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trabalhoo de mediação de conlito

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Disciplina: Meios Adequados de Solução de Conflitos
Professora: Andrea Grandini Jose Tessaro
Aluno (a): Sabrina Valandro
Assunto: Mediação, Conciliação e Arbitragem (vídeo 1 e vídeo 2).
1º Vídeo: A Locatária
Mediação
A forma apresentada, e muito bem conduzida pelos mediandos, nos traz um conflito, a falta de pagamentos referente a uma locação direita, onde locador e locatária por serem amigos, optam por não fazerem um contrato formal para a locação.
O que me chama atenção, não é somente a técnica, que em suma deve ser de grande valia, mas sim, uma calma, um controle dos mediandos que os acompanha em toda extensão da mediação. E digo mais, consigo através do vídeo assistido, ver que uma pessoa por menos agitada que fosse não conseguira oferecer a técnica correta para auxiliar e ajudar as pessoas em seus conflitos se não permanecer calma, mesmo sendo observados e avaliados no final da mediação.
Conflitos não podem ser tratados de forma superficial, a necessidade de minimizar as consequências geradas pelos litígios, sugere uma absorvição de técnicas e posturas, que irão além da forma didática.
Estuda-se, e se fala muito, em mudança de paradigma, quer dizer que não basta aplicar as “Leis”, mas sim buscar a manutenção e responsabilização das partes frente ao conflito. Entender que os relacionamentos humanos não são objetivos, e que a cooperação e construção conjunta alicerceia uma solução.
Por que escolheram, locador e locatária, a mediação? Os caminhos para a resolução dos conflitos por hora aqui citados, o 1º vídeo, mostrou a importância da convivência pacifica entre as partes, justamente por residirem no mesmo condômino, contudo diminuíram as consequências oriundas de um litigio judicial. Podemos enxergar claramente uma crise nacional na linha de frente dos processos, junto com a atuação do judiciário, com o tempo, às vezes de anos de espera, acumula se assim, mais raiva na dissolução do conflito.
Na negociação apresentada, pelos dois mediando, estabeleceram um respeito de um assunto determinado, levando toda técnica, paciência e educação para encontrar posições comuns e chegar a um acordo, que seja vantajoso para ambos, locador e locatária. Sendo assim enfrentando o problema e não as pessoas. O acordo se tornou a verdadeira solução equitativa, incluindo o ponto de vista e interesses de todos envolvidos, a vizinhança do condomínio e por especial a mãe da locatária, amiga de longa data do locador.
2º vídeo: O atropelamento
Conciliação
Já no segundo vídeo, vejamos um atropelamento em uma faixa de pedestres, onde uma diarista é atropelada quando atravessava a faixa de segurança, o rapaz parou e socorreu a moça, porém seu sustento ficou comprometido, pois a mesma precisava de seus braços para trabalhar, e com o acidente ficou sem um dos movimentos, impossibilitando o ganho diário para a manutenção de sua família. 
Deixa acalorada uma CONCILIAÇÃO, a rapidez que se resolve esse caso tão complexo, que envolve uma condição de vida, veja a diferença da conciliação com mediação. Notoriamente temos a diferença, a conciliação é uma forma de resolução de controvérsias na relação de interesses por um conciliador (uma pessoa investida de autoridade) podendo ser indicado pelas partes a quem compete a aproxima las, controlar as negociações e aparar as arestas, sugerir e formular as propostas e junto, apontar vantagens e desvantagens. 
Mesmo usando o mesmo nome, os dois vídeos retratam resoluções diferentes, o primeiro vídeo sim é uma longa mediação já o segundo vídeo, é uma rápida conciliação, note como a conciliadora se comporta, a conduta agressiva até mesmo sentando em frente aos dois, demonstrando autoridade, mesmo conduzindo de forma errônea, uma mediação, momento que se torna errado não só na nomenclatura, mas em especial na postura da mesma. As técnicas erradas, não são de uma medianda, mas sim de uma conciliadora.
 	O mediador estimula, auxilia, usa o tempo necessário, sem pressa, mas não sugere soluções. O conciliador sugere, participa do conflito, da decisão, em um tempo bem menor. E foi exatamente o comportamento agregado com a técnica usada pela conciliadora, à solução do conflito foi muito rápido, mesmo sendo um complexo atropelamento.
Arbitragem
Forma inteligente, se não deu na conciliação e mediação, recorra à arbitragem. A arbitragem resolve o sentido formal, outorga para as outras pessoas apreciar a discussão, tendo uma conclusão definitiva. O ato se torna irrecorrível, porém, se escolhe quem irá decidir por você, com equilíbrio e justiça, em troca o que irei receber? A solução. Confiando na pessoa que dirá o que é certo e que porá um fim definitivo na constante disputa, tendo em sua base legal a Lei 9.307/96.
Se não for para delegar para outra pessoa, então continue com a mediação ou conciliação, caso contrário, abra mão de participar e siga para a arbitragem. Encarrar a resolução e não deixar acondicionar a vida em favor de um conflito é a saída, melhor reconstruir e encarar a solução, sempre será o caminho, mais inteligente e econômico. Não há espaço no mundo para carregar os conflitos, tendo inúmeros benefícios na vida.
Então temos a mediação, conciliação e arbitragem que possibilitam conciliar interesse e alcançar a paz social, cultivando a mudança de mentalidade em relação aos conflitos, sempre buscando e prezando pela verdadeira justiça.
Momento Histórico
Na sessão do dia 8 de fevereiro de 1822, entrou em pauta a conciliação obrigatória para o início de qualquer processo no Reino. O debate centrou-se em duas questões: a obrigatoriedade da conciliação e a titularidade da “função” (ACP, 1822:120). O deputado Guerreiro, no uso da palavra, observou que o “sistema constitucional” recomendava não entrar nesses detalhes circunstanciais. Em sua opinião, a Constituição devia apenas admitir a conciliação e delegar seu detalhamento à legislação ordinária. A discussão sobre as duas matérias, contudo, prosseguiu. Não se conseguiu admitir a conciliação separadamente de quem a conduziria. A reflexão sobre o responsável pela “função” acompanhou, com efeito, toda a contenda.
Da leitura dos debates das Cortes portuguesas, constata-se certo orgulho em apontar a conciliação na cultura jurídica lusitana, pois D. João II, em 1481, teria antecipado, segundo alguns deputados, a preocupação em instituir “mediadores” com o objetivo de pacificar e “meter concórdia” nos desacordos.
 
