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Justiça e Dialogo Social - Fasciculo 01

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1
Estado Democrático
de Direito
Samuel Vasconcelos Marques
Justiça e 
diálogo sociaL
Copyright © 2020 Fundação Demócrito Rocha
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA (FDR)
Presidência: João Dummar Neto
Direção Administrativo-Financeira: André Avelino de Azevedo
Gerência Geral: Marcos Tardin
Gerência Editorial e de Projetos: Raymundo Netto
Análise de Projetos: Emanuela Fernandes e Fabrícia Góis
UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE (UANE)
Gerência Pedagógica: Viviane Pereira
Coordenação de Cursos: Marisa Ferreira
Design Educacional: Joel Bruno
Secretaria Escolar: Thifane Braga
CURSO JUSTIÇA E DIÁLOGO SOCIAL
Concepção e Coordenação Geral: Cliff Villar
Coordenação Executiva: Ana Cristina Barros
Coordenação Adjunta: Patrícia Alencar
Coordenação de Conteúdo: Gustavo Brígido
Editorial e Revisão: Verônica Alves
Edição de Design: Amaurício Cortez
Projeto Gráfico e Diagramação: Welton Travassos
Ilustração: Karlson Gracie
Coordenação de Produção: Gilvana Marques
Produção: Juliana Guedes
Análise de Projeto: Narcez Bessa
Marketing e Estratégia: Andrea Araújo, Kamilla Damasceno e Wanessa Góes
Performance Digital: Alice Falcão
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ
Presidente do Tribunal de Justiça do Ceará: Desembargador Washington Luís Bezerra de Araújo
Vice-presidente do Tribunal de Justiça do Ceará: Desembargadora Maria Nailde Pinheiro Nogueira
Corregedor-geral do Tribunal de Justiça do Ceará: Desembargador Teodoro Silva Santos
Desembargador Washington Luís Bezerra de Araújo
Desembargadora Maria Nailde Pinheiro NogueiraDesembargadora Maria Nailde Pinheiro NogueiraDesembargadora Maria Nailde Pinheiro Nogueira
Produção: 
Análise de Projeto: Análise de Projeto: 
Marketing e Estratégia: Marketing e Estratégia: 
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FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA (FDR)FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA (FDR)FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA (FDR)FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA (FDR)
Presidência: Presidência: Presidência: Presidência: 
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Gerência Editorial e de Projetos: Gerência Editorial e de Projetos: Gerência Editorial e de Projetos: Gerência Editorial e de Projetos: 
UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE (UANE)UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE (UANE)UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE (UANE)UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE (UANE)
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Narcez Bessa
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Todos os direitos desta edição reservados à:
Fundação Demócrito Rocha
Av. Aguanambi, 282/A - Joaquim Távora 
CEP 60055-402 - Fortaleza-Ceará 
Tel: (85) 3255.6073 - 3255.6203
fdr.org.br 
fundacao@fdr.org.br
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
J97 
Justiça e diálogo social / Cli� Villar (organizador); Gustavo Brígido 
(coordenador); Karlson Gracie (ilustrador). – Fortaleza: Fundação Demócrito Rocha, 
2020.
192 pg. 12 fascículos : il. color.
 
 
1. Direito. 2. Poder Judiciário. 3. Democracia. 4. Direitos sociais. 5. Cidadania. I. 
Título. II. Série.
 
CDD 340
Bibliotecário: Francisco Edvander Pires Santos (CRB-3/1212)
Este fascículo é parte integrante do projeto Justiça e Diálogo Social, em decorrência do contrato 
celebrado entre a Fundação Demócrito Rocha e o Tribunal de Justiça do Estado do Ceará.
Sumário
1. Introdução.................................................................................................... 4
1.1. Tripartição dos Poderes .......................................................................... 5
1.2. Da Vontade do Rei à Vontade da Lei .................................................... 8
1.3. Democracia Indireta e Democracia Direta ..........................................11
1.4. O Estado Democrático de Direito e a Constituição de 1988. ........... 13
1.5. Referências. ............................................................................................15
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE4
1.
