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Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 1 CIÊNCIAS CONTÁBEIS MATERIAL INSTRUCIONAL DE APOIO PARA A DISCIPLINA DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS INTEGRADA MATERIAL ALUNO 2019/1 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 2 CQA/UNIP – Comissão de Qualificação e Avaliação da UNIP CIÊNCIAS CONTÁBEIS MATERIAL INSTRUCIONAL DE APOIO PARA A DISCIPLINA DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS INTEGRADA Christiane Mazur Doi Doutora em Engenharia Metalúrgica e de Materiais, Mestra em Ciências - Tecnologia Nuclear, Engenheira Química e Licenciada em Matemática, com Aperfeiçoamento em Tópicos de Estatística. Professora titular da Universidade Paulista. Maria José Teixeira Mestra em Ciências Contábeis e Bacharela em Ciências Contábeis. Professora adjunta e Coordenadora Geral Técnica do curso de Ciências Contábeis da Universidade Paulista. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 3 ÍNDICE REMISSIVO Questão 1 Contabilidade comercial. Critérios de custeio. Custo das mercadorias vendidas. Questão 2 Contabilidade comercial. Inventário Permanente. Questão Auxiliar. Questão 3 Contabilidade comercial. Inventário Permanente. Questão Auxiliar. Questão 4 Contabilidade intermediária. Estrutura do Balanço Patrimonial (BP). Questão 5 Contabilidade intermediária. Demonstração do Resultado Abrangente (DRA). Questão 6 Contabilidade intermediária. Demonstração de Resultado do Exercício (DRE). Questão Auxiliar. Questão 7 Contabilidade intermediária. Dedução da Receita. Questão Auxiliar. Questão 8 Planejamento contábil tributário. Lucro presumido. Questão 9 Planejamento contábil tributário. Lucro presumido. Questão Auxiliar Questão 10 Planejamento contábil tributário. Lucro Real. Questão Auxiliar Questão 11 Contabilidade de custos. Custeio por absorção. Questão 12 Contabilidade de custos. Contabilidade gerencial. Margem de contribuição. Questão 13 Preços e custos. Formação do preço de venda com base nos custos e com base na concorrência e clientes. Questão 14 Contabilidade societária. Avaliação de investimentos pelo Método da Equivalência Patrimonial. Questão 15 Contabilidade societária. Avaliação de investimentos pelo Método da Equivalência Patrimonial Questão Auxiliar Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 4 Questão 16 Contabilidade societária. Avaliação de investimentos pelo Método da Equivalência Patrimonial Questão Auxiliar. Questão 17 Controladoria e orçamentos. Orçamento de vendas. Questão 18 Controladoria e orçamentos. Tipos de Orçamento. Questão Auxiliar. Questão 19 Controladoria e orçamentos. Orçamento Empresarial. Questão Auxiliar. Questão 20 Contabilidade Empresarial. Folha de pagamento. Verbas rescisórias. Questão 21 Contabilidade Empresarial. Desconto de Duplicatas. Questão Auxiliar. Questão 22 Contabilidade Empresarial. Folha de Pagamento. Questão Auxiliar. Questão 23 Normas Internacionais de Contabilidade. Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro. Questão 24 Normas Internacionais de Contabilidade. Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro. Questão 25 Normas Internacionais de Contabilidade. Teoria da Contabilidade. Questão 26 Normas Internacionais de Contabilidade. Princípios de Contabilidade. Questão 27 Normas Internacionais de Contabilidade. Ajuste a Valor Presente. Questão 28 Perícia. Avaliação. Arbitragem. Planejamento da Perícia Contábil. Questão 29 Perícia. Avaliação. Arbitragem. Procedimento em Perícia Contábil. Questão Auxiliar. Questão 30 Perícia. Avaliação. Arbitragem. Planejamento da Perícia Contábil Questão Auxiliar. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 5 Questão 1 Questão 1.1 No quadro a seguir, estão demonstradas operações com mercadorias de determinada empresa. Data Descrição Quantidade Valor unitário 2/4/2015 Compras 60 R$1,50 7/4/2015 Compras 90 R$1,80 25/4/2015 Vendas ? ? Após o inventário físico, realizado em 30/4/2015, verificou-se não ter havido quebra ou perda na movimentação. Observou-se que o saldo final correspondia a 20% do saldo de compras e que o preço unitário de venda do produto havia sido de R$2,00. A empresa utilizou, para a avaliação de estoque, o critério denominado Custo Médio. Nessa situação, o saldo da conta Estoque e o Custo da Mercadoria Vendida (CMV), em 30/4/2015, são, respectivamente, de A. R$50,40 e R$162,00. B. R$50,40 e R$201,60. C. R$90,00 e R$50,40. D. R$162,00 e R$90,00. E. R$162,00 e R$201,60. 1. Introdução teórica 1.1. Aspectos gerais dos estoques Conforme ensinam Santos et al (2015), as normas relativas aos estoques constam no pronunciamento técnico CPC 16 (R1), que, além de estabelecer o tratamento contábil para os estoques, orienta sobre a determinação do valor de seu custo e seu subsequente reconhecimento como despesa no resultado do período. Os estoques compreendem bens adquiridos e destinados à venda, produtos acabados e produtos em processo de produção pela empresa. Também incluem matérias-primas e materiais que aguardam utilização no processo de produção. O valor de custo do estoque deve considerar o preço de compra, os impostos de importação e demais tributos não recuperáveis, os custos de transporte, o seguro, o manuseio e outros gastos necessários para deixar o estoque em condições de uso ou de revenda. 1Questão 13 – Enade 2015. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 6 No que se refere à mensuração dos estoques, o item 9 do CPC 16 (R1) determina que os estoques devem ser avaliados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, o menor dos dois. Considera-se valor realizável líquido o preço de venda estimado no curso normal dos negócios, deduzidos os custos estimados para a sua conclusão e os gastos estimados necessários para se concretizar a venda. 1.2. Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) O Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) representa a soma dos gastos incorridos para comprar, armazenar e comercializar determinada mercadoria até que ela seja vendida e se transforme em receita para a empresa. Todas as vendas têm custos. A mercadoria adquirida por uma loja comercial provoca gastos que se transformam em custos no momento do reconhecimento da receita. A apuração do CMV está diretamente relacionada aos estoques da empresa, pois representa a baixa efetuada nos estoques por vendas realizadas no período. O CMV é, portanto, composto pelos valores de todas as saídas do estoque. 1.3. Controle dos estoques Existem dois sistemas para controlar contabilmente o valor dos estoques: o inventário periódico e o inventário permanente. No inventário periódico, a empresa não controla o custo dos seus estoques a cada compra ou venda. No momento em que se deseja conhecer o resultado com mercadorias, utiliza-se a equação do custo das mercadorias vendidas (CMV). CMV Estoque Inicial Compras Estoque Final= + − No inventário permanente, há controle contínuo das entradas e das saídas de mercadorias (em quantidade e valores), de modo que a posição dos estoques e o custo das mercadorias vendidas estejam sempre atualizados e disponíveis. O controle contínuo dos estoques pode ser feito por diversos critérios, sendo que os principais e mais frequentemente utilizados são os que seguem. • Primeiro a entrar, primeiro a sair (PEPS) ou first in, first out (FIFO). • Último a entrar, primeiro a sair (UEPS) ou last in, first out (LIFO). Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 7 • Custo médio ponderado. • Custo específico ou identificado. Nos termos do item 25 do CPC 16 (R1), o custo dos estoques, que não pode ser valorado pelo critério do custo específicoou identificado, deve ser atribuído pelo uso do PEPS ou pelo uso do custo médio ponderado. O critério PEPS pressupõe que os itens de estoque que foram comprados ou produzidos primeiro sejam vendidos em primeiro lugar, e, consequentemente, os itens que permanecerem em estoque no fim do período sejam os mais recentemente comprados ou produzidos. Pelo critério do custo médio ponderado, o custo de cada item é determinado a partir da média ponderada do custo de itens semelhantes no começo de um período e do custo dos mesmos itens comprados ou produzidos durante o período. Pelo fato de, no método UEPS, os estoques ficarem subavaliados e, consequentemente, o lucro tributável ficar reduzido, tanto a legislação fiscal quanto o CPC 16 (R1) não permitem que os estoques sejam avaliados por esse método. 2. Indicações bibliográficas • COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – CPC. Pronunciamento Técnico CPC 16 (R1): Estoques. Disponível em <http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/ 243_CPC_16_R1_rev%2003%20(2).pdf>. Acesso em 03 mar. 2016. • SANTOS, J. L. et al. Manual de práticas contábeis: aspectos societários e tributários. São Paulo: Atlas, 2015. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 8 Questão 2 Questão 2 (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: SEFAZ-RS Prova: CESPE - 2018 - SEFAZ-RS - Técnico Tributário da Receita Estadual - Prova 2) Se sua empresa comprar uma caneta por R$ 1,20 e, em seguida, comprar outra caneta (de mesma marca e cor) por R$ 1,40 e, posteriormente, vender uma das canetas por R$ 3,00, seu lucro bruto será de A. R$ 1,50, se seu estoque for avaliado pelo método do Preço Específico. B. R$ 1,60, se seu estoque for avaliado pelo método PEPS (as primeiras a entrar são as primeiras a sair). C. R$ 1,70, se seu estoque for avaliado pelo método Preço Médio Ponderado, conhecido por Custo Médio. D. R$ 1,80, se seu estoque for avaliado pelo método UEPS (as últimas a entrar são as primeiras a sair). https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cespe https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/sefaz-rs https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2018-sefaz-rs-tecnico-tributario-da-receita-estadual-prova-2 https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2018-sefaz-rs-tecnico-tributario-da-receita-estadual-prova-2 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 9 Questão 3 Questão 3 (Ano: 2018 Banca: UFRR Órgão: UFRR Prova: UFRR - 2018 - UFRR - Técnico em Contabilidade) Determinada empresa realizou, no mês de agosto, as seguintes operações com mercadorias: - Dia 8: compra de 500 unidades a R$ 5 cada uma; - Dia 15: Venda de 200 unidades a R$ 10 cada uma; - Dia 19: Compra de 1000 unidades a R$ 7 cada uma; - Dia 22: Venda de 700 unidades no total de R$ 7.000. Sabendo que a empresa não apresentava estoque inicial e desconsiderando a incidência de impostos sobre as vendas, o Custo da Mercadoria Vendida no mês de agosto, pelo método PEPS foi igual a: A. 5.000,00 B. 5.300,00 C. 5.500,00 D. 9.300,00 E. 9.500,00 https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/ufrr https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/ufrr https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ufrr-2018-ufrr-tecnico-em-contabilidade Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 10 Questão 4 Questão 4.2 Uma sociedade empresarial apresentou os dados a seguir, referentes ao seu Balanço Patrimonial em 31/12/2014. Contas Saldos em 31/12/2014 (R$) Obras de arte 15.000,00 Móveis e utensílios 25.000,00 Assinaturas e anuidades a apropriar 1.500,00 Mercadorias para revenda 26.000,00 Bancos c/ movimento 9.300,00 Móveis e utensílios – depreciação 2.500,00 Duplicatas a receber (para recebimento em 6 meses) 50.000,00 Empréstimos para sócios 7.500,00 Ajuste a valor presente de duplicatas a receber (para recebimento em 14 meses) 22.000,00 Duplicatas a receber (para recebimento em 14 meses) 100.000,00 Direitos autorais 5.100,00 Instrumentos financeiros para negociação imediata 10.000,00 Com base nos dados apresentados, conclui-se que o valor do Ativo Não Circulante em 31/12/2014 foi de A. R$120.600,00. B. R$128.100,00. C. R$138.100,00. D. R$172.100,00. E. R$182.100,00. 1. Introdução teórica Estrutura do Balanço Patrimonial (BP) O Balanço Patrimonial (BP) é uma demonstração contábil que evidencia os ativos, os passivos e o patrimônio líquido da entidade. De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1) – Apresentação das Demonstrações Contábeis –, item 54, o Balanço Patrimonial deve apresentar, respeitada a legislação, as seguintes contas: 2Questão 16 – Enade 2015. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 11 (a) caixa e equivalentes de caixa; (b) clientes e outros recebíveis; (c) estoques; (d) ativos financeiros (exceto os mencionados nas alíneas “a”, “b” e “g”); (e) total de ativos classificados como disponíveis para venda (Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração) e ativos à disposição para venda de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada; (f) ativos biológicos dentro do alcance do Pronunciamento Técnico CPC 29 (alterada pela Revisão CPC 08); (g) investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial; (h) propriedades para investimento; (i) imobilizado; (j) intangível; (k) contas a pagar comerciais e outras; (l) provisões; (m) obrigações financeiras (exceto as referidas nas alíneas “k” e “l”); (n) obrigações e ativos relativos à tributação corrente, conforme definido no Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos sobre o Lucro; (o) impostos diferidos ativos e passivos, como definido no Pronunciamento Técnico CPC 32; (p) obrigações associadas a ativos à disposição para venda de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 31; (q) participação de não controladores apresentada de forma destacada dentro do patrimônio líquido; (r) capital integralizado e reservas e outras contas atribuíveis aos proprietários da entidade. Os ativos são recursos controlados pela empresa como resultado de eventos passados e dos quais se espera que fluam benefícios econômicos futuros para a empresa. Em outras palavras, os ativos compreendem os bens e os direitos da empresa. A entidade deve apresentar ativos circulantes, ativos não circulantes, passivos circulantes e passivos não circulantes como grupos separados de contas no balanço patrimonial, exceto quando uma apresentação baseada na liquidez proporcionar informação confiável e mais relevante (CPC 26, item 60). O ativo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer um dos seguintes critérios: (a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade; (b) espera-se que seja mantido essencialmente com o propósito de ser negociado; (c) espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço; ou (d) espera-se que seja caixa ou equivalente de caixa, a menos que sua troca e/ou seu uso para liquidação de passivo se encontrem vedados durante pelo menos doze meses após a data do balanço. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 12 Todos os demais ativos devem ser classificados como não circulantes. Ainda de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis –, item 67, utiliza-se a expressão “não circulante” para incluir ativos tangíveis, ativos intangíveis e ativos financeiros de natureza de longo prazo. Não se proíbe o uso de descrições alternativas desde que seu sentido seja claro. O ativo não circulante divide-se em realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível.De acordo com o disposto no Art. 179 da Lei Nº 6.404/76, as contas serão classificadas do modo a seguir. I - No ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte. II - No ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou contratadas (Art. 243), diretores, acionistas ou participantes da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia. III – Em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa. IV – No ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens (redação dada pela Lei Nº 11.638 de 2007). VI – No intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido (incluído pela Lei Nº 11.638 de 2007). Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou no longo prazo terá por base o prazo desse ciclo. 2. Indicações bibliográficas • BRASIL. Lei Nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm>. Acesso em 08 set. 2016. • COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC. Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis. Disponível em <http://static.cpc. mediagroup.com.br/Documentos/312_CPC_26_R1_rev%2008.pdf>. Acesso em 24 fev. 2016. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 13 Questão 5 Questão 5.3 Uma empresa está atenta às mudanças que estão ocorrendo na contabilidade em razão da internacionalização das suas normas. Assim, objetivando estruturar a Demonstração do Resultado Abrangente (DRA), a empresa disponibilizou os dados a seguir referentes ao ano de 2014. Lucro Antes do Resultado Financeiro R$37.800,00 Despesas com Vendas R$75.000,00 Perdas Derivadas da Conversão de Demonstrações Contábeis de Operações no Exterior R$6.000,00 Custo das Mercadorias Vendidas R$337.500,00 Lucro Líquido do Exercício R$24.300,00 Receita de Vendas de Mercadorias R$750.000,00 Ganhos na Remensuração de Ativos Financeiros Disponíveis para Venda R$20.000,00 Tributos sobre os Ganhos na Remensuração de Ativos Financeiros Disponíveis para Venda R$6.800,00 Lucro Bruto R$186.300,00 Com base nos dados acima e no que define a NBC TG 26 (R2) acerca da apresentação das Demonstrações Contábeis, faça o que se pede nos itens a seguir. a) Explique a finalidade da DRA. b) Com base na DRA da empresa, elaborada a partir dos dados fornecidos para o exercício findo em 31/12/2014, determine: • o valor dos outros resultados abrangentes; • o valor do resultado abrangente do período. 