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Universidade Federal de Goiás Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos Setor de Desenvolvimento Rural A Empresa Rural e Administração - O Processo de Gestão - M.Sc. CLAYTON LUIZ DE MELO NUNES Professor de Economia e Administração Rural Goiânia, maio de 2006 SUMÁRIO Página 1 – INTRODUÇÃO .............................................................................. 3 2 – ÁREAS ADMINISTRATIVAS............................................................ 5 3 – FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS ....................................................... 7 3.1 – Planejamento ............................................................................ 8 3.2 – Organização .............................................................................. 10 3.3 – Direção ..................................................................................... 12 3.4 – Controle ................................................................................... 13 4 – IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL ............... 14 4.1 – Impressão de relatórios ............................................................. 18 5 – CUSTO GERENCIAL MÉDIO OU ECONÔMICO MÉDIO ...................... 52 5.1 – Fórmulas para calcular o custo gerencial médio ........................... 23 5.2 – Minimização de custo ................................................................. 26 6 – CONCLUSÕES ............................................................................ 30 ANEXOS ............................................................................................ 32 BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS........................................................... 42 A Empresa Rural e Administração - O Processo de Gestão - Clayton Luiz de Melo Nunes 1 – INTRODUÇÃO O sucesso de qualquer atividade não dependente somente da disponibilidade dos recursos produtivos da empresa deve-se considerar também a distribuição desses recursos e seus efeitos no que se refere aos resultados alcançados. A Administração é a ciência que se preocupa com essas questões de alocação dos recursos produtivos, para tanto, as empresas rurais precisam continuamente realocar, reajustar e reconciliar os recursos disponíveis segundo os objetivos previamente definidos pelo proprietário conforme seus interesses. As empresas de forma geral estão inseridas em um contexto complexo, formado por inúmeros fatores que influenciam sua atuação, por conseguinte seus resultados. Tais fatores podem ser divididos em controláveis ou endógenos ou internos e incontroláveis ou exógenos ou externos. Os fatores internos são aqueles no qual o empresário rural exerce influência direta, portanto são passíveis de serem modificados, como exemplos têm-se a distribuição de tarefas entre os colaboradores, a definição da área a ser utilizada para as culturas e as criações, quais os animais que podem ou devem ser vendidos, dentre outros. Já os fatores externos são aqueles no qual o empresário não exerce nenhuma influência direta, portanto, o comportamento desses fatores independe das vontades do empresário, como exemplos têm-se a definição da política de crédito rural, taxa de juros, taxa de câmbio, da tributação, dentre outros. O conjunto de fatores internos e externos é que compõe o ambiente da empresa e que impõe o risco a atividade. Portanto, em hipótese alguma, por mais capaz que seja o profissional de administração, é impossível eliminar por completo o risco da atividade, sendo assim deve-se trabalhar no sentido de minimizar esse risco. A administração, juntamente com suas ferramentas, é que torna possível o trabalho de minimização do risco, daí a grande contribuição da administração para o sucesso da atividade. O desafio de administrar uma empresa rural é intensificado mais ainda, isso se dá pelo fato da existência das particularidades que se fazem presentes na atividade agropecuária, dentre elas cita-se: a. A Terra é um fator de produção que participa diretamente do processo produtivo, portanto é necessário conhecer e analisar as particularidades físicas, biológicas, químics e topográficas do solo. b. O processo produtivo é irreversível, isso acontece em decorrência da dependência da biologia da cultura ou da criação que está trabalhando, portanto a paralisação deste processo incorrerá em perdas de recursos financeiros. c. O processo produtivo possui dependência climática porque ao trabalhar com atividade rural, em algum momento a temperatura, altitude, precipitação pluviométrica e outras variáveis climáticas definirão a época de plantio ou locais apropriados à criação. d. O produto é perecível o que exige planejamento não só da produção, mas também da comercialização. e. O produto é não é uniforme exigindo então processos de padronização que incorrerão em custos. f. O trabalho é disperso, pois as atividades na maioria das vezes são independentes, desta forma exige um planejamento mais rigoroso da utilização da mão-de-obra. O desafio de gerenciar esta mão-de-obra torna-se maior uma vez que se tem vários trabalhadores em locais diferentes executando tarefas diversas. g. A produção é estacional devido a dependência climática o que exige um planejamento de comercialização já que aliado a perecibilidade do produto pode-se ter redução indesejável do preço. Todas essas particularidades tornam a atividade agropecuária além de arriscada, difícil de ser administrada. Para amenizar os risco, os empresários rurais podem buscar se organizar melhor, com o objetivo não só para organizar os serviços e melhorar o poder de comercialização dos insumos e produtos, mas também de uma representação política que focalize os interesse do setor no que se refere às políticas públicas. Para isso, o setor pode-se organizar em associações, cooperativas e/ou sindicatos. É importante ressaltar que o processo de profissionalização da atividade se inicia com a mudança de comportamento do produtor no que se refere a forma como deve visualizar sua propriedade. Um ponto importante a ser considerado é que o produtor tem que se ver não como proprietário rural, mas como empresário do setor agropecuário, e desta forma sua propriedade também deve ser vista não como fazenda, mas sim como uma empresa rural. A mudança de comportamento é muito importante para aqueles que desejam mais da sua atividade, não que seu negócio esteja ruim, mas é preciso acreditar e buscar melhorar cada vez mais. Qualquer processo administrativo implantado em uma empresa depende muito dessa mudança de comportamento do empresário que deve estar ciente que o resultado da sua atividade depende muito do seu comprometimento em buscar esse resultado. Caso o empresário já esteja satisfeito com o resultado, a aplicação de técnicas administrativa surtirá poucos efeitos. O empresário deve ser consciente do que deseja, onde pretende chegar para que o processo administrativo dê resultados, ou seja, é necessário definir seus objetivos. Caso a melhoria seja de interesse somente do profissional de administração, com certeza o resultado alcançado não será o que se pretendia, pois o empenho do empresário em buscar esse resultado não será suficiente para alcançar o que se desejava. 