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apostila Medicina legal - pericias

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MEDICINA LEGAL 
 
Introdução 
Perícias e peritos 
Prof. Adriano Faustino 
Livros utilizados 
Medicina Legal – Texto 
e atlas 
Hygino de Carvalho 
Hercules, Editora 
Atheneu, 1ª edição, 
2005. 
Medicina Legal 
Genival Veloso de 
França, Editora 
Guanabara-Koogan 
(GEN), 9ª edição, 
2010. 
Perícias Médicas – 
Teoria e Prática 
Emilio Bicalho 
Epiphanio, Editora 
Guanabara-Koogan 
(GEN), 1ª edição, 2009. 
Algumas resoluções a serem estudadas 
(em parte...) 
• Resolução CFM no1.246 de 26/01/1988 (Código de Ética 
Médica). 
• Resolução CFM no1.480 de 21/08/1997 (Morte encefálica). 
• Resolução CFM no1.617 de 16/05/2001 (Código de Processo 
Ético-profissional). 
• Resolução CFM no1.779 de 05/10/2005 (normatiza o 
preenchimento da DO). Resolução CFM no1.826 de 06/12/2007 
(Suspensão de procedimentos na morte encefálica). 
O site oficial do CFM para as 
resoluções 
Site: www.portalmedico.org.br/php/pesquisa_resolucoes.php 
O site oficial do CRM-MG 
Site: www.crmmg.org.br 
O link oficial para os pareceres do 
CRM-MG 
Site: www.crmmg.org.br/pareceres/ 
Principais leis a serem estudadas 
(em parte...) 
• Decreto-Lei no2.848 de 07/12/1940 (Código Penal - CP). 
• Decreto-Lei no3.689 de 3/10/1941 (Código de Processo Penal - 
CPP). 
• Lei no10.406 de 10/01/2002 (Código Civil - CC). 
• Lei no10.826 de 22/12/2003 (“Estatuto do desarmamento”). 
• Lei no11.340 de 07/08/2006 (lei “Maria da Penha”). 
• Lei no11.690 de 09/06/2008 (altera alguns artigos do CPP). 
• Lei no11.705 de 19/06/2008 (lei “seca”). 
O site oficial do governo para a 
legislação 
Site: www.presidencia.gov.br/legislacao 
Alguns dos periódicos utilizados 
The American Journal of Forensic Medicine and Pathology 
Fator de impacto: 0,603 
International Journal of 
Legal Medicine 
Fator de impacto: 3,03 
Forensic Science 
International 
Fator de impacto: 2,015 
A Medicina Legal 
• Especialidade médica (Associação Brasileira de Medicina Legal). 
• Definição ampla: 
– Áreas de atuação da Medicina na interface com o Direito. 
• Principais áreas de atuação: 
– Criminal (enfoque da disciplina!) 
– Civil 
– Trabalhista / Previdenciária / Securitária 
– Ética 
• Principais modos de ser exercida: 
– Criminal: concurso público estadual (médico-legista), nomeação por autoridade 
(perito ad hoc) ou escolha da parte (assistente técnico) 
– Civil ou trabalhista: escolha da parte (assistente técnico) ou nomeação por 
autoridade 
– Previdenciária: concurso público federal 
– Ética: CRM e CFM. 
 
O que faz a Medicina Legal? 
• Perícia médica: todo ato médico com o propósito de contribuir com as 
autoridades administrativas, policiais ou judiciárias com conhecimentos 
específicos da área médica. 
– Colabora com a investigação policial: pode oferecer provas objetivas para 
uma investigação 
– Presta esclarecimentos à justiça em suas mais diversas formas: 
– Criminal - por ex.: exame de corpo de delito 
– Civil – por ex.: investigação de paternidade 
– Trabalhista/previdenciária – por ex.: perícias do INSS 
 
Peritos 
• Perícia: exame dos elementos materiais de um fato alegado. 
• Perito: 
 - Detém o conhecimento sobre determinado assunto. 
• Principais tipos: 
 - Civil – contratado pela parte interessada ou nomeado judicialmente – “qualquer 
profissão”. 
 - Criminal – funcionário público ou nomeado judicialmente. 
 - Previdenciário/securitário – funcionário público 
• Peritos da Polícia Civil: 
 - Perito Criminal – qualquer curso superior. 
 - Médico-legista. 
Peritos oficiais 
• Função do perito: atender à autoridades 
competentes no sentido de verificar o caso. Não 
defender ou acusar! 
 “visum ad repertum”: ver e repetir. 
• Atuação: verificar, procurar e interpretar os 
vestígios materiais dos fatos ocorridos. 
• Conjunto de elementos materiais denunciadores 
do fato criminoso – “corpo de delito”. 
Conceitos fundamentais 
• Corpo de delito: “Todos os elementos materiais da 
conduta incriminada, inclusive meios ou 
instrumentos de que se sirva o criminoso.” 
 
  Nos Institutos e postos Médico-legais são 
realizadas as perícias de corpo de delito onde o 
conhecimento médico é essencial a esta análise 
na esfera criminal. 
 