1. Introdução teórica Aspectos gerais da Demonstração do Resultado Abrangente (DRA) A obrigatoriedade da apresentação da Demonstração do Resultado Abrangente (DRA) foi instituída pelo Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1) - Apresentação das Demonstrações Contábeis, aprovado pelo Conselho Federal de Contabilidade de acordo com a Norma Brasileira de Contabilidade Técnica Geral – NBC TG 26 (R5), publicada no D.O.U. de 22/12/2017. De acordo com a referida Norma, Resultado Abrangente é a mutação que ocorre no patrimônio líquido durante um período e que resulta de transações e de eventos não derivados de transações com os sócios na sua qualidade de proprietários. Compreende itens de receita 3Questão Discursiva 4 – Enade 2015 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 14 e despesa (incluindo ajustes de reclassificação) que não são reconhecidos na Demonstração do Resultado do Exercícios (DRE) como requerido ou permitido pelas normas, pelas interpretações e pelos comunicados técnicos emitidos pelo CFC. De acordo com o item 7 da NBC TG 26 (R1), os componentes dos outros resultados abrangentes incluem: • variações na reserva de reavaliação quando permitidas legalmente (ver NBC TG 27 – Ativo Imobilizado e a NBC TG 04 – Ativo Intangível); • ganhos e perdas atuariais em planos de pensão com benefício definido reconhecidos conforme item 93A da NBC TG 33 – Benefícios a Empregados; • ganhos e perdas derivados de conversão de demonstrações contábeis de operações no exterior (ver a NBC TG 02 – Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis); • ganhos e perdas resultantes de investimentos em instrumentos patrimoniais designados ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes, de acordo com o item 5.7.5 da NBC TG 48 – Instrumentos Financeiros (alterada pela NBC TG 26 (R5)); • ganhos e perdas em ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes, de acordo com o item 4.1.2 da NBC TG 48; (incluída pela NBC TG 26 (R5)); • parcela efetiva de ganhos e perdas de instrumentos de hedge em operação de hedge de fluxo de caixa e os ganhos e perdas em instrumentos de hedge que protegem investimentos em instrumentos patrimoniais mensurados ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes, de acordo com o item 5.7.5 da NBC TG 48 (ver Capítulo 6 da NBC TG 48) (alterada pela NBC TG 26 (R5)); • para passivos específicos designados como ao valor justo por meio do resultado, o valor da alteração no valor justo que for atribuível a alterações no risco de crédito do passivo (ver item 5.7.7 da NBC TG 48) (incluída pela NBC TG 26 (R5)); • alteração no valor temporal de opções quando separar o valor intrínseco e o valor temporal do contrato de opção e designar como instrumento de hedge somente as alterações no valor intrínseco (ver Capítulo 6 da NBC TG 48) (incluída pela NBC TG 26 (R5)); • alteração no valor dos elementos a termo de contratos a termo ao separar o elemento a termo e o elemento à vista de contrato a termo e designar, como instrumento de hedge, somente as alterações no elemento à vista, e alterações no valor do spread com base na moeda estrangeira de instrumento financeiro ao excluí-lo da designação desse instrumento financeiro como instrumento de hedge (ver Capítulo 6 da NBC TG 48) (incluída pela NBC TG 26 (R5)). A DRA deve, portanto, reconhecer todas as receitas e as despesas que não transitam pela DRE e que são reconhecidas diretamente em contas do patrimônio líquido. Para Martins et al (2013), a DRA, pelas normas internacionais, pode ser apresentada como continuidade da DRE, mas, no Brasil, o CPC determinou que seja realizada como um relatório à parte. Os itens 10A e 10B da norma afirmam o que segue. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 15 10A. A entidade pode, se permitido legalmente, apresentar uma única demonstração do resultado do período e outros resultados abrangentes, com a demonstração do resultado e outros resultados abrangentes apresentados em duas seções. As seções devem ser apresentadas juntas, com o resultado do período apresentado em primeiro lugar seguido pela seção de outros resultados abrangentes. A entidade pode apresentar a demonstração do resultado como uma demonstração separada. Nesse caso, a demonstração separada do resultado do período precederá imediatamente a demonstração que apresenta o resultado abrangente, que se inicia com o resultado do período (incluído pela NBC TG 26 (R1). 10B. Quandoda aprovação desta norma, a legislação societária brasileira requer que seja apresentada a demonstração do resultado do período como uma seção separada (incluído pela NBC TG 26 (R1)). Ainda de acordo com a NBC TG 26 (R5), item 81A, a demonstração do resultado e a demonstração de outros resultados abrangentes devem apresentar, além das seções da demonstração do resultado e de outros resultados abrangentes, (a) o total do resultado (do período); (b) o total de outros resultados abrangentes; (c) o resultado abrangente do período, sendo o total do resultado e de outros resultados abrangentes. O item 81B determina que a entidade deve apresentar, além da demonstração do resultado e de outros resultados abrangentes, como alocação da demonstração do resultado e de outros resultados abrangentes do período, os itens a seguir. a) Resultado do período atribuível a: (i) participação de não controladores, e (ii) sócios da controladora. b) Resultado abrangente atribuível a (i) participação de não controladores, e (ii) sócios da controladora. Outra obrigatoriedade, na apresentação da DRA, é a divulgação do efeito tributário relativo a cada componente dos outros resultados abrangentes na própria demonstração do resultado abrangente ou em notas explicativas. Como as demais demonstrações contábeis, a DRA tem a finalidade de apresentar informações úteis para apoiar o processo decisório quanto ao desempenho da entidade. O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, sobre o desempenho e sobre os fluxos de caixa da entidade que sejam úteis a um grande número de usuários com a finalidade de ajudá-los em suas avaliações e decisões. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 16 2. Indicações bibliográficas • CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE – NBC TG 26 (R5). Apresentação das Demonstrações Contábeis. Disponível em <http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/ detalhes_sre.aspx?Codigo=2017/NBCTG26(R5)&arquivo=NBCTG26(R5).doc>. Acesso em 26 abr. 2018. • MARTINS, E. et al. Manual de contabilidade societária. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2013. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 17 Questão 6 Questão 6 (Ano: 2017 Banca: Colégio Pedro II Órgão: Colégio Pedro II Prova: Colégio Pedro II - 2017 - Colégio Pedro II - Contador) Utilizando os dados a seguir, responda à questão. Com base no Balancete da Empresa Ser Feliz S.A., indique, respectivamente, os totais do Passivo, do Patrimônio Líquido e do Lucro Líquido do Exercício. A. R$ 86,870,00 – R$ 567,880,00 – R$ 10.490,00 B. R$ 91.460,00 – R$ 86.870,00 – R$ 659.240,00 C. R$ 91.460,00 – R$ 567,880,00 – R$ 10.490,00 D. $ 86.870,00 – R$ 567,880,00 – R$ 7.590,00 https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/colegio-pedro-ii https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/colegio-pedro-ii https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/colegio-pedro-ii-2017-colegio-pedro-ii-contador https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/colegio-pedro-ii-2017-colegio-pedro-ii-contador Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 18 Questão 7 Questão 7 (Ano: 2018 Banca: UECE-CEV Órgão: Funceme Prova: UECE-CEV - 2018 - Funceme - Analista de Suporte à Pesquisa Ciências Contábeis) Com base nas informações a seguir, responda à questão. O balancete de verificação da Companhia ABC, levantado ao final do último exercício social, apresentou, dentre outras, as seguintes contas e respectivos saldos, em reais: Compras de mercadorias 1.700,00 Despesas com vendas 130,00 Descontos financeiros recebidos 100,00 Devolução de compras 300,00 Estoque inicial 150,00 ICMS sobre compras 180,00 ICMS sobre vendas 270,00 Vendas de mercadorias 1.500,00 Vendas canceladas 400,00 O inventário físico de mercadorias, na mesma época, somou R$ 950,00. As deduções da receita operacional bruta totalizaram A. R$ 630,00. B. R$ 760,00. C. R$ 590,00. D. R$ 670,00. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/uece-cev https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/funceme https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/uece-cev-2018-funceme-analista-de-suporte-a-pesquisa-ciencias-contabeis https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/uece-cev-2018-funceme-analista-de-suporte-a-pesquisa-ciencias-contabeis Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 19 Questão 8 Questão 8.4 Uma empresa optou pelo desconto do imposto de renda com base no lucro presumido no primeiro trimestre de 2015. Da escrituração contábil, foram extraídas as informações a seguir. Receita Bruta de Vendas de Mercadorias R$500.000,00 Receita Bruta de Serviços R$100.000,00 Juros Ativos R$10.000,00 Juros Passivos R$20.000,00 Sabendo-se que os índices utilizados para o cálculo do lucro presumido são de 8% sobre a venda de mercadorias e de 32% sobre a prestação de serviços, o valor da base de cálculo do lucro presumido é de A. R$102.000,00. B. R$92.000,00. C. R$82.000,00. D. R$72.000,00. E. R$62.000,00. 1. Introdução teórica 1.1. Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) São contribuintes e, portanto, estão sujeitos ao pagamento do IRPJ, as pessoas jurídicas e as pessoas físicas a ela equiparadas, domiciliadas no país. Elas devem apurar o IRPJ com base no lucro, que pode ser real, presumido ou arbitrado. A alíquota do IRPJ é de 15% (quinze por cento) sobre o lucro apurado, com adicional de 10% (dez por cento) sobre a parcela do lucro que exceder R$20.000,00/mês (RECEITA FEDERAL, 2016). 1.1.1. Lucro real Lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pelo Decreto N° 3.000, de 26 de março de 1999, denominado Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99). Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 20 As adições referem-se às despesas contabilizadas pela empresa, mas que não são consideradas dedutíveis na determinação do lucro real pelo RIR/99, a exemplo das multas por infrações fiscais. As exclusões são valores que a lei permite subtrair da base de cálculo do tributo, como, por exemplo, os dividendos obtidos de investimentos em ações de outras empresas avaliadas pelo custo de aquisição. As compensações, por sua vez, referem-se ao prejuízo fiscal apurado em períodos de apuração anteriores, limitado a 30% (trinta por cento) do lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões, desde que a pessoa jurídica mantenha os livros e os documentos exigidos pela legislação fiscal. De acordo com o Art. 246 do RIR/99, alterado pelo Art. 7º da Lei Nº 12.814/13, estão obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas: I – cuja receita total, no ano-calendário anterior, tenha sido superior a R$78.000.000,00 ou ao limite proporcional de R$6.500.000,00 multiplicados pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a 12 meses; II – cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta; III – que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; IV – que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscaisrelativos à isenção ou redução do imposto; V – que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, na forma do Art. 222; VI – que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultante de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring); VII – que explorem atividades de compra e venda, loteamento, incorporação e construção de imóveis, enquanto não concluídas as operações imobiliárias para as quais haja registro de custo orçado (IN SR Nº 25/1999); VIII – que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio. 1.1.2. Lucro presumido Segundo Fabretti (2015), o lucro presumido é um conceito tributário que tem a finalidade de facilitar o pagamento do IRPJ, sem a necessidade de se recorrer à complexa Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 21 apuração do lucro real. Assim, as pessoas jurídicas não obrigadas à apuração do lucro real poderão optar pela apuração do imposto trimestral com base no lucro presumido. A base de cálculo do IRPJ no lucro presumido é apurada por meio da aplicação de um percentual definido pela legislação vigente sobre a receita bruta auferida. Esse percentual varia de acordo com a atividade exercida pela empresa. Diferentes receitas devem ser segregadas de modo que os percentuais sejam aplicados conforme a natureza de cada uma. Por exemplo, sobre as vendas de mercadorias ou produtos, exceto revenda de combustíveis, a empresa deve aplicar o percentual de 8%; sobre os serviços em geral, para os quais não esteja previsto percentual específico, a empresa deve aplicar o percentual de 32%. De acordo com o Art. 519, §1º do RIR/99, os percentuais a serem aplicados sobre as atividades geradoras da receita são os constantes no quadro 1. Quadro 1. Atividades geradoras de receita. Atividades geradoras da receita Percentual aplicado • Revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural. 1,6% • Venda de mercadoria ou produto (exceto revenda de combustíveis). • Transporte de cargas. • Serviços hospitalares. • Atividade rural. • Industrialização com materiais fornecidos pelo contratante. • Construção por empreitada com emprego de materiais próprios. • Quaisquer outras atividades (exceto prestação de serviços) para as quais não haja percentual específico. 8% • Serviço de transporte, exceto o serviço de carga. • Serviços (exceto hospitalares, de transporte e de sociedade civil de profissão regulamentada, cuja receita bruta anual não seja superior a R$120.000,00). 16% • Serviços em geral, exceto os serviços hospitalares. • Intermediação de negócios. • Administração, locação ou cessão de bens, imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza. 32% Ao valor resultante da aplicação do percentual sobre a receita bruta, devem ser acrescidos os ganhos de capital e as demais receitas não abrangidas na receita bruta mensal, a exemplo dos: • rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa e ganhos líquidos de operações financeiras de renda variável; • juros sobre o capital próprio pago por outras pessoas jurídicas; • ganhos de capital na venda de bens do ativo fixo; Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 22 • juros calculados pela taxa Selic, inclusive sobre impostos e contribuições pagos indevidamente ou a maior que o devido, a serem restituídos ou compensados. 1.1.3. Lucro arbitrado A empresa sujeita à tributação com base no lucro real que não mantiver escrituração na forma das leis comerciais e fiscais ou que deixar de elaborar suas demonstrações financeiras poderá, quando conhecida a receita bruta, efetuar o pagamento do IRPJ com base no lucro arbitrado. A apuração da base de cálculo do lucro arbitrado apresenta regras semelhantes às aplicadas ao lucro presumido, levando-se em consideração, entretanto, os percentuais do quadro 2. Quadro 2. Percentual aplicado conforme as atividades geradoras de receita. Atividades geradoras da receita Percentual aplicado • Revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural. 1,92% • Venda de mercadoria ou produto (exceto revenda de combustíveis). • Transporte de cargas. • Serviços hospitalares. • Atividade rural. • Industrialização com materiais fornecidos pelo contratante. • Construção por empreitada com emprego de materiais próprios. • Quaisquer outras atividades (exceto prestação de serviços) para as quais não haja percentual específico. 9,6% • Serviço de transporte, exceto o serviço de carga. • Serviços (exceto hospitalares, de transporte e de sociedade civil de profissão regulamentada, cuja receita bruta anual não seja superior a R$120.000,00). 19,2% • Serviços em geral, exceto os serviços hospitalares. • Intermediação de negócios. • Administração, locação ou cessão de bens, imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza. 38,4% Conforme o Art. 526 do RIR/99, para efeito de pagamento, a pessoa jurídica poderá deduzir do imposto devido no período de apuração o imposto pago ou retido na fonte sobre as receitas que integraram a base de cálculo. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 23 2. Indicações bibliográficas • BRASIL. Secretaria da Receita Federal do Brasil. Imposto sobre a renda das pessoas jurídicas. Disponível em <http://idg.receita.fazenda.gov.br/acesso-rapido/tributos/IRPJ>. Acesso em 17 abr. 2016. • ______. Decreto Nº 3.000, de 26 de março de 1999. Regulamenta a tributação, fiscalização, arrecadação e administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/ d3000.htm>. Acesso em 15 abr. 2016. • _______. Lei Nº 12.814, de 16 de maio de 2013. Altera a Legislação Tributária Federal. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/Lei/ L12814.htm>. Acesso em 15 abr. 2016. • FABRETTI, L. C. Contabilidade tributária. 15. ed. São Paulo: Atlas, 2015. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 24 Questão 9 Questão 9 (Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: EMPLASA Prova: VUNESP - 2014 - EMPLASA - Analista Administrativo - Ciências Contábeis) Uma empresa prestadora de serviços tributada pelo lucro presumido atingiu no segundo trimestre de 2013 as seguintes receitas: Abril R$ 1.500.000,00 Maio R$ 1.300.000,00 Junho R$ 1.450.000,00 O valor do Adicional de Imposto de Renda é de R$ A. 11.000,00. B. 28.000,00. C. 62.000,00. D. 130.000,00. E. 164.000,00. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/vunesp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/emplasa https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2014-emplasa-analista-administrativo-ciencias-contabeis https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2014-emplasa-analista-administrativo-ciencias-contabeis Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 25 Questão 10 Questão 10 (Ano: 2018 Banca: CS-UFG Órgão: SANEAGO - GO Prova: CS-UFG - 2018 - SANEAGO - GO - Analista de Saneanento - Contador) As informações a seguir foram extraídas do Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) da Companhia “XXX”, referentes ao ano-calendário de 2016. Lucro Líquido do Exercício antes do imposto de renda R$ 525.000,00 Adições (Parte A do LALUR) R$ 306.000,00 Exclusões (Parte A do LALUR) R$ 360.000,00 Prejuízo de Exercícios Anteriores (Parte B do LALUR) R$ 145.220,00 Considerando a alíquota de compensação máxima de prejuízos fiscais, o valor da base de cálculo do imposto de renda devido pela Companhia “XXX” é deA. R$ 666.300,00 B. R$ 501.300,00 C. R$ 329.700,00 D. R$ 164.700,00 https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cs-ufg https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/saneamento-de-goias-s-a https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cs-ufg-2018-saneago-go-analista-de-saneanento-contador https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cs-ufg-2018-saneago-go-analista-de-saneanento-contador Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 26 Questão 11 e 12 Questão 11.5 Uma empresa que utiliza o método de custeio de absorção para a apuração dos custos dos produtos fabricou, em determinado período, 50.000 unidades de um dos produtos de sua linha, com custo total de produção de R$1.000.000,00 e custo unitário variável de R$8,00. A empresa estima que, para o próximo período, haverá aumento na produção de 20% do referido produto, mantida a estrutura atual de custos, sem necessidade de modificação da capacidade de produção já instalada. Nessa situação, dado o novo volume de produção, o custo unitário de produção, mantido o método do custeio por absorção, será de A. R$8,00. B. R$9,60. C. R$18,00. D. R$20,00. E. R$21,60. Questão 12.6 Uma empresa vende seu produto ao preço de R$7,00 a unidade. Os relatórios financeiros apresentam Custo variável unitário de R$2,00 e Custos e Despesas Fixas de R$150.000,00, sendo a alíquota do imposto de Renda a 30%. Nessa situação, para obter um lucro líquido de R$31.500,00, a empresa deverá vender o correspondente a A. R$273.000,00. B. R$210.000,00. C. R$195.000,00. D. R$150.000,00. E. R$78.000,00. 