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1 UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC CURSOS DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DP - DEPENDÊNCIA APS - ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA 4º/3º semestres Ferramenta pedagógica de apoio: Fevereiro/2019 2 ALINE CATAPANO TÁVORA – RA: T6222E-0 ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS CONT COMÉRCIO E SERVIÇO DE EQUIPAMENTOS S.A. APS - Atividades Práticas Supervisionadas, apresentado como exigência para a avaliação do segundo bimestre, em disciplinas do 3º semestre, do curso de Ciências Contábeis da UNIP - Universidade Paulista, sob orientação da professora Fernanda Maria Ferreira Frossard. . SÃO PAULO – SP 2019 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................... 4 1.1 Contabilidade Intermediária .................................................................... 6 1.1.1 Livro Diário .............................................................................................................................. 6 1.1.2 Partidas de Diário ................................................................................................................... 6 1.1.3 Contas ..................................................................................................................................... 7 1.1.4 Razão ....................................................................................................................................... 8 1.1.5 Ficha de Controle de Estoque Por Produto e Por Método ............................................... 9 1.1.6 Balancete de Verificação Mensal....................................................................................... 10 1.1.7 Balanço Patrimonial ............................................................................................................. 10 1.1.8 Critérios de Classificação dos Elementos Patrimoniais ............................................. 12 1.1.11 Lucro Presumido ................................................................................................................ 16 1.1.12 Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) .................................................................... 19 1.1.13 Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) ................................................................... 19 1.1.14 Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) ...................................................... 20 1.1.15 Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) ................................... 20 1.1.16 Programa de Integração Social (PIS) ............................................................................. 21 1.1.17 Contribuição Para Financiamento da Seguridade Social (COFINS) 21 1.1.18 Imposto Sobre Serviços (ISS) .......................................................................................... 21 1.1.19 Retenção das Contribuições (COFINS, PIS/PASEP e CSLL) .................................... 22 1.1.20 Retenção do ISS ................................................................................................................ 22 1.1.21 Participações ...................................................................................................................... 23 1.1.22 Amortização de Ágio por Expectativa de rentabilidade ................................................ 24 1.1.23 Folha de Pagamento ......................................................................................................... 24 1.1.24 Cálculos da Folha de Pagamento ................................................................................ 26 1.1.25 Seguros ............................................................................................................................... 28 1.1.26 Depreciação ........................................................................................................................ 29 1.1.27 Empréstimos ....................................................................................................................... 29 1.1.28 Aplicações Financeiras ..................................................................................................... 30 1.1.29 Duplicatas Descontadas ................................................................................................... 30 1.1.30 Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) ................................................................ 31 1.1.31 Perdas Estimadas para Créditos de Liquidação (PECLD) .......................................... 31 1.1.32 Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) ............................................................. 32 2. ESTUDO PRÁTICO (ACCOUNT) ............................................................ 33 CONCLUSÃO .................................................................................................. 70 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 72 ANEXO 1.1 – Ficha de Atividade Prática Supervisionada........................... 75 ANEXO 1.2 – Ficha de Composição da Equipe ............................................ 76 ANEXO 1.3 – Cronograma de Atividades Previstas .................................... 77 ANEXO 1.4 – Registro de Atividades Realizadas ........................................ 79 4 INTRODUÇÃO A contabilidade exerce grande importância para as organizações, nela ficam registrados todos os atos e fatos financeiros e contábeis. Por revelar a saúde financeira da empresa, todas as projeções de metas e objetivos, em vista da viabilidade econômica estão amparadas na contabilidade, e para que se conscientize sobre a relevância da contabilidade para a manutenção da estrutura das organizações, se torna importante que se revele alguns conceitos da área. O conhecimento das normas tributárias é de extrema importância para os profissionais que estão relacionados à gestão empresarial, pois assim terão a capacidade de identificar e avaliar os fatos administrativos que ocorrem numa entidade. Segundo Athar (2005, p. 50) a contabilidade interessa a muitos usuários e a maneira de demonstrar, de expor a situação financeira, econômica, patrimonial e de resultado das empresas a esses vários usuários interessados é por meio do que se convencionou chamar de demonstrações contábeis ou financeiras. Ainda, segundo Athar (2005, p.50) as demonstrações contábeis são relatórios que resumem de forma ordenada os dados econômicos e financeiros, transformando-os em peças que servirão para a tomada de decisão de cada um dos interessados na informação contábil. Todos os conceitos que serão estudados ao decorrer do trabalho apresentado são de extrema importância para as análises feitas e terão grande impacto no resultado final do ano – calendário apurado. Sendo assim, considerando a relevância e importância da contabilidade e suas demonstrações para as empresas, o trabalho aqui apresentado tem como objetivo compreender os conceitos teóricos estudados em sala de aula nas disciplinas em planejamento contábil tributário, contabilidade intermediária e empresarial, trabalhando a universalidade destas e aplicando na empresa em estudo. Alicerçado nos conceitos acima mencionados, o trabalho visa também, identificar e analisar quais são os impactos tributários, trabalhistas e financeiros apurados no período. Sendo assim, objetiva-se o desenvolvimento de uma visão holística dos conceitos contábeis, como uma disciplina complementa a outra e 5 como a junção são imensamente importantes para que o resultado final seja possível. Palavras-chave: Contabilidade; Normas Tributárias; Demonstrações Contábeis. 6 1. ESTUDO TEÓRICO 1.1 Contabilidade Intermediária Os subcapítulosa seguir descrevem de forma teórica os assuntos abordados em sala de aula. 1.1.1 Livro Diário É um livro no qual são registradas todas as operações contabilizáveis de uma entidade, em ordem cronológica e com observância de certas regras. Antigamente, o livro era preenchido unicamente a mão, isto é, era manuscrito. Depois passou-se a utilizar processos mecânicos para escrituração em folhas soltas, as quais são, em seguida, copiadas por decalque no livro de folhas presas, processos eletrônicos são utilizados no trabalho contábil em geral hoje, na maioria das empresas; neste caso, encadernam-se as folhas soltas impressas. 