Introdução
A utilização do termo “Estado Democrá-
tico de Direito”, embora reiteradamente 
reproduzido no convívio social, muitas 
vezes é compreendido equivocadamen-
te diante da di� cultosa conceituação e 
das várias facetas que esse representa. 
O fato de tal termo ter sido inserido no 
texto da Constituição da República Fe-
derativa do Brasil de 1988, em seu artigo 
1º, demonstra a importância e necessi-
dade de sua compreensão, levando em 
consideração todas as consequências 
que dela podem advir.
A concepção de Estado na con-
temporaneidade é caracterizada pelo 
protagonismo do poder público, que 
se encontra praticamente em todas as 
áreas de relacionamento humano, fa-
zendo, assim, com que a expressão 
“Estado Democrático de Direito” ganhe 
uma maior notoriedade. 
O fato de tal termo ter um status 
constitucional, previsto no artigo 1º da 
Constituição da República Federativa 
do Brasil de 1988, torna obrigatória a 
sua compreensão. Entretanto, tal status 
constitucional amplia a responsabilidade 
ao interpretar tal termo, uma vez consi-
derada a natureza dinâmica da interpre-
tação constitucional, diante compreen-
são evolutiva dos dispositivos consti-
tucionais principiológicos, eliminando a 
concepção de conceito estanque.
A � uidez do termo em análise está 
relacionada aos distintos tipos de Esta-
dos existentes que serviram de in� uência 
para sua de� nição, di� cultando, assim, a 
sua generalização. Além disso, impor-lhe 
de� nição única e estanque seria des-
considerar as formulações teóricas dos 
elementos “democracia” e “direito”, haja 
vista seus conceitos convergirem para 
fundamentação de um Estado democrá-
tico de direito. O estudo do “Estado De-
mocrático de Direito” deve ser realizado 
mediante abordagem histórica, que se 
pode entender a partir de sua evoluçãono tempo e também em relação aos fa-
tos que o in� uenciaram.
5JUSTIÇA E DIÁLOGO SOCIAL
A análise da evolução do Estado 
Democrático de Direito é de fundamen-
tal importância para compreensão do 
sentido que se deve empregar nos dias 
de hoje para o termo que dá nome ao 
presente escrito. O caminho a ser per-
corrido, portanto, passará pela análise 
de fatos históricos que in� uenciaram a 
conceituação de Estado Democrático de 
Direito, em relação ao desenvolvimento 
do Direito.
1.1.
Tripartição dos 
Poderes
A gênese da discussão em torno da 
separação de poderes remonta, inicial-
mente, a Aristóteles (Século IV a.C), 
aprimora-se em Locke (Século XVII d.C) 
e se propaga com Montesquieu (Século 
XVIII d.C), cuja sistematização lhe confe-
riu fama que repercute até os dias atuais.
Aristóteles foi o primeiro � lósofo a 
catalogar as diferenças básicas e agru-
par as funções estatais em três catego-
rias distintas, delineadas como função 
deliberante, função executiva e função 
judiciária. Apesar disso, não se atribui 
ao pensamento aristotélico a concepção 
separatista dos poderes, uma vez que as 
diferentes funções de governo naque-
la época ainda não permitiam que seu 
exercício fosse realizado entre órgãos 
distintos.
Posteriormente tais ideias foram 
assimiladas por John Locke e, em se-
guida, aperfeiçoadas por Montesquieu, 
considerado como o primeiro � lósofo a 
defender que o exercício das diferentes 
funções estatais deve ser atribuído a ór-
gãos distintos.
Montesquieu defendeu que a divi-
são funcional do poder necessita de uma 
real divisão orgânica, por isso, sustentou 
que as funções legislativas, executivas e 
judiciais devem ser exercidas por órgãos 
distintos, independentes e autônomos.