5Questão 17 – Enade 2015. 6Questão 34 – Enade 2015. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 27 1. Introdução teórica 1.1. Classificação dos custos Os custos são todos os gastos relativos à atividade de produção. Compreendem os gastos com bens e serviços utilizados na produção de outros bens e serviços. Para Megliorini (2012), os custos são classificados de várias formas para atender às diversas finalidades para as quais são apurados. Há duas classificações básicas que permitem determinar o custo de cada produto fabricado e o seu comportamento em diferentes níveis de produção em que uma empresa opere, conforme segue. (a) Quanto aos produtos fabricados: para alocar os custos aos produtos, classificados como Custos Diretos e Custos Indiretos. (b) Quanto ao comportamento em diferentes níveis de produção: para determinar os custos de vários níveis de produção, classificados em Custos Fixos e Custos Variáveis. Os custos diretos são os custos que podem ser diretamente apropriados aos produtos fabricados de acordo com uma medida objetiva de seu consumo na fabricação desses produtos. São exemplos de custos diretos matéria-prima consumida e mão de obra direta utilizada. No caso da matéria-prima, a empresa sabe a quantidade exata consumida, e, no caso da mão de obra direta, quantas horas foram utilizadas na fabricação de cada unidade produzida. Os custos são incluídos diretamente no cálculo dos produtos sem que haja a necessidade do uso de critérios de rateio para serem devidamente alocados. Os custos indiretos são os custos que não podem ser diretamente alocados ao produto. Segundo Martins (2010), eles não oferecem condição para uma medida objetiva, e qualquer tentativa de alocação tem de ser feita de maneira estimada e, muitas vezes, arbitrária. Conforme Megliorini (2012), a base de rateio deve guardar uma relação próxima entre o custo indireto e o objeto de custeio, a fim de se evitarem distorções no resultado final. São exemplos de custos indiretos, dentre outros: • a mão de obra indireta caracterizada pelos salários dos chefes de supervisão de equipes de produção; • a depreciação de equipamentos utilizados na fabricação de vários produtos; • a energia elétrica, pela dificuldade de mensuração do quanto pode ser associada ao produto. Os custos fixos são custos que não sofrem variações em função do volume de produção, em uma unidade de tempo, ou seja, independem da quantidade a ser produzida dentro de Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 28 determinada faixa de produção. Os custos fixos fazem parte da estrutura do negócio: são gastos necessários para a manutenção de um nível mínimo de atividade operacional. São exemplos de custos fixos: • o aluguel da fábrica, que terá o mesmo valor qualquer que seja o nível de produção; • a mão de obra indireta, incluindo o valor dos salários no mês, definida independentemente das unidades produzidas; • a depreciação dos equipamentos pelo método linear, calculada por percentuais de acordo com a vida útil econômica. Os custos variáveis são os custos que variam de acordo com o volume de produção, em uma unidade de tempo. Para Martins (2010), o valor global de consumo dos materiais diretos por mês depende do volume de produção. Quanto maior a quantidade fabricada, maior o seu consumo. Portanto, em uma unidade de tempo, o valor do custo com tais materiais varia de acordo com o volume de produção. Esses custos variam proporcionalmente às mudanças no nível da atividade, como, por exemplo, o custo da matéria-prima (o consumo da matéria-prima aumenta à medida que aumenta a produção) e o custo da energia elétrica (quanto maior a produção, maior o uso dos equipamentos e, consequentemente, maior o consumo de energia elétrica). 1.2. Métodos de custeio Os métodos de custeio são as diferentes formas de apropriação dos custos aos produtos fabricados. Geram informações relevantes para tomada de decisões e devem ser utilizados de forma que sejam atendidos os objetivos e as características de cada empresa. A literatura de contabilidade de custos aponta a existência de dois métodos básicos de custeio: custeio por absorção e custeio variável (também denominado de custeio direto). A diferença entre os dois métodos está na alocação dos custos fixos. No custeio por absorção, a valoração dos estoques contempla todos os custos de produção. Megliorini (2012) afirma que o método de custeio por absorção caracteriza-se por apropriar os custos fixos e os custos variáveis aos produtos. Desse modo, os produtos fabricados “absorvem” todos os custos fixos e variáveis de um período. O primeiro passo para a apuração dos custos é separar os gastos do período em despesas, custos e investimentos. As despesas não são apropriadas aos produtos, mas sim lançadas na demonstração de resultados do exercício, por estarem relacionadas à geração de receita e à administração da empresa; os custos são apropriados aos produtos; e os investimentos são ativados. Para Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 29 Crepaldi (2010), o custeio por absorção é o método derivado da aplicação dos princípios de contabilidade e é, no Brasil, adotado pela legislação comercial e pela legislação fiscal. Ainda no custeio por absorção, os custos diretos são apropriados ao produto de forma direta e objetiva, e os custos indiretos de fabricação são apropriados por meio de rateios de acordo com os critérios estabelecidos pela empresa. Esse método nem sempre é útil como ferramenta para a tomada de decisões, pois, como a atribuição dos gastos gerais de fabricação é feita por rateios invariavelmente subjetivos e arbitrários, esse custeio pode gerar distorções ao distribuir os custos entre os diversos produtos. O custeio variável, também conhecido como custeio direto, considera como custo de produção do período apenas os custos variáveis. De acordo com Migliorini (2012), os custos fixos não são apropriados aos produtos, e vários motivos contribuem para isso, entre eles, o fato de os custos fixos serem custos correspondentes aos recursos necessários para manter a estrutura da produção e não custos decorrentes dos recursos consumidospelos produtos em fabricação. Pelo método do custeio variável, os produtos recebem somente os custos decorrentes da produção, ou seja, os custos variáveis. Os custos fixos são tratados como custos do período e encerrados diretamente contra o resultado do exercício. Esse é o método de custeio mais apropriado para fins gerenciais e o mais eficiente como ferramenta de auxílio na tomada de decisões. O método variável corrobora a obtenção da margem de contribuição, um dos elementos gerenciais mais importantes para auxiliar o gestor na tomada de decisões, fornecendo informações sobre o potencial de lucro da empresa. 1.3. Margem de contribuição A margem de contribuição é a diferença entre o preço de venda depois da dedução dos custos e as despesas variáveis. É a parcela que “sobra” para a empresa cobrir os custos e as despesas fixos e obter lucro. Segundo Megliorini (2012), a margem de contribuição representa a parcela excedente dos custos e das despesas gerados pelos produtos. Caso o preço de venda de um produto seja inferior aos seus custos e às suas despesas variáveis, temos uma situação de margem de contribuição negativa, que deve ser revista ou por condições comerciais (suportada) ou por razões estratégicas (a empresa poderá manter produtos com essa situação). A organização só começa a ter lucro quando a margem de contribuição dos produtos vendidos supera os custos e as despesas fixos do exercício. A margem de contribuição total resulta da seguinte equação: Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 30 ( ) –MC PV CV DV= + Na equação, temos o que segue. • MC = margem de contribuição. • PV = preço de venda. • CV = custos variáveis. • DV = despesas variáveis. Portanto, da margem de contribuição, deduzindo-se os custos fixos, obtém-se o lucro líquido, como pode ser mostrado na demonstração de resultados a seguir. Vendas (-) Custos e Despesas Variáveis (=) Margem de Contribuição (-) Custos e Despesas Fixos (=) Lucro Líquido A margem de contribuição também pode ser expressa em porcentagem. O índice de margem de contribuição indica a porcentagem de cada unidade monetária de vendas disponível para cobrir os custos fixos e gerar lucro, conforme a expressão a seguir. = Vendas – Custos Variáveis IMG Vendas Outra forma de cálculo da margem de contribuição é fazê-lo em relação às unidades. Para Padoveze (2010), a margem de contribuição representa o lucro variável. É a diferença entre o preço de venda unitário do produto e os custos e as despesas variáveis por unidade de produto. Isso significa que, em cada unidade vendida, a empresa lucrará determinado valor. Warren et al (2007) explicam que a margem de contribuição unitária é a quantia disponível de cada unidade vendida para cobrir os custos fixos e gerar lucro operacional. O índice de margem de contribuição é mais útil quando a variação do volume de vendas é medida em unidades vendidas (quantidade), e é calculada pela seguinte expressão: ( )U U U UMC PV CV DV= − + Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 31 2. Indicações bibliográficas • CREPALDI, S. A. Curso básico de contabilidade de custos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010. • MARTINS, E. Contabilidade de custos. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010. • MEGLIORINI, E. Custos: análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012. • PADOVEZI, C. L. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010. • WARREN, C. S. et al. Contabilidade gerencial. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2007. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 32 Questão 13 Questão 13.7 É muito importante que o empreendedor conheça o próprio negócio, para não deixar, nas mãos de terceiros, cuidados essenciais como a boa gestão de custos. O conhecimento do assunto auxilia o proprietário do negócio a ter uma boa gestão financeira: administrar e controlar os custos gerados na produção e comercialização de serviços ou produtos. O preço final de um serviço prestado ou produto vendido depende do quanto é investido para que ele exista. Caso a gestão de custos não seja eficaz, corre-se o risco de a empresa cobrar valores que não condizem com a realidade, o que pode afetar as margens de lucros, o volume de vendas ou o andamento geral do negócio. Disponível em <http://www.exame.abril.com.br>. Acesso em 27 jul. 2015 (com adaptações). Considerando essas informações, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. Quando o preço de venda de um produto ou serviço é determinado pelo mercado, a empresa só ampliará sua margem de lucro por meio da redução de custos e aumento de produtividade. PORQUE II. Praticar preços acima do mercado, quando os produtos ou serviços não agregam valores que os diferenciem de outros produtos similares, provocará queda da demanda esperada, uma vez que os consumidores tenderão a comprar dos concorrentes. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. A. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. B. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II não é uma justificativa correta da I. C. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. D. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. E. As asserções I e II são proposições falsas. 1. Introdução teórica 1.1. Formação do preço de venda com base nos custos O sucesso de uma empresa pode ser atribuído à administração eficiente de seus negócios. Tornar uma empresa mais competitiva envolve cuidados especiais, principalmente, na gestão e no controle de custos gerados na produção e na comercialização de seus produtos e serviços. A gestão de custos assume papel preponderante no processo de tomada de 7Questão 18 – Enade 2015. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 33 decisões, contribuindo, diretamente, para a adequada determinação do preço de venda, questão fundamental para a sobrevivência e o crescimento de qualquer empresa. De acordo com Horngren et al (2004), custos influenciam preços por afetarem a oferta. Quanto mais baixo o custo de produção de um produto em relação ao preço pago pelo cliente, maior a capacidade de fornecimento por parte da empresa. Administradores que entendem o custo de produção de suas empresas estabelecem preços atrativos para os clientes, maximizando o lucro operacional de suas empresas. Os processos de definição de preços baseados nos custos buscam, de alguma forma, adicionar algum valor aos custos, acrescentando-lhes margem de lucro. Diversas razões poderiam ser apresentadas como justificativas ao emprego do método de definição de preços com base nos custos (BRUNI e FAMÁ, 2008): • simplicidade (ajustando-se preços aos custos, não é necessário preocupar-se com ajustes em função da demanda); • segurança (vendedores são mais seguros quanto a custos incorridos do que quanto a aspectos relativos à demanda e ao mercado consumidor); • justiça (muitos acreditam que o preço acima dos custos é mais justo tanto para consumidores quanto para os vendedores, que obtêm retorno correto por seus investimentos, sem tirar vantagens do mercado quando ocorrem elevações da demanda). Segundo Viceconti e Neves (2013), há vários métodos utilizados para determinar o preço de venda com base em considerações de custo, indicados a seguir. • Preços com base no custo por absorção (custo pleno): nesse método, os preços de venda são iguais ao custo total da produção (determinado pelo custeio por absorção) mais um acréscimo porcentual para cobrir as despesas operacionais e proporcionar a margem desejada de lucro. • Preços com base no custo de transformação: o custo de transformação é a soma da mão de obra diretae indireta e dos custos indiretos de fabricação. Esse custo não inclui os custos da matéria-prima e de outros produtos adquiridos prontos para o consumo. Por esse método, os produtos que têm maior custo de transformação representam um esforço produtivo mais intenso da empresa. A margem de lucro deve ser calculada sobre o custo de transformação, e não sobre o custo pleno. • Preços com base no custo variável: nesse método, a margem de lucro é calculada sobre a soma dos custos e das despesas variáveis, e não sobre a soma total de custos e do total das despesas, como ocorre no custo pleno. A taxa de mark-up será aplicada sobre os custos e sobre as despesas variáveis. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 34 • Preços com base no rendimento sobre o capital empregado: trata-se de uma variante do método com base no custo pleno, no qual, em vez de se fixar uma margem de lucro sobre vendas, essa margem é determinada como porcentagem do capital empregado pela empresa. Um conceito importante na formação do preço de venda é o de margem de lucro. Trata- se da porcentagem de lucro que a empresa obtém de retorno sobre as vendas. É um dos principais fatores para formar o preço de venda dos produtos ou serviços. Quanto maior a margem de lucro, maior a rentabilidade das vendas. A margem de lucro pode ser medida de duas formas, conforme segue. = = Lucro Bruto Margem Bruta 100 Vendas Lucro Líquido Margem Líquida 100 Vendas Conclui-se, portanto, que os custos influenciam diretamente a fixação do preço de venda e, se não forem adequadamente apurados, provocam efeitos desastrosos na geração dos resultados das empresas. 1.2. Formação do preço de venda com base na concorrência e no cliente Além dos custos, outros processos podem ser empregados na formação do preço de venda, como a concorrência. Pelo processo de concorrência, a empresa avalia os preços que os concorrentes praticam no mercado e usa esses elementos como referência para fixar seu preço de venda. Para Horngren et al (2004), nenhuma empresa opera no vácuo e todas precisam estar sempre alertas quanto às ações do concorrente. Em um extremo, produtos alternativos ou substitutos podem afetar a demanda e forçar a empresa a baixar os preços. No outro extremo, a empresa livre de concorrência pode praticar preços mais altos. Ao aplicar esse processo, a empresa deve tomar certos cuidados, pois, se o preço praticado pela concorrência for menor do que o preço encontrado a partir dos custos apurados internamente, a organização deve avaliar o impacto que essa estratégia pode causar na apuração de seus resultados. É fundamental que a empresa refaça seus próprios custos para manter a margem de lucro desejada e acompanhar o preço de venda adotado pelo concorrente. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 35 Bernardi (2004), ao analisar uma política de preços de acordo com a concorrência, alerta que é preciso que essa análise não se torne uma paranoia, uma vez que diferentes condições de acesso a insumos, a tecnologias, a estruturas e a portes, por exemplo, podem levar a avaliações erradas. Há, também, o processo relativo aos clientes, baseado nas características do consumidor, em suas influências, em suas necessidades e, principalmente, em sua disponibilidade financeira para pagar o produto ou serviço oferecido. Para Horngren et al (2004), os clientes influenciam os preços à medida que promovem a demanda por um produto ou serviço. A utilização desse processo gera a necessidade de se determinar, com precisão, a percepção do consumidor em relação ao valor ofertado, sendo necessário realizar pesquisas de mercado para orientar a fixação do preço de venda. A empresa, ao oferecer produtos e serviços exclusivos e de boa qualidade, garante boa oportunidade de se diferenciar no mercado e, consequentemente, aumentar seu preço de venda, pois o cliente estará disposto a pagar mais para receber produtos ou serviços que melhor atendam às suas necessidades. Bernardi (2004) enfatiza que, pela variedade de escolhas, de informações e de muitas ofertas, o mercado e os clientes tornaram-se mais abertos a novas alternativas e marcas. Essas possibilidades de escolha propiciam aos clientes sofisticação e, também, impaciência, tornando-os mais exigentes. Diz, ainda, que uma política de preços depende de vários aspectos e processos que determinam seu sucesso e sua viabilidade, o que deve ser constantemente monitorado e questionado. 2. Indicações bibliográficas • BERNARDI, L. A. Manual de formação de preços: políticas, estratégias e fundamentos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2004. • BRUNI, A. L.; FAMÁ, R. Gestão de custos e formação de preços. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2008. • HORNGREN, C. T. et al. Contabilidade de custos: uma abordagem gerencial. 11. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004. v. 1. • VICECONTI, P. E. V.; NEVES, S. das; Contabilidade de custos: um enfoque direto e objetivo. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2013. • WARREN, C. S. et al. Contabilidade gerencial. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2007. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 36 Questão 14 Questão 14.8 Conforme o Art. 248 da Lei Nº 6.404/76, atualizado pela Lei Nº 11.638/2007 e pela Lei Nº 11.941/2009, os Investimentos em Controladas, Coligadas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo Método de Equivalência Patrimonial. De acordo com a legislação vigente, para determinação do valor do investimento por esse método, aplica-se o percentual no: A. Capital Social sobre o valor do Lucro Líquido da Coligada e da Controlada, não se computando os resultados não realizados. B. Capital Social sobre o valor do Patrimônio Líquido da Coligada e da Controlada, somando- se a este montante os resultados não realizados líquidos dos efeitos fiscais. C. Patrimônio Líquido sobre o valor do Capital Social da Coligada e da Controlada, subtraindo- se desse montante os resultados não realizados líquidos decorrentes dos efeitos fiscais. D. Capital Social sobre o valor do Patrimônio Líquido da investidora, subtraindo-se desse montante os resultados não realizados decorrentes de negócios com a Companhia, Coligadas ou Controladas. E. Capital Social sobre o valor do Patrimônio Líquido da Coligada e da Controlada, não se computando os resultados não realizados decorrentes de negócios com a companhia, Coligadas ou Controladas. 1. Introdução teórica 1.1. Investimentos avaliados pelo Método da Equivalência Patrimonial O Art. 248 da Lei N° 6.404/76, com as alterações produzidas pela Lei N° 11.941/2009, trata da avaliação dos Investimentos em Coligadas e Controladas. Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial, de acordo com as seguintes normas (Redação dada pela Lei N° 11.941, de 2009): I - o valor do patrimônio líquido da coligada ou da controlada será determinado com base em balanço patrimonial ou balancete de verificação levantado, com observância das normas desta Lei, na mesma data, ou até 60 (sessenta) dias, no máximo, antes da data do balanço da companhia; no valor de patrimônio líquido não serão computados os resultados não realizados decorrentes de 8Questão 14 – Enade 2015. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 37 negócios com a companhia, ou com outras sociedades coligadas à companhia, ou por ela controladas; II - o valor do investimento será determinado mediante a aplicação, sobre o valor de patrimônio líquido referido no número anterior, da porcentagem de participação no capital da coligada ou controlada; III - a diferença entre o valor do investimento,de acordo com o número II, e o custo de aquisição corrigido monetariamente; somente será registrada como resultado do exercício: a) se decorrer de lucro ou prejuízo apurado na coligada ou controlada; b) se corresponder, comprovadamente, a ganhos ou perdas efetivos; c) no caso de companhia aberta, com observância das normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários. § 1º Para efeito de determinar a relevância do investimento, nos casos deste artigo, serão computados como parte do custo de aquisição os saldos de créditos da companhia contra as coligadas e controladas. § 2º A sociedade coligada, sempre que solicitada pela companhia, deverá elaborar e fornecer o balanço ou balancete de verificação previsto no número I. O Pronunciamento Técnico CPC 18 (R2) – Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto – confirma o teor da Lei N° 6.404/76 ao estabelecer, no item 10, a aplicação do método da equivalência patrimonial nos investimentos em coligadas, em empreendimentos controlados em conjunto e em controladas. As definições de sociedades controladas e sociedades coligadas estão contidas no Art. 243 da Lei N° 6.404/76 e reproduzidas a seguir. • Sociedade controlada. São controladas as sociedades nas quais a controladora, diretamente ou por meio de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe asseguram, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e poder de eleger a maioria dos administradores. • Sociedade coligada. São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa. Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la. É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20% ou mais do capital votante da investida. Há, entretanto, uma diferença entre a Lei N° 6.404/76 e o Pronunciamento Técnico – CPC 18 (R2) – na definição de coligada. O item 5 do referido pronunciamento determina que se o investidor mantiver direta ou indiretamente, por meio de controladas, por exemplo, 20% ou mais do poder de voto da investida, presume-se que ele tenha influência significativa, a menos que possa ser claramente demonstrado o contrário. A Lei N° 6.404/76, por sua vez, não faz menção às participações indiretas e, consequentemente, considera que as empresas são coligadas somente por participações diretas. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 38 Há, também, as sociedades que fazem parte de um mesmo grupo ou que estão sob controle comum. O Art. 265 da Lei N° 6.404/76 determina que a sociedade controladora e suas controladas podem constituir, nos termos desse artigo, grupo de sociedade, mediante convenção pela qual se obriguem a combinar recursos ou esforços para a realização dos respectivos objetos, ou a participar de atividades ou empreendimentos comuns. O Pronunciamento Técnico – CPC 18 (R2), item 3, define empreendimento controlado em conjunto (joint venture) como um acordo por meio do qual as partes, que detêm o controle em conjunto do acordo contratual, têm direitos sobre os ativos líquidos. O pronunciamento técnico CPC 18 (R2) estabelece, também, que o investimento deve ser inicialmente reconhecido pelo custo e o seu valor contábil será ajustado pelo reconhecimento da participação do investidor nos lucros ou prejuízos do período, nas distribuições recebidas e nas variações de saldo dos componentes dos outros resultados abrangentes. Para Montoto (2015), avaliar por equivalência patrimonial significa, na prática, contabilizar, no instante da aquisição da participação societária, o valor de custo e, na primeira demonstração financeira elaborada após a aquisição, atualizar o saldo do investimento em função das variações no patrimônio líquido da investida. Para Santos et al (2015), de acordo com a legislação societária, uma vez identificados os investimentos que devem ser avaliados pela equivalência patrimonial, será efetuada a equivalência patrimonial dos investimentos mediante os seguintes procedimentos: (a) apura-se o valor dos investimentos após a equivalência patrimonial, multiplicando-se o patrimônio líquido da empresa investida pelo percentual de participação da investidora no capital da investida; (b) obtém-se o valor da equivalência patrimonial pela diferença entre o valor após equivalência (item a) e o saldo do investimento existente no item razão contábil. 1.2. Resultados não realizados Como determina o Art. 248 da Lei N° 6.404/76, no valor do patrimônio líquido, não serão computados os resultados não realizados decorrentes de negócios com a companhia ou com outras sociedades coligadas à companhia ou por ela controladas. Os resultados não realizados ocorrem quando são efetuadas operações de venda de ativos entre investidora e investida e entre controladora e controlada, com lucros ou prejuízos. Na data da elaboração do balanço, se esses ativos ainda não tiverem sido vendidos a terceiros Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 39 e, portanto, ainda constarem no balanço patrimonial das empresas compradoras, os resultados não realizados devem ser eliminados. O Pronunciamento Técnico – CPC 18 (R2) – fixou tratamento diferenciado para os resultados não realizados para coligadas e controladas. Os itens 28 e 28A classificam as operações em transações ascendentes (upstream) e descendentes (downstream). Uma transação é ascendente (upstream) quando a coligada vende para a investidora ou quando a controlada vende para a controladora. Uma transação é descendente (downstream) quando a investidora vende para a coligada ou a controladora vende para a controlada. O referido pronunciamento, com a interpretação dada pela Interpretação Técnica – ICPC 09 (R2), determina as regras a seguir para a eliminação dos resultados não realizados. • Nas operações de venda de ativos da investidora para uma coligada (downstream), a eliminação dos lucros não realizados deve ser feita no resultado individual da investidora, na linha de resultado da equivalência patrimonial, da seguinte forma: aplicar o percentual de participação sobre o Lucro Líquido da coligada e contabilizar como Resultado de Equivalência Patrimonial; aplicar o percentual de participação sobre os lucros não realizados e contabilizar como conta redutora do Resultado de Equivalência Patrimonial em contrapartida de conta redutora de investimentos. • Nas operações de venda da coligada (ou empreendimento controlado em conjunto) para sua investidora (upstream), os lucros não realizados por operação de ativos ainda em poder da investidora devem ser eliminados da seguinte forma: aplicar o percentual de participação sobre o Lucro Líquido da coligada, deduzido o total do lucro que for considerado como não realizado pela investidora, e contabilizá-lo como Resultado de Equivalência Patrimonial. • Nas operações de venda da controladora para uma controlada (downstream), os lucros não realizados devem ser totalmente eliminados no resultado individual da controladora, deduzindo-se 100% do lucro contido no ativo ainda em poder da controlada, da seguinte forma: aplicar o percentual de participação sobre o Lucro Líquido da controlada e contabilizá-lo como Resultado de Equivalência Patrimonial; contabilizar o total dos lucros não realizados como conta redutora do Resultado de Equivalência Patrimonial em contrapartida de conta redutora de Investimentos. • Nas operações de venda da controlada para a controladora (upstream), o lucro deve ser reconhecido na controlada normalmente. No caso de coligada e de empreendimento controlado em conjunto, adotar o mesmo procedimento. Nas demonstrações individuais da controladora, o cálculo da equivalência patrimonial deve ser feito deduzindo-se, do Material Específico– Ciências Contábeis – CQA/UNIP 40 patrimônio líquido da controlada, 100% do lucro contido no ativo ainda em poder da controladora. 2. Indicações bibliográficas • BRASIL. Lei N° 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm>. Acesso em 29 set. 2016. • COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – CPC. Pronunciamento Técnico CPC 18 (R2) – Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto. Disponível em <http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/ 263_CPC_18_(R2)_rev%2008.pdf>. Acesso em 29 set. 2016. • COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – ICPC 09 (R2) - Demonstrações Contábeis Individuais, Demonstrações Separadas, Demonstrações Consolidadas e Aplicação do Método da Equivalência Patrimonial. Disponível em <http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/494_ICPC09(R2).pdf>. Acesso em 29 set. 2016. • MONTOTO, E. Contabilidade geral e avançada esquematizado. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2015. • SANTOS, J. L. et al. Manual de práticas contábeis: aspectos societários e tributários. São Paulo: Atlas, 2015. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 41 Questão 15 Questão 15 (Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: SEFAZ-GO Prova: FCC - 2018 - SEFAZ-GO - Auditor-Fiscal da Receita Estadual) Texto associado Em 31/12/2016, a Cia. Brasileira adquiriu, à vista, 40% das ações da Cia. Francesa. O valor pago pela aquisição foi R$ 7.000.000,00 e a Cia. Brasileira passou a ter influência significativa na administração. Na data da aquisição, o Patrimônio Líquido contábil da Cia. Francesa era R$ 10.000.000,00 e o valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis era R$ 15.000.000,00, sendo esta diferença decorrente da avaliação a valor justo de um ativo intangível com vida útil indefinida que a Cia. Francesa detinha. No período de 01/01/2017 a 31/12/2017, a Cia. Francesa apurou lucro líquido de R$ 500.000,00. Sabe-se que, em 2017, a Cia. Francesa realizou uma venda no valor de R$ 100.000,00 para a Cia. Brasileira com margem de lucro de 50% sobre as vendas, e estas mercadorias adquiridas da Cia. Francesa ainda estão no estoque da Cia. Brasileira. A alíquota de imposto de renda para a Cia. Francesa é 34% e esta distribuiu dividendos totais no valor de R$ 150.000,00. O impacto reconhecido na Demonstração do Resultado individual de 2017 da Cia. Brasileira, referente ao investimento na Cia. Francesa, foi, em reais, A. 120.000,00. B. 180.000,00. C. 186.800,00. D. 167.000,00. E. 126.800,00. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/fcc https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/sefaz-go https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcc-2018-sefaz-go-auditor-fiscal-da-receita-estadual https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcc-2018-sefaz-go-auditor-fiscal-da-receita-estadual https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes?advanced_filter_toggle_input=on&discipline_ids%5B%5D=35&my_questions=all&page=5&q=&subject_ids%5B%5D=15379#question-937763-text Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 42 Questão 16 Questão 16 ( Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: SEFAZ-SC Prova: FCC - 2018 - SEFAZ-SC - Auditor-Fiscal da Receita Estadual - Auditoria e Fiscalização (Prova 3)) A Demonstração do Resultado do ano de 2017 da empresa Só-Negar S.A. é apresentada a seguir: As seguintes informações são conhecidas: I. A empresa Controlar S.A. detém 100% do capital da empresa Só-Negar S.A. II . A empresa Só-Negar realizou uma venda no valor de R$ 5.000,00 para a empresa Controlar S.A., sendo que o Custo dos Produtos Vendidos foi R$ 3.000,00. Desta forma, a margem bruta nessa venda foi 40%. III . A empresa Controlar S.A. ainda mantém em seu estoque o valor de R$ 1.500,00 das compras que fez da empresa Só-Negar S.A. Com base nessas informações, em 2017, o resultado A. de equivalência patrimonial reconhecido pela empresa Controlar S.A. foi R$ 1.700,00. B. não realizado considerado pela empresa Só-Negar S.A. foi R$ 2.000,00. C. de equivalência patrimonial reconhecido pela empresa Controlar S.A. foi R$ 1.100,00. D. de equivalência patrimonial reconhecido pela empresa Controlar S.A. foi R$ 300,00, negativo. E. líquido da empresa Só-Negar S.A. foi reduzido em R$ 900,00. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/fcc https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/sefaz-sc https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcc-2018-sefaz-sc-auditor-fiscal-da-receita-estadual-auditoria-e-fiscalizacao-prova-3 https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcc-2018-sefaz-sc-auditor-fiscal-da-receita-estadual-auditoria-e-fiscalizacao-prova-3 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 43 Questão 17 Questão 17.9 Uma empresa fez sua projeção de vendas para janeiro, fevereiro e março do próximo ano, conforme quadro a seguir. Orçamento de vendas Jan Fev Mar Demanda esperada (quantidade) 10.000 12.000 15.000 Preço de venda 2,00 2,00 2,00 Vendas Brutas (R$) 20.000,00 24.000,00 30.000,00 Suponha que todas as vendas dessa empresa sejam parceladas da seguinte forma: • 1ª parcela (à vista), correspondente a 30% da venda; • 2ª parcela (prazo de 30 dias), correspondente a 30% da venda; • 3ª parcela (prazo de 60 dias), correspondente a 40% da venda. Considerando a política de recebimento e os dados apresentados, verifica-se que a empresa espera receber, no mês de março, o montante de A. R$8.000,00. B. R$22.200,00. C. R$24.200,00. D. R$29.600,00. E. R$30.000,00. 1. Introdução teórica Planejamento de vendas O planejamento de vendas é fundamental para que a empresa alcance o sucesso esperado em seus negócios. A preparação de um planejamento de vendas visa a prever, com antecipação, o valor das receitas que a empresa espera receber em determinado período futuro e, em consequência, estabelecer planos de ações para que seus objetivos sejam alcançados. O planejamento de vendas (projeção de vendas ou orçamento de vendas) é, basicamente, uma estimativa da quantidade de vendas e, consequentemente, do faturamento que uma empresa pode obter no futuro. A projeção de vendas pode ser feita mediante análise das vendas anteriores da empresa como ferramenta no planejamento de curto, médio e longo prazos. 9Questão 19 – Enade 2015. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 44 Para Schubert (2005), os números de um orçamento não têm a obrigação de coincidir com os números que serão obtidos à medida que a realização da empresa avança sobre o período orçado. Os números das previsões tendem a aproximar-se dos números realizados. De acordo com Horngren et al (2004), o orçamento de vendas é um ponto de partida para a elaboração do orçamento geral, porque os níveis de estoques, as compras e as despesas operacionais são engrenados ao nível previsto de vendas. A previsão de vendas acurada é essencial para um orçamento eficaz. Após o orçamento de vendas, podem ser preparados o orçamento de compras e o orçamento de despesas operacionais, e pode ser prevista, mês a mês, a posição de caixa. A precisão dos programas estimados de produção e das tabelas de custo depende do detalhamento e da exatidão, em valor e em quantidade, da previsão de vendas. O planejamento de vendas influencia diretamente a projeção do fluxo de caixa. O fluxo de caixa é um instrumento financeiro que realiza o controle da movimentação financeira, ou seja, a captação e a aplicação de recursos em determinado período de tempo. A segurança do orçamento de caixa depende, principalmente, do grau de exatidão do orçamento de vendas. Qualquer erro significativo na projeção do faturamento afeta diretamenteo fluxo de caixa. Um dos itens mais representativos na formação do fluxo de caixa é o recebimento de clientes proveniente de vendas à vista e a prazo. É evidente que oferecer prazos de pagamento maiores facilita as vendas, mas provoca alterações na gestão financeira, pois, quanto maior o prazo de pagamento concedido aos clientes, menor a eficiência de geração de caixa da empresa, o que revela menor capacidade de pagamento de suas obrigações. 2. Indicações bibliográficas • BORGES, L. Como fazer projeção de vendas. Disponível em <http://blog.luz.vc/como- fazer/como-fazer-projecao-de-vendas/>. Acesso em 24 fev. 2016. • HORNGREN, C. T. et al. Contabilidade de custos: uma abordagem gerencial. 11. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004. v. 1. • SCHUBERT, P. Orçamento empresarial integrado: metodologia, elaboração, controle e acompanhamento. 3. ed. São Paulo: Freitas Bastos, 2005. • TREASY. Projeção do fluxo de caixa. Disponível em <https://www.treasy.com.br/blog/projecao-de-fluxo-de-caixa>. Acesso em 04 out. 2016. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 45 Questão 18 Questão 18 (Ano: 2016 Banca: IESES Órgão: BAHIAGÁS Prova: IESES - 2016 - BAHIAGÁS - Analista de Processos Organizacionais - Administração) O sucesso de toda empresa, depende de um bom processo orçamentário. Assim são feitas as análises e os planos estratégicos. Para elaborar um orçamento empresarial é preciso analisar o ramo de atividade da empresa e assim buscar informações como um todo para elaborar o melhor orçamento a fim de buscar a lucratividade e menos riscos. Sobre os conceitos acerca de orçamento, assinale dentre as alternativas a seguir a que estiver INCORRETA: A. Orçamento Estático: a filosofia do orçamento estático está em romper com o passado, ou seja, nunca deixar o orçamento a partir das observações dos dados do passado, pois estes podem conter ineficiências que poderiam ser perpetuadas. B. O Orçamento Contínuo tem por objetivo analisar, naquele período em que foi elaborado, o que deu certo e o que deu errado e assim projetar um novo orçamento a fim de diferenciar o que deu errado, contudo analisar detalhadamente as receitas e as despesas para ter base para a elaboração do período futuro. O orçamento contínuo cobre em torno de 12 meses, sendo que se pode revisa-lo mensalmente, trimestralmente e semestralmente, resultando em um orçamento mais claro e detalhado. C. O processo de elaboração do orçamento em uma organização, seja pública ou privada, é parte importante no planejamento e controle financeiro. Na busca das empresas por diferenciação no mercado, o orçamento deve ser visto não só como instrumento de gestão, mas também como uma ferramenta estratégica. D. O Orçamento Flexível objetiva auxiliar a empresa a calcular sua capacidade e assim prever seus custos para vários níveis de atividades. O orçamento flexível somente torna-se eficaz quando a empresa consegue calcular o que cada empregado produz o que cada máquina ou computador produz e o que cada metro quadrado a fábrica produz, assim os gestores conseguem se preparar para o inesperado. E. As principais etapas para uma empresa elaborar o orçamento empresarial são: orçamento de vendas, orçamento de produção ou fabricação, orçamento dos custos de matéria-prima, orçamento dos custos de mão-de-obra direta, orçamento dos custos indiretos de fabricação, despesas de vendas e administrativas, projeção dos financeiros. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/ieses https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/bahiagas https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ieses-2016-bahiagas-analista-de-processos-organizacionais-administracao https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ieses-2016-bahiagas-analista-de-processos-organizacionais-administracao Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 46 Questão 19 Questão 19 (Ano: 2016 Banca: UECE-CEV Órgão: DER-CE Prova: UECE-CEV - 2016 - DER-CE - Engenharia Mecânica) O orçamento empresarial tem como finalidade A. atribuir poderes aos diversos segmentos administrativos. B. definir as funções de planejamento e controle dos ativos. C. definir as metas rotineiras e não rotineiras no âmbito empresarial. D. traduzir, em termos monetários, o planejamento das atividades da empresa, que é retratado, de forma integrada, nos aspectos econômicos e financeiros. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/uece-cev https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/der-ce https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/uece-cev-2016-der-ce-engenharia-mecanica https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/uece-cev-2016-der-ce-engenharia-mecanica Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 47 Questão 20 Questão 20.10 Suponha que uma empresa tenha demitido um empregado em 30/09/2014, que havia sido admitido em 10/01/2014 e recebia salário líquido de R$1.200,00, tendo recebido, assim como os demais empregados, antecipação de 50% do 13º salário em 30/06/2014. Nessa situação, com base nas normas que regem as relações de trabalho entre empregador e empregado no Brasil, o valor total a ser pago pela empresa ao empregado demitido será de A. R$1.366,66. B. R$1.500,00. C. R$1,600,00. D. R$1.666,66. E. R$2.700,00. 1. Introdução teórica Todos os empregados com vínculo empregatício, quando da rescisão do seu contrato de trabalho, têm direito ao recebimento de verbas rescisórias. As verbas rescisórias são os valores que, por lei, o empregado tem direito a receber quando ocorre o seu desligamento do quadro de funcionários do empregador. Os motivos da rescisão do contrato refletem-se diretamente no cálculo das verbas rescisórias, e, portanto, tornam-se informações indispensáveis para o cálculo correto dos valores a serem recebidos pelo empregado no momento do rompimento do contrato de trabalho. Há diferentes modalidades de rescisão de contrato, como: • dispensa sem justa causa; • pedido de demissão; • dispensa por justa causa; • rescisão indireta; • culpa recíproca; • morte do empregado. 10Questão 35 – Enade 2015. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 48 A dispensa sem justa causa ocorre quando o empregador dispensa o empregado sem apresentar uma justificativa. Nesse caso, a demissão pode ser com aviso prévio trabalhado e com aviso prévio indenizado. Quando a demissão for com aviso prévio trabalhado, o empregado deve trabalhar por mais um mês, podendo, entretanto, optar pela redução da jornada de trabalho em 2 horas diárias ou em 7 dias no final do mês, sem prejuízo do salário. Quando a demissão for com aviso prévio indenizado, o empregado é desligado imediatamente do trabalho e tem direito a receber a parcela relativa ao próximo mês. As verbas rescisórias são as seguintes: saldo de salário, aviso prévio trabalhado ou indenizado, 13° salário proporcional, férias vencidas (se houver) + 1/3 constitucional, férias proporcionais + 1/3 constitucional e multa de 40% sobre o saldo do FGTS. O pedido de demissão ocorre por iniciativa do empregado. O empregador pode não dispensar o empregado do cumprimento do aviso prévio trabalhado, e, nesse caso, não há redução da jornada de trabalho. Caso haja dispensa do cumprimento do aviso prévio, o empregador não fica dispensado do pagamento da parcela referente a um mês. As verbas rescisórias são as seguintes: saldo de salário, 13º salário proporcional, férias vencidas (se houver) + 1/3 constitucional e férias proporcionais + 1/3 constitucional. A dispensa por justa causa ocorre quando existem motivos para a dispensa, conforme descritos no Art. 482 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e reproduzido a seguir. Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho peloempregador: a) ato de improbidade; b) incontinência de conduta ou mau procedimento; c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço; d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena; e) desídia no desempenho das respectivas funções; f) embriaguez habitual ou em serviço; g) violação de segredo da empresa; h) ato de indisciplina ou de insubordinação; i) abandono de emprego; j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; l) prática constante de jogos de azar. Parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios à segurança nacional (incluído pelo Decreto-lei Nº 3, de 27.1.1966). Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 49 Nesse caso, as verbas rescisórias são as seguintes: saldo de salários e férias vencidas (se houver) + 1/3 constitucional. A rescisão indireta ocorre por iniciativa do empregado, quando o empregador comete falta grave ou não cumpre as leis e as condições estabelecidas no contrato do trabalho. O empregador não demite o empregado, mas age de forma que torna impossível a continuação da prestação dos serviços por parte do empregado. Os motivos que dão origem à rescisão indireta estão previstos no Art. 483 da CLT, conforme segue. Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando: a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato; b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo; c) correr perigo manifesto de mal considerável; d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato; e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama; f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários. § 1º - O empregado poderá suspender a prestação dos serviços ou rescindir o contrato, quando tiver de desempenhar obrigações legais, incompatíveis com a continuação do serviço. § 2º - No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é facultado ao empregado rescindir o contrato de trabalho. § 3º - Nas hipóteses das letras "d" e "g", poderá o empregado pleitear a rescisão de seu contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações, permanecendo ou não no serviço até final decisão do processo (incluído pela Lei Nº 4.825, de 5.11.1965). Nesse caso, as verbas rescisórias são as mesmas da dispensa sem justa causa. A culpa recíproca ocorre quando o empregado e o empregador são os responsáveis pela rescisão do contrato, ou seja, há culpas simultâneas de ambas as partes. De acordo com o Art. 484 da CLT, havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a indenização devida, em caso de culpa exclusiva do empregador, a metade. Nesse caso, as verbas rescisórias são as seguintes: saldo de salários, 50% do aviso prévio, férias vencidas + 1/3 constitucional, 50% das férias proporcionais + 1/3 constitucional, 50% do 13º salário proporcional e multa de 20% sobre o valor dos depósitos do FGTS. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 50 Na situação de morte do empregado, o contrato de trabalho extingue-se de imediato a partir do óbito. Os valores serão pagos aos dependentes habilitados perante a previdência social. Nesse caso, as verbas rescisórias são as seguintes: saldo de salários, férias vencidas + 1/3 constitucional, férias proporcionais + 1/3 constitucional e 13º salário proporcional. 2. Indicações bibliográficas • BRASIL. Decreto-Lei Nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Aprova a consolidação das leis do trabalho. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/ Del5452.htm>. Acesso em 18 out. 2016. • JUSBRASIL, Informativo Trabalhista. Quais são as verbas rescisórias? Disponível em <https://informativotrabalhista.jusbrasil.com.br/artigos/211297026/quais-sao-as-verbas- rescisorias>. Acesso em 18 out. 2016. • SANTOS, L. F. Verba rescisória é direito de todos os trabalhadores. Disponível em <http://www.jornalcruzeiro.com.br/materia/379422/verba-rescisoria-e-direito-de-todos- os-trabalhadores>. Acesso em 17 out. 2016. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 51 Questão 21 Questão 21 (Ano: 2018 Banca: CONSULPLAN Órgão: CFC Prova: CONSULPLAN - 2018 - CFC - Bacharel em Ciências Contábeis - 1º Exame) Em 04/04/2018, os clientes A e B compareceram à empresa Alfa e efetuaram compras de mercadorias. Essas compras foram realizadas da seguinte forma: Cliente A: o valor à vista de suas compras ficaria em R$ 3.000,00, mas ele optou em pagar uma entrada de R$ 289,25 e financiar o restante do valor da compra com acréscimo de juros compostos de 5,2% ao mês, ficando obrigado a pagar o valor nominal da dívida por meio de uma única duplicata com vencimento em 04/06/2018. Cliente B: o valor à vista de suas compras ficaria em R$ 6.000,00, mas ele também escolheu por pagar parcelado, no entanto, ficou obrigado a liquidar uma única duplicata com vencimento para 04/07/2018. A empresa Alfa cobrou 6,5% ao mês de juros compostos para o pagamento parcelado. Em 04/05/2018, a empresa Alfa foi ao Banco Beta e descontou as duas duplicatas informadas nas vendas acima. O Banco Beta utilizou a taxa de desconto racional composto (desconto financeiro) de 2,81% ao mês sobre o valor nominal de cada um desses dois títulos e, então, liberou à Empresa Alfa o valor deduzido os descontos. Com base somente nas informações apresentadas e desconsiderando-se a incidência de tributos, assinale, entre as opções a seguir, o valor líquido aproximado liberado pelo Banco Beta em 04/05/2018. Admita o mês comercial de 30 dias em todas as situações apresentadas. A. R$ 9.695,18. B. R$ 9.774,92. C. R$ 9.967,60. D. R$ 10.086,29. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/consulplan https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/cfc https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/consulplan-2018-cfc-bacharel-em-ciencias-contabeis-1-exame https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/consulplan-2018-cfc-bacharel-em-ciencias-contabeis-1-exame Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 52 Questão 22 Questão 22 (Ano: 2018 Banca: FUNDATEC Órgão: AL-RS Prova: FUNDATEC - 2018 - AL-RS - Analista Legislativo - Contador) A empresa ABCDE LTDA. solicitou ao contador a elaboração da folha de pagamento do mês de março, com as seguintes informações - Salários: R$ 32.000,00. - Horas extras trabalhadas: R$ 3.000,00. - Imposto retido na fonte: R$ 3.500,00. - Contribuição para o INSS, empregado: 11%. - Contribuição para o INSS, empregador: 20%. - Depósito FGTS: 8%. Ao elaborar a folha de pagamento com base nas informações fornecidas, a empresa vai contabilizar despesas no valor total de: A. R$ 44.800,00. B. R$ 48.300,00. C. R$ 48.500,00. D. R$ 48.320,00. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/fundatec https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/al-rshttps://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fundatec-2018-al-rs-analista-legislativo-contador https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fundatec-2018-al-rs-analista-legislativo-contador Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 53 Questões 23 e 24 Questão 23.11 Pelas características qualitativas da informação contábil-financeira útil, são identificados os tipos de informação que muito provavelmente são reputados como os mais úteis para investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes e em potencial, para tomada de decisões acerca da entidade que reporta com base na informação de seus relatórios contábil-financeiros (informação contábil-financeira). As demonstrações contábeis retratam os efeitos patrimoniais e financeiros das transações e outros eventos, por meio do seu grupamento em classes amplas de acordo com as características econômicas. Essas classes são denominadas elementos das transações contábeis. Os elementos diretamente relacionados à mensuração da posição patrimonial e financeira no Balanço Patrimonial são os ativos, os passivos e o patrimônio líquido. COMITÉ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil- Financeiro: CPC 00 (R1). Brasília, 2011 (com adaptações). Tendo como referência o exposto, suponha que uma indústria de alta tecnologia tenha descontinuado a produção de um componente eletrônico que era vendido a outras indústrias para a fabricação de microcomputadores e que a máquina instalada nessa linha de produção tenho sido concebida especialmente para fabricar esse componente. Considere, ainda, que dada a impossibilidade do uso desse componente em outras linhas de produção ou de sua venda no mercado de usados, o contador tenha baixado a máquina do ativo da empresa, cujo valor contábil na data da baixa era de R$1.300.000,00. Com base na situação apresentada, faça o que se pede nos itens a seguir. a) Justifique a decisão do contador de baixar a máquina do ativo da empresa, fundamentando-se na definição de ativo segundo as normas contábeis adotadas no Brasil. b) Supondo que o contador não tivesse baixado a máquina do ativo, descreva a consequência para a utilidade e a qualidade das informações contábeis reportadas pela empresa. Embase sua resposta nas Características Qualitativas Fundamentais. Questão 24.12 As Características Qualitativas Fundamentais, previstas na Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis, são a relevância e a representação fidedigna. No que diz respeito a essas características, avalie as afirmativas a seguir. 11Questão Discursiva 5 – Enade 2015. 12Questão 15 – Enade 2015. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 54 I. A informação contábil-financeira é relevante quando capaz de fazer diferença, com valor preditivo e/ou confirmatório, nas decisões. II. A informação pode ser capaz de fazer diferença em uma decisão ainda que alguns usuários decidam não a levar em consideração. III. Para ser representação fidedigna, a realidade retratada deve ser completa e neutra, e estar livre de erro. É correto o que se afirma em A. I, apenas. B. II, apenas. C. I e III, apenas. D. II e III, apenas. E. I, II, III. 1. Introdução teórica 1.1. Aspectos gerais da Estrutura Conceitual O Comitê de Pronunciamentos Contábeis emitiu, em 2011, o Pronunciamento Conceitual Básico (R1), que trata da Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, também denominado de CPC 00. De acordo com o prefácio desse pronunciamento, o International Accounting Standards Board (IASB), organização internacional que publica e atualiza as normas internacionais de contabilidade, está em pleno processo de atualização de sua Estrutura Conceitual, cujo projeto está sendo conduzido em fases, como reproduzido abaixo. À medida que um capítulo é finalizado, itens da Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis, que foi emitido em 1989, vão sendo substituídos. Quando o projeto da Estrutura Conceitual for finalizado, o IASB terá um único documento, completo e abrangente, denominado Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro (The Conceptual Framework for Financial Reporting). A Estrutura Conceitual está dividida em quatro capítulos, conforme segue. • Capítulo 1 – Objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 55 • Capítulo 2 – A entidade que reporta a informação (dado a ser acrescentado futuramente). • Capítulo 3 – Características qualitativas da informação contábil-financeira útil. • Capítulo 4 – Estrutura Conceitual para elaboração e apresentação das demonstrações contábeis (1989): texto remanescente. O objetivo das demonstrações contábeis, segundo as determinações do Pronunciamento Conceitual Básico (R1) – (CPC 00), é fornecer informações que sejam úteis na tomada de decisões econômicas e nas avaliações por parte dos usuários em geral, não tendo o propósito de atender à finalidade ou à necessidade específica de determinados grupos de usuários. Essas regulamentações satisfazem, portanto, as necessidades comuns da maioria dos seus usuários. Segundo o Pronunciamento (CPC 00), os usuários utilizam as demonstrações contábeis para tomadas de decisões econômicas, tais como: a. decidir quando comprar, manter ou vender instrumentos patrimoniais; b. avaliar a administração da entidade quanto à responsabilidade que lhe tenha sido conferida e quanto à qualidade de seu desempenho e de sua prestação de conta; c. avaliar a capacidade de a entidade pagar seus empregados e proporcionar- lhes outros benefícios; d. avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos financeiros emprestados à entidade; e. determinar políticas tributárias; f. determinar a distribuição de lucros e dividendos; g. elaborar e usar estatísticas da renda nacional; ou h. regulamentar as atividades das entidades. Cabe ressaltar que a Estrutura Conceitual apresentada nesse pronunciamento estabelece conceitos que fundamentam a elaboração e a apresentação de demonstrações contábeis destinadas a usuários externos e não define normas ou procedimentos para qualquer questão particular sobre aspectos de mensuração ou divulgação. Nada nessa Estrutura Conceitual substitui qualquer Pronunciamento Técnico, Interpretação ou Orientação. Se algum conflito for observado, sempre as exigências do Pronunciamento Técnico, da Interpretação ou da Orientação específicos devem prevalecer sobre a Estrutura Conceitual. 1.2. Elementos das demonstrações contábeis Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 56 O capítulo 4, Estrutura Conceitual para a Elaboração e a Apresentação das Demonstrações Contábeis do Pronunciamento Conceitual Básico (R1) – (CPC 00), determina que as demonstrações contábeis retratam os efeitos patrimoniais e financeiros das transações e outros eventos, por meio do grupamento dos mesmos em classes amplas de acordo com as suas características econômicas. Essas classes amplas são denominadas de elementos das demonstrações contábeis. Os elementos diretamente relacionados à mensuração da posição patrimonial e financeira no balanço patrimonial são os ativos, os passivos e o patrimônio líquido. Os elementos diretamente relacionados com a mensuração do desempenho na demonstração do resultado são as receitas e as despesas. Os elementos das demonstrações contábeis são definidos do modo a seguir. • Ativo: é um recurso controlado pela entidade, como resultado de eventos passados, e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade. O benefício econômico futuro incorporado a um ativo é o seu potencial em contribuir, direta ou indiretamente,para o fluxo de caixa ou equivalentes de caixa para a entidade. • Passivo: é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos. • Patrimônio Líquido: é o interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. É representado pelo capital social (recursos aportados pelos sócios), pelas reservas de retenções de lucros e pelas reservas que representam ajustes para manutenção do capital. • Receitas: são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma de entrada de recursos ou de aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em aumentos do patrimônio líquido. • Despesas: são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma de saída de recursos ou de redução de ativos ou acréscimos de passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido. 1.3. Características qualitativas da informação contábil-financeira útil Conforme Pronunciamento Conceitual Básico (R1) do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC 00), as características qualitativas da informação contábil-financeira útil Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 57 identificam os tipos e as informações importantes nas decisões de investidores, de credores por empréstimos e de outros credores existentes ou em potencial. Para que a informação contábil-financeira seja útil, ela precisa ser relevante e representar com fidedignidade o que se propõe a representar. A utilidade da informação contábil-financeira será melhorada se ela for comparável, verificável, tempestiva e compreensível. As características qualitativas dividem-se, portanto, em fundamentais e de melhoria. 1.3.1. Características qualitativas fundamentais As características qualitativas fundamentais são a relevância e a representação fidedigna, descritas abaixo. • Relevância: de acordo com o item QC6 do CPC 00, a informação contábil-financeira é relevante quando é capaz de fazer diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários, ainda se eles decidirem não a levar em consideração ou se já tiverem tomado ciência de sua existência por outras fontes. O item QC7 complementa que a informação contábil- financeira é capaz de fazer diferença nas decisões se tiver valor preditivo, valor confirmatório ou ambos. A informação contábil tem valor preditivo se puder ajudar os usuários a aumentarem a probabilidade de predizer futuros resultados e tem valor confirmatório se retroalimentarem ou servirem de feedback para a confirmação ou a alteração das avaliações prévias. • Representação fidedigna: a realidade é representada fidedignamente, segundo o item QC12 do CPC 00, quando apresenta três atributos: é completa, neutra e livre de erros. o Completa: o retrato da realidade econômica é completo quando inclui toda a informação necessária para que o usuário compreenda o fenômeno que está sendo retratado, incluindo todas as descrições e as explicações necessárias. o Neutra: um retrato neutro da realidade econômica, de acordo com o item QC14 do CPC 00, é desprovido de viés na seleção ou na apresentação da informação contábil-financeira. A realidade econômica não pode ser manipulada de modo que seja recebida pelos usuários de modo favorável ou desfavorável. o Livre de erros: a realidade econômica é livre de erros quando não há omissões ou erros no fenômeno retratado e quando o processo utilizado para produzir a informação reportada foi selecionado e aplicado também livre de erros. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 58 1.3.2. Características qualitativas de melhoria As características qualitativas de melhoria são a comparabilidade, a verificabilidade, a tempestividade e a compreensibilidade, conforme explicações a seguir. • Comparabilidade: permite que os usuários identifiquem e compreendam similaridades e diferenças entre os itens. • Verificabilidade: significa que diferentes observadores chegam a um mesmo consenso sobre determinada informação reportada, embora não cheguem necessariamente a um completo acordo. Segundo o Pronunciamento Conceitual Básico (R1), a verificação pode ser direta ou indireta. A verificação direta está relacionada à constatação fidedigna do montante ou está relacionada a outra representação por meio de uma observação direta, como, por exemplo, por meio da contagem de caixa. A verificação indireta implica checar os dados de entrada do modelo ou da fórmula e recalcular os resultados obtidos pela aplicação do mesmo método. O exemplo dado por Santos et al (2015) é a verificação do valor contábil dos estoques pela verificação dos dados de entrada (quantidades e custos) e pelo recálculo do saldo final dos estoques, utilizando a mesma premissa adotada no fluxo do custo (por exemplo, usando o método PEPS). • Tempestividade: nos termos do item QC29 do CPC 00, tempestividade significa ter informação disponível para tomadores de decisão a tempo de ser possível influenciá-los em suas decisões. Em geral, a informação mais antiga é a que tem menos utilidade. Contudo, certa informação pode ter o seu atributo tempestividade prolongado após o encerramento do período contábil em decorrência de alguns usuários que, por exemplo, necessitarem identificar e avaliar tendências. • Compreensibilidade: segundo o item QC31 do CPC 00, classificar, caracterizar e apresentar a informação com clareza e concisão tornam-na compreensível. Certos fenômenos são inerentemente complexos, mas a exclusão de informações sobre tais fenômenos dos relatórios contábil-financeiros, apesar de tornar a informação mais facilmente compreendida, implicaria relatórios incompletos e potencialmente distorcidos. Desse modo, o item QC32 do Pronunciamento Conceitual Básico (R1) explica que os relatórios contábil-financeiros são elaborados para usuários que têm conhecimento razoável de negócios e de atividades econômicas. 2. Indicações bibliográficas Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 59 • COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Estrutura conceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro. Disponível em <http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/147_CPC00_R1.pdf>. Acesso em 17 nov. 2016. • SANTOS, J. L. dos, et al. Manual de práticas contábeis: aspectos societários e tributários. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2015. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 60 Questão 25 Questão 25.13 As áreas do conhecimento embasam-se em pressupostos e métodos científicos de diversas escolas de pensamento. Especificamente na área da contabilidade, as escolas de pensamento norte-americana e italiana são as principais correntes em que se fundamenta a contabilidade brasileira. Acerca dessas escolas, assinale a opção correta. A. A italiana enfatiza a abordagem informacional, enquanto a escola norte-americana confere grande importância à sistematização do plano de contas. B. A norte-americana adota a visão estabelecida pelo neopatrimonialismo, enquanto a escola italiana assume como principal foco a geração das informações contábeis para seus diversos usuários. C. A italiana prioriza as necessidades dos usuários das informações contábeis, enquanto a escola norte-americana demonstra excessiva preocupação em caracterizar a contabilidade como ciência. D. A norte-americana considera prioritário o conhecimento da teoria das contas, enquanto a escola italiana enfatiza a área de auditoria para garantir maior confiabilidade às informações geradas. E. A norte-americana considera a contabilidade uma fornecedora de informações econômicas relevantes para os diversos usuários, enquanto a escola italiana defende que a contabilidade deve estudar apenas os eventos que afetam o patrimônio das entidades.1. Introdução teórica 1.1. A evolução do pensamento contábil A história da contabilidade indica que a preocupação do homem em controlar suas propriedades e suas riquezas foi um dos principais fatores para o avanço da teoria e da aplicação da ciência contábil. Para Iudícibus (2015), a preocupação com as propriedades e a riqueza é uma constante no homem da antiguidade (como hoje também o é), e ele teve de aperfeiçoar seus 13Questão 10 – Enade 2015. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 61 instrumentos de avaliação da situação patrimonial à medida que as atividades se desenvolveram em dimensão e em complexidade. A evolução da contabilidade foi marcada pelo surgimento de várias escolas de pensamento contábil, e a obra de Luca Pacioli, publicada em 1494, representou a expressão do início da era moderna da Contabilidade. O livro de Pacioli, intitulado Summa de arithmetica, geometria, proportioni et proportionalitá e publicado em Veneza em 1494, apenas dois anos após a chegada de Colombo à América, era fundamentalmente um tratado de matemática, mas incluía uma seção sobre o sistema de escrituração por partidas dobradas, denominado Particularis de Computis et Scripturis. Essa seção foi o primeiro material publicado que descrevia o sistema de partidas dobradas e apresentava o raciocínio sobre o qual se baseavam os lançamentos contábeis (HENDRIKSEN, 2012). O surgimento do método das partidas dobradas e a sua divulgação por meio da obra de Luca Pacioli foram impulsos vigorosos para a expansão da escola italiana por toda a Europa e para o seu domínio no cenário contábil até o início do século XX. Em 1920, com a ascensão mundial dos Estados Unidos, surge a escola norte-americana. O Brasil, por não ter uma escola de pensamento contábil genuinamente nacional, sofreu a influência das duas escolas. No período de 1915 a 1964, a contabilidade brasileira foi influenciada pela escola italiana. A partir de 1964, com a chegada das empresas de auditoria anglo-americanas, a contabilidade brasileira passou a ser a influenciada pela escola norte- americana. Vale notar que o Decreto N° 2.627, primeira Lei das Sociedades por Ações, publicado em 1940, foi redigido segundo os princípios da escola italiana, e a Lei N° 6.404, a nova Lei das Sociedades por Ações, publicada em 1976, foi totalmente inspirada na escola norte- americana. 1.2. Escola italiana A escola italiana foi a primeira escola do pensamento de contabilidade que exerceu influência no cenário contábil mundial. Acontecimentos marcantes de naturezas diversas, nas esferas política, social e econômica, envolveram a Itália durante o século XV e XVI. Várias cidades italianas, como Veneza, Florença, Gênova e Pisa, destacavam-se pelo desenvolvimento do Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 62 comércio na Europa e tornaram-se pontos de origem e pontos de chegada para grandes rotas comerciais do oriente. Nesse cenário, Luca Pacioli, convivendo e aprendendo com os mercadores da época, escreveu e publicou a obra Summa de arithmetica, geometria, proportioni et proportionalitá, na qual expôs o método das partidas dobradas. Iudícibus (2015) menciona que é fácil entender o motivo pelo qual a Contabilidade teve seu progresso, como disciplina, em cidades italianas como Veneza, Gênova, Florença e Pisa. Essas e outras cidades europeias estavam em plenas atividades mercantis, econômicas e culturais a partir do século XIII até o início do século XVII. Várias correntes de pensamento contábil foram desenvolvidas na escola italiana. Sá (2010) comenta que as diversas correntes doutrinárias receberiam como denominação o que imaginavam ser a matéria e o objetivo predominante de estudos da contabilidade, conforme descrito a seguir. • Os contistas imaginavam que a contabilidade deveria dedicar-se ao estudo das contas. • Os personalistas defendiam o estudo dos aspectos de direitos e das obrigações que envolviam os donos da riqueza e tudo o que com esta se relacionasse. • Os controlistas admitiam que o objetivo era estudar a matéria sob o ângulo do controle da riqueza e o que de forma correlata com este se relacionasse. • Os aziendalistas admitiam que a instituição, a empresa, são os objetos de nosso estudo e que a contabilidade nada mais faz que inserir-se em um complexo de matérias que se aplicam ao campo celular social. • Os reditualistas observaram a predominância do lucro como objetivo, • Os patrimonialistas reconheceram que o objeto de estudos da contabilidade é o patrimônio, enquanto riqueza gerida para cumprir o fim aziendal. • Os neopatrimonialistas admitem que o objeto de estudos é o patrimônio das células sociais, mas estudado sob a ótica de funções sistemáticas, e estas em relação à eficácia (SÁ, 2010). Cada uma dessas escolas e correntes teve sua influência intelectual. Algumas delas ainda exercem influências em diversas partes do mundo. No Brasil, o pensamento determinante é o patrimonialismo. O patrimonialismo foi criado por Vincenzo Masi, em 1923, e é tido como a principal corrente do pensamento da escola italiana. Considera o patrimônio como objeto de estudo da contabilidade e divide-se em estática patrimonial, dinâmica patrimonial e relevação patrimonial. O patrimonialismo estuda os critérios, os métodos e os instrumentos necessários para a mensuração e o levantamento das demonstrações contábeis. Com base nas lições de Masi, o Sá (2010) organizou o neopatrimonialismo como escola, com as finalidades de Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 63 ampliação e reforço do pensamento masiano, admitindo que, no patrimônio, tudo se transforma, tudo se relaciona, tudo se organiza em sistemas, tudo busca a eficácia e nada pode estar alheio aos continentes da riqueza das células sociais. Com isso, esse pensador estabeleceu um processo lógico de construção de uma teoria geral que pudesse alimentar todas as demais. A partir de 1920, a escola italiana começa a entrar em declínio. Segundo Iudícibus (2015), os defeitos da escola europeia estão substanciados: 1) na relativa falta de pesquisa indutiva sobre a qual efetuar generalizações mais eficazes; 2) em se preocupar demasiadamente com a demonstração de que a Contabilidade é ciência, quando o mais importante é conhecer bem as necessidades informativas dos vários usuários da informação contábil e construir um sistema contábil de informação adequado; 3) na excessiva ênfase na teoria das contas, isto é, no uso exagerado das partidas dobradas, inviabilizando, em alguns casos, a flexibilidade, necessária, principalmente, na Contabilidade Gerencial; 4) na falta de aplicação de muitas das teorias expostas; 5) na queda de nível de algumas das principais faculdades, principalmente italianas, superpovoadas de alunos, com professores mal remunerados, dando expansão mais à imaginação do que à pesquisa séria de campo e de grupo. Com a decadência da escola italiana, surge a escola norte-americana, que se destacou pela proposta de novas ideias para a aplicação da contabilidade. Enquanto a escola italiana estudava, de modo geral, apenas a teoria contábil, a escola norte-americana focou-se na prática contábil. 