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4 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE – UFAC CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS – CCET CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL CCET 166 − INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS EVERSON LUIZ GOULÃO DE ARAUJO JUNIOR ILDOMAR SOARES DE BRITO JUNIOR INSTALAÇÃO PREDIAL DE ESGOTO SANITÁRIO RIO BRANCO – AC 2019 EVERSON LUIZ GOULÃO DE ARAUJO JUNIOR ILDOMAR SOARES DE BRITO JUNIOR INSTALAÇÃO PREDIAL DE ESGOTO SANITÁRIO Projeto de instalação Hidrossanitária apresentado ao Prof. Dr. Camilo Lelis como requisito para avaliação parcial da N2 na disciplina CCET 166 – Instalações Hidrossanitárias do Curso de Engenharia Civil, nesta Instituição Federal de Ensino Superior – IFES. RIO BRANCO – AC 2019 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................4 2 DISPOSIÇÕES GERAIS 4 2.1 NBR 8160 4 2.2 Mão de obra 4 2.3 Destinação do esgoto 4 2.4 Ramais de descarga e esgoto 4 2.5 Tubos de queda 5 2.6 Execução 5 2.7 Manutenção 5 3 DIMENSIONAMENTO 5 3.1 Banheiro e área de serviço 6 3.1.1 Ramais de descarga 6 3.1.2 Ramal de esgoto 7 3.1.3 Tubo de queda 7 3.1.4 Ramal de ventilação 8 3.1.5 Coluna de Ventilação 8 3.2 Pia de cozinha 9 3.2.1 Ramal de gordura 9 3.2.2 Tubo de gordura (TG) 9 3.3 Caixa de gordura (CG) 9 3.4 Caixa de inspeção (CI) 10 3.5 Dimensionamento de subcoletores 10 3.5.1 Subcoletores de gordura 10 3.5.2 Subcoletores de CI – (1 a 8) 11 3.5.3 Subcoletores de CI - 9 (subcoletor predial) 11 3.6 Coletor Predial 11 4 LISTA DE MATERIAIS 11 4.1 Caixa Sifonada 12 4.2 Caixa de gordura 13 4.3 Ralo seco 13 4.4 Junção simples 14 5 CONCLUSÃO 14 REFERENCIAS 14 1 INTRODUÇÃO Este memorial apresenta um projeto de esgoto sanitário para um edifício de 15 pavimentos, sendo quatro apartamentos por andar. Todo o trabalho foi feito para melhor atender a população e satisfazer as normas e leis vigentes do nosso país, garantindo conforto, segurança e economia. A NBR 8160/1999 – Sistemas prediais de esgoto sanitário (SPES) – projeto e execução foi seguida para consolidar os detalhes calculados e soluções apresentadas. Ter um projeto de esgoto bem elaborado e executado com eficiência é importante para evitar futuras dores de cabeça aos moradores e donos das edificações além de diminuir os gastos com reparos. Contratar um profissional qualificado para tal é importante para o consumidor, o mercado e a sociedade como um todo. 2 DISPOSIÇÕES GERAIS 2.1 NBR 8160 Os projetos dessa modalidade devem ser regidos por esta norma, nomeada de NBR 8160/1999: Sistemas prediais de esgoto sanitário – Projeto e execução. 2.2 Mão de obra A mão de obra deve ser confiável, qualificada, de satisfação garantida e obediente ao projeto oferecido, para que o êxito construtivo seja alcançado. 2.3 Destinação do esgoto O esgoto deste projeto será todo encaminhado para a rede pública de esgoto. 2.4 Ramais de descarga e esgoto Todas as tubulações conduzirão os dejetos por gravidade. As tubulações horizontais dos ramais de descarga e esgoto inseridos nos pavimentos possuirão respectivamente inclinação de 2% e 1%. 2.5 Tubos de queda Como mencionado na NBR 8160, quando houver necessidade de desvio nos tubos, serão utilizadas curvas de 90 graus ou curvas de raios longos, ou curvas de 45 graus. 2.6 Execução “Os sistemas prediais de esgoto sanitário devem ser executados de acordo com o projeto, de forma a garantir o atendimento aos requisitos de desempenho.” (Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, NBR 8160/99). 