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PARTIDOS POLÍTICOS NO BRASIL

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SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	3
2.	FILOSOFIA HISTÓRICA ARISTOTÉLICA	4
3.	DEFINIÇÃO JURÍDICA	5
4.	DEFINIÇÃO SOCIOLÓGICA	6
5.	DOS PARTIDOS POLÍTICOS	7
6.	FRENTE PARTIDÁRIA	8
7.	PARLAMENTARISMO E PRESIDENCIALISMO	9
8.	ORGANIZAÇÃO PARTIDÁRIA A NÍVEL MUNDIAL	10
9.	FORMAS DE ATUAÇÃO E DE CLASSIFICAÇÃO	11
10.	PARTIDOS POLÍTICOS NO MUNDO	12
11.	PARTIDOS POLÍTICOS NO BRASIL	13
12.	BRASIL	14
13.	IMPÉRIO DO BRASIL	15
14.	REPÚBLICA VELHA	16
15.	PARTIDOS IDEOLÓGICOS	17
16.	PARTIDOS DA REPÚBLICA REDEMOCRATIZADA: 1945-1965	18
17.	BIPARTIDARISMO NO REGIME MILITAR	19
18.	RETORNO AO PLURIPARTIDARISMO	20
19.	REPRESENTAÇÃO E GOVERNABILIDADE	21
20.	CONCLUSÃO	22
A)	OS PARTIDOS SÃO REPRESENTATIVOS?	23
B)	OS PARTIDOS SÃO NECESSÁRIOS?	24
21.	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	25
1. INTRODUÇÃO
Partido Político (latim pars, partis = rachado, dividido, desunido) é um grupo organizado, legalmente formado, com base em formas voluntárias de participação numa associação orientada para influenciar ou ocupar o poder político.
É um grupo organizado de pessoas que formam legalmente uma entidade, constituídos com base em formas voluntárias de participação, nessa "democracia", segundo Professor Lauro Campos da Universidade de Brasília; quando faz referência ao Espectro ideológico, em seu livro, "História do Pensamento Econômico", em uma associação orientada para influenciar ou ocupar o poder político em um determinado país politicamente organizado e/ou Estado, em que se faz presente e/ou necessário como objeto de mudança e/ou transformação social. 
Porém, segundo R. Michels, em seu livro publicado pela Universidade de Brasília intitulado "Sociologia dos Partidos Políticos", no Brasil esses partidos estão sempre sociologicamente ligados a uma ideologia, porém, nem sempre essa ideologia é pragmática e/ou sociologicamente exequível ou viável, pois muitas vezes carece de ambiente para seu desenvolvimento, o que demonstra segundo Lauro Campos, que os chamados Líderes partidários não se sintonizam perfeitamente com o povo e como que, como diz: "tentam governar de costas para o povo e suas necessidades”.
2. FILOSOFIA HISTÓRICA ARISTOTÉLICA
Ainda não existem partidos políticos organizados a nível mundial, pois para isso dever-se-ia levar em conta as necessidades mundiais e a vontade mundial de mudança, segundo palavras de Lauro Campos.
No entendimento geral da chamada "Polis grega", a organização na chamada Democracia, criada por Aristóteles, no seu conceito de Aristotelismo, exige-se a figura existencial de mais de 1(um) partido político. No caso de "Partido Único", temos a figura de uma República, segundo Platão. Que segundo Aristóteles considerava ser utópico, a utopia do e no sentido de atendimento ao cidadão, em suas necessidades básicas. Segundo Aristóteles a chamada "Ditadura não-esclarecida" tinha seu início no chamado "Partido único", dai orientava Alexandre, denominado "O Grande", pelos conquistados, seu discípulo nesse sentido, de ouvir à chamada por ele, oposição, o "Segundo partido", para bem - governar.
3. DEFINIÇÃO JURÍDICA
Organização de direito privado que, no sentido moderno da palavra, pode ser definido como uma "união voluntária de cidadãos com afinidades ideológicas e políticas, organizada e com disciplina, visando a disputa do poder político".