A perícia médico-legal 
Exemplo de uma perícia médico-
legal 
A perícia médico-legal 
A perícia médico-legal 
A perícia médico-legal 
A perícia médico-legal 
A perícia médico-legal 
A perícia médico-legal 
A Medicina Legal em Minas 
Gerais 
 
• Exercida de 3 maneiras principais: 
– Por concurso público estadual: médico legista. 
• Uma das carreiras da Polícia Civil de Minas Gerais. 
• Último concurso: 2013. 
– Por nomeação de autoridade: perito ad hoc. 
– Por escolha da parte: assistente técnico. 
• Um Instituto Médico Legal, em Belo Horizonte. 
• Postos médico-legais em várias cidades do interior 
Governador 
Chefe de Polícia Civil 
SPTC 
IC 
II 
IML 
Organograma estrutural do IML-
BH 
IML 
DPML DL DA 
SPV SPM SCDL SRPAS AP TOX 
NECROTÉRIO 
 
PERÍCIAS 
INDIRETAS 
 
PSIQUIATRIA SAF 
CLÍNICA 
ODONTO 
Que tipos de exames 
são realizados no IML? 
- Lesão corporal 
- Verificação embriaguez 
- Conjunção carnal 
- Ato libidinoso 
- Perícia de aborto 
- Sanidade mental 
- Sanidade física 
- Perícia de idade 
- Antropologia forense 
- Odontologia forense 
- Aval. conduta profissional 
- Perícias de intoxicações 
- Necrópsias 
Aproximadas 25.000 perícias/ano 
 
- 80% vivo 
 - 20% morto 
 
Necropsia 
• Necropsia, autopsia ou tanatopsia: é o exame externo e interno de um 
cadáver. 
– Necropsia X autopsia 
• Pode ser realizada com finalidade clínica ou forense: 
• Clínica: autorização obrigatória da família, realizada em hospitais, geralmente 
por patologistas. 
• Forense: não é necessária a autorização da família, realizada geralmente no 
IML ou postos médico-legais, por legistas. 
• Principais propósitos da necropsia forense: 
– Determinar a causa mortis. 
– Determinar o tempo decorrido da morte. 
– Distinguir lesões intra-vitam e post-mortem. 
– Identificar o corpo. 
– Fornecer elementos para a determinação da causa jurídica da morte (se 
homicídio, suicídio ou acidente). 
– Materializar um ou mais delitos. 
 
• Duas indicações básicas: 
– Morte decorrente de causas externas (morte 
violenta). 
– Morte suspeita. 
Quando é necessária uma 
necropsia médico-legal? 
• CAPÍTULO II (artigos 158 a 184): 
– DO EXAME DO CORPO DE DELITO, E DAS PERÍCIAS EM 
GERAL. 
 
• Art. 158: Quando a infração deixar vestígios, 
será indispensável o exame de corpo de delito, 
direto ou indireto, não podendo supri-lo a 
confissão do acusado. 
Código de Processo Penal: 
 Decreto-Lei 3.689 de 03/10/1941. 
Código de Processo Penal – modificado em parte pela 
lei 11.690 de 09/06/2008 
Art. 159: O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por 
perito oficial, portador de diploma de curso superior. 
– § 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas 
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área 
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a 
natureza do exame. 
– § 2o Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente 
desempenhar o encargo. 
– § 3o Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao 
ofendido, ao querelante e ao acusadoa formulação de quesitos e indicação 
de assistente técnico. 
– § 4o O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a 
conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as 
partes intimadas desta decisão. 
Código de Processo Penal – artigo 159 (continuação) 
 
– § 5o Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia: 
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem 
a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou questões a 
serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de 10 
(dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar; 
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser 
fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência. 
– § 6o Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de base 
à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá sempre 
sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes, salvo se 
for impossível a sua conservação. 
– § 7o Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de 
conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito 
oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.” 
• Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde 
descreverão minuciosamente o que examinarem, e 
responderão aos quesitos formulados. (Redação dada pela Lei 
nº 8.862, de 28.3.1994) 
 Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo 
máximo de 10 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em 
casos excepcionais, a requerimento dos peritos. (Redação 
dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) 
 
• Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em 
qualquer dia e a qualquer hora. 
 
Código de Processo Penal: 
 Decreto-Lei 3.689 de 03/10/1941. 
• Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas 
depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos 
sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes 
daquele prazo, o que declararão no auto. 
 Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará 
o simples exame externo do cadáver, quando não houver 
infração penal que apurar, ou quando as lesões externas 
permitirem precisar a causa da morte e não houver 
necessidade de exame interno para a verificação de 
alguma circunstância relevante. 
Código de Processo Penal: 
 Decreto-Lei 3.689 de 03/10/1941. 
• Art. 167: Não sendo possível o exame 
de corpo de delito, por haverem 
desaparecido os vestígios, a prova 
testemunhal poderá suprir-lhe a falta. 
• Art. 180: Se houver divergência entre 
os peritos, serão consignadas no auto 
do exame as declarações e respostas 
de um e de outro, ou cada um redigirá 
separadamente o seu laudo, e a 
autoridade nomeará um terceiro; se 
este divergir de ambos, a autoridade 
poderá mandar proceder a novo exame 
por outros peritos. 
• Art. 182: O juiz não ficará adstrito ao 
laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, 
no todo ou em parte. 
Código de Processo Penal: 
 Decreto-Lei 3.689 de 03/10/1941. 
Modelo de um laudo médico legal 
Perícias no vivo realizadas no IML-
BH: 
 As mais freqüentes são: 
– Lesões corporais 
– Conjunção carnal 
– Ato libidinoso 
– Gravidez, abortamento, parto e puerpério 
– Embriaguez e toxicomania 
– Sanidade mental 
 