1.1.2 Partidas de Diário O registro de uma operação no livro Diário denomina-se Partidas de Diário. O método universalmente usado em todos os sistemas contábeis é o método das Partidas Dobradas. A expressão Partidas Dobradas não indica duplicidade ou repetição de um mesmo registro. Assim como na razão sempre que ocorre um fato, dois ou mais elementos do patrimônio eram alterados equivalentemente, permitindo equilíbrio constante e, consequentemente, a adoção da formula: Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido. Os requisitos necessários de uma Partida de Diário são os seguintes: • Data a operação; • Conta a ser debitada; • Conta a ser creditada; 7 • Histórico da operação, com menção das características principais dos documentos comprobatórios da operação; • Valor da operação, em moeda. 1.1.3 Contas As operações ocasionam aumentos e diminuições no Ativo, no Passivo e no Patrimônio Líquido, esses aumentos e diminuições são registrados em contas. Débito e Crédito O lado esquerdo da conta é chamado de lado do débito; o lado direito é chamado de lado do crédito. Um lançamento no lado esquerdo de uma conta é denominado lançamento a débito ou simplesmente débito; um lançamento no lado direito de uma conta é chamado lançamento a crédito ou simplesmente crédito. Contas de Ativo Os elementos que compõem o Ativo figuram no lado esquerdo do Balanço. Em coerência, as contas do Ativo (Bens e Direitos) sempre devem apresentar saldos devedores, isto é, no lado esquerdo. Contas de Passivo Como as contas de Passivo aparecem sempre no lado direito do Balanço e, portanto, terão sempre saldo credor, deve acontecer com ela o inverso do que acontece com as contas do Ativo. Contas de Patrimônio Líquido Como o Patrimônio Líquido Positivo, ocupa o lado direito do Balanço, o funcionamento de suas contas será igual ao funcionamento das do Passivo. Quando o Patrimônio Líquido em seu valor total for negativo, estará no lado esquerdo do Balanço, junto com o Ativo, ou subtraído pelo Passivo (lado direito do balanço), com saldo devedor. Aumentá-lo com sentido de melhorá-lo 8 significa diminuir esse saldo devedor, o que só pode ser feito mediante um lançamento a crédito. Logo, segue-se que qualquer aumento em Patrimônio Líquido, seja este anteriormente a esse aumento, positivo ou negativo, será registrado por crédito e qualquer diminuição, por débito. Método das Partidas Dobradas A essência do método, universalmente aceito, é que o registro de qualquer operação implica que a um débito numa ou mais contas deve corresponder a um crédito equivalente em uma ou mais contas, de forma que a soma dos valores debitados seja sempre igual à soma dos valores creditados. “Não a débito (s) sem crédito (s) correspondente (s)”. 1.1.4 Razão Antigamente as contas eram registradas nas páginas de um livro chamado Razão. Depois passaram a ser registradas em folhas ou fichas soltas, hoje estão registradas na memória de um computador. No entanto, em seu conjunto, mantidas em um livro, arquivo ou memória continuam com a mesma denominação, Razão. O importante é que em cada conta se mantenha registrado a história da movimentação do componente do ativo, do passivo e do patrimônio líquido a que se refere. Utilizam-se contas separadas para representar cada tipo de elemento do Ativo, do Passivo e do Patrimônio Líquido. Cada uma dessas contas será distinguida das demais por sua denominação. Por exemplo, o dinheiro em mãos será representado pela conta Caixa. Podemos também e é o que ocorre na prática, representar diversos elementos de características semelhantes em uma mesma conta, a qual receberá o nome que melhor represente os elementos agrupados. Exemplificando, pode-se dizer que: O conjunto formado por cadeiras, mesas, máquinas de escrever, máquinas de somar, etc. Poderia ser registrado em uma única conta que teria o nome de Móveis e Utensílios; 9 O conjunto de pequenas despesas, sem necessidade de discriminação, receberia o nome de Despesas Diversas ou Despesas Gerais etc.; Diversos valores a receber, sem necessidade de representação isolada, poderiam ser registrados na conta Valores a Receber ou Contas a Receber; Diversos valores a pagar, sem necessidade de representação isolada, poderiam ser registradas na conta Valores a Pagar ou Contas a Pagar; Os razonetes são representados em forma de T. 1.1.5 Ficha de Controle de Estoque Por Produto e Por Método Permite o controle do estoque de mercadorias de forma mais simplificada. Seu modelo/método varia de acordo com as necessidades de cada empresa. O método de avaliação escolhido afetará o total do lucro a ser calculado para um determinado período contábil. Alguns dos métodos utilizados são: PEPS/FIFO PEPS significa "Primeiro que entra, primeiro que sai"; que também é conhecido por FIFO "First-in-first-out" da expressão em inglês. Usa-se o custo do lote mais antigo na venda da mercadoria até que se esgotem as quantidades desse estoque, então daí parte-se para o segundo lote mais antigo e assim sucessivamente (vendemos primeiro as primeiras unidades compradas). Nesse critério, teremos, sempre, um valor de estoque baseado nas compras mais recentes e o do CMV nas mais antigas. UEPS/LIFO UEPS significa "Último que entra, primeiro que sai"; também conhecido por LIFO, iniciais da frase em inglês "Last-in-first-out". Nesse método, o custo dos itens vendidos/saídos tende a refletir o custo dos itens mais recentemente comprados (preços mais recentes). O CMV estará baseado nas compras mais recentes, e o estoque final nas mais antigas. Média Ponderada Móvel 10 Baseia-se na aplicação dos custos médios em lugar dos custos efetivos. As mercadorias estocadas serão sempre valoradas pela média dos custos de aquisição, sendo estes atualizados a cada compra efetuada. Critérios diferentes levam a valores de estoque e resultados líquidos também diferentes. No Brasil a legislação do imposto de renda permite apenas o PEPS e a Média Ponderada Móvel para fins de contabilidade de custo. 1.1.6 Balancete de Verificação Mensal É um demonstrativo contábil que reúne todas as contas em movimento na empresa e seus respectivos saldos. Através do balancete é possível chegar a vários resultados importantes, como: Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e Balanço Patrimonial (BP). A soma dos saldos devedores deve ser igual à soma dos saldos credores. Para essa verificação periódica, cada conta será transferida do razonete para o balancete, com seu respectivo saldo. 1.1.7 Balanço Patrimonial É a demonstração contábil que ao encerrar a sequência dos procedimentos contábeis de determinado momento da empresa, apresenta a sua situação patrimonial. O balanço é composto por 3 elementos: Ativo (bens e direitos), Passivo (obrigações) e Patrimônio Líquido (diferença entre o ativo e passivo). O Balanço Patrimonial é de grande importância para que a empresa veja com clareza os seus recursos (ativo) e quantos desses recursos são devidos a terceiros (passivo), além do seu nível de liquidez e endividamento. A análise de dois balanços consecutivos mostra facilmente as movimentações e modificações ocorridasentre esses períodos. A sua estrutura é composta pela Ativo localizado do lado esquerdo, o Passivo no lado direito, e o Patrimônio Líquido também do lado direito, mostrando os investimentos, lucros ou prejuízos acumulados. A lei nº 11.638/07 fez várias modificações nos critérios de avaliação dos Ativos e Passivos, sempre com o objetivo de adaptar tais critérios aos padrões internacionais. Por definição, o Patrimônio Líquido não é Passivo da empresa. 11 Portanto, o texto legal deveria ter sido alterado para destacar o Patrimônio Líquido como grupo específico do Balanço Patrimonial e não como subgrupo integrante do Passivo. A sua estrutura é composta pelo Ativo localizado do lado esquerdo, o Passivo no lado direito, e o Patrimônio Líquido também do lado direito, mostrando os investimentos, lucros ou prejuízos acumulados. O art. 179 da Lei nº 6.404/76 determina o critério de classificação das contas, como segue: “No Ativo Imobilizado: os Direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, ricos e controle desses bens” Portanto, a nova lei alterou a definição do Ativo Imobilizado, excluindo desse grupo os bens não corpóreos, tais como: marcas e patentes, direitos autorais, direitos de concessão, fundo de comércio e gastos com desenvolvimento de novos produtos. Tais ativos não corpóreos, passam agora para o grupo de intangíveis. Por outro lado, o grupo do Ativo Imobilizado passa a incorporar os bens decorrentes de operações que transfiram a companhia os benefícios, ricos e controle desses bens, ou seja, os bens que tenham sido objeto de arredondamento mercantil financeiro, ou leasing, na modalidade de arredondamento financeiro. O art. 178 da Lei nº 6.404/76 foi alterado pelas Leis nos 11.638/07 e 11.941/09 que passou a vigorar. Como observado, as principais alterações foram: • Eliminação do grupo de Ativo Permanente; • Criação do grupo Ativo Não Circulante; • Eliminação do Ativo Diferido; • Criação do Ativo Intangível; • Desdobramento do Passivo em Passivo Circulante e Passivo Não Circulante; • Eliminação do grupo Resultado de Exercícios Futuros. 