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A NECESSIDADE DE SE REPENSAR A LEI 10 8262003 (ESTATUTO DO DESARMAMENTO) FRENTE AOS GRANDES ÍNDICES DA CRIMINALIDADE BRASILEIRA

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FACULDADE MULTIVIX 
 
 
 
IGOR PASSOS NASCIMENTO 
JOÃO VICTOR PEDROZA MARTINS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
A NECESSIDADE DE SE REPENSAR A LEI 10.826/2003 (ESTATUTO DO 
DESARMAMENTO) FRENTE AOS GRANDES ÍNDICES DA CRIMINALIDADE 
BRASILEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VITÓRIA 
2019 
 
 
Igor Passos Nascimento 
João Victor Pedroza Martins Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A NECESSIDADE DE SE REPENSAR A LEI 10.826/2003 (ESTATUTO DO 
DESARMAMENTO) FRENTE AOS GRANDES ÍNDICES DA CRIMINALIDADE 
BRASILEIRA 
 
 
Trabalho acadêmico de avaliação referente à 
disciplina de Leis Penais Especiais do curso de 
Direito, da Faculdade Multivix como requisito 
parcial de obtenção de nota para aprovação na 
referida disciplina. 
Professor: Gabriel Martinelli 
 
 
 
 
 
 
VITÓRIA 
2019 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................3 
2. REFERENCIAL TEÓRICO................................................................4 
2.1. ASPECTO HISTÓRICO............................................................4 
2.2. CONCEITUAÇÃO DE ARMAS.................................................5 
2.3. A POPULAÇÃO EM MEIO ÀS ARMAS ILEGAIS.....................6 
2.4.ÍNDICES DE VIOLÊNCIA..........................................................7 
2.5.VIOLAÇÃO A DIREITO FUNDAMENTAL..................................8 
2.6. INEFICÁCIA DA LEGISLAÇÃO..............................................9 
3. CONCLUSÃO....................................................................................9 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................10 
 
 
 
3 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
No momento atual país, em que governo eleito de forma democrática, tendo como 
proposta de seu governo a liberação de armas, valioso é debater o tema que carrega 
grande importância em si e que tem o apoio de boa parte da população. 
A questão necessária a ser feita em meio a importante discussão armamentista é se 
a principal legislação que rege o tema tem sido bem aproveitada em nosso 
ordenamento ou não. 
A relevância do tema revela-se no momento em que tratamos de direitos e garantia 
fundamentais, quando o assunto tem a capacidade de influir na vida ou morte de um 
indivíduo. 
A questão do armamento no Brasil é antiga, saindo de um momento que era liberado 
ou não proibido possuir armas, para um momento de regulamentação desses objetos. 
Porém, nunca houve um consenso da população, tanto que houve um referendo em 
2005 e a população votou pela manutenção de um artigo de modo a permitir a 
comercialização de armas de fogo. 
Ao longo da pesquisa será demonstrado a ineficácia da presente legislação em face 
do seu objetivo principal e norteador, reduzir a criminalidade e garantir segurança à 
população. 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1. ASPECTO HISTÓRICO 
 
O Brasil em seu crescimento populacional e sua economia emergente, acompanhado 
da desigualdade social, trouxe as mazelas da criminalidade ao longo dos anos. 
Algumas medidas foram tomadas como forma de tentar diminuir os altos índices de 
violência no país, como a lei 10.826/2003, conhecida por Estatuto do Desarmamento. 
O estatuto retirou a legalidade do porte de armas para o cidadão, constituindo alguns 
tipos penais nos casos de ilegalidades em possuir ou na aquisição do equipamento. 
O estatuto do desarmamento foi criado no intuito de diminuir a quantidade de armas 
de circulação entre a população para que com isso possivelmente diminuísse os 
índices de criminalidade no país. 
Vale destacar que quando armas estão no centro de um debate, em sua grande 
maioria, por vezes, estão se referindo à artefatos com alto poder letal acionado por 
meio de disparos concomitante da ação humana. 
Importante passar a informação que não se discorda de um mundo totalmente sem 
armas, acontece que a utilização deste meio não se iniciou com os avanços da 
tecnologia, começou na pré-história com a utilização de pedras e paus para caça e 
conquista de territórios. Além disso, até no período de escrita bíblica, as armas 
estiveram acompanhando sacerdotes, exércitos, apóstolos, entre outros durante os 
milênios de anos que se passaram no antigo e novo testamento. 
Conforme TEIXEIRA, (2001, p.15), “[...] desde seu surgimento na face da Terra até os 
dias atuais, o homem se utiliza de algum meio para efetuar sua autodefesa. Apenas o 
que mudou foram as armas ou os meios utilizados, que acompanharam o 
desenvolvimento de novas técnicas, a descoberta de novos materiais e as novas 
tecnologias que surgiram ao longo da própria evolução humana.” 
5 
 
