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DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE
INTRODUÇÃO (Adriana)
Há diferentes Modelos explicativos do processo de saúde, doença e cuidado, sendo um deles, o Modelo dos determinantes sociais da saúde, que se refere ao conjunto das condições de saúde de pessoas e populações, que são diretamente influenciadas por aspectos econômicos e sociais; sendo as doenças e as iniquidades em saúde provenientes das condições em que as pessoas nascem, vivem, trabalham e envelhecem. Esse Modelo abrange os determinantes sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais da saúde (CARVALHO, 2013).
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a saúde é resultado desses determinantes, que são decorrentes de fatores como: moradia, educação, lazer, renda, cultura, saneamento básico, alimentação, dentre outras áreas que envolvem diferentes políticas públicas (MOROSINI, 2019).
Estes fatores podem interferir positivamente ou negativamente em todo processo saúde, doença e cuidado. E, de forma geral, a lógica dos determinantes sociais da saúde pretende reduzir as iniquidades em saúde, melhorar a saúde e melhorar o bem-estar, bem como promover o desenvolvimento e alcançar as metas de saúde (CARVALHO, 2013).
Além disso, os determinantes sociais da saúde influenciam no perfil epidemiológico de uma dada população, sendo a Epidemiologia compreendida como um instrumento de transformação social, em que a estrutura socioeconômica passa a ser foco para a explicação do processo saúde-doença (CRUZ, 2019). Também influenciam na implantação de Políticas Públicas que integram ações de saúde, sociais e econômicas, uma vez que as desigualdades sociais mantém relação com as desigualdades em saúde (PAIVA; PEDROSA; GALVÃO, 2019).
E ainda, o Modelo dos determinantes sociais da saúde considera as condições e o estilo de vida das pessoas, com destaque para o papel ativo dos indivíduos e dos grupos, vistos como agentes da promoção de saúde (CRUZ, 2019). Destaca, a estreita relação entre os comportamentos de saúde adotados pelos indivíduos e as características dos lugares onde vivem, seu território e sua comunidade (PAIVA; PEDROSA; GALVÃO, 2019).
Com base no acima citado e mediante a relevância do tema, o presente trabalho abordará aspectos teóricos sobre o Modelo dos Determinantes Sociais da Saúde, tão importante na compreensão do processo saúde-doença e para o planejamento das ações em saúde.
 