12 1.1.8 Critérios de Classificação dos Elementos Patrimoniais As contas do ativo deverão estar dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez, e são divididas nos seguintes grupos: • Ativo Circulante: Neste grupo estão as disponibilidades da empresa, seus direitos realizáveis no próximo exercício social e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte; • Ativo Não Circulante: Realizável a longo prazo, investimentos, ativo imobilizado e ativo intangível; • As contas de passivo deverão estar organizadas em ordem decrescente de grau de exigibilidade dos elementos nela registrados, estando divididas nos grupos; • Passivo Circulante: São as obrigações que irão vencer no exercício social subsequente; • Passivo Não Circulante: São as obrigações com vencimento após o término do exercício social subsequente. As contas de Patrimônio Líquido estão dispostas nos seguintes grupos: • Capital Social; A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada; • Reserva de Capital: De acordo com Ribeiro (2013, p.157) "As Reservas de Capital originam-se de ganhos em atividades não operacionais que geram aumentos no Patrimônio Líquido sem transitar pelas contas de receitas normais da empresa". • Reserva de Lucro: As reservas de lucros são obtidas através do lucro líquido do exercício e tem como objetivo proteger a empresa contra futuros prejuízos que possam vir a ocorrer. Essa reserva está localizada no Patrimônio e pode ser movimentada pela empresa em seu capital de giro; • Reserva de Lucro a Realizar; No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos do estatuto ou do art. 202 da Lei das S/A, ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a assembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos 13 da administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a realizar; • Reserva de Lucro para Expansão: Para atender a projetos de investimento e expansão, a companhia poderá reter parte dos lucros do exercício. Essa retenção deverá estar justificada com o respectivo orçamento de capital aprovado pela assembleia geral; • Reserva de Incentivos Fiscais: A reserva de incentivos fiscais, originalmente criada pelo artigo 2º da Lei nº 11.638/2007, incluiu o artigo 195-A, na Lei nº 6.404/1976, onde dispõe que a destinação da parte do lucro líquido, que provem, das doações ou subvenções governamentais, será constituída através de assembleia geral, segundo as propostas apresentadas pela administração, e o saldo desta reserva poderá ser excluído da base de cálculo do dividendo obrigatório. E ainda a Lei nº 11.638/2007, revogou a Reserva de Capital, que dispunha do tratamento contábil das doações e subvenções para investimentos, se fazendo necessária esta alteração, onde será orientado o novo tratamento contábil às doações e subvenções; • Reserva Legal: A constituição da reserva legal é obrigatória somente para as sociedades por ações e corresponde a 5% do lucro líquido do exercício antes de qualquer outra destinação. Há duas situações em que a constituição dessa reserva deixa de ser obrigatória: quando o montante da reserva legal atingir 20% do capital social; quando o montante da reserva legal acrescido do montante de capital atingir 30% do capital social; • Ações ou quotas em tesouraria: Deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição; • Reserva Estatutária: As reservas estatutárias são constituídas por determinação do estatuto da companhia, como destinação de uma parcela dos lucros do exercício, e não podem restringir o pagamento do dividendo obrigatório; 14 • Reserva de Contingência: De acordo com o artigo 195 da Lei nº 6.404/76, a assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar parte do lucro líquido à formação de reserva com a finalidade de compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado; • Lucros ou Prejuízos acumulados; O plano de contas pode apresentar as duas contas: "Lucros Acumulados" (credora) e "Prejuízos Acumulados" (devedora), mas usualmente o saldo é mantido em uma só conta "Lucros ou Prejuízos Acumulados"; • Ações ou quotas em tesouraria; Deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição; • Ajustes de Avaliação Patrimonial; serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos e diminuições de valor atribuído a elementos do ativo (§ 5º do art. 177, inciso I, do caput do art. 183 e § 3º do art. 226 desta Lei) e do passivo, em decorrência da sua avaliação a preço de mercado (valor justo). As empresas devem levantar o Balanço Patrimonial pelo menos uma vez em cada período de 12 meses, mas para uma melhor gestão da empresa, o balanço pode ser realizado mensalmente, pois assim poderá visualizar e identificar com mais facilidade suas variações e as respectivas causas. Para identificar essas variações com mais rapidez, pode-se pegar um balanço no qual se apresenta colunas com os valores de cada exercício apurado. Há várias etapas a serem seguidas para a elaboração de um balanço: • Levantamento do Balancete de Verificação: consiste no fechamento das contas do período para a apuração de seus saldos e elaboraçãodo balancete. Caso haja divergência de valores, deverá ser revisado e fazer as devidas correções. 15 • Ajustes das contas: os lançamentos de ajuste são registrados no livro diário, em seguida no razão, e por fim será elaborado um novo balancete denominado Balancete de Verificação do Razão após os ajustes. • Encerramento das contas de resultado: estão divididas em contas patrimoniais (representados pelos bens, direitos, obrigações e patrimônio líquido) e contas de resultado (divididas em contas de receitas e contas de despesas. É a partir delas que a empresa consegue descobrir se está com lucro ou prejuízo). 1.1.9 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) Consiste num relatório das operações realizadas pela empresa durante determinado período. É através desta demonstração que se consegue saber se no período apurado houve lucro ou prejuízo. Com o Balanço Patrimonial mais o DRE, pode-se obter a situação patrimonial e financeira da empresa. Além disso, consegue-se obter informações para fazer análises e tirar conclusões da situação em que a empresa se encontra para, em seguida, traçar planos futuros para melhorias e correções das atividades da empresa. 1.1.10 Demonstração de Prejuízos Acumulados A demonstração de prejuízos acumulados é a demonstração contábil destinada a evidenciar, em determinado período, as mutações nos resultados acumulados da entidade. As sociedades por ações deverão destinar todo o lucro do exercício para reservas de acordo com a legislação societária ou o estatuto social. As sociedades limitadas poderão manter saldo positivo de lucros acumulados, de acordo com o que esteja estabelecido no contrato social. A demonstração de prejuízos acumulados discriminará: • O saldo no início do período; • Os ajustes de exercícios anteriores; • As reversões de reservas; 16 • A parcela correspondente à realização de reavaliação líquida do efeito dos impostos correspondentes; • O resultado líquido do período; • As compensações de prejuízos; • As destinações do lucro líquido do período; • Os lucros distribuídos; • O saldo no final do período. 