 
Ainda segundo TEIXEIRA (2018, p. 13): “As armas, que no começo eram apenas 
pedras e paus, evoluíram ao longo do tempo. O homem percebeu que, se afiasse uma 
das pontas de um galho de árvore caído, esse objeto seria mais útil para seus 
propósitos de defesa do que se o mesmo não estivesse afiado. Amarrando-se um cipó 
nas duas pontas de um galho, fazia-se um arco, que impulsionava outros galhos a 
distância e assim por diante. ” 
Com toda a evolução e a irretroatividade das descobertas humanas, é impossível de 
tal fato acontecer, tanto que não se pensa em tropas de segurança pública sem armas 
letais como forma de controle ao caos social. 
 
 
2.2. CONCEITUAÇÃO DE ARMAS 
 
Como dito um pouco acima, quando se discute o assunto de armamentos, a ideia que 
se tem é de armas de fogo propriamente ditas, porém o conceito de armas é bem mais 
extenso, envolvendo outros tipos de artefatos e talvez essa seja uma das falhas do 
estatuto, criminalizar as armas de fogo como se ela fosse a única causadora dos altos 
índices de violência. 
O foco para as armas de fogo também foi dado no Decreto 3.665/2000, este que dá 
nova redação ao Regulamento para a Fiscalização de Produtos Controlados; o que 
pode ser observado na conceituação que a legislação traz em seu conteúdo, mas 
ainda sim a conceituação é importante para que entendamos sobre a diferenciação 
dos objetos, senão vejamos: 
 “Art. 3° Para os efeitos deste Regulamento e sua adequada aplicação, são 
adotadas as seguintes definições: 
X - arma automática: arma em que o carregamento, o disparo e todas as 
operações de funcionamento ocorrem continuamente enquanto o gatilho 
estiver sendo acionado (é aquela que dá rajadas); 
XI - arma branca: artefato cortante ou perfurante, normalmente constituído 
por peça em lâmina ou oblonga; 
XII - arma controlada: arma que, pelas suas características de efeito físico e 
psicológico, pode causar danos altamente nocivos e, por esse motivo, é 
controlada pelo Exército, por competência outorgada pela União; 
XIII - arma de fogo: arma que arremessa projéteis empregando a força 
expansiva dos gases gerados pela combustão de um propelente confinado 
6 
 