REFERÊNCIAS
CARVALHO, A. I. Determinantes sociais, econômicos e ambientais da saúde. In Fundação Oswaldo Cruz. A saúde no Brasil em 2030 - prospecção estratégica do sistema de saúde brasileiro: população e perfil sanitário [online]. Rio de Janeiro: Fiocruz/Ipea/Ministério da Saúde/Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, 2013. Vol. 2. pp. 19-38. Disponível em: <http://books.scielo.org/id/8pmmy/pdf/noronha-9788581100166-03.pdf>.
CRUZ, M. M. da. Concepção de saúde-doença e o cuidado em saúde. Qualificação de Gestores do SUS. Disponível em: <www5.ensp.fiocruz.br › biblioteca › dados › txt_14423743. Acesso em: 11 de nov. 2019.
MOROSINI, L. Contextos não saudáveis. Resoluções da 16ª CNS reafirmam relação entre trabalho, território e respeito aos direitos e saúde. 2019. Disponível em: <http://dssbr.org/site/2019/11/contextos-nao-saudaveis/>. Acesso em: 11 de nov. 2019.
PAIVA, S. de S.; PEDROSA, N. L.; GALVÃO, M. T. G. Análise espacial da aids e os determinantes sociais de saúde. Rev Bras Epidemiol 2019; 22: E190032). Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbepid/v22/1980-5497-rbepid-22-e190032.pdf>. Acesso em: 11 de nov. 2019.
Parte 1 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO (Rogério e Paula)
Parte 2 - CONJUNTOS DE DETERMINANTES DA SAÚDE (Beth e Rayane)
A questão da qualidade de vida associa-se quase de forma imediata à saúde. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), além dos fatores médicos, existem outros que afetam ou influenciam de forma determinante a saúde dos indivíduos. Historicamente, ao longo do tempo foram surgindo diversas teorias explicativas para os problemas de saúde, de forma geral , definem que as condições de vida e condições de trabalho, condicionam a saúde dos indivíduos.
No Brasil, a Comissão Nacional dos Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS), define-os como fatores sociais, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que são determinantes para a ocorrência dos problemas de saúde e fatores de risco para a população.
Existem na literatura alguns conjuntos de modelos que pretendem descrever a complexa relação entre os diferentes fatores que influenciam a determinação da saúde. Um desses exemplos é o modelo de Dahlgren e Whitehead, um dos mais referidos na literatura (CARVALHO, 2013). Na Figura 1 é possível visualizar o modelo.
Figura 1: Determinantes sociais da saúde: modelo de DAHLGREN e WHITEHEAD.
DETERMINANTES SOCIAIS
Neste modelo os determinantes da saúde estão dispostos em diferentes níveis, sendo o centro do modelo os indivíduos (com as características individuais de idade, gênero e fatores genéticos). No primeiro nível encontram-se os fatores relacionados com os estilos de vida (com potencial para serem alterados por ações baseadas em informação). No seguinte estão as redes de apoio sociais e comunitárias, indispensáveis para a saúde da sociedade. No nível mais distal estão representados os determinantes em nível macro (macrodeterminantes), relacionados com aspectos econômicos, ambientais, culturais da sociedade em geral. Estes possuem grande capacidade de influenciar os fatores dos níveis subjacentes. De forma geral, a lógica dos determinantes sociais da saúde pretende reduzir as iniquidades em saúde, melhorar a saúde e melhorar o bem-estar, promover o desenvolvimento e alcançar as metas de saúde (CARVALHO, 2012).
Apesar de ser consenso que as características individuais, as quais incluem idade, sexo e fatores constitucionais, exercem ampla influência no estado de saúde dos indivíduos, a maioria dos autores as considera características imutáveis e em quais, portanto, não se pode intervir. (BADZIAK, R. P. F; MOURA, V. E. V, 2010)
Enquanto os fatores individuais são importantes para identificar que indivíduos no interior de um grupo estão submetidos a maior risco, as diferenças nos níveis de saúde entre grupos e países estão mais relacionadas com outros fatores, principalmente o grau de equidade na distribuição de renda. Por exemplo, o Japão é o país com a maior expectativa de vida ao nascer, não porque os japoneses fumam menos ou fazem mais exercícios, mas porque o Japão é um dos países mais igualitários do mundo. Ao confundir os níveis de análise e tratar de explicar a saúde das populações a partir de resultados de estudos realizados com indivíduos, estaríamos aceitando o contrário da chamada “falácia ecológica” (BUSS, P. M.; FILHO, A. P., 2007)
Embora tenha-se hoje alcançado certo consenso sobre a importância dos determinantes sociais da saúde na situação de saúde, esse consenso foi sendo construído ao longo da história. Entre os diversos paradigmas explicativos para os problemas de saúde, em meados do século XIX predominava a teoria miasmática, que conseguia responder às importantes mudanças sociais e práticas de saúde observadas no âmbito dos novos processos de urbanização e industrialização ocorridos naquele momento histórico. Estudos sobre a contaminação da água e dos alimentos, assim como sobre riscos ocupacionais, trouxeram importante reforço para o conceito de miasma e para as ações de saúde pública (BUSS, P. M.; FILHO, A. P., 2007).
