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CONTROLE SOCIAL E INCIDÊNCIA POLÍTICA Coleção Pró-Lideranças III PROJETO NEA-BC Controle social e incidência política / [organizadoras: Sandra Rangel de Souza Miscali; Fabiana de Arruda Resende Reis ] ; capa e ilustrações Daniel Soares. – Saquarema, RJ: PETROBRAS, Associação NEA-BC, 2017. 36 p. : il.color. (Coleção Pró-lideranças III. Projeto NEA-BC ; v. 4) Bibliografia: p. 36 ISBN 9788594065001 1.Controle social. 2.Democracia participativa. 3.Políticas públicas. I. Miscali, Sandra Rangel de Souza. II. Reis, Fabiana de Arruda Resende III.Soares, Daniel. IV.Núcleo de Educação Ambiental da Região da Bacia de Campos CDD 303.33 C764 Realização: Petrobras/Associação NEA-BC Petrobras: Unidade de Operações de Exploração e Produção do Rio de Janeiro Gerência Setorial de Meio Ambiente Órgão Licenciador: IBAMA A realização do Projeto NEA-BC é uma medida de mitigação exigida pelo licenciamento ambiental federal, conduzido pelo IBAMA Organizadores: Fabiana de Arruda Resende Reis Sandra Rangel de Souza Miscali Texto: Solange Gandur Dacach Rachel Carvalho Fernanda dos Santos de Oliveira Souza Texto da contracapa: Rafaela Maciel Poema: Ezequiel Braz Revisão Textual: Euline Alves Sandra Rangel de Souza Miscali Murilo Silva Projeto Gráfico e Diagramação: Daniel Soares Capa e Ilustrações: Daniel Soares Fotolito, Impressão e Acabamento: Grupo Smart Printer As opiniões e informações veiculadas nesta publicação são de inteira e exclusiva responsabilidade dos respectivos autores, não representando opiniões ou posturas institucionais da Petrobras. SU M ÁR IO APRESENTAÇÃO___________________________________________________4 MUNICÍPIO: O PODER LOCAL________________________________________5 O MARCO DA “CONSTITUIÇÃO CIDADÃ______________________________7 A PARTICIPAÇÃO CIDADà E O CONTROLE SOCIAL___________________11 DESAFIOS PARA A PARTICIPAÇÃO E O CONTROLE SOCIAL___________14 CONSELHOS GESTORES DE POLÍTICAS PÚBLICAS___________________18 As funções dos Conselhos__________________________________________19 CONFERÊNCIAS MUNICIPAIS DE POLÍTICAS PÚBLICAS_______________20 Como convocar uma conferência municipal__________________________21 AUDIÊNCIAS PÚBLICAS____________________________________________25 OUTRAS FORMAS DE CONTROLE SOCIAL___________________________28 Abaixo-Assinado___________________________________________________28 PETIÇÕES ON LINE________________________________________________29 SOLICITAÇÃO DE INFORMAÇÕES E DOCUMENTOS PÚBLICOS________29 Participação no Legislativo Municipal________________________________33 Controle social Controle Controle Controle Controle Controle Controle Pudera compartilhar das decisões e ouvidorias populares Lei de Acesso à Informação participar De Conselhos Fóruns e Comitês fiscalizar Gastos e recursos públicos não é mera aspiração É direito conquistado Um dever de cidadão Seria um belo casamento Pelos princípios que regem a sociedade e o poder municipal Para ocupar as cadeiras do poder tradicional Se esse emana do povo É um controle social Por essa brava juventude começando a enxergar Nesses espaços de escambo hoje a conquista popular Pois ao influir em decisões recursos e atribuições Fiscalizar o sistema político social é ser cidadão Acima de tudo e participativamente Posso opinar em decisões no Executivo e Legislativo Comparecendo em reuniões A educação fica mais rica A nossa mente mais crítica Esse processo levado a cabo por um grupo consciente E de veras dedicado seu valor disseminado Será crescente estatística Pois cumpre e deixa o legado na incidência política. Mas toda essa conquista é um belo desafio Concretizar a democracia participativa é uma forma de fiscalizar É controle por parte do povo É a sociedade em ação É preciso dominar as siglas LOA e LDO E para concretizar esse controle e fazer cumprir seus fundamentos Existe uma outra sigla que precisamos lembrar Que estabelece objetivos metas a alcançar Ao período de quatro anos a sigla é PPA PPA é Pra quem desconhecia Há algo fundamental É que eu também não sabia Mas de tanto buscar resposta pra uma vida original Hoje sou mais consciente E se quiser seguir com a gente Formaremos a corrente Isso é controle social Ezequiel Braz Nesta cartilha abordaremos o que é controle social e como podemos participar das decisões políticas no nosso município. Destacaremos as formas e espaços de participação, em especial os Conselhos de Políticas Públicas, as Conferências e as Audiências Públicas, todos previstos na Constituição Federal (1988). Nosso ponto de partida será o município, base territorial de atuação dos grupos que integram o Projeto NEA-BC para a incidência política e a prática do controle social. AP RE SE NT AÇ ÃO 5 MUNICÍPIO: O PODER LOCAL Durante um período considerável da história brasileira, os municípios foram territórios onde não se tinham o controle e a sistematização das políticas, pois o Estado se caracterizava pelos seguintes fatores: oligarquia (regime político em que o poder é exercido por um pequeno grupo de pessoas, pertencentes ao mesmo partido, classe ou família); patrimonialismo (modelo de administração, cuja principal característica é a não distinção entre o que é bem público e o que é bem privado); clientelismo (prática eleitoreira de certos políticos que consiste em privilegiar determinada clientela em troca de seus votos; troca de favores entre quem detém o poder e quem vota). Os municípios eram projeções do poder privado do grande domínio rural, o que gerou a desigualdade em relação à propriedade e às oportunidades econômicas e sociais. Nos territórios municipais, dominava o “partido do governador” e “o partido do coronel”, que influenciavam o juiz e o delegado de polícia. Grande parte da população era composta de “eleitores de cabresto” e de “afilhados” que se submetiam à prática da troca de favores por votos. No seu município, a política local mudou? Abandonou o modelo coronelista, centralizador? Os poderes constituídos dominam ou usufruem de privilégios? Quais as relações estabelecidas no seu município entre a gestão pública e os cidadãos e cidadãs? Fazendo uma retrospectiva, a partir dos anos de 1950, surgiram nas cidades centenas de associações de moradores e de bairros que reivindicavam serviços públicos para as suas comunidades, como: água, saneamento, transporte, eletricidade, escolas e postos de saúde. Durante os anos de 1964 a 1985, o Brasil viveu sob o regime de ditadura militar. A conjuntura se caracterizava pelo fechamento do Congresso e a extinção dos partidos políticos e pela repressão 6 daqueles que criticavam o regime. Reagindo a essa condição, expressiva parte da sociedade se envolveu no processo de reabertura dos canais de participação e pressão social, discutindo aspectos como a descentralização, a democracia, o acesso e a universalidade das políticas em geral e defendendo uma democracia ampliada, que não se restringisse apenas ao restabelecimento do sistema representativo eleitoral. Nas décadas de 70 e 80, constituíram- se também as primeiras ONGs - Organizações Não-Governamentais, como resposta da sociedade ao fechamento de diversos espaços sociais e políticos no Brasil, como: sindicatos, universidades e partidos políticos. Essas organizações – pautadas na luta pelos direitos humanos e pela constituição de novos direitos - buscavam encontrar formas inéditas de ação política. O que se almejava? Mudar a estrutura do Estado (nada democrático, excludente e autoritário) para a transformação das estruturas de poder, com a possibilidade da participação de homens e de mulheres nas decisões políticas. (CICONELLO, 2008). Na Assembleia Nacional Constituinte (1987), muitos defendiam o município enquanto espaço privilegiado da gestão e execução de políticas públicas, por se considerarem fundamentais três pontos: a necessária superação da distância entre os agentes formuladores das ações e o público beneficiado;a correspondência efetiva entre a qualidade da ação e as demandas de grupos sociais em “situação de vulnerabilidade”; e, em especial, a realização das ações públicas sob o controle social dos cidadãos. (DIEGUES, 2013) Dessa forma, a Constituição Federal de 1988, construída a partir da influência de uma pluralidade de forças e de sujeitos políticos, fundou o Estado Democrático de Direito no Brasil, estabelecendo competências para a União, os Estados e os Municípios, nas áreas de saúde, assistência social, educação, cultura, habitação e saneamento, proteção do patrimônio histórico, educação para o trânsito, combate à pobreza e inclusão social. (ALMEIDA e CARNEIRO, 2003) Os municípios ganharam autonomia nos âmbitos político, administrativo, legislativo e financeiro. A descentralização – finalmente conquistada - visava o fortalecimento do poder local a partir da municipalização das políticas sociais (educação, saúde, segurança, saneamento básico, entre outras). A autonomia política municipal ficou assegurada constitucionalmente pela eleição direta de prefeitos e de vereadores para todos os municípios, pelo poder de se auto-organizar garantida pela Lei Orgânica Municipal, pela capacidade de regulação e execução dos serviços públicos sob sua titularidade, e pela competência de legislar sobre assuntos que lhe são reservados exclusivamente, em razão do interesse local, e ainda, nos demais casos, de maneira suplementar (LOSADA, 2010). A atual Constituição Federal (1988) confere amplos poderes aos Municípios, como: Legislar sobre assuntos de interesse local (artigo 30, inciso I); suplementar a legislação federal e a estadual, no que couber (artigo 30, inciso II); instituir e arrecadar tributos próprios e aplicar as suas rendas (artigo 30, inciso III); organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local (artigo 30, inciso V); manter programas na área da educação pré-escolar e do ensino fundamental (artigo 30, inciso VI); prestar serviços de assistência à saúde da população (artigo 30, inciso VII); promover adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo (artigo 30, inciso VIII, combinado com artigo 182, parágrafo 1.