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Sistema de Ensino Presencial Conectado
serviço social
aDUILSON barbosa rafael moreira
carla michelli de jesus silva
maria lina de lima ladeira
A PROTEÇÃO CONTRA A EXPLORAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL NO BRASIL
	Viçosa
 2019
Viçosa
2019
Aduilson barbosa rafael moreira
carla michelli de jesus silva
maria lina de lima ladeira
A PROTEÇÃO CONTRA A EXPLORAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL NO BRASIL
Trabalho de produção textual interdisciplinar. Apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina.
Orientadores: Profs. Amanda Boza Gonçalves,
 Ana Carolina Tavares Mello, 
Maria Angela Santini ,
Nelma dos Santos Assunção Galli ,
Paulo Sérgio Aragão e
Valquíria Aparecida Dias Caprioli 
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................4
2. DESENVOLVIMENTO.............................................................................5
2.1 CONCEITOS de trabalho infantiL..............................................5
2.2 CausaS dO trabalho da criança e do adolescente........6
 3. IMPACTOS E CONSEQUENCIAS DO TRABALHO INFANTIL..............9
4. POLITICAS PUBLICAS........................................................................10
5. Trabalho infantil no BrasIL.....................................................13
6. ATENÇÃO AS ESTATISTICAS...........................................................15
7. CONCLUSÃO......................................................................................18
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA.......................................................19
1. Introdução
O presente trabalho visa discutir a questão do trabalho infantil no Brasil, com ênfase no processo de construção das políticas públicas de prevenção e erradicação do trabalho infantil (PET). 
 	 O Brasil é um país onde a pobreza e as desigualdades estão presentes no cotidiano da grande maioria da população Brasileira.
No Brasil muitos governantes poderiam ajudar as famílias que vivem na linha de pobreza, priorizando assim: o saneamento básico, moradia, educação e saúde. Portanto, alguns governantes não dão assistência às áreas carentes.
Assim, sem a ajuda dos governantes para essas famílias, a situação de pobreza obriga os pais a explorarem seus filhos para assegurar o sustento da família.
Por fim, muitos filhos assumem as responsabilidades dentro do próprio lar, as meninas passam a cuidar dos irmãos mais novos, além das tarefas domésticas, para que os pais possam trabalhar fora ou então são os próprios filhos que precisam trabalhar parar gerar alguma renda, para complementar o orçamento familiar. Portando, com poucas oportunidades de estudar, as crianças e os adolescentes que trabalham dificilmente conseguem romper o ciclo da pobreza e miséria de suas famílias que serão reproduzidas de uma geração para outra da família.
Pelo que foi acima explanado pode se concluir que o trabalho infantil viola os direitos das crianças e adolescentes além de comprometer seu desenvolvimento intelectual, psicológico e físico.
Importante destacar que o trabalho infantil no Brasil teve início desde o descobrimento do Brasil. 
2. Desenvolvimento
2.1 conceito de trabalho infantil
 Conceituando a expressão “trabalho infantil”, Cassar (2008, p. 3) leciona:
Na concepção comum a expressão trabalho infantil significa a origem histórica da palavra trabalho, como: Dor, castigo, sofrimento, tortura. O termo trabalho tem origem no latim tripalium. Espécie de instrumento de tortura ou canga que pesava sobre os animais. Por isso, os nobres, os senhores feudais ou os vencedores não trabalhavam, pois consideram o trabalho uma espécie de castigo.
 É todo o trabalho realizado por pessoas que tenham menos da idade mínima permitida para trabalhar. Cada país tem sua regra. No Brasil, o trabalho não é permitido sob qualquer condição para crianças e adolescentes entre zero e 13 anos; a partir dos 14 anos pode-se trabalhar como aprendiz; já dos 16 aos 18, as atividades laborais são permitidas, desde que não aconteçam das 22h às 5h, não sejam insalubres ou perigosas e não façam parte da lista das piores formas de trabalho infantil.
 De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), atualmente há mais de sete bilhões de pessoas no planeta Terra. Segundo o último relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), “Medir o progresso na luta contra o trabalho infantil”, em 2013 havia 168 milhões de crianças e adolescentes trabalhadoras no mundo, sendo que cinco milhões estão presas a trabalhos forçados, inclusive em condições de exploração sexual e de servidão por dívidas.