A teoria racionalista de Montes-
quieu, que foi base ideológica para revo-
luções liberais, não serviu estritamente 
ao desenvolvimento de bases de uma 
teoria abstrata, mas cuidou também de 
aspectos objetivos ao associar a sepa-
ração funcional à existência de órgãos 
distintos a desempenhá-las, originando 
verdadeira técnica de contenção do po-
der pelo próprio poder, haja vista que ne-
nhum dos órgãos estatais seria detentor 
de estrutura e competências para sujei-
tar os outros.
A teoria separatista serviu também 
como contribuição ao advento do cons-
titucionalismo e do Estado de Direito, 
tendo como fator determinante para tal 
compreensão a inserção do artigo 16 da 
Declaração de Direitos do Homem e do 
Cidadão de 1789, através da a� rmação 
“qualquer sociedade em que não esteja 
assegurada a garantia dos direitos nem 
estabelecida a separação dos poderes 
não tem Constituição”.
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE6
Contudo, a aplicação de rígida sepa-
ração das funções estatais demonstrou-
-se como inviável na prática, levando em 
consideração movimentos importantes 
como as Revoluções Americana e Fran-
cesa, sobretudo diante da necessidade de 
evitar que as funções estatais se tornas-
sem independentes a ponto de se afasta-
rem de uma vontade política central.
Aliás, Montesquieu, em sua teoria 
funcional separatista, já havia alertado 
sobre esse perigo ao sugerir a adoção de 
mecanismos de controle recíproco entre 
os poderes, objetivando uma convivên-
cia independente e harmoniosa entre as 
funções estatais, na qual a independên-
cia fosse exercida por suas funções típi-
cas e a harmonia pelos mecanismos de 
controle recíproco. 
Diante disso, a noção de divisão fun-
cional do poder absoluta sofreu revisões 
até ser completamente desmisti� ca-
da. De fato, a noção de poderes abso-
lutamente independentes não sujeitos 
a qualquer tipo de ingerência externa 
di� cilmente se ambientaria a um cená-
rio cheio de complexos problemas que 
pressupõem diálogo e interatividade.
A ampliação das atividades estatais 
impôs novas formas de relacionamento 
entre os órgãos do legislativo, do execu-
tivo e do judiciário, por isso, sucedeu-se a 
doutrina da teoria dos freios e contrape-
sos, também conhecida do inglês como 
teoria do checks and balances, cuja no-
ção parte da concepção de que cada ór-
gão do poder � scaliza a atuação do outro, 
principalmente no que diz respeito à ob-
servância das diretrizes constitucionais. 
O princípio da separação dos po-
deres está expresso na Constituição da 
República Federativa do Brasil de 1988, 
em seu artigo 2º, apresentando limitação 
ao poder estatal mediante a desconcen-
tração das funções estatais. Registra-se 
importante destacar que o princípio da 
separação dos poderes está também 
inserido no rol das chamadas cláusulas 
pétreas, no artigo 60, parágrafo 4º, inciso 
III, do texto constitucional brasileiro.
JUSTIÇA E DIÁLOGO SOCIAL 7
Tanto a interatividade quanto o con-
trole recíproco entre os poderes (freios e 
contrapesos) podem ser percebidos em 
diversas passagens constitucionais, a 
exemplo da que permite a participação 
do Chefe do poder Executivo no proces-
so legislativo, ora como titular da inicia-
tiva de projetos, ora como responsável 
pela sanção ou veto de tais projetos. 
Por outro lado, também se veri� cou a 
conveniência constitucional de estabele-
cer excepcionalmente a um dado poder o 
exercício de funções atípicas que, a prin-
cípio, seria função típica de outro poder. 
Daí falar-se em funções típicas e atípicas, 
realidade que traduz a divisão mais � exí-
vel das funções entre os distintos órgãos.
De tal modo, tanto o Executivo, 
quanto o Legislativo podem exercer ex-
cepcionalmente, de forma atípica, as 
funções judiciais, que são funções típi-
cas do Judiciário. Exemplo de tal pos-
sibilidade na Constituição da República 
Federativa do Brasil de 1988, está no 
julgamento de infrações administrativas 
cometidas por seus servidores em pro-
cessos administrativos disciplinares.