• Finalidade básica: 
- Morte violenta 
- Morte suspeita 
• Falta do SVO em BH 
• Centralização atendimento 
• Sobrecarga de trabalho 
Perícias no morto 
realizadas no IML-BH 
- CAPÍTULO VI (artigos 275 a 281): 
- DOS PERITOS E INTÉRPRETES. 
• Art. 275: O perito, ainda quando não oficial, estará sujeito à 
disciplina judiciária. 
• Art. 276: As partes não intervirão na nomeação do perito. 
• Art. 277: O perito nomeado pela autoridade será obrigado a 
aceitar o encargo, sob pena de multa de cem a quinhentos mil-
réis, salvo escusa atendível. 
 Parágrafo único. Incorrerá na mesma multa o perito que, sem 
justa causa, provada imediatamente: 
 a) deixar de acudir à intimação ou ao chamado da autoridade; 
 b) não comparecer no dia e local designados para o exame; 
 c) não der o laudo, ou concorrer para que a perícia não seja 
feita, nos prazos estabelecidos. 
Código de Processo Penal: 
 Decreto-Lei 3.689 de 03/10/1941. 
• Art. 278. No caso de não-comparecimento do perito, sem justa causa, a 
autoridade poderá determinar a sua condução. 
 
• Art. 279. Não poderão ser peritos: 
 I - os que estiverem sujeitos à interdição de direito mencionada nos ns. 
I e IV do art. 69 do Código Penal; 
 II - os que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado 
anteriormente sobre o objeto da perícia; 
 III - os analfabetos e os menores de 21 anos. 
Código de Processo Penal: 
 Decreto-Lei 3.689 de 03/10/1941. 
• Art. 120 – É vedado ao médico ser perito de 
paciente seu, de pessoa de sua família ou de 
qualquer pessoa com a qual tenha relações 
capazes de influir em seu trabalho. 
 
 
Código de Ética Médica: 
 Resolução CFM 1.246/1988. 
• Exclusão por própria solicitação. 
• Exclusão por impedimento: 
– Artigo 279 do CPP 
– Artigo 47 do CP 
• Exclusão por suspeição: 
– Artigo 254 do CPP 
– Artigo 135 do CPC 
• Exclusão por substituição. 
Condições de exclusão do perito 
• Proibição ou incapacidade temporária para o 
exercício de cargo, função ou atividade pública; 
• Proibição ou incapacidade temporária para o 
exercício da profissão; 
• Por depoimento anterior no processo; 
• Por analfabetismo; 
• Ter menos de 21 anos. 
 
Condições de impedimento do perito 
Fonte: Código de Processo Civi. 
• Ser amigo ou inimigo da parte. 
• Estar ele próprio respondendo a processo análogo, ou 
seu cônjugue, ascendente ou descendente até terceiro 
grau. 
• Tiver aconselhado qualquer parte. 
• For credor ou devedor de parte. 
• For tutor, curador, donatário ou empregador de qualquer 
das partes. 
• For sócio, acionista ou administrador de sociedade 
interessada no processo. 
 
 
Condições de suspeição do perito 
Fontes: Códigos de Processo Civi e Penal. 
Alguns tópicos importantes do direito 
penal aplicados à Medicina Legal 
• Art. 18 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
– Crime doloso: 
• I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco 
de produzi-lo; 
– Crime culposo: 
• II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por 
imprudência, negligência ou imperícia. 
– Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode 
ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica 
dolosamente. 
Código Penal: 
 Decreto-Lei 2.848 de 07/12/1940. 
- Falso testemunho ou falsa perícia: 
• Art. 342: Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como 
testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo 
judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral. 
(Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001) 
 Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 
 
 § 1o As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é praticado 
mediante suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a produzir 
efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte entidade da 
administração pública direta ou indireta. 
 
 § 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em queocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade. 
Código Penal: 
 Decreto-Lei 2.848 de 07/12/1940. 
• Médico condenado por homicídio culposo. 
 Em abril de 2002, o juiz de direito da 7ª Vara Criminal recebeu denúncia por 
homicídio culposo contra o médico por ter o mesmo agido com negligência, 
imperícia e imprudência, não observando as regras técnicas da profissão durante 
o parto de Vânia e seu filho Cauê, sendo o médico condenado criminalmente por 
dois homicídios culposos neste mês de outubro de 2003. 
 Fonte: http://www.ptsul.com.br, acesso em 08/07/09. 
 