 Por fim, importante mencionar que no Brasil, divulgação da última Pnad 2012, aproximadamente 3,5 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos estavam trabalhando no país. Se considerada a faixa etária entre cinco e 13 anos, a pesquisa aponta cerca de 554 mil meninos e meninas em atividades laborais.
 O trabalho infantil é muito mais comum do que pode parecer e está presente, diariamente, diante de nossos olhos, em suas diversas formas, tanto em ambientes privados quanto públicos.
 Em áreas urbanas é possível encontrar crianças e adolescentes em faróis, balcões de atendimento, fábricas e depósitos, misturados à paisagem urbana. Mais comum, porém, é o trabalho infantil doméstico, pelo qual, majoritariamente, as meninas têm a obrigação de ficar em casa cuidando da limpeza, da alimentação ou mesmo dos irmãos mais novos. São casos muito difíceis de serem percebidos justamente porque acontecem dentro da própria casa onde a criança mora, de modo a ser visto por poucas pessoas. Também comum é ver o aliciamento de crianças e adolescentes pelo tráfico ou para exploração sexual.
 Em áreas rurais, os trabalhos mais comuns são em torno de atividades agrícolas, mineração e carvoarias, além do trabalho doméstico.
 Podemos dizer resumidamente que, em primeiro, crianças e adolescentes devem ter garantidos os direitos de acesso à educação, lazer e esporte, e também a cuidados por parte de um responsável. O trabalho pode ser um impeditivo para que esses direitos se concretizem. Além disso, o trabalho pode causar prejuízos à formação e ao desenvolvimento integral de crianças e adolescentes.
 Entretanto, o que temos é uma sociedade capitalista, que não corresponde a uma ordem natural de produção da vida social – já tivemos a forma escravista, ou a forma feudal, como temos, ainda que causa de profundos debates acadêmicos e políticos, a forma socialista.
2.2 Causas do trabalho da criança e do adolescente 
 A entrada da criança e do adolescente no mercado de trabalho é motivada por diferentes fatores. Alguns se relacionam diretamente com a situação da família e outros são motivos exteriores a ela. 
 A pobreza, a falta de perspectivas dadas pela escola e a demanda por mão de obra infantil são fatores que estimulam a entrada da criança ou adolescente no mercado de trabalho.
 Na lição de Gonçalves (1997. p. 8) extrai:
São inúmeras as pesquisas realizadas para descrever e entender o que leva crianças e adolescentes a se inserirem no mercado de trabalho quando estas têm a opção do estudo. Tais pesquisas têm apontado diversas razões que levam esse segmento a adentrarem na PEA antes da idade permitida por lei. Mas, quase que unanimemente, a exploração da pobreza, resultado de uma má distribuição de renda, tem sido apontada como o principal determinante da oferta de trabalho infantil. A pobreza é, sem dúvida, a base do processo de exploração da criança, principalmente em trabalhos perigosos e debilitantes. O baixo nível de rendimentos de muitas famílias, insuficientespara sua própria sobrevivência, constitui-se em forte fator indutor da alocação do tempo da criança no trabalho, que poderia ser, alternativamente, distribuído entre o lazer, a escola e o repouso. (GONÇALVES, 1997. p. 8)
Apesar do lema da modernidade lugar de criança é na escola, Pedreira (2006. p. 62) denuncia que “até hoje no Brasil convive-se com o mito de que para as crianças pobres o melhor caminho para a formação do bom caráter é o trabalho, constituindo-se numa forma de evitar a marginalidade.”
 Contudo, na prática, é sabido que cada realidade, os fatores têm diferentes pesos.
Pobreza e perfil familiar 
 Um dos fatores centrais de estímulo ao trabalho infantil é a pobreza. Em famílias de baixa renda, há maior chance de as crianças e adolescentes terem que trabalhar para complementar a renda dos pais.
 O auxílio na renda familiar é mais determinante na entrada no mercado de trabalho para crianças mais novas. 
Má qualidade da educação 
 Ao começar a trabalhar, a criança tem seus estudos prejudicados ou até mesmo deixa a escola. Aí entra outro fator que favorece o trabalho infantil educação de má qualidade. Se os pais ou as próprias crianças têm a percepção de que a escola não agrega ou que oferece poucas perspectivas de melhoras na condição de vida, aumenta a probabilidade de abandoná-la e ingressarem no mercado de trabalho precocemente. Essa situação é mais nítida no ensino médio, onde a principal causa da evasão escolar é o desinteresse dos adolescentes.