Ainda que seja reconhecida a importância dos determinantes sociais, PELLEGRINI FILHO et al (2011) afirma que o processo de implementação de abordagens relacionadas com estes determinantes tem decorrido de forma lenta, o que pode ser indicador de que a governança, quer seja local ou global, ainda demonstra dificuldade em resolver as principais questões do século XXI.
A complexidade da saúde é inegável, independentemente da perspectiva pela qual é abordada. As agendas internacionais têm, ao longo das últimas décadas, vindo a posicionar-se entre uma perspectiva baseadamaioritariamente na tecnologia médica e uma posição que tenta compreender a saúde como fenômeno social, o que implica formas mais complexas de ação (WHO, 2010)
Os determinantes da saúde podem ser definidos como os fatores que influenciam, afetam e/ou determinam a saúde dos povos e cidadãos (CARVALHO, 2012; GEORGE, 2011). O equilíbrio saúde-doença é determinado por uma multiplicidade de fatores de origem social, econômica, cultural, ambiental e biológica/genética conhecida internacionalmente. Apesar da inquestionável influência de fatores externos ao indivíduo, nem sempre foram incluídos na formulação de políticas relacionadas com a saúde.
Segundo a perspectiva da saúde, nos determinantes ambientais podem ser incluídos o impacto que determinados agentes químicos, físicos e biológicos têm sobre a saúde. Existe uma preocupação com a poluição do ar, água, terra, alimentos e, mais recentemente, com alguns riscos globais, dos quais a destruição da camada de ozônio e as alterações climáticas são exemplo. É conhecida a relação entre a capacidade dos determinantes ambientais influenciarem as populações e seu desenvolvimento socioeconômico. (GEORGE, 2011; OLIVEIRA, 2010).
O local onde as pessoas vivem também afeta a sua saúde e possibilidade de gozar de uma vida próspera. Abrigo, habitação de qualidade, água limpa e condições sanitárias são direitos humanos e necessidades básicas para uma vida saudável. O modelo corrente de urbanização coloca desafios significativos, particularmente os relacionados com as alterações climáticas. Atualmente, as emissões de gases do efeito estufa são determinadas principalmente pelos padrões de consumo de cidades do mundo desenvolvido. A interferência e esgotamento dos sistemas climáticos e a tarefa de redução das desigualdades na saúde a nível global estão estreitamente relacionados, sendo essenciais para a igualdade na saúde, comunidades e vizinhanças.
Desde os anos 90, vem-se realizando Cúpulas Mundiais no âmbito das Nações Unidas, com grande participação dos países, sobre temas de relevância para a humanidade. Tais encontros refinaram e ampliaram o marco conceitual, recolheram experiências exitosas e produziram recomendações de políticas de enfrentamento dos determinantes sociais de saúde, sobretudo com vistas a diminuir as iniquidades sociais em saúde.
As condições econômicas e sociais influenciam decisivamente as condições de saúde de pessoas e populações. A maior parte da carga das doenças assim como as iniquidades em saúde, que existem em todos os países acontece por conta das condições em que as pessoas nascem, vivem, trabalham e envelhecem. Esse conjunto é denominado “determinantes sociais da saúde”, um termo que resume os determinantes sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais da saúde.
Nem todos os determinantes são igualmente importantes. Os mais destacados são aqueles que geram estratificação social, ou seja, classificação de pessoas conforme seu poder socioeconômico, os determinantes estruturais que refletem as condições de distribuição de riqueza, poder e prestígio nas sociedades, como a estrutura de classes sociais, a distribuição de renda, o preconceito com base em fatores como o gênero, a etnia ou deficiências e estruturas políticas e de governança que alimentam, ao invés de reduzir, iniquidades relativas ao poder econômico. Entre os mecanismos que geram e mantêm essa estratificação estão as estruturas de propriedade dos meios de produção e a distribuição de poder entre as classes sociais.
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BADZIAK, R. P. F; MOURA, V. E. V. Determinantes sociais da saúde: um conceito para efetivação do direito à saúde. R. Saúde Públ. Santa Cat., ISSN: 2175-1323, Florianópolis, Santa Catarina - Brasil, v. 3, n. 1, jan./jun. 2010.
BUSS, P. M; FILHO, A. P. A. Saúde e seus Determinantes Sociais. Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 17(1):77-93, 2007.
CARRAPATO,P; CORREIA P; GARCIA, B. Determinantes da Saúde no Brasil: a procura da equidade na Saúde. Net.Scielo Saúde Pública, Rio de Janeiro, Jul 2017, acesso em 10/11/2019.
CARVALHO, AI. Determinantes sociais, econômicos e ambientais da saúde. In FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. A saúde no Brasil em 2030 - prospecção estratégica do sistema de saúde brasileiro: população e perfil sanitário [online]. Rio de Janeiro: Fiocruz/Ipea/Ministério da Saúde/Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, 2013. Vol. 2. pp. 19-38.
RESUMO PARA OS SLIDES
CONJUNTOS DE DETERMINANTES DA SAÚDE
Conceito:
Fatores sociais, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que são determinantes para a ocorrência dos problemas de saúde e fatores de risco para a população (DSS).
 