4. DEFINIÇÃO SOCIOLÓGICA
Entre os diversos sociólogos e cientistas políticos que estudaram e teorizaram sobre partidos políticos, destacam-se Ostrogorsky, Robert Michels, Maurice Duverger, Max Weber e Nildo Viana.
Segundo Nildo Viana, os partidos políticos atuais são organizações onde predomina a burocracia na sua estrutura e que se fundamentam na ideologia da representação política, e não no acesso direto do povo às decisões políticas, e, tendo, como objetivo, conquistar o poder político estatal, além de serem expressões políticas de alguma oligarquia econômica ou tradicional.
A diferença entre Michels e Nildo Viana está no fato de que Michels, influenciado por Weber, considera que o predomínio da burocracia nos partidos políticos, especialmente nos partidos fascistas, nazistas, socialistas e comunistas, ocorre por uma necessidade técnica. Em Nildo Viana, a burocratização dos partidos é derivada de um complexo processo social e político que dá origem a expansão de uma nova classe social, a "burocracia".
Assim, Nildo Viana e Robert Michels coincidem em afirmar que a burocracia partidária é uma fração daquela nova classe social: a "burocracia". Essa burocracia partidária, frequentemente ultrapassa a sua função de assessoria do político e passa a ditar regras nos partidos políticos.
5. DOS PARTIDOS POLÍTICOS
Na Grécia e Roma antigas, dava-se o nome de partido a um grupo de seguidores de uma ideia, doutrina ou pessoa, mas foi só na Inglaterra, no século XVIII, que se criaram pela primeira vez, instituições de direito privado, com o objetivo de congregar partidários de uma ideia política: o partido Whig e o partido Tory.
De fato, a ideia de organizar e dividir os políticos em partidos se alastrou muito, no mundo todo, a partir da segunda metade do século XVIII, e, sobretudo, depois da revolução francesa e da independência dos Estados Unidos. Até porque, a partir daí, a própria percepção da natureza da comunidade política se transforma dramaticamente.
6. FRENTE PARTIDÁRIA
Ocorre quando vários partidos se unem em vista a objetivo eleitoral comum. Como exemplo há a FRELIMO, a Frente Ampla do Uruguai, a FMLN da El Salvador.
7. PARLAMENTARISMO E PRESIDENCIALISMO
No parlamentarismo em geral o presidente ou secretário-geral do partido político que conseguiu o maior número de cadeiras no parlamento é quem governa o país, como chefe de governo e chefe do gabinete ministerial. No parlamentarismo é o rei ou o presidente da república, que são os chefes de Estado e se colocam acima dos partidos políticos. No presidencialismo, a eleição para presidente da república é o eixo da política, em torno da qual, se dá toda a movimentação e articulações dos políticos.
8. ORGANIZAÇÃO PARTIDÁRIA A NÍVEL MUNDIAL
Vários partidos com ideologias semelhantes têm formado organizações para trocarem ideias através de reuniões periódicas. Entre estas organizações internacionais se destacam a III Internacional, ou a Internacional Socialista e o Foro de São Paulo; também destacamos a Internacional Liberal, e outras congeneres reunindo conservadores, democrata-cristãos, como a IDU, União Democrática Internacional ou a Internacional Democrática de Centro, e organizações internacionais de Partidos Humanistas, Verdes (Global Greens), Libertários, organizações monarquistas, trotskistas, das mais variadas tendências, na chamada IV Internacional e suas dissidências, ou mesmo comunistas (como a extinta Komintern, ou o Kominform).
9. FORMAS DE ATUAÇÃO E DE CLASSIFICAÇÃO
Com o decorrer do tempo têm sido criadas as mais variadas formas de atuação dos partidos políticos na vida política das nações. Foram também criadas várias formas de atuação dentro dos partidos políticos.
Partidos políticos seculares têm basicamente, através dos séculos, se mantido iguais só no nome, pois seus programas, doutrinas e estilos de se fazer política têm variado enormemente com o passar dos séculos.