• Justiça do DF condena ex-médico a 30 anos de prisão 
 SÃO PAULO e BRASÍLIA - Depois de um julgamento que durou quase dezoito 
horas, a Justiça do Distrito Federal condenou nesta madrugada o ex-médico 
XXXXX a 29 anos de prisão em regime fechado e um ano em regime aberto pelas 
mortes de Adcélia Martins e Grasiela Murta, que fizeram lipoapiração em 2002 e 
morreram em seguida. Ele foi condenado por homicídio doloso qualificado, 
omissão de socorro e exercício ilegal da medicina. Para os jurados, o ex-médico 
assumiu o risco de matar as pacientes. Apesar da sentença, xxxxxx não saiu do 
fórum para a prisão, porque ele respondeu o processo em liberdade e 
compareceu a todos os atos. O ex-médico terá este direito até que seja julgado o 
último recurso. 
 Fonte: O Globo, DFTV e GloboNews TV , 08/07 às 05h24min. 
Casos da imprensa 
 
Tipos de penas privativas de 
liberdade 
• Prisão simples: 
– Destinada às contravenções penais. 
– Regimes semi-aberto ou aberto. 
– Contraventor é diferente de criminoso! 
• Detenção: 
– Cumprida inicialmente nos regimes semi-aberto ou aberto. 
• Reclusão 
– Crimes mais graves. 
– Proibição de fiança (penas superiores a 2 anos). 
– Cumprida inicialmente nos regimes fechado, semi-aberto e aberto. 
 
Fonte: Nucci - Manual de Direito Penal, 4ª edição, 2008, página 378. 
Causas jurídicas de morte. 
Morte natural, violenta e suspeita. 
Tipos de morte 
• Morte “natural”: decorrente de causas não-
traumáticas, sem transferências de energia. 
• Morte violenta: decorrente de causas externas, não 
“naturais” (homicídio, suicídio ou acidente). 
• Morte suspeita: “quando há possibilidade de não ter 
sido natural a sua causa”. 
– Nos casos de morte suspeita ou violenta é obrigatório 
o exame de corpo de delito (artigo 158 do CPP). 
 
Causas jurídicas de morte violenta 
• Acidente: “não intencional” – sem delito a apurar. 
• Homicídio: com delito a apurar. 
• Suicídio: sem delito a apurar (a princípio...). 
– Não é atributo do médico-legista determinar a causa 
jurídica de morte violenta! 
– O exame médico-legal é uma das peças no inquérito 
policial! 
Morte súbita 
• Conceito controverso! 
• Morte fulminante X morte rápida X morte súbita 
• “Aquela decorrente de até 1h da evolução dos 
sinais/sintomas ou até 24h da última vez que o 
indivíduo foi visto com vida.”. 
• Nexo temporal não é um bom parâmetro! 
• As mortes súbitas são, a princípio, morte 
suspeitas, até que se prove o contrário. 
 
Principais causas “naturais” de morte súbita 
• Cardiovasculares: 
– Cardiopatias (isquêmica, hipertensiva, valvares, 
disritmias, etc...), outros. 
• Sistema nervoso central: 
– Acidentes vasculares encefálicos (hemorrágicos ou 
isquêmicos), epilepsia, infecções (meningite, etc...), 
neoplasias, outros. 
• Respiratórias: 
– Asma, TEP, infecções (epiglotite, pneumonias, 
tuberculose, etc...), neoplasias, outros. 
• Metabólicas: diabetes 
ETC ... 
Documentos 
médico-legais 
Prof. Adriano Faustino de Figueiredo 
 
Bibliografia básica 
• Jornal do CRMMG, 
• Medicina Legal Texto e Atlas, Hygino de Carvalho 
Hercules: 
 - Parte 1, Capítulo 3 
 
• Livro Perícias Médicas – Teoria e Prática, Emilio Bicalho 
Epiphanio: 
- Capítulo 5 
 
Receitas e 
solicitação de exames 
Principais documentos 
médico legais 
• Receitas e solicitação de exames (ML eventuais) 
• Atestados 
• Relatórios: laudo/auto 
 - Perícia no vivo 
 - Perícia no morto 
 - Indireto 
• Parecer médico-legal 
• Declaração de óbito 
 “Atestado de óbito” – Modelo internacional 
 de Atestado de Óbito 
 
 
 
Art. 3º Deixar de assumir responsabilidade sobre procedimento médico que indicou 
ou do qual participou, mesmo quando vários médicos tenham assistido o paciente. 
 
Art. 4º Deixar de assumir a responsabilidade de 
qualquer ato profissional que tenha praticado ou indicado, 
ainda que solicitado ou consentido pelo paciente ou por 
seu representante legal. 
 
Art. 5º Assumir responsabilidade por ato médico que 
não praticou ou do qual não participou. 
 
Ou seja: para prescrever é necessário examinar o paciente e 
ao prescrever se assume responsabilidade pela prescrição... 
 