 
em uma câmara que, normalmente, está solidária a um cano que tem a 
função de propiciar continuidade à combustão do propelente, além de direção 
e estabilidade ao projétil; 
XIV - arma de porte: arma de fogo de dimensões e peso reduzidos, que pode 
ser portada por um indivíduo em um coldre e disparada, comodamente, com 
somente uma das mãos pelo atirador; enquadram-se, nesta definição, 
pistolas, revólveres e garruchas; 
XV - arma de pressão: arma cujo princípio de funcionamento implica o 
emprego de gases comprimidos para impulsão do projétil, os quais podem 
estar previamente armazenados em um reservatório ou ser produzidos por 
ação de um mecanismo, tal como um êmbolo solidário a uma mola, no 
momento do disparo; 
XVI - arma de repetição: arma em que o atirador, após a realização de cada 
disparo, decorrente da sua ação sobre o gatilho, necessita empregar sua 
força física sobre um componente do mecanismo desta para concretizar as 
operações prévias e necessárias ao disparo seguinte, tornando-a pronta para 
realizá-lo; 
XVII - arma de uso permitido: arma cuja utilização é permitida a pessoasfísicas em geral, bem como a pessoas jurídicas, de acordo com a legislação 
normativa do Exército; 
XVIII - arma de uso restrito: arma que só pode ser utilizada pelas Forças 
Armadas, por algumas instituições de segurança, e por pessoas físicas e 
jurídicas habilitadas, devidamente autorizadas pelo Exército, de acordo com 
legislação específica; 
XXII - arma portátil: arma cujo peso e cujas dimensões permitem que seja 
transportada por um único homem, mas não conduzida em um coldre, 
exigindo, em situações normais, ambas as mãos para a realização eficiente 
do disparo;” (BRASIL, 2000) 
A conceituação das diversas modalidades de armas é importante pois em alguns 
casos constituem espécies de tipos penais diferentes como no caso de posse de arma 
de fogo de uso restrito conforme art. 16 da lei 10.826/03. (BRASIL, 2003) 
 
 
2.3. A POPULAÇÃO EM MEIO ÀS ARMAS ILEGAIS 
 
Tal estatuto aqui discutido ao prever tipos penais específicos para quem mantivesse 
de forma irregular armas de fogo, coagiu indiretamente a população em geral a 
entrega de suas armas. Esta é uma das previsões falhas na legislação, pessoas mal-
intencionadas não devolvem armas voluntariamente. 
Benedito Gomes Barbosa Junior, mais conhecido como Bene Barbosa, em entrevista 
ao site Gazeta do Povo em 08/03/2015, em seu discurso, considerou que "o criminoso 
sempre achará uma forma de se armar, seja por contrabando, desvio e furto em 
instituições policiais, roubo de fóruns, roubo de armas de vigilantes particulares, 
7 
 
 
roubos em empresas de segurança, corrupção ou mesmo eventualmente roubo ou 
furto de cidadãos honestos. E, quando o próprio governo diz que o cidadão não pode 
ter uma arma pois pode ser roubado, o que ele está fazendo é assinando o atestado 
de incompetência para impedir, solucionar e punir crimes." 
E essa é uma das maiores críticas que podem ser levantadas em desfavor do estatuto, 
o mesmo só desarmou as pessoas que em sua grande maioria usavam os 
armamentos como forma de proteção e sustento. 
Neste sentido, afirma o jornalista Reinaldo Azevedo em artigo publicado em seu blog 
no site da Revista Veja, em 18/02/2017, que: “As pessoas que, de boa-fé, entregam 
as armas que têm ao estado certamente não estavam pensando em usá-las para 
impor a sua vontade aos outros. Os que têm esse objetivo não cedem ao apelo do 
Ministério da Justiça. Atribuir, ainda que de maneira oblíqua, a redução discreta do 
número de homicídios às campanhas do desarmamento corresponde a pegar carona 
em feitos alheios e a deixar de reconhecer o método que realmente funciona: polícia 
reprimindo crime e bandido na cadeia. ” 
 
 
2.4. ÍNDICES DE VIOLÊNCIA 
 
Um dos grandes questionamentos é como ficou o índice de violência após o estatuto, 
porém os dados que serviriam para alimentar os desarmamentistas não são positivos, 
somente na região sudeste que evidenciou queda conforme análise do mapa da 
violência de 2013. 
Paradoxalmente, o mapa da violência 2013 apresentado pelo instituto 
Sangari aponta o crescimento global de 11,2% do número de óbitos por arma 
de fogo na década 2000/2010 em todo o território nacional. Aponta, também, 
que, nessa mesma década, a mortalidade por armas de fogo na região Norte 
cresceu 195,2% e, na região Nordeste, 92,2%. Já na região Centro-Oeste, os 
quantitativos permaneceram praticamente estagnados e, na região Sul, 
apresentaram crescimento de 53,6%.Ainda de acordo com o PAGE Instituto 
Sangari, a única região a evidenciar quedas na última década é a Sudeste, 
cuja redução foi de 39,7%.Em suas considerações finais, este órgão 
pesquisador destaca que o vírus da imunodeficiência humana, (HIV), 
responsável pela AIDS, apenas no ano de 2010, matou 12.151 pessoas de 
todas as idades, sendo que, nesse mesmo ano, o número total de mortes por 
8 
 
 
arma de fogo foi de 38.892 pessoas.(TURESSI, 2014, p. 67) 
 