Há partidos que procuram definir, no nome, claramente sua doutrina - como fazem, por exemplo, o Partido Fascista, o Liberal , o Democrata-Cristão, o Conservador, o Nazista, o Socialista, Comunista e o Trabalhista.
O sociólogo e ex-presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, cunhou o termo "partido omnibus" para nomear aqueles partidos políticos que já partem do propósito explícito de reunir seguidores de diversas doutrinas e ideologias para atingirem objetivo comum a eles todos (omnibus significa para todos, em latim). Têm como seu arquétipo, na literatura, os partidos dominantes na política norte-americana: Partido Democrata e Partido Republicano e o PMDB no Brasil, ou mesmoo Partido Democrata italiano.
Muitos políticos têm feito a sua carreira política dentro de um grande partido político, para só depois se candidatarem a altos cargos públicos, como, por exemplo, ocorre, na França, uma grande disputa pelo cargo de secretário-geral do Partido Socialista Francês. Outros políticos, ao contrário, preferem entrar ou formar pequenos partidos políticos para mais rapidamente saírem candidatos a altos cargos públicos como fez o ex-presidente Fernando Collor em 1989.
10. PARTIDOS POLÍTICOS NO MUNDO
São muitas as formas que as organizações partidárias se apresentam nas diferentes nações.
A mais incoerente é a dos países em que existe a figura do "Partido Único", quando só um partido é aceito pela legislação do país.
O termo "Partido Único" é uma contradição de termos, pois se é partido, coisa partida, tem que ser vários. Exemplo de "partido único" é o Partido Comunista Cubano (PCC), porém em Cuba não há necessidade de estar em algum partido politico para se eleger.
Em contraste com o "Partido Único", existe, em muitos países, o chamado pluripartidismo, erroneamente chamado, somente no Brasil, de pluripartidarismo. A palavra "pluripartidarismo" significa, de fato, pluralidade de partidários, enquanto a palavra pluripartidismo significa a pluralidade, ou existência, de vários partidos políticos.
Em muitos países, partidos políticos que não são aceitos legalmente, continuam existindo de maneira informal e clandestinamente, esperando uma reviravolta na política para se legalizarem, o que lhes permitiriam participar de eleições.
Os partidos políticos se desenvolveram muito no mundo no século XX. Tornou-se comum, que um político, primeiramente, faça carreira dentro de um partido político e só, quando chegar ao topo da carreira dentro do partido político, se lançar candidato a altos cargos políticos.
Por este motivo muitos políticos têm preferido fazer política em ONGs ou criando pequenos partidos políticos que possam controlá-los, e se lançarem, através deles, posteriormente, candidatos a altos cargos políticos.
11. PARTIDOS POLÍTICOS NO BRASIL
A primeira vez que se usou este termo no país foi por ocasião da transferência da família real para o Brasil, no reinado de Maria I (1808), em que se falava em Partido Português e Partido Brasileiro. Mas os primeiros partidos políticos brasileiros que tiveram existência legal foram o Partido Conservador e o Partido Liberal, no segundo reinado (1840-1889). Estes e o Partido Republicano Paulista foram os partidos políticos de mais longa duração no Brasil.5
Na República Velha (1889-1930), os partidos políticos eram organizações regionais, existindo um Partido Republicano em cada estado, cada um tendo estatutos e direções próprias.
Em 1966, o regime militar instaurado pela Revolução de 1964 implantou o bipartidarismo no Brasil, devido às muitas exigências legais para se criarem partidos políticos. Assim, de 1966 até 1979, existiram só a Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e o PMDB, Partido do Movimento Democrático Brasileiro.
No Brasil vigora, atualmente, o pluripartidismo ou pluripartidarismo. A atual constituição brasileira garante ampla liberdade partidária, mas, na prática, estão impossibilitados de se legalizarem os partidos fascistas, nazistas e monarquistas. Os partidos políticos oficializados e registrados no Tribunal Superior Eleitoral do Brasil são obrigados a prestar contas ao Tribunal de Contas da União.