2 – ÁREAS ADMINISTRATIVAS Antes de aplicar técnicas administrativas faz-se salutar conhecer a empresa que será objeto de estudo e para tanto é necessário dividi-la nas áreas de Produção, de Recursos Humanos ou de Pessoal, de Finanças e de Comercialização e Marketing. Na área de Produção deve-se observar os recursos produtivos existentes, que podem ser de transformação ou de utilização. Entendem-se como recursos de transformação aqueles que participam do processo produtivo, mas não são incorporados ao produto final de uma única vez, como exemplos têm-se a terra, as máquinas e as instalações físicas. No que se refere a terra é necessário que o empresário observe no mínimo a fertilidade do solo, a declividadee a erosão. Para as máquinas deve-se observar a relação entre a potência e o serviço que deverá ser executado, bem como analisar se deve comprar ou alugar e também os gastos de manutenção para definir a hora de trocá-la. Quanto as instalações, não se deve esquecer de planejá-las considerando a necessidade, funcionalidade e os futuros com transportes. Os recursos de utilização são aqueles que serão incorporados de uma só vez ao produto final como exemplos tem-se a semente, os fertilizantes, a ração e os defensivos. Normalmente, no campo são denominados de insumos, e são os grandes responsáveis pelo custo de produção, portanto deve ser monitorado no que se refere a preço e época de aquisição, não esquecendo, porém, da possibilidade de armazená-los se compensar economicamente. De forma geral, os recursos produtivos devem ser trabalhados visando uma utilização racional que resulte num processo produtivo mais eficiência e eficácia, buscando desta forma a competitividade necessária ao sucesso da atividade. A área de Recursos Humanos ou de Pessoal está relacionada as pessoas que colaboram no processo produtivo da empresa, considerando suas habilidades, conhecimentos e comportamento. É importante ressaltar que se trata do único recurso produtivo capaz de se auto-evoluir. Deve-se avaliar a disponibilidade, a distribuição e a necessidade dessa mão-de-obra ao longo do ano, não se esquecendo, porém, da qualidade, caso se faça necessário, deve-se planejar treinamentos. Esta área é um dos grandes gargalos da atividade agropecuária uma vez que a qualidade da mão-de-obra necessita de grandes gastos com treinamentos, mesmo que não realizados, e falta ainda profissionalismo no que se refere as relações contratuais, definição de cargos e salários e distribuição de tarefas. A área de Finanças trata dos recursos monetários necessários a aquisição dos equipamentos, máquinas e demais recursos produtivos, bem como os recursos necessários à comercialização. Diz respeito basicamente a rendas, custos, investimentos e financiamentos ou empréstimos. Entende-se por rendas a entrada de dinheiro na empresa, em um determinado período, oriundo da venda de seus produtos, da prestação de serviços, arrendamentos e aplicações financeiras. Já os custos representam os gastos para obtenção dos recursos produtivos de utilização. Os investimentos são as saídas de recursos monetários para a obtenção de recursos produtivos de transformação. Os empréstimos ou financiamentos são caracterizados pela utilização de recursos monetários de terceiros que viabilizarão os gastos, tanto de custos como de investimentos, quando não se tem recurso próprio suficiente para suprir tais gastos. Deve-se fazer uma projeção das rendas, bem como de todos os gastos e estabelecer a quantia dispendida em cada época, necessária ao funcionamento da empresa. Isso para evidenciar a quantia necessária de empréstimos e a época, pois nem sempre o problema consiste em falta de recursos monetários, mas sim de utilização inadequada. Por último, mas não menos importante, tem-se a área de Comercialização e Marketing que esta diretamente relacionada ao consumidor do produto. Sendo assim, deve-se observar quando na disponibilização do produto qual a quantidade, a forma, o local e a época desejada pelos consumidores. Estudar alternativas de comercialização deve ser objeto de preocupação desta área, pois existem muitos caminhos que o produto pode tomar até chegar ao consumidor final. Conhecer esses caminhos, ou seja, os canais de comercialização são de grande importância na busca de preços melhores. 3 – FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS Uma vez conhecidas as áreas da empresa, é necessário trabalhá-las com o objetivo de buscar competitividade. A busca por essa competitividade deve considerar o risco da atividade provocado pelas variáveis que compõe o ambiente da empresa. Minimizar esse risco é papel da Administração, especificamente das Funções Administrativas, portanto o processo administrativo da empresas deve ser fundamentado nas funções planejamento, organização, direção e controle (Figura 01). QL CTA CMe = 1 Contábeis Não Contábeis Internas Imprensa Outras Fontes Externas Informações Figura 01 - O Processo Administrativo. Fonte: Adaptado de Chiavenato, 2004. 3.1 - Planejamento Na administração de uma empresa, o planejamento, doravante denominado de planejamento estratégico é um instrumento que tem o intuito de enfrentar adequadamente o seu ambiente, procurando ter o conhecimento sobre os fatores externos que as afetam e estabelecendo um direcionamento na qual a mesma deve seguir para se sobressair no mercado. É uma técnica que busca prever a ação da empresa face aos vários fatores de turbulência que a rodeiam. Nas empresas rurais, o planejamento estratégico tem um papel muito importante, visto que nos dias atuais, há um processo crescente de interferência governamental nas atividades agropecuárias, aumentando as incertezas decorrentes do sistema produtivo. Então se faz necessário que cada empresário avalie esse processo e prepare adequadamente sua estratégia de ação. Para se fazer um planejamento estratégico é necessário refletir sobre os objetivos da empresa. Sendo necessário analisar o ambiente da empresa para identificar as oportunidades e ameaças, os pontos fortes que devem ser aproveitados e os pontos fracos os quais devem ser minimizados. A Análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats, em português - Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) é uma maneira bastante eficiente de identificar os pontos fortes e fracos de uma empresa, bem como examinar as oportunidades e as ameaças que poderão ser enfrentadas no mercado de atuação. Como resultado dessa análise, tem-se um relatório que contém informações a respeito de fatores internos da empresa (forças e fraquezas) e sobre fatores externos (oportunidades e ameaças). Outra ferramenta de diagnóstico que deve ser utilizada é o Mapeamento do Processo Produtivo. Esse mapeamento consiste em identificar, com detalhes, o processo de trabalho que a empresa esta adotando, ou seja, o manejo adotado pelo empresário. A finalidade é proceder as devidas correções no processo produtivo depois de comparar o que o empresário esta fazendo com o que a teoria recomenda. É necessário também, fazer a relação dos recursos produtivos existentes na empresas. Para tanto, pode-se utilizar uma ferramenta denominada Inventário. O cumprimento desse planejamento depende da gestão adotada, sendo assim, deve-se manter os objetivos estabelecidos, mas ter a capacidade de criar o empenho e estimular o pessoal envolvido na implementação processo, deve adotar uma postura de flexibilidade quanto as possíveis alterações necessárias, de acordo com as influências dos fatores advindos do ambiente externo. Para a elaboração de um planejamento estratégico eficiente deve-se seguir as seguintes etapas: · Determinar os objetivos da empresa – A empresa define os objetivos globais, o que ela pretende ser ou em que pretende atuar. Lucro, crescimento, segurança e prestígio são os principais objetivos que as empresas procuram alcançar. · Analisar o ambiente interno da empresa – Faz-se uma análise organizacional das condições internas para permitir uma avaliação dos principais pontos fortes e dos pontos fracos que a empresa possui. Aqui se deve utilizar o mapeamento do processo produtivo. · Analisar o ambiente externo da empresa – Trata-se de uma análise das condições externas que rodeiam a empresa e que lhe impõem desafios e oportunidades. Envolvem os mercados abrangidos pela empresa, as características atuais e as tendências futuras, oportunidades e perspectivas. · Gerar, avaliar e selecionar as estratégicas – Estabelecidos os objetivos e analisado o ambiente e a empresa, alguns pontos auxiliarão na formulação de estratégias, que podem ser obtidas através da detecção das seguintes questões: quais são os pontos fortes da empresa? Quais são os pontos fracos? Que pontos fortes poderão ser desenvolvidos? Que pontosfracos poderão ser minimizados? Quais as ameaças do ambiente? Que mudanças significativas poderão ocorrer? 