Contudo, destaca-se aqui a impre-
cisão técnica do termo “separação dos 
poderes”, haja vista que todos os atos 
estatais são oriundos da atuação de um 
único poder. O poder, como sabido, é 
apenas um, daí a razão de não se falar 
em divisão de poderes, mas sim em de-
sempenho harmônico das funções esta-
tais por órgãos distintos, independentes 
e harmônicos. 
Por � m, pode-se destacar que o que 
existe expressamente no texto constitu-
cional é uma divisão horizontal funcional 
entre os poderes legislativo, executivo 
e judiciário, cuja caraterística da hori-
zontalidade é resultado da ausência de 
hierarquia entre os órgãos exercentes 
de tais funções estatais, o que permite 
a operacionalização de suas competên-
cias constitucionalmente estabelecida, 
assimilando a ideia de que o princípio da 
separação dos poderes possui íntima li-
gação com o regime de governo demo-
crático e com a forma de governo repu-
blicana. Constata-se que a separação 
dos poderes é fundamental para ma-
nutenção da ordem democrática, pois 
impede a atuação prepotente do Estado 
sobre os cidadãos, delimitando a atua-
ção das funções estatais.
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE8
1.2.
Da Vontade do Rei
à Vontade da Lei
Pretende-se nesta seção dissertar sobre 
a evolução histórica do Estado, determi-
nando sobre a passagem do Estado Ab-
solutista ao que chamamos hoje de Es-
tado Democrático de Direito, o caminho 
a ser percorrido passará por uma análise 
histórica sobre a transição dos dois tipos 
de Estado. 
Até os séculos derradeiros dá con-
siderada Idade Média não existiam Esta-
dos com poder concentrando nas mãos 
de um rei, mas sim a formação de diver-
sos reinos com o poder político dividido 
entre os senhores dos grandes feudos, 
denominados como senhores feudais.
A noção de poder centralizado, 
como já subtendido no parágrafo acima, 
então, surgiu a partir do � nal da Idade 
Média, como consequência de numero-
sas crises ligadas ao feudalismo, como 
as revoltas camponesas e a ascensão da 
burguesia. Tal contraponto gerou a con-
cepção do Estado Moderno que rompeu 
com as peculiaridades da serventia feu-
dal e com o regionalismo político. 
Em decorrência da consolidação do 
Estado Moderno, surge o EstadoAbso-
lutista como sistema político de Estado 
que pressupõe a centralizacão de todo 
o poder político nas mãos de uma única 
pessoa, muitas vezes denominada como 
monarca, gerando a este a titularização 
de poder absoluto e ilimitado. 
Diferentemente do que acontecia 
da Idade Média, no Estado Absolutista, 
o monarca controlava todo o poder para 
tomada de decisões da nação, o que fa-
cilitou a implementação mais simpli� ca-
das de medidas governamentais e, até 
mesmo, de um exército, pois já não se-
ria mais necessário o auxílio dos nobres 
para sua composição.
O declínio do sistema político abso-
lutista teve seu início por volta do Século 
XIX com o surgimento dos ideais ilumi-
nistas que buscavam a descentralização 
do poder político, questionando a noção 
de poder absoluto titularizado e exercido 
por um monarca, que assim era conside-
rado pela adoção da teoria da vontade 
divina, haja vista que o iluminismo pre-
gava como princípio a racionalização do 
pensamento humano. 
Com o surgimento dos ideais ilumi-
nistas e o declínio do Estado Absolutista, 
surgiu uma nova ordem de poder exercida 
pelo Estado, inspirada em princípios oriun-
dos das Revoluções Americana e Francesa, 
conhecida como Estado Liberal, que com-
batia frontalmente os ideais absolutistas. 