12. BRASIL
Os partidos políticos no Brasil existem desde a primeira metade do século XIX. Mais de duzentos agrupamentos surgiram nesse período, mas nenhum deles durou muito. Não existem partidos centenários no Brasil, como é comum, por exemplo, nos Estados Unidos, onde democratas (desde 1790) e republicanos (desde 1837) alternam-se no poder.
Frequentemente os partidos brasileiros foram forçados a ter que começar praticamente do zero uma nova trajetória; tais rompimentos ocorreram implantação da república, em 1889, que sepultou os partidos monarquistas; pela Revolução de 1930, que desativou os partidos republicanos “carcomidos”; pelo Estado Novo (1937-1945) o qual vedou a existência de partidos; e pelo Regime Militar de 1964 que confinou manu militari os partidos políticos a um artificial bipartidarismo.
Alguns autores, como José Honório Rodrigues consideram que o Brasil sempre foi dominado por um só partido – o das classes proprietárias, ou "o Partido do Patriciado"; o único partido realmente governante da história nacional. No poder desde os tempos coloniais, quando monopolizaram o acesso às terras, à mão-de-obra e aos principais cargos públicos, adaptam-se aos tempos, assumindo a forma e a feição necessária mais conveniente ao momento. Ora conservadoras, ora modernizadoras, ora reacionárias, ora progressistas, é sempre a mesma casta e seus descendentes, que prefere a conciliação ao conflito, que conduz as coisas maiores no Brasil.
Para Rodrigues nem na Independência deu-se o rompimento com a oligarquia que governava o país, tendo se mantido sempre uma continuidade histórica entre as diversas sucessões de regimes políticos. Reconhecendo a existência de duas correntes de opinião, “a tradicionalista e conservadora”, defensora do status quo, e a outra, a “mameluca”, mais popular e radical, ele reconhece a vitória histórica da primeira.
Um caso que bem ilustra e corrobora essa tese é o de Afonso Arinos de Melo Franco, que participou da redação da constituição de 1967. Seu avô, o Conselheiro Cesário Alvim, foi um homem do império e participou da redação da Constituição republicana de 1891. Afrânio de Melo Franco (cuja esposa era da família do ex-presidente Rodrigues Alves), seu pai, atuou na Constituição de 1934 e ele, por sua vez, participou da redação da constituição de 1967. Gustavo Franco, seu sobrinho, foi presidente do Banco Central, entre 1997-99.
13. IMPÉRIO DO BRASIL
Até 1837 não se pode falar a rigor em partidos políticos no Brasil. Nesse ano formaram-se as duas agremiações que caracterizaram o Segundo Reinado, a dos Conservadores, chamado Partido Conservador (Brasil Império) (saquaremas) e a dos Liberais, chamado Partido Liberal (Brasil Império) (luzias). Estes partidos e mais o Partido Republicano Paulista foram os partidos de mais longa duração no Brasil.
Os conservadores defendiam um regime forte, com autoridade concentrada no trono e pouca liberdade concedida às províncias. Os liberais inclinavam-se pelo fortalecimento do parlamento e por uma maior autonomia provincial. Ambos eram pela manutenção do regime escravista, mas os liberais aceitavam a sua supressão, conduzida por um processo lento e gradual que conduziria à abolição da escravatura.
Poucos votavam, o voto era hierárquico, baseado em critério censitário (Lei Saraiva 1881). As eleições eram realizadas em dois turnos; as assembleias paroquiais escolhiam os eleitores das províncias, e estes, por sua vez, escolhiam os representantes da nação e das províncias. Tanto conservadores como liberais pertenciam à mesma classe social, a dos proprietários de terras, de bens e de escravos. Dentre os liberais havia mais comerciantes, jornalistas, e populações urbanas em geral.
14. REPÚBLICA VELHA
O Manifesto Republicano foi assinado por Quintino Bocaiúva, em Itú, São Paulo, em 3 de dezembro de 1870, e provocou fundação de um partido republicano. Sua primeira convenção republicana, a que criou o Partido Republicano Paulista (PRP).