2.7 Manutenção Os componentes deste projeto devem “ficar estanques ao ar (exceto os terminais das colunas de ventilação ou tubo ventilador primário) e a água, sempre limpos e desobstruídos, de forma a garantir, ao longo do tempo de uso, o máximo de eficiência.” (ABNT, NBR 8160/99). Assim, é necessária a manutenção de prevenção periódica do sistema, para que pontos que demonstrem vulnerabilidade possam ser identificados antes do alastre. 3 DIMENSIONAMENTO Os itens a seguir são todos fundamentados no que é preconizado na NBR 8160. Cada peça de utilização possui seu número de Unidade Hunter de Contribuição (UHC) e um diâmetro nominal. Esses valores foram utilizados nos cálculos de dimensionamento. Utiliza-se a unidade Hunter quando um ramal de descarga possui mais que um aparelho de uso; quando houver apenas uma peça, utiliza-se o diâmetro nominal. O primeiro passo para iniciar o dimensionamento do projeto é localizar os aparelhos sanitários constituintes dessa edificação. Feito isso, serão definidos os diâmetros dos ramais de descarga e esgoto, tubulação de ventilação (TV) e tubos de queda (TQ). Logo após determina-se os diâmetros dos coletores e subcoletores. O cálculo apresentado é para um aparelho e deverá ser realizado igualmente em todos os outros que constam nesse prédio, visto que são exatamente iguais. 3.1 Banheiro e área de serviço O banheiro possui um chuveiro, um vaso sanitário e um lavatório, como mostrado na Figura 1. O dimensionamento dar-se-á com a Tabela 1, disponibilizada abaixo. Tabela 1- Unidade Hunter de Contribuição e diâmetro Nominal dos aparelhos dispositivos de uma residência Aparelho sanitário Número de Unidade Hunter de Contribuição (UHC) Diâmetro nominal mínimo do ramal de descarga (DN) Bacia sanitária 6 100 Chuveiro (de residência) 2 40 Lavatório (de residência) 1 20 Tanque de lavar roupas 3 40 Máquina de lavar roupas 3 50 Pia de cozinha residencial 3 50 Fonte: NBR 8160/1999 – Sistema de Instalações Prediais de Esgoto Sanitário A área de serviço possui um tanque e uma caixa de sifonada com ralo. 3.1.1 Ramais de descarga O ramal do chuveiro/ralo seco terá diâmetro igual a 40mm, assim como o do lavatório, ambos serão conectados a uma caixa sifonada. O duto de saída desta caixa sifonada terá diâmetro de 50 mm. Na área de serviço haverá uma caixa sifonada que receberá o ramal do tanque, de diâmetro igual a 40 mm, e depois será ligada ao duto de queda, com um tubo diâmetro igual a 50 mm. É importante ressaltar que essa caixa sifonada também tem um ralo encima, que serve para drenagem de agua que porventura seja utilizada para lavar o piso da área de serviço/cozinha. Tabela 2 - Dimensionamento de ramais de esgoto. Diâmetro Nominal mínimo do tubo (DN) Número máximo de Unidades Hunter de Contribuição (UHC) 50 6 75 20 Fonte: NBR 8160/1999 – Sistema de Instalações Prediais de Esgoto Sanitário. 3.1.2 Ramal de esgoto Seguindo a Tabela 1, a tubulação da bacia sanitária terá 100 mm. É aqui que o ramal de esgoto das CS do banheiro será conectado. Calculando pela somatória das UHC, teremos, Banheiro - 2 (CH) + 1 (LAV) = 3 UHC Área de Serviço - 3 (TQLR) Resultando em 50 mm cada, (Tabela 2) que se conectará no ramal da bacia sanitária. 3.1.3 Tubo de queda Por banheiro temos a somatória de 9 UHC e por área de serviço 3 UHC. Como o prédio tem 12 pavimentos, mas os banheiros do térreo não estão conectados ao tubo de queda, e cada tubo de queda serve para drenar apenas um apartamento, teremos um total de 132 UHC por tubo de queda. Como consta na Tabela 1, o diâmetro será de 100 mm. O tubo deve ser de uma espessura só durante todo seu comprimento, por escolha dos projetistas. Tabela 3 - Dimensionamento de tubos de queda Diâmetro Nominal do tubo (DN) Numero máximo de Unidades Hunter de Contribuição Prédio até 3 pavimentos Prédio com mais de 3 pavimentos 100 240 500 75 30 70 Fonte: NBR 8160/1999 – Sistema de Instalações Prediais de Esgoto Sanitário. 