1.1.11 Lucro Presumido É uma forma simplificada de apuração da base de cálculo dos tributos com o Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL), restrita aos contribuintes não obrigados ao regime de tributação do lucro real. As empresas que optam pelo lucro presumido não estão obrigadas a possuir uma escrituração contábil detalhada de suas receitas e despesas, basta que possua e escriture o livro caixa, onde irá constar, entre outras coisas, as receitas efetivamente recebidas. Ao optar pelo método de tributação, o contribuinte deve estar ciente de que tal método é definido para o ano-calendário, ou seja, não pode haver mudanças na tributação no decorrer do ano-calendário. E será efetuada no momento em que for paga a primeira parcela do imposto ou da cota única, o que ocorrerá no final do mês de abril para os optantes deste regime tributário como consta no art. 516, §§ 4º e 5º, do RIR, que também esclarece sobre a forma de pagamento e apuração do imposto, pelo lucro presumido. “§ 4º A opção de que trata este artigo será manifestada com o pagamento da primeira ou única quota do imposto devido correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano-calendário (Lei nº9.430, de 1996, art. 26, § 1º) § 5º O imposto com base no lucro presumido será determinado por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário, observado o disposto neste subtítulo (Lei nº9.430, de 1996, art. 1º e 25).” 17 Opção pelo lucro presumido Podem optar as pessoas jurídicas que não estejam obrigadas a tributação pelo lucro real em função da atividade exercida ou da sua constituição societária ou natureza jurídica. Empresas industriais, comerciais ou de prestação de serviços, que tenham auferido no ano-calendário anterior como estabelecido no art.7, lei nº12.814, de 2013. “Art.7. A pessoa jurídica cuja receita bruta total, no ano-calendário anterior, tenha sido igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais), ou a R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos reais) multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a 12 (meses) meses, poderá optar pelo regime de tributação com base no lucro presumido (Lei nº12.814, de 2013, art.7).” O lucro presumido pode ser facilmente confundido com os pagamentos por estimativa, pois as sistemáticas de pagamento são as mesmas, com diferenciação na periodicidade dos pagamentos (o presumido é trimestral e a estimativa é mensal) e, também, no código da DARF (Documento de Arrecadação código – 2089) relativo ao primeiro recolhimento no ano-calendário. É necessário muito cuidado, pois uma vez feita a opção, ela é irretratável para todo ano-calendário. Há várias atividades que não podem optar pela sistemática do lucro presumido, como: as entidades financeiras; as empresas que aufiram lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; as empresas de prestação de serviço de assessoria de creditícia, mercadológica, gestão de crédito (factoring); etc. Base de cálculo do lucro presumido A base de cálculo do IR sobre o lucro presumido é apurada a partir da receita bruta decorrente da atividade da pessoa jurídica optante e do resultado das demais receitas e dos ganhos de capital, sendo a receita bruta o produto das vendas de bens e serviços nas operações de conta própria. Não se incluem os impostos não-cumulativos cobrados destacadamente do comprador ou 18 contratante, além do preço do bem ou serviço, e dos quais o vendedor seja mero depositário. Nas vendas a prazo, o custo do financiamento, contido no valor dos bens ou serviços ou destacado na nota fiscal, integra a receita bruta como complemento do preço da venda. Cálculo da base de cálculo do lucro presumido As empresas optantes por essa sistemática de tributação devem presumir o lucro auferido em cada trimestre, e essa presunção é feita de acordo com os percentuais estabelecidos pela lei: Indústria e comércio em geral: Aplica-se a receita bruta o percentual de 8% (oito por cento); Serviços em geral: Aplica-se o percentual de 32% (trinta e dois por cento); Serviços hospitalares e de transporte de cargas: aplica-se o percentual de 8% (oito por cento); Demais serviços de transportes: Aplica-se o percentual de 16% (dezesseis por cento); Revenda de combustível para consumo: No caso de revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural, aplica-se o percentual de 1,6% (um inteiro e seis décimos por cento). Em caso de haver atividades diversificadas, será aplicado o percentual correspondente a cada atividade. Já para pequenos prestadores de serviços, os percentuais são reduzidos. No caso de a empresa auferir receita bruta até R$ 120.000,00 anual, a base de cálculo mensal do Imposto de Renda das prestadoras de serviços em geral, exceto serviços hospitalares e de transporte, será determinada mediante aplicação do percentual de 16% sobre o faturamento mensal. Cálculo do imposto devido sobre o lucro presumido O imposto de Renda das pessoas jurídicas é calculado pela aplicação da alíquota de 15% (quinze por cento) sobre a base de cálculo do lucro presumido mais demais receitas e ganhos de capital. Incide também um adicional do IR à alíquota de 10% (dez por cento) sobre a parcela da base de cálculo que exceder o valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses do 19 período de apuração, ou seja, R$ 60.000,00 quando o período de apuração englobar os três meses do trimestre. Na sistemática do lucro presumido é vedada qualquer dedução a título de incentivo fiscal,inclusive vale transporte. Mas poderá deduzir: Do imposto devido, o imposto pago ou retido na fonte (IRRF) sobre as receitas que integraram a base de cálculo; dos créditos, objeto de declaração de compensação (Inclusive os judiciais com trânsito em julgado, relativos a tributos e contribuições administrados pela Receita Federal); do saldo negativo de IRPJ de trimestres anteriores. 1.1.12 Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) O Imposto de Renda é de competência da União, cobrado mediante obtenção de resultados positivos (lucros) e sobre operações comerciais, mercantis ou de prestação de serviço. Segundo o art. 43 do Código Tributário Nacional, o fato gerador do Imposto de renda (IR) é a aquisição de disponibilidade econômica ou jurídica da renda ou proventos de qualquer natureza. O período de apuração do IR é trimestral, encerrado nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro com aplicação sobre a base de cálculo a alíquota de 15,0% e pagamento realizado através do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf), pago em quota única ou em três iguais e mensais com vencimento nos três meses seguintes ao trimestre de encerramento. 1.1.13 Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) IR Fonte por antecipação: É o imposto descontado que pode ser deduzido daquele apurado na Declaração de Ajuste Anual (pessoa física) ou na Declaração de Pessoa Jurídica (DIPJ) (ex.: salários, honorários, pró-labore, férias, serviços profissionais prestados por pessoa jurídicas etc.) e IR Fonte conhecido como “exclusivo na fonte” ou por “tributação definitiva”, em que o beneficiário do rendimento não pode compensar o imposto que foi descontado na DIPJ, exemplo 13° salário. 20 Modalidade de Retenção na Fonte: Rendimento do Trabalho (Pago à Pessoa Física / Tabela Progressiva): Pagamento de salário, inclusive adiantamento de salário a qualquer título, indenização, sujeita à tributação, ordenado, vencimento, provento de aposentadoria, reserva ou reforma, pensão civil ou militar, soldo, pró-labore, remuneração indireta, retirada, comissão, corretagem, benefício da Previdência Social e privada. Rendimentos de Serviços ( Pagos à Pessoa Jurídica / Alíquota 1,00% ou 1,50%) : Rendimento efetivamente pago ao sócio ou titular de pessoa jurídica optante pelo Simples, a título de pró- labore, aluguel e serviço prestado. Férias e 13° salário. (Art. 620 do RIR/1999). 1.1.14 Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) Segundo Oliveira (2013, p.118) a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido foi instituída com o objetivo de financiar a seguridade social por meio de lucros ganhos pelas pessoas jurídicas e das entidades que lhe são equiparadas pela legislação do imposto de Renda. A contribuição é calculada mediante alíquota de 9,0% sobre a base de cálculo, devendo ser recolhida trimestralmente, encerrando em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro. O pagamento é feito através da Darf, em quota única ou três iguais e mensais. 