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Questão 1/10 - Estética e Filosofia da Arte Leia a citação a seguir: “A obra de Homero é inspirada, na sua totalidade, por um pensamento ‘filosófico’ relativo à natureza humana e às leis eternas que governam o mundo. Não lhe escapa nada do essencial da vida humana. O poeta contempla todo o conhecimento particular à luz do seu conhecimento geral da essência das coisas”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: JAEGER, Werner. Paideia. São Paulo: Martins Fontes. 1995, p. 76-77. Os poemas épicos atribuídos a Homero, a Ilíada e a Odisseia, trazem uma característica muito marcante do espírito da Grécia, o de unidade. De acordo com a citação acima e os conteúdos do livro-base Estética e Filosofia da Arte, assinale a opção correta: Nota: 10.0 A A obra homérica é testemunha de um tempo em que a poesia, a filosofia e a religião eram indissociáveis na Grécia antiga. Você acertou! “É importante ainda destacar que as esferas do sagrado, do artístico, e do filosófico estão misturadas em completa harmonia e beleza nos versos homéricos, evidenciando uma das características do mundo grego antigo”. (Livro-base, p. 29) B Homero pode ser considerado o primeiro profeta do Ocidente pois sua obra fundou uma verdadeira religião. C Homero foi o primeiro filósofo a separar a poesia da religião. D Homero foi o primeiro poeta laico da história, pois sua obra não tem nenhuma influência da religião grega. E Como filósofo, Homero acreditava apenas na capacidade da razão para explicar o comportamento humano e os fenômenos naturais. Questão 2/10 - Estética e Filosofia da Arte Leia o excerto a seguir: “No teatro não devemos aprender o que um ou outro indivíduo fez, mas antes o que cada ser humano, com um determinado carácter, fará em determinadas circunstâncias. A intenção da tragédia é bem mais filosófica do que a intenção da história”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LESSING, Gotthold E. Dramaturgia de Hamburgo. In: Seleção antológica. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2005, p. 132. No livro-base Estética e Filosofia da Arte, surge a questão do nascimento do teatro alemão, a partir das críticas de Lessing ao teatro francês presentes em “Dramaturgia de Hamburgo”. Sobre esse tema, podemos afirmar que Lessing utiliza como referência para esta crítica: Nota: 10.0 A o conceito platônico de mímesis como imitação do mundo das ideias. B o Uno místico de Plotino. C o princípio cristão que vê a beleza apenas como um atributo divino ou sinal de perdição. D a mitologia grega. E a obra de Aristóteles sobre a criação literária, intitulada de Poética. Você acertou! “Lessing considerou Aristóteles a autoridade máxima sobre a teoria da tragédia. A maioria dos argumentos técnicos para criticar o que ele chamou de ‘deformação das regras clássicas’ promovida pelos dramaturgos franceses, é fundamentada numa leitura rigorosa da Poética” (livro-base, p. 120-121). Questão 3/10 - Estética e Filosofia da Arte Observe a passagem a seguir: “Jacques Derrida, um dos maiores nomes do pensamento francês contemporâneo, propõe um modo de análise de leitura, de textos da tradição ocidental, cujo objeto específico é a metafísica ocidental. Este pensamento ocidental teria suas bases fundamentadas no logocentrismo em relação absoluta de significação com a ideia de verdade”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: KUIAVAI, Evaldo; ZEVALLOS, Verónica. A escrita e o phármakon: um estudo a partir da desconstrução derridiana. Anais do V Congresso Nacional de Filosofia e Educação, Caxias do Sul, 2010. p. 2. < https://goo.gl/ODLpeF>. Acesso em 24 de nov. 2016. Jacques Derrida foi um importante filósofo francês conhecido pelo seu projeto crítico da tradição metafísica ocidental, chamado de filosofia da desconstrução. De acordo com a passagem acima e os conteúdos do livro-base Estética e Filosofia da Arte, é correto afirmar sobre Derrida que ele: Nota: 10.0 A propõe uma Filosofia com base na sabedoria africana. B por ser franco-argelino, busca filosofar a partir do referencial da religião islâmica. C é arauto de um projeto filosófico de crítica e desconstrução