º); aprovar, mediante lei municipal, seu Plano Plurianual, suas Diretrizes Orçamentárias e seu Orçamento Anual (artigo 165); executar a política de desenvolvimento urbano, com o objetivo de ordenar o desenvolvimento das funções da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes (artigo 182, caput). Na qualidade de membro da Federação, o Município possui competências próprias, isto é, aquelas que só podem ser exercidas pelo governo Municipal como, por exemplo, ordenamento urbano; iluminação pública; pavimentação; transporte coletivo; calçamento; regulamentação do serviço de táxis (IBAM, 2014). Essas informações estão no art.30 da Constituição Federal. Ainda segundo o IBAM – Instituto Brasileiro de Administração Municipal (2014), algumas competências são consideradas compartilhadas ou comuns quando os serviços são prestados tanto pela União como pelos Estados e Municípios. Nesse caso, é importante voltar a atenção para aqueles que se organizam por meio de sistemas, ou seja, quando cada esfera tem atribuições definidas e se complementam entre si. São eles: •Saúde (Leis no 8.080/90 e 8.142/90); •Meio ambiente (Lei no 6.938/81); •Assistência social (Leis no 8.742/93 e 10.836/04 e Decreto nº 5.209/04); •Habitação de interesse social (Lei nº 11.124/05) e •Saneamento básico (Lei nº 11.445/07). O MARCO DA “CONSTITUIÇÃO CIDADÔ Muito embora a ditadura militar tenha controlado e restringido a liberdade de expressão e de associação de indivíduos e de grupos políticos e sociais que criticassem o regime político autoritário, foram criados espaços de mobilização e de debate na base da sociedade brasileira. A mudança só poderia ocorrer a partir de uma maior consciência de classe e das estruturas de desigualdade e de opressão a que estava submetida a maior parte da população brasileira. Esses espaços foram criados estrategicamente e utilizados por milhares de organizações formadas por militantes, religiosos, intelectuais e movimentos sociais inspirados na Teologia da Libertação e na Educação Popular. A Teologia da Libertação teve início como um movimento social dentro da Igreja Católica na América Latina nos anos 1950-1960. Partiu da premissa de que o Evangelho exige a opção pelos pobres. Por meio da análise crítica da realidade social, a ideia essencial é promover – entre os pobres e oprimidos - a luta por direitos no sentido de enfrentar a pobreza, a violência, o analfabetismo e a fome. A Educação Popular (CAMILO, 2013) é um movimento pedagógico criado por Paulo Freire na década de 1960. Enquanto pensador e educador entendia que as classes populares tinham o seu saber não valorizado e estavam excluídas do conhecimento acumulado pela sociedade brasileira. Diante disso, defendeu a relevância de se construir uma educação a partir do conhecimento do povo instigando uma leitura da realidade, das relações históricas e sociais. Esse pensamento ressalta que por meio de uma teoria pedagógica libertadora, o 7 8 oprimido pode sair da condição de opressão a partir da fomentação da consciência crítica, primordial na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. (MACIEL, 2014) A Constituição Federal (1988) inovou ao garantir a participação social na gestão das políticas sociais tornando possível o diálogo entre a democracia representativa (a sociedade delega a um representante direto, pelo voto, o direito de representá-la e de tomar as decisões) e a democracia participativa. A ideia da participação dos cidadãos na esfera pública, debatendo e deliberando acerca de questões coletivas que dizem respeito às suas vidas, sempre foi um dos elementos essenciais da democracia e da política. Além dos princípios de igualdade e de liberdade, o ideal democrático pressupõe ação, participação, corresponsabilidade e interação entre diferentes sujeitos (CICONELLO; MORONI, 2005). Essa inovação transforma a participação social em um dos mecanismos institucionais mais importantes para a garantia dos direitos sociais e da proteção social contra os riscos e as vulnerabilidades. A participação social se aproxima do conceito de “cidadania ativa”, ou seja, aquele que institui o cidadão como portador de direitos e deveres. (COSTA; VIEIRA, 2013) A Constituição também reconheceu novas atribuições para as organizações da sociedade civil dentro do sistema político brasileiro, destacando o seu papel protagonista na condução da “coisa pública”. É por essas razões, entre outras, que a Carta Magna (Constituição Federal de 1988) foi batizada de “Constituição Cidadã”. A participação direta da população na Administração Pública, por sua vez, também encontra respaldo na Constituição Federal, quando, por exemplo, se refere à realização de plebiscitos e referendos e prevê a iniciativa popular de projetos de leis, inclusive em âmbito municipal (IBAM, 2014). O dispositivo constitucional (art. 29) menciona a “cooperação das associações representativas no planejamento municipal”, matéria que deve estar regulamentada na Lei Orgânica do Município, conforme anuncia o artigo indicado. São meios de possibilidade de participação popular na gestão do Município, porém não são os únicos, cabendo destacar que essa participação tem crescido à medida que a população adquire maior consciência e conhecimento de seus direitos. A seguir no (Quadro: 01), serão apontadas e comentadas as principais formas de participação nas políticas públicas. Qu ad ro 0 1- F or m as e e sp aç os d e pa rt ic ip aç ão n as p ol íti ca s pú bl ic as m un ic ip ai s e se us re sp ec tiv os e m ba sa m en to s le ga is re sp al da do sna C F – Co ns tit ui çã o Fe de ra l Formas ou espaços de controle social Conceito e características Legislação Plebiscito e referendo O plebiscito é a forma de consulta direta à população do Município sobre determinado assunto de seu interesse, quando se deseja saber sua opinião a priori. O referendo também se realiza pela consulta direta à população, porém, para que esta diga se está ou não de acordo com algo que foi decidido pelo Poder Público, ou seja, a consulta ocorre a posteriori. A competência para legislar sobre o assunto é do Congresso Nacional, que expediu a Lei nº 9.709/98 na qual se encontra o art. 6º com a seguinte redação: “Art. 6º — Nas demais questões, de competência dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o plebiscito e o referendo serão convocados de conformidade, respectivamente, com a Constituição Estadual e com a Lei Orgânica”. Iniciativa popular É um instrumento que permite à população apresentar uma proposta em forma de projeto de lei. A proposta deve contemplar o interesse comum dos munícipes. Nos termos do inciso XIII do art. 29 da Constituição Federal o eleitorado municipal poderá propor diretamente à Câmara, projetos de leis, desde que tratem de assunto de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros e obtenham manifestação de apoio de pelo menos 5% do eleitorado. Vide Regimento Interno da Câmara de Vereadores Participação na sessão da Câmara de Vereadores As Câmaras Municipais incluíram em seus Regimentos Internos, a participação da/do cidadã/ão por meio do uso da palavra durante a discussão de proposições, no Plenário e nas comissões, para que possa emitir sua opinião. Vide Regimento Interno da Câmara de Vereadores Participação no planejamento urbano O Plano Diretor consiste num instrumento de planejamento municipal para a implantação da política de desenvolvimento urbano. O Plano é obrigatório para Municípios com mais de 20 mil habitantes, aqueles inseridos nas chamadas “Áreas de Especial Interesse Turístico” ou fazem parte de região metropolitana, mas é necessário lembrar que todos eles possuem o dever de zelar pelo ordenamento urbano, o que recomenda a elaboração da legislação pertinente mesmo por aqueles Municípios que não se enquadram entre os que a lei menciona. A participação popular na formulação da política urbana, bem como na elaboração das leis a ela relativas, pode acontecer por iniciativa do Poder Executivo e do Poder Legislativo, cada um em seu tempo. • Poder Executivo: pode ouvir a população no momento de elaboração dos projetos de lei. • Poder Legislativo: atua na tramitação e aprovação dos projetos enviados pelo executivo, durante o processo legislativo. O Estatuto da Cidade (Lei nº 10.257/01) dispõe sobre a participação da população em várias fases de elaboração do Plano Diretor e de sua legislação complementar, prevendo discussões em audiências públicas, devendo ser observado o que estabelecem as resoluções do Conselho Nacional das Cidades, vinculado ao Ministério das Cidades. 