3.2 - Organização De acordo com Souza & Vieira (1995), a organização é uma função administrativa que se preocupa em agrupar e estruturar todos os recursos da empresa, a fim de atingir objetivos predeterminados. Fazendo parte do processo administrativo, a organização interage intimamente e depende de todas as outras funções do planejamento, direção e controle. A organização é aplicada nos três níveis (estratégico, gerencial e operacional) da empresa de forma diferenciada. No nível estratégico, a organização retrata a configuração estrutural da empresa, definindo um conjunto de mecanismos de operação e de decisão, chamado de desenho organizacional. Nas empresas menores este desenho é muito simples, mas nas empresas de maior porte pode apresentar-se de maneira bastante complexa. No nível intermediário, a organização está relacionada com a estrutura de divisões da empresa. Estas divisões, denominadas de áreas ou departamentos se constituem em seções ou unidades sobre as quais o administrador tem autoridade para o desempenho de suas atividades. A organização no nível operacional também é conhecida como desenho de cargos e tarefas, onde é definida a divisão do trabalho sendo evidenciada a diferenciação e a integração existente entre os cargos e tarefas e também suas relações com a estrutura física da empresa. A organização da empresa rural pode ser vista sob dois aspectos: a organização de pessoal e a organização física. Preocupada basicamente com a estruturação dos cargos e tarefas dos diversos colaboradores da empresa, a organização de pessoal deve definir bem o conteúdo das tarefas, métodos a serem utilizados e as relações existentes entre os outros cargos da empresa. No caso das empresas rurais, é muito importante a definição das tarefas a serem cumpridas por cada colaborador, pois as operações no setor agropecuário são altamente interdependentes. Nas pequenas empresas rurais, a organização de pessoal pode ser feita de maneira informal, com o proprietário deixando bem claro para cada colaborador sua função e as tarefas específicas que lhe cabem a execução. E neste caso o proprietário, de maneira informal, deve conseguir um comprometimento dos colaboradores para a realização de tais tarefas. Em grandes empresas devido ao maior número de funcionários e as diversas relações entre eles, as funções de cada um devem ser bem definidas e formalizadas, e as tarefas estabelecidas de preferência por escrito e levadas ao conhecimento de cada colaborador. Ao se descrever as tarefas de cada indivíduo, fica mais fácil para o empresário rural saber de quem cobrar quando determinada tarefa não e realizada. Outro aspecto essencial na organização de uma empresa rural se refere a sua estruturação física, ou seja, àqueles tópicos que se relacionam com a organização dos campos e benfeitorias, máquinas, equipamentos, materiais, etc. (Souza & Vieira, 1995). O uso dos recursos disponíveis na empresa rural devem ser arranjados e estruturados de forma a racionalizar o tempo para a realização das tarefas e os custos referentes ao processo produtivo. Uma boa organização é de extrema importância para o pleno desenvolvimento de uma empresa rural. Quanto melhor a sua estrutura e mais organizada a empresa rural estiver, menos problemática será a sua direção e mais facilmente serão atingidos seus objetivos. 3.3 - Direção A direção é uma função do processo administrativo a qual é realizada sobre pessoas e não sobre máquinas. Após a elaboração de um bom planejamento estratégico e o estabelecimento de uma correta estrutura organizacional é preciso agir sobre os recursos humanos. Na empresa, o comportamento dos seus colaboradores é que vai definir o êxito de cada tarefa a ser realizada. O que vai se refletir na eficiência do empresário na gestão do seu negócio. Segundo Souza et. al. (1995), a direção ocorre em todos os níveis da empresa, ou seja, em nível estratégico, gerencial e operacional. Para se obter êxito na direção de uma empresa, o empresário devera se fundamentar em três aspectos básicos: motivação, liderança e comunicação. A motivação é uma forma da manifestação do comportamento de uma pessoa e está estreitamente relacionada com a satisfação das necessidades de cada indivíduo. O comportamento dos indivíduos no trabalho passam por dois fatores: higiênicos e motivacionais. Os fatores higiênicos são aqueles que se não estiverem presentes geram insatisfação, mas, se presentes, não geram satisfação. Como exemplos de fatores higiênicos tem-se: os salários, os benefícios sociais, as condições físicas de trabalho, etc. Já os fatores motivacionais são aqueles que geram satisfação quando presentes e, quando ausentes não geram satisfação nem insatisfação. Alguns exemplos de fatores motivacionais são a responsabilidade delegada ao colaborador, a possibilidade de progresso dentro da empresa, o reconhecimento do trabalho desenvolvido e a possibilidade de certa realização (Souza e Vieira, 1995). Sendo assim, para se obter sucesso, o empresário deve procurar oferecer aos colaboradores os fatores higiênicos e também os motivacionais a fim de proporcionar a satisfação de seus colaboradores e executar bem a função direção. A liderança tem importância significativa no processo de direção de uma empresa rural e deve ser exercida sobre as pessoas em uma situação determinada com a utilização da comunicação sempre visando o cumprimento dos objetivos da empresa. A ação do líder depende da sua percepção da situação, embora alguns outros fatores também influenciem sua conduta, como o tipo de trabalho e a ação do subordinado. A comunicação consiste na troca de informações e transmissão de ordens entre os vários elementos de uma empresa. A eficácia de uma empresa muitas vezes depende do processo de comunicação existente entre os diversos colaboradores e administradores. Os objetivos principais da comunicação dentro de uma empresa são de fornecer informações necessárias para que as pessoas possam conduzir suas tarefas e proporcionar atitudes que promovam a motivação, cooperação e satisfação nos cargos. Segundo Souza et. al. (1995), as comunicações podem ser feitas de forma escrita ou oral, ambas com suas vantagens e desvantagens. Em pequenas empresas nas quais o proprietário participa mais ativamente das atividades, as comunicações orais atendem perfeitamente. Já em empresas maiores, podem ser utilizadas a comunicação escrita e a oral, onde a comunicação escrita é a única que permite verificações posteriores facilitando a realização do controle. 3.4 - Controle Segundo Pereira (1996), o processo pelo qual a empresa planeja, executa e controla os planos e política de gestão é definido Controle. Esta atividade envolve o monitoramento, a mensuração e a correção de desvios das atividades operacionais em relação ao planejado, com fim de assegurar que os objetivos sejam alcançados em todas as áreas da empresa. O controle efetivo requer os seguintes elementos: o gestor, a controladoria, um sistema de informação adequadamente desenhado para a empresa, organização efetiva e bem definido ou um conjunto de normas e procedimentos disseminados com critérios de avaliação consistentes. A empresa deve introduzir um sistema de delegação de autoridade e responsabilidade por área, e que sejam bem definidos. O controle deve estar ativo antes e depois das ações implementadas e em níveis estratégicos, táticos e operacionais, incluindo as seguintes atividades: definição e fixação de objetivos, metas e padrões coerentes com os resultados almejados; determinação do que medir e desenvolvimento de indicadores de resultados; comparação do desempenho real ao planejamento; comunicação do desempenho e alternativas de ação subseqüentes e acompanhamento destas. A controladoria tem como função básica coordenar os esforços dos gestores para alcançar seus resultados, gerando informações relevantes e oportunas para a tomada de decisões na empresa. De acordocom Pereira (1996), sua missão pode ser definida como: “induzir a otimização dos resultados econômicos da empresa a fim de garantir sua sobrevivência”. Para que essa missão tenha êxito, a controladoria objetiva a necessidade de acontecer uma integração dos esforços das diversas áreas para a obtenção de um resultado global superior à soma dos resultados particulares de cada área de responsabilidade, embora a soma algébrica dos resultados analíticos seja o resultado global da empresa. A controladoria necessita de recursos materiais avançados como equipamentos de computação e programas (softwares) que permitam o processamento das informações para as múltiplas alternativas para a análise dos problemas de gestão; recursos humanos para a geração de soluções alternativas. Necessita também de profissionais com conhecimento do setor econômico em que a empresa está inserida e habilidades para a análise dos problemas administrativos, de produção, estatísticos, de comunicação e principalmente de contabilidade e custo. (Marion, 1996). 