Os princípios norteadores do Estado 
Liberal são os da liberdade e da igualdade, 
gerando, assim, a noção de intervenção 
reduzida do Estado nas relações sociais. 
O aspecto central da ordem liberal está 
na noção de mercado natural, cuja par-
ticipação de todos é realizada com base 
nos interesses individuais de cada um, 
em substituição ao mercado arti� cial.
A racionalidade da limitação do 
poder estatal é sustentada a partir da 
concepção doutrinária dos direitos hu-
manos, direitos que não podem ser 
suprimidos pelo Estado. De tal modo, 
pode-se compreender que o cerne do 
liberalismo está na limitação do poder e 
das funções estatais. 
A limitação das funções estatais 
pode ser compreendida a partir da se-
paração dos poderes, os quais exercem 
funções independentes e realizam � s-
calizações mútuas, balanceando, assim, 
a estrutura social das funções estatais. 
Como já delineado, não há preponde-
JUSTIÇA E DIÁLOGO SOCIAL 9
rância de nenhuma das funções esta-
tais sobre qualquer outra, tendo essas a 
mesma relevância na dinâmica do poder 
público. 
Na posição clássica de Adam Smi-
th (Século XVIII), o Estado Liberal, que 
interfere minimamente nas relações so-
ciais do Estado, deve exercer tal inter-
ferência somente na promoção da se-
gurança interna e externa do país, assim 
como prover obras e serviços que não 
são de interesse dos particulares, con-
forme pode ser visualizado nas seguin-
tes passagens:
“O primeiro dever do soberano é 
o de proteger a sociedade contra 
a violência e a invasão de outros 
países independentes” (SMITH, 
1776, p. 689); 
“O segundo dever do soberano é 
o de proteger, na medida do pos-
sível, cada membro da sociedade 
da injustiça ou opressão de todos 
os outros membros da mesma, 
ou o dever de estabelecer uma 
administração judicial rigorosa” 
(SMITH, 1776, p. 708);
“O terceiro dever é de criar e 
manter essas instituições e 
obras públicas que, embora 
possam proporcionar a máxima 
vantagem para uma grande so-
ciedade, são de tal natureza que 
o lucro jamais conseguiria com-
pensar algum indivíduo ou um 
pequeno número de indivíduos, 
não se podendo, pois, esper-
ar que algum indivíduo ou um 
pequeno número de indivíduos 
as crie e mantenha.”(SMITH, 
1776, p. 723)
10
 
O controle da economia pode par-
tir de poucos, o aumento substancial da 
oferta de produtos e serviços e a diminui-
ção da procura, evidenciado no crack da 
Bolsa de Nova Iorque em 1929, acabaram 
gerando falta de credibilidade ao capita-
lismo liberal e ensejo ao crescimento de 
uma ordem socialista de Estado. 
Outro fator de colaboração ao de-
senvolvimento da ordem de Estado so-
cialista foi o advento da Revolução Rus-
sa, primeira experiência de aplicação 
dos ideais do marxismo, que, além do 
questionamento surgido ao sistema ca-
pitalista, desencadearam na decadência 
do Estado Liberal, gerando ascensão ao 
Estado Social.
O socialismo surgiu, principalmente, 
como consequência da Revolução Indus-
trial, re� etido através dos efeitos sobre a 
classe operária. A tecnologia industrial ge-
rou o aumento da produção e as relações 
existentes entre mestres e aprendizes fo-
ram modi� cadas e substituídas pela noção 
de livre contratação e demissão.
Tendo em vista a decadência econô-
mica do Estado Liberal, o Estado Socia-
lista surge como alternativa para o cres-
cimento econômico do país, ao mesmo 
tempo que também serviu para garantia 
da proteção individual dos cidadãos. A 
concepção de Estado Liberal foi apoiada 
também no plano doutrinário econômico, 
a partir da teoria de John Maynard Key-
nes, teoria keynesiana, que tem como 
princípio o papel interventor do Estado 
sobre a economia. A coletividade, e não o 
indivíduo, passou a ser interesse do Esta-
do Socialista, gerando a noção do Welfare 
State (Estado de Bem -Estar Social).
