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RESENHA CRITICA DO FILME RENASCIMENTO DO PARTO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTO AGOSTINHO 
UNIFSA COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENFERMAGEM
 ENFERMAGEM NO CUIDADO DA MULHER E AO NEONATO II
PROFESSORA: TATIANA MARIA MELO GUIMARÃES 
EMYLLA DE SOUSA SILVA
RESENHA CRÍTICA: O RENASCIMENTO DO PARTO
TERESINA-PI 
2020
O filme “O Renascimento do parto” faz uma crítica ao número excessivamente elevado de cesarianas no Brasil que passou a ser um ato cirúrgico ao invés de um ato fisiológico, que é o que o parto realmente é, por mais que a medicina tente controlá-lo ao fazer diversas intervenções ritualísticas e desnecessárias. O fato é que, apesar de no Brasil cerca de 52% dos partos serem cesarianas, as indicações para este geralmente são irreais, dotadas de achismos, mitos e pouquíssimas evidências científicas, onde esse momento ímpar na vida da mulher e do bebê muitas vezes torna-se violento, agressivo e traumático e ambos deixam de ser os verdadeiros protagonistas desse evento para serem tratados como “só mais parto”, “só mais uma paciente”, “só mais um bebê que nasce”.
O Renascimento do parto, traz vários depoimentos de mães, pai e especialistas no assunto que enfatizam bem a indubitável necessidade da inserção de outros profissionais neste cenário, visto que há espaço no mercado para todo mundo, seja obstetriz, enfermeiro obstetra, doulas e etc, e a gestante precisa ser vista com singularidade, tendo suas vontades respeitadas, desde ao tipo de parto, até o local e posição para parir. Pois, a ideia não é que a mãe e o bebê sobrevivam ao parto e nascimento, a ideia é a delicadeza e qualidade em cada momento e que o “coquetel de hormônios do amor” – ocitocina, prolactina, endorfina e adrenalina – cheguem ao ápice pois são fundamentais para o fenômeno de vinculação entre mãe e filho.
Nesse sentido, o filme critica o atual modelo de parto que centraliza a figura do médico na assistência, numa assistência medicalizada, invasiva, com ocitocina sintética, e configurando-o como um herói que salvou a mulher e o recém-nascido ao fazer uma cesárea pois a vida dos dois estava, supostamente, em risco. Entretanto a culpa não é apenas do profissional muitas vezes impaciente, mas do sistema de saúde que paga pouco demais, fazendo o médico acreditar que para ele não compensa esperar horas ou dias para a mulher entrar em trabalho de parto, quando ele pode simplesmente intervir e fazê-lo em poucos minutos.
Todavia, a realização da cesariana sem as indicações cientificamente adequadas, põe a mulher e o bebê em risco de diversas complicações a curto e longo prazo três vezes mais que o parto normal. Complicações como, prematuridade, hemorragias, infecções, internação prolongadas em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e a quebra do vínculo entre mãe e filho ao nascer.

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