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Ácido Acetilsalicílico: História, Síntese e Mecanismo de Ação

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INTRODUÇÃO
O ácido acetilsalicílico é um fármaco do grupo dos AINEs (anti-inflamatórios não esteroides), utilizado como anti-inflamatório, antipirético, analgésico e também como antiplaquetário. É conhecido pela sigla AAS. Um dos medicamentos mais famosos à base de ácido acetilsalicílico é a Aspirina, inclusive é o medicamento mais consumido no mundo. Tem a seguinte fórmula estrutural: 
1. HISTÓRIA
Teve sua história iniciada em 400 a. C. O grego Hipócrates costumava preparar chás de folhas e casca da árvore salgueiro para aliviar febre e dores de cabeça. Mal sabia ele que tal planta possuía em sua composição o ácido salicílico, o composto que iria originar a Aspirina. No ano de 1853, o ácido foi sintetizado pela primeira vez através das mãos do químico francês Charles Gerhardt, ele acrescentou acetato na composição e obteve o ácido acetilsalicílico, mas sua fórmula não foi empregada na produção do medicamento. O químico alemão Felix Hoffman pesquisava um medicamento para ser usado no tratamento da artrite, doença de seu pai. O objetivo dele era encontrar uma droga para substituir o salicilato de sódio, medicamento usado naquela época, mas que exigia grandes doses diárias e provocava irritação e fortes dores estomacais nos pacientes. Hoffman conseguiu preparar o ácido acetilsalicílico, que veio depois a ser chamado de aspirina. A nova droga tinha as mesmas propriedades do salicilato de sódio, conseguia melhorar a qualidade de vida dos portadores de artrite e gerava menos efeitos colaterais. Hoffman trabalhava na Bayer da Alemanha e seus superiores não aceitaram de imediato substituir o salicilato de sódio pela aspirina. Porém, a aspirina tornou-se rapidamente o medicamento mais usado no tratamento dessa doença, que ataca as juntas e o tecido conectivo do corpo humano, e se apresenta sob mais de 100 diferentes formas. 
2. SÍNTESE DO AAS (ASPIRINA)	
O processo de síntese consiste em tratar o ácido salicílico com anidrido acético, em presença de um pouco de ácido sulfúrico, que atua como catalisador. 
 
3. ADMINISTRAÇÃO
AAS é comercializado na forma de comprimidos, nas dosagens de 85 a 500mg, para uso adulto, e as embalagens contêm de 10 a 100 comprimidos. Há também a forma de comprimidos efervescentes. E para uso infantil, AAS é comercializado em comprimidos de 100mg (em geral). 
4. MECANISMO DE AÇÃO
O ácido acetilsalicílico é, como todos os AINEs, um inibidor inespecífico da enzima ciclooxigenase (COX). Ele acetila irreversivelmente essa enzima. As COX são enzimas fulcrais da cascata do ácido araquidônico, pela qual este ácido araquidônico, um lipídio presente nas membranas das células, é transformado em mediadores prostanoides. Há dois tipos: A COX-1, que está presente em quase todos os tecidos. E a COX-2 que é induzida localmente por citocinas produzidas por leucócitos em resposta a danos ou invasão microbiana. A COX-2 tem papel importante na geração da inflamação. Ela produz os mediadores prostanóides pró-inflamatórios, como algumas prostaglandinas e leucotrienos.
 A redução da febre ou efeito antipirético é causada pela inibição da formação de prostaglandina E2 pelas COX. Esta prostaglandina é um mediador importante para a ativação do centro nervoso (hipotálamo), regulador da temperatura corporal. Altos níveis de prostaglandina E2 em estados inflamatórios (como infecções) elevam a temperatura. Além disso, a inibição das respostas inflamatória diminui a quantidade de citocinas produzidas pelos leucócitos, algumas das quais, como a IL-1 atuam no centro nervoso da temperatura, produzindo febre. 
O efeito analgésico é devido à inibição da produção local de prostaglandinas quando da inflamação. Estas prostaglandinas, se forem produzidas, sensibilizarão as terminações nervosas locais da dor, que serão iniciadas por outros mediadores inflamatórios como a bradicinina.
Os efeitos anti-inflamatórios também são largamente dependentes da inibição da produção de prostanoides, já que estes mediadores são importantes em quase todos os fenômenos associados à inflamação, como vasodilatação, dor e atração de mais leucócitos ao local. Além disso, os salicilatos são eficazes em neutralizar os radicais livres, moléculas produzidas na inflamação e altamente nocivas para os tecidos.
5. EFEITOS COLATERAIS
Irritação do estômago e intestino, provocando azia, náuseas, vômitos, sangramentos internos, úlceras e perfurações graves. O uso de bebidas alcoólicas intensifica esses efeitos, incluindo ainda lesões no fígado. Zumbido nos ouvidos e diminuição da audição, principalmente com doses maiores. Esses efeitos tendem a diminuir com a redução das doses do medicamento. E alergias cutâneas e respiratórias.

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