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RESUMO - MEDICINA LEGAL - PERÍCIA MÉDICO-LEGAL

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1 
 
 by Santynna Laet 
@santalaet 
 
 
RESUMO 
 
 
 
 
MEDICINA LEGAL 
 
 
 
 
 
Atenção: apostila baseada no meu entendimento acerca das aulas 
ministradas pelo Professor Edson Pacheco (Mestre em Perícias Forenses 
e Perito Criminal aposentado). Instagram: @pachecopericias 
 
 
 
 
APOSTILA 03 
 
 
2 
 
 by Santynna Laet 
@santalaet 
Perícia médico-legal 
Continuação... 
 Art. 163, CPP. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade providenciará 
para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a diligência, da qual se lavrará auto 
circunstanciado. 
Comentário – A exumação de um cadáver subentende uma necessidade de exame pericial. Então, 
a exumação é um exame pericial. A autoridade requisitante da exumação pode ser o delegado/juiz/ 
membro do MP. 
 Atenção – o exame pericial de exumação somente pode ocorrer mediante mandado judicial. 
OBS = auto circunstanciado é uma espécie de relatório no qual vai constar os fatos apurados na 
diligência, tendo o perito, então, o prazo de 10 dias para expedir este laudo pericial. Tal prazo é 
contato a partir do recebimento da requisição. 
OBS. EXUMAÇÃO X INUMAÇÃO = enquanto inumação é enterro; exumação é o inverso do enterro, 
ou seja, um desenterramento de cadáver. 
 Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem encontrados, 
bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no local do 
crime. 
Comentário – Tudo o que se refere ao cadáver no local do crime em que houve morte violenta não 
cabe ao perito legista e sim ao perito criminal. Então, o perito criminal deve realizar o exame 
perinecroscópico/cadavérico, ou seja, exame do local do crime quando há morte violenta 
considerando o entorno do cadáver no local, incluindo o cadáver, devendo o perito criminal 
determinar as lesões encontradas no corpo, mas claro que ele não pode fazer nenhum procedimento 
invasivo no cadáver, ex. cortar o cadáver;; só quem pode fazer isso é o médico legista no IML. 
Atenção – local de morte violenta nem sempre quer dizer que houve um crime de homicídio doloso, 
morte violenta é abrangente, na qual se incluem homicídio, suicídio, acidente... 
Atenção – o laudo pericial do local de crime é muito importante porque as lesões de morte violenta 
encontradas pelo perito criminal devem coincidir, em quantidade/tipo, com as lesões encontradas 
no IML pelo médico legista. 
 Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, quando possível, 
juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente 
rubricados. 
 
 Art. 170. Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a 
eventualidade de nova perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com 
provas fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou esquemas. 
 
Comentário = é imprescindível que os peritos tirem fotografias do local do crime/ cadáver para 
constar nos laudos. Tal artigo prevê a chamada contraprova, isto é, guarda de uma quantidade 
3 
 
 by Santynna Laet 
@santalaet 
mínima do material examinado, na repartição pericial, que seja suficiente para repetição do exame; 
isso é muito comum em exame de substancia psicotrópica/ envenenamento [ em pedaços de vísceras]. 
 
 Art. 178. No caso do art. 159, o exame será requisitado pela autoridade ao diretor da 
repartição, juntando-se ao processo o laudo assinado pelos peritos. 
Comentário – Nenhum exame de perícia criminal pode ser requisitado, seja por qualquer 
autoridade [delegado, MP ou juiz] direcionado a DETERMINADO perito; a autoridade requisitante 
não pode escolher o perito. Toda requisição de exame pericial deve ser direcionada ao Chefe 
da repartição pericial e é ele quem vai designar o perito que vai realizar o exame. Isto serve para 
preservar a autonomia do exame pericial e não haver a possibilidade de direcionamento do exame. 
 Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em 
parte. 
 
Comentário – O juiz, cível ou criminal, não é obrigado a seguir o resultado do laudo, mas deve ser 
fundamentado. 
 Art. 168, CPP. Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido 
incompleto, proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial 
ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, 
ou de seu defensor. 
§ 1o No exame complementar, os peritos terão presente o auto de corpo de delito, a fim de 
suprir-lhe a deficiência ou retificá-lo. 
§ 2o Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no art. 129, § 1o, I, do Código 
Penal, deverá ser feito logo que decorra o prazo de 30 dias, contado da data do crime. 
§ 3o A falta de exame complementar poderá ser suprida pela prova testemunhal. 
Comentário – Pergunta: Por que existe a previsão legal da necessidade de exame complementar 
no caso de lesão corporal? R= pela necessidade de qualificar a lesão. Assim, 30 dias depois do 
primeiro exame, deve ser realizado o exame complementar para verificar se a lesão é grave ou 
gravíssima, sempre que houver suspeita. 
Obs. Auto de corpo de delito = o laudo do 1º exame. 
 
 RESOLUÇÕES DO CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA 
 R-CFM nº 1.627/2001 
 
 Art. 1º - Conceito de ato médico = procedimento técnico-profissional praticado por médico 
legalmente habilitado 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art159..
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art129%C2%A71i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art129%C2%A71i
4 
 
 by Santynna Laet 
@santalaet 
Comentário – o exame pericial de medicina legal é um ato médico, ou seja, só pode ser 
executado por um médico. 
 
