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UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ UNIFAMMA SEMAD UNIFAMMA e Gincana do Conhecimento Volume 2 - 2019 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ UNIFAMMA SEMAD UNIFAMMA e Gincana do Conhecimento Maringá, 09 a 11 de Setembro de 2019. UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br SEMAD UNIFAMMA E GINCANA DO CONHECIMENTO Diretor Presidente Evandro de Freitas Oliveira Reitora Elenice Campanha Pró-reitora de Ensino Prof. Dra. Adriana dos Santos Souza Crevelin Pró-reitora de Pós-graduação, pesquisa e extensão Prof. Dra. Juliana Orsini da Silva Coordenador da SEMAD UNIFAMMA e Gincana do Conhecimento Prof. Me. Thiago Silva Prado Coordenadora dos ANAIS do evento Prof. Dra. Paula Piva Linke Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP) Semana de Administração e Gincana do Conhecimento (2:2019:Maringá) S47a Anais / II SEMAD UNIFAMMA e Gincana do Conhecimento(9 a 11 de setembro de 2019- Maringá: UNIFAMMA, 2019). 90f; 30 cm. ISSN: 2675-0686 Conteúdo: Palestras e resumos expandidos. 1. Semana de administração. 2. Gincana do conhecimento. 3. Responsabilidade social. I. SEMAD. II. Centro Universitário Metropolitano de Maringá. III. Título. CDD 658 Andreza Alves de Oliveira CRB9 – n.1816 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br EXPEDIENTE, Vol.2-2019 Comissão Editorial Thiago Silva Prado Paula Piva Linke Juliana Orsini da Silva Cursos envolvidos Cursos de Administração Presencial e EAD; Marketing Presencial e EAD; Recursos Humanos EAD; Engenharia de Produção; Engenharia de Software e Sistemas de Informação. Coordenadora Geral Thiago Silva Prado Coordenadora dos ANAIS Paula Piva Linke Professores da Instituição envolvidos no projeto Thiago Silva Prado Paula Piva Linke Maurílio José Batista Isabella Tamine Parra Miranda Jane C. L. de Souza Paiva Carla Fernanda Marek Francielle Pitelli Sabatine Acadêmicos da Instituição envolvidos no projeto e comunidade externa Rebeca Leal de Paiva; Marcos Marotti Filho; Priscila Freire Martins Rosa; Tiago Carvalho Sabatino; Karen E. Ladeia Penha; Lucas Xavier Fonseca; Tanielly Carla Pereira; Emanuelle F. Da Silva; Giovana Fernandes Da Silva; Agnaldo José Linhares; Cristhyan M. de Souza; Juliano Miqueletti Soncin; Bruna Roberta Brunassi; Michel Hajime Itakura; Cauhê Sanches; Gabriela K.Garcia; Inês Ceccon de Salles; Maria C.de Souza Leme; Victor Valentini Marques; Anderson Alves de Oliveira; Douglas Henrique Xavier; Jessica Munhoz Martins; Ariane H. Gomes; Bruna M. Ribeiro; Carla M. Mimo; Izabelle Simões; Lucas R. Dobe; Taynara Medina. Revisão Paula Piva Linke Bibliotecária Andreza Alves de Oliveira UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO ...................................................................................... 06 2. PROGRAMAÇÃO ....................................................................................... 07 3. COMUNICAÇÕES ORAIS .......................................................................... 08 3.1 MEIO AMBIENTE E PRODUÇÃO 08 3.1.1 Imposto verde: um estudo sobre a necessidade de políticas públicas ambientais ...................................................................................... Jane C. L. de Souza Paiva Rebeca Leal de Paiva 08 3.1.2 Descarte de resíduos sólidos: uma reflexão necessária................. Marcos Marotti Filho Priscila Freire Martins Rosa Paula Piva Linke 14 3.1.3 A viabilidade de um aterro sanitário na cidade de Maringá............. Tiago Carvalho Sabatino Paula Piva Linke 20 3.1.4 A importância do planejamento e controle de produção para as indústrias ....................................................................................................... Karen E. Ladeia Penha Lucas Xavier Fonseca Paula Piva Linke 26 3.1.5 Plano mestre de produção: entendendo e expondo sua importância.................................................................................................... Tanielly Carla Pereira Emanuelle F. Da Silva Giovana Fernandes Da Silva Carla Fernanda Marek 31 3.1.6 Redução dos custos variáveis por meio da implantação do programa de condução econômica ............................................................. Agnaldo José Linhares Paula Piva Linke 37 3.2 COMUNICAÇÃO 43 3.2.1 A proteção jurídica do consumidor nas relações do comércio eletrônico ....................................................................................................... 43 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br Cristhyan M. de Souza Juliano Miqueletti Soncin 3.2.2 Propagandas abusivas e enganosas ................................................... Bruna Roberta Brunassi Paula Piva Linke Isabella Parra Miranda 49 3.2.3 Comunicação empresarial por meio da imagem e suas intencionalidades: GTfoods na Gazeta do Povo .......................................... Michel Hajime Itakura Cauhê Sanches 55 3.2.4 A intencionalidade da comunicação empresarial do mc dia feliz ... Michel Hajime Itakura Cauhê Sanches 62 3.3 RECURSOS HUMANOS 69 3.3.1 Recrutamento e seleção por competências ..................................... Thiago Silva Prado Gabriela K.Garcia Inês Ceccon de Salles Maria C.de Souza Leme Victor Valentini Marques 69 3.3.2 Novas formas de atuação do psicólogo organizacional .................. Anderson Alves de Oliveira Douglas Henrique Xavier Jessica Munhoz Martins Francielle Pitelli Sabatine 75 3.3.3 Cultura organizacional em empresas familiares................................ Thiago Silva Prado Gabriela Katayama Garcia Maria C. de Souza Leme Victor Valentini Marques 80 3.3.4 A importância do Currículo Lattes no contexto acadêmico ............ Francielle Pitelli Sabatine Ariane H. Gomes Bruna M. Ribeiro Carla M. Mimo Izabelle Simões Lucas R. Dobe Taynara Medina 85 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br 1. APRESENTAÇÃO A SEMAD UNIFAMMA e Gincana do Conhecimento consiste na realização de palestras, atividades culturais, jogos em grupo e apresentações de trabalhos na área de administração e afins, visando a sua integração na comunidade institucional e a discussão de temas relevantes para a formação profissional. Dessa forma, o objetivo do evento é de promover o conhecimento, integração e o trabalho em equipe dos acadêmicos dos cursos de administração e áreas afins da Instituição, despertando o interesse sobre temas atuais relevantes à sociedade. O projeto visa à participação da comunidade externa como ouvinte das palestras, podendo também encaminhar resumos expandidos para o evento, desde que atendam todas as parametrizações necessárias, ampliando a disseminação do conhecimento científico e divulgando as atividades realizadas pelaInstituição à comunidade maringaense. Promove-se, assim, a conscientização dos acadêmicos como integrantes efetivos de uma sociedade, para o exercício da responsabilidade social. A realização da SEMAD UNIFAMMA e Gincana do Conhecimento proporcionam a discussão e a interação do conhecimento nas áreas tratadas de maneira lúdica, incentivando, assim, o maior número de participantes discentes no evento. E, realizando um encontro científico de forma diferenciada. Os resultados dos trabalhos serão organizados nos ANAIS do evento, mas, para isso, é necessário que o(os) inscrito(os), tenham realizados todas as atividades previstas, e, apresentado o resumo expandido, conforme calendário divulgado previamente pelo site da instituição. No ano de 2019 contamos com 14 trabalhos aprovados que foram divididos em três eixos temáticos: Meio ambiente e produção, Comunicação e Recursos Humanos. Me. Thiago Silva Prado Coordenador do Projeto 7 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br 2. PROGRAMAÇÃO 09/09/2019 19:00 horas: Abertura do evento, recepção dos acadêmicos e credenciamentos. 19:30 Horas: Noite cultural, com apresentações de dança, música e teatro. 20:00 horas: Palestra voltada para a atuação do profissional de gestão. 21:00 horas: Intervalo. 21:15 horas: Deliberações e encaminhamentos para os demais dias do evento. 22:30 horas: Encerramento das atividades do primeiro dia. Local: Auditório II da UNIFAMMA 10/09/2019 19:00 horas: Recepção dos participantes e organização das equipes para os jogos. 19:30 horas: Jogos e dinâmicas relacionados à gestão de empresas. 21:00 horas: Intervalo. 21:15 horas: Deliberações e encaminhamentos sobre os resultados dos jogos. 22:30 horas: Encerramento das atividades do segundo dia. Local: Auditório II da UNIFAMMA 11/09/2019 19:00 horas: Recepção dos participantes. 19:30 horas: Comunicação oral dos resumos aprovados para o evento. 21:00 horas: Intervalo. 21:15 horas: Resultado da Gincana e entrega das medalhas às equipes. 