Por � m, em desenvolvimento ao 
papel do Estado, in� uenciado pela uni-
versalização dos Direitos Humanos, sur-
giram os ideais do Estado Democrático 
de Direito, em que o objetivo do Poder 
Público não estava mais voltado sim-
plesmente aos interesses da coletivida-
de, mas também aos interesses de cada 
um dos indivíduos, gerando um equilíbrio 
entre a coletividade e a individualidade. 
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
JUSTIÇA E DIÁLOGO SOCIAL 11
O Estado Democrático de Direito 
pode ser de� nido como conjunto de re-
gras jurídicas, democraticamente e dis-
cursivamente adotadas, ou seja, é uma 
compreensão de Estado que garante 
uma igualdade inclusiva, na qual todos 
os direitos fundamentais da pessoa hu-
mana são relevantes. 
O nascimento do Estado Democrá-
tico de Direito serviu para possibilitar a 
ideia de que todos os homens, indistin-
tamente, possam eleger regras para de-
limitação do contorno social do Estado. 
As regras que moldam as relações so-
ciais são frutos do consenso e da vonta-
de humana.
Os princípios defendidos pelo Esta-
do Democrático de Direito são os da li-
berdade e da igualdade. A liberdade que 
deve ser garantida mediante um absen-
teísmo do Estado e a igualdade mediante 
uma postura de presença do Estado nas 
relações sociais. Todos são considerados 
como de igual importância, pois a vonta-
de do povo é considerada soberana. Por 
isso, o Estado Democrático de Direito 
garante sua solidez, pois ele rompe com 
toda a ordem arbitrária e tendenciosa, 
visando efetivamente a uma sociedade 
melhor, sociedade onde haja inclusão e 
desenvolvimento humano e social.
1.3.
Democracia
Indireta e Direta
 A soberania popular apresenta-se como 
elemento pelo qual o Estado é considera-
do como sujeito à vontade do povo, que 
é a fonte do poder político. Está indis-
sociavelmente relacionado aos nomes 
da Escola Contratualista, como Hobbes 
(1588-1679), Locke (1632-1704) e Rous-
seau (1712-1778). Todos clamavam que 
os indivíduos, ao escolherem � rmar um 
contrato social, abririam mão, de forma 
voluntária, de alguns direitos em troca de 
proteção contra os riscos possíveis de 
um estado natural.
Para Rousseau (ROUSSEAU, 1999, 
p.51), a soberania popular é considerada 
como inalienável e indivisível, devendo 
esta ser exercida pela vontade de todos:
A soberania é inalienável (...) só 
a vontade geral pode dirigir as 
forças do Estado de acordo com 
a � nalidade de sua instituição 
que é o bem comum. Pois, se a 
oposição dos interesses partic-
ulares tornou necessário o esta-
belecimento das sociedades, foi 
o acordo desses mesmos inter-
esses que o possibilitou. É o que 
existe de comum nesses vários 
interesses que formam o víncu-
lo social e, se não houvesse um 
ponto em que todos os inter-
esses concordassem, nenhuma 
sociedade poderia existir. Ora, 
somente com base nesse inter-
esse comum é que a sociedade 
deve ser governada.Segundo Rousseau, não há socieda-
de se os interesses forem esparsos e não 
constituírem a vontade geral. Para o au-
tor, a restrição ao acatamento de ordens 
e leis faz com que o ser humano perca a 
sua característica, já que con� guraria a 
presença de um senhor que governa, mas 
não a de um soberano. A soberania está 
inexoravelmente relacionada ao exercício 
da vontade geral, apresentando-se como 
vontade de um corpo político. 
Porém, para Benjamim Constant 
(2005, p.16), torna-se necessário des-
tacar que a Democracia não pode ser 
considerada como um � m em si mesmo, 
haja vista que nem sempre a vontade da 
maioria é su� ciente para tornar qualquer 
ato como correto. Segundo o autor, o 
poder popular não pode ser considera-
12
do como ilimitado, haja vista que este é 
limitado frente ao direito dos indivíduos, 
bem como aos ideais de justiça. 