9 Orçamento participativo O orçamento participativo constitui um mecanismo por meio do qual a sociedade participa de decisões governamentais, especialmente quanto à alocação de recursos financeiros. São espaços de articulação da população, contam com razoável representatividade e permitem a transparência em relação à alocação dos recursos e aos gastos governamentais, trazendo reflexos nos instrumentos de planejamento (PPA, LDO e LOA). O Orç amento Participativo pode ser implementado pelo Poder Executivo e/ou pelo Poder Legislativo. Conferências de políticas públicas Espaç o de debates e deliberaç õ es sobre polí ticas pú blicas promovido pelo poder pú blico (federal, municipal e estadual), no qual se busca a participaç ã o popular. Sã o realizadas periodicamente as conferê ncias dirigidas à s á reas da saú de, assistê ncia social, educaç ã o, direitos humanos , direitos da crianç a entre outras. Há ainda aquelas voltadas para temas como meio ambiente, direitos das pessoas com deficiê ncia, seguranç a pú blica e juventude. Esses momentos sã o propí cios para dar visibilidade aos temas e suas condiç õ es, levantando questõ es e provocando discussõ es a respeito das polí ticas governamentais. Em muitos casos, os resultados obtidos na conferê ncia se transformam em normas legais, com o objetivo de apurar a legislaç ã o e nela introduzir condiç õ es, definiç õ es e outros dispositivos voltados para a respectiva á rea e para a polí tica em questã o. Consolidam-se a partir da concepção de participação da população trazida pela Constituição Federal de 1988. Conselhos gestores de políticas públivas Os conselhos gestores de políticas públicas são órgãos colegiados (participam poder público e sociedade civil) com o objetivo de gerir de forma compartilhada as políticas públicas. Na esfera municipal, o prefeito deve instituir por lei os conselhos no nível local. São encontrados pelo menos três tipos de conselhos: o de políticas setoriais (saúde, educação, assistência social); o de programas específicos, voltados para acompanhar iniciativas constantes do plano de governo ou do orçamento e os conselhos temáticos, como os voltados para direitos das mulheres, políticas raciais, direitos humanos etc. No artigo 29, inciso XII da Constituição Federal (CF) está prevista a “cooperação das associações representativas no planejamento municipal”. No artigo 198, encontramos a previsão de “participação da comunidade em ações e serviços relacionados à saúde”. No art. 204, a participação da população é citada na assistência social, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis. Fo nt e: IB AM (2 01 4) . A da pt aç ão : R ac he l C ar va lh o e Fe rn an da S an to s 10 11 A PARTICIPAÇÃO CIDADà E O CONTROLE SOCIAL O controle social é um importante mecanismo de fortalecimento da cidadania, que contribui para aproximar a sociedade do Estado, abrindo a oportunidade dos cidadãos acompanharem as ações dos governos e cobrarem uma boa gestão pública. O conceito de controle social indica, portanto, a participação da sociedade civil na elaboração, acompanhamento e verificação (ou monitoramento) das ações de gestão pública. Na prática, significa definir diretrizes, realizar diagnósticos, indicar prioridades, definir programas e ações, avaliar os objetivos, processos e resultados obtidos. O controle social seja no âmbito nacional, estadual ou municipal, tem as seguintes funções: 12 Que se caracteriza em assegurar ou ampliar os direitos sociais aos cidadãos ou àquelas comunidades, antes excluídas desses direitos. Manifesta-se quando estimula os cidadãos ao aprendizado da cidadania e a serem sujeitos ativos e críticos. Que se faz presente ao funcionar como elemento de defesa dos interesses individuais e coletivos e dos aspectos da legalidade da gestão pública, conforme previsto no ordenamento jurídico e na legislação vigente. Que se expressa pela participação de segmentos da sociedade civil em processos decisórios, de promoção da transparência e do acompanhamento da gestão pública. SO CI A L JU RÍ D IC A PO LÍ TI CA O êxito da atuação da sociedade na vigilância do Estado depende de diversos fatores, como o acesso a informações públicas; o conhecimento técnico para realizar a análise de dados e produzir informações; condições de disseminar ideias, críticas e reivindicações e, claro, a capacidade de mobilizar pessoas e entidades. Para ARNSTEIN (2002), participação é a redistribuição de poder que permite aos cidadãos, atualmente excluídos dos processos políticos e econômicos, serem ativamente incluídos no futuro. Resumindo, a participação constitui o meio pelo qual os cidadãos podem promover reformas sociais significativas, que lhes permitam compartilhar dos benefícios da sociedade envolvente. O supracitado autor definiu oito níveis de participação paraanalisar as intervenções da sociedade civil nos espaços de controle social. Mesmo para efeito ilustrativo, os oito tipos de participação estão dispostos em forma de uma escada, em que cada degrau corresponde ao nível de poder do cidadão sobre as tomadas de decisão que influenciam na nossa qualidade de vida. 13 8 Controle Cidadão 7 Delegação de poder 6 Parceria 5 Pacificação 4 Consulta 3 Informação 2 Terapia 1 Manipulação NÍVEIS DE PODER CIDADÃO NÍVEIS DE CONCESSÃO MÍNIMA DE PODER NÃO PARTICIPAÇÃO Fonte: ARNSTEIN (2002) Quadro 02: Os degraus da participação QUADRO 03 - Descrição dos degraus de participação Segundo ARNSTEIN (2002), a escada com oito degraus, constitui uma simplificação, no entanto, ajuda a ilustrar a questão que tem passado despercebida: existem graus bastante diferentes de participação cidadã nos espaços de controle social! 8 Controle Cidadão Nos degraus superiores, o cidadão “que busca a participação” detém a maioria nos fóruns de tomada de decisão, ou mesmo o completo poder gerencial.7 Delegação de poder 6 Parceria Permite negociar de igual para igual com aqueles que tradicionalmente detêm o poder. 5 Pacificação Consiste simplesmente em um nível superior desta concessão limitada de poder, pois permite aos “sem-nada” aconselhar os poderosos, mas retém na mão destes o direito de tomar a decisão final. 4 Consulta Quando esses níveis são definidos pelos poderosos como o grau máximo de participação possível, existe a possibilidade de os cidadãos realmente ouvirem e serem ouvidos. Mas, nesses níveis, eles não têm o poder para assegurar que suas opiniões serão aceitas por aqueles que detêm o poder. Ou seja, não há garantia de mudança do estado das coisas (status quo). 3 Informação 2 Terapia Seu objetivo real não é permitir a população de participar nos processos de planejamento ou conduzir programas, mas permitir que os tomadores de decisão possam “educar” ou “curar” os participantes. 1 Manipulação SAIBA MAIS Ao observar os degraus, pode-se perceber que no Brasil os níveis de participação nos espaços de controle social podem variar do 1º degrau (manipulação) até o 6º (parceria), podendo, em alguns casos, atingir o 7º degrau (delegação de poder). O nível de participação em conselhos instituídos por lei pode se situar no 5º degrau (pacificação), quando essa instância é consultiva, ou no 7º (delegação de poder), quando esse colegiado tem caráter deliberativo (BRASIL, 2011). FIQUE ATENTO ! Os mecanismos de controle social, hoje existentes no seu município têm possibilitado a efetiva participação da sociedade no acompanhamento e controle da gestão pública? Em qual degrau da participação estão esses mecanismos? DESAFIOS PARA A PARTICIPAÇÃO E O CONTROLE SOCIAL As práticas de participação envolvem limites e desafios. Abordaremos alguns – principalmente de ordem política e cultural - que devem ser discutidos no intuito de qualificar a participação popular. 