A república implantada a partir da Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, foi um golpe militar, obra de generais, e contou com escassa presença de republicanos autênticos. Mesmo assim, surgiram partidos regionais (Partido Republicano Paulista, Partido Republicano Mineiro etc.) que acabaram por impedir a formação de agremiações nacionais os Partidos Republicanos Federais/ Liberais e Conservadores, que pretendiam agregar forças políticas no país inteiro, que não foram adiante.
Esses partidos regionais favoreceram a adoção do coronelismo e de suas conhecidas práticas: democracia eeleições "de fachada", com seus resultados sempre manipulados pelo coronel local, pelo cabo-eleitoral e pelo curral eleitoral, com a função básica de garantir resultados satisfatórios ao grupo governante.
Esta práticas, que feriam o principio básico do sistema republicano, geraram a violência política que explodiu em vários movimentos tais como o Movimento Tenentista, de 1922-27, da Revolução de 1923 no Rio Grande do Sul, ou o da Revolta da Princesa na Paraíba, em 1928).
Estes partidos regionais conviveram, por alguns anos, com os partidos ideológicos, nacionais, como o Partido Comunista Brasileiro, fundado em 1922 e a Ação Integralista Brasileira, 1932.
15. PARTIDOS IDEOLÓGICOS
O Brasil também acolheu as ideologias extremistas que surgiram depois da Primeira Guerra Mundial, o comunismo e o fascismo. Em 1922, foi fundado o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), vinculado à IIIª Internacional Comunista, com sede em Moscou e liderado por Luís Carlos Prestes. Dez anos depois, em 1932, foi a vez da fundação da Ação Integralista Brasileira (ABI), inspirada no Movimento Fascista italiano e no Movimento da Falange espanhola, comandada pelo chefe Plínio Salgado.
Ambos os partidos tentaram depor o regime de Getúlio Vargas por meio de um golpe. O PCB foi o principal articulador da frente que se escudou na Aliança Nacional Libertadora (ANL) e responsável pela fracassada Intentona Comunista (por se considerar um movimento revolucionário, é correto substituir-se por "Levante Comunista"), de 27 de novembro de 1935, enquanto a Ação Integralista Brasileira tentou assaltar o Palácio da Guanabara, em 12 de maio de 1938, para derrubar o governo do Estado Novo que os excluíra do poder.
16. PARTIDOS DA REPÚBLICA REDEMOCRATIZADA: 1945-1965
Após terem sido totalmente proibidos durante o Estado Novo (1937-1945), os partidos políticos foram novamente legalizados em 1945. A vida política brasileira entre 1945 e 1964 foi polarizada entre os partidos getulistas (PSD e PTB) e o principal partido antigetulista (a UDN).
O Partido Social Democrático abrigava as correntes mais conservadoras do getulismo, formada por proprietários rurais e por altos funcionários estatais, enquanto que o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), inspirado no Partido Trabalhista do Reino Unido, reunia as lideranças sindicais e os operários fabris em geral. 
O partido rival, a União Democrática Nacional, liberal e antipopulista, congregava a alta burguesia e a classe média urbana, defensora do capital estrangeiro e da iniciativa privada. Coube à UDN o papel de ser a principal promotora das impugnações das vitórias eleitorais da coligação PSD-PTB (1950, 1955), bem como a maior instigadora das tentativas de golpes, contra Getúlio, Juscelino e Jânio, que se sucederam, até a vitória do golpe militar de 1964. Carlos Lacerda, um jornalista e dono de jornal opositor do trabalhismo de longa data, foi seu mais destacado porta-voz.
17. BIPARTIDARISMO NO REGIME MILITAR
Os dois partidos foram colocados na ilegalidade pelo decreto de 2 de dezembro de 1937, e somente puderam retornar à vida política ao final da Segunda Guerra Mundial. O PCB ainda teve uma pálida atuação no Governo Goulart (1961-64), e seus ex-integrantes, sob o nome Partido da Representação Popular (PRP), fizeram sua última aparição na ditadura do Presidente Médici (1969-1973).