Determinantes Sociais
Figura 1: Determinantes sociais: modelo de DAHLGREN e WHITEHEAD.
Apesar de ser consenso que as características individuais, as quais incluem idade, sexo e fatores constitucionais, exercem ampla influência no estado de saúde dos indivíduos, a maioria dos autores as considera características imutáveis e em quais, portanto, não se pode intervir.
 
A lógica de intervenção nos determinantes sociais da saúde pretende reduzir as iniquidades em saúde, melhorar a saúde e o bem-estar, promover o desenvolvimento e alcançar as metas de saúde.
 
Os determinantes da saúde podem ser definidos como os fatores que influenciam, afetam e/ou determinam a saúde dos povos e cidadãos
 
Determinantes Ambientais
Impacto que determinados agentes químicos, físicos e biológicos têm sobre a saúde.
Poluição do ar, água, terra, alimentos e, mais recentemente, com alguns riscos globais, dos quais a destruição da camada de ozônio e as alterações climatéricas são exemplo.
O local onde as pessoas vivem também afeta a sua saúde e possibilidade de gozar de uma vida próspera.
Abrigo, habitação de qualidade, água limpa e condições sanitárias são direitos humanos e necessidades básicas para uma vida saudável.
Parte 3 - CONDIÇÕES DE VIDA E ESTILO DE VIDA (Rubia e Vivian)
Parte 3 - CONJUNTO DE DETERMINANTES DA SAÚDE (Rubia e Vivian)
A questão da qualidade de vida associa-se quase de forma imediata à saúde. Para além dos fatores médicos, existem outros que afetam ou influenciam de forma determinante a saúde dos indivíduos. Esta influência é de tal forma, que se estima atualmente ser superior quando comparada com fatores que estão ao alcance da medicina (CARRAPATO et al., 2017).
O equilíbrio saúde-doença é determinado por uma multiplicidade de fatores de origem social, econômica, cultural, ambiental e biológica/genética conhecida internacionalmente. Apesar da inquestionável influência de fatores externos ao indivíduo, nem sempre foram incluídos na formulação de políticas relacionadas com a saúde (GEORGE, 2011).
 
 
Fonte: Carvalho, 2013, p. 84
 
O modelo de Dahlgren e Whitehead dispõe os determinantes sociais de saúde em diferentes camadas, segundo seu nível de abrangência, desde uma camada mais próxima aos determinantes individuais até a camada mais distante, em que se situam os macrodeterminantes.
Segundo GEORGE (2011), os determinantes são agrupados em categorias, sendo eles: fixos ou biológicos, econômicos e sociais, ambientais, estilo de vida e incluem-se ainda acesso aos serviços.
Fixos ou Biológicos: São fatores imutáveis, que não podem ser escolhidos de forma nenhuma, como a idade, sexo e os fatores genéticos e hereditários.
Econômicos e Sociais: São condições históricas, desde o tempo de Brasil Colônia, envolvendo políticas públicas ao longo das décadas, consiste no status social (emprego, pobreza, exclusão).
Ambientais: Vinculado a fatores geográficos (relevo, clima, solo, corpos d’água), qualidade do ar e da água, ambiente social.
Estilo de vida: Fatores que em determinadas situações podem ser mutáveis, como a alimentação, atividade física, tabagismo, álcool e comportamento sexual.
Acesso os serviços: O indivíduo necessita ter acesso a serviços básicos para garantir as mínimas condições de “igualdade social”. Serviços como a educação, saúde, serviços sociais, transporte e lazer.
Determinantes em saúde como seu próprio nome diz,norteia o que o indivíduo precisa minimamente, para se manter mais próximo do conceito saúde-doença.
Referências 
GEORGE, F. Sobre determinantes da Saúde. Disponível em: www.dgs.pt. Acesso em: 10 de novembro de 2019. 
1) http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12902010000100004
2) https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-24032011-142954/publico/JulianaRibeiroSilvaVernasque.pdf
3) https://www.scielosp.org/article/sausoc/2017.v26n3/676-689/#
Parte 4 – INSERÇÃO SOCIOECONÔMICA (Fernanda e Roberta)
 