Naturalização
 O modo como a sociedade enxerga o trabalho infantil também influencia a decisão sobre entrar no mercado de trabalho. Em locais onde o trabalho precoce é malvisto, famílias são desestimuladas a colocarem os filhos a trabalhar. Entretanto, se o trabalho de crianças é visto como algo natural ou até mesmo positivo, não há essa barreira durante a tomada de decisão. A construção desse modo de pensar tem raízes também na desigualdade social brasileira, cuja origem pode retraçar até nosso passado colonial escravocrata.
Trabalho para a própria família 
 Para diminuir ou cortar gastos com a contratação de funcionários, crianças e adolescentes podem ser levados a realizar trabalhos domésticos em suas próprias casas. Assim, os pais podem realocar seu tempo desenvolvendo outras atividades. As famílias podem também empregar os próprios filhos em suas empresas ou propriedades rurais.
Trabalho para terceiros – O trabalho infantil também pode ser encontrado em empresas não familiares e há diversos motivos que podem levar a isso. A mão de obra de crianças é mais barata, mais administrável (ou seja, é fácil de administrar (por ser mais difícil que as crianças reclamem pelos seus direitos) e muitas vezes as crianças não têm consciência dos perigos da atividade e realizam trabalhos que adultos teriam mais restrições. Situações de escassez de mão de obra (como períodos de colheita) podem levar à contratação de crianças.
 A informalidade do mercado é um fator importante nesse contexto de demanda de trabalho infantil. Quando a economia é mais formal, o trabalho infantil tende a diminuir já que as empresas devem cumprir os requisitos legais de contratação e estão sujeitas a fiscalizações e sanções.
Ainda não há consenso entre os estudiosos sobre o peso de cada um desses itens na escolha da família ou da própria criança ou adolescente em começar a trabalhar. Cada realidade e contexto têm suas características próprias o que pode fazer com que algum fator seja mais preponderante que outros na decisão.
 O argumento que “trabalho enobrece” é usado por muitos para defender que crianças e adolescentes trabalhem. Mas, é preciso observar que ele não leva em conta os impactos e as consequências que estão sujeitos os milhões de meninos e meninas que trabalham. 
 Na infância, a criança encontra-se num processo grande e muito importante de desenvolvimento. Muitas vezes o que acontece na vida dela pode gerar impactos permanentes. Os impactos variam de acordo com a criança, com o trabalho que exerceu, com a aceitação sociocultural, entre outros pontos. Muitas dessas crianças e adolescentes estão perdendo a sua capacidade de elaborar um futuro. Isso porque podem desenvolver doenças de trabalho que os incapacitam para a vida produtiva, quando se tornarem adultos – uma das mais perversas formas de violação dos direitos humanos. 
 
 3. IMPACTOS E CONSEQUENCIAS DO TRABALHO INFANTIL
 O trabalho infantil deixa marcas na infância que, muitas vezes, tornam-se irreversíveis e perduram até a vida adulta. Traz graves consequências à saúde, à educação, ao lazer e à convivência familiar. Exemplos dos impactos negativos do trabalho infantil:
 Aspectos físicos: fadiga excessiva, problemas respiratórios, lesões e deformidades na coluna, alergias, distúrbios do sono, irritabilidade. Segundo o Ministério da Saúde, crianças e adolescentes se acidentam seis vezes mais do que adultos em atividades laborais porque têm menor percepção dos perigos. Fraturas, amputações, ferimentos causados por objetos cortantes, queimaduras, picadas de animais peçonhentos e morte são exemplos de acidentes de trabalho.
 Aspectos psicológicos: os impactos negativos variam de acordo com o contexto social do trabalho infantil. Por exemplo, abusos físicos, sexuais e emocionais são os principais fatores de adoecimento das crianças e adolescentes trabalhadores. Outros problemas são: fobia social, isolamento, perda de afetividade, baixa autoestima e depressão.