22:30 horas: Encerramento das atividades do primeiro dia. Local: Auditório II da UNIFAMMA 8 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br 3. RESUMOS EXPANDIDOS 3.1 MEIO AMBIENTE E PRODUÇÃO IMPOSTO VERDE: UM ESTUDO SOBRE A NECESSIDADE DE POLÍTICAS PÚBLICAS AMBIENTAIS Rebeca Leal de Paiva 1 Jane Cristina Leal de Souza Paiva2 RESUMO Devido ao grande aumento das inovações industriais, as organizações encontram cada vez mais necessidade de suprir as demandas de consumo, necessidades que, ao serem atendidas, geram poluição, assim como uma exploração excessiva dos recursos naturais. Logo o cenário de desenvolvimento sustentável passou somente uma ideia para uma necessidade. O presente estudo objetiva salientar a importância de implementar políticas públicas verdes, visto que a qualidade de vida tem relação com as condições ambientais, e o uso descuidado dos recursos naturais finitos. E dessa linha de pensamento surge então a ideia do Imposto Verde para beneficiar as organizações que contribuírem com esse cuidado a natureza. Palavras-chaves: Meio ambiente. Imposto Verde. Desenvolvimento. 1. INTRODUÇÃO O assunto sobre o meio ambiente e a preocupação com seus impactos no Planeta estão cada vez mais sendo discutidos, pois com o avanço da industrialização começou a ser sentido os efeitos negativos da poluição, prejudicando o ar, água e solo, sendo assim a importância com o meio ambiente está se tornando essencial para todos e isso inclui na economia também. 1 Graduanda em Engenharia de Produção pela Universidade Estadual de Maringá - UEM e em Ciências Contábeis pela Unifamma, Maringá, Paraná. Rua Vereador José Hauari nº 728 Jardim Monte Rei – 87083-670 – rebecapaiva@outlook.com 2 Especialista em Contabilidade e Controladoria pela Universidade Estadual de Maringa – UEM, Bacharel em Ciências Contábeis pela Unifamma, Maringá, Paraná. Atualmente no escritório Paris Contabilidade. Rua Vereador José Mario Hauari nº 728 Jardim Monte Rei – 87083-670 - jane@ocpcontabilidade.com.br mailto:rebecapaiva@outlook.com mailto:jane@ocpcontabilidade.com.br 9 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br O desenvolvimento sustentável é um conceito criado para trazer à tona a preocupação de melhoria ambiental e assim garantir um futuro melhor para as próximas gerações sendo um dos principais desafios atuais da humanidade (SOUZA, 2018). Entende-se por desenvolvimento sustentável a capacidade de utilizar os recursos e os bens da natureza sem comprometer a disponibilidade desses elementos para o futuro (PENA, 2007). A definição mais aceita sobre o assunto origina da World Wide Fund for Nature (WWF- BRASIL) uma organização da sociedade civil brasileira, de natureza não-governamental que defende que o desenvolvimento sustentável é aquele capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. Esse conceito foi criado na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento para assim começar a discussão e procurar meios e propor como harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental. Imagem 1 - Diagrama de Venn sobre sustentabilidade Fonte: lasoga.org Para que esse desenvolvimento de fato seja alcançado, é necessário planejamento e reconhecimento de que os recursos naturais são finitos, sendo assim é preciso criar encorajamento, atividades econômicas e políticas públicas que induzam o 10 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br crescimento econômico. Em meio então a toda essa problemática surge a ideia de Imposto Verde. Sendo assim, esse artigo tem como objetivo mostrar a importância de se pensar em políticas públicas voltadas a questões ambientais e incentivar as organizações privadas a ter esse cuidado através de uma pesquisa exploratória qualitativa, apresentando algumas alternativas já existentes em outros países e estudos de novas ideias. 2. DESENVOLVIMENTO Seguindo essa ideia de desenvolvimento sustentável e preocupação com os maiores índices de poluição, se faz necessário a criação de políticas públicas voltadas para essa temática. Tristão (1999) propôs o “Imposto Verde”, no qual a autora defende um imposto criado com a intenção de adaptar a conduta das organizações, produtos e/ou consumidores em relação aos problemas causados pela poluição. Este imposto teria a função de regulamentar e desestimular a prática de certas atividades danosas ao meio ambiente ou que de alguma forma consomem de maneira descontrolada os recursos naturais, principalmente os não-renováveis. Sua intenção é de que não aja nenhum aumento de arrecadação e sim que imposto nivelaria com os custos dos danos ambientais, podendo então incentivar essas organizações a trabalharem com atividades ambientalmente saudáveis. Esse tipo de imposto também pode ser designado como imposto ambiental ou eco impostos. Carli, Costa e Ribeiro (2015, p.122) trazem: Um dos possíveis caminhos para incentivar a nova racionalidade ambiental é por meio da extra fiscalidade, consideramos que o sistema tributário deve ser estimulado para uma economia verde, que incentive a introdução de tecnologias limpas, o uso de energia renovável, o consumo consciente, a criação de empregos verdes e o respeito pelos limites biofísicos do planeta.É fundamental a política pública mostrar e incentivar essa produção verde, diminuindo o impacto ambiental e social. Essa ideia surgiu inicialmente na Europa, no 11 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br qual a União Europeia estudava a proposta de criar taxas para materiais não recicláveis. Na Noruega os impostos variam de acordo com o índice de reciclagem da empresa e assim na medida em que ocorre o aumento da reciclagem é reduzido a incidência de impostos. Já os franceses com a intenção de alcançar uma meta de 100% de reciclagem das embalagens plásticas até 2025, começaram a tornar mais caro os produtos que usam plástico não reciclável. (PLANET THE SMART CITY, 2018, p. 1). Aqui no Brasil de acordo o SINDIFISCO – Sindicato Nacional dos Auditores- Fiscais da Receita Federal do Brasil o imposto verde já foi implantado em 12 estados, onde 0,5% a 5% do ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços é reservado para a construção de áreas verdes e proteção dos mananciais dos municípios que colaboram com a preservação do meio ambiente. Mas para que o imposto verde entre em vigor as cidades devem tomar medidas como a coleta seletiva do lixo, plantio de árvores, educação ambiental entre outros cuidados ecológicos. De acordo o Índice de Imposto Verde da KPMG uma rede global de firmas- membro independentes que prestam serviços profissionais de auditoria, consultoria tributária e consultoria de negócios, o Brasil atualmente ocupa a 18ª posição entre os mais ativos no uso de impostos como uma ferramenta para impulsionar as organizações a serem sustentáveis e atingir as metas de uma política verde. 3. CONCLUSÃO A proposta do imposto Verde não irá resolver todas as questões da degradação ambiental no Brasil, mas somada a outros componentes, é uma ferramenta eficaz no combate à exploração de recursos naturais. No entanto, a tributação verde ainda tem um longo caminho a percorrer, ela está em evolução, e se pensado com atenção e pro atividade por parte das políticas ambientais, essas dificuldades no futuro serão oportunidades que contribuíram para a preservação de nosso planeta. 12 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br REFERÊNCIAS CARLI, Ana Alice, COSTA, Leonardo de Andrade, RIBEIRO, Ricardo Lodi. Tributação e Sustentabilidade ambiental, 1. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2015 PENA, Rodolfo Alves. Desenvolvimento Sustentável. Geografia, [S. l.], p. 1, 15 jun. 2007. SOUZA, Sérgio Carlos. Imposto Verde. Desenvolvimento, [S. l.], 28 set. 2018. Disponível em: esbrasil.com.br. Acesso em: 21 ago. 2019. TRISTÃO, Virgínia Talaveira Valentini. Imposto Verde: Um Tributo à Natureza. Orientador: Dr. Haroldo Clemente Giacometti. 1999. 158 f. Dissertação (Mestrado em Administração) - FGV/EAESP, [S. l.], 1999. PLANET THE SMART CITY. França Vai Tornar Garrafas Plásticas Não Recicladas Mais Caras. Reciclagem, [S. l.], p. 1, 20 dez. 2018. Disponível em: https://www.institutoplanetsmartcity.com.br/. Acesso em: 22 ago. 2019. KPMG International Cooperative (“KPMG International”) Revista: The KPMG Green Tax Index 2013, n.130215, Suiça, ago.2013, disponível em: https://home.kpmg.com/xx/en/home/insights/2015/03/green-tax-index-an-exploration- of-green-tax-incentives-and-penalties.html. Acesso em 22 ago. 2019 13 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br DESCARTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS: UMA REFLEXÃO NECESSÁRIA Marcos Marotti Filho*3 Priscila Freire Martins Rosa** Paula Piva Linke*** RESUMO Considerando o grande aumento nos resíduos gerados pela população por meio dos materiais descartáveis, o consumo frequente, e outros fatores, assim como os resíduos gerados pela atividade industrial em seu processo produtivo, deve-se atentar para os impactos dessa produção ao meio ambiente. Destacando que os resíduos são os restos indesejáveis, que se não forem descartados corretamente acarretaram em diversos problemas ambientais, é essencial que este assunto seja abordado, evidenciando a sua importância para se evitar poluição e problemas urbanos como alagamentos que acontecem devido ao entupimento de bueiros pelo descarte incorreto desses resíduos, fora outros problemas como a poluição do ar pela queima de moveis usados que deveriam ter um destino correto, e claro os matérias descartáveis como sacolas plásticas, copos descartáveis, entre outros que demoram anos para se decompor na natureza. Com base na atual crise ambiental, a discussão sobre o destino correto para estes resíduos é relevante para que possamos minimizar os impactos que estes têm sobre o planeta, adotando medidas efetivas que tornem o consumo consciente assim como o descarte correto, por meio de campanhas de conscientização e informações sobre como realizar esse descarte adequado e os pontos de acesso para tanto podem ser uma alternativa para minimizar a poluição. Palavras-chave: Descarte. Resíduos sólidos. Resíduos sólidos urbanos. 