3.1.4 Ramal de ventilação Nesta área que estamos trabalhando temos 9 UHC por apartamento. Com a bacia sanitária temos o total de 15 UHC. Assim, o ramal será de 50 mm, segundo a Tabela 4. Tabela 4: Dimensionamento dos ramais de ventilação Grupo de aparelhos sem bacias sanitárias Número de Unidades Hunter de Contribuição Diâmetro nominal do ramal de ventilação Até 12 40 De 13 a 18 50 De 19 a 36 75 Fonte: NBR 8160/1999 – Sistema de Instalações Prediais de Esgoto Sanitário. 3.1.5Coluna de Ventilação O comprimento do ramal de ventilação é de 1,80 m, o que respeita o limite da norma. O diâmetro do ramal de esgoto ao qual ele se conecta é de 50 mm, portanto, pela Tabela 5, chega-se ao valor de 40 mm, porém, para evitar o uso excessivo de reduções, o que acarretaria em um aumento significativo de custo, optaremos por usar um tubo de 50 mm. Tabela 5: Dimensionamento de colunas e barrilete de ventilação. DN do ramal ao qual o ramal de ventilação está conectado Número das Unidades Hunter de Contribuição Diâmetro nominal mínimo do tubo de ventilação 40 50 Comprimento máximo permitido 50 12 23 61 Fonte: NBR 8160/1999 – Sistema de Instalações Prediais de Esgoto Sanitário. 3.2 Pia de cozinha Como consta na NBR 8160, para pia de cozinha, temos: “4.2.4.4 Devem ser previstos tubos de queda especiais para pia de cozinha e máquinas de lavar louças, providos de ventilação primária, os quais devem descarregar em uma caixa de gordura coletiva, dimensionada de acordo com 5.1.5.1.” 3.2.1 Ramal de gordura Como nos dá a Tabela 1, o ramal de esgoto de pia de cozinha será de 50mm. 3.2.2 Tubo de gordura (TG) Com 12 pavimentos, para o tubo de gordura temos 36 UHC, o que nos dá o diâmetro mínimo de 75 mm, conforme Tabela 3, porém optaremos por utilizar um tubo de 100 mm, com uma margem maior de segurança. A norma também pede que o tubo de gordura deva ser prolongado acima do pavimento mais alto. É a chamada ventilação primária. 3.3 Caixa de gordura (CG) Teremos quatro tubos de gordura, sendo que cada um deles atende 12 apartamentos, sendo um por pavimento. Como diz na NBR 8160, “para a coleta de até 12 cozinhas, deve ser usada uma caixa de gordura simples”. Essa tem as dimensões mínimas de 0,60 m de diâmetro interno e 0,35 m para a parte submersa do septo, capacidade de retenção de 120 L e diâmetro nominal da tubulação de saída de 100 mm. 3.4 Caixa de inspeção (CI) Pela NBR 8160, as CI devem atender, dentre outros, os seguintes requisitos: “a) a profundidade máxima de 1,00 m; b) forma prismática, de base quadrada ou retangular, de lado interno mínimo de 0,60 m, ou cilíndrica com diâmetro mínimo igual a 0,60 m. c) tampa facilmente removível, permitindo perfeita vedação; d) fundo construído de modo a assegurar rápido escoamento e evitar formação de depósitos”. 3.5 Dimensionamento de subcoletores O dimensionamento se dá pela somatória das UHC, conforme a Tabela 6. Tabela 6: Dimensionamento de subcoletores e coletor predial. Diâmetro nominal do Tubo (DN) Número máximo de UHC em função da declividade mínima %. 0,5 1 2 4 100 - 180 216 250 150 - 1600 1920 1000 200 1400 1600 1920 2300 250 2500 2900 3500 4200 300 3900 4600 5600 6700 400 7000 8300 10000 12000 Fonte: NBR 8160/1999 – Sistema de Instalações Prediais de Esgoto Sanitário. Esta tabela é a fonte para calcular os itens 3.5.2 e 3.5.3. 3.5.1 Subcoletores de gordura O total de UHC por TG é 36. Cada CG receberá 36 UHC, de um tubo, com inclinação de 1%, logo, pela Tabela 6, teremos cada subcoletor com 100 mm de diâmetro. 