da metafísica ocidental. Você acertou! “Sua filosofia da desconstrução pretende fazer uma crítica dos fundamentos da tradição filosófica do mundo ocidental” (livro-base, p. 191). D defende a ideia de que a metafísica ocidental tem sido sempre muito intuitiva e precisa voltar a ser racional. E acredita que o que falta à Filosofia ocidental é o amor. Questão 4/10 - Estética e Filosofia da Arte Leia a citação a seguir: “Do fundo sangrento da peleja heroica destaca-se, na Ilíada, um destino individual de pura tragédia humana: a vida heroica de Aquiles. A ação é para o poeta o laço íntimo pelo qual ele junta numa unidade poética as cenas sucessivas da guerra. A Ilíada deve à trágica figura de Aquiles o não ser para nós um venerável manuscrito do espírito guerreiro primitivo, mas sim um monumento imortal para o reconhecimento da vida e da dor humanas”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: JAEGER, Werner. Paideia. São Paulo: Martins Fontes, 1995, p. 72-73. A Ilíada é considerada uma das maiores obras literárias de todos os tempos, na qual se narra a conquista da cidade de Tróia pelos Gregos. Neste poema, se destaca a figura de Aquiles, como sendo a de um grande guerreiro. De acordo com a citação acima e os conteúdos do livro-base Estética e Filosofia da Arte sobre Aquiles, é correto afirmar que: Nota: 10.0 A na Ilíada, Aquiles representa a figura da razão e da prudência. B Aquiles pode ser considerado o primeiro filósofo da História. C a figura de Aquiles encarna a ambiguidade da condição humana, potente e frágil ao mesmo tempo. Você acertou! “Filho de uma deusa com um reles mortal, Aquiles é também ambíguo em sua natureza: forte e ágil como um deus, frágil e mortal como os homens”. (Livro-base, p. 27) D a personagem de Aquiles encarna a ideia do guerreiro invencível. E por ser um semideus, Aquiles é um herói acima da dor e da dúvida. Questão 5/10 - Estética e Filosofia da Arte Leia o excerto a seguir: “Sócrates – Tomemos como princípio que todos os poetas, a começar por Homero, são simples imitadores das aparências da virtude e de outros assuntos de que tratam, mas que não atingem a verdade. São semelhantes nisso ao pintor de que falávamos há instantes, que desenhará uma aparência de sapateiro, sem nada entender de sapataria, para pessoas que, não percebendo mais do que ele, julgam as coisas segundo a aparência? Glauco – Sim”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: PLATÃO. República. São Paulo: Nova Cultural, 1999, p. 328. Uma questão fundamental para se entender a Filosofia de Platão com relação ao tema da arte diz respeito ao conceito de mímesis, que pode ser traduzido por imitação. De acordo com o excerto acima e os conteúdos do livro-base Estética e Filosofia da Arte sobre imitação, poesia e filosofia em Platão, é correto afirmar que: Nota: 10.0 A o poeta grego da Antiguidade só falava sobre conhecimentos e profissões que dominava completamente. B todo poeta grego antigo era também filósofo. C para Platão, a arte era capaz de iludir através do fingimento, por isso teve uma postura crítica com relação aos artistas. Você acertou! “Como poderia o poeta, então, contar muito bem algo que ele não conhece? Somente por meio de uma farsa ou de um fingimento. E é justamente a possibilidade desse fingimento que vai ocupar a reflexão de Platão sobre a arte em sua obra A República.” (Livro-base, p. 37). D Platão acreditava que a atividade do poeta era a melhor maneira de educar a sociedade. E para Platão, todo filósofo, assim como todo poeta, tinha que dominar a arte da imitação, para alcançar o mundo das formas puras, ou mundo das ideias. Questão 6/10 - Estética eFilosofia da Arte Leia a citação a seguir: “Apesar de faltar totalmente ao ser verdadeiro, a mímesis tem uma força de arrebatamento a qual toda a filosofia de Platão procura resistir. Talvez possamos dizer que a mímesis possui essa força não apesar de não participar do ser verdadeiro, mas, mais secretamente, justamente porque ela não participa dele, porque ela aponta para o engodo, para a mentira, para a ilusão e a falta”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GAGNEBIN, J. M. Sete Aulas Sobre Linguagem, Memória