 
Código de Ética Médica: 
CAPÍTULO III – RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL 
 É VEDADO AO MÉDICO: 
- Art. 11 – É vedado ao médico receitar ou atestar de forma secreta 
ou ilegível, assim como assinar em branco folhas de receituários, 
laudos, atestados ou quaisquer outros documentos médicos. 
 
- Ministério da Saúde: a receita médica deve ser preenchida com 
letra legível, em português, por extenso, a tinta, de forma 
informatizada ou manualmente. 
 
- Leiam o parecer consulta 3638/2009 do Jornal do CRMMG 
número 22, página 10! 
Código de Ética Médica: 
CAPÍTULO III – RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL 
 
- TEMA: transcrição de receitas. 
- EMENTA: constitui infração ética prescrever 
tratamento sem exame direto do paciente, salvo 
em casos de urgência e impossibilidade 
comprovada de realizá-lo. 
 Jornal do CRMMG, número 22, página 10, junho de 2009. 
PARECER CONSULTA 
3575/2008 
É vedado ao médico receitar de forma ilegível 
PARECER CONSULTA 3638/2009 
CONSULENTE: T.P. 
RELATORA: CONSA. CLAUDIA NAVARRO CARVALHO DUARTE LEMOS 
Ementa: “É vedado ao médico receitar ou atestar de forma secreta ou ilegível” Art. 39 CEM 
I - PARTE EXPOSITIVA 
Trata-se de consulta sobre a existência de norma ou regulamentação, em vigor, que exija que a 
prescrição de receitas, pedidos de exames, etc., sejam legíveis a pacientes e atendentes de postos. 
II - PARTE CONCLUSIVA 
É pertinente lembrar que, ao prescrever, o médico deve estar atento à legislação vigente, que é 
normatizada pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA e pelo Conselho Federal de 
Medicina: Resolução CFM 1246/1988. A legislação rege que o papel para prescrição deve conter 
identificação do profissional, registro no Conselho Regional de Medicina; designação da 
especialidade, subespecialidade ou competência legalmente atribuída ou reconhecida pelo CFM; 
local, número de telefone, endereço. 
Consta na Resolução 1246/1988: Código de Ética Médica: 
É vedado ao médico: 
Art.39: Receitar ou atestar de forma secreta ou ilegível, assim como assinar, em branco, folhas de 
receituários, laudos, atestados ou quaisquer outros documentos médicos. 
Segundo o Ministério da Saúde, a receita médica deve ser preenchida com escrita legível, em 
português, por extenso, a tinta, de forma informatizada ou manualmente. 
Portanto, pedidos de exame ou receitas médicas ilegíveis constituem infração ao Código de Ética 
Médica e à legislação vigente. 
Este é o parecer, 
Belo Horizonte, 10 fevereiro 2009. 
Conselheira 
Claudia Navarro Carvalho Duarte Lemos 
Aprovado em Sessão Plenária do dia 14/02/2009. 
 
Atestado Médico 
Atestado médico 
Definições: 
 
“Atestar é certificar por escrito”. 
 
“Documento que resume, de forma objetivae singela, um fato 
médico e suas conseqüências”. 
 
“Documento que atesta a veracidade em relação a datas, 
assistência, internações, necessidade de exames 
complementares, todos de maneira genérica, não 
especificando a doença”. 
 
- Art. 73 - Revelar o fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua 
profissão, salvo por justa causa, dever legal ou autorização expressa do paciente. 
Parágrafo único - Permanece essa proibição: 
a) Mesmo que o fato seja de conhecimento público ou que o paciente tenha 
falecido. 
b) Quando do depoimento como testemunha. Nesta hipótese o médico 
comparecerá perante a aut oridade e declarará seu impedimento. 
- Art. 74 - Revelar segredo profissional referente a paciente menor de idade, 
inclusive a seus pais ou responsáveis legais, desde que o menor tenha capacidade 
de avaliar seu problema e de conduzir-se por seus próprios meios para solucioná-lo, 
salvo quando a não revelação possa acarretar danos ao paciente. 
- Art. 75 - Fazer referência a casos clínicos identificáveis, exibir pacientes ou seus 
retratos em anúncios profissionais ou na divulgação de assuntos médicos em 
programas de rádio, televisão ou cinema, e em artigos, entrevistas ou reportagens 
em jornais, revistas ou outras publicações legais. 
 
 
Código de Ética Médica: 
CAPÍTULO IX - SEGREDO MÉDICO – É vedado... 
 
- Art. 76 - Revelar informações confidenciais obtidas quando do exame 
médico de trabalhadores inclusive por exigência dos dirigentes de empresas 
ou instituições, salvo se o silêncio puser em risco a saúde dos empregados 
ou da comunidade. 
- Art. 77 - Prestar a empresas seguradoras qualquer informação sobre as 
circunstâncias da morte de paciente seu, além daquelas contidas no próprio 
atestado de óbito, salvo por expressa autorização do responsável legal ou 
sucessor. 
- Art. 78 - Deixar de orientar seus auxiliares e de zelar para que respeitem o 
segredo profissional a que estão obrigados por lei. 
. 
- Art. 79 - Deixar de guardar o segredo profissional na cobrança de 
honorários por meio judicial ou extrajudicial. 
Código de Ética Médica: 
CAPÍTULO IX - SEGREDO MÉDICO – É vedado... 
Atestado médico 
 
Sigilo de diagnóstico: 
 
- Só deve haver quebra de segredo a pedido do paciente, por 
justa causa ou por dever legal. 
 