1. INTRODUÇÃO Com a globalização ocorreu o aumento na produção de bens, facilitando assim o consumo. A partir desse consumo surgem os resíduos que são gerados na fase de fabricação desses produtos e no momento do descarte após o consumo. As atividades industriais assim como as domésticas geram resíduos, desse modo, neste trabalho pretende-se trazer a discussão referente ao que são esses resíduos e como os mesmos impactam o meio ambiente. 3 *Discente do curso de administração da UNIFAMMA, Maringá PR. marcosmarottifilho@gmail.com **Discente do curso de administração da UNIFAMMA, Maringá PR. pryscila.martins@gmail.com *** Professora Doutora do Curso de Administração do Centro Universitário Unifamma – Maringá-Pr. E-mail: paulapivalinke@gmail.com mailto:marcosmarottifilho@gmail.com mailto:pryscila.martins@gmail.com 14 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br É essencial que se compreenda o que são resíduos sólidos, resíduos sólidos urbanos, e como deve ser feito o descarte correto desses resíduos com o objetivo de minimizar os impactos causados pelo descarte incorreto dos mesmos. Para a realização desta pesquisa, optou-se pela pesquisa bibliográfica, com vistas a conhecer mais a fundo essa questão. 2. A PROBLEMÁTICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS Em função da atual crise ambiental, vemos a necessidade de problematizar a geração de resíduos e seu impacto sobre o meio ambiente. Para este texto, será dada atenção aos resíduos sólidos urbanos. Segundo Barbosa e Ibrahin (2014) Resíduos sólidos (RS) são as sobras de produção indesejáveis e arremates de materiais decorrentes da produção e consumo ou das atividades humanas e animais. Os RS são de vários tipos, geralmente categorizado como resíduos municipais, desperdícios industriais e lixos perigosos. Vários tipos de resíduos são gerados a partir do mercado especialmente resíduos de alimentos, papel, papelão, plásticos, têxteis, borracha, couro, madeira, vidro, metais ferrosos etc. Pela falta de processo de gestão adequada, estes são perigosos para o ambiente circundante e também responsável por mudanças climáticas. Para os países em desenvolvimento a gestão de resíduos é um problema ambiental e financeiro crescente. As práticas de gestão de resíduos e a questão do desenvolvimento sustentável vêm despertando o interesse em buscar melhorias para a redução desses RS ao meio ambiente. Jardim, Yoshida e Machado (2012) afirmam que todas as atividadesque a população executa no dia a dia, geram como restos um conjunto de resíduos, quando utilizamos materiais, sejam esses para uso doméstico ou empresarial, fazemos o descarte das embalagens, latas, restos entre outros que denominamos como lixo. Com o avanço da tecnologia e o surgimento de produtos mais sofisticados, ao adquirir um artigo novo, fazemos o descarte dos antigos como móveis, produtos eletrônicos, entre outros. Conforme as pessoas modernizam seus hábitos associados 15 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br a urbanização, maior será o uso de produtos descartáveis e o consumo de produtos industrializados, o que fará com que haja um aumentando na produção de RS. Nascimento Neto (2013) aponta que os RS gerados nas cidades são diferentes em vários aspectos, como natureza, origem, tipo de material, toxicidade e periculosidade, entre outros. Ocorre muito descarte de RS que podem ser tóxicos ou contamináveis para a saúde da população, como por exemplo, os hospitalares, o descarte desses RS exige cuidados específicos a fim de prevenir a contaminação do meio ambiente e a proliferação de doenças. Portanto, podemos definir tais resíduos como coletados pelas cidades e autoridades locais que incluem o lixo doméstico, sólidos não perigosos de origem industriais e comerciais, e resíduos hospitalares não patogênicos. A composição dos RSU municipais inclui materiais como solo, jardim e resíduos alimentares, madeira, papel, cinzas, plásticos, têxteis e borracha, concluindo que os resíduos sólidos urbanos são uma coleção de resíduos sendo principalmente de origem doméstica e comercial (SEPA, 2011). Buah et al. (2007) e descreve os RSU como resíduos coletados por autoridades locais de fontes domésticas e comerciais. Demirbas (2011) afirma ainda que os resíduos sólidos urbanos são resíduos produzidos a partir de instalações domésticas e comerciais, acrescentando que tais resíduos são apenas uma fração do total de resíduos sólidos e que os RSU são difíceis de gerenciar, já que os componentes são diversos. Vergara e Tchobanoglous (2012) apontam que os resíduos sólidos urbanos refletem o estilo de vida e costume das pessoas que o produzem, afirmando que as cidades que geram grandes quantidades de resíduos sólidos podem ter um impacto negativo sobre o bem-estar da população e do meio ambiente se não forem gerenciados adequadamente. Segundo Hardoy (2001) os RS podem ser classificados em categorias, como, fontes, composição do material e nível de risco associado a substâncias residuais alinhadas a práticas adequadas de gestão de resíduos. A classificação de resíduos é essencial para ajudar no planejamento de gestão de resíduos, ajuda as autoridades 16 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br municipais a organizar operações de gerenciamento de resíduos, como coleta e métodos de eliminação dos mesmos. O Relatório de Avaliação do Milênio (2005), afirma que para garantir a proteção da saúde humana, meio ambiente e escassez de recursos da terra, a gestão dos resíduos sustentáveis deve ser considerada como uma abordagem à gestão de resíduos para geração futura. Portanto, torna-se importante para minimizar a extração e o consumo de recursos naturais através da reciclagem de materiais residuais e gestão eficiente para reduzir os impactos ambientais da eliminação de resíduos. A Ação dos Resíduos de Londres (2007) coloca que a hierarquia de resíduos é a melhor maneira para alcançar uma gestão sustentável de resíduos para reduzir as quantidades de resíduos produzidos. Reutilizar e reciclar devem ser incentivados como uma abordagem sustentável. Finalmente, onde a prevenção ou redução de resíduos, reutilização e reciclagem são economicamente impossíveis, os resíduos são processados para recuperar seus valores intrínsecos, como energia. A gestão também procura aumentar a coordenação entre os produtores de bens, retalhistas, fabricantes e preocupações do público, governos ou autoridades locais com a gestão de resíduos. 3. CONCLUSÃO Levando em consideração o crescente uso de materiais descartáveis como, pratos, copos, talheres, latas, garrafas pet, entre outros, podemos determinar que o aumento na geração de resíduos cresce conforme aumentasse a produção de materiais descartáveis. Assim como o aumento no consumo, visto que, ao se comprar um material novo deverá ser realizado o descarte do antigo. Portanto, considerando que os resíduos podem ser de vários tipos e são gerados tanto por empresas, quanto por pessoas físicas, é necessário destacar a importância do descarte correto destes resíduos tanto por parte das empresas, quanto da população. Os municípios que são os responsáveis pela coleta seletiva dos resíduos domésticos devem ser efetivos nesta tarefa de modo a destinar corretamente esses resíduos. 