cinco reais e trinta e um centavos) – Portaria ME nº 09/19, o juiz poderá reduzir a pena de um 
terço até a metade ou aplicar apenas a de multa. 
§ 4º O valor a que se refere o parágrafo anterior será reajustado nas mesmas datas e nos mesmos índices do 
reajuste dos benefícios da previdência social. 
Segundo entendimento adotado pela Corte do Superior Tribunal de Justiça, “os crimes de sonegação de contr i-
buição previdenciária e apropriação indébita previdenciária, por se tratarem de delitos de caráter material, somen-
te se configuram após a constituição definitiva, no âmbito administrativo das exações que são objeto das condu-
tas.”. 
 
FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO PREVIDENCIÁRIO – ART. 297, §§ 3º e 4º, CÓDIGO PENAL 
 
Art. 297. Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro: 
 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. 
 
§ 1º Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta 
parte. 
§ 2º Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao 
portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento part i-
cular. 
§ 3º Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: 
 
 
 
 
 
 
 
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I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdên-
cia social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório; 
II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir efeito peran-
te a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; 
III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante 
a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. 
 
§ 4º Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no § 3º, nome do segurado e seus 
dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços. 
 
 ESTELIONATO PREVIDENCIÁRIO – ART. 171, §3º, CÓDIGO PENAL
 
Art. 171. Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em 
erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: 
 
Pena – reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa. 
 
(...) 
§ 3º A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em detrimento de entidade de direito público ou de 
 instituto de economia popular, assistência social ou beneficência.

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