A análise demonstra que a legislação desarmamentista não foi eficaz para a redução 
da criminalidade, isto em pesquisa feita na época de governo que apoia a legislação 
e afirma o perigo das mesmas. Por esta razão, aqui se fundamenta mais um motivo 
para a revisão do estatuto do desarmamento. 
 
 
2.5. VIOLAÇÃO A DIREITO FUNDAMENTAL 
 
A Constituição Federal do Brasil de 1988, em seu “Caput”, do art. 5º prevê que: “Todos 
são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes.” (BRASIL, 
1988) 
Apesar de haver essa previsão na Constituição, o estado brasileiro não garante aos 
cidadãos esse direito de forma minimamente adequada, ele não é capaz de estar 
presente em todos os lugares e momentos, além disso os noticiários diariamente 
mostram a ineficácia do Estado no dever de proteção, vez que a todo momento está 
sendo relatado crimes que por muitas vezes tiram fatalmente a vida das pessoa. 
Sobre isso, vejamos a lição de Siqueira: 
DIREITO À SEGURANÇA PESSOAL: A segurança pública é o estado 
de permanência, preservação, estabelecimento da convivência 
pacífica entre os integrantes do corpo social, de modo a permitir a vida 
em sociedade e a interação entre as pessoas. Nossa Carta Magna 
estabelece em seu artigo 144: “... segurança é dever do Estado, direito 
e responsabilidade de todos", portanto o estado reparte a atribuição 
para assegurar um melhor alcance de proteção e tutela maior aos 
membros da sociedade. Responsabilidade é responder pelos seus 
atos, assumir os atos. Dessa forma, o cidadão tem o direito de zelar 
pela incolumidade própria em situações excepcionais. (SIQUEIRA, 
2003) 
9 
 
 
Sendo uma garantia fundamental e o estado não consegue oferecer a proteção de 
forma adequada, além de inconstitucional, retirar as armas de cidadão para 
promoverem sua própria defesa é imoral, é expor cidadãos, contribuintes, 
mantenedores das instituições brasileiras à ruina, o Estado viola deste modo um dos 
direitos primordiais, o direito de defender a própria vida. 
 
 
2.6. INEFICÁCIA DA LEGISLAÇÃO 
 
Pelos fatos, dados e lógica, percebe-se a ineficácia de tal legislação, uma vez que 
além de desarmar os cidadãos, não garantir a redução da criminalidade, pelo 
contrário, notar o aumento desta, fere o direito de proteção à vida das pessoas 
tornando-se sem utilidade prática, vez que não tem sentido uma lei que não atinge 
seus efeitos. 
Fernando Castelo Branco, em análise ao Estatuto do Desarmamento, conclui que a 
lei não atende à sua finalidade, qual seja a de “aliviar o estado crítico de insegurança 
pública”, constituindo tão somente numa violação a um direito do cidadão. Ressalta o 
autor: “Ainda que não se trate de um meio plenamente eficaz de segurança, não deixa 
de ser um direito do cidadão, diante da inoperância estatal, a decisão de se sentir 
mais ou menos seguro, adquirindo e portando, ou não, arma de fogo. Além de não ser 
eficaz no combate à criminalidade o desarmamento representa uma restrição ao 
exercício de direitos individuais. 
 