17 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br Sendo de responsabilidade também dos municípios aplicar as leis que determinam que as empresas devem descartar corretamente os resíduos sólidos gerados por sua produção e também fiscalizar se a população esta descartando corretamente seus resíduos sólidos como moveis, eletrodomésticos e utensílios em geral. A população tem que ter conhecimento e acesso aos pontos de coleta dos resíduos sólidos e da coleta de resíduos recicláveis. E as prefeituras devem desenvolver campanhas para conscientizar a população sobre a importância de se destinar corretamente esses resíduos, de modo a evitar o aumento da poluição provocada pelos mesmos. REFERÊNCIAS Ação dos Resíduos de Londres. Promovendo a Gestão Sustentável de Resíduos em Londres (2007). BARBOSA, Rildo Pereira, IBRAHIN, Frencini Imene Dias. Resíduos sólidos: impactos, manejo e gestão ambiental. – 1. Ed. – São Paulo, SP: Érica, 2014. BUAH, WK, Cunliffe, AM e Williams, PT (2007). Caracterização de Produtos da Pirólise de Resíduos sólidos municipais. Segurança de Processo e Proteção Ambiental, 85 (5), 450-457. Disponível em:<https://doi.org/10.1205/psep07024> acesso em 30 de agosto de 2019. DEMIRBAS, A. (2011). Gestão de resíduos, instalações de recursos de resíduos e processos de conversão de resíduos. Energia Conversão e Gerenciamento, 52 (2), 1280-1287. Disponível em:<https://doi.org/10.1016/j.enconman.2010.09.025> acesso em 30 de agosto de 2019. HARDOY JE, Mitlin D, Satterthwaite D. Problemas Ambientais em um Mundo Urbanizante, Londres e Stirling, VA (2001) Disponível em:<http://www.sepa.org.uk/waste/waste_data/commercial__industrial_waste/construc tion__demolition.aspx> acesso em 30 de agosto de 2019. JARDIM, Arnaldo, Yoshida, Consuelo, Machado Filho, José Valverde Filho. Política nacional, gestão e gerenciamento de resíduos sólidos. – 1. Ed. – Barueri, SP: Manole, 2012. https://doi.org/10.1205/psep07024 https://doi.org/10.1016/j.enconman.2010.09.025 http://www.sepa.org.uk/waste/waste_data/commercial__industrial_waste/construction__demolition.aspx http://www.sepa.org.uk/waste/waste_data/commercial__industrial_waste/construction__demolition.aspx 18 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br NASCIMENTO NETO, Paulo. Resíduos sólidos urbanos: perspectivas de gestão intermunicipal em regiões metropolitanas. – 1 Ed. – São Paulo, SP: Atlas, 2013. Relatório de Avaliação do Milênio. Vivendo além de nossos recursos: ativos naturais e bem-estar humano (Declaração do Conselho do MA) (2005). SEPA (2011). Resíduos de construção e demolição produzidos e manejados na Escócia em2009. Disponível em:<http://www.sepa.org.uk/waste/waste_data/commercial__industrial_waste/construc tion__demolition.aspx> acesso em 30 de agosto de 2019. VERGARA, SE, e Tchobanoglous, G. (2012). Resíduos Sólidos Municipais e Meio Ambiente: Uma Perspectiva Global. Ambiente e Recursos, 37 (37), 277-309. Disponível em:<https://doi.org/10.1146/annurev-environ-050511-122532> acesso em 30 de agosto de 2019. A VIABILIDADE DE UM ATERRO SANITÁRIO NA CIDADE DE MARINGÁ Tiago Carvalho Sabatino(UNIFAMMA)* Paula Piva Linke (UNIFAMMA)**4 RESUMO O presente trabalho tem como objetivo verificar a aplicabilidade de um aterro sanitário dentro do Município de Maringá, visto que os gastos com a coleta de resíduos sólidos são elevados por conta da sua complexidade, levando em consideração que o município utiliza um aterro privado. Portanto, o aterro sanitário pode apresentar uma alternativa viável de implantação visto que os custos com coleta são exagerados e o atual aterro da prefeitura é um aterro controlado, que agride o meio ambiente. Palavras chave: Resíduos. Destino. Tratamento. 1. INTRODUÇÃO 4 * Graduado em Ciências Sociais, Maringá/PR, Instrutor de Cursos Livres. (Participante do Grupo de Estudos Interdisciplinar – GEIFAMMA) - tiago_14sabatino@hotmail.com ** Professora Doutora do Curso de Administração do Centro Universitário Unifamma – Maringá-Pr. E- mail: paulapivalinke@gmail.com http://www.sepa.org.uk/waste/waste_data/commercial__industrial_waste/construction__demolition.aspx http://www.sepa.org.uk/waste/waste_data/commercial__industrial_waste/construction__demolition.aspx https://doi.org/10.1146/annurev-environ-050511-122532 mailto:tiago_14sabatino@hotmail.com 19 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br O trabalho tem como perspectiva mostrar a possibilidade da implantação de um aterro sanitário conforme a lei 12.305/2010, na cidade de Maringá. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica com análise de dados qualitativa. Portanto, foi feito o levantamento de dados, do quanto a cidade gasta em média no ano com o recolhimento e destinação dos resíduos, usaremos como referência o ano de 2016, o qual aparece no plano municipal de resíduos sólidos. Embora estejamos no ano de 2019 o valor do custo de 2016 pode ser utilizado visto que, com o aumento da população decorre uma maior produção de resíduos, no entanto, também temos um aumento na contribuição desta forma não afetando a análise. Com base em pesquisas nas seguintes instituições Fundação Getúlio Vargas, Universidade de São Paulo, prefeitura municipal de Maringá entre outras, esclarecendo os gastos para construção de um aterro sanitário para cidade, visando uma melhoria para o município. Os dados coletados nestas instituições permitem estabelecer comparativos e verificar a viabilidade da implantação do aterro. A relevância da pesquisa é disseminar o conhecimento na comunidade acadêmica e na sociedade, para que as novas gestões ou até mesmo as atuais, possam utilizar os dados aqui apresentados para um possível planejamento da implantação de um aterro no município. É de extrema importância rever a problemática dos resíduos e seu destino buscando alternativas menos impactantes, visto que estamos em um mundo em crise ambiental. 2. DESENVOLVIMENTO Nós humanos produzimos uma quantidade exorbitante de lixo, por esse motivo devemos lembrar que o meio ambiente deve ser preservado mesmo com seu alto custo. (DREW, 2002) O que vemos em várias cidades brasileiras é que mesmo as cidades que não tem um local próprio para descarte dos resíduos, acabam gastando uma quantia enorme com o serviço de coleta urbana. A descoberta de vários problemas ambientais acaba levando o mundo a ficar mais atento ao impacto do ser humano no ambiente, um dos motivos a se elencar seria a forma inadequada que os resíduos são descartados na sociedade. No entanto 20 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br tivemos um aumento significativo em leis federais, estaduais e municipais voltadas à gestão de resíduos, as quais demonstram essa preocupação (CAVALCANTI; MAZZER, 2004). Temos o artigo 225 da constituição de 1988 como um marco político, e uma evolução nas políticas ambientais, pois este artigo destaca o ambiente como bem público, enfatizando o direito do cidadão de usar esse espaço de forma saudável. E ainda destacando que não é apenas o poder público, mas também a sociedade deve zelar pelo ambiente, sendo assim, todos tem responsabilidade sobre aquele espaço. (LINKE, 2017) As leis ambientais com o tempo começaram a ser mais rígidas, fazendo com que o não cumprimento das mesmas levem a consequências graves para os responsáveis, podendo ser multa e até prisão se for o caso. Apesar destas leis ainda temos problemas, é preciso conscientizar o consumidor a utilizar produtos que são recicláveis, por exemplo: papel e livros de papel reciclável (CAVALCANTI; MAZZER, 2004) Sendo assim devemos conscientizar a população não apenas sobre reutilização dos produtos, mais informar a relevância de termos um aterro sanitário para a cidade de Maringá, visto que grande parte da população não tem conhecimento do mesmo, dessa forma não vendo como prioridade a questão ambiental e dos resíduos sólidos, priorizando a coleta seletiva. O estudo a seguir baseia-se na problemática que envolve a coleta seletiva do município de Maringá localizado no norte do estado do Paraná, a qual tem atualmente a estimativa pelo IBGE de 423.666 mil habitantes (IBGE. 2019) Maringá é uma cidade planejada que utiliza um aterro controlado (pertencente AP município, antigo lixão) o qual não é a melhor opção para o meio ambiente e um aterro privado Por esse motivo o presente estudo tem a intenção de mostrar que com uma boa gestão de recursos, seria possível a construção de um aterro sanitário que atendesse a demanda da cidade e minimizasse os custos com a coleta privada de resíduos. Observe os dados referentes ao ano de 2016. 21 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br A coleta e a destinação de resíduos na cidade de Maringá, no ano de 2016, apresentando de forma clara as despesas com o setor da coleta e as despesas em relação a destinação de resíduos. Em seguida podemos ver o valor gasto referente a esses serviços e o total da arrecadação destinada para os mesmos no município de Maringá. Observa-se então que temos um déficit de 17.366.715,85, ou seja, a verba arrecadada pelo município não cobre os custos da coleta e destinação dos resíduos. Vejamos a seguir, os custos referentes a implantação de um aterro sanitário no município. Figura 1 - Custo das etapas de viabilização de um aterro de médio porte Fonte: FGV (2009). A tabela a acima mostra o valor gasto para se implantar um aterro sanitário de médio porte, o qual conseguiria atender a demanda da cidade, pois ele tem capacidade para receber 800 toneladas de resíduos por dia, visto que Maringá produz a média de 300 toneladas ao dia. Essa infraestrutura se mostra totalmente viável, pois terá uma vida útil alta e mesmo daqui a dez anos aumentando a população maringaense, assim mesmo atenderia a demanda sendo que estaríamos trabalhando 22 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br com uma margem de mais ou menos 500 toneladas, a menos que o máximo suportado por dia. Figura 2 - Distribuição percentual dos custos das etapas de viabilização de umaterro Fonte: FGV (2009). A tabela acima deixa mais claro os gastos por etapas, divididos durantes os anos de implantação e utilização do aterro, assim podemos analisar o fato de que apesar do custo ser alto, essa quantia não é gasta toda de uma vez, dessa forma sendo possível a implantação com um investimento a longo prazo. Podemos ver na tabela, referente ao serviço de coleta e destinação final dos resíduos que os gastos referentes ao serviço de coleta e destinação final de Resíduos, são altos e que no ano de 2016 a cidade teve um déficit de mais de 17 milhões, com uma arrecadação na média de 30 milhões. Podendo esta verba ser mais bem distribuída ou utilizar uma boa parte para a construção de um aterro sanitário nas normas ambientais. 