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Desenvolvimento Histórico do Direito Internacional no Mundo - Parte I Nascimento do Estado • Estado com feição teocrática - Fundamento do Estado em Deus Pensamento de Santo Agostinho: Onde não há verdadeira justiça não pode existir verdadeiro direito. [...]. Com efeito, não podem chamar-se direito as iníquas instituições dos homens, pois eles mesmos dizem que o direito emana da fonte da justiça, é falsa a opinião de quem quer que sustente ser o direito o que é útil ao mais forte. [...]. Não há direito onde não há justiça e, por consequência, não há república onde não há justiça [...]. A verdade é que se não se serve a Deus a alma não pode com justiça imperar sobre o corpo, nem a razão sobre as paixões. E, se, no homem considerado individualmente não há justiça alguma, que justiça pode haver numa associação de homens composta de indivíduos semelhantes?” (AGOSTINHO. De Civ. Dei XIX, 21) • Senso de Justiça e Estado diretamente relacionado • Justiça unificadora Sobre este ponto comenta Brown (2011, p. 357) que em sua grande obra Agostinho não quer apenas defender o cristianismo das acusações de ser o causador da derrocada do Império. Quer demonstrar que a sabedoria cristã possui um nível tão elevado quanto o humanismo greco-romano, a tal ponto que somente ela pode apontar uma perspectiva consistente ao povo romano. BROWN, P. Santo Agostinho: uma biografia. Trad. Vera Ribeiro.6.ed. Rio de Janeiro: Record, 2011. Consequências da Idade Média • Invasões Bárbaras e o fim do Império Romano • Estado x Deus ...a espada é o símbolo do estado militar e de sua virtude, a bravura, bem como de sua função, o poderio. O poderio tem um duplo aspecto: o destruidor (embora essa destruição possa aplicar-se https://youtu.be/QjoHiK_luxw contra a injustiça, a maleficência e a ignorância e, por causa disso, tornar-se positiva); e o construtor, pois estabelece e mantém a paz e a justiça. Todos esses símbolos convêm literalmente à espada, quando ela é o emblema do rei... símbolo guerreiro... Nas tradições cristãs, a espada é uma arma nobre que pertence aos cavaleiros e aos heróis cristãos. (Chevalier, J. & GHEERBRANT, A. 1989, p.392-293). CHEVALIER, Jean e GHEERBRANT, Alain. Dicionário de Símbolos. Trad: Vera da C. e Silva, Raul de S. Barbosa, Angela Melin e Lúcia Melin. Coord: Carlos Sussekind. 2 a ed. R.J., .José Olímpio Editora, 1989. Pensamentos importantes: Montesquieu - “Espírito das Leis” e Voltaire: - Nação e Rei não se confundem. - O Estado existe para o bem do povo. - O poder dos soberanos tem limite. Rousseau defende o Estado Novo afirmando que: - O soberano não é representante de Deus, mas do povo. - O povo é que tem a soberania. - O Estado nasce como de um contrato. - O Novo Estado provém da lei e esta é a expressão da vontade geral. 1. Elementos Constitutivos do Estado Conceito de Estado O Estado é [em sentido estrito], a organização ou o aparelho formado por políticos e servidores públicos dotados de poderes monopolistas para definir e fazer cumprir a lei sobre os indiv íduos e as organizações de um dado território nacional. Em sentido amplo, o Estado, além de ser essa organização burocrática que é a única dotada de poder “extroverso”13, é a soma das instituições, partindo da constituição nacional e definindo o sistema jurídico, o sistema de direitos e obrigações ou as regras do jogo social. A cada forma de Estado nesse sentido amplo corresponde um sistema político ou um regime político. BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. 