O bipartidarismo no Brasil foi criado pelo Ato Complementar n° 4, baixado em 20 de novembro de 1965 pelo presidente Castelo Branco.
A partir de 1965 somente era permitida a existência de duas associações políticas nacionais, e nenhuma delas podia usar a palavra “partido”. Criou-se então a Aliança Renovadora Nacional (ARENA), base de sustentação civil do regime militar, formada majoritariamente pela União Democrática Nacional (UDN) e alguns egressos mais conservadores do Partido Social Democrático PSD, e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que tinha a função de fazer uma oposição "bem-comportada" - que fosse tolerável ao regime, porém abrigando os militantes do PCB que estava na ilegalidae, assim colaborando para a encenação da existência de uma "democracia" no Brasil e se recusando a recorrer à luta armada, como a fizeram as organições de esquerda clandestinas.
O regime militar permitia o sistema de cassações de mandatos, que usava amiúde para descartar-se dos seus adversários (4.682 perderam seus direitos políticos). Juntaram-se na ARENA todas as lideranças direitistas, conservadoras, os ex-udenistas, e até alguns fascistas; enquanto os politicamente mais ao centro, os escassos trabalhistas sobreviventes dos expurgos do regime, e todos aqueles que não foram convidados para entrar na ARENA se inscreveram, misturados, no MDB. Essa situação de congelamento da situação partidária no Brasil, manu militari, se prolongou por quase vinte anos.
18. RETORNO AO PLURIPARTIDARISMO
Em 1980, voltou a existir o pluripartidarismo sendo inicialmente criados 5 partidos políticos, sendo que atualmente há mais de 30 partidos políticos registrados no Tribunal Superior Eleitoral.
19. REPRESENTAÇÃO E GOVERNABILIDADE 
Em diversas oportunidades históricas, tanto no Brasil império como na república, os governantes tiveram que fazer uma opção entre conseguir a estabilidade política necessária ao bom governo das coisas ou manter a integridade das suas ideias, dos seus programas políticos, e mesmo a representatividade dos mandatos para que foram eleitos.
O que se tornou mais costumeiro foi que eles, em nome da governabilidade, sacrificassem seus princípios ideológicos partidários mais caros em função de um acordo que os permitisse cumprir com certa eficácia os seus desígnios de governo e de administração. A tendência mais comum, pois, foi sacrificar as ideias, os programas e a representavidade, em nome da ordem e do bom andamento das coisas, tentando evitar crises políticas danosas ao controle que as elites exerciam e exercem sobre o país-continente.
Essa estratégia de sobrevivência adotada por muitos políticos de vulto, de evitar crises políticas graves que pudessem enfraquecer de modo irreparável o poder das elites, fez com que os partidos políticos merecessem pouca confiança da parte da população brasileira em geral, daí haver uma preferencia dos eleitores por indivíduos, por homens confiáveis, por “salvadores”, mas não por programas partidários ou ideológicos.
20. CONCLUSÃO 
A fragmentação dos partidos políticos, contribuiu para o enfraquecimento da democracia, tendo como causa direta a facilidade da criação, fusão e incorporação, pois se exige apenas o registro dos mesmos perante o Tribunal Superior Eleitoral, após sua constituição jurídica legal perante o registro civil, onde adquirem personalidade jurídica na forma da lei – art. 17, § 2.º, da Constituição da República Federativa do Brasil; as regras que deveriam ser observadas estatutariamente, v.g. a fidelidade partidária, não encontram sanções adequadas para resguardar os princípios e programas partidários, previamente divulgados aos eleitores e filiados partidários. A inobservância das regras partidárias pelos filiados, aditada à ausência de sanção eficaz correspondente, gera um senso de irresponsabilidade cívica, afetando diretamente a unidade dinâmica do sistema partidário vigente.
A) OS PARTIDOS SÃO REPRESENTATIVOS?