 
3. CONCLUSÃO 
 
Em tempos de discussões importantes sobre política, confusões institucionais, guerra 
entre poderes, o Brasil carece que liberdades e garantias sejam o centro da política 
brasileira, principalmente no que concerne à vida das pessoas. 
10 
 
 
Os índices de criminalidade elevados nos últimos anos fazem repensar as políticas 
públicas que foram criadas para reprimir a criminalidade, porém não foram 
adequadamente pensadas, como a lei 10.826/2003, que trouxe a ideia de 
desarmamento geral da população. 
A lei teve por finalidades a diminuição severa no número de armas circulando no 
mercado e consequentemente a diminuição no número de homicídios e crimes 
violentos. 
Conforme exposto, a legislação não colheu bons frutos, ela restringiu o direito dos 
cidadãos à autodefesa, colocando-os à mercê da proteção precária do Estado, 
ocasionandocom isso resultado contrário ao pretendido inicialmente, os índices de 
criminalidade aumentaram e aqueles que entregaram suas armas suas armas foram 
os maiores prejudicados. 
Ao analisar informações obtidas por meio de especialistas no assunto, órgão e 
entidades do poder público, a recomendação é uma revisão legislativa por meio dos 
responsáveis por tal poder no Brasil, além disso a revisão é necessária tendo em vista 
a inconstitucionalidade apontada, tanto jurídica, no momento em que fere o artigo 5º 
da Constituição Federal de 1988, restringindo o direito à segurança por meio da 
autodefesa, tanto moral, no momento em que expõe vidas às mazelas da proteção 
estatal e aos altos índices de criminalidade. 
 
 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ABRA, Ana Beatriz Berneculli Borges. A ineficácia do estatuto do desarmamento 
na redução da criminalidade. Disponível em: 
<http://www.conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/52868/a-ineficacia-do-estatuto-
do-desarmamento-na-reducao-da-criminalidade> acesso em 10 de set. de 2019. 
 
 
AZEVEDO, Reinaldo. Os números da violência e a farsa da campanha do 
desarmamento. Disponível em: <https://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/os-numeros-
da-violencia-e-a-farsa-da-campanha-do-desarmamento/> aceso em 10 de set. de 
2019. 
 
 
http://www.conteudojuridico.com.br/consultas/Artigos?articulista=Ana%20Beatriz%20Berneculli%20Borges%20Abra
http://www.conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/52868/a-ineficacia-do-estatuto-do-desarmamento-na-reducao-da-criminalidade
http://www.conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/52868/a-ineficacia-do-estatuto-do-desarmamento-na-reducao-da-criminalidade
https://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/os-numeros-da-violencia-e-a-farsa-da-campanha-do-desarmamento/
https://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/os-numeros-da-violencia-e-a-farsa-da-campanha-do-desarmamento/
11 
 
 
BARBOSA, Bene. As armas dos criminosos e a utopia do desarmamento – 
Gazeta do povo. Disponível em: 
<http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/as-armas-dos-criminosos-e-
autopia-do-desarmamento-0hcsx5nvlc5mzqow0ufhn8lo1> Acesso em: -06 set. 2019. 
 
 
BRASIL. Constituição Federal de 1988. Promulgada em 05 de outubro de 1988. 
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm 
> Acesso: 07 Set. de 2019. 
 
 
BRASIL. Lei n° 10.826, de 22 de dezembro de 2003. Disponível em: < 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.826.htm > Acesso: 06 Set. de 
2019. 
 
 
BRASIL. R-105 - DECRETO Nº 3.665, DE 20 DE NOVEMBRO DE 2000. Disponível 
em: < http://www.arcobrasil.com/t2147-r-105-decreto-n-3-665-de-20-de-novembro-
de-2000 > Acesso: 06 Set. de 2019. 
 
 
TEIXEIRA, João Luís Vieira. Armas De Fogo: elas não são as culpadas. 2ª Ed. 2018. 
 
 
TEIXEIRA, João Luís Vieira. Armas de Fogo: são elas as culpadas? São Paulo: 
LTr, 2001. 
 
 
TURESSI, Flávio Eduardo. Os dez anos do Estatuto do Desarmamento. In.: Revista 
Síntese Direito Penal e Processual Penal. Porto Alegre: Síntese, v. 15, n. 85, 
abr./maio, 2014.

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