1.1.15 Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) O ICMS é um imposto não cumulativo, de competência dos Estados e do Distrito Federal, portanto, cada Estado possui seu próprio regulamento que define o prazo de recolhimento e o documento a ser utilizado na arrecadação. Segundo Oliveira (2013, p.129) é considerado como contribuinte qualquer pessoa física ou jurídica que realize, com habitualidade ou em volume caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou 21 prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. Ao adquirir e vender mercadorias, o contribuinte irá calcular o ICMS sobre o valor de cada operação, ao final do período será calculada a diferença entre o ICMS apurado na compra e na venda para determinar o saldo a pagar (devedor) ou o saldo a ser estornado nos próximos períodos (saldo credor). O Senado Federal é responsável por fixar as alíquotas usadas para o cálculo do ICMS. As alíquotas são diferenciadas, considerando mercadorias vendidas no mesmo Estado ou de um Estado para outro, e entre internas máximas e mínimas. 1.1.16 Programa de Integração Social (PIS) Os contribuintes do PIS são pessoas jurídicas, com duas modalidades de cálculo mensal incidentes sobre o faturamento. A primeira para pessoas jurídicas em geral e a segunda para pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, sujeita à não comutatividade. O cálculo é feito sob a alíquota de 1,65% sobre o faturamento mensal da pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil. 1.1.17 Contribuição Para Financiamento da Seguridade Social (COFINS) A contribuição do COFINS é calculada à alíquota de 7,6% sobre o faturamento mensal da pessoa optante pelo lucro real, independente de denominação ou classificação contábil. Entre os fatos que se desconta créditos, mediante aplicação da alíquota, estão os bens adquiridos para revenda e os bens adquiridos no mês como insumo de fabricação de produtos, entre outros. 1.1.18 Imposto Sobre Serviços (ISS) 22 O imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza é um tributo de competência dos Municípios e do Distrito Federal, que incide sobre os serviços prestados pelas empresas – pessoas jurídicas – ou pelos profissionais autônomos, como estabelecida na Lei Complementar nº 116/2003, desde que o fato gerador do serviço já não seja de competência tributária do Estado ou da União. O produto final será quase sempre incorpóreo, ou seja, sem existência física. Por exemplo, serviços de consultoria tributária, prestados por uma empresa especializada em tributos, para um de seus clientes. A fixação de alíquota é atribuição da legislação de cada município, assim como o prazo de recolhimento e período de apuração. As alíquotas máximas são fixadas em lei complementar devido ao grande número de municípios existentes no Brasil. No município de São Paulo, a alíquota máxima é de 5% e o prazo para recolhimento é o sétimo dia do mês seguinte ao de apuração, e o ISS é apurado mensalmente. 1.1.19 Retenção das Contribuições (COFINS, PIS/PASEP e CSLL) Entrou em vigor, a partir de 1°.02.2004, a qual tornou obrigatório ao tomador do serviço descontar e recolher a Cofins, o PIS/Pasep e a CSLL, quando efetuar pagamento de serviços enquadrados nessa retenção. A partir de 1°.07.2004 entra em vigor a nova modalidade de retenção na fonte de duas contribuições (PIS/Pasep e Cofins) para as fornecedoras de Autopeças, conforme o § 3° do art. 36 da Lei n° 10.865/2004. Percentual das Contribuições O percentual aplicável sobre o valor pago à título de Cofins, PIS/Pasep e CSLL corresponde a 4,65%, o qual representa a soma das alíquotas de 3%, 0,65% e 1%, respectivamente. 1.1.20 Retenção do ISS 23 O fato gerador para a retenção de 11% é a emissão, pela empresa contratada, da nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços que envolvam a cessão de mão de obra ou empreitada. Para base de cálculo, a empresa contratante de serviços prestados mediante cessão de mão de obra ou empreitada, inclusive em regime de trabalho temporário, deverá reter 11% do valor bruto da nota fiscal, fatura ou recibo da prestação de serviços emitida pela empresa contratada. A lei complementar trouxe a possibilidade de os municípios e o Distrito Federal atribuírem a responsabilidade pelo recolhimento do ISS para as fontes pagadoras do serviço ou intermediário. O responsável pelo pagamento do ISS, em geral, é o próprio prestador de serviço (contribuinte). Porém, para alguns tipos de serviços, a legislação atribuiu ao tomador do serviço a responsabilidade pelo desconto e pagamento do ISS. (arts. 5° e 6° da Lei Complementar n° 116/2003). As alíquotas serão determinadas através da lei ordinária de cada município. A norma responsávelpara estabelecer estes limites é a lei complementar, a qual apenas tratou da alíquota máxima, limitando-a em 5% e deixando de estabelecer a alíquota mínima, que hoje é de 2%, por força da Emenda Constitucional n° 37/2002. Portanto a retenção dos impostos na fonte é a forma de pagamento adiantado do imposto ao longo do ano, para não ter que pagar “tudo de uma vez”. Pode ser visto como uma espécie de pagamento do imposto em “prestações”. 1.1.21 Participações As participações s são partes do resultado do exercício que são distribuídas aos debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, seguindo esta ordem. A base de cálculo corresponde ao lucro líquido do exercício subtraído de prejuízos acumulados, se houver. Após calcular o valor da primeira participação, deve-se subtrair esse valor do lucro líquido para se obter a base de cálculo da próxima participação e assim sucessivamente. 24 É importante salientar que o percentual para cálculo de cada participação pode ser diferente entre elas, porém em nenhum caso pode ser superior a 10% do resultado do exercício" (Ribeiro, 2013, p.374). 1.1.22 Amortização de Ágio por Expectativa de rentabilidade Nesse caso, quando a empresa adquire participação societária para manutenção, para se beneficiar por seu uso, e não como simples investimento temporário ou especulação, pode precisar avaliar esse investimento por esse método. Ao adquirir tal participação de terceiros, pode pagar um valor maior que o valor justo proporcional dos ativos e passivos que compõem o patrimônio líquido da empresa adquirida. “Essa diferença é chamada de ágio por expectativa de rentabilidade futura, fundo de comércio, ou goodwill” (FEA/USP Equipe de Professores. et. al. 2010, p. 260). 1.1.23 Folha de Pagamento A folha de pagamento é um documento, elaborado mensalmente, onde estão relacionados todos os funcionários da empresa e suas respectivas remunerações e descontos, dando origem ao salário líquido, que é pago pela empresa ao final do mês. Uma folha de pagamento deve conter as seguintes informações: • Nome do funcionário; • Vantagens; • Descontos; • Valores pagos de competência da previdência; • Valor líquido a pagar. Alvísio Greco e Lauro Arend (2013, p. 427) dizem que a folha de pagamento é o documento que representa a obrigação da empresa com seus funcionários, assim como serve de base para o cálculo dos encargos sociais a cargo da entidade. 25 As despesas e os demais encargos devem ser contabilizados no próprio mês a que se referem, mesmo que sejam pagos posteriormente. Férias É garantido aos empregados o gozo das férias remuneradas com um terço a mais do que o salário normal. Esse direito é adquirido a cada 12 meses de vigência do contrato de trabalho e tem duração de 30 dias, podendo ser reduzido de acordo com faltas injustificadas. Na contabilização das férias, é necessário realizar mensalmente uma “provisão de férias”, onde é debitada uma “despesa de férias” e creditado uma “provisão de férias”. Assim, as empresas conseguem ajustar mês a mês a provisão conforme a variação da legislação. 13º Salário O décimo terceiro salário consiste em pagar um salário a mais no final do ano para cada empregado, efetuado em duas parcelas, uma até dia 30 de novembro e a outra até dia 20 de dezembro de cada ano vigente. O décimo terceiro salário pago deve ter certa proporcionalidade com o período de tempo de trabalho de cada empregado naquele ano. É garantido ao passar do tempo conforme o empregado vai adquirindo o direito de receber. Isso conduz que seja constituída outra provisão, a “provisão para 13º salário”, que funciona como a provisão de férias. Encargos dos empregados Os próprios empregados são responsáveis por parte do valor descontado a título da contribuição previdenciária. O governo atribuiu às empresas a responsabilidade de serem as intermediarias arrecadadores da contribuição. O desconto da folha é para com o INSS e é registrado em uma conta do Passivo para futuro recolhimento, obedecendo ao prazo legalmente concedido. Outro encargo do empregado é o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), sendo comum em empregados que recebam salários acima de certos valores. A empresa também é responsável por efetuar essa retenção. O valor é obrigatoriamente descontado obedecendo ao valor da tabela expedida pela Receita Federal. 