14 Cultura da política autoritária Historicamente, marcou as relações de poder no Brasil. Muitos governos falam em concordar com a participação da população, prometem em campanhas eleitorais, mas na prática, agem sem considerá-la. (POLIS, 2008) Essa cultura também se refere à população que, muitas vezes, “pede” pela participação, mas, na prática, fica esperando um líder que resolva tudo, sem que precise se envolver diretamente nas questões. Clientelismo político Ocorre quando os gestores privilegiam alguns atores sociais em detrimento de outros na administração pública. Dessa forma, garante a não fiscalização (controle social) por parte da sociedade. Usa-se a máquina administrativa para beneficiar alguém ou um grupo de apoio político. Para isso precisam “driblar” os mecanismos constitucionais de igualdade de políticas públicas para todos. Assistencialismo ou paternalismo Para se promoverem, muitos políticos usam a máquina administrativa como forma de “ajuda” e “caridade” aos mais vulneráveis socialmente, criando uma dívida para que população “agradecida”, não exerça o controle social. E já se sabe: quanto menos controle, mais fácil a utilização da prática do favorecimento. A lógica do interesse privado Interesses específicos de grupos privilegiados ou de iniciativas privadas podem interferir na escolha dos representantes nos espaços de controle social, que correm o risco de serem manipulados. A relação entre empresas privadas e as gestões podem comprometer as políticas que se originam e se destinam ao interesse público. A falta de transparência Refere-se à visibilidade dada à população sobre os recursos destinados às políticas públicas. O desafio está no compromisso de garantir que as informações sejam dispostas de maneira que o cidadão possa acessá-las e interpretá-las, para então obter o “pleno conhecimento” das finanças públicas (receitas e despesas). O “Portal da Transparência” na internet (http://www.transparencia. gov.br/) deve disponibilizar informações verdadeiras e com linguagem acessível. A fiscalização por meio dessa ferramenta merece ser ressaltada. A qualquer momento o cidadão pode buscar informações e, se não forem suficientes, poderá solicitar esclarecimentos. 15 A transparência engloba: acesso, abrangência, relevância, qualidade e confiabilidade. Uma administração transparente permite a participação do cidadão na gestão e no controle da administração pública. No Brasil, a Lei de Acesso à Informação (12.527/2011) permite que o cidadão saiba como os recursos públicos são administrados. Obstáculos, ineficiência e interesses não muito claros na gestão pública Em relação às formas de gerenciamento, de gestão e de organização da máquina pública devem-se criar condições de avaliação dos investimentos. Se os recursos não forem previstos, sua destinação não for planejada, se não forem bem utilizados para a garantia das políticas públicas, pode-se chegar à suspeita de que alguns desvios foram cometidos. Corrupção Um dos fatores que mais expressam o interesse privado e antiético em detrimento do interesse público é o desvio dos recursos públicos, tendo a conivência de atores com responsabilidade de Estado, sejam integrantes do executivo, do legislativo, do judiciário, em qualquer instância ou escalão. Cooptação No caso da política, é o aliciamento de indivíduos, muitas vezes por meio de cargos, para silenciar injustiças e manter a invisibilidade dos problemas da sociedade. O cooptado ganha o status do grupo dominante e esquece de suas raízes ou serve como intermediário entre o político e o grupo que diz representar. O desconhecimento da população Ainda há desconhecimento por parte da população em relação a órgãos e instituições que têm a função de “fiscalização pública”. Entre estes, destacam-se: Tribunal de Contas da União (TCU); Tribunal de Contas do Estado (TCE); Tribunal de Contas do Município (TCM); Ministério Público Federal (MPF); Ministério Público Estadual (MPE); Controladoria Geral da União (CGU); Controladoria Geral do Estado (CGE); Poder Legislativo; Conselhos Municipais. É fundamental que as instituições de controle governamental – como controladorias, tribunais de contas, Ministério Público, ouvidorias, corregedoria etc. – sejam - além de incentivadoras do controle social - órgãos abertos para receber denúncias da sociedade e preparados para dar o devido tratamento aos cidadãos e às informações recebidas. administração pública. No Brasil, a Lei de Acesso à Informação (12.527/2011) permite que o cidadão Uma administração transparente permite a participação do cidadão na gestão e no controle da A transparência engloba: acesso, abrangência, relevância, qualidade e confiabilidade. administração pública. No Brasil, a Lei de Acesso à Informação (12.527/2011) permite que o cidadão administração pública. No Brasil, a Lei de Acesso à Informação (12.527/2011) permite que o cidadão A transparência engloba: acesso, abrangência, relevância, qualidade e confiabilidade.Uma administração transparente permite a participação do cidadão na gestão e no controle da Uma administração transparente permite a participação do cidadão na gestão e no controle da Uma administração transparente permite a participação do cidadão na gestão e no controle da Uma administração transparente permite a participação do cidadão na gestão e no controle da Uma administração transparente permite a participação do cidadão na gestão e no controle da A transparência engloba: acesso, abrangência, relevância, qualidade e confiabilidade. A transparência engloba: acesso, abrangência, relevância, qualidade e confiabilidade. A transparência engloba: acesso, abrangência, relevância, qualidade e confiabilidade. A transparência engloba: acesso, abrangência, relevância, qualidade e confiabilidade. 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A transparência engloba: acesso, abrangência, relevância, qualidade e confiabilidade. não muito claros na gestão públicanão muito claros na gestão públicanão muito claros na gestão públicanão muito claros na gestão públicanão muito claros na gestão públicanão muito claros na gestão públicanão muito claros na gestão públicanão muito claros na gestão públicanão muito claros na gestão públicanão muito claros na gestão públicanão muito claros na gestão públicanão muito claros na gestão públicanão muito claros na gestão públicanão muito claros na gestão públicanão muito claros na gestão públicanão muito claros na gestão públicanão muito claros na gestão públicanão muito claros na gestão públicanão muito claros na gestão públicanão muito claros na gestão públicanão muito claros na gestão públicanão muito claros na gestão públicanão muito claros na gestão públicanão muito claros na gestão públicanão muito claros na gestão públicanão muito claros na gestão pública Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Uma administração transparente permite a participação do cidadão na gestão e no controle da Uma administração transparente permite a participação do cidadão na gestão e no controle da administração pública. No Brasil, a Lei de Acesso à Informação (12.527/2011) permite que o cidadão administração pública. No Brasil, a Lei de Acesso à Informação (12.527/2011) permite que o cidadão Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Uma administração transparente permite a participação do cidadão na gestão e no controle da Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses A transparência engloba: acesso, abrangência, relevância, qualidade e confiabilidade. Uma administração transparente permite a participação do cidadão na gestão e no controle da administração pública. No Brasil, a Lei de Acesso à Informação (12.527/2011) permite que o cidadão Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Obstáculos, ineficiência e interesses Uma administração transparente permite a participação do cidadão na gestão e no controle da administração pública. No Brasil, a Lei de Acesso à Informação (12.527/2011) permite que o cidadão administração pública. No Brasil, a Lei de Acesso à Informação (12.527/2011) permite que o cidadão administração pública. No Brasil, a Lei de Acesso à Informação (12.527/2011) permite que o cidadão administração pública. No Brasil, a Lei de Acesso à Informação (12.527/2011) permite que o cidadão Uma administração transparente permite a participação do cidadão na gestão e no controle da administração pública. 