3. CONCLUSÃO Concluímos com a pesquisa os avanços das políticas ambientais e relevância das mesmas. Conseguimos levantar os gastos para a implantação de um aterro sanitário que consiga atender a demanda da cidade, o custo é de 236.535.037,00 milhões de reais, sendo um valor elevado, no entanto lembrando que a vida útil do mesmo é de vinte e três anos mais ou menos. 23 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br É preciso pensar nesse investimento a longo prazo, pois como vimos na tabela o maior investimento de 206.485.324,00 milhões será nas operações que vão desde terceiro ano de implantação até o vigésimo terceiro ano, refletindo podemos ver que se essa quantia for dividida em vinte anos teríamos então 10.324.266,20 milhões por ano, ou seja, comparando a tabela de gastos com a coleta de lixo e sua destinação de 2016 que mostra um gasto total de 47.711.968,85, ficando com um déficit de 17.366.715,85, lembrando que os gasto dos dois primeiro anos juntos somam a quantia total de 11.477.698,00 milhões, então mesmo somando os dois valores temos uma quantia menor do que o gasto amostrado. Sendo assim o aterro sanitário implantado na cidade de Maringá em cinco anos se pagaria, pois se multiplicarmos o valor gasto em 2016 vezes cinco, nós teríamos uma quantia total de 238.559.844,25 cobrindo os gastos do aterro sanitário. Apesar destes fatos, há que se conseguir verba federal, pois no período de construção do aterro, a cidade precisaria de verba extra para bancar a coleta e a construção do aterro. REFERÊNCIAS IBGE. Maringá – 2019 disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pr/maringa/panorama. Acesso em: Agosto.de 2019 CAVALCANTI, Osvaldo Albuquerque; MAZZER, Cassiana. Introdução à gestão ambiental de resíduos. Informa, Maringá, v. 16, n. 11-12, p. 67-77, 2004. DREW, David. Processos interativos homem-meio ambiente. 5° Ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002. FGV- Fundação Getúlio Vargas. Estudos sobre os aspectos econômicos e financeiros da implantação e operação de aterro sanitários. São Paulo, SP, 2009. LINKE, Paula Piva. Práticas cotidianas acerca do gerenciamento de resíduos sólidos na indústria da confecção de vestuário no município de Maringá, Paraná. 2017. 320 f. Tese (Doutorado em Ciência Ambiental) - Instituto de Energia e Ambiente, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017. MARINGÁ-PREFEITURA MUNICIPAL. Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos. 2017 https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pr/maringa/panorama 24 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PRODUÇÃO PARA AS INDÚSTRIAS Karen Eduarda Ladeia Penha*5 Lucas Xavier Fonseca** Orientadora: Paula Piva Linke*** RESUMO Este artigo tem a finalidade de apresentar a importância do setor de Planejamento e Controle de Produção nas indústrias. O departamento do PCP trabalha em conjunto com outras áreas da indústria, para que assim alcance os índices de produtividade e qualidade que são exigidos. É preciso salientar que este setor precisa ser flexível a mudanças, já que sempre ocorre uma situação inesperada, na qual o setor precisa ser apto para o ocorrido. Além disso, uma tomada de decisão errada ou a falta de informações entre os setores, pode impactar no planejamento feito pelo PCP, o que consequentemente afetará todo o processo produtivo da indústria. Palavras-chave: indústrias. Planejamento da produção. Controle da produção. 1. INTRODUÇÃO Na atualidade o setor empresarial está cada vê mais competitivo, ara minimizar seus custos é fundamental um bom planejamento de produção. Assim este texto tem por objetivo apresentar a importância do setor de PCP. O trabalho foi realizado por meio de uma pesquisa bibliográfica, buscando entender como o setor atua na indústria. Para que uma indústria alcance seus objetivos de forma lucrativa e rentável, é necessário que haja uma organização em cada processo de produção, portanto para que ocorra isso é preciso que o setor de Planejamento e Controle de Produção entre na jogada. O planejamento deve ser bem estudado através das demandas, dos seus fornecedores, insumos, clientes, funcionários e maquinários, além de estabelecer 5 *Discente do curso de Engenharia de produção da UNIFAMMA, Maringá PR. ** Discente do curso de Engenharia de produção da UNIFAMMA, Maringá PR. lucasxavierfonseca@gmail.com *** Professora Doutora do Curso de Administração do Centro Universitário Unifamma – Maringá-Pr. E- mail: paulapivalinke@gmail.com mailto:lucasxavierfonseca@gmail.com 25 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br informações com outros setores, tais como, marketing, vendas, compras, logística e etc., ou seja, é preciso estabelecer as prioridades do que é necessário e quando se produzir, de acordo com a capacidade produtiva que a indústria possui, para que assim sejam atendidas as necessidades dos clientes. O PCP possui várias funções importantes, entre elas a tomada de decisão de produção e a conexão de informações para estabelecer as metas da indústria. Para realizar um bom planejamento da produção é preciso a conciliação do fornecimento de produtos e serviços com a demanda, lembrando que o PCP precisa ser flexível a mudanças, pois pode haver alterações na quantidade da demanda, atraso no fornecimento de insumos, falta de mão-de-obra e falha ou quebra de equipamentos. Esses são alguns dos principais fatores que influencia a mudança do planejamento da produção. Dessa forma, vemos que o setor do PCP é o apoio e suporte da produção, e por isso sempre deve haver o contato entre o chão de fábrica e o Planejamento e Controle de Produção, e claro que também a conexão com os outros setores é muito importante, para que as informações sejam processadas de maneira clara, pois assim a programação funciona da melhor forma, atendendo as expectativas de todos os envolvidos. 2. PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PRODUÇÃO: PCP O Planejamento e Controle de Produção (PCP) é responsável pela organização de execução de toda a produção, ou seja, é o apoio e suporte de toda a fábrica, já que nele são passadas várias informações dos diferentes setores, além de ser observados as falhas no sistema, o que pode ser modificado ou melhorado através do que foi identificado. Segundo Machline et al. (1972), o PCP é uma função administrativa, que tem por objetivo principal a elaboração dos planos e atividades que orientarão a produção e servirão de guia para o seu controle. Em termos simples, o PCP determina o que, quando, quanto, onde e como vai ser produzido e quem vai produzir. 26 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 442101-5550 | www.unifamma.edu.br No planejamento é preciso ser verificado o que será feito e quanto tempo será preciso para que cada etapa seja concluída, o que faz com que o setor do PCP sempre trabalhe em função do tempo, aliás, tempo é algo muito importante para uma produção, pois qualquer atraso prejudica todas as etapas do processo. Na programação são levantados quais os recursos necessários da produção. Já no controle é feito o monitoramento de todo o processo para corrigir os erros ou fazer ajustes (MACHLINE et al. 1972). Segundo Arnold (2008, p. 25): a produção inclui todas as atividades relacionadas ao planejamento, programação e apoio às operações de produção. Dessa forma, o planejamento e controle de produção é responsável pelo planejamento e controle de fluxos de matérias através do processo de produção. Para Vollmann et al. (2006), a tarefa essencial do sistema de PCP é gerenciar com eficiência o fluxo de materiais, a utilização de pessoas, equipamentos e responder às necessidades dos clientes, contando com a capacidade dos fornecedores, a estrutura interna e, em alguns casos, a estrutura dos próprios clientes, para atender a demanda. Figura 1 - Sistema de PCP detalhado Fonte: SALOMON (2014). 27 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br Pode-se observar na figura, que não basta apenas planejar, toda a produção está sujeita a flutuações de demanda ou problemas, assim é extremamente importante monitorar cada atividade, corrigindo os erros em cada etapa, ecitando desperdícios e falta da qualidade nos produtos e processos. Pode-se dizer então que O PCP possui várias funções, dentre elas, programar e controlar a produção: determinar a quantidade a produzir, controlar os estoques, emitir ordens de produção, programar e movimentar as ordens de fabricação, acompanhar a produção e controlar a qualidade dos produtos (LINKE et al., 2013, p.309). Pode-se dizer que o PCP tem várias vantagens e benefícios como evitar desperdícios e defasagem na produção, evitar matéria prima parada na qual causaria um impacto para a empresa obtendo recursos parados podendo causar prejuízo e principalmente, cumprir todos os prazos para evitar insatisfação do cliente. Em outras palavras, este departamento é a base da empresa, pois através de sua integrações com os demais setores é que conseguimos organizar a produção. 