 Art. 3º - As atividades de coordenação, direção, chefia, perícia, auditoria, supervisão e ensino 
dos procedimentos médicos privativos incluem-se entre os atos médicos e devem ser 
exercidos unicamente por médico. 
 
 R-CFM nº 1.635/2002 
 
 Art. 1º - É vedada ao médico realizar exames médico-periciais de corpo de delito em seres 
humanos no interior dos prédios e ou dependências de delegacias, seccionais ou sucursais 
de Polícia, unidades militares, casas de detenção e presídios. 
Comentário – Esta vedação ocorre para evitar qualquer influência/coação no resultado da perícia. 
 
 Art. 2º - É vedado ao médico realizar exames médico-periciais de corpo de delito em seres 
humanos contidos através de algemas ou qualquer outro meio, exceto quando o periciando 
oferecer risco à integridade física do médico perito. 
 
Comentário – Esta vedação ocorre para que o exame pericial não sofra nenhuma limitação; 
liberdade para examinar completamente. 
 
DOCUMENTOS MÉDICOS-LEGAIS 
Obs. Documentos médico-legais não somente são emitidos por peritos legistas, mas por todo e 
qualquer médico. 
 
 NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA 
Comunicação obrigatória de moléstias infectocontagiosas, doenças do trabalho, constatações de 
morte encefálica e de determinados exames laboratoriais - autoridade pública respectiva tem a 
obrigação de notificar por necessidade/finalidade social [ ex. comunicação compulsória de 
violência domésticacontra a mulher, morte encefálica – para doação de órgãos - ou sanitária [ ex. 
doenças] 
 Portaria nº 33/MS de 2005 = estabelece todas as doenças que necessitam de 
comunicação compulsória as autoridades competentes; 
 Art. 269 CP prevê crime para o caso de omissão de notificação de doença; 
 Documentos padronizados – doenças [ dengue, aids, covid]; CAT [acidente de trabalho, 
inclui doença ocupacional e de trabalho]; comunicação de ocorrência de crime de ação 
penal pública incondicionada]; morte encefálica; violência contra a mulher 
 
 ATESTADO MÉDICO 
5 
 
 by Santynna Laet 
@santalaet 
Declaração escrita de um fato médico e suas possíveis consequências = é o resultado de um 
exame clínico. 
 1ª Classificação 
A] Oficioso = para justificar ausência de trabalho/aulas [paciente]; 
B] Administrativo = para solicitar licenças, aposentadoria [serviço público], para emprego 
ou para concurso; 
C] Judiciário = requisitado por juízes; 
 2ª Classificação 
A] Atestados clínicos =simples declarações para certificar condições de sanidade ou 
enfermidade de quem passou por procedimento médico; 
B] Atestados para fins previdenciários = comprovação de estado patológico [INSS]; 
C] Atestado de óbito = para atestar a morte de uma pessoa[ deve conter qualificação e 
endereço da pessoa, dia, hora, local e causa do óbito]. 
Os atestados de óbito podem ser de 3 tipos: 
1] por morte natural = só quem tem atribuição de emitir este atestado é o próprio médico 
que tenha assistido/acompanhado/conheça bem o estado patológico do paciente; 
2] por morte natural por doenças mal definidas = médicos do Serviço de Verificação de 
Óbito [SVO]. 
Obs. Nas capitais e grandes cidades, dentro da estrutura do próprio IML, vai existir o SVO, 
separado do IML. A diferença é que o IML só expede atestado de óbito de morte 
violenta; e o SVO qualquer outra morte que não seja violenta, esses podem atestar até 
por morte natural, se for o caso. Já nas cidades pequenas que não tem o SVO, o IML é 
obrigado a afazer o papel do SVO. 
3] por morte violenta = quando a morte decorrer de acidente, suicídio, homicídio ou 
suspeita de homicídio [ realizado pelo IML.] 
 
 Elementos de um atestado 
A] papel timbrado/ receituário – deve constar nome do médico/clínica/hospital/CRM/ 
endereço profissional, telefone; 
B] cabeçalho = título ‘atestado’ 
C] descrição = nome do requerente, referência a solicitação do interessado, finalidade do 
mesmo, suas consequências, tempo de repouso ou afastamento [se for o caso]; 
D] data e local 
E] assinatura e carimbo = deve constar nome do médico, especialidade e CRM; 
 
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 by Santynna Laet 
@santalaet 
 Resolução 1685/2002 do CFM – normatiza a emissão de atestados médicos e dá outras 
providencias: 
 
 Art. 5º - Os médicos somente podem fornecer atestados com o diagnóstico codificado [CID] 
ou não quando por justa causa, exercício de dever legal, solicitação do próprio paciente ou de 
seu representante legal. 
 
Parágrafo único - No caso da solicitação de colocação de diagnóstico, codificado ou não, ser 
feita pelo próprio paciente ou seu representante legal, esta concordância deverá estar expressa 
no atestado. 
 
Obs. No atestado precisa constar o CID [causa do afastamento]? R: Não, eventual exigência é 
ilegal, a não ser que se trate de exigência legal. Inclusive, tem uma regulamentação do CFM que 
determina que se o paciente solicitar o CID, essa solicitação deve constar no atestado de forma 
expressa com assinatura do paciente. Não pode conter o CID no atestado, em regra, para evitar 
constrangimento do paciente.

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