 Aspectos educacionais: baixo rendimento escolar, distorção idade-série, abandono da escola e não conclusão da Educação Básica. Cabe ressaltar que quanto mais cedo o indivíduo começa a trabalhar, menor é seu salário na fase adulta. Isso ocorre, em grande parte, devido ao baixo rendimento escolar e ao comprometimento no processo de aprendizagem. É um ciclo vicioso que limita as oportunidades de emprego aos postos que exigem baixa qualificação e com baixa remuneração, perpetuando a pobreza e a exclusão social.
 A exploração do trabalho infantil é um fenômeno complexo e de causas múltiplas. Por isso, é fundamental que a sociedade se una para combater esse tipo de atividade. Não se omita! Proteger as crianças e adolescentes é um dever de todos.Há uma série de razões para que a sociedade se mobilize para erradicar o trabalho infantil (veja mais em O que é trabalho infantil e Impactos e Consequências).
Denuncie!
O trabalho infantil nem sempre é facilmente encontrado pelas autoridades. Então, ao suspeitar que uma criança esteja trabalhando, denuncie!
Mas o que seriam exatamente políticas públicas?
 As políticas públicas são produtos do Sistema de Garantia de Direitos e podem ser definidas como conjuntos de programas e atividades que norteiam ações do poder público, desenvolvidas pelo Estado. Essas diretrizes buscam garantir e assegurar determinados direitos previstos na Constituição e em leis, de forma difusa ou para certo seguimento social, cultural, étnico ou econômico, em âmbito federal, estadual e municipal.
A elaboração e a participação da sociedade
 As políticas públicas podem ser propostas não só pelo governo, mas também pela sociedade. São formuladas geralmente por iniciativa dos poderes executivo ou legislativo, com a participação ou não de entes públicos ou privados.
A participação da sociedade pode acontecer, por exemplo, mediante conselhos municipais, estaduais e nacionais, audiências públicas, encontros e conferências setoriais, que servem como forma de envolver os diversos seguimentos da sociedade em processo de participação e controle social.
4. POLITICAS PUBLICAS VOLTADAS PARA O TRABALHO INFANTIL
 O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) Sistema de Garantia dos Direitos, o corpo social para garantir direitos de criançase adolescentes.
O Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA) consolidou-se a partir da Resolução 113 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA) de 2006. O início do processo de formação do SGD, porém, é fruto de uma mobilização anterior, marcada pela Constituição de 1988 e pela promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), como parâmetro para políticas públicas voltadas para crianças e jovens, em 1990.
 O SGDCA é formado pela integração e a articulação entre o Estado, as famílias e a sociedade civil como um todo, para garantir que a lei seja cumprida, que as conquistas da ECA e da Constituição de 1988 (no seu Artigo 227) não sejam letra morta.
 De forma articulada e sincrônica, o SGDCA estrutura-se em três grandes eixos estratégicos de atuação: Defesa, Promoção e Controle. Essa divisão nos ajuda a entender em quais campos age cada ator envolvido e assim podemos cobrar de nossos representantes suas responsabilidades, assim como entender as nossas como cidadãos dentro do Sistema.
 Por um lado, temos as leis e as instâncias judiciais que devem garantir a Defesa, a fiscalização e sanções quando detectarmos o descumprimento de leis. Instâncias do Judiciário, conjuntamente com organizações da sociedade civil, devem zelar para que a lei seja aplicada de fato. Um dos principais órgãos é o Conselho Tutelar, que está na ponta da abordagem com a sociedade e funciona como um guardião, ao observar e encaminhar em campo os casos de violações dos direitos que podem vir a ocorrer com crianças e adolescentes. Outro ator sobre o qual ouvimos muito falar é
 O promotor do Ministério Público, que age em casos de abusos dos direitos. São exemplos do que podemos entender como Defesa.
 Já no eixo da Promoção estão todos os responsáveis por executar o direito, transformá-lo em ação. Nessa perspectiva, os professores e os profissionais da educação são os atores que executam o direito à educação, enquanto médicos, enfermeiros e outros profissionais que trabalham em clínicas, hospitais, postos de saúde e afins são os responsáveis pela realização do direito à saúde. Considerando todas as necessidades básicas (alimentação, vestuário, remédio, educação, profissionalização), serão inúmeros os atores sociais e equipamentos relacionados – de organizações da sociedade civil organizada, inciativa privada e instituições governamentais.