4 – IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL Pensando especificamente na Função Controle, numa abordagem de negócios na administração agropecuária, o produtor deve ter ferramentas para descrever financeiramente a atividade em andamento e evidenciar seu desempenho (Procópio, 1996). Para isso, pode-se criar um sistema de informações. Santos & Marion (1996, p. 15), definem, de forma objetiva e prática, sistema de informações como sendo “as normas e procedimentos que, de forma sistemática, visam proteger os bens patrimoniais, assegurar a exatidão e veracidade de seus registros contábeis e extra contábeis e a manter e aprimorar a política diretiva e estratégica da empresa”. Desta forma, as informações podem ser agrupadas segundo sua origem, em internas e externas (Figura 02). As informações de origem externa são aquelas provenientes de fontes de fora da empresa, geralmente divulgadas através dos meios de comunicação, como jornais, revistas e televisão, ou as que a empresa obtém através de outras fontes (Figura 02), encomendando pesquisas ou efetuando levantamento junto às associações de classe, por exemplo (Silva, 1995). Figura 02 – Organograma das informações segundo suas origens. Fonte: Silva (1995). No grupo das informações de origem interna, tem-se as que não decorrem dos registros contábeis, como a participação no mercado que atua, por exemplo, e as que são de natureza contábil e que normalmente são expressas em valores monetários (Figura 02). As informações de natureza contábil são registradas por meio do uso da contabilidade. Segundo Walter & Braga (1981), a contabilidade é um dos instrumentos utilizado pela administração especialmente concebido para coletar, registrar, acumular, resumir, medir e interpretar os fenômenos que afetam a situação patrimonial, financeira e econômica de qualquer empresa seja qual for seu ramo de atividade ou forma jurídica. A utilização da contabilidade é importante, pois permite, dentre outras, analisar o desempenho financeiro e a força do empreendimento, justificar a necessidade de empréstimos e financiamentos, analisar a eficiência da produção, avaliar a capacidade para pagamento dos compromissos e prover dados para avaliar o investimento. Assim, pode-se decidir em comprar ou alugar uma máquina, sobre contrair ou não uma dívida e até mesmas questões específicas que envolvem redução de custo, aumento de produção e outras. A organização de um sistema de informações contábeis compreende o planejamento das tarefas pertinentes à área, envolvendo o método de escrituração, os planos de registros, normas e rotinas de trabalho. Não se pode esquecer, porém, que o sistema de informações internas contábeis não demonstram o perfil do administrador, as potencialidades e ameaças do mercado, a vulnerabilidade face as flutuações econômicas ou as decisões governamentais, o nível tecnológico da empresa, os impactos ambientais e a satisfação de clientes e de empregados. Mesmo assim, um sistema de informação interno contábil muito utilizado é o Sistema de Custos, que segundo Santos & Marion (1996, p. 35), “é um conjunto de procedimentos administrativos que registra, de forma sistemática e contínua, a efetiva remuneração dos fatores de produção empregados nos serviços rurais”. O primeiro passo para poder conseguir implantar um Sistema de Custos em uma propriedade rural, é fazer a relação de todo o patrimônio existente na propriedade e que seja utilizado na atividade que se pretende monitorar. Desta forma, ao ter conhecimento dos recursos produtivos existentes, tornar-se-á fácil até a realização do planejamento estratégico da empresa. Para melhor exemplificar a implantação de um sistema de controle, escolheu-se a atividade como objeto de estudo. Para registrar esse patrimônio, faz-se o inventário da empresa (Anexo 01), estima-se junto ao empresário, o valor de mercado e a vida útil restante de cada item do ativo (máquinas, implementos, construções, benfeitorias e equipamentos etc.) na data da visita. Neste momento avalia-se, também, o valor de mercado do rebanho e o uso atual da terra. A organização destes dados pode ser feita utilizando um software ou uma planilha eletrônica. O dado do inventário uma vez organizado em um software deve ser analisado e criticado, com a participação do produtor, pois pode sofrer ajustes e correções de avaliação ou de processamento. Em um segundo momento, deve ser organizado também um sistema de coleta mensal de gastos e entradas de recursos financeiros através da Ficha Diário (Anexo 02). O sistema de armazenamento de dados a ser utilizado será feito obedecendo a um Plano de Contas (Anexo 03) único, previamente definidos, a partir dos quais se processaram os cálculos dos custos, das despesas e das receitas da atividade. A coleta e o armazenamento dos dados deve seguir os mesmos critérios para todos os produtores. Os dados econômicos de GASTOS podem ser digitados nas sub-contas da conta 1 (Investimento), conta 2 (Pagamento de dívidas) ou da conta 3 (Custo Total de Produção) conforme a característica do fato gerador. Lembrando que essas contas são consideradas sintéticas, pois agruparam os dados para gerar a informação. Daí a necessidade de se digitar os dados nas contas analíticas, ou seja, contas onde se armazena os dados para depois criar o relatório com as contas sintéticas. Os dados econômicos de ENTRADAS podem ser digitados nas sub-contas da conta 4 (Renda Total da Propriedade) ou conta 5 (Outras entradas não geradas na propriedade) conforme a característica do fato gerador. Lembrando que essas contas são consideradas sintéticas, pois agruparam os dados para gerar a informação. Daí a necessidade de se digitar os dados nas contas analíticas, ou seja, contas onde se armazena os dados para depois criar o relatório com as contas sintéticas. Para escolher a conta, se faz necessário classificar a entrada em renda total da propriedade ou outras entradas não geradas na propriedade. Depois, se for renda total da propriedade, classificá-la em Receita total da propriedade ou Renda da atividade leiteira. Se for receita total da propriedade faz-se necessário classificá-la em receita da atividade leiteira ou Outras receitas da propriedade. Para entender essa classificação, define-se como RENDA tudo que é produzido e é vendido, consumido ou utilizado no processo produtivo e OUTRAS ENTRADAS NÃO GERADAS NA PROPRIEDADE, como entrada de recursos não gerada pela atividade leiteira com exemplo tem-se as doações, heranças e empréstimos financeiros. No caso de RECEITA TOTAL DA PROPRIEDADE define-se como tudo que é produzido e é vendido, como exemplos têm-se a venda de leite ou o aluguel de máquinas da propriedade. Especificamente define-se como RECEITA DA ATIVIDADE LEITEIRA tudo que é produzido e é vendido e está ligada a atividade leiteira, como exemplos têm-se a venda de leite ou a venda de animais de descarte. Já a RENDA DA ATIVIDADE LEITEIRA define-se como tudo que é produzido e é utilizado no consumo interno e está ligadaa atividade leiteira, como exemplos têm-se o leite das bezerras ou o leite dos funcionários. 