 - Art. 102 do Código de Ética Médica. 
- Portaria 3.291/1984 – Ministério da Previdência Social – 
Necessidade de CID. 
 
 
- Art. 80. Expedir documento médico sem ter praticado ato 
profissional que o justifique, que seja tendencioso ou que não 
corresponda à verdade. 
Art. 81. Atestar como forma de obter vantagens. 
 
Art. 82. Usar formulários de instituições públicas para prescrever ou 
atestar fatos verificados na clínica privada. 
 
Art. 83. Atestar óbito quando não o tenha verificado pessoalmente, ou 
quando não tenha prestado assistência ao paciente, salvo, no último 
caso, se o fizer como plantonista, médico substituto ou em caso de 
necropsia e 
verificação médico-legal. 
 
Código de Ética Médica: 
CAPÍTULO X – ATESTADO E BOLETIM MÉDICO 
 
 
Art. 84. Deixar de atestar óbito de paciente ao qual vinha prestando 
assistência, exceto quando houver indícios de morte violenta. 
 
Art. 85. Permitir o manuseio e o conhecimento dos prontuários por 
pessoas não obrigadas ao sigilo profissional quando sob sua 
responsabilidade. 
 
 
Código de Ética Médica: 
CAPÍTULO X – ATESTADO E BOLETIM MÉDICO 
 ALGUNS DESTAQUES DO 
CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA 
ABANDONO DE PACIENTE 
O MÉDICO NÃO PODE ABANDONAR O PACIENTE 
“É vedado ao médico abandonar paciente sob seus cuidados. 
( Cap. 5, art. 36) § 1º Ocorrendo fatos que, a seu critério, 
prejudiquem o bom relacionamento com o paciente ou o 
pleno desempenho profissional, o médico tem o direito de 
renunciar ao atendimento, desde que comunique 
previamente ao paciente ou a seu representante legal, 
assegurando-se da continuidade dos cuidados e fornecendo 
todas as informações necessárias ao médico que lhe 
suceder.” 
CONSENTIMENTO ESCLARECIDO 
O PACIENTE PRECISA DAR O CONSENTIMENTO 
“É vedado ao médico deixar de obter consentimento do 
paciente ou de seu representante legal após esclarecê-lo 
sobre o procedimento a ser realizado, salvo em caso de 
risco iminente de morte.” (Cap. 4, Art. 22). 
 
DENÚNCIA DE TORTURA 
O MÉDICO É OBRIGADO E DENUNCIAR TORTURA 
“ É vedado ao médico deixar de denunciar prática de 
tortura ou de procedimentos degradantes, desumanos ou 
cruéis, praticá-las, bem como ser conivente com quem as 
realize ou fornecer meios, instrumentos, substâncias ou 
conhecimentos que as facilitem” ( Cap. 4, Art. 25.) 
ALGUNS DESTAQUES DO 
CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA 
 
DIREITO DE ESCOLHA 
O MÉDICO DEVE ACEITAR AS ESCOLHAS DOS PACIENTES 
 
 
“No processo de tomada de decisões profissionais, de 
acordo com seus ditames de consciência e as previsões 
legais, o médico aceitará as escolhas de seus pacientes, 
relativas aos procedimentos diagnósticos e terapêuticos 
por eles expressos, desde que adequadas ao caso e cientificamente 
reconhecidas” (Cap. 1, XXI) 
ALGUNS DESTAQUES DO 
CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA 
Codigo Penal Brasileiro - Falsidade de atestado médico: 
 
Art. 302 - Dar o médico, no exercício 
da sua profissão, atestado falso: 
 
Pena - detenção, de 1 (um) mês a 1 (um) ano. 
Atestado falso 
 
Atestado Médico 
 
Atestado, segundo o tipo: 
 - Óbito 
 - Vacina 
 - Sanidade física ou mental 
 - Insanidade física ou mental 
 - Capacidade laborativa 
 Atestado, segundo a procedência: 
 Administrativos 
 Judiciários 
 Oficiosos 
 Atestado, segundo o conteúdo: 
 Idôneos 
 Graciosos 
 Imprudentes 
 Falsos 
 
 
Atestado Médico 
 
 RESOLUÇÃO CFM n.º 1.658/2002 
 
• Normatiza a emissão de atestados médicos 
e dá outras providências. 
 
