Aquecimento Global e o Buraco na Camada de Ozônio - causas e consequências

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Aquecimento Global e o Buraco na Camada de Ozônio: causas e consequências
O buraco na camada de ozônio
O buraco no ozônio é uma área na estratosfera acima da Antártica, onde gases de cloro e bromo dos clorofluorocarbonetos (CFCs) e halons produzidos pelo homem destruíram as moléculas de ozônio. 
O buraco na camada de ozônio entre 1979 e 2010
A expectativa é que só em 2070 o buraco sobre a Antártida volte ao mesmo tamanho da década de 1980.
O aquecimento global
O aquecimento global é o aumento da temperatura média da superfície global causada principalmente pelo acúmulo de gases de efeito estufa produzidos pelo homem, principalmente dióxido de carbono e metano, que retêm o calor nos níveis mais baixos da atmosfera. 
Este gráfico ilustra a mudança na temperatura global da superfície em relação às temperaturas médias de 1951-1980 (Fonte: Instituto Goddard de Estudos Espaciais da NASA ). Crédito: NASA / JPL-Caltech
O buraco no ozônio está causando mudanças climáticas?
Sim e não. O buraco no ozônio é basicamente um buraco artificial na camada de ozônio acima do Polo Sul durante a primavera do Hemisfério Sul. A camada de ozônio, que fica no alto da atmosfera, protege-nos dos raios ultravioletas (UV) prejudiciais que vêm do sol. Infelizmente, abrimos um buraco, através do uso de gases como clorofluorcarbonetos (CFCs) em latas de spray e refrigerantes, que quebram as moléculas de ozônio na atmosfera superior.
Enquanto alguns dos raios UV do Sol deslizam através do buraco na camada de ozônio, seu efeito final é resfriar a estratosfera mais do que aquece a troposfera. Portanto, esse aumento dos raios UV não pode explicar o aquecimento global da superfície do planeta.
O que os cientistas descobriram recentemente, no entanto, é que o buraco no ozônio está afetando o clima no Hemisfério Sul. Isso ocorre porque o ozônio também é um poderoso gás de efeito estufa, e destruí-lo tornou a estratosfera sobre o Hemisfério Sul mais fria. A estratosfera mais fria resultou em ventos mais rápidos perto do polo, que surpreendentemente podem ter impactos por todo o caminho até o equador, afetando a circulação tropical e as chuvas em latitudes mais baixas. O buraco no ozônio não está causando o aquecimento global, mas está afetando a circulação atmosférica.
Conexões entre o aquecimento global e o buraco na camada de ozônio
Existem algumas conexões entre os dois fenômenos.
Por exemplo, os CFCs que destroem o ozônio também são potentes gases de efeito estufa, embora estejam presentes em concentrações tão pequenas na atmosfera (várias centenas de partes por trilhão, em comparação com várias centenas de partes por milhão de dióxido de carbono) que são considerados participantes menores no aquecimento da estufa. Os CFCs representam cerca de 13% da energia total absorvida pelos gases de efeito estufa produzidos pelo homem.
O próprio buraco no ozônio tem um efeito de resfriamento menor (cerca de 2% do efeito de aquecimento dos gases de efeito estufa) porque o ozônio na estratosfera absorve o calor irradiado para o espaço por gases em uma camada inferior da atmosfera da Terra (a troposfera superior). A perda de ozônio significa que um pouco mais de calor pode escapar para o espaço dessa região.
Prevê-se também que o aquecimento global tenha um impacto modesto no buraco da camada de ozônio na Antártica. Os gases de cloro na estratosfera inferior interagem com pequenas partículas de nuvens que se formam a temperaturas extremamente baixas - abaixo de -80 graus Celsius (-112 graus Fahrenheit). Enquanto os gases de efeito estufa absorvem o calor em altitudes relativamente baixas e aquecem a superfície, na verdade eles esfriam a estratosfera. Perto do Polo Sul, esse resfriamento da estratosfera resulta em um aumento nas nuvens estratosféricas polares, aumentando a eficiência da liberação de cloro em formas reativas que podem rapidamente esgotar o ozônio.
Consequências do buraco na camada de ozônio
1. Impactos sobre o organismo humano: envelhecimento precoce, mutação genética, problemas no sistema imunológico e câncer de pele.
2. Impacto sobre as plantas: a grande quantidade de raios ultravioleta pode comprometer o processo de fotossíntese, impactando o sistema nutritivo das plantas e o seu crescimento.
3. Redução de espécies: a superexposição de raios UV pode prejudicar o desenvolvimento de diversas espécies marítimas, como peixes, camarões, caranguejos e fitoplanctons (base da cadeia alimentar marítima). Além disso, o contato com essa radiação pode causar diversas mutações genéticas, alterando totalmente o DNA dos seres vivos.
4. Contribuição para o aquecimento global: a diminuição da camada de Ozônio e o aumento da quantidade de raios UV podem contribuir para a aceleração do aquecimento global.
Consequências do aquecimento global
Entre as consequências do aquecimento global, temos as transformações estruturais e sociais do planeta provocadas pelo aumento das temperaturas, das quais podemos enumerar:
1. Aumento das temperaturas dos oceanos e derretimento das calotas polares;
2. Eventuais inundações de áreas costeiras e cidades litorâneas, em função da elevação do nível dos oceanos;
3. Aumento da insolação e radiação solar, em virtude do aumento do buraco da Camada de Ozônio;
4. Intensificação de catástrofes climáticas, tais como furacões e tornados, secas, chuvas irregulares, entre outros fenômenos meteorológicos de difícil controle e previsão;
5. Extinção de espécies, em razão das condições ambientais adversas para a maioria delas.
Bibliografias
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PENA, Rodolfo F. A. Aquecimento Global. Mundo Educação. Disponível em: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/aquecimento-global.htm. Acesso em: 08 de fevereiro de 2020.