e História. Rio de Janeiro: Imago, 1997, p. 83. De acordo com a citação acima e os conteúdos do livro-base Estética e Filosofia da Arte, Platão pensa a mímesis da arte como: Nota: 10.0 A uma ferramenta perigosa pois, visando apenas a imitação, não tem nenhum compromisso com a verdade. Você acertou! “É justamente esse caráter da imitação que vai legitimar a crítica de Platão, pois, se a poesia pode promover uma imitação desgastada do ponto de vista da realidade ontológica, e, portanto, da verdade, ela pode promover uma falsificação. (Livro-base, p. 38) [...] é correta a ideia de que Platão apresenta restrições à arte e aos artistas e que, no seu entendimento, essas restrições são necessárias para a construção de uma vida pública justa e boa” (Livro-base, p. 41) B a maneira mais segura de se investigar a realidade. C a ferramenta socrática de investigação da realidade que precisa ser superada. D uma estratégia dos poetas de tomarem o poder na Grécia antiga. E uma forma de culto aos deuses. Questão 7/10 - Estética e Filosofia da Arte Leia o excerto de texto a seguir: “Procurar estabelecer urna beleza real, ou urna deformidade real, é uma investigação tão infrutífera como procurar determinar uma doçura real ou um amargor real. Conforme a disposição dos órgãos do corpo, o mesmo objeto tanto pode ser doce como amargo, e o provérbio popular afirma com muita razão que gostos não se discutem”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: HUME, David. Do padrão do gosto. In: Hume. São Paulo: Nova Cultural, 1999 (Os Pensadores), p. 336. De acordo com o excerto acima e os conteúdos do livro-base Estética e Filosofia da Arte, é correto afirmar que para Hume: Nota: 0.0 A é desnecessário educar para apurar a sensibilidade estética, pois esta é inata ao homem. B o mau gosto e a falta de sensibilidade estética são apenas fruto da ignorância. C seria necessário educar e apurar a sensibilidade para se chegar a um grau mais elevado de apreciação estética. “Para Hume, somente o desenvolvimento de certa delicadeza pode promover um juízo acertado sobre essas singularidades, como o sabor do vinho da anedota de Cervantes, que deveria ser identificado como bom, a não ser por duas ressalvas: o gosto do ferro e o ressaibo do couro, que concorriam pela atenção dos bebedores. Contudo, tal delicadeza exige uma precisão dos órgãos que pode ser raríssima entre os homens. [...] Para resolver esse impasse é que as regras da beleza são estabelecidas, pois elas podem, a longo prazo, ser resultado do uso perfeito dos sentidos ou faculdades, admitindo-se que esse grau de perfeição não consiste em identificar os traços mais gritantes de um quadro, o sabor ardente de um prato ou o cheiro forte de um tempero, e sim perceber com exatidão cada elemento delicado em uma mistura complexa de sabores e diferenças. Finalmente, podemos elencar o passo a passo que Hume indica como sendo necessário para o desenvolvimento da delicadeza no processo de construção do padrão do gosto. (Livro-base, p. 115) D que todo homem nasce com uma capacidade inata de saber o que é belo, bom e prazeroso. E que a beleza da arte é pura ilusão. Questão 8/10 - Estética e Filosofia da Arte Leia o fragmento de texto a seguir: “Sócrates – Tomemos como princípio que todos os poetas, a começar por Homero, são simples imitadores das aparências da virtude e de outros assuntos de que tratam, mas que não atingem a verdade. São semelhantes nisso ao pintor de que falávamos há instantes, que desenhará uma aparência de sapateiro, sem nada entender de sapataria, para pessoas que, não percebendo mais do que ele, julgam as coisas segundo a aparência? Glauco – Sim”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: PLATÃO. República. In: ______. Platão São Paulo: Nova Cultural, 1991 (Coleção Os Pensadores), p. 328. Platão ficou famoso também por ter sido o primeiro pensador a defender a censura, ou seja, a restringir a atividade de artistas, sobretudo poetas, os quais ele julgava que corromperiam a sociedade. Este raciocínio está melhor explicitado no Livro X, da República. De acordo com o fragmento acima e os conteúdos do livro-base Estética e Filosofia da Arte, os poetas