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Anotação - @isabellamenezess Diabetes na Atenção Primária em Saúde (APS) Definição de Diabetes Mellitus (DM): • Síndrome caracterizada por hiperglicemia crônica, resultante de defeitos na ação e/ou secreção de insulina; • Pré-diabetes: Glicemia de jejum alteradas e Tolerância à glicose diminuída, duas condições que chamamos de risco aumentado para diabetes. Classificação do DM: • 90 a 95% dos casos de DM são do tipo 2 e 80% destes têm relação com a obesidade; • DM2 é uma doença evolutiva e, independente da adesão ao tratamento, muitos precisarão combinar a terapia com ou sem insulina; • Em adultos jovens solicitar exames quando houver dificuldade para diferenciar DM1 e DM2: o Anticorpos anti-ilhota (ICA); o Anticorpos anti-insulina (IAA); o Anti-GAD. Rastreamento: • Pessoas com diabetes são assintomáticas por muito tempo; • A suspeita surge em casos de complicações tardias da doença; Anotação - @isabellamenezess • Estima-se que 50% dos casos não são diagnosticados, o que se faz necessário uma busca ativa. As seguintes apresentem devem levantar suspeita: • Os polis: poliúria, polidipsia, polifagia com perda ponderal não explicada; • Cansaço, alteração visual (visão embaçada) ou candidíase genital; • No DM1 o inicio geralmente é abrupto, com emagrecimento rápido e inexplicado, a hiperglicemia grave associada à desidratação, cetonemia e cetonúria. • Exames para rastreio: glicemia em jejum, hemoglobina glicada, teste de tolerância à glicose. Diagnóstico: Se a categoria for normal, definimos um novo rastreio em 3 anos. Se houver risco aumentado o novo rastreio em 1 ano deve ser feito. Se indicar DM, repetir o exame, e se novamente der DM, fechar o diagnóstico. Anotação - @isabellamenezess Acompanhamento: • Glicemia em Jejum e HbA1C devem ser solicitadas a cada 3 meses para aqueles que precisam de reavaliação do esquema terapêutico para alcançar as metas de HbA1c. • Nos indivíduos estáveis, GJ solicitada a critério clínico e HbA1c a cada 6 meses. • O exame que faz o acompanhamento é a HbA1c. Anotação - @isabellamenezess • O exame físico deve ser orientado para verificar outros fatores de risco cardiovasculares e complicações micro e macrovasculares; • Avaliar LOA: o Rins; o Retina; o Sistema Vascular; o Pés. Pé Diabético: • Causas: o Microangiopatia; o Macroangiopatia; o Neuropatia periférica; o Imunodepressão. • Exame: avaliação de sensibilidade superficial com monofilamentos de 10g e profunda com o diapasão, a palpação de pulsos e avaliação da presença de feridas, infecções, deformidades e alterações do trofismo. Realizar NO MÍNIMO anualmente. Anotação - @isabellamenezess Nefropatia Diabética: • Tratamento: o Controle glicêmico; o Controle pressórico; o Restrição proteica: 0,8 a 1g/kg/dia; o iECA → Usar iECA ou BRA na nefropatia diabética incipiente (microalbuminúria) ou clínica (macroalbuminúria), mesmo na ausência de hipertensão arterial. Neuropatia Diabética: • Proporcional à duração da doença; • Neuropatia periférica sensitivo-motora; • Mecanismo não totalmente elucidado, mas relacionado à glicosilação não enzimática de proteínas; • Resultados: o Disautonomia; o Neuropatia periférica. Complicações Oculares: • Catarata: o Catarata prematura tem relação à glicosilação as proteínas do cristalino. • Retinopatia diabética: o Diabetes tipo I: ▪ 25 a 50% após 10 a 15 anos de doença; ▪ 75 a 95% após 15 a 30 anos de doença; ▪ 100% após 30 anos de doença. o Diabetes tipo II: ▪ 60 % após 16 anos de doença; Anotação - @isabellamenezess Metas para o tratamento de DM em adultos: Tratamento DM2: Ambulatorial: A metformina é o fármaco de escolha com melhores resultados em desfechos estudados. Não causa hipoglicemia, pode promover perda de peso e reduz LDL e TGD. Antidiabéticos Orais: Anotação - @isabellamenezess Insulinoterapia: Fluxograma: Anotação - @isabellamenezess Tratamento de Hipoglicemia: Quando referenciar: Considerações para o manejo prático: • Recomendar prescrição de AAS para prevenção primária do DM? Recomendação é nível C, estudos inconclusivos; • A perda ponderal de 3,5 kg reduz até 2% da HbA1c, equivalendo aos efeitos da metformina e sulfoniluréias na monoterapia; • Evitar: inércia clínica (demorar para reajustar e intensificar o tratamento mesmo identificando controle inadequado). • Manejo adequado e estímulo da autonomia do usuário reduzem complicações e mortalidades. Necessário que o médico tenha conhecimento adequado, comunicação e uso das tecnologias da APS. Referências: Tratado de Medicina de Família e Comunidade: princípios, formação e prática.
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