 O governo também exerce um papel importante na promoção de direitos, por exemplo, com políticas sociais, como o Bolsa-Família. Este é parte integrante do Sistema de Garantias, pois, numa visão abrangente, deve ser garantida a autonomia financeira familiar. 
 Em 1996, o Governo Federal criou o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), cujo objetivo era unir essas diversas esferas de uma forma mais orgânica para erradicar o trabalho infantil. Foi criado em 1991 o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), “a instância máxima de formulação, deliberação e controle das políticas públicas para a infância e a adolescência na esfera federal”. 
 Trata-se do órgão responsável por tornar efetivos os direitos, princípios e diretrizes contidos na ECA. No âmbito estadual, um exemplo de promoção é a realização de Medidas Socioeducativas. 
 Este é um assunto polêmico no Brasil, devido aos frequentes escândalos de abuso que vemos contra adolescentes nas unidades de internação do país. 
 O trabalho da Assistência Social também entraria nesse campo.
Por último, temos o eixo do Controle, e aqui ganham destaque os Conselhos de Direitos. 
 Os Conselhos são espaço de participação da sociedade civil para a construção democrática de políticas públicas. São espaços institucionais para o cidadão formular, supervisionar e avaliar políticas públicas junto a representantes do governo. Eles podem ter caráter deliberativo, normativo ou consultivo.
Há Conselhos atuantes no âmbito municipal, estadual e nacional, como o Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente; o Conselho da Assistência Social; da Educação e da Saúde
 
	** A Constituição diz em seu Artigo 227: “Art. 227 É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
**Antes da criação do SGD, o ECA, no seu artigo 88, já estabelecia a atuação articulada das diversas esferas para a efetivação dos direitos nele previstos.
  Bolsa Família são os principais programas de âmbito nacionais direcionados à erradicação do trabalho infantil e à eliminação da pobreza. O Peti, criado no início de 1996, articula um conjunto de ações que buscam retirar crianças e adolescentes de até 16 anos das práticas de trabalho infantil.
 Ao ingressar no Peti, a família tem acesso à transferência de renda da Bolsa Família quando atender aos critérios de elegibilidade. Um diferencial do programa é o atendimento assistencial, que pode encaminhar as famílias para serviços de saúde, educação, cultura, esporte, lazer ou trabalho, quando necessário. Assim, a articulação dos dois programas fortalece o apoio às famílias, visto que pobreza e trabalho infantil estão amplamente relacionados nas regiões de maior vulnerabilidade socioeconômica.
Já entre os benefícios do Bolsa Família está a garantia de que as crianças e adolescentes tenham a frequência mínima na escola e o cumprimento do calendário de vacinação do Ministério da Saúde. O programa completa 10 anos em 2013 e, atualmente, atende quase 14 milhões de famílias (mais de 50 milhões de pessoas). Além disso, é reconhecido internacionalmente como uma política pública social que conseguiu romper o círculo da miséria pela educação.
 As ações de erradicação ao trabalho infantil são guiadas pelo Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador. Criado em 2011 pela Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil (Conaeti), sob coordenação do Ministério Público do Trabalho e Emprego (MTE) e com participação da sociedade, o plano tem como finalidade erradicar o trabalho infantil até 2020.
 Mesmo não tratando da questão do trabalho infantil diretamente, outras políticas voltadas às crianças e aos adolescentes funcionam como um arcabouço de proteção à vulnerabilidade. 
 Essa proteção ajuda a evitar com que ocorram outros episódios de trabalho infantil. 
 É o caso, por exemplo, do Projeto Sentinela, que atende vítimas da violência e exploração sexual. 
 Outro exemplo é o Programa Agente Jovem de Desenvolvimento Social e Humano, que prepara adolescentes de 15 a 17 anos de idade a atuarem em suas comunidades em diversas áreas, com o objetivo de desenvolvimento e amadurecimento do jovem para o mercado de trabalho. 
 
5. Trabalho infantil no BrasiL
 O trabalho infantil é um dos mais graves problemas do país. De acordo com a Pesquisa Nacional de Amostra Por Domicílio (PNAD-2015)*, mais de 2,7 milhões de crianças e adolescentes, de 5 a 17 anos, estão em situação de trabalho no Brasil – no mundo, são 152 milhões estão no trabalho precoce.