Dados vol.59 no. 1 Rio de Janeiro Jan./Mar. 2016
O projeto de Lei 4.827/98 institucionaliza e disciplina a mediação como método de prevenção e solução consensual de conflitos, temos também o Instituto Brasileiro de Direito Processual, onde institui a mediação como mecanismo de solução nos conflitos do processo civil.
Princípios
Para nortear um mediando, conciliador ou arbitro, existem os princípios que seriam procedimentos e técnicas onde identificam os interesses das partes e constrói opções de solução, visando à realização do acordo. Dentre os mais importantes princípios, posso citar os que constam dentro da Resolução do Instituto da Mediação, nº 125/2010 do CNJ são eles:
Autonomia das partes	 É um mecanismo de solução de conflitos que conta com a participação de uma terceira pessoa, neutra, desinteressada, que auxilia as partes envolvidas na discussão, na busca de um entendimento consensual para a controvérsia.
Voluntariedade Segundo esse princípio é a liberdade de decisão que as partes têm sobre o procedimento e o conteúdo da mediação, ou seja, consiste no controle que elas possuem para chegarem a uma solução consensual sobre seu conflito.
 Flexibilidade As partes são as protagonistas do procedimento e ditam a forma que desejam que seja conduzido.
Informalidade O conciliador ou mediador, em regra, não podem atuar, por exemplo, se conhecer uma das partes, visto que a neutralidade na condução do procedimento será comprometida.
Imparcialidade Significa dizer que conciliadores e mediadores deverão ser imparciais,ou seja, neutros com a situação apresentada.
Coragem. Devemos promover a coragem onde há medo, promover o acordo onde existe conflito, e inspirar esperança onde há desespero!
Coragem. Devemos promover a coragem onde há medo, promover o acordo onde existe conflito, e inspirar esperança onde há desespero!
 
No gráfico acima, podemos observar claramente como funcionam, em suma, os princípios, organização para a clareza, dando mínimas chances de conflito, porém existentes.
Com a pirâmide, símbolo exclusivo de Kelsen, organizamos uma conduta simples de grande força, tendo em seu topo a Autonomia, principio de grande valia para a resolução das controvérsias, em seguida a cidadania mostrando seu lugar, entre todas as pessoas, sem distinção, de cor classe ou religião e por fim, a democracia, justamente ela para organizar as técnicas de mediação, conciliação e arbitragem. Nossos três poderes..
Finalizando, todas essas ferramentas são baseadas nos conhecimentos antigos, onde ressurgem na nova sociedade, para dar respostas diferentes aos conflitos, enquanto cresce a consciência do homem e mulher, que podem em meio a tudo criar, comunicar, dividir, decidir, exigir, participar de maneira ativa no labirinto do cotidiano, em um mundo cada vez mais complexo. A boa e velha conversa, será sempre a melhor saída.
 
	 A mediação, será com sentimento.
	A conciliação, será sem sentimento.
 A arbitragem, será sem a minha presença.
(E) 	Arbitragem sem a minha presença
	
Referência:
1. Site de acesso Momento Arbitragem com Astrubal Junior 2019, 04.04.2020
2. Site de acesso www.cnj.gov..br , Lei 13.140/2015 dia 04.04.2020, www.dizerodireito.com.br 04.04.2020.
3. Rocha, Meire do Nascimento, v.1, p. 322, maio de 2017
4. Revista FONAMEC - Rio de Janeiro, 2015
5. Vídeo aula com os Ministros Villas Boas Cueva, Sebastião Reis e Marco Buzzi, Escola de Direito EBRADI 2020.
Princípios
Tratamento exclusivo
Preservação da confiabilidade
Nenhuma informação será usada para outra mediação
Caráter individual
Não arrolar pessoas que já participaram do processo
Autonomia
Cidadania
Democracia

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