4.1 - Impressão de Relatórios Uma vez organizado os dados em um software, faz-se necessário imprimir relatórios que gerem informações importantes para se tomar decisões de caráter administrativo que contribuirão para o sucesso da empresa. Os relatórios básicos que devem ser trabalhados de imediato são aqueles que mostram as saídas e entradas de recursos, podendo para isso utilizar um relatório de Fluxo de Caixa; outro que mostre onde os recursos financeiros estão sendo gastos dentro do processo produtivo, neste caso um relatório de Custo de Produção torna-se imprescindível; e por último mais não menos importante um relatório que mostre as entradas de recursos financeiros da atividade em estudo, podendo utilizar um relatório de Renda da Atividade. Após imprimir os relatórios de Custo de Produção e de Renda da Atividade, deve-se analisar os valores relativos e não absolutos, tomando-se o cuidado em verificar o comportamento dos itens de gastos durante algum tempo, pois às vezes, o percentual de alimentos concentrados ou volumosos pode estar ligado a desperdício ou erro de manejo, como, por exemplo, a não utilização de critérios para dividir as vacas em lactação na hora de comer o concentrado, mas também pode estar relacionado a estratégia de aquisição do fator produtivo por um período de tempo maior, o que não caracteriza ineficiência no uso do recurso produtivo. É importante ter cuidado quanto ao uso de referências de gastos como por exemplos o percentual máximo de gasto com mão-de-obra permanente ou concentrado, pois as Empresas Rurais podem ter o mesmo nível de produção com manejos diferentes. Os relatórios de Custo de Produção e Renda da Atividade também poderão ser utilizados para calcular os Custo Médio ou Custo Unitário do leite. Já que a contabilidade convencional apoia-se no Princípio de Custo Histórico, ou seja, no valor de aquisição dos bens que integram o patrimônio para avaliar o nível de riqueza acumulado pelas unidades produtivas em determinada data, e não no valor de mercado, o que foi utilizado como critério na avaliação dos inventários, desta forma tratar-se-á especificamente do custo econômico, também denominado por alguns estudiosos como custo gerencial. O que doravante define o custo é a compensação aos donos dos fatores de produção utilizados para produzir um bem ou serviço, isto porque existem itens que compõem o custo, mas que na verdade não ocorre o pagamento formal ao dono do fator de produção. A partir dos dados abaixo (Quadro 01) realize uma análise de custo de produção, em valores absolutos e em valores relativos (Quadro 02) e uma análise de fluxo de caixa (Quadro 03). Calcule também o lucro total e o lucro caixa. Quadro 01 - Ficha diário proveniente da coleta de dados na empresa rural. Fazenda: Mês: Ano: Valor Total (R$) Código Dia Descrição: produto ou serviço, vendedor, comprador, etc. Para que foi usado? Ude Qtde. 07 Compra de Bovigan L Produção de leite bisnaga 1 6,00 08 Vacina para aftosa Rebanho todo doses 50 40,00 09 Concentrado para lactação (Purina leite) Produção de leite sacos 2 58,90 10 Sucedâneo para bezerro Recria Kg 50 35,00 11 Venda de vacas Produção de leite ud 1 450,00 12 Financiamento de tanque Produção de leite parcela 23ª 145,53 13 Compra de Pencivet Recria frasco 2 9,50 14 Detergente alcalino Produção de leite galão 1 32,20 15 Energia elétrica Gastos gerais kw 213 49,00 16 Pagamento da associação Gastos gerais 30,00 17 Pagamento Contador Gastos gerais 100,00 18 Adubo para plantio de milho Produção de silagem Kg 40 220,00 17 Pagamento de telefone da fazenda Gastos gerais 50,00 20 Pagamento de funcionários Gastos gerais 400,00 20 Pagamento de veterinário administrador Gastos gerais 350,0 21 Venda de esterco Produção de leite ton 2 200,00 22 Venda de queijo Produção de leite Ud 5 5,00 23 Venda de bezerros Recria Ud 5 100 24 INSS da empresa Gastos gerais 12,50 27 Pneu para trator Oficina ud 1 700,00 27 Assinatura de revista (Balde Branco) Gastos gerais 15,00 28 Leite consumido pelos bezerros Recria l 120 48,00 28 Leite consumido pelos funcionários Gastos gerais l 150 60,00 29 Venda de leite Produção de leite l 5000 2000,00 30 INSS do funcionário Gastos gerais 98,00 30 Depreciação Produção de leite R$ 500,00 500,00 Quadro 02 - Composição de Custo. Código Descrição Valores Absoluto (R$) Relativo (%) 3 CUSTO TOTAL DE PRODUÇÃO 3.01 Custo Variável Total 3.01.01 Custo Variável Caixa 3.01.02 Custo Variável Não Caixa 3.02 Custo Fixo Total 3.02.01 Custo Fixo Caixa 3.02.02 Custo Fixo Não Caixa 3.03 Despesa Total 3.03.01 Despesa Administrativa 3.03.02 Despesa Comercialização 3.03.03 Despesa Financeira 3.03.04 Despesa Não Caixa Quadro 03 - Fluxo de Caixa Código Descrição Valor Absoluto (R$) ENTRADAS 4.01 Receita 5 Empréstimos contraídos Total de Entradas SAÍDAS 1 Investimento 2 Pagamento de dívidas 3.01.01 Custo Variável Caixa 3.02.01 Custo Fixo Caixa 3.03.01 Despesa Administrativa 3.03.02 Despesa Comercialização 3.03.03 Despesa Financeira Total de Saídas SALDO 5 – CUSTO GERENCIAL MÉDIO OU ECONÔMICO MÉDIO Os itens que compõe o custo caixa devem ser todos considerados, mas para compor o custo não caixa, os itens são definidos de acordo com o objetivo que se destina o cálculo. Assim, alguns pesquisadores utilizam não só o valor referente ao leite dado para as bezerras como também o valor da depreciação do patrimônio, a remuneração sobre o capital empatado, remuneração para a família, seguro sobre o patrimônio e outros que serão calculados por caracterizar saída de dinheiro mas que efetivamente não esta ocorrendo esta saída. Quanto à fórmula, assim como os itens que irão compor os custos não caixa, dependerão de qual o objetivo que se destina o cálculo. Atualmente, verifica-se a possibilidade de uso de quatro alternativas diferentes para calcular o custo gerencial médio ou custo econômico médio do leite, que serão apresentadas a seguir, bem como distorções provocadas pela alteração das variáveis que as definem. 5.1 – Fórmulas para calcular o custo gerencial médio Primeira alternativa: A primeira fórmula consiste em dividir os custos totais da atividade pela quantidade total de leite produzido. Contábeis Não Contábeis Internas Imprensa Outras Fontes Externas Informações onde: CMe1 = custo médio do litro de leite, calculado pela alternativa 1, em R$ CTA = custo total da atividade leiteira, em R$ QL = quantidade de leite produzida, em litros Esta alternativa de cálculo superestima o custo médio do litro de leite pois não considera a renda proveniente dos outros produtos da atividade leiteira, venda de animais e esterco, por exemplo, mas considera os custos provenientes do processo produtivo desses produtos, ou seja, dessas unidades de custo. Segunda alternativa: Consiste em subtrair dos custos totais da atividade a renda proveniente da venda dos outros produtos que integram a atividade leiteira. Esta alternativa de cálculo, segundo Noronha et al. (1990), talvez seja a fórmula mais utilizada. QL ORAL CTA CMe ) ( 2 - = onde: CMe2 = custo médio do litro de leite, calculado pela alternativa 2, em R$ CTA = custo total da atividade leiteira, em R$ ORAL = outras rendas da atividade leiteira: venda de esterco, animais e outros produtos da atividade leiteira, em R$ QL = quantidade de leite produzida, em litros Um dos defeitos desta fórmula é partir da premissa que o valor das outras rendas da atividade leiteiratem o mesmo valor do custo, sendo assim, os demais produtos não podem dar lucro, o que é uma conclusão errônea, uma vez que a venda de animais é uma das alternativas responsáveis pela continuidade da produção de leite. Outro questionamento a essa fórmula é qual seria o custo médio quando o valor das outras rendas da atividade leiteira for maior que o valor do custo total da atividade. Matematicamente seria negativo, fica então difícil de imaginar uma atividade com custo negativo de produção. Deve-se alertar também, para a situação onde se utiliza essa fórmula para negociar preço com o setor de laticínios, isto porque os preços dos outros produtos da atividade leiteira interferem na