26 Encargos da empresa A empresa também é responsável por parte do valor descontado a título da contribuição previdenciária. Essa despesa é considerada “encargos sociais”. O cálculo do encargo da empresa para com o INSS tem como base os salários pagos aos empregados e é registrado no Passivo, para futuro recolhimento, obedecendo ao prazo legalmente concedido. Os percentuais que são aplicadas a base de cálculo são determinados por legislação específica. Outro encargo social de responsabilidade da empresa é o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), também tendo como base de cálculo o salário dos empregados, e recolhido ao governo no mês seguinte. O registro como despesa deve ser feito no próprio mês da folha de pagamento, obedecendo ao regime de competência. Vale transporte É um benefício em que o empregador antecipa o valor gasto com transporte para que o empregado possa sair de sua residência e chegar ao local de trabalho e vice-versa. O vale é custeado pelo empregado, na parcela equivalente a 6% de seu salário base e pelo empregador, no que exceder a parcela referida pelo empregado. Vale-refeição É um benefício concedido mensalmente ao empregado para custear as refeições feitas nos intervalos das jornadas de trabalho. O desconto pela alimentação do empregado não pode ultrapassar o limite de 20% do salário contratual. É custeado pelo empregado, na parcela equivalente ao máximo de 20% e pelo empregador, no que exceder à parcela referida pelo empregado. 1.1.24 Cálculos da Folha de Pagamento Salário De acordo com o art. 457 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), integram o salário não somente o salário bruto como também comissões, horas extras e gratificações, formando assim, a remuneração mensal. 27 Assim sendo, o cálculo realizado do salário líquido dos empregados compreendeu o salário bruto, adicionado às horas extras trabalhadas. • Remuneração mensal = salário bruto + horas extras De acordo com o artigo 462 da CLT, a legislação autoriza desconto no salário do empregado apenas quando resultante de adiantamento. Os adiantamentos considerados no cálculo desta folha de pagamento são: • Imposto de Renda: Salário líquido - INSS - dependentes = base de cálculo (aplica-se alíquota correspondente) • INSS: Salário líquido x alíquota correspondente As alíquotas do IR e INSS que devem ser consultadas para fins de cálculo são progressivas, variam de acordo com a remuneração e estão previstas na legislação. • Vale transporte: salário bruto x 6% (alíquota prevista na legislação) • Vale refeição: remuneração mensal – valor fixo de VR A partir da remuneração mensal do trabalhador, excluem-se os adiantamentos previstos na folha de pagamento e autorizados pela legislação. • Salário líquido = Remuneração mensal – adiantamentos 28 Quadro 1: Exemplo de cálculo de folha Fonte: Aula prática, 2017 13° Salário O cálculo do 13° salário é feito com base na remuneração mensal do trabalhador. Calcula-se 1/12 avos à ser apropriado mensalmente. Férias O cálculo das férias compreende a remuneração mensal do trabalhador acrescido de 1/3 desta. É apropriado mensalmente 1/12 avos, somado a 1/3 da remuneração. FGTS O FGTS é um benefício para o trabalhador pago pela empresa. O cálculo é feito mensalmente, usando a alíquota de 8% sobre a remuneração do empregado 1.1.25 Seguros Aconta Seguros consiste em uma Despesa Paga Antecipadamente e está localizada no Ativo Circulante. SALÁRIO BRUTO 2.900,00R$ HORAS EXTRAS + 50% 98,86R$ REMUNERAÇÃO 2.998,86R$ INSS (11%) 329,87R$ IMPOSTO DE RENDA SALÁRIO LÍQUIDO 2.998,86R$ (-) INSS (11%) 329,87R$ (-) DEPENDENTES - (=) BASE DE CÁLCULO 2.668,99R$ ALÍQUOTA IR (7,5%) 200,17R$ (-) DEDUÇÃO DE PARCELA 142,80R$ (=) IR A PAGAR 57,37R$ MANOEL DOS SANTOS 29 Ao contatar uma cobertura de seguros, a empresa deverá, ao final de cada exercício, lançar este seguro como despesa, de forma proporcional ao tempo que foi contatado esta cobertura. 1.1.26 Depreciação A maior parte dos elementos que constituem o ativo imobilizado tem sua vida útil limitada no tempo, e a maioria deles, após o seu uso, produz um valor de venda inferior ao investido em sua aquisição (às vezes, não provoca nada de valor final de venda). Esse valor final de venda, após o uso, de um Ativo Imobilizado costuma ser chamado de valor residual. Em outras palavras, precisamos depreciar esses bens, transformando esse valor em despesa. “Logo, depreciação é o processo de transformar em despesa um pedaço do valor de aquisição de um ativo imobilizado destinado ao uso, já que ele não será recuperado pela venda do em a que se refere. É a diferença entre o custo de aquisição e o valor residual de um ativo destinado ao uso” LUDÍCIBUS; MATINS; CASTILHO. et. al. 2010. pg. 246). A depreciação é a perda de valor dos bens do ativo permanente, quando não se tem mais o que depreciar, pois, o bem já perdeu todo o seu valor contábil, caso ocorra a venda desse bem para a contabilidade se caracteriza como ganho de capital. 1.1.27 Empréstimos Segundo Osni (2010, p. 304), “empréstimo é o ato de confiar a alguém, durante um tempo determinado, certa quantia em dinheiro, que será restituída posteriormente ao dono, com ou sem acréscimo de juros ou correção monetária.” Caso necessite de capital para investir no negócio, a empresa recorre a empréstimos em bancos ou particulares e, desse modo, cria-se uma obrigação com prazos e regras, para sua quitação. 30 1.1.28 Aplicações Financeiras Segundo Greco e Arend (2014, p. 216)” a aplicação financeira ocorre quando as empresas aplicam excessos de disponibilidades em títulos e valores mobiliários”. Os valores das aplicações financeiras são classificados no Ativo Circulante, quando o prazo de resgate estiver dentro do exercício social seguinte, e no Ativo Realizável a Longo Prazo, quando o prazo de resgate for além do exercício social seguinte. As aplicações financeiras são investimentos realizados pela empresa junto a estabelecimentos bancários, com o objetivo de se obter maior retorno de investimentos devido a taxas mais atraentes. Essas aplicações podem serem feitas por excesso de disponibilidade de capital ou questões contratuais. 1.1.29 Duplicatas Descontadas De acordo com Osni (2010, p 246.) “Duplicatas são títulos de crédito decorrentes de operações mercantis que garantem ao vendedor (comerciante ou prestador de serviço) o direito de recebimento de seus clientes, do valor das vendas ou serviços à eles prestados. O desconto de duplicatas consiste na transferência dos títulos ao banco, mediante endosso ao portador.” Ao efetuar a venda de mercadorias ou prestação de serviços, a empresa ganha o direito de receber o valor referente à venda e prestação de seus clientes em duplicatas. Caso a empresa antes que a duplicata seja paga, necessite do valor contido nela, pode-se descontá-las em um estabelecimento bancário, nesse caso, a companhia transfere o direito do recebimento da duplicata ao banco, em troca de receber o valor adiantado no ato, acrescido de juros e tarifas bancárias. Nessa transação, a empresa se torna responsável pelo pagamento do título descontado e essa responsabilidade só deixa de existir após o pagamento da duplicata pelo devedor original. 31 1.1.30 Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) O imposto sobre Operações de créditos, câmbio e seguro, e sobre Operações relativas à títulos e Valores Mobiliários – IOF está previsto no art. 63 do Código Tributário Nacional – CTN. Segundo Sabbag (2017, pg. 240), “o elemento material do fato gerador consiste na operação de crédito, câmbio, seguro ou com títulos e valores mobiliários, ou seja, para que ocorra um fato gerador deve haver uma operação respectiva.” O IOF é um imposto de competência da União e cobrado mediante entrega total ou parcial de montante ao interessado e arrecadado por instituições como: banco, corretoras e lojas de câmbio. 