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No Brasil, a Lei de Acesso à Informação (12.527/2011) permite que o cidadão 16 Subutilização dos instrumentos de controle social O controle social garantido pela CF inclui a população no traçado das políticas públicas, no seu monitoramento para a garantia e o aprimoramento. Se os espaços de controle social forem usados para acatar ou concordar com a opinião dos administradores sem o exercício da crítica, corre-se o risco do distanciamento de sua finalidade que é ouvir a sociedade e promover a participação social. Carência de recursos e condições para a participação comunitária Isso se refere à desigualdade econômica, pois parte da população não dispõe dos recursos econômicos necessários à participação como transporte, alimentação, entre outras necessidades. Esse pode ser um agente desmobilizador, mas não impossibilitante. É mais uma questão a ser enfrentada no âmbito da participação. Falta de cultura participativa e fiscalizatória A falta de participação e a apatia política de grande parte da sociedade criam, sem dúvida, maior facilidade para a corrupção política e desvio de verbas públicas. Para o gestor mal-intencionado, que já entra na política com interesses particulares e partidários, quanto menos participação do cidadão no controle das contas públicas, melhor. Libertar-se na inércia, do comodismo, da ideia de que “nada adianta” é um passo importante para a construção de coletivos críticos que têm a cidadania e direitos como foco. Problemas na comunicação A população tem o direito de conhecer os espaços de participação e, para isto, é necessário que se estabeleça uma política de divulgação e das suas agendas, seja das reuniões de conselhos, das audiências públicas ou outros eventos públicos. É fundamental cuidar da linguagem utilizada nas informações prestadas. Discriminações diversas As discriminações de classe, de gênero, de raça, de território, de educação, prejudicam o direito à participação e resultam em desigualdades no acesso aos espaços e às informações de maneira adequada. O machismo, o racismo, a homofobia, a discriminação contra idosos e contra jovens não são expressos apenas pelos poderes estabelecidos, mas também por parte da sociedade. Uma sociedade igualitária é aquela que inclui a diferença respeitando-a e ampliando a igualdade de acesso e de participação. Na temática de gênero, raça e etnia da formação NEA-BC será discutida a riqueza das diferenças e a importância da participação de todos e todas no cenário da política, seja institucional seja da política de participação comunitária. 17 18 CONSELHOS GESTORES DE POLÍTICAS PÚBLICAS A partir da Constituição Federal de 1988, no bojo da descentralização administrativa, os Conselhos de Políticas Públicas foram criados enquanto espaços de participação da população brasileira na formulação, implementação e controle social das políticas públicas. Ao invés de as decisões governamentais ficarem restritas aos membros do poder executivo e aos gestores públicos, passaram a ser compartilhadas com a sociedade civil. Uma das primeiras políticas públicas a ser inteiramente reconfigurada dentro desse novo referencial de participação e de descentralização foi a política de saúde, com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS). São canais institucionais, plurais, permanentes, autônomos, formados por representantes da sociedade civil e do poder público, cuja atribuição é a de propor diretrizes das políticas públicas, fiscalizá-las, controlá-las e deliberar sobre elas. São constituídos por representantes da sociedade civil e do Estado, que são corresponsáveis pelas decisões tomadas. São criados por meio de leis e seus regimentos ou regulamentos são definidos pelos conselheiros. Os conselhos são importantes para a consolidação de uma cultura cidadã, na medida em que viabilizam a participação da sociedade civil na elaboração das políticas públicas. O ato de participar adquire sentido quando está vinculado à construção de um projeto de sociedade. E por se constituírem em espaços onde diferentes projetos estão representados, os conselhos são instâncias de negociação, de disputa, de pactuação e de compartilhamento de responsabilidade da sociedade civil e do Estado, na elaboração das políticas públicas. Os conselhos possibilitam o agir coletivo, de uma consciência coletiva, fortalecendo o exercício da cidadania. É importante salientar que a sociedade civil não se constitui num todo harmônico, estando aí representados grupos sociais que defendem diferentes interesses. Para refletir... Para a sua constituição legal, os Conselhos de Políticas Públicas, nas três esferas (nacional, estadual e municipal) devem atender os seguintes pressupostos: • Paritário - representantes governamentais e representantes da sociedade civil em igual número. • Deliberativo - com atribuições de deliberar sobre a formulação, as prioridades e o orçamento da política. • Gestão compartilhada da política, permitindo o controle social por parte das organizações e movimentos da sociedade civil (monitoramento e avaliação). • Representação da sociedade civil, cujos cidadãos e cidadãs são eleitos autonomamente em fórum próprio, não sendo indicados por decisão unilateral dos governos. AS FUNÇÕES DOS CONSELHOS Consultiva. Função relacionada à emissão de opiniões e sugestões sobre assuntos que lhessão correlatos. Por meio de recomendações e moções, os conselhos exercem sua atribuição de caráter consultivo. Deliberativa. Função que diz respeito à prerrogativa dos conselhos de decidir sobre as estratégias utilizadas nas políticas públicas de sua competência. Quando o Conselho realiza conferências para efetuar avaliações e formulações da política setorial, quando define e aprova propostas orçamentárias, diretrizes e transferências de recursos financeiros, ele está deliberando sobre um determinado assunto (política); Fiscalizatória. Esta função pressupõe o acompanhamento e o controle dos atos praticados pelos governantes. Os Conselhos fiscalizam quando: discutem sobre a movimentação e a transferência dos recursos financeiros, no âmbito de sua respectiva atuação, bem como, quando discutem a execução da política da instância correspondente, acompanhando e controlando os repasses dos recursos, da origem (órgão, instituição) ao destino (política pública). Mobilizadora. Função cujo objetivo é estimular a participação popular na gestão pública e as contribuições para a formulação e a disseminação de estratégias de informação para a sociedade sobre as políticas públicas. E você? Integra algum Conselho de Política Pública? Qual? E a sua avaliação sobre as suas características, dinâmicas e funcionamento? Que resultados foram alcançados? 19 CONFERÊNCIAS MUNICIPAIS DE POLÍTICAS PÚBLICAS A o lado dos Conselhos, foi criado outro espaço institucional participativo, de natureza distinta, mas complementar, as Conferências, que são por eles organizadas. A gestão da maioria das políticas públicas sociais é realizada pelos conselhos, que são formados em nível nacional, estadual e municipal. Alguns deles já preveem em sua organização a realização das conferências, em períodos de dois ou quatro anos, dependendo de como está regulamentado. As Conferências de Políticas Públicas são instrumentos da democracia contemporânea que conjugam a participação de representantes do governo e da sociedade civil nas discussões e deliberações de um determinado tema. A reunião e a articulação entre diferentes atores - representantes do poder público, gestor da política em questão e beneficiários da política pública, organizações não governamentais, movimentos sociais e profissionais ligados ao tema - garantem a legitimidade das suas resoluções e o caráter democrático necessário a esse espaço do sistema político brasileiro. 20 21 Nesse sent ido, as conferências const ituem espaços de part ic ipação que requerem esforços di ferenciados, tanto de mobi l ização social quanto de const ituição da representação em torno da def in ição de uma determinada pol í t ica públ ica. Uma vez estabelecidas, têm enquanto foco: Aval iar e propor melhor ias na gestão da pol í t ica públ ica. É importante garant i r espaço para os diversos segmentos da sociedade como jovens, mulheres, populações indígenas e de comunidades tradicionais, LGBTTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros, Transexuais), entre outros. Aval iar o andamento da pol í t ica públ ica, o alcance de seus objet ivos e o públ ico benef ic iár io, a disponibi l idade e o uso de recursos, ident i f icando desaf ios e propondo mudanças, de modo a garant i r o acesso universal aos direitos sociais. Def in i r pr incípios e diretr izes das pol í t icas setor ia is do tema em questão, com a proposição de um plano estratégico, apontando as pr ior idades daquela pol í t ica públ ica. Debater e del iberar sobre o funcionamento dos conselhos, as formas de part ic ipação, a representat iv idade, a composição e suas atr ibuições. Em algumas conferências, ocorre a eleição dos membros t i tu lares e suplentes que compõem o conselho. COMO CONVOCAR UMA CONFERÊNCIA MUNICIPAL Por meio de Decreto, o Presidente do Conselho Municipal seja de saúde, de educação, do meio ambiente, da segurança, assistência social , convoca a conferência em conjunto com o Prefeito. Quem organiza? É necessár io const ituir uma Comissão Organizadora, que deverá ser par itár ia, com representantes do governo e da sociedade civ i l . Para faci l i tar o trabalho, a comissão organizadora poderá cr iar subcomissões, distr ibuindo assim as responsabi l idades entre os envolv idos. Algumas subcomissões são fundamentais para o bom andamento dos trabalhos, como: subcomissão executiva; subcomissão de conteúdo, metodologia e documentação; subcomissão de infraestrutura; subcomissão de mobi l ização e comunicação. 22 PASSOS PARA A REALIZAÇÃO DAS CONFERÊNCIAS 1 .Mobi l ização da comunidade. Divulgar os objet ivos da conferência e est imular as pessoas para part ic iparem. 