Resolução CFM 
n.º1.658/2002 
Art. 1º O atestado médico é parte integrante do ato médico, 
sendo seu fornecimento direito inalienável do paciente, não 
podendo importar em qualquer majoração de honorários. 
Art. 2º Ao fornecer o atestado, deverá o médico registrar em 
ficha própria e/ou prontuário médico os dados dos exames e 
tratamentos realizados, de maneira que possa atender às 
pesquisas de informações dos médicos peritos das empresas 
ou dos órgãos públicos da Previdência Social e da Justiça. 
Art. 3º Na elaboração do atestado médico, o médico assistente 
observará os seguintes procedimentos: 
a.especificar o tempo concedido de dispensa à atividade, 
necessário para a completa recuperação do paciente; 
b.estabelecer o diagnóstico, quando expressamente autorizado 
pelo paciente; 
c.registrar os dados de maneira legível; 
d.identificar-se como emissor, mediante assinatura e carimbo 
ou número de registro no Conselho Regional de Medicina. 
 
Resolução CFM 
n.º1.658/2002 
Art. 4º É obrigatória, aos médicos, a exigência de prova de 
identidade aos interessados na obtenção de atestados de qualquer 
natureza envolvendo assuntos de saúde ou doença. 
§ 1º Em caso de menor ou interdito, a prova de identidade 
deverá ser exigida de seu responsável legal. 
§ 2º Os principais dados da prova de identidade deverão 
obrigatoriamente constar dos referidos atestados. 
Resolução CFM 
n.º1.658/2002 
Art. 5º Os médicos somente podem fornecer atestados com o 
diagnóstico codificado ou não, quando por justa causa, exercício de 
dever legal, solicitação do próprio paciente ou de seu representante 
legal. 
Parágrafo único 
No caso da solicitação de colocação de diagnóstico, 
codificado ou não, ser feita pelo próprio paciente ou seu 
representante legal, esta concordância deverá estar expressa 
no atestado. 
Resolução CFMn.º1.658/2002 
Art. 6º Somente aos médicos e aos odontólogos, estes no estrito âmbito de 
sua profissão, é facultada a prerrogativa do fornecimento de atestado de 
afastamento do trabalho. 
§ 1º Os médicos somente devem aceitar atestados para avaliação de 
afastamento de atividades quando emitidos por médicos habilitados e inscritos 
no Conselho Regional de Medicina, ou de odontólogos, nos termos do caput 
do artigo. 
§ 2º O médico poderá valer-se, se julgar necessário, de opiniões de outros 
profissionais afetos à questão para exarar o seu atestado. 
§ 3º O atestado médico goza da presunção de veracidade, devendo ser 
acatado por quem de direito, salvo se houver divergência de entendimento por 
médico da instituição ou perito. 
§ 4º Em caso de indício de falsidade no atestado, detectado por médico em 
função pericial, este se obriga a representar ao Conselho Regional de Medicina 
de sua jurisdição. 
Resolução CFM 
n.º1.658/2002 
Declaração de óbito 
“Atestado de óbito” 
Declaração de óbito 
• Finalidades 
– Confirmar a morte. 
– Determinar a causa da morte. 
– Satisfazer interesses de ordem civil, 
estatístico demográfica e político-
sanitária. 
 Morte e o Código Civil 
• Inscrever em registro público: nascimento e morte 
 - Art 9º Serão registrados em registro público: 
 I – os nascimentos, casamentos e óbitos. 
 - Lei dos Registros Públicos 
 - Art 29 Serão declarados nos Registros Civis de Pessoas: 
 I - os nascimentos 
 II - os casamentos 
 III - os óbitos 
Declaração de óbito 
• Lei 6.126/1975: 
“Nenhum sepultamento será feito sem certidão oficial 
de registro do local de falecimento, extraída após 
lavratura do assento de óbito, em vista de atestado 
médico, se houver no lugar, ou, em caso contrário, de 
duas pessoas qualificadas que tiverem presenciado ou 
verificado a morte” 
 