As condições econômicas e sociais influenciam decisivamente as condições de saúde de pessoas e populações. As doenças, bem como as iniquidades em saúde existentes em todos os países, acontecem em virtude das condições em que as pessoas nascem, vivem, trabalham e envelhecem. O conjunto dessas condições é denominado “determinantes sociais da saúde”, um termo que abrange os determinantes sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais da saúde (CARVALHO, 2013).
Os Determinantes podem ser divididos em categorias operacionais teóricas, como: Proximais, relacionadas ao indivíduo, como idade, sexo e fatores hereditários; Intermediários, que compreendem estilo de vida e redes sociais, comunitárias e saúde; e os Distais, que abrangem as condições de vida e trabalho (escolaridade, ambiente de trabalho, fonte de renda, saneamento básico, cultura, habitação e serviços sociais e de saúde) e as condições sócio-econômicas, culturais e ambientais gerais (SANT´ANNA, 2010).
De acordo com GEORGE (2011) os determinantes podem ser agrupados em cinco categorias: os determinantes eixos ou biológicos, como sexo e fatores genéticos; os determinantes econômicos e sociais, como a posição, o estrato social, o emprego, a pobreza, a exclusão social; os ambientais, tais como a qualidade do ar e da água, ambiente social; os de estilos de vida, como a alimentação, atividade física, tabagismo, álcool e comportamento sexual; e o Acesso aos serviços, como educação, saúde, serviços sociais, transportes e lazer.
Para CARVALHO (2013) nem todos os determinantes são igualmente importantes. Os mais destacados são aqueles que geram estratificação social, como os determinantes que refletem as condições de distribuição de riqueza, poder e prestígio nas sociedades, como: a estrutura de classes sociais, a distribuição de renda, o preconceito (com base no gênero, a etnia ou deficiências) e estruturas políticas e de governança que atenuam as iniquidades relativas ao poder econômico, ao invés de reduzi-las.
Determinantes econômicos estão muitas vezes associados a comportamentos relacionados com a saúde, nesse sentido percebe-se que o rendimento pode (ou não) permitir o acesso a determinados fatores que impactam o estilo de vida e a saúde dos indivíduos, como por exemplo, participar de atividade física e fazer melhores (ou piores) escolhas alimentares (CARRAPATO; CORREIA; GARCIA, 2017).
Ainda relacionado aos determinantes econômicos, as condições de emprego e trabalho têm efeitos dramáticos sobre a igualdade na saúde. Quando boas, as condições de emprego podem assegurar estabilidade financeira, estatuto social, desenvolvimento pessoal, relações sociais, autoestima e proteção contra riscos físicos e psicossociais (CARVALHO, 2013).
Segundo o economista Leandro Horie, no Brasil, atualmente, “Há um processo de instalação do Estado mínimo e o cenário não é bom”; isso em razão dos reflexos da Emenda Constitucional 95/2016, que congelou os gastos com saúde, educação e benefícios previdenciários, e “canibalizou” os investimentos por não prever o aumento real do orçamento. O economista citou ainda que a nova legislação trabalhista e a Reforma da Previdência são determinantes no rebaixamento do padrão do mercado de trabalho e na redução de benefícios (MOROSINI, 2019).
A atual crise econômica e financeira global demanda a adoção urgente de medidas para reduzir as crescentes iniquidades em saúde, para prevenir a piora nas condições de vida e a deterioração dos sistemas universais de serviços de saúde e proteção social (OMS, 2011).
MOROSINI (2019) relatou que para Leandro Horie, as condições sociais influenciam decisivamente na saúde e no bem-estar das pessoas e das populações, e que é preciso promover políticas de combate às iniquidades em saúde por meio de uma ação sobre os determinantes sociais. Sabendo que as desigualdades intrarregionais são acentuadas por diferenças de renda, acesso ao serviço de saúde e emprego é imprescindível quebrar o ciclo de pobreza para que os determinantes sociais não perpetuem afetando também filhos e netos.
Para tanto, governos, empregadores e trabalhadores podem, por meio da garantia de emprego justo e condições de trabalho dignas, contribuir para a erradicação da pobreza, minimizar as desigualdades sociais, reduzir a exposição a riscos físicos e sociais e melhorar as oportunidades para a saúde e o bem-estar (CARVALHO, 2013).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (2011), as recomendações da Comissão sobre Determinantes Sociais da Saúde para combater a distribuição desigual de poder, dinheiro e recursos são:
• Colocar a responsabilidade pela saúde e pela equidade em saúde nos níveis mais altos do governo, assegurando que todas as políticas implementadas contribuam para esse fim, de forma coerente;
• Fortalecer o financiamento público de intervenções sobre os determinantes sociais da saúde;
• Focar coerentemente os determinantes sociais da saúde no marco dos documentos da estratégia de luta contra a pobreza;
• Institucionalizar a consideração à saúde e à equidade em saúde nos acordos econômicos e na elaboração de políticas nacionais e internacionais;
• Reforçar o papel fundamental do Estado na prestação de serviços essenciais à saúde (como o fornecimento de água e saneamento) e na regulação de bens e serviços que afetem de maneira importante a saúde (como o tabaco, o álcool e os alimentos);
• Criar e assegurar a aplicação de leis que promovam a equidade de gênero e que tornem ilegal a discriminação sexual;
• Investir mais em serviços e programas de saúde sexual e reprodutiva até alcançar a cobertura e direitos universais;
• Assegurar representação e participação justas de indivíduos e comunidades na tomada de decisões relativas à saúde;
• Facilitar a atuação da sociedade civil sobre direitos políticos e sociais que afetam a equidade em saúde;
• Fazer da saúde uma meta global de desenvolvimento.
 