3. CONCLUSÃO Com tudo, podemos concluir que o PCP é uma peça fundamental para uma indústria poder crescer continuamente, controlando estoque de matéria prima, produtos em processo e produtos prontos. É o que faz todos da empresa andarem junto como o setor de vendas, produção, qualidade, manutenção e marketing, mas claro que isso é possível junto com o MRP (PLANO MESTRE DE PRODUÇÃO) que juntos desenvolvem todo o planejamento e processos de uma empresa, e sem isso, o desenvolvimentos das atividades podem ocasionar em atrasos e perca de investimentos REFERÊNCIAS ARNOLD, T.J.R. Administração de materiais. São Paulo: Atlas, 2008. 28 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br VOLLMANN, T.E. et al. Sistemas de planejamento & controle da produção para gerenciamento de cadeias de suprimentos. 5.ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. MACHLINE, Claude; SÁ MOITA, Ivan; WEIL, Kurt e SCHOEPS, Wolfgang. Manual de administração da produção. Rio de Janeiro: FGV, 2. ed. 1972. LINKE, P. P.; CHAVES, C. J. A.; ESPINHA, P. G.; TSUKUDA, F.; NARCISO, V. L. S.. A importância do planejamento e controle de produção para as indústrias de confecções da cidade de Maringá-PR: A perspectiva dos gestores de produção. Revista Gestão Industrial, v. 9, p. 307-325, 2013. SALOMON, Valerio. Planejamento e controle da produção. Disponível em: <https://www.feg.unesp.br/Home/PaginasPessoais/profsalomon/pcp.pdf> Acesso em: 11 de junho de 2019. 29 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br PLANO MESTRE DE PRODUÇÃO: ENTENDENDO E EXPONDO SUA IMPORTÂNCIA Tanielly Carla Pereira * Emanuelle Frageri Da Silva ** Giovana Fernandes Da Silva *** Carla Fernanda Marek **** RESUMO O Plano Mestre de Produção (PMP) é uma das diversas funções do planejamento consideradas na estrutura dos sistemas ERP – Enterprise Resource Planning, e tem como propósito estabelecer o que a empresa planeja produzir, qual a quantidade determinada e as datas específicas, de forma a atender a demanda apontada e adaptável com a capacidade produtiva da empresa. Os sistemas produtivos das empresas são baseados na transformação de entradas (insumos) em saídas (produtos). Para que esse sistema produza bens e serviços e que consiga atingir os resultados esperados, é necessária tomadas de decisões a partir de um plano pré- estabelecido e um planejamento. Palavras-chaves: PMP. Planejamento. Produção. 1. INTRODUÇÃO Na competitividade da atualidade, um elaborador da produção necessita lidar continuamente com objetivos como o cumprimento dos prazos de entrega, priorização de pedidos de clientes específicos, manutenção de estoques baixos, redução das despesas operacionais e se deparando com mudanças repentinas dos clientes, fornecedores e demais membros do processo produtivo. Clientes mais exigentes têm sido ponderado em suas decisões de compra e no quanto estão dispostos a pagar pelos bens ou serviços adquiridos. Por essa razão, as organizações têm investido em planejamentos que visam analisar detalhadamente seu produto e seus processos para eliminar o que não agrega valor ao resultado final. 30 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br Nessa conjuntura, o Plano Mestre de Produção (PMP) é atualmente o plano de produção que mais atende as necessidades citadas acima, para defini-lo, o gestor precisa considerar uma matriz de variáveis relativas a diferentes níveis e políticas de estoque, fornecimento e capacidade produtiva, além de prazos, quantidade e preços em constante modificação. À medida que o mercado comprador se torna maior e mais exigente, as empresas são forçadas a atender a demanda de forma mais rápida, com melhor qualidade e em maior variedade. Nesse contexto, esse trabalho tem o objetivo de responder por meio de pesquisa bibliográfica a seguinte questão: Qual a importância do PMP para as empresas que buscam a organização, liderança e controle das atividades relacionadas a operação? 2. REFERENCIAL TEÓRICO O Plano Mestre de Produção (PMP) segundo Sipper e Bulfin (1997), é um plano de produção que pode ser gerado a partir do Planejamento Agregado, a demanda estimada de itens finais. O objetivo é determinar quais produtos finais serão fabricados em determinado período de tempo e estabelecer quantidades que serão produzidas. Para a empresa atingir sucesso, o Plano Mestre de Produção deve ser orientado e a partir deste é possível controlar os estoques, administrando a capacidade. (CÔRREA et al., 2008). O desenvolvimento do PMP exige uma avaliação das necessidades de mão de obra, equipamentos e materiais para cada tarefa a ser realizada. De acordo com Giannesi e Correia (1993), o Plano Mestre de Produção considera as demarcações da capacidade e a compatibilidade de sua utilização, podendo determinar a produção prévia de itens. O PMP representa uma das contribuições mais importantes da manufatura ao processo de planejamento global da organização. 2.1 VANTAGENS E DESVANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DO PLANO MESTRE DE PRODUÇÃO(PMP) 31 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br A seguir serão abordadas as principais vantagens e desvantagens da utilização do Plano Mestre de Produção (PMP). Além da apresentação de forma sintética de três estudos de caso em que foram utilizados o Plano Mestre de Produção em organizações. 2.1.1 VANTAGENS Para Tubino (2007) o PCP exerce atividades em três diferentes níveis hierárquicos. No nível tático (planos de médio prazo), o PCP desenvolve o Plano Mestre de Produção. Assim, podemos relacionar alguns benefícios que o PMP proporciona após sua implantação: • Fazer a previsão de vendas; • Tornar os processos de produção mais simples; • Dimensionar os níveis de produção, máquinas e instalações necessárias para atender a demanda prevista; • Analisar as capacidades (mínima e máxima) de produção; • Alinhar os estoques de matérias-primas, produtos em elaboração e acabados; • Definir as datas de entregas de cada produto; • Otimização do fluxo de produção. O Plano Mestre de Produção (PMP) propõe dessa forma principalmente a redução de custos com a redução de desperdícios, e uma melhoria na utilização dos recursos. 2.1.2 DESVANTAGENS Inicialmente para a implantação do Plano Mestre de Produção (PMP), é necessário investimento com mão de obra especializada, limpeza da base de dados, suporte ao pessoal, dentre outros. Muitas organizações tentaram implantá-los, no entanto como não houve planejamento do projeto e investimento suficiente algumas 32 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br delas vieram à falência ou foram obrigadas a realizar fusões com concorrentes (SOLON; ARAÚJO, 2012). O Plano Mestre de Produção quando utilizado em algumas empresas, podem acarretar o uso intenso de computadores com volumes de dados muito grande e assim necessitando de uma alta exatidão desses dados. Com o uso acentuado desse plano a empresa vai desenvolver uma dependência de computadores e não enfatiza o envolvimento da mão de obra no processo. 2.1.3 PROPOSTA DE UM MODELO DE PLANO MESTRE DE PRODUÇÃO PARA UMA EMPRESA DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES: UMA PESQUISA-AÇÃO (PIAGGE; BAGNI; MARCOLA, 2015). Durante e após a implantação do plano mestre de produção muitos foram os resultados encontrados, são eles: aumento do volume produzido, maior pontualidade no atendimento dos pedidos e diminuição no lead time. O volume pela empresa Alfa foi medido durante seis meses, sendo os três meses iniciais sem a utilização do novo modelo e os próximos três meses após implantação do modelo. Nota-se que após a implantação do novo modelo de elaboração do PMP o volume de produção dos três meses aumentou aproximadamente 20% em relação à média dos períodos anteriores. 2.1.4 PLANEJAMENTO MESTRE DE PRODUÇÃO: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA “Y” INDÚSTRIA FRIGORÍFICA DO MUNICÍPIO DE CACOAL – RO (GURGEL, 2011). O modelo de Planejamento Mestre de Produção utilizado pela empresa objeto de estudo demonstra vantagens em sua utilização visto que as ferramentas utilizadas são de menor complexidade, podendo ser usadas por pessoas a nível de usuário do pacote office, tornando ágil o processo de tomada de decisões, bem como a economia. Percebe-se que as análises feitas a partir desse Planejamento Mestre de Produção são importantíssimas para a gestão, haja vista que é possível enxergar o 33 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br resultado e impacto de cada decisão tomada, ou seja, tal planejamento subsidia o processo de tomada de decisão com informações relevantes para a gestão. 2.1.5 UMA PROPOSTA DE PLANEJAMENTO DE PRODUÇÃO VINCULADA A MARGEM DE LUCRO DOS PRODUTOS MANUFATURADOS (ROMANZINI; RIBEIRO, 2017). Comparando os resultados obtidos diante de cada maneira de programação da produção observou-se que o método proposto gerou resultados econômicos superiores. O trabalho realizado foi de grande importância para a empresa que foi objeto de estudo, uma vez que esta não possuía um método para desenvolvimento do Plano Mestre de Produção, que atualmente baseia-se apenas no conhecimento empírico de seus colaborados. 