Declaração de óbito 
• RESOLUÇÃO CFM nº 1.779/2005 
Art. 1º - O preenchimento dos dados constantes na 
declaração de óbito são da responsabilidade do 
médico que a atestou. 
Art. 2º - Os médicos no preenchimento da declaração 
de óbito obedecerão as seguintes normas: 
Responsabilidade de 
atestar o óbito 
I. Morte sem assistência médica (“natural”): 
a) Nas localidades com Serviço de Verificação de Óbitos 
(SVO): 
• A Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos 
médicos do SVO; 
Responsabilidade de 
atestar o óbito 
I. Morte sem assistência médica (“natural”): 
b) Nas localidades sem SVO : 
 A Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos 
médicos do serviço público de saúde mais próximo do local 
onde ocorreu o evento; na sua ausência, por qualquer 
médico da localidade. 
Responsabilidade de 
atestar o óbito 
II. Morte com assistência médica (“natural”): 
a) A Declaração de Óbito deverá ser fornecida, sempre que 
possível, pelo médico que vinha prestando assistência ao 
paciente. 
Responsabilidade de 
atestar o óbito 
II. Morte com assistência médica (“natural”): 
b) A Declaração de Óbito do paciente internado sob 
regime hospitalar deverá ser fornecida pelo médico 
assistente e, na sua falta por médico substituto 
pertencente à instituição. 
Responsabilidade de 
atestar o óbito 
II. Morte com assistência médica (“natural”): 
c) A declaração de óbito do paciente em tratamento sob 
regime ambulatorial deverá ser fornecida por médico 
designado pela instituição que prestava assistência, ou 
pelo SVO; 
Responsabilidade de 
atestar o óbito 
II. Morte com assistência médica (“natural”): 
d) A Declaração de Óbito do paciente em tratamento sob 
regime domiciliar (Programa Saúde da Família, internação 
domiciliar e outros) deverá ser fornecida pelo médico 
pertencente ao programa ao qual o paciente estava 
cadastrado, ou pelo SVO, caso o médico não consiga 
correlacionar o óbito com o quadro clínico concernente ao 
acompanhamento do paciente. 
Responsabilidade de 
atestar o óbito 
• Paciente natimorto (“natural”): 
– Em caso de morte fetal, os médicos que prestaram 
assistência à mãe ficam obrigados a fornecer a 
Declaração de Óbito quando a gestação tiver duração 
igual ou superior a 20 semanas ou o feto tiver peso 
corporal igual ou superior a 500 (quinhentos) gramas 
e/ou estatura igual ou superior a 25 cm. 
Responsabilidade de 
atestar o óbito 
• Paciente com morte violenta ou suspeita: 
A Declaração de Óbito deverá, 
obrigatoriamente, ser fornecida pelos 
serviços médico-legais 
Declaração de 
óbito 
3 Vias: 
- Branca: SMS 
- Amarela: 
 Família  Cartório 
- Rosa: variável (IML / 
hospitais / posto de saúde) 
Bloco I 
Bloco II 
Bloco III 
Bloco IV 
Bloco V 
Bloco VI 
Bloco VII 
Bloco VIII 
Bloco IX 
Atestado de 
óbito 
Preenchimento da D.O. 
Preenchimento da D.O. 
Preenchimento da D.O. 
BLOCO VI: Condições e causas do óbito 
X 
Preenchimento da D.O. 
Guia: Solicitação de perícia 
médico-legal 
Solicitação de perícia médico-legal 
• Perícia criminal: 
 - Somente é realizada quando solicitada por uma das 
seguintes autoridades: 
 - Delegado de polícia (civil ou federal). 
 - Promotor de justiça. 
 - Juiz. 
 - Policial militar que estiver presidindo IPM. 
• Perícia civil: 
 - Juiz. 
Guia: Solicitação 
de perícia médico-
legal 
Laudos: perícias no vivo e no 
morto 
Composição do laudo 
• Preâmbulo: solicitante, peritos, local, data, hora, tipo de 
 perícia 
• Histórico: “anamnese médico-legal” – próprio examinado 
 ou colhido da guia / relatório médico 
• Descrição 
• Discussão – se necessário – elementos históricos não 
 batem com a lesão 
• Conclusão – afirmativa ou negativa 
• Quesitos – perguntas com finalidade de de estabelecer 
 elementos de um fato típico – padronizados 
• Resposta aos quesitos 
Laudo de perícia no vivo 
Preâmbulo 
Histórico 
Descrição 
Quesitos 
Resposta aos quesitos 
Laudo de perícia no morto 
Preâmbulo 
Histórico 
Descrição 
Laudo de perícia no morto 
Descrição 
Quesitos 
Conclusão 
Resposta aos quesitos 
 Quesitos – definições 
 
• Perguntas objetivas que buscam direcionar a conclusão da 
perícia em determinado sentido (enquadramento em 
determinado crime, defesa de determinado ponto de vista, 
etc). 
• Podem ser obrigatórios ou complementares (suplementares) 
na esfera criminal. 
 - Quesitos obrigatórios: 
– Podem variar de estado para estado. 
– Em Minas Gerais foram definidos pelo Decreto Estadual 5.141 de 
25/10/1956. 
 - Quesitos complementares (suplementares): 
– Podem ser formulados pela autoridade policial/judiciária, por advogados, 
assistentes técnicos ou pelo próprio acusado/vítima. 
 
 Quesitos – necrópsia 
 Decreto Estadual 5.141 de 25/10/56 
1º) Houve morte? Ex.: sim, não, sem elementos para afirmar. 
2º) Qual a causa da morte? 
Ex.: TCE contuso, hemorragia interna secundária a..., indeterminada... 
3º) Qual o instrumento ou meio que produziu a morte? 
Ex.: Pérfuro-contundente, contundente, corto-contundente, físico-químico, 
biodinâmico, sem elementos para afirmar... 
4º) A morte foi produzida com emprego de veneno, fogo, explosivo, 
asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia 
resultar em perigo comum? 
Ex.: sim, não, sem elementos para afirmar, prejudicado. 
 
Parecer médico legal 
 Parecer médico legal 
 
• Solicitado na necessidade de esclarecimentos aprofundados. 
 - Divergências na interpretação de achados da perícia. 
• Quem faz um parecer:perito ou professor com competência 
“inquestionável” e autoridade “reconhecida” na área. 
• Partes: preâmbulo, exposição (motivo, quesitos e histórico), 
discussão e conclusão. 
 - Não há descrição. Dúvidas com respeito à interpretação dos 
achados. 
• Geralmente baseia-se no(s) laudo(s) e não no exame direto. 
Obrigado pela 
atenção!!!

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