2 .Conf i rmação dos Delegados, que são os representantes das organizações sociais. Conf i rmar a presença, local , hospedagem e transporte se houver e outras informações necessár ias. 3 .Convite aos Palestrantes. Os palestrantes devem ser convidados com antecedência. Sol ic itar conf i rmação e em caso de haver impossibi l idade de part ic ipação, providenciar de imediato um subst ituto. Após conf i rmação, passar dados de transporte e hospedagem. Uma semana antes, voltar a conf i rmar presença. 4 .Convites para compor a Mesa de Abertura. Devem ser enviados, com a programação, no mínimo duas semanas antes do evento. Sol ic itar conf i rmação. 5 .Equipamento: Ver i f icar com os palestrantes o t ipo de equipamento a ser ut i l izado para a palestra. Providenciar com antecedência e testar todo o equipamento antes do evento. 6 .Mater ia l de divulgação: Preparar todo o mater ia l como faixas e banners que serão ut i l izados para divulgação do evento. Podem ser expostos painéis para divulgar ações e conteúdos, l igados ao tema da Conferência. 7 .Arrumação das Pastas: As pastas devem ser arrumadas com antecedência, contendo a programação, o regulamento, assim como o documento base e outros se houver. Para faci l i tar a condução dos trabalhos é necessár io que a comissão organizadora indique um relator para cada grupo, pois o mesmo será responsável pela le itura do relatór io do grupo na plenár ia. Definição dos temas da Conferência Os temas e subtemas são def in idos pela comissão organizadora nacional e estadual e, em geral , estão relacionados aos desaf ios e propostas de mudança da pol í t ica públ ica a que se refere a conferência. Em geral são abordados temas relacionados à gestão, ao f inanciamento e ao funcionamento da pol í t ica. As Conferências Municipais seguem a mesma diretr iz . 23 Quem part ic ipa Deve ser o mais representat ivo possível . Uma Conferência com menos de 50 Delegados, mesmo para município de pequeno porte, é pouco representat iva. Para def in i r o número de Delegados, pode- se usar como indicat ivo, a população benef ic iár ia da pol í t ica públ ica que for foco ou tema da conferência. A proporção de representantes do poder públ ico e da sociedade civ i l , em geral , vem def in ida nas or ientações da Conferência Nacional e das Estaduais, quando não estão previstas na Lei . Tem sido comum exigir par idade de gênero e def in i r cotas para a part ic ipação de jovens, negros, indígenas, representantes de comunidades tradicionais e outros segmentos, de acordo com os temas a serem discut idos. Outras pessoas podem part ic ipar da Conferência como convidadas ou observadoras. Os pr imeiros têm atuação relevante l igada ao tema da conferência e poderão contr ibuir com o debate e encaminhamento das propostas. Estes não têm direito a voto. Os observadores part ic ipam da conferência para observar o debate e o seu funcionamento, não tendo direito nem a voz e nem a voto. A mobi l ização da população pode tomar grande impulso em pré-conferências: espaços que permitem maior divulgação da conferência e a escolha dos Delegados da conferência municipal , pr incipalmente onde não há associações formais. As pré-conferências est imulam a part ic ipação popular e sãomuito importantes para in ic iar o debate sobre o tema da conferência, preparando os Delegados. Como o própr io nome diz, devem ser real izadas antes da conferência e podem ser previstas no seu regulamento. Podem ser real izadas palestras, debates públ icos e outros eventos. Nesta fase, vale muito a cr iat iv idade. Dinâmica das Conferências Leitura do Regimento Interno . Trata- se da norma que rege todo o funcionamento da Conferência. Cabe à Plenár ia fazer os destaques que ju lgar necessár ios no momento da le itura e, após discussão, deverão ser colocados em regime de votação para aprovação dos Delegados. Palestras. Estas têm como objet ivo subsidiar o debate nos grupos de trabalho. No entanto, a lgumas palestras relacionadas ao tema da Conferência podem trazer informações que contr ibuirão nos debates e decisões. Para profer i r as palestras, podem ser convidadas pessoas de fora da cidade, desde que tenham conhecimento da real idade local e faci l idade de se comunicar. Quando possível , é importante convidar pessoas do município, aproveitando assim as exper iências locais. Grupos de trabalho . Objet iva garant i r o aprofundamento da discussão da temática 24 da Conferência e das palestras. Cada grupo deverá contar com um coordenador e um relator. Seus integrantes deverão elaborar propostas que, poster iormente, serão apresentadas e votadas na Plenár ia F inal . Plenár ia f inal . É o momento mais importante da Conferência. Del iberat iva e const ituída pelos Delegados, quando serão indicados para a Conferência Terr i tor ia l/ Regional , se houver, ou Estadual , quando for o caso. As propostas dos grupos de trabalho devem ser l idas, assegurando aos part ic ipantes a apresentação de destaques, para poster iormente serem colocadas em votação. As moções (repúdio, denúncia ou apoio) podem ser aprovadas ou rejeitadas.1 O Relatór io F inal é um documento que registra as decisões da Conferência, que deve ser divulgado no Município e encaminhada cópia para as instâncias super iores da conferência, conforme determinado pela Comissão Organizadora. Eleição dos Delegados estaduais. Seguindo o pr incípio da par idade, os Delegados e seus respectivos suplentes, representantes do governo e da sociedade civ i l , serão em igual número. É importante que estes sejam indicados entre seu segmento (usuár ios, trabalhadores, ent idades prof issionais) pert inentes à pol í t ica públ ica que se está debatendo). O Delegado ou os Delegados governamentais deverão ser eleitos entre o gestor e os técnicos do órgão gestor municipal . No caso dos Delegados da sociedade civ i l , que envolve os três segmentos (usuár ios, trabalhadores e ent idades específ icas ao tema), a Plenár ia da Conferência deve assegurar a representação de pelo menos 1/3 de usuár ios. OBS : Um município de pequeno porte, que tem direito a eleger apenas dois Delegados para a Conferência Estadual , deve pr ior izar que a representação da sociedade civ i l seja feita por um usuár io. Quando um município t iver direito a eleger quatro Delegados representantes da sociedade civ i l , deve escolher dois representantes dos usuár ios, um trabalhador da área e um representante de ent idades de assistência social . 1 http://www.direitoshumanos.mg.gov.br/images/idoso/orientacoes_conferencias_final_25-05-2015.pdf 25 AUDIÊNCIAS PÚBLICAS A audiência Pública é um espaço de participação social, garantido pela Constituição Federal de 1988, regulado por Leis Federais, constituições estaduais e le is orgânicas municipais. A sua real ização é um dever dos órgãos públ icos e um direito dos cidadãos. Na audiência, os poderes Executivo, Legis lat ivo ou o Ministér io Públ ico expõem sobre um tema e debatem com a população sobre a formulação de uma pol í t ica públ ica, a elaboração de um projeto de Lei ou a real ização de empreendimentos que podem gerar impactos à cidade, à v ida das pessoas e ao meio ambiente. Por meio das audiências públ icas, a sociedade civ i l pode fazer parte das decisões do Estado, inf luenciando-o e controlando-o. Com elas, o Estado disponibi l iza informações, esclarece dúvidas, abre debates e presta contas à sociedade sobre ações e projetos públ icos de relevante impacto ou interesse social . São discut idos também, em alguns casos, os resultados de uma pol í t ica públ ica, de le is, de empreendimentos ou serviços já implementados ou em vigor. Na prát ica, trata- se de uma reunião com duração de um per íodo (manhã, tarde ou noite), coordenada pelo órgão competente ou em conjunto com entidades da sociedade civ i l que a demandaram. Nela, apresenta- se um tema e a palavra então é dada aos cidadãos presentes para que se manifestem. As Audiências Públ icas podem ocorrer durante quaisquer processos de elaboração e aprovação de le is, projetos e pol í t icas públ icas, ou ainda para prestação de contas, tanto por parte do poder Executivo como do Legis lat ivo ou do Ministér io Públ ico. E las ocorrem no nível Municipal , Estadual ou Federal . De acordo com a Const ituição Federal de 1988, o poder 26 Executivo deve real izar Audiências Públ icas durante o planejamento municipal , na gestão da segur idade social , na gestão da saúde públ ica, na formulação de pol í t icas e no controle das ações na assistência social , e na defesa e preservação do meio ambiente. Para o poder Legis lat ivo, é previsto que as comissões temáticas (de Desenvolv imento Urbano, Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia, etc.) do Senado Federal , da Câmara de Deputados, da Assembleia Legis lat iva Estadual e Câmaras de Vereadores real izem Audiências Públ icas durante o processo de elaboração da legis lação. VOCÊ SABIA? A população pode solicitar aos seus representantes do