3. CONCLUSÃO Neste estudo foi possível demonstrar através de pesquisas os conceitos de plano mestre de produção visto da perspectiva de vários autores citados, permitindo que fosse compreendido, de fato, a importância de se utilizar um Plano Mestre de Produção (PMP). A pesquisa mostra os resultados obtidos em empresas reais além de contribuir com informações referentes a realidade de recursos de gestão que uma empresa dispõe. Desta forma o leitor consegue se munir, a fim de se preparar cada vez melhor, afinando o ensino com a realidade do mercado e contribuindo na percepção de que o Plano Mestre de Produção pode ser elaborado e aplicado mesmo existindo limitações nas organizações. REFERÊNCIAS CORRÊA, H. L.; GIANESI, I. G. N.; CAON, M. Planejamento, Programação E Controle Da Produção. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2008. 34 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br CORRêA, Henrique L.; GIANESI, Irineu G. N.. JIT, MRP II e OPT: Um Enfoque Estratégico. 2. ed. São Paulo: Atlas S/A., 1992. GURGEL, Fernando Roque. Planejamento Mestre De Produção: Um Estudo De Caso Na Empresa “Y” Indústria Frigorífica Do Município De Cacoal – RO. 2011. 29 F. TCC (Graduação) - Curso de Ciências Contábeis, Unir, Cacoal. PIAGGE, Ricardo MagnaniDelle; BAGNI, Gustavo; MARCOLA, Josadak Astorino. Proposta de um modelo de plano mestre de produção para uma empresa de suplementos alimentares: uma pesquisa-ação. In: Encontro Nacional de Engenharia de Produção, 2015, Fortaleza. ROMANZINI, Fernanda; RIBEIRO, José Luis Duarte. Uma proposta de planejamento de produção vinculada a margem de lucro dos produtos manufaturados. Revista Produção Online, Florianópolis, v. 17, n. 1, p.200-221, jan./mar. 2017. SIPPER, D; BULFIN, R. L. Production: planning, control, and integration. New York: McGraw-Hill, 1997. SOLON; Alexsandro S, ARAÚJO, Fernando. Importância da aplicação conjunta de ferramentas do PCP e Gestão de Estoques em Sistemas Produtivos. Minas Gerais: Uberlândia, 2012. TUBINO, D. F.I. Planejamento e controle da produção: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2007. 35 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br REDUÇÃO DOS CUSTOS VARIÁVEIS POR MEIO DA IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA DE CONDUÇÃO ECONÔMICA Agnaldo José Linhares* Orientadora: Dra. Paula Piva Linke** RESUMO Em um mercado extremamente competitivo a redução dos custos tem se tornado imprescindível para o sucesso do administrador e das organizações. Assim, este trabalho, tem como objetivo, mostrar, através de estudo prático, como a implantação do Programa de Condução Econômica pode contribuir com a redução dos custos da empresa. Aplicou-se o treinamento para um grupo de 13 colaboradores de uma empresa e, após analisado alguns indicadores pré e pós treinamento, conclui-se que, de fato, o Programa de Condução Econômica, é uma ferramenta que pode contribuir significativamente, com a redução dos custos das empresas. Palavras-chave: Custo. Lucro. Treinamento 1. INTRODUÇÃO O mundo vive em constante evolução, o que provoca mudanças constantes, em todos os aspectos. Neste contexto estão as organizações, que precisam se adaptar as constantes mudanças. Uma das adaptações exigidas é o sobreviverem um mercado extremamente competitivo, concorrido, que demanda a redução da margem de lucro das empresas, caso estas queiram se manter ativas. _______________ *Graduação em Letras com Habilitação em Português e Espanhol e Respectivas Literaturas, Cesumar, Maringá-PR; Pós-Graduação Metodologia do Ensino de Língua Espanhola, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Jandaia do Sul, Jandaia do Sul-PR; Pós-Graduação Especialização em Logística Empresarial, Faculdade Iguaçu, Capanema-PR; Pós-Graduação Gestão, Educação e Segurança no Trânsito, Faculdade Futura, Votuporanga-SP; Pós-Graduação Especialização em Coordenação Pedagógica, Unifamma, Maringá-PR; Pós-Graduando MBA em Gestão de Pessoas e Liderança, Faculdade São Luiz, Jaboticabal-SP; Graduando em Administração de Empresas, Unifamma, Maringá- PR; Endereço do autor: Rua Pamplona, 47, Jardim Madrid, CEP: 87.053-529, Maringá-PR; E-mail do autor: agnaldolin@gmail.com. ** Professora Doutora do Curso de Administração do Centro Universitário Unifamma – Maringá-Pr. E- mail: paulapivalinke@gmail.com mailto:agnaldolin@gmail.com 36 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br A redução dos custos tem-se tornado imprescindível para o sucesso do administrador e das organizações, assim diminuir custos logísticos é fundamental. Para tanto, uma das ferramentas que pode contribuir, significativamente, com o alcance deste objetivo é a implantação do Programa de Condução Econômica. Este é o objeto de estudo deste trabalho: mostrar, através de estudo prático por meio de um relato de experiência, como a implantação desta ação pode contribuir, significativamente, com a redução dos custos da empresa e aumento de sua lucratividade, objeto fim das organizações. 2. DESENVOLVIMENTO Em um país com um território continental, o setor de transportes é fundamental para fazer a distribuição das cargas. Isso significa que dependemos de uma complexa rede de distribuição que atravessa o Brasil de norte a sul, de leste a oeste (NOGEUIRA, 2012). Em função dessa extensão, a logística representa um alto custo para a movimentação de mercadorias, portanto, cabe as empresas atentarem-se a esses custos. Mas há que se enfatizar que o setor de logística também deve buscar soluções, uma delas é a capacitação dos motoristas por meio do Programa de Condução Econômica, que consiste em técnicas de condução veicular que proporcionam redução de desgaste dos componentes e economia de combustível. Para entender as vantagens desse programa, relata-se aqui a experiência no acompanhamento do treinamento dos profissionais e os resultados obtidos. O treinamento foi realizado em três etapas. Etapa 1, Diagnóstico Operacional. Cada condutor conduziu o veículo em um percurso pré-determinado e conforme sua habitual forma de condução. Onde, sob observação do instrutor do treinamento, realizou-se um diagnóstico dos aspectos operacionais que contribuíam com o aumento dos custos de manutenção do veículo. Ao final do trajeto registrou-se os dados dos seguintes indicadores: Distância 37 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br percorrida; Tempo gasto; Velocidade média; Quantidade de trocas de marchas; Quantidade de acionamento do sistema de freio de serviço; Consumo total e Médio de combustível. O veículo utilizado no treinamento foi um Semi-reboque três eixos, graneleiro, carregado, acoplado a uma unidade tratora 6x2, com PBTC de 48.500 Kg. Etapa 2, abordagem teórica dos conceitos e técnicas de Condução Econômica. Os participantes foram reunidos em sala de aula para uma exposição dialogada do tema supracitado. Na Etapa 3, cada condutor conduziu o veículo no mesmo percurso da Etapa 1, porém, sob orientação do instrutor do treinamento, aplicando os Conceitos e Técnicas abordados na Etapa 2. Ao final do trajeto coletaram-se os dados dos mesmos indicadores da Etapa 1, seguido pela análise e comparação entre os indicadores das Etapas 1 e 3. Conforme exposto na tabela a seguir. Tabela1 – Registro dos indicadores. INDICADORES ETAPA 1 ETAPA 3 DESEMPENHO DISTÂNCIA TOTAL PERCORRIDA 226,9 226,9 TEMPO DE PERCURSO 05:14:13 04:23:30 -16,14% VELOCIDADE MÉDIA 48,5 52,9 9,04% TROCAS DE MARCHAS 814 241 -70,39% FREIO DE SERVIÇO 261 67 -74,33% CONS. TOTAL DE COMB: Litros 134,8 117,7 -12,69% CONS. MÉD. DE COMB: Km/l 1,68 1,93 14,53% Fonte: elaborado pelo autor. Para Porter (2004), a gestão de custos, é uma das formas de uma empresa conseguir vantagem competitiva sustentável. Neste estudo, obteve-se uma redução de 12,69% no consumo de combustível. Considerando uma distância média/mês de 12.000 km percorrido por veículo, ter-se-á uma economia de 925 litros/mês por veículo. 38 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br Considerando o valor médio de R$ 3,516 o litro de diesel, ter-se-á uma economia de R$ 3.252,30 ao mês, por veículo. Considerando 12 meses, ter-se-á uma economia de R$ 42.279,90 ano/veículo. Considerando uma frota de 45 veículos, ter-se-á uma economia de R$ 1.902.595,50 ano. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) quase metade das empresas abertas no Brasil não passam do 3o ano de vida. Em 2007, 464,7 mil empresas foram abertas, destas, até 2010, 224 mil (48,2%), já haviam encerrado suas atividades, levantamento divulgado em Agosto de 2012 pelo Instituto. Ao se constatar uma redução de 70,39% de desgaste no sistema de transmissão – por meio da otimização das trocas de marchas – percebeu-se o quanto a implantação do Programa de Condução Econômica, pode contribuir, com a permanência da empresa no mercado, pois a redução do índice de manutenção, gera maior disponibilidade do veiculo, gerando maior produtividade. Manter-se competitiva e sustentável, têm-se tornado um grande desafio para as organizações. Segundo Mascarenhas (2009), a empresa que assim se mantém, atinge resultados melhores que a média do seu setor de atuação. Logo, é imprescindível que se busque estratégias de redução de custos. Neste contexto, ao se comprovar a redução de 74,33% de desgaste no sistema de freios, tem-se, na prática da Condução Econômica de veículos, uma mola propulsora no alcance dos objetivos da organização. O uso inadequado dos sistemas e componentes dos veículos aumentam, e muito, os custos da empresa, reduzindo sua rentabilidade, dificultando seu crescimento e sua estabilidade econômico-financeira. As mudanças exigem buscas de melhorias operacionais e, um fator a ser considerado, é a análise do tempo na realização das atividades. Neste estudo se obteve uma redução de 16,14% no tempo despendido para realização das viagens. Para Campos (1998), a gestão do tempo proporciona ganhos relacionados a qualidade, confiabilidade operacional e aumento da competitividade. 39 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br Reduzir custos, Segundo Dubois (2009), é uma das principais ferramentas das organizações. Neste aspecto, a implantação do programa de condução segura e econômica pode se tornar um grande investimento. No entendimento de Manãs (2011), todo custo, quando incluído em um planejamento estratégico, poderá tornar-se um investimento para organização. 3. CONCLUSÃO Por meio do estudo realizado observou-se que, de fato, a implantação do Programa de Condução Segura e Econômica contribui, significativamente, com a redução dos custos das empresas, aumentando assim sua rentabilidade. A redução obtida no consumo de combustível representouum valor expressivo quando projetado a curto, médio e longo prazo. A prática das técnicas de condução econômica mostrou-se eficiente no aumento expressivo da vida útil dos componentes, proporcionando maior disponibilidade dos veículos, otimização da frota e, consequentemente, a redução com os custos de manutenção, principalmente com os sistemas de transmissão e freios Em um mundo globalizado e extremamente competitivo com o surgimento de centenas de empresas atuando no mesmo segmento, deve, o gestor, incluir em seu planejamento a melhoria dos resultados da empresa por meio do processo de gestão de custo. Terá, no Programa de Condução Segura e Econômica, um forte aliado nesta conquista. REFERÊNCIAS CAMPOS, V. F. Gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia. Rio de Janeiro: Bloch, 1998. DUBOIS, Alexys; Luciana Culpa; e Luiz Eurico de Souza. Gestão de Custos e Formação de Preços: Conceitos, Modelos e Instrumentos. São Paulo: Atlas, 2009. IBGE. Quase metade das empresas não passa do 3º ano de vida, diz IBGE. Disponível em: https://guiame.com.br/noticias/economia/quase-metade-das-empresas- nao-passa-do-3-ano-de-vida-diz-ibge.html. Acesso 15 de Agosto de 2019. https://guiame.com.br/noticias/economia/quase-metade-das-empresas-nao-passa-do-3-ano-de-vida-diz-ibge.html https://guiame.com.br/noticias/economia/quase-metade-das-empresas-nao-passa-do-3-ano-de-vida-diz-ibge.html 40 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br MAÑAS, Antonio Vico; e outros. Gestão Estratégica de Negócios: Evolução, Cenários, Diagnósticos e Ação. 2ª ed. Revista e ampliada. São Paulo: Cegage Learning, 2011. MASCARENHAS, André Ofenhejm. Gestão Estratégica de Pessoas: Evolução, Teoria e Crítica. São Paulo: Cengage Learning, 2009. NOGUEIRA, Amarildo de S. Logística Empresarial: uma visão local com pensamento globalizado. –São Paulo: Atlas, 2012. PORTER, M. E. Estratégia competitiva: técnicas para análise de indústrias e da concorrência. 2 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. 41 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br 3.2 COMUNICAÇÃO A PROTEÇÃO JURÍDICA DO CONSUMIDOR NAS RELAÇÕES DO COMÉRCIO ELETRÔNICO Cristhyan Magalhães de Souza6 Juliano Miqueletti Soncin7 RESUMO O presente artigo busca analisar alguns problemas concernentes à relação de consumo no comércio eletrônico, sobretudo à luz dos princípios e normas que regem os direitos do consumidor, buscando-se fundamentar a necessidade de atualização do Direito do Consumidor no sentido de adequação às mudanças sociais, especialmente no que tange às relações de e-commerce. O desenvolvimento da tecnologia implica em reconhecimento de novas formas e direitos antes não pensados pelo legislador, em razão da limitação do contexto histórico, algo que também é visível no direito do consumidor. O comércio eletrônico pode se apresentar como um potencializado da vulnerabilidade presumida, havendo, precisamente, a necessidade de defender os consumidores, a mobilização do aparato jurídico estatal na efetivação dos direitos do consumidor no e-commerce, garantindo tais direitos. A partir de uma metodologia hipotético-dedutiva de análise bibliográfica, não se tem por finalidade colocar fim à discussão, pelo contrário, trazer alguns questionamentos e realizar uma leitura crítica dessas novas formas de relação de consumo que, contemporaneamente, estão tornando-se cada vez mais atuais. PALAVRA-CHAVE: Vulnerabilidade. Consumidor. Comércio Eletrônico. 1. INTRODUÇÃO A aquisição de bens ou serviços faz parte do cotidiano dos consumidores. O desenvolvimento da tecnologia permitiu também o surgimento de novas formas de relação de consumo, inovando-as. No entanto, é preciso fazer uma análise crítica com relação a essas novas formas de modo que se possa compreender não só as 6 Graduando em Direito pelo Centro Universitário Cidade Verde (UNIFCV), cristhyams@hotmail.com Presidente Castelo Branco-PR, CEP – 87180-000. 7 Mestre em Ciências Jurídicas pelo Centro de Ensino Superior de Maringá (UNICESUMAR). Graduado em Direito pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Professor do curso de Direito do Centro Universitário Cidade Verde (UNIFCV). mailto:cristhyams@hotmail.com 42 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br limitações e problemas próprios do comércio eletrônico, mas, sobretudo, investigar as características positivas do desenvolvimento da tecnologia e as possíveis inovações que podem trazer para o direito do consumidor. Em suma, essas novas formas de relação de consumo podem se apresentar como potencializadora da vulnerabilidade presumida do consumidor, justamente por se ter algumas particularidades próprias a essa modalidade de consumo que não permite ao consumidor a visualização do produto ou serviço contratado, insegurança com relação à entrega e, mais ainda, insegurança com relação ao próprio fornecedor do produto ou serviço, trata-se de algumas situações de insegurança por parte do elo mais fraco da relação de consumo que permeiam no e-commerce. 2. RELAÇÃO DE CONSUMO E COMÉRCIO ELETRÔNICO O comércio eletrônico propiciou o surgimento de novas modalidades de comunicação, aproximando cada vez mais o consumidor A oferta de bens e serviços de forma remota. A transição à distância trouxe mais agilidade na atividade comercial, maior velocidade aos atos mercantis e redução de custos administrativos, tendo como característica marcante a ausência de fronteiras geográficas (FERREIRA, 2008, p. 161). Alguns doutrinadores chamam a atenção de que o e-commerce seria um termo criado para designar formas de transação comercial, no qual as partes se interagem total ou parcialmente por meios eletrônicos, relações à distância, sem estabelecer contato físico entre as partes. A revolução tecnológica, juntamente com o fenômeno da globalização, contribui para o surgimento do atual modelo de sociedade, o qual, por sua vez se serve de práticas comerciais exacerbadas de publicidade, marketing, oferta e facilidade de acesso ao crédito que fazem despertar a necessidade de satisfação de desejos dos consumidores, para que estes se sintam inseridos e inclusos neste novo modelo de sociedade. Ademais, o comércio eletrônico fomenta ainda mais essas práticas e acentua a vulnerabilidade do consumidor ante a facilidade de contratação, comprimindo o espaço e o tempo. (BEZEN, 2017, p. 159). 43 UNIFAMMA - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE MARINGÁ Avenida Mauá, 2854 - Centro - Maringá - PR 44 2101-5550 | www.unifamma.edu.br Especificamente quanto ao direito do consumidor, o avanço tecnológico leva o legislador e a doutrina a fornecer atenção especial a essas normas formas de relação social e comercial, preocupando-se, acima de tudo, com o consumidor, buscando garantir a efetividade dos direitos previstos no Código de Defesa do Consumidor frente à expansão e facilitação do crédito e ao consumo através de meios digitais. 2. A VULNERABILIDADE DO CONSUMIDOR Diante da constatação da vulnerabilidade e insegurança, tanto o legislador quanto os operadores do direito sentiram a necessidade de regulamentação para além do Código de Defesa do Consumidor, tratando em legislação específica quanto ao tema, por isso surge também o Decreto 7.962/2013 no sentido de fixar uma série de regras para o comércio eletrônico somadas às previsões próprias do CDC. Outro ponto que também evidencia essa insegurança é o acesso extremo ao crédito, que incentiva o consumo
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