1.3. Escola norte-americana A escola norte-americana começa a ganhar projeção a partir do início do século XX. A economia mundial foi estruturalmente modificada em função da consolidação do modelo capitalista. Segundo Iudícibus (2015), o surgimento das gigantescas corporations, o aprimoramento do mercado de capitais e o ritmo de desenvolvimento que os Estados Unidos experimentaram representaram terreno fértil para o avanço das teorias e das práticas contábeis norte-americanas no início do século XX. Além disso, os Estados Unidos herdaram da Inglaterra a tradição no campo de auditoria. O mercado mundial precisava de novas informaçõese a contabilidade, para adequar- se aos novos padrões, teve de desenvolver um modo de operação mais aprimorado e completo Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 64 para atender a um número cada vez maior de usuários da informação contábil, preocupados na garantia da segurança de seus investimentos. A quebra da bolsa de Nova York, em 1929, foi outro fator que contribuiu para o desenvolvimento da contabilidade nos Estados Unidos. Segundo Hendriksen (2012), a crise do mercado de ações de New York em 1929 gerou “ondas de choque” que continuaram a ser sentidas por seis décadas. Antes dessa crise, os investimentos na Bolsa de Valores de New York estavam em pleno crescimento, com a quadruplicação do volume médio negociado de 1922 a 1929. A partir de outubro de 1929, e em curto espaço de tempo, a expansão terminou e iniciou-se a grande depressão. A quebra da bolsa causou forte abalo na contabilidade e nas demonstrações contábeis e deixou explícito que as empresas adotavam diferentes métodos contábeis e que não havia regras definidas e padronizadas. Assim, contadores, auditores e a própria bolsa de valores foram alvo de severas críticas por parte dos investidores. Isso obrigou o governo norte-americano a tomar medidas reparadoras, que culminaram na criação da SEC (Securities and Exchange Commission), comissão que dispunha de poderes para fiscalizar as empresas abertas, para determinar procedimentos contábeis e para estabelecer a forma de as demonstrações financeiras serem feitas (as quais, obrigatoriamente, deveriam a ela ser entregues). A SEC também ficou incumbida de emitir procedimentos práticos de contabilidade e de auditoria. Adiciona-se, ainda, como fator decisivo no desenvolvimento da contabilidade nos Estados Unidos, o surgimento de associações profissionais responsáveis pela promoção de estudos, pesquisas e procedimentos de normas de contabilidade. Iudícibus (2015) comenta que a evolução da Contabilidade nos Estados Unidos apoia- se em sólido embasamento, como os apresentados a seguir. 1) O grande avanço e o refinamento das instituições econômicas e sociais. 2) O investidor médio deseja estar permanentemente bem informado, colocando pressões não percebidas no curtíssimo prazo, mas frutíferas no médio e longo prazos, sobre os elaboradores de demonstrativos financeiros, no sentido de que evidenciem tendências; 3) O governo, as universidades e os institutos de contadores empregam grandes quantias para pesquisas sobre princípios contábeis. 4) O Instituto dos Contadores Públicos Americanos tem sido órgão atuante em matéria de pesquisa contábil, desde muitas décadas. 5) Mais recentemente, a criação do Financial Accounting Standards Board (FASB), em 1.973, mesmo ano da criação do IASC, hoje IASB, e, há muitos anos, da SEC (a CVM deles), tem propiciado grandes avanços nas pesquisas sobre procedimentos contábeis. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 65 2. Indicações bibliográficas • HENDRIKSEN, E. S; BREDA, M. F. V. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2012. • IUDÍCIBUS, S. de. Teoria da Contabilidade. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2015. • SÁ, A. L. Teoria da Contabilidade. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 66 Questão 26 Questão 26.14 Em janeiro de 2015, uma empresa solicitou empréstimo a determinada instituição financeira para pagamento em dez meses. Foi registrado na contabilidade o valor recebido em conta do Ativo e o valor total do empréstimo em conta do Passivo. Os encargos financeiros incidentes sobre o empréstimo foram debitados em uma conta redutora do Passivo, denominada “Encargos Financeiros a Transcorrer”, tendo sido essa conta posteriormente apropriada para despesas financeiras, no resultado, à medida do tempo transcorrido. Nessa situação, esse registro contábil dos encargos financeiros tem por base o princípio da A. entidade. B. prudência C. continuidade D. competência E. atualização monetária. 1. Introdução teórica 1.1. Conceitos de Princípios de Contabilidade Os Princípios de Contabilidade são normas gerais de observância obrigatória, cujo objetivo é orientar os profissionais de contabilidade no exercício de sua profissão. Representam a base teórica e doutrinária que sustenta e fundamenta a contabilidade. Com a finalidade de unificar os princípios de contabilidade, o Conselho Federal de Contabilidade publicou a Resolução CFC N° 750/93, atualizada pela Resolução CFC N° 1.282/10, que dispõe sobre os Princípios de Contabilidade. Segundo a Resolução CFC N° 750/93, com redação dada pela Resolução CFC N° 1.282/10, os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das entidades. 14Questão 11 – Enade 2015. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 67 1.2. Revogação da Resolução CFC N° 750/93 Os Princípios de Contabilidade aprovados pela Resolução N° 750/93 tiveram significativa importância para a melhoria da estrutura teórica e doutrinária da contabilidade no Brasil. Entretanto, em virtude das mudanças socioeconômicas ocorridas ao longo do tempo no cenário nacional e do processo de convergência das normas brasileiras às normas internacionais de contabilidade, essa resolução deixava, cada vez mais, de atender à unicidade de conceitos indispensáveis ao adequado às necessidades dos usuários da contabilidade em geral. Assim, o Conselho Federal de Contabilidade, por meio da Norma Brasileira de Contabilidade – NBC TSP Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Informação Contábil de Propósito Geral pelas Entidades do Setor Público –, emitida em 23/09/2016 com efeitos aplicados a partir de 01/01/2017, revogou a Resolução CFC N° 750/93 e, consequentemente, a Resolução CFC N° 1.282/10. O fato de a Resolução CFC N° 750/93 ter sido revogada não significa que os princípios de contabilidade deixaram de existir. Em 2008, para a melhor adequação dos princípios de contabilidade aos padrões internacionais, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis emitiu o Pronunciamento Conceitual Básico – Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis, aprovado pelo Conselho Federal de Contabilidade por meio da Resolução CFC N° 1.121/08 que aprovou a NBC TG Estrutura Conceitual. Esse pronunciamento introduziu reflexões para a revogação da Resolução N° 750/93. Decidiu-se, no entanto, pela não revogação da resolução, que seria realizada futuramente, quando houvesse a revisão de seu conteúdo para adaptação à norma brasileira de contabilidade. Em 2011, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis preparou uma revisão desse pronunciamento, o que deu origem ao Pronunciamento Conceitual Básico (R1), também conhecido como CPC 00. Em função dessa revisão, o Conselho Federal de Contabilidade revogou a Resolução CFC N° 1.121/08 sendo substituída pela Resolução CFC N° 1.374/11. Com a aprovação desses instrumentos, passaram a existir duas orientações sobre as características da informação contábil, uma vez que a Resolução CFC N° 750/93 continuava em vigor, conforme explicitado. Costa, citado por Girotto, conclui que a Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 68 recente revogação da Resolução Nº 750/1993 não implica na extinção dos princípios contábeis no Brasil. Na verdade, após a aprovação da Resolução 1.374/2011, o Brasil passou a contar com uma Estrutura Conceitual (EC/11). Enquanto a Resolução Nº 750/1993 era estruturada em ‘princípios’, a EC/11 é estruturada em capítulos, como, por exemplo, o do objetivo ou o das características qualitativas.De maneira geral, podemos ver que todos os princípios mencionados na Resolução Nº 750/1993 também estão na EC, com exceção do da prudência. O ‘de/para’ da Resolução Nº 750/1993 é apresentado a seguir, com os respectivos parágrafos da Estrutura Conceitual entre parênteses: continuidade (4.1), oportunidade (QC12 e QC19), registro do valor original e outras bases de mensuração (4.54 a 4.56), competência (OB17 a OB20). Em relação ao princípio da entidade, a EC faz menção à “entidade que reporta a informação”. É importante destacar que uma versão revisada da EC deverá ser emitida em breve pelo International Accounting Standards Board (Iasb). A versão revisada dedicará um capítulo ao conceito de ‘entidade’ e deve reintroduzir o conceito de ‘prudência’, que não significa antecipar as ‘más notícias’ e postergar as ‘boas notícias’, mas, sim, exigir cautela em julgamentos sob condições de incerteza. Concluindo, existem formas diferenciadas de estruturar os conceitos fundamentais que temos em Contabilidade, mas tenham certeza de que sempre estarão vivos e continuarão sendo a estrela- guia para o desenvolvimento dos pronunciamentos e das decisões a serem tomadas pelos profissionais (COSTA apud GIROTTO, S/D). 1.3. Princípios de Contabilidade Para a adequada análise da questão, formalizada antes de a Resolução Nº 750/1993 ter sido revogada, faz-se necessário recorrer a ela. De acordo com tal Resolução, são Princípios de Contabilidade: o Princípio da Entidade, o Princípio da Continuidade, o Princípio da Oportunidade, o Princípio do Registro pelo Valor Original, o Princípio da Competência e o Princípio da Prudência. O Princípio da Entidade reconhece o patrimônio como objeto da Contabilidade, afirma a autonomia patrimonial e prevê a necessidade da diferenciação de um patrimônio particular do patrimônio de outras pessoas. Dispõe que o patrimônio da empresa não se confunde com o patrimônio dos seus sócios ou proprietários, assim como não se misturam as transações de uma empresa com as de outra, ainda que sejam do mesmo grupo empresarial. É oportuno destacar que o Capítulo 2, intitulado “A Entidade que Reporta a Informação”, ainda não foi acrescentado à Resolução CFC N° 1.374/2011. Nessa resolução, constam apenas o título e a indicação de que esse capítulo será acrescentado futuramente. Uma revisão está prevista pelo International Accounting Standards Board (IASB), que dedicará o Capítulo 2 ao conceito da Entidade. O Princípio da Continuidade pressupõe que a entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 69 conta que a atividade da empresa ocorrerá por tempo indeterminado. Quando existirem claras evidências de descontinuidade, a entidade deve avaliar seu patrimônio a valores de liquidação, como menciona o item 4.1 da Resolução CFC N° 1.374/2011, reproduzido a seguir. As demonstrações contábeis normalmente são elaboradas tendo como premissa que a entidade está em atividade (going concern assumption) e irá manter-se em operação por um futuro previsível. Desse modo, parte-se do pressuposto de que a entidade não tem a intenção, nem tampouco a necessidade, de entrar em processo de liquidação ou de reduzir materialmente a escala de suas operações. Por outro lado, se essa intenção ou necessidade existir, as demonstrações contábeis podem ter que ser elaboradas em bases diferentes e, nesse caso, a base de elaboração utilizada deve ser divulgada. O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para a produção de informações fidedignas e tempestivas. As transações devem ser registradas no momento em que ocorrem e na sua totalidade, sem qualquer falta ou qualquer excesso. A representação fidedigna e a tempestividade estão previstas, respectivamente, nos itens QC12 e QC19 da Resolução CFC N° 1.374/2011. QC 12. Os relatórios contábil-financeiros representam um fenômeno econômico em palavras e números. Para ser útil, a informação contábil-financeira não tem só que representar um fenômeno relevante, mas tem também que representar com fidedignidade o fenômeno que se propõe representar. Para ser representação perfeitamente fidedigna, a realidade retratada precisa ter três atributos. Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro. É claro, a perfeição é rara, se de fato alcançável. O objetivo é maximizar referidos atributos na extensão que seja possível. QC 19. Comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade são características qualitativas que melhoram a utilidade da informação que é relevante e que é representada com fidedignidade. As características qualitativas de melhoria podem também auxiliar a determinar qual de duas alternativas que sejam consideradas equivalentes em termos de relevância e fidedignidade de representação deve ser usada para retratar um fenômeno. O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser, inicialmente, registrados pelos valores originais das transações, ou seja, pelo custo histórico, expresso em moeda nacional. A Resolução CFC N° 1.374/2011 determina, nos itens 4.54 e 4.55, o que segue. 4.54. Mensuração é o processo que consiste em determinar os montantes monetários por meio dos quais os elementos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e apresentados no balanço patrimonial e na demonstração do resultado. Esse processo envolve a seleção da base específica de mensuração. 4.55. Um número variado de bases de mensuração é empregado em diferentes graus e em variadas combinações nas demonstrações contábeis. Essas bases Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 70 incluem o que segue: (a) Custo histórico. Os ativos são registrados pelos montantes pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos montantes dos recursos recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias (como, por exemplo, imposto de renda), pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa se espera serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações. (b) Custo corrente. Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que teriam de ser pagos se esses mesmos ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data do balanço. Os passivos são reconhecidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam necessários para liquidar a obrigação na data do balanço. (c) Valor realizável (valor de realização ou de liquidação). Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que poderiam ser obtidos pela sua venda em forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos seus montantes de liquidação, isto é, pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que se espera serão pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações. (d) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado, dos fluxos futuros de entradas líquidas de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado, dos fluxos futuros de saídas líquidas de caixa que se espera serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações. O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e de outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou do pagamento. Esse princípio pressupõe, também, a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas. Portanto, as despesas e as receitas devem ser registradas de acordo com o fato gerador e incluídas na apuração do resultado da empresa no período em queocorrerem, simultaneamente quando existir correlação delas, independentemente do pagamento ou do recebimento. A aplicação desse princípio visa a evitar que as despesas e as receitas de um período provoquem alterações no resultado de outros exercícios, conforme item OB17 da Resolução CFC N° 1.374/201. OB17. O regime de competência retrata com propriedade os efeitos de transações e outros eventos e circunstâncias sobre os recursos econômicos e reivindicações da entidade que reporta a informação nos períodos em que ditos efeitos são produzidos, ainda que os recebimentos e pagamentos em caixa derivados ocorram em períodos distintos. Isso é importante em função de a informação sobre os recursos econômicos e reivindicações da entidade que reporta a informação, e sobre as mudanças nesses recursos econômicos e reivindicações ao longo de um período, fornecer melhor base de avaliação da performance passada e futura da entidade do que a informação puramente baseada em recebimentos e pagamentos em caixa ao longo desse mesmo período. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 71 O Princípio da Prudência determina a adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior valor para os componentes do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. Esse princípio impõe, quando da existência de opções igualmente aceitáveis, a escolha daquela que resulte na obtenção do menor patrimônio líquido, ou seja, em condições de incerteza, deve-se exigir cautela nos julgamentos e na apuração dos valores. Para as receitas, deve-se considerar a receita de menor valor. Para as despesas, deve- se considerar a despesa de maior valor. Ou seja, na existência de passivos sujeitos à atualização monetária, havendo formas alternativas de cálculos para a obtenção dos novos valores atualizados, deve-se sempre optar por aquela forma que resulte em maior valor para o passivo, e, consequentemente, que registre uma despesa maior. Cabe lembrar que o Princípio da Prudência ainda não consta da Resolução CFC Nº 1.374/2011. Esse princípio será acrescentado futuramente. A revisão prevista pelo International Accounting Standards Board (IASB) deverá reintroduzir o conceito da Prudência. 