poder Executivo ou Legislativo ou do Ministério Público a realização de Audiências Públicas para debater questões polêmicas e resolver conflitos que vivencia. MOMENTOS MAIS APROPRIADOS PARA A REALIZAÇÃO DE UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA • No in íc io do processo de l ic i tação, sempre que o valor est imado for super ior a 100 vezes o l imite previsto pela mesma lei (Lei Federal nº 8666/93). • Nos casos de processos de l icenciamento ambiental que provoquem signif icat ivo impacto ambiental como, por exemplo, para a construção de hidrelétr icas, presídios, l ixões, etc. , sempre que o órgão ambiental ju lgar necessár io, ou quando for sol ic itada por ent idade civ i l , pelo Ministér io Públ ico ou por 50 ou mais cidadãos (Resolução nº 009/1987 do CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente). • Para debater os temas necessár ios para o poder públ ico em qualquer momento de um processo administrat ivo (Lei Federal nº 9784/99). • Na demonstração e aval iação do cumprimento das metas f iscais de responsabi l idade do poder Executivo (prestação de contas) para cada quadr imestre. Essas deverão acontecer no f inal dos meses de maio, setembro e fevereiro de cada ano (Lei de Responsabi l idade Fiscal – Lei Complementar n° 101/00). • No processo de elaboração do Plano Diretor e discussão de projetos de grande impacto (Estatuto da Cidade – Lei Federal nº 10.257/01 e Resolução nº 25 do do Conselho Nacional das Cidades). 27 Quem part ic ipa? Todos os que quiserem podem part ic ipar das Audiências. Entretanto, é fundamental que o órgão que a convoca pr ior ize a presença das pessoas afetadas diretamente pela pol í t ica públ ica ou projeto de le i a ser discut ido. A divulgação prévia, a local ização adequada e a garant ia do direito à informação compreensível e ao direito de voz são pressupostos para a garant ia do direito de part ic ipação. A audiência não deve ser restr i ta a grupos determinados, mas aberta a todos, respeitando as di ferenças e necessidades de cada grupo. É muito importante também garant i r a presença das autor idades competentes, do Ministér io Públ icoe de técnicos especial istas no tema da Audiência. A presença da imprensa é um fator que pode ajudar a dar v is ib i l idade tanto para a discussão como para os argumentos ut i l izados pela população. Além disso, os meios de comunicação também auxi l iam na f iscal ização e podem, dessa maneira, garant i r o respeito aos resultados obt idos. Dinâmica das Audiências Públ icas O órgão competente tem a função de def in i r, por meio de edital , a data, o horár io, a forma como será feita a disponibi l ização de informações e o local acessível para a real ização da Audiência. Essas informações precisam ser divulgadas com a máxima antecedência no Diár io Of ic ia l e em outros meios de comunicação como jornais, televisão e outras mídias. É responsável também por def in i r como será a sua dinâmica, em que ordem os temas serão discut idos, quanto tempo será reservado para cada intervenção dos part ic ipantes, qual será a duração, e garant i r que os part ic ipantes tenham o direito de se manifestar sobre o tema, expondo seus pontos de vista de maneira justa e adequada. É importante lembrar que, para que seja públ ica, a Audiência deve se caracter izar pela manifestação dos part ic ipantes. Estes não comparecem apenas para ouvir, mas para quest ionar, dar opiniões, buscar informações sobre o tema e pressionar o Estado para que este seja mais democrát ico na tomada de decisões, real izando assim o controle social . Além disso, durante a sua real ização, as discussões devem ser obr igator iamente registradas em uma ata. Também precisa ser elaborada uma l ista de presença. Em alguns casos, a Audiência é gravada em áudio. Essas informações devem tornar- se públ icas em páginas of ic ia is na Internet, no Diár io Of ic ia l ou em outros meios. 28 OUTRAS FORMAS DE CONTROLE SOCIAL Conselhos de Pol í t icas Públ icas, Conferências e Audiências Públ icas apresentados nesta cart i lha são os mais importantes espaços inst itucionais de part ic ipação e de diálogo com a gestão públ ica conquistados pela sociedade organizada e garant idos na Const ituição Federal (1988). Além destes, outros mecanismos podem ser acionados e integram as possibi l idades de part ic ipação da comunidade. Abaixo-Assinado O abaixo-assinado é um “clássico” instrumento de reiv indicação e hoje pode ser feito por meio das mídias sociais, da seguinte forma: 1. Tí tulo s imples e sugest ivo. Uma hastag pode ser colocado abaixo do t í tu lo, o que ajuda a divulgar nas redes sociais. 2. Remeter o abaixo-assinado (ou pet ição) a quem tem o poder de decidir sobre a questão em cheque, seja prefeito, secretár io, Ministér io Públ ico, uma empresa ou qualquer outra inst itu ição.Uma at itude importante é cadastrar no abaixo-assinado o e -mai l do gestor (ou um responsável pela decisão) para que ele receba centenas de mensagens cobrando uma solução. Quanto mais assinaturas, mais mensagens. 3. Fazer um só pedido (considerado o mais importante). L istar muitas demandas em uma só pet ição não costuma funcionar. Os abaixo-assinados são realmente efet ivos, tanto para mobi l izar mais pessoas quanto para conseguir uma mudança, quando eles apresentam demandas concretas e s imples de serem captadas por quem lê, seja para a assinatura no papel seja pelos usuár ios na internet. Na mobi l ização onl ine, por exemplo, um passo de cada vez pode gerar transformações mais sól idas. 4. O texto deve ser didát ico. Trata- se do coração do abaixo-assinado, pois é nele que as pessoas entendem o que se quer mudar. Precisa ser s imples e autoexpl icat ivo em, no máximo 04 (quatro) parágrafos, com o seguinte conteúdo: A. Apresentar a questão e mostrar a motivação para o abaixo-assinado. B. Descrever a relação (da comunidade, dos moradores) com o problema e por que se importam com isso? O que isso afeta? Qual o impacto gera? 29 É importante que o abaixo-assinado sensibi l ize as pessoas. Quanto mais pessoas forem tocadas pela histór ia, mais assinaturas se somarão ao texto. C. Usar as redes sociais para conquistar apoiadores. É importante mostrar que a pet ição é uma ferramenta de pressão. Só terá repercussão se for divulgada no máximo de lugares e mídias. Quanto mais pessoas para assinarem e compart i lharem o abaixo-assinado pela internet, mais chances ele tem de ser v itor ioso. Pet ições on l ine Em um sentido mais amplo, uma pet ição tem o mesmo signif icado de um abaixo-assinado, podendo ser resumida como um documento contendo uma sol ic itação colet iva. A di ferença do abaixo-assinado é que é feito v ia internet. Não tem valor jur íd ico, mas a causa defendida extrapola o terr i tór io local e pode ser conhecida – aumentando o gradiente da pressão – a part i r de todos os cont inentes. Sol ic itação de informações e documentos públ icos Tanto os espaços refer idos como os mecanismos mencionados no parágrafo acima podem ser complementados com informações dadas pelos órgãos competentes, cujo acesso é direito da população e cuja resposta é obr igação dos órgãos. Sol ic itar – e obter – informações e documento públ icos é um direito de todo o cidadão brasi le i ro, garant ido pelas Lei de Acesso à Informação (LAI) e Lei de Responsabi l idade Fiscal (LRF). Uma outra incidência importante é a part ic ipação no planejamento do PPA – Plano Plur ianual Municipal . SAIBA MAIS Um vídeo sobre vitórias conquistadas a partir de abaixo-assinados. https://www.youtube.com/watch?time_continue=16&v=39CprM640f8 VOCÊ SABIA? Plataformas de ação; observatórios sociais; redes de articulação são formas de participação criadas por organizações da sociedade civil, nas quais se destacam as ONGs com o intuito de monitorar, propor, denunciar, mobilizar, informar sobre as políticas públicas e direitos de cidadãos e cidadãs. 