1.1.31 Perdas Estimadas para Créditos de Liquidação (PECLD) O objetivo da Provisão para Credito de Liquidação Duvidosa é ajustar o saldo a receber na conta de clientes, para que reflita a realidade, ou seja, apresente valores próximos de sua realização (FOLSTER; ALBERTON; FERREIRA, 2014). A IAS International Accounting Standard ou Normas internacionais de contabilidade 39 fornece orientações específicas para o reconhecimento de perdas por imparidade e quanto ao tratamento contábil aplicável para cada uma das categorias. Uma perda por imparidade (designada como impairment) deve ser reconhecida a cada balanço patrimonial quando houver evidência objetiva da ocorrência de um evento de perda que afete o fluxo de caixa futuro estimado do ativo financeiro e que tal perda possa ser estimada com razoável confiança. (BANCO CENTRAL DO BRASIL,2006, p.5) A partir de 2010 as empresas brasileiras começarem a integrarem suas normas às Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS), desse modo, algumas contas tiveram sua nomenclatura alterada como, por exemplo, a PECLD, antes denominada de Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa. Além de ter sua nomenclatura alterada a PECLD passou a ter mensuração das perdas de fato incorridas, anteriormente essa mensuração era feita com base em probabilidades (MARTINS, 2013, p. 400). 32 1.1.32 Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) foi idealizado a partir da união de esforços e comunhão de objetivos das seguintes entidades: ABRASCA, APIMEC NACIONAL, BOVESPA, Conselho Federal de Contabilidade, FIPECAFI e IBRACON. Em função das seguintes necessidades: a) Convergência internacional das normas contábeis (redução de custo de elaboração de relatórios contábeis, redução de riscos e custos nas análises e decisões, redução de custo de capital); b) Centralização na emissão de normas dessa natureza (no Brasil, diversas entidades o fazem); c) Representação e processos democráticos na produção dessas informações (produtores da informação contábil, auditor, usuário, intermediário, academia, Portanto o CPC foi criado com o objetivo de estudar, o preparo e a emissão de pronunciamentos técnicos sobre procedimentos de contabilidade, sempre visando a uniformização da contabilidade brasileira aos padrões internacionais. 33 2. ESTUDO PRÁTICO (ACCOUNT) Neste capítulo serão apresentados os principais demonstrativos contábeis resultantes do estudo prático na ferramenta contábil Account Contabilidade Didática. Seguindo os eventos contábeis propostos no manual da APS, foi possível elaborar Diário, Balancete de Verificação, Razão, DRE e o Balanço Patrimonial. Todo o material está presente para consultanos anexos da APS. 34 2.1 Livro Diário 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 2.2 Razonetes 49 50 51 52 53 54 55 2.3 Ficha de Estoque 56 2.4 Contribuição Social sobre o Lucro (CSSL) 57 2.5 Imposto de Renda sobre o Lucro 58 2.6 Balancete de Verificação antes do Encerramento 59 60 61 2.7 Balancete de Verificação após Encerramento 62 63 2.8 Balanço Patrimonial 64 65 2.9 Demonstração do Resultado do Exercício – DRE 66 67 2.10 Folha de Funcionários N o m e Fu n cio n ário Salário B ru to (220 h o ras m ê s) H o ras Extras D e p e n d e n te s H o ra Extra (A cre scid o d e 50% so b re o Salário B ru to ) V T (D e sco n tar 6% d o V alo r d o Salário B ru to ) V R (D e sco n tar o valo r fixo d e 10,00 p o r m ê s) Salário C o n trib u ição A líq u o ta B ase d e calcú lo m e n sal e m R $ A líq u o ta P arce la a d e d u zir d o im p o sto A n to n io Silva R $ 1.500,00 R $ 102,27 0 10 6% R $ 10,00 A té R $ 1.693,72 8% D e 1.903,99 até 2.826,65 7,50% 142,80 R $ Jo sé d a Silva R $ 2.000,00 R $ 0,00 1 0 6% R $ 10,00 D e R $ 1.693,73 a R $ 2.822,90 9% D e 2.826,66 até 3.751,05 15% 354,80 R $ M aria San to s R $ 3.500,00 R $ 0,00 1 0 6% R $ 10,00 D e R $ 2.822,91 a R $ 5.645,80 11% D e 3.751,06 até 4.664,68 22,50% 636,13 R $ M an o e l d o s San to s R $ 2.900,00 R $ 98,86 0 5 6% R $ 10,00 A cim a d e R $ 5.645,80 V alo r fixo d e R $ 621,04 A cim a d e 4.664,68 27,50% 869,36 R $ D e p e n d e n te 189,59 R $ Fu n cio n ário s R e m u n e ração IN SS D e p e n d e n te B ase d e C álcu lo A líq u o ta V alo r a d e d u zir IR R F A n to n io Silva 1.602,27 R $ 128,18 R $ - R $ 1.474,09 R $ - R $ - - R $ Jo sé d a Silva 2.000,00 R $ 180,00 R $ 189,59 R $ 1.630,41 R $ - R $ - - R $ M aria San to s 3.500,00 R $ 385,00 R $ 189,59 R $ 2.925,41 R $ 438,81 R $ 354,80 R $ 84,01 R $ M an o e l d o s San to s 2.998,86 R $ 329,88 R $ - R $ 2.668,99 R $ 200,17 R $ 142,80 R $ 57,37 R $ Salário B ru to H o ras Extras To tal d a R e m u n e ração IN SS IR R F V T V R A n to n io Silva R $ 1.500,00 R $ 102,27 R $ 1.602,27 128,18 R $ - R $ R $ 90,00 R $ 10,00 228,18 R $ R $ 1.374,09 Jo sé d a Silva R $ 2.000,00 R $ 0,00 R $ 2.000,00 180,00 R $ - R $ R $ 120,00 R $ 10,00 310,00 R $ R $ 1.690,00 M aria San to s R $ 3.500,00 R $ 0,00 R $ 3.500,00 385,00 R $ 84,01 R $ R $ 210,00 R $ 10,00 689,01 R $ R $ 2.810,99 M an o e l d o s San to s R $ 2.900,00 R $ 98,86 R $ 2.998,86 329,88 R $ 57,37 R $ R $ 174,00 R $ 10,00 571,25 R $ R $ 2.427,61 To tal R $ 9.900,00 R $ 201,14 R $ 10.101,14 R $ 1.023,06 R $ 141,39 R $ 594,00 R $ 40,00 R $ 1.798,44 R $ 8.302,69 B ase d e cálcu lo R $ 10.101,14 B ase d e cálcu lo R $ 10.101,14 B ase d e cálcu lo R $ 10.101,14 B ase d e cálcu lo R $ 10.101,14 P arte d a e m p re sa (20% ) R $ 2.020,23 13º Salário = 1/12 R $ 841,76 P arte d a e m p re sa R $ 808,09 Fé rias = 1/12 R $ 841,76 A cid e n te d e trab alh o (2% ) R $ 202,02 En cargo s - IN SS (26,8% ) R $ 225,59 A d icio n al = 1/3 R $ 280,59 R $ 1.122,35 O u tras En tid ad e s (4,8% ) R $ 484,85 En cargo s - FG TS (8% ) R $ 67,34 En cargo s - IN SS R $ 300,79 To tal R $ 2.707,10 To tal R $ 1.134,69 En cargo s - FG TS R $ 89,79 To tal R $ 1.512,93 P arte d a e m p re sa R $ 2.707,10 P arte d o e m p re gad o R $ 1.023,06 To tal a R e co lh e r R $ 3.730,16 To tal d a gu ia d o IN SS En cargo s So ciais IN SS P ro visão d e 13º Salário FG TS P ro visão d e Fé rias D ad o s p ara Fo lh a d e P agam en to d e O u tu b ro IN SS IR R EM U N ER A Ç Ã O D ESC O N TO S Fu n cio n ário s To tal d o s D e sco n to s Salário Líq u id o 68 N o m e Fu n cio n ário Salário B ru to (220 h o ras m ê s) H o ras Extras D e p e n d e n te s H o ra Extra (A cre scid o d e 50% so b re o Salário B ru to ) V T (D e sco n tar 6% d o V alo r d o Salário B ru to ) V R (D e sco n tar o valo r fixo d e 10,00 p o r m ê s) Salário C o n trib u ição A líq u o ta B ase d e calcú lo m e n sal e m R $ A líq u o ta P arce la a d e d u zir d o im p o sto A n to n io Silva R $ 1.500,00 R $ 51,14 0 5 6% R $ 10,00 A té R $ 1.693,72 8% D e 1.903,99 até 2.826,65 7,50% 142,80 R $ Jo sé d a Silva R $ 2.000,00 R $ 136,36 1 10 6% R $ 10,00 D e R $ 1.693,73 a R $ 2.822,90 9% D e 2.826,66 até 3.751,05 15% 354,80 R $ M aria San to s R $ 3.500,00 R $ 0,00 1 0 6% R $ 10,00 D e R $ 2.822,91 a R $ 5.645,80 11% D e 3.751,06 até 4.664,68 22,50% 636,13 R $ M an o e l d o s San to s R $ 2.900,00 R $ 395,45 0 20 6% R $ 10,00 A cim a d e R $ 5.645,80 V alo r fixo d e R $ 621,04 A cim a d e 4.664,68 27,50% 869,36 R $ D e p e n d e n te 189,59 R $ Fu n cio n ário s R e m u n e ração IN SS D e p e n d e n te B ase d e C álcu lo A líq u o ta V alo r a d e d u zir IR R F A n to n io Silva 1.551,14 R $ 124,09 R $ - R $ 1.427,05 R $ - R $ - - R $ Jo sé d a Silva 2.000,00 R $ 180,00 R $ 189,59 R $ 1.630,41 R $ - R $ - - R $ M aria San to s 3.500,00 R $ 385,00 R $ 189,59 R $ 2.925,41 R $ 438,81 R $ 354,80 R $ 84,01 R $ M an o e l d o s San to s 2.998,86 R $ 329,88 R $ - R $ 2.668,99 R $ 200,17 R $ 142,80 R $ 57,37 R $ Salário Bru to H o ras Extras To tal d a R e m u n e ração IN SS IR R F V T V R A n to n io Silva R $ 1.500,00 R $ 51,14 R $ 1.551,14 124,09 R $ - R $ R $ 90,00 R $ 10,00 224,09 R $ R $ 1.327,05 Jo sé d a Silva R $ 2.000,00 R $ 136,36 R $ 2.136,36 180,00 R $ - R $ R $ 120,00 R $ 10,00 310,00 R $ R $ 1.826,36 M aria San to s R $ 3.500,00 R $ 0,00 R $ 3.500,00 385,00 R $ 84,01 R $ R $ 210,00 R $ 10,00 689,01 R $ R $ 2.810,99 M an o e l d o s San to s R $ 2.900,00 R $ 395,45 R $ 3.295,45 329,88 R $ 57,37 R $ R $ 174,00 R $ 10,00 571,25 R $ R $ 2.724,21 To tal R $ 9.900,00 R $ 582,95 R $ 10.482,95 R $ 1.018,97 R $ 141,39 R $ 594,00 R $ 40,00 R $ 1.794,35 R $ 8.688,60 B ase d e cálcu lo R $ 10.482,95 B ase d e cálcu lo R $ 10.482,95 B ase d e cálcu lo R $ 10.482,95 B ase d e cálcu lo R $ 10.482,95 P arte d a e m p re sa (20% ) R $ 2.096,59 13º Salário = 1/12 R $ 873,58 P arte d a e m p re sa R $ 838,64 Fé rias = 1/12 R $ 873,58 A cid e n te d e trab alh o (2% ) R $ 209,66 En cargo s - IN SS (26,8% ) R $ 234,12 A d icio n al = 1/3 R $ 291,19 R $ 1.164,77 O u tras En tid ad e s (4,8% ) R $ 503,18 En cargo s - FG TS (8% ) R $ 