fórmula; por exemplo, em períodos que o preço dos animais estão altos, o custo médio diminui mesmo que nada aconteça aos custos dos fatores de produção. O efeito acentua-se mais ainda nas propriedades onde a venda de animais é um fator mais importante na composição da renda do produtor. Terceira alternativa: Esta alternativa consiste em somar ao total de leite produzido, a renda proveniente da venda dos outros produtos que integram a atividade leiteira transformada em leite. ) ( 3 PL ORAL QL CTA CMe + = onde: CMe3 = custo médio do litro de leite, calculado pela alternativa 3, em R$ CTA = custo total da atividade leiteira, em R$ ORAL = outras rendas da atividade leiteira, venda de esterco, animais e outros produtos da atividade leiteira, em R$ PL = preço do litro de leite recebido pelo produtor, em R$ QL = quantidade de leite produzida, em litros Nesta forma de cálculo, além da variável preço dos outros produtos da atividade leiteira interferirem na fórmula, o preço do leite também exerce influência sobre o resultado, pois ao se transformar o valor da venda dos outros produtos em equivalente leite, quanto mais baixo o preço do leite, maior será a quantidade de leite que deve ser somada ao que se produziu. Desta forma, caso diminua apenas o preço do leite, mantendo-se as demais variáveis constantes, matematicamente irá obter um custo médio menor, induzindo a conclusão de que quanto menor o preço do leite, menor será o custo, o que nem sempre é verdade. Quarta alternativa: Esta alternativa consiste no reconhecimento que a renda do produtor depende de todos os produtos da atividade leiteira e não apenas do leite. Tem como objetivo maximizar o lucro da atividade, não importando como é gerada a renda total. Sendo assim, o que se procede é uma “correção” da quantidade produzida de leite, pela participação da renda dos outros produtos na renda total da atividade. ) ( 4 ORAL RTA RTA x QL CTA CMe + = onde: CMe4 = custo médio do litro de leite, calculado pela alternativa 4, em R$ CTA = custo total da atividade leiteira, em R$ QL = quantidade de leite produzida, em litros RTA = renda total da atividade leiteira, em R$ ORAL = outras rendas da atividade leiteira, venda de esterco, animais e outros produtos da atividade leiteira, em R$ Embora esta fórmula também apresente o inconveniente de deixar o custo médio dependente dos preços dos outros produtos, apresenta o ponto positivo de inserir na ponderação não só o preço do leite, mas também sua quantidade, permitindo que o viés torna-se menor à medida que a atividade seja mais especializada na produção de leite, ou seja, à medida que diminui a proporção de ORAL na RTA. Todas as alternativas para calcular o custo médio apresentadas acima, podem provocar algum viés no resultado, a questão é: qual delas interferiria menos nos resultados? Segundo Noronha et al. (1990, p. 13), “entre estas, sob o critério de escolher-se aquela cujo resultado do cálculo for menos afetado pelas variações dos preços dos produtos, a terceira e a quarta fórmula seriam iguais se os preços dos produtos variassem na mesma proporção, o que é pouco provável. Desta forma, a quarta fórmula resultaria sempre em menores variações nos resultados”. 5.2 - Minimização de custo Juntando-se os conhecimentos sobre as Teorias da Produção e do Custo, do estudo das Elasticidades e das fórmulas para se calcular o custo gerencial médio ou econômico médio, pode-se discutir sobre minimização de custo. Antes de qualquer coisa é necessário ressalvar que o valor do custo gerencial médio é uma informação importante para buscar a minimização de custo, mas não é uma informação suficiente. É necessário saber também da composição do custo, ou seja, os valores relativos expressos em percentuais, que compõem os itens dos custos variáveis e fixos. A necessidade torna-se maior no momento que for fazer as devidas correções na atividade de produção. A composição dos custos é originária de um sistema de organização dos dados, utilizando um Plano de Contas definido seguindo todos os conceitos apresentados no tópico da Teoria dos Custos. Para a minimização de custo gerencial médio, é necessários que as empresas apresentem retornos crescentes a escala (( ( 1) e retornos crescentes a tamanho ((* ( 1) simultaneamente ou retornos decrescentes a escala (( ( 1) e retornos decrescentes a tamanho ((* ( 1), também simultaneamente (Figura 03). Quando os retornos são crescentes a escala, o produto físico marginal é maior que o produto físico médio, o que indica que a produtividade está aumentando, conseqüentemente ter-se-á uma redução no custo médio, daí a necessidade de aumentar a produção. Na prática, um aspecto que pode indicar que se encontra nesta região, é um percentual maior de custos fixos do que de custos variáveis na composição do custo total, principalmente itens de custo fixo como depreciação, que pode significar uma infraestrutura além da necessária para aquele nível de produção. É importante verificar este comportamento durante algum tempo, pois às vezes, o percentual de mão-de-obra também pode estar contribuindo para isso, devido ao fato da permanente incidência de rescisões contratuais ou ociosidade no emprego da mesma, o que indica necessidade de melhorar o recrutamento e seleção de recursos humanos e mesmo a melhor utilização deste recurso contratado. Figura 03 – Minimização de Custo Gerencial Médio ou Econômico Médio. Quando os retornos são decrescentes a escala, o produto físico marginal é menor que o produto físico médio, o que indica que a produtividade está diminuindo, conseqüentemente ter-se-á um aumento no custo médio, daí a necessidade de diminuir a produção. Na prática, um aspecto que pode indicar que se encontra nesta região, é um percentual maior de custos variáveis do que de custos fixos na composição do custo total, principalmente itens de custo variável como alimentos concentrados ou volumosos, que pode significar um gasto excessivo para atingir aquele nível de produção. É importante verificar este comportamento durante algum tempo, pois às vezes, o percentual de alimentos concentrados ou volumosos pode estar ligado a desperdício ou erro de manejo, como, por exemplo, a não utilização de critérios para dividir as vacas em lactação na hora de comer o concentrado. Um percentual elevado neste item também pode estar ligado a estratégia de aquisição do fator produtivo por um período de tempo maior. Não se deve esquecer que para minimização de custo é necessário buscar ganhos na produtividade, e que as alterações no manejo provocarão deslocamento das curvas desenvolvidas pela Teoria da Produção e dos Custos. 6 – CONCLUSÃO Após discussão de todos esses conteúdos, fica claro que o conhecimento prático não substitui a teoria e vice-versa, o ideal é conciliar a experiência em ambas as áreas de conhecimento em prol de resultados necessários para a continuidade do negócio. A prática fundamentada pela teoria consegue dar mais segurança na tomada de decisões, eliminando os “achismos” o que ajuda a minimizar o risco da atividade. Os resultados dos relatórios dependem muito da qualidade de coleta dos dados, poisplanilhas e softwares vieram para auxiliar à tomada de decisão do administrador e em hipótese alguma veio para substituí-lo. Uma coleta bem feita e uma digitação dos dados com qualidade são garantia de resultados mais confiáveis, mesmo que não desejados, mas que implica em possíveis decisões mais acertadas. Ao analisar os valores relativos é necessário ter o cuidado em verificar o comportamento dos itens de gastos durante algum tempo, pois às vezes, o percentual elevado pode não caracterizar ineficiência do recurso produtivo e sim estratégia de aquisição. É importante ter cuidado quanto ao uso de referências de gastos como por exemplos o percentual máximo de gasto com mão-de-obra permanente ou concentrado, pois as Empresas Rurais podem ter o mesmo nível de produção com manejos diferentes o que poderia implicar em decisões equivocadas. Especificamente no caso da atividade agropecuária, devido a estrutura de mercado que