Confira os números.
 
6. ATENÇÃO AS ESTATISTICAS
 IBGE deve explicação à sociedade sobre dados que ocultam a realidade do trabalho infantil. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2015; do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE), aponta que 2,7 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos trabalham em todo o território nacional. Esta pesquisa é a base do mapa aqui apesentado. Contudo, em 2017, o IBGE divulgou os dados do trabalho infantil no Brasil, com base e nova metodologia utilizada na PNAD, que aponta 1,8 milhões de meninos e meninas de 5 a 17 anos trabalhando, em 2016, em atividades proibidas pela legislação, ou seja, em situação de trabalho infantil, tratando os demais casos mensurados como trabalho permitido.
 Os números, embora alarmantes, não correspondem à realidade. Apontam falsa redução de mais de 1 milhão de crianças trabalhadoras, em relação ao ano 2015″, explica a procuradora do Trabalho Elisiane Santos. Nota explicativa do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI) ressalta que ao apresentar o número de 1,8 milhões, não foram somados os dados de crianças e adolescentes que trabalham para o próprio consumo.
 Em pleno momento de retrocessos, em que se percebem cortes orçamentários nas políticas sociais estratégicas para o enfrentamento do trabalho infantil, como saúde e educação, assim como a precarização da fiscalização do trabalho infantil e escravo, a difusão destes números mais parece estratégia de visibilizar o grave problema, por parte do atual governo. Trata-se de visível mascaramento da realidade social trágica de milhões de crianças e adolescentes que pode trazer efeitos perversos nas estratégias de enfrentamento do problema”, assegura.
Abaixo, publicamos os números ligados à PNAD de 2015:
Fonte: Fnpeti (www.fnpeti.org.br)
CONCLUSÃO
Pelo que foi exposto, extrai-se que o trabalho infantil viola os direitos das crianças e dos adolescentes á vida, á educação, a saúde, e ainda compromete seu desenvolvimento físico, intelectual, psicológico, moral, além de impedir o legítimo direito à educação formal. Além de abrir espaços para outros tipos de violações, tais como sexual e privação de liberdade e dignidade.
Todavia, o trabalho infantil resulta de características econômicas, social, familiares, culturais e educacionais, tais como a pobreza, a luta pela sobrevivência e capitalismo. 
Por outro lado, são inegáveis que as políticas sociais básicas, a saúde, a escola, o lazer, o estado e a sociedade são fatores que interferem neste contexto.
Nota-se que não é tarefa fácil erradicar o trabalho infantil no Brasil, para que seja possível a erradicação do trabalho, é necessária a adoção de ações centralizadas e individuais, de todos os setores, atacando em todas as frentes, bem com as mudanças de padrões culturais e a quebra de paradigmas. 
Assim, chega-se a conclusão que todas as formas de trabalho infantil proibidas por leis, devem ser erradicadas e severamente punidas. Para isso é necessário a participação ativa e atuante de toda a sociedade, seja na condição de fiscal, denunciando toda a espécie de abuso aos órgãos competentes, para assim combater essa pratica criminosa.
REFERÊNCIAS
https://www.mdh.gov.br/navegue-por-temas/crianca-e-adolescente
 BRASIL. Senado Federal. Decreto Legislativo n. 178. Aprova os textos da Convenção 182 e da Recomendação 190 da Organização Internacional do Trabalho. Brasília, 1999.         [ Links ]
______. Presidência da República. Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasil, 1990.         [ Links ]
______. Presidência da República. Decreto n. 3.877, de 24 de julho de 2001. Institui o Cadastramento Único para Programas Sociais do Governo Federal. Brasil, 2001.         [ Links ]
 ______. Presidência da República. Decreto n. 4.134, de 15 de fevereiro de 2002. Promulga a Convenção n. 138 e a Recomendação n.146 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre Idade Mínima de Admissão ao Emprego. Brasil, 2002.         [ Links ]
______. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE. PNAD-Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio 2006. Disponível em: <www.ibge.gov.br>. Acesso em: 10 mar. 2013.         [ Links ]
______. Presidência da República. Decreto n. 7.083, de 27 de janeiro de 2010. Dispõe sobre o Programa Mais Educação. Brasília, 2010.         [ Links ]
Fnpeti (www.fnpeti.org.br)
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