69,89 En cargo s - IN SS R $ 312,16 To tal R $ 2.809,43 To tal R $ 1.177,59 En cargo s - FG TS R $ 93,18 To tal R $ 1.570,11 P arte d a e m p re sa R $ 2.809,43 P arte d o e m p re gad o R $ 1.018,97 To tal a R e co lh e r R $ 3.828,40 To tal d a gu ia d o IN SS En cargo s So ciais P ro visão d e 13º Salário FG TS P ro visão d e Fé rias IN SS D ad o s p ara Fo lh a d e P agam e n to d e N o ve m b ro IN SS IR Fu n cio n ário s R EM U N ER A Ç Ã O D ESC O N TO S To tal d o s D e sco n to s Salário Líq u id o 69 N o m e Fu n cio n ário Salário B ru to (220 h o ras m ê s) H o ras Extras D e p e n d e n te s H o ra Extra (A cre scid o d e 50% so b re o Salário B ru to ) V T (D e sco n tar 6% d o V alo r d o Salário B ru to ) V R (D e sco n tar o valo r fixo d e 10,00 p o r m ê s) Salário C o n trib u ição A líq u o ta B ase d e calcú lo m e n sal e m R $ A líq u o ta P arce la a d e d u zir d o im p o sto A n to n io Silva R $ 1.500,00 R $ 255,68 0 25 6% R $ 10,00 A té R $ 1.693,72 8% D e 1.903,99 até 2.826,65 7,50% 142,80 R $ Jo sé d a Silva R $ 2.000,00 R $ 409,09 1 30 6% R $ 10,00 D e R $ 1.693,73 a R $ 2.822,90 9% D e 2.826,66 até 3.751,05 15% 354,80 R $ M aria San to s R $ 3.500,00 R $ 0,00 1 0 6% R $ 10,00 D e R $ 2.822,91 a R $ 5.645,80 11% D e 3.751,06 até 4.664,68 22,50% 636,13 R $ M an o e l d o s San to s R $ 2.900,00 R $ 197,73 0 10 6% R $ 10,00 A cim a d e R $ 5.645,80 V alo r fixo d e R $ 621,04 A cim a d e 4.664,68 27,50% 869,36 R $ D e p e n d e n te 189,59 R $ Fu n cio n ário s R e m u n e ração IN SS D e p e n d e n te B ase d e C álcu lo A líq u o ta V alo r a d e d u zir IR R F A n to n io Silva 1.755,68 R $ 158,01 R $ - R $ 1.597,67 R $ - R $ - - R $ Jo sé d a Silva 2.000,00 R $ 180,00 R $ 189,59 R $ 1.630,41 R $ - R $ - - R $ M aria San to s 3.500,00 R $ 385,00 R $ 189,59 R $ 2.925,41 R $ 438,81 R $ 354,80 R $ 84,01 R $ M an o e l d o s San to s 2.998,86 R $ 329,88 R $ - R $ 2.668,99 R $ 200,17 R $ 142,80 R $ 57,37 R $ Salário B ru to H o ras Extras To tal d a R e m u n e ração IN SS IR R F V T V R A n to n io Silva 1.500,00 R $ 255,68 R $ 1.755,68 R $ 158,01 R $ - R $ 90,00 R $ 10,00 R $ 258,01 R $ 1.497,67 R $ Jo sé d a Silva 2.000,00 R $ 409,09 R $ 2.409,09 R $ 180,00 R $ - R $ 120,00 R $ 10,00 R $ 310,00 R $ 2.099,09 R $ M aria San to s 3.500,00 R $ - R $ 3.500,00 R $ 385,00 R $ 84,01 R $ 210,00 R $ 10,00 R $ 689,01 R $ 2.810,99 R $ M an o e l d o s San to s 2.900,00 R $ 197,73 R $ 3.097,73 R $ 329,88 R $ 57,37 R $ 174,00 R $ 10,00 R $ 571,25 R $ 2.526,48 R $ To tal 9.900,00 R $ 862,50 R $ 10.762,50 R $ 1.052,89 R $ 141,39 R $ 594,00 R $ 40,00 R $ 1.828,27 R $ 8.934,23 R $ B ase d e cálcu lo 10.762,50 R $ B ase d e cálcu lo 10.762,50 R $ B ase d e cálcu lo 10.762,50 R $ B ase d e cálcu lo 10.762,50 R $ P arte d a e m p re sa (20% ) 2.152,50 R $ 13º Salário = 1/12 896,88 R $ P arte d a e m p re sa 861,00 R $ Fé rias = 1/12 896,88 R $ A cid e n te d e trab alh o (2% ) 215,25 R $ En cargo s - IN SS (26,8% ) 240,36 R $ A d icio n al = 1/3 298,96 R $ 1.195,83 R $ O u tras En tid ad e s (4,8% ) 516,60 R $ En cargo s - FG TS (8% ) 71,75 R $ En cargo s - IN SS 320,48 R $ To tal 2.884,35 R $ To tal 1.208,99 R $ En cargo s - FG TS 95,67 R $ To tal 1.611,98 R $ P arte d a e m p re sa 2.884,35 R $ P arte d o e m p re gad o 1.052,89 R $ To tal a R e co lh e r 3.937,24 R $ D ad o s p ara Fo lh a d e P agam e n to d e D e ze m b ro IN SS IR Fu n cio n ário sR EM U N ER A Ç Ã O D ESC O N TO S To tal d o s D e sco n to s Salário Líq u id o To tal d a gu ia d o IN SS En cargo s So ciais P ro visão d e 13º Salário FG TS P ro visão d e Fé rias IN SS 70 CONCLUSÃO Durante a execução do trabalho foi possível desenvolver, através da contabilização e lançamentos dos fatos contábeis, as principais demonstrações contábeis da empresa, desse modo conclui-se que os objetivos ambicionados foram alcançados. Os conceitos teóricos aprendidos durante pesquisa bibliográfica se tornaram mais consistentes e claros durante a execução prática de cada termo pesquisado, dessa forma, consolida-se com maior veemência o entendimento das contabilizações realizadas, bem como a importância de seus resultados para a organização. A empresa estudada possui como opção o regime de tributação lucro presumido, e obteve seu resultado líquido positivo ao final de seu ano - calendário apurado. Pelo fato de seu regime ser cumulativo, a empresa não tem direito a recuperar crédito de PIS e COFINS ao realizar compras, o que acaba se tornando uma despesa maior para ela, apesar das alíquotas serem menores em relação ao regime não-cumulativo. Porém, isso não gerou grande impacto para o resultado apurado, pois além de ser uma empresa que atua no ramo de comércio, esta também realiza prestações de serviços e retém PIS, COFINS, CSLL E IR, gerando um crédito ao final de cada apuração realizada. Quanto a parte trabalhista, as principais despesas que afetam seu resultado são: vale transporte, vale refeição, horas extras e FGTS. E, apesar de ser descontado uma parcela de VT e VR do empregado, a empresa é quem arca com a maior parte destes gastos. A empresa está sempre atenta aos pagamentos de seus impostos e encargos, mantendo sempre um controle sobre sua movimentação financeira, o que ameniza o risco de pagamentos em atraso ou até o seu esquecimento, que podem resultar em valores altos de juros e multas ou até em processos trabalhistas no caso de alguma irregularidade em sua parte. Além disso, ao controlar toda sua movimentação, e possível saber quando será o melhor momento e quanto se pode investir em aplicações financeiras. Todas as conclusões aqui apresentadas possibilitaram uma maior exposição ao conhecimento da disciplina de contabilidade intermediária, e também a noção da interdisciplinaridade entre as matérias do ramo da 71 contabilidade, entre elas a contabilidade comercial, tributária, empresarial e planejamento contábil tributário, dentro das suas atribuições, uma complementa a outra e com a junção são imensamente importantes para que o resultado final seja possível. 72 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ATHAR, Raimundo Aben. Introdução a Contabilidade. São Paulo. Pearseon Prentice Hall, 2005. BANCO CENTRAL DO BRASIL. IAS 39 – Financial Instruments: Rocognition and Measurement. Disponível em <https://www.bcb.gov.br/nor/convergencia/IAS_39_Instrumentos_Financeiros_ Escopo_e_Definicoes.pdf>. Acesso em: 20 de outubro de 2017. ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Contabilidade intermediária em IFRS e CPC. 1a ed., São Paulo: Atlas, 2014. ANDRADE FILHO, Edmar Oliveira. Imposto de Renda das empresas. 12ª ed. 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FOLSTER, André; ALBERTON, Luiz; FERREIRA, Luiz Felipe. Análise da observação do CPC 38 em relação às provisões com os créditos de liquidação duvidosa. In: CONGRESSO UFSC DE CONTROLADORIA E FINANÇAS & INICIAÇÃO CIENTÍFICA. Acesso em: < http://bdm.unb.br/bitstream/10483/15939/1/2016_TauanyFabriciCandidaPachec o_tcc.pdf> 20 de outubro de 2017. . FRANCO, Hilário. Contabilidade Geral. 23 ed. São Paulo: Atlas, 1996 GRECO, Alvísio; AREND, Lauro. Contabilidade: Teoria e Prática Básicas. 4.ed.: SARAIVA, 2013-2014. HIGUCHI, Hiromi; HIGUCHI, Celso H. Imposto de Renda das empresas. 41a ed. São Paulo: IR Publicações Ltda., 2016. IUDÍCIBUS, Sérgio de, MARTINS, Eliseu, GELBCKE, Ernesto Rubens & IUDICIBUS, Sérgio; MARION, José Calos. Contabilidade Comercial. 9.ed. São Paulo: ATLAS, 2010. LIMA, Iran Siqueira; LOPES, Alexsandro Broedel; GALDI, Fernando Caio. Manual de contabilidade e tributação de instrumentos financeiros e derivativos. 2ª. ed. São Paulo: Atlas, 2011. MARION, José Carlos. 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São Paulo: Atlas, 2 75 ANEXO 1.1 – Ficha de Atividade Prática Supervisionada NOME:_______________________________________________________________________________________TURMA: ________________________RA:_______________________ CURSO: ___________________________________________CAMPUS: ____________________________________SEMESTRE: _____________________TURNO:__________________ CÓDIGO DA ATIVIDADE:_____________________________________________SEMESTRE:_______________________________ANO GRADE: _________________________________ DATA DA ATIVIDADE DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE (1) Horas atribuídas de acordo com o regulamento das
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