O princípio da soberania popular se 
manifesta tanto quando o povo, direta-
mente, faz as leis, assim como quando 
o povo elege aqueles que agem em seu 
nome e sob sua vigilância imediata. O en-
tendimento central apresenta-se como a 
ideia de que a legitimidade do governo 
deve estar fundada no consentimento 
dos governados. Tratando-se a sobe-
rania popular como elemento básico da 
maioria dos governos democráticos. 
Trata-se de noção elencada pelo 
ideal de Estado Democrático de Direi-
to, em contraposição ao absolutismo, a 
adoção de um regime de governo que 
permite ao povo a observância de sua 
vontade. Sendo notório perceber que 
quanto maior for o protagonismo do 
povo, mais fortalecido será o regime de-
mocrático, implicação esta que não en-
sejaria no enfraquecimento dos elemen-
tos de representação política. De acordo 
com essa realidade, apresentam-se os 
institutos de exercício da democracia 
direta, como expressão da democracia 
participativa.
Sobre tal aspecto, surge a neces-
sidade de pensar na representatividade 
e sua transformação, de modo que ga-
ranta a qualidade da democracia, apre-
sentando-se como recon� guração da 
representatividade política por meio de 
alguns institutos jurídicos permissivos da 
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
13JUSTIÇA E DIÁLOGO SOCIAL
participação popular, elencando, assim, 
uma noção de representatividade assu-
mida pelos atores populares no exercício 
das funções políticas. 
No Brasil, a Constituição Federal de 
1988 consagra dentre os Fundamentos 
da República Federativa do Brasil (art. 
1º), o princípio da Soberania, elencada no 
parágrafo único do mesmo dispositivo 
constitucional como Soberania Popular, 
noção que atribui ao povo a titularidade 
do Poder. A soberania popular será exer-
cida pelo sufrágio universal e pelo voto 
direto e secreto, com valor igual para to-
dos, e, nos termos da lei, mediante ple-
biscito, referendo e iniciativa popular.
Além dos mecanismos tradicio-
nais de exercício da democracia direta, 
também se encontram na Constituição 
Federal de 1988 outras prerrogativas 
relacionadas ao exercício da cidada-
nia, que diz respeito à efetivação dos 
direitos políticos, como a Ação Popu-
lar, remédio constitucional que exige 
a comprovação da regularidade no 
exercício dos direitos políticos para sua 
impetração. Apresentando-se como 
instrumento que efetiva a noção de So-
berania Popular, inclusive sobre os atos 
administrativos praticados.
A participação popular, presente no 
ordenamento jurídico brasileiro e fomen-
tada pelas fontes teórico-doutrinárias 
sobre o assunto, tem sido desenvolvida 
por meio das experiências obtidas du-
rante o movimento de redemocratização 
do País. Tal percepção é delineada por 
Santos (2011, p. 90): “É por esse proces-
so de continuidade e rea� rmação que 
a vivência democrática de um Estado e 
sua comunidade deve ser analisada, de 
modo a veri� car a a� rmação sucessiva 
de direitos e garantias”.
Nesse sentido, percebe-se que o 
povo, como titular do poder político, en-
contra ao seu alcance a responsabilidade 
pelo exercício da democracia direta (par-
ticipativa) e democracia indireta (repre-
sentativa) na determinação da vontade 
geral da nação, bem como no exercício 
do controle sobre os atos praticados pela 
Administração Pública, que é exercida 
pelos agentes políticos eleitos e outros 
agentes administrativos. 
1.4.
O Estado 
Democrático 
de Direito e a 
Constituição 
de 1988
Com a consolidação da ordem constitu-
cional diante da promulgação da Consti-
tuição da República Federativa do Brasil 
de 1988, constituiu-se o Estado Demo-
crático de Direito no direito brasileiro, 
consagrando em seu artigo 1º os princí-
pios fundamentais da soberania, cidada-
nia, dignidade da pessoa humana, valo-
res sociais do trabalho e da livre iniciativa 
e o pluralismo político. 