REFERÊNCIAS
CARVALHO, A. I. Determinantes sociais, econômicos e ambientais da saúde. In FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. A saúde no Brasil em 2030 - prospecção estratégica do sistema de saúde brasileiro: população e perfil sanitário [online]. Rio de Janeiro: Fiocruz/Ipea/Ministério da Saúde/Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, 2013. Vol. 2. pp. 19-38. Disponível em: <http://books.scielo.org/id/8pmmy/pdf/noronha-9788581100166-03.pdf>.
 
SANT´ANNA, C. F. et al. Determinantes sociais de saúde: características da comunidade e trabalho das enfermeiras na saúde da família. Rev Gaúcha Enferm., Porto Alegre (RS) 2010 mar;31(1):92-9.
 
CARRAPATO, P; CORREIA, P; GARCIA, B. Determinante da saúde no Brasil: a procura da equidade na saúde. Saúde Soc. São Paulo, v.26, n.3, p.676-689, 2017. Disponível em: <https://www.scielosp.org/article/sausoc/2017.v26n3/676-689/>.
 
GEORGE, F. Sobre determinantes da saúde. set 2011. Disponível em: <https://www.dgs.pt/ficheiros-de-upload-2013/publicacoes-de-francisco-george-sobre-determinantes-da-saude-pdf.aspx>.
MOROSINI, L. Contextos não saudáveis. Resoluções da 16ª CNS reafirmam relação entre trabalho, território e respeito aos direitos e saúde. 2019. Disponível em: <http://dssbr.org/site/2019/11/contextos-nao-saudaveis/>.
 