2. Indicações bibliográficas • CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC N° 750, de 29 de dezembro de 1993. Brasília. Disponível em <http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx? Codigo=1993/000750&arquivo=RES_750.DOC>. Acesso em 15 dez. 2016. • _____________.Resolução CFC N° 1.282, de 28 de maio de 2010. Brasília. Disponível em <http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2010/001282& arquivo=Res_1282.doc>. Acesso em 15 dez. 2016. • ____________.Resolução CFC N° 1.374, de 08 de dezembro de 2011. Brasília. Disponível em <http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2011/ 001374&arquivo=Res_1374.doc>. Acesso em 29 jun. 2017. • ___________.NBCTSP – Estrutura Conceitual, de 23 de setembro de 2016. Brasília. Disponível em <http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2016/ NBCTSPEC&arquivo=NBCTSPEC.doc>. Acesso em 29 jun. 2017. • GIROTTO, M. Revogação da Resolução N° 750/1993: contexto e considerações. Disponível em <http://cfc.org.br/noticias/revogacao-da-resolucao-no-7501993-contexto-e- consideracoes/>. Acesso em 29 jun. 2017. • IUDÍCIBUS, S. de. Teoria da Contabilidade. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2015. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 72 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 73 Questão 27 Questão 27.15 No Brasil, as normas internacionais de contabilidade tiveram como marco regulatório as publicações da Lei N° 11.638/2007 e da Lei N° 11.941/2009, que determinaram a adoção inicial aos padrões internacionais de contabilidade nas empresas brasileiras. Nesse sentido, a legislação societária determina que, no Balanço Patrimonial, os ativos e os passivos decorrentes de operações de longo prazo devem ser ajustados a valor presente, e, os demais, ajustados, quando houver A. efeito relevante. B. provisões de perdas. C. reversão de reservas. D. ajuste de avaliação patrimonial. E. teste de recuperabilidade de ativos. 1. Introdução teórica Até o advento da Lei N° 11.638/07, não existia, na legislação societária, cuja base é a Lei N° 6.404/76, a obrigatoriedade de registro, a valor presente, dos direitos e das obrigações da entidade. A Lei N° 11.638/2007 introduziu, como critério de avaliação de ativos e passivos, a obrigatoriedade de ajustar os ativos e os passivos decorrentes de operações de longo prazo a valor presente. O Art. 183 da Lei N° 6.404/76, que trata dos critérios de avaliação do ativo, inciso VIII, determina que os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. (Incluído pela Lei N° 11.638, de 2007 e vide Lei N° 12.973, de 2014) . Já, o Art. 184 da mesma lei, que trata dos critérios de avaliação do passivo, em seu inciso III, determina que 15Questão 12 – Enade 2015. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12973.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12973.htm#art4 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 74 as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. (Redação dada pela Lei Nº 11.941, de 2009 e vide Lei Nº 12.973, de 2014). Conclui-se, portanto, que todos os itens classificados no ativo realizável a longo prazo e no passivo não circulante devem ser ajustados a valor presente e os demais ativos e passivos de curto prazo somente devem ser ajustados a valor presente caso esse ajuste tenha efeito relevante nas demonstrações contábeis. O termo relevante é definido pelo CPC 00 – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro – como a capacidade de a informação fazer diferença em uma decisão tomada pelos usuários da contabilidade. A informação contábil- financeira só será capaz de fazer diferença nas decisões se estiver revestida de valor preditivo, de valor confirmatório ou de ambos. A informação contábil tem valor preditivo se puder ajudar os usuários a aumentar a probabilidade de predizer futuros resultados e tem valor confirmatório se retroalimentar, servir de feedback para confirmar ou alterar as avaliações prévias. Os requisitos básicos a serem observados quando da apuração do Ajuste a Valor Presente (AVP) são estabelecidos pelo CPC 12 – Ajuste a Valor Presente. De acordo com esse Pronunciamento Técnico, o Ajuste a Valor Presente tem como objetivo demonstrar o valor presente de um fluxo de caixa futuro. Para determinar o valor presente de um fluxo de caixa, são exigidas três informações: o valor do fluxo futuro (considerando todos os termos e as condições contratados), a data do referido fluxo financeiro e a taxa de desconto aplicável à transação. O conceito de valor presente está associado ao valor do dinheiro no tempo. Para Martins et al (2013), a aplicação do ajuste a valor presente corrige o aspecto de tratar transações a prazo e à vista da mesma forma. O objetivo é determinar as parcelas de ativo e de passivo que não correspondem ao preço efetivo da transação, mas ao ajuste por conta do valor do dinheiro no tempo. O item 9 do Pronunciamento Técnico CPC 12 determina que ativos e passivos monetários com juros implícitos ou explícitos embutidos devem ser mensurados pelo seu valor presente quando do seu reconhecimento inicial, por ser este o valor de custo originaldentro da filosofia de valor justo (fair value). Por isso, quando aplicável, o custo de ativos não monetários deve http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12973.htm#art5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12973.htm#art5 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 75 ser ajustado em contrapartida; ou então a conta de receita, despesa ou outra conforme a situação. Com a aplicação do Ajuste a Valor Presente (AVP), ao se expurgarem os juros embutidos nos valores das operações a prazo, esperam-se eliminar as distorções nas demonstrações contábeis provocadas pela falta do reconhecimento das despesas e receitas financeiras incluídas nas operações apurando resultados distorcidos. Esse posicionamento é confirmado pelo item 2 do Pronunciamento Técnico CPC 12: a utilização de informações com base no valor presente concorre para o incremento do valor preditivo da Contabilidade; permite a correção de julgamentos acerca de eventos passados já registrados; e traz melhoria na forma pela qual eventos presentes são reconhecidos. Se ditas informações são registradas de modo oportuno, à luz do que prescreve a Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis, Pronunciamento Conceitual Básico deste CPC, em seus itens 26 e 28, obtêm- se demonstrações contábeis com maior grau de relevância - característica qualitativa imprescindível. 2. Indicação bibliográfica • BRASIL. Lei N° 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as sociedades por ações. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404consol.htm>. Acesso em 17 fev. 2017. • COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Pronunciamento Conceitual Básico (R1), CPC 00. Disponível em <http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/ 147_CPC00_R1.pdf>. Acesso em 17 fev. 2017. • ________________________. Pronunciamento técnico CPC 12 – Ajuste a valor presente. Disponível em <http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/219_CPC_12.pdf>. Acesso em 17 fev. 2016. • ________________________. Pronunciamento técnico CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes. Disponível em <http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/304_CPC_25_rev%2006.pdf>. Acesso em 17 fev. 2016. • MARTINS, E. et al. Manual de Contabilidade Societária. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2013. • SANTOS, J. L. et al. Manual de práticas contábeis: aspectos societários e tributários. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2015. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 76 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 77 Questão 28 Questão 28.16 O planejamento da perícia é a etapa do trabalho pericial que antecede as diligências, pesquisas, cálculos e respostas aos quesitos. Nessa etapa, o perito do juízo estabelece a metodologia dos procedimentos periciais a serem aplicados, elaborando-a a partir do conhecimento do objeto da perícia. CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC TP 01. Perícia contábil. Brasília, 2015. Entre os objetivos do planejamento da perícia, inclui-se I. conhecer o objeto e a finalidade da perícia, a fim de permitir a adoção de procedimentos que conduzam à revelação da verdade; II. definir a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos a serem aplicados, em consonância com o objeto da perícia; III. identificar fatos importantes para a solução da demanda, de forma que não passem despercebidos ou não recebam a atenção necessária. É correto o que se afirma em A. I, apenas. B. II, apenas. C. I e II, apenas. D. II e III, apenas E. I, II, III 1. Introdução teórica 1.1. Conceitos e objeto da perícia contábil Entende-se por perícia o trabalho de notória especialização feita com o objetivo de obter prova ou opinião para orientar uma autoridade formal no julgamento de um fato ou para desfazer um conflito de interesses de pessoas (MAGALHÃES, 2017). A perícia contábil é um instrumento que consiste em produzir provas técnicas sobre determinadas questões contábeis duvidosas ou controvertidas com o objetivo de esclarecer, por meio de laudo pericial, a veracidade sobre os fatos contestados, fornecendo ao juiz 16Questão 24 – Enade 2015. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 78 informações técnicas que o ajudem a sustentar sua decisão no julgamento e a solucionar o litígio. A perícia judicial pode ser solicitada para efeito de prova ou opinião que exija conhecimento dessa área profissional, com o objetivo de auxiliar o juiz de direito no julgamento de uma lide, conforme prevê o Art. 156 do Código de Processo Civil: “quando a prova do fato depender de conhecimento técnico e científico, o juiz será assistido por perito...”. A perícia contábil está contida em um dos gêneros de prova pericial. Trata-se de uma das provas técnicas à disposição das pessoas naturais e jurídicas, com o objetivo de reunir provas sobre determinados fatos ou sobre questões patrimoniais controvertidas (ORNELAS, 2011). O Conselho Federal de Contabilidade, com o objetivo de dar suporte às questões relacionadas à perícia contábil, editou a Norma Brasileira de Contabilidade - NBC TP 01, em 27/02/2015. Essa norma, em seu item 2, conceitua perícia contábil conforme segue. 2. A perícia contábil constitui o conjunto de procedimentos técnico-científicos destinados a levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar a justa solução do litígio ou constatação de fato, mediante laudo pericial contábil e/ou parecer técnico-contábil, em conformidade com as normas jurídicas e profissionais e com a legislação específica no que for pertinente. Os juízes nem sempre são conhecedores de todos os assuntos técnicos nos diferentes ramos do saber. Para subsidiar o juiz com informações, cálculos numéricos e esclarecimentos sobre os pontos controvertidos, essa autoridade, à sua livre escolha, pode nomear um perito, de sua total confiança, que apresente capacidade técnica e reconhecidos conhecimentos sobre a matéria da perícia, que o habilitem a executar a prova pericial. É no momento da nomeação que o juiz designa o prazo para que o perito entregue o laudo pericial, e é, portanto, nesse momento, que se inicia o envolvimento desse profissional com o processo. O objeto da perícia contábil é o patrimônio das entidades físicas ou jurídicas. É na contabilidade que o perito contábil encontra os meios disponíveis para buscar esclarecimentos e provas sobre a matéria examinada. A perícia contábil tem por objeto central os fatos contábeis relacionados à causa (aspecto patrimonial), os quais devem ser verificados. Por isso, são submetidos à apreciação técnica do perito certos limites essenciais, ou “características essenciais”, independentemente dos procedimentos a serem adotados (MARCELO, 2013). Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 79 1.2. Planejamento do trabalho pericial O planejamento do trabalho judicial inicia-se com a leitura atenta dos autos do processo, ocasião em que o perito deve, também, identificar a época dos fatos alegados e relatados pelas partes. É fundamental que o perito junte todos os documentos que servirão de suporte para elaboração do laudo pericial. Em decorrência da própria leitura dos autos, o perito deve recorrer à pesquisa bibliográfica, incluindo a leitura de livros, artigos técnicos, leis e normas contábeis, a fim de consolidar o conhecimento necessário para a completa finalização do trabalho judicial. Costa (2017) esclarece que, à medida que o perito desenvolve a leitura dos autos, ele deve transcrever os elementos mais importantes nos papéis de trabalho, de forma a evidenciar as etapas da perícia e o tempo necessário para cada atividade. O Item 30 da Norma Brasileira de Contabilidade– NBC TP 01 – define planejamento da forma abaixo. 30. O planejamento da perícia é a etapa do trabalho pericial que antecede as diligências, pesquisas, cálculos e respostas aos quesitos, na qual o perito do juiz estabelece a metodologia dos procedimentos periciais a serem aplicados, elaborando-o a partir do conhecimento do objeto da pesquisa. A referida norma também trata, no item 31, dos objetivos do planejamento da perícia. 31. Os objetivos do planejamento da perícia são: (a) Conhecer o objeto e a finalidade da perícia, a fim de permitir a adoção de procedimentos que conduzam à revelação da verdade, a qual subsidiará o juízo, o árbitro ou o interessado a tomar a decisão a respeito da lide. (b) Definir a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos a serem aplicados, em consonância com o objeto da perícia. (c) Estabelecer condições para que o trabalho seja cumprido no prazo estabelecido. (d) Identificar potenciais problemas e riscos que possam vir a ocorrer no andamento da perícia. (e) Identificar fatos importantes para a solução da demanda, de forma que não passem despercebidos ou não recebam a atenção necessária. (f) Identificar a legislação aplicável ao objeto da perícia. (g) Estabelecer como ocorrerá a divisão das tarefas entre os membros da equipe de trabalho, sempre que o perito necessitar de auxiliares. (h) Facilitar a execução e a revisão dos trabalhos. Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 80 2. Indicações bibliográficas • CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - CFC. Norma Brasileira de Contabilidade - NBC TP 01, de 27 de fevereiro de 2015. Disponível em <http://www1.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2015/NBCTP01>. Acesso em 11 mai. 2017. • Código de Processo Civil. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015- 2018/2015/lei/l13105.htm>. Acesso em 04 jun. 2017. • COSTA, J. C. D. Perícia contábil: aplicação prática. São Paulo, Atlas, 2017. • MARCELO, C. Objeto e finalidade da perícia contábil (2013). Disponível em <http://blogdoprofessorclaudiomarcelo.blogspot.com.br/2013/07/objeto-e-finalidade-da- pericia-contabil.html>. Acesso em 13 mai. 2017. • MAGALHÃES, A. de D. F. Perícia Contábil. São Paulo: Atlas, 2017. • ORNELAS, M. M. G. Perícia Contábil. 5. ed. São Paulo, Atlas, 2011. • ZANNA, R. D. Prática de perícia contábil. 4. ed. São Paulo, IOB. Folhamatic, 2013. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm http://blogdoprofessorclaudiomarcelo.blogspot.com.br/2013/07/objeto-e-finalidade-da-pericia-contabil.html http://blogdoprofessorclaudiomarcelo.blogspot.com.br/2013/07/objeto-e-finalidade-da-pericia-contabil.html Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 81 Questão 29 Questão 29 (Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de São Luís - MA Prova: FCC - 2018 - Prefeitura de São Luís - MA - Auditor Fiscal de Tributos I - Geral) Acerca dos procedimentos em perícia contábil e suas definições, no que se refere às normas vigentes de auditoria, A. indagação é a busca de informações mediante entrevista com conhecedores do objeto ou fato relacionado à perícia. B. arbitramento é o ato de atestar a informação trazida ao laudo pericial contábil pelo perito- contador, conferindo-lhe caráter de autenticidade pela fé pública atribuída a este profissional. C. mensuração é a determinação de valores ou a solução de controvérsia por critério técnico. D. certificação é a pesquisa que busca trazer ao laudo pericial contábil ou parecer pericial contábil o que está oculto por quaisquer circunstâncias. E. investigação é o ato de qualificação e quantificação física de coisas, bens, direitos e obrigações. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/fcc https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/prefeitura-de-sao-luis-ma https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcc-2018-prefeitura-de-sao-luis-ma-auditor-fiscal-de-tributos-i-geral https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcc-2018-prefeitura-de-sao-luis-ma-auditor-fiscal-de-tributos-i-geral Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 82 Questão 30 Questão 30 (Ano: 2017 Banca: CFC Órgão: CFC Prova: CFC - 2017 - CFC - Bacharel em Ciências Contábeis - 2º Exame) De acordo com a NBC TP 01 – PERÍCIA CONTÁBIL, julgue os itens a seguir como Verdadeiros (V) ou Falsos (F) e, em seguida, assinale a opção CORRETA. I. O laudo pericial contábil e o parecer técnico-contábil têm por limite o próprio objeto da perícia deferida ou contratada. II. A perícia contábil é de competência exclusiva de contador em situação regular perante o Conselho Regional de Contabilidade de sua jurisdição. III. Os procedimentos periciais contábeis visam a fundamentar o laudo pericial contábil e o parecer técnico-contábil e abrangem, total ou parcialmente, segundo a natureza e a complexidade da matéria, exame, vistoria, indagação, investigação, arbitramento, mensuração, avaliação e certificação. A sequência CORRETA é: A. V, V, V. B. V, F, F. C. F, V, V. D. F, F, F. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cfc https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/cfc https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cfc-2017-cfc-bacharel-em-ciencias-contabeis-2-exame https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cfc-2017-cfc-bacharel-em-ciencias-contabeis-2-exame