3.5.2 Subcoletores de CI – (1 a 8) Temos 132 UHC por TQ, e como declividade é de 1%, logo o diâmetro será de 100 mm. 3.5.3 Subcoletores de CI - 9 (subcoletor predial) A saída de cada CI será executada com base no cálculo de UHC do pior dos casos, que são as CI que recebem dutos tanto do tubo de queda quanto da CG, totalizando 168 UHC (132 do TQ + 32 do TG). Nesse caso, será utilizado o tubo de 100 mm de diâmetro, que suporta até 180 UHC e atende a norma. 3.6 Coletor Predial Considerando que temos 8 CI, e que cada CI recebe 132 UHC, e que temos 4 CG, e que cada CG recebe 36 UHC, temos um total de 1200 UHC. Analisando a Tabela 6, temos que o coletor predial terá diâmetro de 150 mm. 4 LISTA DE MATERIAIS Tabela 7: Lista de materiais QUANTIDADES TOTAIS - em PVC Branco p/ esgoto Quantidades Descrição Diâmetro (mm) 2 Curva 90 graus Curta 40 176 Curva 90 graus Curta 50 5 Curva 90 graus Longa 50 4 Curva 90 graus Longa 100 132 Joelho 45 graus 40 46 Joelho 45 graus 50 50 Joelho 45 graus 100 136 Joelho 90 graus 40 183 Joelho 90 graus 50 2 Joelho 90 graus 100 2 Junção Simples 100 x 100 545 Luva Simples 50 247 Luva Simples 100 135 Tê 50 x 50 90 Tê 100 x 50 55 Tê 100 x 100 44 Caixa Sifonada c/ 3 entradas 100 x 100 x 50 46 Caixa Sifonada c/ 7 entradas 150 x 150 x 50 46 Ralo Quadrado 100 x 53 x 40 8 Caixa de Inspeção 600 x 1000 x 100 1 Caixa de Inspeção 100x100x100 3 Caixa de Gordura 500 x 350 x 100 1 Caixa de Gordura 100x75x50 Peças de 6m Descrição Diâmetro (mm) 44 Tubo PVC Branco 40 99 Tubo PVC Branco 50 47 Tubo PVC Branco 100 1 Tubo PVC Branco 150 4.1 Caixa Sifonada Segundo a NBR 8160, “Caixa provida de desconector, destinada a receber efluentes de instalação secundária de esgoto”. Figura 1 -Caixa sifonada Fonte: <https://www.tigre.com.br/esgoto/caixas-sifonadas>[footnoteRef:1] [1: Site de venda online de produtos em geral. Acessado as 19:13h, em 15 de julho de 2019.] 4.2 Caixa de gordura Segundo a NBR 8160, “Caixa destinada a reter, na sua parte superior, as gorduras, graxas e óleos contidos no esgoto, formando camadas que devem ser removidas periodicamente, evitando que estes componentes escoem livremente pela rede, obstruindo a mesma.” Figura 2 - Caixa de gordura Fonte: <https://www.tigre.com.br/caixa-de-gordura-tigre>.[footnoteRef:2] [2: Site de venda online de produtos em geral. Acessado as 19:17h, em 15 de julho de 2019.] 4.3 Ralo seco Segundo a NBR 8160, “Recipiente sem proteção hídrica, dotado de grelha na parte superior, destinado a receber águas de lavagem de piso ou de chuveiro”. Figura 2: Ralo seco. Fonte: < https://www.taqi.com.br/produto/caixas-de-gorduras-e-ralos/ralo-amanco-seco-quadrado-100-x-52-x-40-mm-branco-1033521/109547/>.[footnoteRef:3] [3: Site de venda online de produtos em geral. Acessado as 19:20h, em 15 de julho de 2019.] 4.4 Junção simples Peça de conexão utilizada quando há necessidade de unir dois tubos de mesmo diâmetro ou não, neste caso, com redução. Figura 3 Junção simples. Fonte: < https://www.leroymerlin.com.br/juncoes-para-esgoto/marca/Tigre>.[footnoteRef:4] [4: Site de venda online de produtos em geral. Acessado as 19:26h, em 15 de julho de 2019.] 5 CONCLUSÃO Este projeto foi elaborado com base no que é estabelecido pela NBR 8160/1999 – Sistema predial de esgoto sanitário – Projeto e execução. Tudo foi posicionado, dimensionado e calculado para proporcionar o maior conforto, economia, higiene e segurança possível aos usuários. Todas as instalações estão projetadas para fácil acesso às manutenções, quando necessário. Caso hajam dúvidas o projeto está anexado, contendo detalhes importantes para melhor visualização. REFERENCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5626: Instalação predial de água fria: Referências. Rio de Janeiro. 1998.
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