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Diminuindo diferenças: a prática das políticas sobre determinantes sociais da saúde. Disponível em: https://www.who.int/sdhconference/discussion_paper/Discussion_Paper_PT.pdf
 
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Declaração Política do Rio sobre Determinantes Sociais da Saúde Rio de Janeiro, Brasil - 21 de outubrode 2011. 
 
 
 RESUMO PARA SLIDES
INSERÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA
 As condições econômicas e sociais influenciam decisivamente as condições de saúde das pessoas e populações.
O conjunto dessas condições é denominado “determinantes sociais da saúde”, um termo que abrange determinantes sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais da saúde (CARVALHO, 2013).
DETERMINANTES PODEM SER DIVIDIDOS EM TRÊS CATEGORIAS OPERACIONAIS TEÓRICAS:
1.	PROXIMAIS: Relacionadas Ao Indivíduo, Como Idade, Sexo, Fatores Hereditários.
2.	INTERMEDIÁRIOS: Estilo de vida e redes sociais, comunitárias e saúde.
3.	DISTAIS: Condições de vida e trabalho (escolaridade, ambiente de trabalho, fonte de renda, saneamento básico, cultura, habitação e serviços sociais e de saúde) e as condições sócio-econômicas e ambientais gerais.
DE ACORDO COM GEORGE (2011) OS DETERMINANTES PODEM SER AGRUPADOS EM CINCO CATEGORIAS:
1.	FIXOS OU BIOLÓGICOS: sexo, fatores genéticos;
2.	ECONÔMICOS E SOCIAIS: posição, estrato social, emprego, pobreza, exclusão social;
3.	AMBIENTAIS: qualidade do ar e água, ambiente social;
4.	ESTILO DE VIDA: alimentação, atividade física, tabagismo, álcool e comportamento sexual;
5.	ACESSO AOS SERVIÇOS: educação, saúde, serviços sociais, transporte e lazer.
Para CARVALHO, os determinantes mais importantes e influentes são os que geram estratificação social como os que refletem as condições de riqueza, poder e prestígio nas sociedades.
Os determinantes econômicos estão muitas vezes ligados a comportamentos ligados com a saúde.
EX: Rendimento pode ou não permitir acesso a determinados fatores que impactam o estilo de vida e a saúde dos indivíduos, como praticar ou não atividade física e fazer escolhas alimentares.
As condições de emprego também têm efeitos bastante consideráveis na saúde: assegurando estabilidade financeira, estatuto social, desenvolvimento pessoal, relações sociais, autoestima e proteção contra riscos físicos e psicossociais.
A OMS, em 2011, declara que a atual crise econômica e financeira global demanda a adoção urgente de medidas para reduzir as crescentes iniquidades em saúde e para prevenir a piora nas condições de vida.
Segundo Leandro Horie, no Brasil, o cenário não é bom pelos reflexos da Emenda Constitucional 95/2016, que congelou os gastos com saúde, educação e benefícios previdenciários, “canibalizando” os investimentos por não ter previsão de aumento no orçamento.
As recomendações da Comissão sobre Determinantes Sociais da Saúde para combater a distribuição desigual de poder, dinheiro e recursos é:
· Responsabilizar os níveis mais altos do governo pela saúde e equidade em saúde;
· Fortalecer o financiamento público de intervenções sobre os determinantes sociais de saúde;
· Reforçar o papel fundamental do estado na prestação de serviços essenciais à saúde (fornecimento de água, saneamento) e regulação de bens e serviços (tabaco, álcool, alimentos);
· Criar e assegurar leis que promovam a equidade de gênero e que tornem ilegal a discriminação sexual;
· Investir em serviços e programa de saúde sexual e reprodutiva;
· Assegurar a participação de indivíduos e comunidades na tomada de decisões relativas à saúde;
· Facilitar a atuação da sociedade civil sobre direitos políticos e sociais que afetam a equidade em saúde e;
· Fazer da saúde uma meta global de desenvolvimento.
CONCLUSÃO (Mariana)

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