30 Lei de Acesso a Informação – LAI A Lei de Acesso à Informação (Lei nº. 12.527/2001) sobre o direito const itucional de obter informações públ icas foi regulamentada pelo Governo Federal com o Decreto nº. 7.724/2012. Nele, estabelece- se a obr igator iedade da prestação de contas por todo e qualquer órgão ou ent idade da Administração Direta e Indireta2 ( incluindo empresas públ icas, sociedades de economia mista e outros entes controlados direta ou indiretamente pela União) e ent idades pr ivadas sem f ins lucrat ivos que recebam recursos públ icos. Através da LAI é possível sol ic i tar: 1. At iv idades exercidas pelos órgãos e ent idades; 2. Ut i l ização de recursos públ icos, l ic i tação e contratos administrat ivos; 3. Programas, projetos e ações dos órgãos e ent idades públ icas; 4. Resultados das ações real izadas pelos órgãos de controle. Como proceder para obter informações: Existem duas formas de fazer um pedido de informação a órgãos e ent idades do Poder Executivo Federal : pela internet - por meio do e- SIC (Sistema Eletrônico do Serviço de Informação ao Cidadão) ou presencialmente no Serviço de Informação ao Cidadão.310 PELA INTERNET (E-SIC) 1. Acessar o e -SIC. Se ainda não houver cadastro, cadastrar- se. 2. Cl icar em “registrar pedido” ident i f icando o órgão que pretende sol ic itar a informação; 3. No campo “forma de recebimento de cadastro” selecionar através de qual meio deverá ser recebida a informação sol ic itada; 4. Sol ic itar a informação no campo “descr ição da sol ic itação”. Observação: Se necessár io, para complementar o pedido, podem ser adicionados até 5 (cinco) anexos de, no máximo, 2 (dois) megabytes cada um; Obs.: o e -SIC informará um número de protocolo, que será enviado por e -mai l . PRESENCIALMENTE (SIC) 1. Dir ig i r- se à unidade f ís ica do SIC pertencente ao órgão/ent idade para a qual se pretende sol ic itar a informação; 2. Preencher o formulár io de pedido de acesso à informação; 2 http://www.justica.gov.br/Acesso 3 http://www.acessoainformacao.gov.br/assuntos/pedidos/como-pedir 31 3.Os atendentes doSIC informarão o número de protocolo do seu pedido. Para saber como fazer um pedido de acesso à informação a órgãos e ent idades de outros Poderes, Estados e Municípios , a sugestão é procurar or ientações diretamente com o órgão responsável pela informação que se deseja obter. Dicas para fazer um pedido: Ident i f icar qual órgão ou ent idade é responsável pela informação que se pretende obter. Se houver dúvida sobre para quem encaminhar o pedido, a sugestão é pesquisar quais são as competências dos órgãos e ent idades do Poder Executivo Federal ; Antes de real izar a sol ic itação, ver i f icar se a informação já se encontra disponível no site do órgão ou ent idade; Fazer um pedido de cada vez. Assim, seu pedido f icará mais claro e a resposta poderá chegar mais rápido. Caso se decida enviar mais de uma pergunta em uma única sol ic itação, elas serão respondidas em conjunto, mesmo que uma das informações requer idas já se encontre disponível ; Ser objet ivo e escrever de forma clara. Isso é importante para que o órgão compreenda corretamente qual o seu pedido e enviar resposta adequada; Ao escrever o pedido, importante oferecer o máximo de detalhes possíveis na sol ic itação da informação; Ao fazer um pedido por meio do e-SIC, ver i f icar se os dados cadastrais estão atual izados; Evitar informar dados pessoais no campo dedicado à descr ição do pedido de acesso à informação. 32 Lei de Responsabi l idade Fiscal (LRF) A Lei de Responsabi l idade Fiscal - Lei Complementar 101 de 04/5/2000 estabelece um código de conduta para os administradores públ icos de todo o país, relacionado aos Poderes Executivo, Legis lat ivo e Judiciár io, nas três esferas de governo (federal , estadual e municipal) , no que diz respeito às f inanças públ icas voltadas para a responsabi l idade na gestão f iscal . Por meio dela, todos os governantes passarão a obedecer às normas e l imites para administrar as f inanças, prestando contas sobre quanto e como gastam os recursos da sociedade, e a ter compromisso com orçamento e com metas, que devem ser apresentadas e aprovadas pelo respectivo Poder Legis lat ivo.411 A LRF f ixa l imites para despesas com pessoal , para dív ida públ ica e ainda determina que sejam cr iadas metas para controlar receitas e despesas. Além disso, nenhum governante pode cr iar uma nova despesa cont inuada (por mais de dois anos), sem indicar sua fonte de receita ou sem reduzir outras despesas já existentes. Uma administração transparente e democrát ica deve mostrar o que fazer e de onde vai t i rar os seus recursos, para que possa contar com a conf iança da população, que pagará os seus tr ibutos de uma maneira mais consciente e motivada.512Por meio da transparência na gestão públ ica, todo o cidadão tem o direito de saber onde e como está sendo gasto o dinheiro públ ico. Por essa razão, cada governante terá que publ icar o Relatór io de Gestão Fiscal (RGF) e o Relatór io Resumido de Execução Orçamentár ia (RREO), em l inguagem simples e objet iva. O acesso públ ico deve ser amplo, inclusive por meio eletrônico. De quatro em quatro meses, o Poder Executivo aval ia o cumprimento de metas f iscais em Audiência Públ ica. A part i r daí , caberá à sociedade cobrar ações e providências de seus governantes. EIXOS ESTRUTURANTES DA LRF Planejamento – é feito por intermédio de mecanismos como o Plano Plur ianual (PPA), Lei de Diretr izes Orçamentár ias (LDO) e Lei Orçamentár ia Anual (LOA), que estabelecem metas para garant i r uma ef icaz administração dos gastos públ icos. Transparência – é a ampla e diversi f icada divulgação dos relatór ios nos meios de comunicação, inclusive pela internet, para que todos tenham oportunidade de acompanhar como é apl icado o dinheiro públ ico. Controle – é apr imorado pela maior transparência e pela qual idade das informações, exigindo uma ação f iscal izadora mais efet iva e cont ínua dos Tr ibunais de Contas. 4 https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/102628/lei-de-responsabilidade-fiscal-lei-complementar-101-00 5 http://gestaopublica.blog.br/lei-de-responsabilidade-fiscal-municipios/ 33 Responsabi l ização – são sanções que os responsáveis sofrem pelo mau uso dos recursos públ icos. Essas sanções estão previstas na legis lação que trata dos cr imes de responsabi l idade f iscal (Lei 10.028/ 2000). PARTICIPAÇÃO NO LEGISLATIVO MUNICIPAL As sessões na Câmara Municipal são públ icas e qualquer cidadão pode assist i r a elas, seguindo as regras regimentais. Durante as sessões, os cidadãos podem acompanhar de perto as votações, posições e in ic iat ivas dos vereadores. Outra possibi l idade de part ic ipação é na Tr ibuna, esse é o espaço concedido pela Câmara Municipal a todos os cidadãos e ent idades para manifestação sobre qualquer assunto de interesse públ ico durante as sessões da Câmara. A Tr ibuna da Câmara é essencial para assegurar a integração do Legis lat ivo Municipal com a população e dela pode repercut i r a geração de requer imentos e até projetos de le i sobre os assuntos traz idos à discussão. Entretanto esse direito deve ser amplamente def in ido pelo Regimento Interno da Câmara de Vereadores. PARTICIPAÇÃO NO PLANO PLURIANUAL (PPA) MUNICIPAL A população tem o direito de apresentar propostas para o Plano Plur ianual do Município (PPA) o que é previsto na Const ituição Federal (Art. 165) e regulamentado pelo Decreto 2.829/1998. O Plano Plur ianual é o planejamento orçamentár io de médio prazo do governo. O PPA estabelece qual i tat ivamente e quantitat ivamente quais serão os invest imentos da administração públ ica em cada área em que atua (Saúde, Educação, Transporte, Indústr ia, Assistência Social , entre outros). O plano def ine as estratégias, diretr izes e metas da administração para um per íodo de quatro anos. O PPA é revisado, monitorado e aperfeiçoado anualmente para ser readequado à s ituação esperada no próximo ano. Para elaborar propostas para o Plano Plurianual, fique de olho no diário oficial e no sítio eletrônico da Prefeitura do seu município e da Câmara de Vereadores. Conheça também a Lei Orgânica do seu município, pois ela tem o período específico para elaboração do Plano Plurianual (PPA). FIQUE ATENTO ! Você conhece o Regimento Interno da Câmara de Vereadores do seu Município? A Tribuna é utilizada por representantes da sua comunidade? Quais dias são realizadas as sessões na Câmara de Vereadores? SAIBA MAIS Acesse o site POLITIZE: http://www.politize.com.br/orcamento-publico-como-e-definido/ COMO POSSO FAZER UMA PROPOSTA? VEJA UMA POSSIBILIDADE DE MODELO! PROPOSTA PARA O PLANO PLURIANUAL DO MUNICÍPIO XXXX DO EXERCÍCIO DE 20XX-20XX À PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE XXX REF.: PLANO PLURIANUAL (PPA) AUTOR: Nome da Instituição que está enviando a proposta UNIDADE RESPONSÁVEL: Orgão Municipal a que se destina a proposta MUNICÍPIO: Inserir o nome do Município PROPOSTA: Solicita-se inclusão no Plano Plurianual de 20XX – 20XX do Município XX, descrever a proposta JUSTIFICATIVA: Descrever a solicitação de forma bem detalhada, abordando as necessidades e realidades locais. Os critérios jurídicos a serem utilizados devem partir da Constituição Federal/ Constituição Estadual/ Lei Orgânica e demais embasamentos legais existentes. Para auxiliar nessa pesquisa, o cidadão/cidadã deve levar em consideração a temática a que se refere a proposta. 34 SAIBA MAIS Quer apresentar um projeto de lei na sua cidade? Ou solicitar uma audiência pública? A Câmara dos Deputados disponibiliza em seu site os seguintes modelos para sugestão de propostas: Formulário de Encaminhamento de Sugestão, Projeto de Decreto Legislativo, Projeto de Lei Ordinária, Projeto de Lei Complementar, Projeto de Resolução, Requerimento de Audiência Pública, Requerimento de Depoimento, Requerimento de Convocação, Requerimento de Informação, Requerimento de Indicação e Emendas a projetos
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