2009. Construindo o Estado republicano: democracia e reforma da gestão pública. Rio de Janeiro: Ed. FGV. Elementos Constitutivos: 1. População (homogênea) 2. Território (certo) 3. Governo (soberano) 1 - População: Análise do Aspecto Quantitativo Nacionais + Estrangeiros + Apátridas População Coesa e Homogênea 2 - Povo: Vínculo de Nacionalidade OU Cidadania Nacionalidade: Vínculo Sócio-Jurídico Cidadania: Exercício de Direitos e Deveres 3 - Nação: • Realidade Sociológica 4 - • Pessoas ligadas entre si por vínculos permanentes de sangue, idioma, religião, cultura, costumes e ideais. • Coletividade Unificada por l íngua e raça 2. TERRITÓRIO Brasil: 8.511.000 Km² Conceito de Território: Em latitude (entre os paralelos de 5°16’20” de latitude norte e 33°45’03” de latitude sul), em longitude (entre os meridianos de 34°47’30” e 73°59’32” a oeste de Greenwich). A evolução do povoamento do território brasileiro entre 1872 e 2010 evidencia, ainda nos dias atuais, a marca da clivagem inicial estabelecida entre o litoral e o interior. Nesse contexto, o ciclo do ouro em Minas Gerais representou, a seu tempo, a experiência mais concreta de indução do processo de articulação do interior do território e de afirmação da própria nacionalidade brasileira. Cabe observar que, anteriormente à expansão cafeeira, a mineração constituiu, seguramente, o primeiro movimento territorial com força sufi ciente não só para promover a ocupação do interior em bases mais estáveis como para abalar a hegemonia econômica e política da exploração da cana-de-açúcar no litoral nordestino. Fonte: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv97884_cap1.pdf 3. Governo (Soberano) https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv97884_cap1.pdf • Autoridade do Estado • Independente e Autônoma • Vontade democrática e Soberana • ELEMENTO PRIMORDIAL • Poder Organizador • Hierarquia, comando, disciplina. • Contribuição dos Súditos para as despesas públicas. Poder - ESTADO • Elemento inerente ao Estado • Energia básica que alimenta a existência da comunidade humana • União e Solidariedade Poder Constituinte • Poder de elaborar uma constituição • Titular: Povo (?) Poder Público • Conjunto de funções pelas quais no ESTADO assegura-se a ORDEM JURÍDICA. • Duguit: O Estado é a força a serviço do Direito • Poder de Soberania - É o da nação e se distribui pelas diversas funções criadas e definidas por leis, normas e regulamentos. Características do Poder 1. Imperatividade e natureza integrativa do Poder Estatal: • Estado emite regras de conduta. • Estado possui os meios para cumprir as regras. 2. Capacidade de Auto-Organização • Faculdade de autonomia constitucional 3. Unidade e Indivisibilidade do Poder • Estado como pessoa jurídica (PJ) • Estado distribui seu poder em 3 funções (**) * Executivo * Legislativo * Judiciário (**) DIVISÃO APENAS QUANTO AO EXERCÍCIO DE PODER PRINCÍPIOS A ANALISAR • Legalidade: Observância das leis por governantes e governados • Legitimidade: Agir do Estado é legal, porém SINTONIZADO com os anseios/vontades do POVO. 3.1 SOBERANIA • Direito Natural, inalienável, indivisível, absoluto. • DIREITO DE UM POVO EM REGULAR SUAS CONDIÇÕES DE EXISTÊNCIA Soberania Interna: Foco no território e população. Soberania do Poder Político sobre as demais forças. Soberania Externa: Independência e auto-determinação do Estado em relação aos demais Estados Nacionais. 3.1.1 CARACTERÍSTICAS Una: Vontade autônoma da Nação Indivisível: Apenas se divide o exercício de soberania Inalienável: É delegável, mas não transferida Imprescritível: Não tem prazo para se extinguir. 4. FUNDAMENTOS DO ESTADO 4.1 Ordem Religiosa: Estado tem fundamento em Deus 4.2 Ordem Físico-Material: Estado significa o domínio do forte sobre os mais fracos 4.3 Ordem Jurídica: 4.3.1 Família: Estado procede da família e permite a ampliação deste conceito. 4.3.2 Patrimônio: Justifica na proteção à propriedade sua titularidade em relação ao solo. 4.4 Ordem Ética: Justificam o Estado por uma necessidade moral 4.5 Ordem Psicológica: Necessidades Históricas. 5. FUNDAMENTOS DO ESTADO ORGANIZAÇÃO DE FORÇAS: • Independência • Integridade sobre o território • Boas Relações Internacionais ESCOLASUPERIOR DE GUERRA: • DEMOCRACIA • INTEGRAÇÃO NACIONAL • INTEGRIDADE DO PATRIMÔNIO NACIONAL • PAZ SOCIAL • PROGRESSO • SOBERANIA https://youtu.be/bCYv8w89hmU OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DO ESTADO BRASILEIRO (CF/88) 1. Sociedade livre, justa e solidária 2. Desenvolvimento Nacional 3. Erradicar pobreza, marginalização e reduzir as desigualdades sociais regionais 4. Promover o bem de todos sem preconceitos
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