se insere, Concorrência Perfeita, onde produtor e consumidor individualmente não interferem na formação do preço do produto, custo médio mínimo não significa garantia de lucro, pois quando se consegue custo médio mínimo com o preço do produto abaixo deste custo, a empresa terá como resultado prejuízo. Sendo assim, deve-se ir a busca de eficiência na utilização dos fatores produtivos se desejar obter resultados positivos. Para a minimização de custo, ao contrário do que se pensa, nem sempre a saída é aumentar a produção, o que se deve buscar são ganhos na produtividade, pois isso sim resultará em redução de custos. Concluindo, não existe uma única fórmula para o gerenciamento de todas as empresas, cada caso deve ser analisado individualmente de forma que se devem evitar modelos em massa para tomada de decisões. É importante ter segurança no conhecimento teórico para aplicar os conceitos certos na hora necessária, tomando-se o devido cuidado quando na análise dos itens que compõem o custo total de produção. Desta forma é fundamental corrigir os erros no nível de produção que se encontra para depois se arriscar em tecnologias mais avançadas que implicam em riscos maiores. Um passo de cada vez é algo prudente e seguro para aqueles que desejam um crescimento sólido na atividade que desenvolve. É importante evidenciar também, que um trabalho de gestão deve contemplar o processo de comercialização a ser adotado, pois é uma forma de garantir maior competitividade a atividade do empresário. ANEXO 01 – FORMULÁRIO USADO PARA INVENTARIAR EMPRESAS RURAIS Convênio UFG/DPA/Funape Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira – PDPL - Goiânia Inventário (CONFIDENCIAL) Data da entrevista: ____/____/____ Nome do entrevistador _________________________________________ Início da Entrevista:_________________ Fim da Entrevista:__________________ Nome do Produtor: ________________________________________________ Nome da Propriedade:_____________________________________________ Município onde está a propriedade : __________________________________ Distância: Da propriedade à sede do município _______ km Da propriedade ao laticínio _______ km Produção média vendida no último ano ( litros / dia ): Nas águas ________ Na seca ________ 1) Recursos disponíveis no dia da entrevista. 1.1. Terra Área (ha) Especificação Terra própria Terra arrendada Ano : De outros Para outros Pastagem Natural ________ ___________ ____________ Pastagem Formada ________ ___________ ____________ Capineira ________ ___________ ____________ Cana-de-açúcar Forrageira ________ ___________ ____________ Milho para Silagem ________ ___________ ____________ Culturas Anuais ________ ___________ ____________ Culturas Permanentes ________ ___________ ____________ Reflorestamento ________ ___________ ____________ Matas e/ou Capoeiras ________ ___________ ____________ Inaproveitável ________ ___________ ____________ Outros usos:_______ ________ ___________ ____________ ______________ ________ ___________ ____________ ______________ ________ ___________ ____________ TOTAL ________ ___________ ____________ a)Preço médio da terra nua: R$/ha: ______________________ b)Preço médio do aluguel de pasto na região: R$/cabeça adulta/mês ___________________________ ou R$/ ha /mês __________________________________ ou Preço médio do aluguel de pasto na região (continuação) litros de leite/cabeça/dia _________________________ ou outros _______________________________________ c) Distribuição das áreas próprias utilizadas na pecuária Muito acidentada (montanhosa) ____________ % Medianamente acidentada (ondulada) ____________ % Baixada seca ____________ % Baixada úmida ____________ % TOTAL ____________ % 1.2.Benfeitorias Utilizadas na pecuária de Leite, hoje. Especificação Unid Qtde Idade Material Valor da benf. Nova Vida útil % de uso (anos) (R$) restante (anos) p/ gado de leite Casa Sede m2 ____ _____ _________ __________ _______ _____ Casa 1 m2 ____ _____ _________ __________ _______ _____ Casa 2 m2 ____ _____ _________ __________ _______ _____ Casa 3 m2 ____ _____ _________ __________ _______ _____ Casa 4 m2 ____ _____ _________ __________ _______ _____ Estábulo m2 ____ _____ _________ __________ _______ _____ Curral m2 ____ _____ _________ __________ _______ _____ Bezerreiro m2 ____ _____ _________ __________ _______ _____ Coberta p Manejo m2 ____ _____ _________ __________ _______ _____ Silo Ton ____ _____ _________ __________ _______ _____ Depósito p Ração ud ____ _____ _________ __________ _______ _____ Galpão p/ Máq. ud ____ _____ _________ __________ _______ _____ Cercas Divisas km ____ _____ _________ __________ _______ _____ Cercas Internas km ____ _____ _________ __________ _______ _____ Energia Elétrica Km ____ _____ _________ __________ _______ _____ Transformador Kwa ____ _____ _________ __________ _______ _____ Cocho p/ sal ud ____ _____ _________ __________ _______ _____ Cocho p/ volum m ____ _____ _________ __________ _______ _____ Paiol m2 ____ _____ _________ __________ _______ _____ Represas h/m ____ _____ _________ __________ _______ _____ Esterqueiras m3 ____ _____ _________ __________ _______ _____ Outros ________ ___ ____ _____ _________ __________ _______ _____ _________ ___ ____ _____ _________ __________ _______ _____ _________ ___ ____ _____ _________ __________ _______ _____ _________ ___ ____ _____ _________ __________ _______ _____ _________ ___ ____ _____ _________ __________ _______ _____ _________ ___ ____ _____ _________ __________ _______ _____ _________ ___ ____ _____ _________ __________ _______ _____ _________ ___ ____ _____ _________ __________ _______ _____ TOTAL __________ _______ Gastos aproximados com reparos de benfeitorias no último ano, a preços de hoje: R$ ___________________ Observações: No cálculo do valor da benfeitoria deve-se supor quanto custaria construir hoje a benfeitoria. 1.3. Máquinas, Motores e Equipamentos Utilizados na Pecuária de Leite, hoje. Especificação Ud Qde Valor hoje mod ano potên Vida útil % de uso hoje R$ fab. Rest p/ gado (anos) de leite Picadeira de Forrag ud ____ ______ ____ ___ ____ _____ ______ Motor ud ____ ______ ____ ___ ____ _____ ______ Tanque de expansão ud ____ ______ ____ ___ ____ _____ ______ Ordenhadeira ud __________ ____ ___ ____ _____ ______ Butijão p/ sêmen ud ____ ______ ____ ___ ____ _____ ______ Carroça ud ____ ______ ____ ___ ____ _____ ______ Carreta Tração Mec ud ____ ______ ____ ___ ____ _____ ______ Trator 1 ud ____ ______ ____ ___ ____ _____ ______ Trator 2 ud ____ ______ ____ ___ ____ _____ ______ Trator 3 ud ____ ______ ____ ___ ____ _____ ______ Trator 4 ud ____ ______ ____ ___ ____ _____ ______ Arado Tração Mec ud ____ ______ ____ ___ ____ _____ ______ Arado Tração Animal ud ____ ______ ____ ___ ____ _____ ______ Grade Tração Mec ud ____ ______ ____ ___ ____ _____ ______ Grade Tração Animal ud ____ ______ ____ ___ ____ _____ ______ Balança para Gado ud ____ ______ ____ ___ ____ _____ ______ Equip p/ Irrigação ud ____ ______ ____ ___ ____ _____ ______ Veículos Grandes ud ____ ______ ____ ___ ____ _____ ______ Veículos Pequenos ud ____ ______ ____ ___ ____ _____ ______ Triturador ud ____ ______ ____ ___ ____ _____ ______ Máquina lavar Piso ud ____ ______ ____ ___ ____ _____ ______ Ensiladeira ud ____ ______ ____ ___ ____ _____ ______ Pulverizador ud ____ ______ ____ ___ ____ _____ ______ Latões para Leite ud ____ ______ ____ ___ ____ _____ ______ Baldes para Leite ud ____ ______ ____ ___ ____ _____ ______ Outros: _________ __ ____ ______ ____ ___ ____ _____ ______ __________ __ ____ ______ ____ ___ ____ _____ ______ __________ __ ____ ______ ____ ___ ____ _____ ______ __________ __ ____ ______ ____ ___ ____ _____ ______ __________ __ ____ ______ ____ ___ ____ _____ ______ TOTAL ______ Gastos aproximados com reparos de máquinas, motores e equipamentos no último ano, a preços de hoje: R$ _____________________________ 1.4. Composição do Rebanho Bovino, hoje. Categoria Animal Qtde hoje Preço unit hoje (R$) Permanência na Fazenda (anos) Reprodutor ________ ___________ _____________ Vacas em Lactação ________ ___________ _____________ Vacas Secas ou Falhadas ________ ___________ _____________ Novilhas para Reprodução ________ ___________ _____________ Novilhas de 1 a 2 anos ________ ___________ _____________ Bezerras Mamando ________ ___________ _____________ Bezerros Mamando ________ ___________ _____________ Machos p/ Recria (1 a 2 anos ) ________ ___________ _____________ Machos para Engorda ________ ___________ _____________ Rufiões ________ ___________ _____________ Bois de Carro ________ ___________ _____________ Eqüinos e Muares ________ ___________ _____________ Outros: __________________ ________ ___________ _____________ a) Composição racial dos reprodutores ( % ou Nº ) ___________ Puro Holandês; ___________ Puro outras raç europ; ___________ Mestiço; ___________ Puro raças indianas; ___________ Azebuado; ________ Outros ________________ b) Composição racial das vacas ( lactação + secas ) (% ou Nº ) ___________ Puro Holandês (PC e PO) ___________ Puro outras raças europ; ___________ Puro raças indianas; ___________ Azebuado; ___________ Mest menos de ½ HZ; ___________ Mest mais de ½ HZ; ___________ Mest em torno de ½ HZ; ________ Outros ________________ 1.5. Estoque de Insumos ( colocar a unidade ) ___________ Adubo ___________ Milho ___________ Óleo Diesel ___________ Ração ___________ Lubrificantes ___________ Semen ___________ Peças Outros : _________________ ___________ Semente _________________ ___________ Sal _________________ 1.6. Dívidas Credor Valor (R$) Vencimento Finalidade ______________ ______________ ______________ ______________ ______________ ______________ ______________ ______________ ______________ ______________ ______________ ______________ ______________ ______________ ______________ ______________ 1.7. Objetivos e Metas a serem alcançadas Nota: Objetivos e Metas mudam com freqüência em função dos acontecimentos. Mesmo assim, é importante iniciar de algum ponto de referência. Preencher a Tabela das Metas Quantitativas com números. METAS QUANTITATIVAS HOJE UM ANO DOIS ANOS Produzir diariamente ( litro de leite ) ______ _______ _________ Produção média por animal ( litros de leite ) ______ _______ _________ Nº de vacas ordenhadas ______ _______ _________ Atingir taxa de natalidade de: ______ _______ _________ Composição racial do rebanho ______ _______ _________ Renda líquida mensal ______ _______ _________ Baixar o custo por litro para: ______ _______ _________ ANEXO 02 - FICHA DIÁRIO Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira Convênio - UFG / Dairy Partners Americas / FUNAPE Diário de Receitas e Despesas Código: Mês: Ano: Dia Descrição: produto ou serviço, vendedor, comprador, etc. Para que foi usado ? Unidade Qtde. Valor Total (R$) Digitado por: Visto: ANEXO 03 - PLANO DE CONTAS Legenda: C = Conta Caixa; NC = Conta Não Caixa; SC = Sem Classificação Número DESCRIÇÃO Classificação 1 Investimento C 2 Pagamento de dívidas C 3 Custo Total de Produção SC 3.01 Custos Variáveis de Produção SC 3.01.01 Custos Variáveis Caixa C 3.01.02 Custos Variáveis Não Caixa C 3.02 Custos Fixos de Produção SC 3.02.01 Custos Fixos Caixa C 3.02.02 Custos Fixos Não Caixa C 3.03 Despesas Totais SC 3.03.01 Despesas de administrativa C 3.03.02 Despesas de comercialização C 3.03.03 Despesas financeiras C 3.03.04 Despesas não caixa NC 4 Renda Total da Propriedade SC 4.01 Receita total da propriedade C 4.02 Consumo, Estoque ou Utilizado no Processo NC 5 Outras entradas não geradas na propriedade SC BIBLIOGRAFIA CONSULTADA BEATTIE, B.R. & TAYLOR, C.R. The economics of production. John Wiley & Sons, Inc. New York, 1985. p.66-73. BENATO, J. V. A. O Abc do cooperativismo. São Paulo: Instituo de Cooperativismo e Associativismo,1994. 132p. CHAMBERS, R.G. Applied productionanalysis: a dual approach. Cambridge University Press. New York, Chapter 1 and 2, 1988. p. 6-72. CHIAVENATO,I. Introdução à Teoria Geral da Administração.9ª ed. São Paulo: Makron Books, 2004. DEBERTIN, D.L. Agricultural production economics. McMILLAN Pub, Chapter 10, 1986. p. 166-181. FIGUEIREDO, R.S. Sistemas de apuração de custos. In: BATALHA, M.D. (Coord.). Gestão agroindustrial. São Paulo: Atlas, 1997. p.348-435. GARCIA, L. M. Exportar: rotinas e procedimentos, incentivos e formação de preço. 7.ed. São Paulo: Aduaneiras, 2001. 228p. HOFFMANN, et al. Administração da Empresa Agrícola. 2ª. Ed. São Paulo: Pioneira, 1979. LEITE, H. de P. Contabilidade para administradores. São Paulo: Atlas, 1988. 518p. LEMES, S. Contabilidade na agropecuária. In: MARION, J.C. (Coord.). Contabilidade e controladoria em agribusiness. São Paulo: Atlas, 1996. cap.2, p.30-42: Contabilidade na agropecuária. LEONE, G.S.G. Custos: planejamento, implantação e controle. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1996. 512p. MARION, J.C. Contabilidade empresarial. São Paulo: Atlas, 1998. 514p. MARTINS, E. Contabilidade de custos: inclui o ABC. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1996. 381p. MATTOS, Z.P. de B. Contabilidade financeira rural. São Paulo: Atlas, 1999. 196p. NEVES, M.F., CHADDAD,F.R. & LAZZARINI, S. G. Alimentos: Novos tempos e conceitos nagestão de negócios. São Paulo: Pioneira, 2000. NORONHA, J.F.; ALCÂNTARA, J.M.; PETRI, M.A. de A. Custo de produção e análise econômica da atividade leiteira. Piracicaba: FEALQ, 1990. 53p. NORONHA, J.F.; NUNES, C.L. de M.; GERALDINE, D.G.; SILVA JUNIOR, R.P. Análise da rentabilidade da atividade leiteira no Estado de Goiás. 1.ed. Goiânia: UFG, 2001. 106p. NUNES, C.L. de M. Análise financeira em propriedades leiteiras no Estado de Goiás. Piracicaba: ESALQ-USP, dissertação de mestrado, 2002. 94p. NUNES, C.L. de M.; NORONHA, J.F.; SILVA JUNIOR, R.P.; GERALDINE, D.G. Lucratividade da atividade leiteira em Goiás. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO RURAL, 3., Goiânia, 1999. Anais. Belo Horizonte: ABAR, 1999. p.336-347. NUNES, C.L. de M.; NORONHA, J.F.; SILVA JUNIOR, R.P.; GERALDINE, D.G. Lucratividade da atividade leiteira em Goiás. Cadernos de Administração Rural, v.10, n.2, p.65-76, jul./dez. 1998. ORGANIZAÇÃO DAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS – OCP; MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO – MA; SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO RURAL – SDR & DEPARTAMENTO DE COOERATIVISMO E ASSOCIATIVISMO – DENACOOP. Associativismo. Brasília, 1998. 36p. ORGANIZAÇÃO DAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS – OCP; MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO – MA; SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO RURAL – SDR & DEPARTAMENTO DE COOERATIVISMO E ASSOCIATIVISMO – DENACOOP. Cooperativismo. Brasília, 1998. 36p. PADOVEZE, L.C. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. São Paulo: Atlas, 1996. 392p. PROCÓPIO, A.M. 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( ( 1, Retornos Crescentes a Escala Estágio II ( ( 1, Retornos Decrescentes a Escala PFMe Qins PFMa ( ( 1, Retornos Crescentes a Tamanho CMa P ( ( 1, Retornos Decrescente a Tamanho CMe Qp � EMBED CorelDraw.Graphic.9 ��� �EMBED OrgPlusWOPX.4��� Planejamento Organização Direção Controle Entradas Saídas Resultados Insumos � Engenheiro Agrônomo pela Escola de Agronomia e Engenharia Rural da Universidade Federal de Goiás – EA-UFG, Mestre em Economia Aplicada pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo – ESALQ-USP. Professor de Economia e Administração Rural na Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos da Universidade Federal de Goiás – EA-UFG e professor de Administração Rural, de Projeto de Graduação, de Estágio Supervisionado e de Orçamento, Planejamento e Controle da Universidade Católica de Goiás. e-mail: cmnunes@agro.ufg.br � Define-se como Renda, tudo que é produzido, vendido, consumido ou utilizado no processo produtivo. Já Receita, tudo que é produzido e é vendido. PAGE 43 _1071488319.unknown _1071548156.unknown _1187073110.bin _1071491786.unknown _1071487585.unknown _1070111917.unknown
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