A concepção de Estado Democrá-
tico de Direito na Constituição Fede-
ral brasileira, por sua vez, não signi� ca 
apenas a reunião dos princípios do Es-
tado de Direito e do Estado Democrá-
tico, mas também a realização de um 
conceito que quali� ca o Estado de “de-
mocrático”, irradiando esse valor sobre 
toda a estrutura organizacional dos en-
tes da federação brasileira.
A democracia que o Estado Demo-
crático de Direito realiza tem que ser 
considerada como processo de con-
vivência social fundamentada em uma 
sociedade livre, justa e solidária, como 
explicitada nos objetivos da República 
Federativa do Brasil (artigo 3º), em que 
o Poder emana do povo e deve ser exer-
cido com base nos anseios desse, como 
base à democracia.
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE14
O princípio democrático então se re-
laciona com o direito de sufrágio, e este 
se conforma pelos princípios da univer-
salidade (em relação ao voto e à elegibi-
lidade), da imediaticidade (o cidadão dá a 
primeira e a última palavra), da liberdade 
de voto (que também se revela no princí-
pio do voto secreto), da igualdade de voto 
(mesmo peso e mesmo valor de resulta-
do), da periodicidade e da unicidade.
No Brasil, com a introdução da con-
cepção de Estado Democrático de Direi-
to, nos moldes das Constituições france-
sa e espanhola, em que o império da lei é 
fundamentado, a justiça social deve res-
peitar também a pluralidade do indivíduo, 
abrangendo as liberdades econômicas, 
sociais e culturais.
O Estado de Direito nos dias atuais 
tem um signi� cado mais amplo e de fun-
damental importância, presente no desen-
volvimento das sociedades, como um pilar 
de respeito à lei. Sendo um importante pa-
radigma para as bases da democracia oci-
dental. Os novos parâmetros substantivos 
que permeiam a conformação do Estado 
Democrático de Direito contemporâneo 
reintroduzem a consideração dos � ns e 
valores que a sociedade e o Estado devem 
promover para o bem de uma sociedade.
JUSTIÇA E DIÁLOGO SOCIAL 15JUSTIÇA E DIÁLOGO SOCIALJUSTIÇA E DIÁLOGO SOCIALJUSTIÇA E DIÁLOGO SOCIALJUSTIÇA E DIÁLOGO SOCIALJUSTIÇA E DIÁLOGO SOCIALJUSTIÇA E DIÁLOGO SOCIALJUSTIÇA E DIÁLOGO SOCIALJUSTIÇA E DIÁLOGO SOCIALJUSTIÇA E DIÁLOGO SOCIALJUSTIÇA E DIÁLOGO SOCIALJUSTIÇA E DIÁLOGO SOCIALJUSTIÇA E DIÁLOGO SOCIALJUSTIÇA E DIÁLOGO SOCIAL 1515
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Apoio Realização
SAMUEL VASCONCELOS MARQUES (autor)
Mestre em Direito Constitucional nas Relações Públicas. Bacharel em Direito pela Universidade de Fortaleza. Professor de 
Direito Constitucional e Direitos Humanos. Advogado (OAB/CE nº 35.187) e consultor jurídico. Membro do Grupo de Pesquisa 
Relações Econômicas, Políticas e Jurídicas na América Latina (REPJAL).
KARLSON GRACIE (ilustrador)
Nasceu em Paulista, Pernambuco. Desenha desde criança. A arte e a leitura estiveram sempre presentes em sua vida. Filmes, 
desenhos animados, histórias em quadrinhos e videogames eram inspirações para desenhar. Integra o Núcleo de Design (NDE) 
da Fundação Demócrito Rocha, onde faz o que mais gosta: imaginar, criar e ilustrar.

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