ameaçavam o projeto ético de Platão presente na República porque... Nota: 10.0 A Platão acreditava que os poetas tinham planos ditatoriais. B os poetas falavam melhor que Platão, por isso ele temia que lhe tomassem o poder. C os poetas podiam invocar a ira dos deuses contra os filósofos. D todos os poetas gregos eram anarquistas. E a poesia poderia incitar os cidadãos a cultivar falsos valores, os quais corromperiam os cidadãos. Você acertou! “É justamente esse caráter da imitação que vai legitimar a crítica de Platão, pois, se a poesia pode promover uma imitação desgastada do ponto de vista da realidade ontológica, e, portanto, da verdade, pode promover uma falsificação [...] imagine o caso de se tratar de um valor fundamental para a Pólis, como a ideia de justiça ou de sabedoria?” (Livro-base, p. 40). Questão 9/10 - Estética e Filosofia da Arte Leia o excerto a seguir: “[...] podemos concluir que o escritor decidiu desvendar o mundo e especialmente o homem para os outros homens, a fim de que estes assumam em face do objeto, assim posto a nu, a sua inteira responsabilidade. [...] Desse modo, a função do escritor é fazer com que ninguém possa ignorar o mundo e considerar-se inocente diante dele”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SARTRE, J.P. Que é a Literatura? São Paulo: Ática, 2004, p.21. Sartre foi um dos mais importantes filósofos do século XX, e sua obra teve uma relação muito próxima com a arte. Não apenas porque escreveu alguns contos, romances e peças teatrais, mas sobretudo porque realizou uma investigação filosófica muito interessante sobre a literatura, no livro Que é a literatura?. De acordo com o excerto acima e os conteúdos do livro-base Estética e Filosofia da Arte sobre esse autor, é correto afirmar que ele: Nota: 10.0 A pensa a literatura como uma experiência da imaginação e da abstração sem nenhuma relação com o mundo concreto. B propõe que na verdade a filosofia não passa de uma experiência literária malsucedida historicamente. C entende que todo escritor, consciente ou inconscientemente, está engajado em uma visão de mundo, que é, em última instância, política. Você acertou! “Uma de suas ideias mais marcantes é o engajamento (político) intelectual. Sartre defende o pensamento de que a verdade de um livro é vivida na experiência da revolta e da miséria que um indivíduo passa junto a sociedade de seu tempo.” (livro-base, p. 188). D entende que a literatura deve se sobrepor à política como forma de organização social. E defende que a boa literatura nasceu e morreu na Grécia antiga. Questão 10/10 - Estética e Filosofia da Arte Leia a passagem a seguir: “Com Sócrates, o jovem Platão pudera sentir a necessidade de fundamentar qualquer atividade em conceitos claros e seguros. Por intermédio de Sócrates e de sua incessante ação como perquiridor de consciências e de crítico de ideias vagas ou preconcebidas, o primado da política torna-se, para Platão, o primado da verdade, da ciência”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: PESSANHA, J.A. “Prefácio”. In: PLATÃO. Os Pensadores.Ed. Nova Cultural. São Paulo. 1991, p. 14. Costuma-se dividir a obra de Platão em duas fases: os diálogos socráticos e os não-socráticos. Com base nessa leitura, e no livro-base Estética e Filosofia da Arte, esta divisão na obra de Platão se dá porque: Nota: 0.0 A Platão nunca se desvinculou dos pensamentos de Sócrates, e toda sua obra gira em torno dos mesmos temas e métodos de investigação. B a teoria do Mundo das Ideias surge nos diálogos socráticos e depois é abandonada por Platão. C no inicio, Platão tenta dar seguimento aos propósitos de Sócrates, mas depois busca uma formulação própria para suas investigações filosóficas. “Há uma forma já tradicional de dividir os diálogos platônicos em diálogos socráticos e não socráticos, o que significa dizer que alguns deles trazem essencialmente a filosofia platônica, enquanto os demais estariam muitos presos às ideias de Sócrates” (Livro-base, p. 32). D Sócrates escreveu todos os diálogos ditos platônicos. E Sócrates acreditava no Mundo das Ideias, e foi por discordar dessa hipótese que Platão começou a escrever diálogos não-socráticos.