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Lei 10826-03 - Estatuto de Desarmamento
LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE
LEI 10.826/03 – ESTATUTO DO DESARMAMENTO
ESTATUTO DO DESARMAMENTO
LEI 10.826/03
Ementa - Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, 
sobre o Sistema Nacional d e Armas – Sinarm, define crimes e dá outras providências.
INTRODUÇÃO
O Estatuto do Desarmamento brasileiro em análise surge em 22 de dezembro de 2003 
e veio regulamentar o porte e a posse de armas de fogo no território nacional, a partir dele é 
aplicada a Lei 10.826 e os crimes nela previstos. Antes dessa data, os crimes de armas eram 
definidos pelo antigo Estatuto através da Lei 9.437/97; anteriormente a esse período as infra-
ções relacionadas a arma de fogo constituíam apenas contravenções penais.
A doutrina entende que as infrações penais previstas nas leis de contravenções, ou seja, 
as contravenções relacionadas a armas, subsistem somente para arma branca, de modo que 
para as armas de fogo houve uma revogação parcial (derrogação):
 
Art. 36. (Lei 10.826/03) É revogada a Lei n. 9.437, de 20 de fevereiro de 1997.
COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO DOS CRIMES PREVISTOS NO ESTATUTO
Via de regra, os crimes presentes no Estatuto do Desarmamento serão julgados pela Jus-
tiça Estadual. Cabe destacar, no entanto, que esta regra não é absoluta, podendo haver exce-
ções, como nos casos de tráfico internacional de armas, por exemplo, que devem ser julgados 
pela Justiça Federal.
ATENÇÃO
Porte ilegal de armas praticado por militar
Em entendimento anterior dado pelos tribunais, o crime de porte ilegal de armas praticado 
pelo militar, inclusive com arma da instituição, era competência da justiça comum.
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Lei 10826-03 - Estatuto de Desarmamento
LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE
Ainda que normalmente os crimes presentes no Código Penal comum estivessem também 
no Código Penal Militar, esse fato ocorria pois o artigo 9º do CPM definia (e ainda define) 
especificamente em quais situações o militar responderia por um crime.
Com a alteração do Estatuto em 2003, foram criadas diversas leis esparsas - as leis 
extravagantes -, que não estavam inclusas no CPM e, portanto, não configuravam crimes 
militares, devendo estes ser julgados pela justiça comum. 
Acontece que, posteriormente, o artigo 9º do Código Penal Militar foi alterado, de maneira a 
considerar que o crime militar ele pode estar previsto em qualquer lugar, ou seja, qualquer 
crime pode ser um crime militar. Logo, os crimes definidos na legislação extravagante 
passaram a poder ser considerados crimes militares, desde que praticados no contexto do 
artigo 9º do CPM. Desse modo, o crime de porte ilegal de arma praticado pelo militar passou 
a ser também crime militar e, portanto, pode ser julgado pela justiça militar.
ARMAS DE FOGO APREENDIDAS
Art. 25. As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do laudo pericial e sua juntada aos autos, 
quando não mais interessarem à persecução penal serão encaminhadas pelo juiz competente ao 
Comando do Exército, no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas, para destruição ou doação 
aos órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas, na forma do regulamento desta Lei.
Obs.: O STJ entende que o responsável por decidir para qual organização as armas encon-
tradas serão encaminhadas é o juiz; no entanto, é o Comando do Exército que decide 
quais organizações poderão recebê-las. Desse modo, o Comando do Exército decide 
quais podem receber e o juiz, dentre aquelas, decide qual vai receber.
 ATENÇÃO
Antigamente vigorava a seguinte regra: as armas encontradas que não fossem compatíveis 
com o armamento utilizado pelas Forças de Segurança deveriam ser destruídas, enquanto 
aquelas que fossem compatíveis deveriam ser doadas. Porém, houve uma alteração em 
decretos presidenciais autorizando que as Forças de Segurança possam utilizar as armas 
encontradas que normalmente não são por elas utilizadas.
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Lei 10826-03 - Estatuto de Desarmamento
LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE
REGISTRO DE ARMA DE FOGO
Art. 3º É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão competente.
Atente-se para o fato que as armas devem ser cadastradas e registradas no Sistema 
Nacional de Armas (Sinarm) ou no Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma).
Antigamente vigorava a ideia de que as armas de uso permitido iam para o Sinarm, 
enquanto as armas de uso restrito iam para o Sigma. Contudo, os decretos de 2019 que regu-
lamentaram o Estatuto diferenciaram a distribuição do cadastro e registro de armas por órgão: 
para o Sigma são dirigidas as Forças Armadas, os militares, PM, o Corpo de Bombeiros, o 
GSI, e a ABIN, sejam suas armas de uso permitido ou restrito. Já as armas referentes aos 
demais órgãos (como Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Agentes Peni-
tenciários, Guardas Municipais, Policiais Legislativos) serão dirigidas ao Sinarm.
 
Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando do Exército, na 
forma do regulamento desta Lei.
VENDA DE ARMAS PARA TERCEIROS
Art. 4º § 5º A comercialização de armas de fogo, acessórios e munições entre pessoas físicas so-
mente será efetivada mediante autorização do Sinarm.
Como descrito pelo artigo 4º § 5º, para que uma arma de fogo seja transferida de seu 
detentor titular – em nome de quem está registrada e é emitido o CRAF (Certificado de Regis-
tro de Arma de Fogo) –, para um terceiro, se faz necessário solicitar autorização anterior para 
a execução da transferência.
COMERCIALIZAÇÃO POR EMPRESA
Art. 4º § 3º A empresa que comercializar arma de fogo em território nacional é obrigada a comunicar 
a venda à autoridade competente, como também a manter banco de dados com todas as caracte-
rísticas da arma e cópia dos documentos previstos neste artigo.
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Lei 10826-03 - Estatuto de Desarmamento
LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE
Cabe destacar que, para se comprar uma arma é necessário, em primeiro lugar, entrar 
com um pedido de autorização de compra na Polícia Federal. Desse modo, somente após 
conseguida a autorização é que o cidadão poderá adquirir o objeto em uma empresa auto-
rizada. É importante observar, ainda, que após comprada a arma, é necessário entrar com 
o seu pedido de registro também na Polícia Federal. É através desse certificado de registro 
(CRAF) que se comprova a autorização de posse de arma.
 
É importante ressaltar que a empresa que comercializa armas de fogo tem a posse precá-
ria desses objetos, desse modo:
§ 4º A empresa que comercializa armas de fogo, acessórios e munições responde legalmente por 
essas mercadorias, ficando registradas como de sua propriedade enquanto não forem vendidas.
e
ELEMENTO ESPACIAL DO CERTIFICADO DE REGISTRO (CRAF)
Art. 5º O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional, au-
toriza o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou 
domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular 
ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa.
 
Em caso de necessidade de um indivíduo se deslocar com a arma de sua casa para o 
trabalho e do trabalho para sua casa, por exemplo, este deverá solicitar a chamada Guia de 
Tráfego ou Guia de Trânsito, que autoriza o deslocamento com a arma dentro dos limites 
especificados no documento. Caso não emita esta guia, o trânsito com a arma será conside-
rado ilegal, logo estará praticando o crime de porte ilegal de arma.
ATENÇÃO
Lembre-se quea posse de arma não autoriza seu titular responsável a andar com a mesma 
na rua, para tal é necessário, além de possuir o CRAF, solicitar o porte de arma. Nesse 
cenário, o porte será vinculado à arma, salvo em caso de porte institucional.
�������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pelo professor Wallace França. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura 
exclusiva deste material.
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