Os partidos políticos são, na democracia, os instrumentos legítimos para a disputa política, pois é por eles que são escolhidos os representantes que decidem os rumos do país. Qualquer solução para a crise das instituições deve contemplar obrigatoriamente mecanismos que promovam maior sintonia entre partidos políticos e sociedade. Para a transformação de consciência ocorrer é necessária a renovação de ideias e ideais e para isso acontecer é imperioso que se renovem os atores da cena. Para alteração do pensamento e da ação o caminho é a participação e esta somente se efetiva através do o debate e discussões na esfera partidária. Está havendo uma carência departicipação popular no quadro partidário dominado por políticos personalistas, que se transformaram na essência dos partidos. Independentemente se o número de siglas é demasiado alto e a maioria sem ideologia clara e definida, o que importa é levar aos partidos ideias e convicções novas, fortes e representativas. Democracia somente se consolida com partidos fortes. Este é o princípio para todas as transformações. É necessário o aparecimento de novas lideranças partidárias, descomprometidas com a reprodução do fisiologismo e das práticas patrimonialistas. Vai ser preciso empreender um processo de revitalização das legendas com objetivo de torná-las mais democráticas e mais férteis no debate do programa partidário. Esse esforço só será possível se o preconceito for quebrado e se pessoas que têm participado da vida pública, mas que se mostram alheias aos partidos, decidirem participar do processo eleitoral. O nascimento de novas lideranças, genuinamente comprometidas com os assuntos públicos, fará com que as legendas voltem a cumprir sua função na democracia. Manifestação de rua como ato de reclamar e exigir mudanças é salutar, mas em si não tem força para mudar, apenas pressionar. Portanto, usar essa energia para contribuir com mudanças é mais eficaz. A ditadura militar destruiu o sistema democrático partidário ao impor o bipartidarismo e a proibição da livre manifestação, o que promoveu uma generalizada e prolongada apatia participativa. Porém, hoje os tempos são outros e as opções partidárias amplas, não há razão para não participar no cenário correto apropriado. Se não houver renovação, a política viciada, as ideias personalistas e corporativas continuarão. Quem se omite de participar para mudar não terá o direito de reclamar da continuidade dos desacertos e mazelas.
B) OS PARTIDOS SÃO NECESSÁRIOS? 
Por que os partidos são necessários? Porque nas eleições, você pode votar no candidato que escolher ou pode votar no partido de sua preferência, pois são eles que tornam possível a escolha dos candidatos nas eleições proporcionais. Na eleição para qualquer das Câmaras (Vereadores e Deputados estaduais, distritais ou federais), cada partido elege o número de representantes na mesma proporção dos votos que eles (candidatos do partido, ou o próprio partido) recebem. Se os candidatos e o partido receberem 30% dos votos, terão direito a 30% das cadeiras da respectiva Câmara. O cálculo é simples: divide-se o número de votos dos candidatos de cada partido, pelo número de vagas a preencher. Se forem 10 vagas e o partido teve 30% dos votos, terá direito a 3 cadeiras. Os eleitos, portanto, serão os 3 mais votados. Nas eleições majoritárias, há duas modalidades possíveis: a maioria absoluta, em que é eleito aquele que consegue metade mais um dos votos, nos casos do Presidente da República, Governadores e Prefeitos das capitais e cidades com mais de 200 mil eleitores; e a maioria simples, em que é eleito o mais votado, no caso dos Senadores e Prefeitos das cidades com menos de 200 mil eleitores.
21. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
· http://pt.wikipedia.org/wiki/Partidos_pol%C3%ADticos_no_Brasil
· http://pt.wikipedia.org/wiki/Partido_pol%C3%ADtico
· http://www.universitario.com.br/noticias/n.php?i=3150
· http://conexaoto.com.br/2013/09/27/reforma-politica-sera-possivel-com-partidos-fortes-e-representativos
· http://www.josonielfonsecaadv.com.br/PARTIDOS%20POL%C3%8DTICOS.pdf
· http://www.senado.gov.br/senadores/senador/FernandoCollor/artigo.asp?codigo=1155
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